A fadiga g como sintoma subjetivo na consulta de enfermagem f da d radioterapia di i Dálete Delalibera Corrêa de Faria Mota Enfa. Doutora em Enfermagem pela EEUSP. Professora da Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Goiás. VIII Encontro de Enfermeiros Oncologistas em Radioterapia Objetivos Apresentar a definição, definição prevalência, prevalência e características da fadiga y Resumir fatores associados ao sintoma e g as teorias de fadiga y Discutir a importância da inclusão da f di na consulta fadiga lt de d enfermagem f y ◦ Identificar instrumentos de avaliação de fadiga ◦ Relatar estratégias de manejo da fadiga O QUE É FADIGA? Fadiga y Experiência comum a indivíduos saudáveis e doentes y Fre üente em pacientes Freqüente acientes com c m câncer ◦ ◦ y Fase de diagnóstico: 40% Fase avançada: a ançada: 75% - 99% Incidência/Prevalência é subestimada x x x x não é incluída na educação dos profissionais o doente pensa que “não não tem jeito jeito” só é reconhecida quando associada à anemia ou à dispnéia piora com o tratamento e evolução da doença Definição de fadiga ... Não há consenso... Adequada definição • relaciona-se à adequada compreensão • possibilita excluir fenômenos alternativos • é guia clínico para avaliação das condições e resultados • permite propor intervenções • é base para o desenvolvimento de pesquisas Winningham, 2002. Definição de fadiga “Não é como estar cansada, não é nada parecido com isso É pior que qualquer coisa que eu possa imaginar” isso. imaginar peso no peito, respiração difícil, sem energia, sem força d f ld d de dificuldade d concentração, ã cansaço, exaustão ã ... FADIGA É O FIM DA ENERGIA “Sintoma subjetivo, desagradável, que envolve diversas sensações, que varia de cansaço a exaustão. Há percepção de falta de alívio e de interferência na capacidade em realizar as habilidades normais” (Ream e Richardson, 1996) “Auto-percepção “A t ã de d que a capacidade id d física fí i e/ou / mental t l estão tã reduzidas pelo desequilíbrio na disponibilidade, utilização e/ou restauração de recursos necessários para desenvolver uma atividade” (Aaranson et al. 1999). y 3 características comuns nas diversas definições: 1. Sensação de cansaço físico e mental p na realização ç de atividades usuais 2. Impacto 3. Falta de eficácia de estratégias usuais de restauração de energia. Mota, Pimenta, Cruz. Acta Paulista Enf, 2005. FADIGA: FADIGA: PROBLEMA FREQUENTE Estudos nacionais ◦ ◦ Pacientes com CA de Laringe: 45% referiram cansaço em todo o corpo e mais de 80% referiu alguma g sensação ç de cansaço ç mental Pacientes com diferentes tipos p de câncer (n=548): x Fadiga g ppresente em 54,4% , ((n= 298): ) x 66 (12,0%) leve; x 155 (28,3%) (28 3%) moderada; x 77 (14,1%) intensa Coelho, Sawada. Rev Latino Am Enf, 1999. Mota, Pimenta. Simbidor, 2007. Fadiga é... é y Pouco valorizada pelos profissionais ◦ No passado, era ignorada x Não havia registro g de incidência x Não fazia parte de instrumentos/questionários de sintomas x Não era listada como evento adverso da doença ou do tratamento (exceto anemia) x Não tinha material educativo sobre o sintoma ◦ Havia interesse em dados objetivos j ((capacidade p funcional) ◦ Apenas 50% dos profissionais (médicos e enfermeir s) conversaram enfermeiros) c n ersaram sobre s bre fadiga fadi a ◦ Desses, ¼ receberam alguma proposta de tratamento. apud Jereczek-Fossa et al. Crit Rev Oncol Hematol, 2002. Fadiga é... é