A fadiga como sintoma g subjetivo na consulta de f d di i f d di i

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A fadiga
g como sintoma
subjetivo na consulta de
enfermagem
f
da
d radioterapia
di
i
Dálete Delalibera Corrêa de Faria Mota
Enfa. Doutora em Enfermagem pela EEUSP. Professora da Faculdade
de Enfermagem da Universidade Federal de Goiás.
VIII Encontro de Enfermeiros Oncologistas em Radioterapia
Objetivos
Apresentar a definição,
definição prevalência,
prevalência e
características da fadiga
y Resumir fatores associados ao sintoma e
g
as teorias de fadiga
y Discutir a importância da inclusão da
f di na consulta
fadiga
lt de
d enfermagem
f
y
◦ Identificar instrumentos de avaliação de fadiga
◦ Relatar estratégias de manejo da fadiga
O QUE É FADIGA?
Fadiga
y
Experiência comum a indivíduos saudáveis e doentes
y
Fre üente em pacientes
Freqüente
acientes com
c m câncer
◦
◦
y
Fase de diagnóstico: 40%
Fase avançada:
a ançada: 75% - 99%
Incidência/Prevalência é subestimada
x
x
x
x
não é incluída na educação dos profissionais
o doente pensa que “não
não tem jeito
jeito”
só é reconhecida quando associada à anemia ou à dispnéia
piora com o tratamento e evolução da doença
Definição de fadiga
... Não há consenso...
Adequada definição
• relaciona-se à adequada compreensão
• possibilita excluir fenômenos alternativos
• é guia clínico para avaliação das condições e
resultados
• permite propor intervenções
• é base para o desenvolvimento de pesquisas
Winningham, 2002.
Definição de fadiga
“Não é como estar cansada, não é nada parecido com
isso É pior que qualquer coisa que eu possa imaginar”
isso.
imaginar
peso no peito, respiração difícil, sem energia, sem força
d f ld d de
dificuldade
d concentração,
ã cansaço, exaustão
ã ...
FADIGA É O FIM DA ENERGIA
“Sintoma subjetivo, desagradável, que envolve diversas sensações,
que varia de cansaço a exaustão. Há percepção de falta de alívio e
de interferência na capacidade em realizar as habilidades normais”
(Ream e Richardson, 1996)
“Auto-percepção
“A
t
ã de
d que a capacidade
id d física
fí i
e/ou
/
mental
t l estão
tã
reduzidas pelo desequilíbrio na disponibilidade, utilização e/ou
restauração de recursos necessários
para desenvolver uma
atividade” (Aaranson et al. 1999).
y
3 características comuns nas diversas
definições:
1. Sensação de cansaço físico e mental
p
na realização
ç de atividades usuais
2. Impacto
3. Falta de eficácia de estratégias usuais de
restauração de energia.
Mota, Pimenta, Cruz. Acta Paulista Enf, 2005.
FADIGA:
FADIGA:
PROBLEMA FREQUENTE
Estudos nacionais
◦
◦
Pacientes com CA de Laringe: 45%
referiram cansaço em todo o corpo e mais
de 80% referiu alguma
g
sensação
ç de cansaço
ç
mental
Pacientes com diferentes tipos
p de câncer
(n=548):
x Fadiga
g ppresente em 54,4%
, ((n= 298):
)
x 66 (12,0%) leve;
x 155 (28,3%)
(28 3%) moderada;
x 77 (14,1%) intensa
Coelho, Sawada. Rev Latino Am Enf, 1999.
Mota, Pimenta. Simbidor, 2007.
Fadiga é...
é
y
Pouco valorizada pelos profissionais
◦ No passado, era ignorada
x Não havia registro
g
de incidência
x Não fazia parte de instrumentos/questionários de sintomas
x Não era listada como evento adverso da doença ou do
tratamento (exceto anemia)
x Não tinha material educativo sobre o sintoma
◦ Havia interesse em dados objetivos
j
((capacidade
p
funcional)
◦ Apenas 50% dos profissionais (médicos e
enfermeir s) conversaram
enfermeiros)
c n ersaram sobre
s bre fadiga
fadi a
◦ Desses, ¼ receberam alguma proposta de
tratamento.
apud Jereczek-Fossa et al. Crit Rev Oncol Hematol, 2002.
Fadiga é...
