o encontro entre arte e público

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O ENCONTRO ENTRE ARTE E PÚBLICO
Fonte: Textos do curso Tão Perto Tão longe II Entrelaces com o currículo de Arte e
Material de Apoio do Currículo do Estado de São Paulo
COMO AS PESSOAS SE RELACIONAM COM A ARTE?
Quando vemos uma obra de arte criamos reações com ela que nos são próprias e
diferentes daquelas criadas por outras pessoas. Não estamos falando apenas de
gosto mas também de que relações vamos estabelecer entre a obra e a nossa vida.
Fatores como outras experiências que já tivemos as nossas expectativas, projeções,
valores ou afinidades vão definir o nosso ponto de vista. Fatores internos e externos
são determinantes na relação que estabelecemos. “Resumindo o ato criador não é
executado pelo artista sozinho o público estabelece o contato entre a obra de arte e o
mundo exterior decifrando e interpretando suas qualidades intrínsecas e dessa forma
acrescenta sua contribuição ao ato criador. Isso torna-se ainda mais obvio quando a
posteridade da o seu veredicto final e as vezes, reabilita artistas esquecidos. Marcel
Duchamp. In O ato criador.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1 – ARTES VISUAIS
Fonte: Material de Apoio do Currículo do Estado de São Paulo (texto modificado)cada
Algumas obras de arte provocam o espectador colocando em um poder de decisão.
Quando vemos uma obra de arte criamos relações: ponto de vista, goto, historicidade
e experiência. O prazer pela arte pode ser feito através de vários espaços: espaço
institucional, espaço social e espaço alternativo.
Espaço Institucional: locais que foram construídos para finalidades propostas como
o Teatro Municipal de São Paulo
Espaço Social: são locais que promovem a arte mas são particulares ou seja, nem
todos tem acesso como exemplo clubes particulares e casa de show.
Espaço Alternativo: qualquer ambiente fechado ou aberto que promova qualquer
manifestação da arte como exemplo o teatro de Rua e o Engenhão em Piracicaba.
O artista Luciano Mariussi, além de artista, é também professor universitário, suas
obras discutem a relação entre arte e público, ativar o encontro para além da
contemplação, é a proposta de muitos artistas contemporâneos.
Cada curadoria educativa traz em si a intenção de mostrar obras, ativar culturalmente
a discussão que propõe, as próprias obras ajudam a relação com o público.
Castiglione mostra o salão de Carré de Paris muito diferente dos tempos atuais, a
arquitetura continua a mesma assim como o rebuscado teto, mas não o modo de
expor as obras. Velazquez retrata-se pintando uma grande tela. A corte acompanha
seu trabalho Ao fundo, no espelho, podemos ver o rei e a rainha, como se estivessem
posando para o pintor. Os museus, os centros culturais, as galerias preocupam-se
com a aproximação entre arte e público por isso o modo de expor é também
importante.
Marcel Duchamp faz um ready-made, expressão que significa objeto pronto, em vez
de criar um novo objeto, apropria-se de objetos produzidos pela indústria modificandoos. O valor da arte esta no ato de criar e reforça a ideia de que qualquer objeto pode
ser aceito no meio artístico.
Lygia Clark:
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dedica-se ao estudo do espaço e da materialidade do ritmo
propõe com a sua obra que a pintura não se sustenta em seu suporte
tradicional
A casa é o corpo: Labirinto (1968) oferece uma vivencia sensorial e simbólica
experimentada pelo visitante que penetra numa estrutura de 8 metros de
comprimento passando por ambientes denominados: penetração, ovulação,
germinação e expulsão.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2 – TEATRO
Fonte: Material de Apoio do Currículo do Estado de São Paulo (texto modificado)
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História do Teatro
Pré-historia
O começo de tudo onde homens imitavam animais
Rituais religiosos
Encenação em homenagem aos deuses
Idade antiga(séc. 500ª.C) teatro grego: no começo, não era apenas uma
narração dramática, era um rito religioso em honra a Dionísio.
Eram auditórios ao ar livre. O espetáculo iniciava ao amanhecer.
Haviam teatros com arquibancadas semicircular com palco circular. Eram
grandes devido a quantidade de pessoas.
Ditirambo: canto sagrado em honra ao deus Dionísio, executado em paralelo
com as tragédias e comedias religiosas nas cerimonias em Atenas. Sec VII
a.C.