y Sub e super-estimada Subsuper estimada pelos cuidadores ◦ Reconhecimento como algo “normal” / esperado ◦ Necessidade de chamar a atenção do profissional de saúde ◦ Raramente é utilizado o termo “FADIGA” Winningham, 2002. CARACTERÍSTICAS DA FADIGA O que é Fadiga Fadiga?? ¾Subjetivo ¾Multifatorial ¾Multidimensional Síndrome complexa e progressiva 1921: Abandono de pesquisas sobre fadiga!! Winningham, 2002. Classificações:: Classificações y Fadiga: ◦ Subjetiva (percepção) ◦ Objetiva (externa e observável) ◦ Biofísica (celular e mecânica) y D Duração: ã ◦ Aguda ◦ Crônica ( x SFC) y Alterações ç de ppadrão: ◦ Ataque Transitório de Fadiga ◦ Ataque Transitório de Energia Winningham, 2002. Características da fadiga y Alta prevalência e intensidade significativa “um um cansaço que não é normal normal” y Impacto na realização de atividades usuais “o corpo fica lento / o corpo não ajuda” “dá moleza no corpo” “a cabeça quer fazer mais coisas mas o corpo não deixa e precisa repousar” “ “me impede d de d fazer f o que gostaria (ir ( ao shopping, h fazer f compras)” )” y Piora com tratamentos para o câncer e evolução da doença “parece parece cíclica, cíclica mas permanente permanente” “não precisa esforço para cansar” Mota, Pimenta. Tese de Doutorado EEUSP, 2008. Fadiga em cuidados paliativos... paliativos y Perspectiva pessimista pelos próprios pacientes: ◦ Lutar em vão contra a fadiga ◦ Ter a esperança de superar a fadiga mas sabendo que o resultado será o fracasso Vivência do corpo e uma compreensão p intelectual. Lindavist, Widmark, Rasmussen. Cancer Nurs, 2004. Fadiga em Radioterapia y y y y y Em torno de 40% dos pacientes com câncer tem fadiga induzida por Rtx C Causa fadiga f di rapidamente id em 80% dos d pacientes i Não é um sintoma isolado ((náusea, vômito e perda de apetite) Pode durar por longo período pós pós-radioterapia radioterapia (aprox. 30%) Tende a ser pior no final do dia e apresenta ligeira melhora nos finais de semana (descanso do tratamento) Jereczek-Fossa et al. Crit Rev Oncol Hematol, 2002. Fadiga g em Radioterapia p y Em mulheres com CA de mama ◦↑ ↑ fadiga em Qtx f d ou Qtx + Rtx comparado a cirurgia d com ou sem Rtx y Em homens com CA de próstata ◦ ↑ fadiga em Rtx ou Htx comparado a cirurgia ou tratamento observacional y y Pacientes qque fizeram tratamento anterior a Rtx tendem a reportar ↓ fadiga (“response shift”) Não existem estudos que comparem fadiga de pacientes recebendo Rtx para câncer versus outras doenças benignas apud Jereczek-Fossa et al. Crit Rev Oncol Hematol, 2002. Tumores SNC y Períodos de fadiga entre os dias 11 e 21 e dias 31 e 35 pós-Rtx y Rtx fracionada causou menos fadiga que a Rts mais moderna y 30% dos sobreviventes de astrocitoma relataram fadiga 2 anos pós-Rtx apud Jereczek-Fossa et al. Crit Rev Oncol Hematol, 2002. Câncer de Mama 90% das mulheres em Qtx e/ou Rtx y Piora da fadiga na 1ª e 3ª semanas, melhora na 2ª semana e fica estável na 4ª p 1 mês do semana. Tende a diminuir após término da Rtx y A condição di ã fífísica i e mental t l está tá mais i relacionada a intensidade da fadiga que o câncer em si ou o tratamento. y apud Jereczek-Fossa et al. Crit Rev Oncol Hematol, 2002. Câncer de próstata Fadiga é o sintoma mais persistente. y Radioterapia total de pélvis é mais fatigante que Rtx em menores campos y apud Jereczek-Fossa et al. Crit Rev Oncol Hematol, 2002. Tumores pélvicos Todas as modalidades de Rtx levam a fadiga. y