é
y
Sub e super-estimada
Subsuper estimada pelos cuidadores
◦ Reconhecimento como algo “normal” /
esperado
◦ Necessidade de chamar a atenção do
profissional de saúde
◦ Raramente é utilizado o termo “FADIGA”
Winningham, 2002.
CARACTERÍSTICAS DA
FADIGA
O que é Fadiga
Fadiga??
¾Subjetivo
¾Multifatorial
¾Multidimensional
Síndrome complexa e progressiva
1921:
Abandono de pesquisas sobre fadiga!!
Winningham, 2002.
Classificações::
Classificações
y
Fadiga:
◦ Subjetiva (percepção)
◦ Objetiva (externa e observável)
◦ Biofísica (celular e mecânica)
y
D
Duração:
ã
◦ Aguda
◦ Crônica ( x SFC)
y
Alterações
ç
de ppadrão:
◦ Ataque Transitório de Fadiga
◦ Ataque Transitório de Energia
Winningham, 2002.
Características da fadiga
y
Alta prevalência e intensidade significativa
“um
um cansaço que não é normal
normal”
y
Impacto na realização de atividades usuais
“o corpo fica lento / o corpo não ajuda”
“dá moleza no corpo”
“a cabeça quer fazer mais coisas mas o corpo não deixa e precisa repousar”
“
“me
impede
d de
d fazer
f
o que gostaria (ir
( ao shopping,
h
fazer
f
compras)”
)”
y
Piora com tratamentos para o câncer e evolução da doença
“parece
parece cíclica,
cíclica mas permanente
permanente”
“não precisa esforço para cansar”
Mota, Pimenta. Tese de Doutorado EEUSP, 2008.
Fadiga em cuidados paliativos...
paliativos
y
Perspectiva pessimista pelos próprios
pacientes:
◦ Lutar em vão contra a fadiga
◦ Ter a esperança de superar a fadiga mas
sabendo que o resultado será o fracasso
Vivência do corpo e uma
compreensão
p
intelectual.
Lindavist, Widmark, Rasmussen. Cancer Nurs, 2004.
Fadiga em Radioterapia
y
y
y
y
y
Em torno de 40% dos pacientes com câncer
tem fadiga induzida por Rtx
C
Causa
fadiga
f di rapidamente
id
em 80% dos
d pacientes
i
Não é um sintoma isolado ((náusea, vômito e
perda de apetite)
Pode durar por longo período pós
pós-radioterapia
radioterapia
(aprox. 30%)
Tende a ser pior no final do dia e apresenta
ligeira melhora nos finais de semana (descanso
do tratamento)
Jereczek-Fossa et al. Crit Rev Oncol Hematol, 2002.
Fadiga
g em Radioterapia
p
y
Em mulheres com CA de mama
◦↑
↑ fadiga em Qtx
f d
ou Qtx + Rtx comparado a cirurgia d
com ou sem Rtx
y
Em homens com CA de próstata
◦ ↑ fadiga em Rtx ou Htx comparado a cirurgia ou tratamento observacional
y
y
Pacientes qque fizeram tratamento anterior a Rtx
tendem a reportar ↓ fadiga (“response shift”)
Não existem estudos que comparem fadiga de
pacientes recebendo Rtx para câncer versus
outras doenças benignas
apud Jereczek-Fossa et al. Crit Rev Oncol Hematol, 2002.
Tumores SNC
y
Períodos de fadiga entre os dias 11 e 21 e
dias 31 e 35 pós-Rtx
y
Rtx fracionada causou menos fadiga que a
Rts mais moderna
y
30% dos sobreviventes de astrocitoma
relataram fadiga 2 anos pós-Rtx
apud Jereczek-Fossa et al. Crit Rev Oncol Hematol, 2002.
Câncer de Mama
90% das mulheres em Qtx e/ou Rtx
y Piora da fadiga na 1ª e 3ª semanas,
melhora na 2ª semana e fica estável na 4ª
p 1 mês do
semana. Tende a diminuir após
término da Rtx
y A condição
di ã fífísica
i e mental
t l está
tá mais
i
relacionada a intensidade da fadiga que o
câncer em si ou o tratamento.
y
apud Jereczek-Fossa et al. Crit Rev Oncol Hematol, 2002.
Câncer de próstata
Fadiga é o sintoma mais persistente.
y Radioterapia total de pélvis é mais
fatigante que Rtx em menores campos
y
apud Jereczek-Fossa et al. Crit Rev Oncol Hematol, 2002.
