Ensino Médio Pré-vestibular MOGI GUAÇU Gabarito da 2ª Avaliação de Literatura Prof.ª: Morgana Donegá Data: 20/03 Nome: 3ª Série EM Valor: 1º Trimestre 2013 6,00 Nº: 1) O narrador do episódio em questão é Vasco da Gama, o herói do poema, que, em dada altura da fábula, assume a função de personagem-narrador. 2) Vasco da Gama representa o ideal expansionista do Império Lusitano, que implica a dilatação da fé cristã e do comércio ocidental. Como herói do poema, encarna as convicções da persona épica, isto é, do narrador principal da epopéia, que, como manifestação do gênero épico, exalta o assunto da narrativa. Mais precisamente,Vasco da Gama encarna o projeto político da Dinastia de Avis, que, adepta das novidades do Renascimento, aplica as conquistas da ciência à difusão do comércio. O Velho do Restelo, como personagem alegórica, representa o ponto de vista contrário à expansão do Império Lusitano, por considerá-la resultado do desejo de poder pelo poder. O Velho pode ser entendido, também, como manifestação do ideal da Dinastia de Borgonha, que se fundava na ordem feudal e a conseqüente preferência pela economia agrária em desfavor do mercantilismo ascendente. 3) Poema épico, que celebra heróis e feitos heroicos. 4) O vocábulo “Amor”, grafado em maiúscula no 5º verso, refere-se ao deus Amor da mitologia clássica, chamado de Eros pelos gregos antigos e de Cupido pelos romanos da Antiguidade. 5) Em meados do século XIV, o príncipe de Portugal, que viria a ser o futuro rei D. Pedro I, tomou Inês de Castro como amante e teve filhos com ela. Para evitar o matrimônio do casal, o rei D. Afonso IV autorizou o assassinato de Inês por razões de Estado. O verso “Tuas aras banhar em sangue humano”, no contexto da estrofe em que se encontra, significa que o deus Amor exigiu o sacrifício da vida de Inês em seu altar (“ara”). Vasco da Gama, narrador do episódio de Inês de Castro, em Os Lusíadas, atribui uma causa transcendental à sua morte, que teria sido determinada pelo deus Amor. 6) O amor, no soneto, é algo bom, branco, doce e piedoso. Quem não entende o amor assim deve ser uma pessoa cega, apaixonada e odiada pelos homens e pelos deuses. Gramática 1) O fragmento em questão tem tanto finalidade humorística quanto crítica. As relações estabelecidas entre a linguagem poética e a linguagem de mercado refletem, em tom de deboche e ironia, a tendência a rebaixar assuntos de interesse cultural, como a complexa criação heteronímica do poeta Fernando Pessoa, ao plano de meros interesses econômicos. 2) O call-center seria localizado em Goa por se tratar de uma localidade da Índia em que há falantes de língua portuguesa. Outro fator que levaria o call-center para lá é de ordem econômica: a estratégia do mercado mundial escolheu a Índia e outros países de mão de obra barata para a sede de serviços como call-centers. 3) "Ser jovem" é uma característica própria da pessoa, ao passo que "ficar jovem" é um atributo circunstancial, no caso decorrente do tipo de cabelo que a pessoa está usando. 4) a) (1) Número como sequência de algarismos que identifica o telefone de alguém genérico, referido e circunscrito pela palavra você; (2) número como tipo ou modelo de aparelho de telefone ideal para uma pessoa (como em “número de roupa” ou “número de calçado”), referida e especificada pela palavra você. b) Em “ter o seu número de celular”, número é objeto, isto é, complemento verbal; em “o celular que é o seu número”, número é predicativo do sujeito, uma qualidade intrínseca ao indivíduo referido por você.