Fadiga está associada a outros efeitos adversos da Rtx como diarréia. y apud Jereczek-Fossa et al. Crit Rev Oncol Hematol, 2002. Câncer de pulmão 78% dos pacientes apresentaram fadiga y Fadiga não estava relacionada a fatores sociodemográficos ou a doença y Fadiga não melhorou após Rtx, Rtx ao contrário de QV e outros sintomas y apud Jereczek-Fossa et al. Crit Rev Oncol Hematol, 2002. FATORES CAUSAIS, CAUSAIS AGRAVANTES, ASSOCIADOS, PREDITIVOS... Fadiga Sintoma primário (citocinas: TNF/Ils – perda massa muscular e contratilidade muscular) y Sintoma secundário (co-morbidades ( concorrentes) y Winningham, 2002. Fatores causais y São múltiplos e relacionados! ◦ ◦ ◦ ◦ ◦ ◦ ◦ ◦ Biofísicos Funcionais g Psicológicos Sociais Ocupacionais (econômicos) Doença Tratamento Sintomas Mota, Pimenta. Simbidor, 2007. Causas de fadiga Qualquer Q q alteração ç na liberação ç e captação p ç de O2 Metabolismo tumoral (fatores de necrose tumoral, neurotoxinas) Descondicionamento físico Quimioterapia Radioterapia Cirurgias Medicamentos Estressores emocionais depressão, ansiedade Desidratação, desequilíbrio eletrolítico desnutrição eletrolítico, desnutrição, dor, dor insônia infecção, febre, constipação e anemia,, entre outras. Mecanismos celulares Angústia espiritual Aspectos cognitivos O câncer melhora, mas a fadiga f di não ã ??? Fadiga pós-câncer Fatores relacionados à Fadiga y Sócio demográficos Sócio-demográficos ◦ Sexo: mulheres parecem ter mais fadiga que homens (em tratamento paliativo domiciliário). ◦ Idade: indivíduos mais novos relatam fadiga mais intensa ◦ Nível educacional e cor de pele: nenhum estudo ◦ Serviço de saúde (público X privado): público mais fatigado (Husain AF, et al, 2007, Choi JY, Kang HS, 2007, Mota e Pimenta, 2007) Fatores relacionados à Fadiga y Fatores emocionais: ◦ Depressão: x prevalência entre 14% e 21% x Causa e consequência da fadiga (“dá frustração”, “desânimo, pessimismo” x Fator que mais explica a intensidade da fadiga (±40%) ◦ Ansiedade: A i d d x Prevalência entre 14% e 29% x Menos investigado, investigado mas parece ser semelhante à depressão “minha angústia faz com que eu tenha fadiga” / “nervoso” / “irritação” Fatores relacionados à Fadiga y Fisiológicos Fi i ló i ◦ Hemoglobina/Anemia: x Prevalência em torno de 34% em câncer avançado x Maior impacto na dimensão física da fadiga (prejuízo da funcionalidade e sensação de fraqueza) x Correlação tanto em pacientes em tratamento curativo quanto em paliativo ◦ Cortisol, Melatonina, Serotonina, Bilirrubina: alteração levam a piora da fadiga, depressão e qualidade do sono ◦ Interleucina-1b: não tem correlação Glaus A, Müller S, 2000; Payne J , et al, 2006; Gélinas C, Fillion L, 2004 Fatores relacionados à Fadiga y Cirurgia: ◦ quanto maior a cirurgia, maior a fadiga (mastectomia x quandrantectomia) y Q i i Quimioterapia: i ◦ a velocidade de piora e a duração pós-término variam i conforme f esquema ◦ nem todos as dimensões de fadiga se modificam de Jong N, et al, 2004; de Jong N, et al, 2005; de Jong N, et al, 2006 Fatores relacionados à Fadiga y Radioterapia: ◦ piora progressiva ◦ com maior intensidade d d nos finais f de d tarde d e noite ◦ Demora mais de 2 anos para a fadiga retornar aos valores pré-rtx y Hormonioterapia: ◦ Aumento A t d da fadiga f di após ó 6 meses de d ttx tt “percebo que depois que passei a usar o herceptin apareceu a fadiga” Hickok JT , et al, 2005; Molassiotis A, Chan CW, 2004; Geinitz