Tumores pélvicos
Todas as modalidades de Rtx levam a
fadiga.
y Fadiga está associada a outros efeitos
adversos da Rtx como diarréia.
y
apud Jereczek-Fossa et al. Crit Rev Oncol Hematol, 2002.
Câncer de pulmão
78% dos pacientes apresentaram fadiga
y Fadiga não estava relacionada a fatores
sociodemográficos ou a doença
y Fadiga não melhorou após Rtx,
Rtx ao
contrário de QV e outros sintomas
y
apud Jereczek-Fossa et al. Crit Rev Oncol Hematol, 2002.
FATORES CAUSAIS,
CAUSAIS
AGRAVANTES,
ASSOCIADOS,
PREDITIVOS...
Fadiga
Sintoma primário (citocinas: TNF/Ils –
perda massa muscular e contratilidade
muscular)
y Sintoma secundário (co-morbidades
(
concorrentes)
y
Winningham, 2002.
Fatores causais
y
São múltiplos e relacionados!
◦
◦
◦
◦
◦
◦
◦
◦
Biofísicos
Funcionais
g
Psicológicos
Sociais
Ocupacionais (econômicos)
Doença
Tratamento
Sintomas
Mota, Pimenta. Simbidor, 2007.
Causas de fadiga
Qualquer
Q
q
alteração
ç na liberação
ç e captação
p ç de O2
Metabolismo tumoral
(fatores de necrose
tumoral, neurotoxinas)
Descondicionamento
físico
Quimioterapia
Radioterapia
Cirurgias
Medicamentos
Estressores emocionais
depressão, ansiedade
Desidratação, desequilíbrio
eletrolítico desnutrição
eletrolítico,
desnutrição, dor,
dor insônia
infecção, febre, constipação e
anemia,, entre outras.
Mecanismos
celulares
Angústia
espiritual
Aspectos cognitivos
O câncer melhora, mas
a fadiga
f di não
ã ???
Fadiga pós-câncer
Fatores relacionados à Fadiga
y
Sócio demográficos
Sócio-demográficos
◦ Sexo: mulheres parecem ter mais fadiga que
homens (em tratamento paliativo
domiciliário).
◦ Idade: indivíduos mais novos relatam fadiga
mais intensa
◦ Nível educacional e cor de pele: nenhum
estudo
◦ Serviço de saúde (público X privado): público
mais fatigado
(Husain AF, et al, 2007, Choi JY, Kang HS, 2007, Mota e Pimenta, 2007)
Fatores relacionados à Fadiga
y
Fatores emocionais:
◦ Depressão:
x prevalência entre 14% e 21%
x Causa e consequência da fadiga (“dá frustração”, “desânimo,
pessimismo”
x Fator que mais explica a intensidade da fadiga (±40%)
◦ Ansiedade:
A i d d
x Prevalência entre 14% e 29%
x Menos investigado,
investigado mas parece ser semelhante à depressão
“minha angústia faz com que eu tenha fadiga” / “nervoso” /
“irritação”
Fatores relacionados à Fadiga
y Fisiológicos
Fi i ló i
◦ Hemoglobina/Anemia:
x Prevalência em torno de 34% em câncer avançado
x Maior impacto na dimensão física da fadiga (prejuízo da
funcionalidade e sensação de fraqueza)
x Correlação tanto em pacientes em tratamento curativo
quanto em paliativo
◦ Cortisol, Melatonina, Serotonina, Bilirrubina: alteração
levam a piora da fadiga, depressão e qualidade do
sono
◦ Interleucina-1b: não tem correlação
Glaus A, Müller S, 2000; Payne J , et al, 2006; Gélinas C, Fillion L, 2004
Fatores relacionados à Fadiga
y
Cirurgia:
◦ quanto maior a cirurgia, maior a fadiga (mastectomia
x quandrantectomia)
y
Q i i
Quimioterapia:
i
◦ a velocidade de piora e a duração pós-término
variam
i conforme
f
esquema
◦ nem todos as dimensões de fadiga se modificam
de Jong N, et al, 2004; de Jong N, et al, 2005; de Jong N, et al, 2006
Fatores relacionados à Fadiga
y
Radioterapia:
◦ piora progressiva
◦ com maior intensidade
d d nos finais
f
de
d tarde
d e noite
◦ Demora mais de 2 anos para a fadiga retornar aos
valores pré-rtx
y
Hormonioterapia:
◦ Aumento
A
t d
da fadiga
f di após
ó 6 meses de
d ttx
tt
“percebo que depois que passei a usar o herceptin apareceu a fadiga”
Hickok JT , et al, 2005; Molassiotis A, Chan CW, 2004; Geinitz H, et al, 2004
Fatores relacionados à Fadiga
y
O câncer:
â
◦ Pulmão e C&P: fadiga mais intensa
◦ Próstata: menos fadiga
◦ Estadiamento: quanto mais avançado, maior
número de sintomas, maior propensão à fadiga.