Tragédia: gênero que expressa o conflito entre vontade humana por um lado,
e os desígnios inelutáveis do destino por outro.
Aristóteles foi o primeiro teórico de tragédia que aponta conceitos como:
mimese, imitação da palavra e do gesto, proporcionando sentimento de
piedade, terror e a catarse
Esquilo: a tragédia grega deve-se a sua perfeição artística e formal
Sófocles: segundo poeta trágico. Obteve muitas vitórias em concursos
dramáticos, atribuídos com 120 peças.
Eurípedes: concedia a seus personagens o direito de hesitar e duvidar,
passavam por transformações, suas peças eram modernas com enredos
pessimistas, suspense e conflito.
Menandro: peças voltadas para a vida privada, intimidade dos cidadãos para o
amor, os prazeres da vida e as intrigas setimentais.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4 – Música
Fonte: Material de Apoio do Currículo do Estado de São Paulo (texto modificado)
O público tem contato com as obras musicais de várias formas, além das gravações
em discos, Cds, mp3, radio, cinema e televisão. Frequenta teatros, bares com música
ao vivo, casas de shows, igrejas, praças publicas, estádios, grandes estacionamentos
e parques. Antigamente, havia restrição técnica para a realização de grandes
dimensões. Os teatros, auditórios, salas de concerto e de cinemas, e mesmo os
coretos das praças, atendiam a um público restrito. A cada dia esses espaços, esses
espaços culturais estão mais bem preparados para oferecer som de qualidade,
iluminação, cenários e acomodações para receber o público. Os telões apoiam a visão
para que os detalhes sejam vistos por todos. A Banda de Chico Buarque foi uma
música usada em festivais. Há décadas, uma das mais populares atividades da
musica instrumental, que acontecia nas praças públicas e nas ruas das cidades, era a
apresentação de bandas de música. No Brasil há registros de 2429 bandas de música.
Chico Buarque canta a importância histórica dessas corporações para a cultura
popular brasileira em sua música. Festivais tem como características:
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Levar produção musical para o público superando espaços
Revelar intérpretes, compositores e instrumentistas ao grande público
Troca de experiência musical nacional e internacional
Em 1960 e 1970 os festivais de Música Brasileira tiveram seu ápice onde eram
competitivos com torcidas organizadas que aplaudiam os preferidos e vaiavam os
concorrentes. Em 1967 pela primeira vez a guitarra elétrica foi usada na MPB no
Festival de Música Brasileira com a música Domingo no Parque , de Gilberto Gil
interpretada por ele e os Mutantes. Nascem jovens compositores como: Chico
Buarque, Edu Lobo, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Tom Zé e tantos outros.
O que se cantava
Ao falar-se em música brasileira da década de 60 deve-se pensar em quatro gêneros:
Jovem Guarda, Bossa Nova, Tropicália e MPB, que, por sua vez, eram divididos em
dois grupos: os “alienados” - Jovem Guarda e Bossa Nova e os “engajados” - MPB e
Tropicália.
Sob esse rótulo, a música “alienada” preocupava-se com o ciúme da namorada, com a
velocidade do carro, com o barquinho, a praia e o sol. Já a música “engajada”
abordava temáticas de cunho social, valorizando aspectos regionais.
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As músicas da Jovem Guarda e da Bossa Nova eram consideradas apolíticas
por ser um subproduto do rock americano e a Bossa Nova por retratar o
universo da classe média da zona sul carioca.
A Música é proibido proibir é um perfeito exemplo de música “engajada”, já que
o próprio título foi extraído das palavras de ordem dos protestos universitários
contra o autoritarismo ocorrido em Paris .
A ação da censura durante o regime militar, foi a grande responsável pelo
declínio e fim dos festivais. Curiosamente, iniciou-se um período muito fértil na
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música brasileira, já que os compositores, diante da necessidade de “driblar” a
censura, criaram inúmeras letras de fundo político traduzidas em metáforas
poéticas.
Chico Buarque, depois de preso e interrogado auto exilou-se na Itália. Caetano
e Gil não tiveram a mesma sorte. Depois de presos um tempo, foram obrigados
a abandonar o país, estabelecendo-se em Londres até que pudessem voltar.
Em Campos do Jordão, é realizado o Festival de Inverno pela Secretaria de
Cultura do Estado de São Paulo.
Músicos e orquestras nacionais e
internacionais se apresentam e cursos de música são oferecidos.
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