H, et al, 2004 Fatores relacionados à Fadiga y O câncer: â ◦ Pulmão e C&P: fadiga mais intensa ◦ Próstata: menos fadiga ◦ Estadiamento: quanto mais avançado, maior número de sintomas, maior propensão à fadiga. Hickok JT, et al, 2005 Fatores relacionados à Fadiga y Outros sintomas do paciente: ◦ ◦ ◦ ◦ ◦ ◦ Dor Constipação Anorexia Dispnéia Alterações do sono Solidão TEORIAS DE FADIGA ENERGIA Nível de energia y y y y y Conceito central de saúde Capacidade do corpo produzir energia é necessária para o auto-cuidado (Orem) Poucas pesquisas de intervenção para manter ou aumentar a sensação de “energia” energia Sobreviventes de Hodgkins tiveram redução gradativa de gasto energético com atividades recreativas, com aumento de alteração emocional (humor). Mulheres em Qtx gastam entre 100 e 150 cal menos que mulheres saudáveis. Winningham, 2002. Espiral Fadiga Fadiga--Inércia Winningham, 2002. Edmonton Fatigue Framework y Continuação do trabalho: Fatigue Adaptation Model y Fadiga é resultado da redução da capacidade de adaptação aos fatores estressores ◦ ◦ ◦ ◦ Função cognitiva Resistência muscular Qualidade do sono Ingesta alimentar Cansaço g Fadiga Exaustão Olson et al. Support Care Cancer, 2008. y Cansaço: ◦ O indivíduo consegue responder ao estresse y Fadiga ◦ O indivíduo não consegue responder ao estresse sozinho, sozinho mas a adaptação é possível y Exaustão ◦ A adaptação p ç não é ppossível y Função cognitiva ◦ Afetada por tratamentos farmacológicos ◦ Sequelas, muitas vezes, irreversíveis ◦ O impacto da doença e tratamento na função cognitiva precisam ser melhor investigados e mais intervençoes cognitivas devem ser propostas. propostas y Resistência muscular ◦ ◦ ◦ ◦ Massa muscular (sarcopenia) Força muscular g Hemoglobina Respostas inflamatórias y Qualidade do sono ◦ 4 pilares: x x x x Sono insuficiente Apnéia do sono Insônia crônica Depressão ◦ Medicamentos Para a OMS, OMS privação do sono é um carcinógeno! y Ingesta alimentar ◦ Na clínica, é dada pouca atenção ◦ Aumento de proteína é mais importante que o aumento calórico “per si” ◦ Intervenções dietéticas são feitas tarde demais. Lacunas no trabalho de Edmonton Função cardio-respiratória cardio respiratória y Interpretação cognitiva ou percepção dos sintomas y Influência de outros sintomas y POR QUE INCLUIR FADIGA NA CONSULTA DE ENFERMAGEM? No diadia-a-dia brasileiro... brasileiro y Interesse crescente dos profissionais de saúde em conhecer a fadiga Certa confusão sobre a definição do sintoma y Subdiagnóstico / subvalorização y Indicação I d ã de d estratégias é de d controle l pouco baseadas em evidências y O impacto da fadiga é GRANDE! ¾ Limitante ¾MUITO frequente ¾Interfere na realização das atividades normais ¾ Prejuízos P í à qualidade l d d de d vida d ¾Não recupera após o emprego de estratégias de recuperação de energia SOFRIMENTO Impacto da Fadiga Diminuem motivação, interesse e o autocuidado p física e a deambulação ç capacidade memória e concentração Aumentam sentimentos de tristeza, depressão irritabilidade e frustração angústia espiritual COMO AVALIAR A FADIGA? Avaliação de Fadiga Sintoma subjetivo: “fadiga é aquilo que o paciente diz que é” Sintoma multifatorial e multidimensional Alta prevalência em pacientes oncológicos e significativo impacto negativo Cuidados durante a avaliação avaliação:: y y y Cuidado para não tomar decisões precipitadas quando se vê um paciente no cenário clínico Para saber