Hickok JT, et al, 2005
Fatores relacionados à Fadiga
y
Outros sintomas do paciente:
◦
◦
◦
◦
◦
◦
Dor
Constipação
Anorexia
Dispnéia
Alterações do sono
Solidão
TEORIAS DE FADIGA
ENERGIA
Nível de energia
y
y
y
y
y
Conceito central de saúde
Capacidade do corpo produzir energia é
necessária para o auto-cuidado (Orem)
Poucas pesquisas de intervenção para
manter ou aumentar a sensação de “energia”
energia
Sobreviventes de Hodgkins tiveram redução
gradativa de gasto energético com atividades
recreativas, com aumento de alteração
emocional (humor).
Mulheres em Qtx gastam entre 100 e 150
cal menos que mulheres saudáveis.
Winningham, 2002.
Espiral Fadiga
Fadiga--Inércia
Winningham, 2002.
Edmonton Fatigue Framework
y
Continuação do trabalho: Fatigue Adaptation Model
y
Fadiga é resultado da redução da capacidade de
adaptação aos fatores estressores
◦
◦
◦
◦
Função cognitiva
Resistência muscular
Qualidade do sono
Ingesta alimentar
Cansaço
g
Fadiga
Exaustão
Olson et al. Support Care Cancer, 2008.
y
Cansaço:
◦ O indivíduo consegue responder ao estresse
y
Fadiga
◦ O indivíduo não consegue responder ao
estresse sozinho,
sozinho mas a adaptação é possível
y
Exaustão
◦ A adaptação
p ç não é ppossível
y
Função cognitiva
◦ Afetada por tratamentos farmacológicos
◦ Sequelas, muitas vezes, irreversíveis
◦ O impacto da doença e tratamento na função
cognitiva precisam ser melhor investigados e
mais intervençoes cognitivas devem ser
propostas.
propostas
y
Resistência muscular
◦
◦
◦
◦
Massa muscular (sarcopenia)
Força muscular
g
Hemoglobina
Respostas inflamatórias
y
Qualidade do sono
◦ 4 pilares:
x
x
x
x
Sono insuficiente
Apnéia do sono
Insônia crônica
Depressão
◦ Medicamentos
Para a OMS,
OMS privação do sono é um carcinógeno!
y
Ingesta alimentar
◦ Na clínica, é dada pouca atenção
◦ Aumento de proteína é mais importante que
o aumento calórico “per si”
◦ Intervenções dietéticas são feitas tarde
demais.
Lacunas no trabalho de Edmonton
Função cardio-respiratória
cardio respiratória
y Interpretação cognitiva ou percepção dos
sintomas
y Influência de outros sintomas
y
POR QUE INCLUIR
FADIGA NA CONSULTA
DE ENFERMAGEM?
No diadia-a-dia brasileiro...
brasileiro
y
Interesse crescente dos profissionais de saúde em
conhecer a fadiga
Certa confusão sobre a definição do sintoma
y Subdiagnóstico / subvalorização
y Indicação
I d
ã de
d estratégias
é
de
d controle
l pouco
baseadas em evidências
y
O impacto da fadiga é GRANDE!
¾ Limitante
¾MUITO frequente
¾Interfere na realização das atividades normais
¾ Prejuízos
P
í
à qualidade
l d d de
d vida
d
¾Não recupera após o emprego de estratégias
de recuperação de energia
SOFRIMENTO
Impacto da Fadiga
Diminuem
motivação, interesse e o autocuidado
p
física e a deambulação
ç
capacidade
memória e concentração
Aumentam
sentimentos de tristeza, depressão
irritabilidade e frustração
angústia espiritual
COMO AVALIAR A
FADIGA?