realmente como um paciente está, avalie-o li posteriormente t i t para ver como ele l passou. Pergunte cuidadosamente e exatamente como o paciente passou a noite Notes on Nursing, Nursing Florence Nightingale Avaliação de Fadiga Investigar: g Aguda ou crônica Fadiga vs. fraqueza, tontura, falta de ar… Co-morbidades Qualidade do sono Presença P d outros de t sintomas i t Capacidade Funcional Medicações concomitantes Nutrição e Hidratação Condições Condições ambientais Diferenças culturais na percepção Significados e expectativa de fadiga e alívio Atividade física e repouso (como passa o dia) A li ã Fi Avaliação Fisiológica i ló i - Hematológica: Hemoglobina -Bioquímica: Bi í i Sódio/Potássio Sódi /P tá i -Citocinas inflamatórias Instrumentos de avaliação de Fadiga Instrumentos Unidimensionais E Escala l Visual Vi lA Analógica ló i sem fadiga g pior fadiga imaginável Escala Numérica (0-10) ( ) 0__ 1__ 2__ 3__ 4__ 5__ 6__ 7__ 8__ 9__10 Escala de Fadiga de Rhoton (0-10) 0__ 1__ 2__ 3__ 4__ 5__ 6__ 7__ 8__ 9__10 Não cansado Cheio de energia Animado Exaustão total Winningham, 2002. Instrumentos Unidimensionais CTC (0 – 4) CTC v.3, 2007. Instrumentos Multidimensionais y y y Revisão sistemática I t Instrumentos t que não ã foram f i l íd incluídos Instrumentos validados para o Brasil 1. Fatigue Severity Scale 2. Visual Analogue Scale for Fatigue 3. Fatigue Assessment Instrument 4. Brief Mental Fatigue Questionnaire 5. Fatigue Scale 6. Fatigue Impact Scale 7 Multidimensional 7. M l d l Fatigue F I Inventory 8. Fatigue Symptom Inventory 9. Dutch Fatigue g Scale 10. Dutch Exertion Fatigue Scale 11. Revised Piper Fatigue Scale 12 Schwartz 12. S h t Cancer C F ti Fatigue S l Scale 13. Brief Fatigue Inventory 14. Cancer Fatigue g Scale 15. Schedule Of Fatigue and Anergia for CFS 16. Schedule Of Fatigue and Anergia for CFS e GP 17 Cancer-Related 17. Cancer Related Fatigue Distress Scale 18. Fatigue Impact Scale for Daily Administration Mota, Pimenta, 2003 y País de origem: 100% em países desenvolvidos 11% 6% 11% 44% 11% 17% Estados Unidos Holanda Reino Unido Canadá Austrália Japão Mota, Pimenta, 2003 -Avaliação sistemática -Avaliação padronizada -Cuidado com linguagem: Fadiga x cansaço -Escolher instrumentos simples p e curtos -Saber se o instrumento é válido e confiável Psicometria:: validade e confiabilidade Psicometria y V lid d Validade ◦ Avalia se o instrumento está medindo di d o que se propôs ◦ Análise fatorial y C fi bilid d Confiabilidade ◦ Fidedignidade, precisão, estabilidade, h homogeneidade id d ◦ C Consistência ê interna (alfa de Cronbach) Algoritmo para a identificação dos melhores instrumentos de auto autorelato exclusivos para avaliação de fadiga em adultos. São Paulo, 2003. 1. Apresentar a definição de fadiga 2 Ser medianamente extenso e ter 2. linguagem simples 3A 3. Avaliar li o ffenômeno ô de d maneira i multidimensional. 4. Ser confiável (consistência interna) 5. Ser válido (análise fatorial, 5 fatorial validade concorrente, validade divergente ou convergente) Mota, Pimenta, 2003 Mais a s instrumentos instrumentos… st u e tos… tos… y Outros instrumentos estão O ã disponíveis na literatura: ◦ Pictograma g de Piper p ◦ Escala de Fadiga ◦ Fatigue Symptom Checklist Mota, Pimenta, 2003 Instrumentos VALIDADOS no BRASIL y Em oncologia: ◦ ◦ ◦ ◦ y Escala de Fadiga de Piper – Revisada Pictograma de Fadiga FACT – F Inventário Breve de Fadiga (não foram encontrados dados de validade) Outras populações: ◦ Escala de Severidade de Fadiga ◦ Escala de Impacto de Fadiga – Modificada ◦ Escala de Fadiga de Chalder (usada em onco, mas não foram encontrados dados de validade) Mota, Kurita, Pimenta, 2010 Esccala dee Fadiga dee Pipeer - Reevisad da Instruções: Para cada questão a seguir, circule o número que melhor descreve a fadiga que você está sentindo AGORA. Por favor esforce-se para responder cada questão da melhor maneira possível. Muito obrigada. 1. Há quanto tempo você está sentindo fadiga? (assinale somente UMA resposta) Dias _ _ _ Semanas _ _ _ Meses _ _ _ Horas _ _ _ Minutos _ _ _ Outro (por favor descreva): _ _ _ 2. Quanto estresse a fadiga que você sente agora causa? Nenhum estresse 0 1 Muito estresse 2 3 4 5 6 7 8 9 10 3. Q Quanto a fadiga g interfere na sua capacidade p de completar p suas atividades de trabalho ou escolares? Nada 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Muito 10 4. Quanto a fadiga interfere na sua habilidade de visitar ou estar junto com seus amigos? Nada 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Muito 10 8 9 Muito 10 5. Quanto a fadiga interfere na sua habilidade de ter atividade sexual? Nada 0 1 2 3 4 5 6 7 6. De modo geral, quanto a fadiga interfere na capacidade de realizar qualquer tipo de atividade que vocêê gosta? t ? Nada 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Muito 10 7. Como você descreveria a intensidade ou a magnitude da fadiga que você está sentindo agora? Leve 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Intensa 10 Como você descreveria a fadiga que você está sentindo agora? 8. Agradável 0 1 2 3 4 5 6 7 8 Desagradável 9 10 Aceitável 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Inaceitável 10 Protetora 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Destruidora 10 Positiva 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Negativa 10 Normal 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Anormal 10 9. 10. 11. 12. 13. Quanto você está se sentindo... Esccala dee Fadiga dee Pipeer - Reevisad da Forte 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Fraco 10 4 5 6 7 8 9 Sonolento 10 4 5 6 7 8 9 Apático 10 4 5 6 7 8 9 Cansado 10 4 5 6 7 8 Sem energia 9 10 4 5 6 7 8 9 Impaciente 10 4 5 6 7 8 9 Tenso 10 4 5 6 7 8 9 Deprimido 10 4 5 6 7 Incapaz de se concentrar 8 9 10 4 5 6 7 Incapaz de se lembrar 8 9 10 4 5 6 7 14. Quanto você está se sentindo... Acordado 0 1 2 3 15. Quanto você está se sentindo... Com vida 0 1 2 3 16. Quanto você está se sentindo... Com vigor g 0 1 2 3 17. Quanto você está se sentindo... Com energia 0 1 2 3 18 Quanto você está se sentindo 18. sentindo... Paciente 0 1 2 3 19. Quanto você está se sentindo... Relaxado 0 1 2 3 20. Quanto você está se sentindo... Extremamente feliz 0 1 2 3 21. Quanto você está se sentindo... Capaz de se concentrar 0 1 2 3 22. Quanto você está se sentindo... Capaz de se lembrar 0 1 2 3 23. Quanto você está se sentindo... Capaz de d pensar com clareza l 0 1 2 Incapaz de d pensar com clareza l 3 8 9 10 24. De modo geral, o que você acha que contribui ou causa a sua fadiga? _________________________ ____________________________________________________________________________________ 25. De modo geral, o que mais alivia a sua fadiga é: __________________________________________ ____________________________________________________________________________________ 26. Existe mais alguma coisa que você gostaria de dizer para descrever melhor sua fadiga ? __________ ____________________________________________________________________________________ 27. Você está sentindo qualquer outro sintoma agora? ( ) Não ( ) Sim. Por favor descreva ___________________________________________________ Quanto cansado você se sentiu na última semana? Um p pouquinho q cansado Moderadamente cansado Muito cansado Eu consigo g fazer quase tudo que habitualmente faço Eu consigo g fazer algumas das coisas que habitualmente faço Eu só faço ç o que q tenho que fazer Extremamente cansado Quanto a sensação de cansaço te impede de fazer o que você quer fazer? Eu consigo g fazer tudo que habitualmente faço Eu consigo g fazer muito pouco (Mota, Pimenta e Fitch, 2009) PICTOGR P RAMA DE FADIG GA Nada cansado Instrumentos Genéricos Edmonton Symptom Assessment Scale y SF-36 y EORTC QLQ-30 y Profile of Mood States y INTERVENÇÕES PARA FADIGA Assistência y Identificar e tratar fatores agravantes y Traçar metas junto ao paciente/família y Informação e ação Winningham, 2002 Intervenção ç educacional • O conceito de fadiga • A atenção à fadiga faz parte do cuidado da equipe multiprofissional. • Fadiga é sintoma importante e deve ser relatado aos profissionais para que seja tratada. • Se o paciente estiver fatigado ou sofrendo por outros sintomas i t e não ã puder d tolerar t l o tratamento t t t para o câncer â ou tiver que escolher entre o tratamento e qualidade de vida, o controle da doença será prejudicado. Winningham, 2002 Intervenção ç educacional • Os doentes podem desenvolver fadiga moderada/severa durante o tratamento e ela tende a diminuir progressivamente após o término do mesmo. • Fadiga F di pode d ser conseqüência üê i d do tratamento t t t e não ã necessariamente um sinal de que o tratamento não está surtindo efeito ou que a doença está progredindo. • Monitoramento periódico dos níveis de fadiga, por meio de diário ou outro instrumento, pode ajudar a observar o padrão do sintoma e estabelecer melhor tratamento. Winningham, 2002 Intervenção y Atividade física ◦ Objetivo: aumentar a capacidade funcional e reduzir a fadiga ◦ Individualizados, com início leve e de curta duração ◦ Excesso pode agravar a fadiga y I Intervenções õ psicossociais i i i ◦ Grupos de apoio / terapias de grupo, TCC (inclui atividades de distração e educação) NCCN, 2007; Markes M, Brockow T, Resch KL, 2007; Jereczek-Fossa, 2002 Outras intervenções Orientação nutricional y Higiene do sono y Conservação de energia y Interação com família y Intervençõs farmacológicas Última opção de tratamento y Alguns medicamentos que agem no SNC são ã estudados d d (Donepezil, (D il Modafenil), M d f il) mas os resultados não dão segurança para o uso em fadiga f d y Antidepressivos... p só tratam a depressão p y Psicoestimulantes: y ◦ metilfenidato ou dexmetilfenildato Stockler MR, et al, 2007; Feighner JP, Boyer WF, 1991; Fernandez F, et al, 1987; Krupp LB, et al, 1995; Bruera E, et al, 2006; Téllez N, Montalbán X, 2004; Bruera E, et al, 2003; Shaw EG, et al, 2006; Bruera E, et al, 2007. Intervençõs farmacológicas ... Contribuição brasileira Guaranáá G y Multivitamínico y de Souza et al. Am J Clin Oncol, 2007. da Costa Miranda et al. J Altern Complement Med, 2009. Fatores causais Tratamento Definição Avaliação Consenso Brasileiro de Fadiga em Cuidados Paliativos MUITO OBRIGADA OBRIGADA!! DÚVIDAS?? DALETE MOTA@GLOBO COM [email protected]