Avaliação de Fadiga
‰ Sintoma subjetivo: “fadiga é aquilo que o
paciente diz que é”
‰ Sintoma multifatorial e multidimensional
‰ Alta prevalência em pacientes oncológicos
e significativo impacto negativo
Cuidados durante a avaliação
avaliação::
y
y
y
Cuidado para não tomar decisões precipitadas
quando se vê um paciente no cenário clínico
Para saber realmente como um paciente está,
avalie-o
li
posteriormente
t i
t para ver como ele
l
passou.
Pergunte cuidadosamente e exatamente como
o paciente passou a noite
Notes on Nursing,
Nursing
Florence Nightingale
Avaliação de Fadiga
Investigar:
g
ƒ Aguda ou crônica
ƒ Fadiga vs. fraqueza, tontura, falta de ar…
ƒ Co-morbidades
ƒ Qualidade do sono
ƒ Presença
P
d outros
de
t
sintomas
i t
ƒ Capacidade Funcional
ƒ Medicações concomitantes
ƒ Nutrição e Hidratação
ƒCondições
Condições ambientais
ƒDiferenças culturais na percepção
ƒSignificados e expectativa de fadiga e alívio
ƒAtividade física e repouso (como passa o dia)
A li ã Fi
Avaliação
Fisiológica
i ló i
- Hematológica: Hemoglobina
-Bioquímica:
Bi
í i Sódio/Potássio
Sódi /P tá i
-Citocinas inflamatórias
Instrumentos de avaliação de
Fadiga
Instrumentos Unidimensionais
E
Escala
l Visual
Vi
lA
Analógica
ló i
sem
fadiga
g
pior
fadiga
imaginável
Escala Numérica (0-10)
(
)
0__ 1__ 2__ 3__ 4__ 5__ 6__ 7__ 8__ 9__10
Escala de Fadiga de Rhoton (0-10)
0__ 1__ 2__ 3__ 4__ 5__ 6__ 7__ 8__ 9__10
Não cansado
Cheio de energia
Animado
Exaustão
total
Winningham, 2002.
Instrumentos Unidimensionais
CTC (0 – 4)
CTC v.3, 2007.
Instrumentos Multidimensionais
y
y
y
Revisão sistemática
I t
Instrumentos
t que não
ã foram
f
i l íd
incluídos
Instrumentos validados para o Brasil
1. Fatigue Severity Scale
2. Visual Analogue Scale for Fatigue
3. Fatigue Assessment Instrument
4. Brief Mental Fatigue Questionnaire
5. Fatigue Scale
6. Fatigue Impact Scale
7 Multidimensional
7.
M l d
l Fatigue
F
I
Inventory
8. Fatigue Symptom Inventory
9. Dutch Fatigue
g Scale
10. Dutch Exertion Fatigue Scale
11. Revised Piper Fatigue Scale
12 Schwartz
12.
S h
t Cancer
C
F ti
Fatigue
S l
Scale
13. Brief Fatigue Inventory
14. Cancer Fatigue
g Scale
15. Schedule Of Fatigue and Anergia for CFS
16. Schedule Of Fatigue and Anergia for CFS e GP
17 Cancer-Related
17.
Cancer Related Fatigue Distress Scale
18. Fatigue Impact Scale for Daily Administration
Mota, Pimenta, 2003
y
País de origem:
100% em países desenvolvidos
11%
6%
11%
44%
11%
17%
Estados Unidos
Holanda
Reino Unido
Canadá
Austrália
Japão
Mota, Pimenta, 2003
-Avaliação
sistemática
-Avaliação padronizada
-Cuidado com linguagem:
Fadiga x cansaço
-Escolher
instrumentos simples
p e curtos
-Saber se o instrumento é válido e confiável
Psicometria:: validade e confiabilidade
Psicometria
y
V lid d
Validade
◦ Avalia se o
instrumento está
medindo
di d o que se
propôs
◦ Análise fatorial
y
C fi bilid d
Confiabilidade
◦ Fidedignidade,
precisão, estabilidade,
h
homogeneidade
id d
◦ C
Consistência
ê
interna
(alfa de Cronbach)
Algoritmo para a identificação dos melhores instrumentos de auto
autorelato exclusivos para avaliação de fadiga em adultos. São Paulo, 2003.
1.
Apresentar a definição de fadiga
2 Ser medianamente extenso e ter
2.
linguagem simples
3A
3.
Avaliar
li o ffenômeno
ô
de
d maneira
i
multidimensional.
4. Ser confiável (consistência interna)
5. Ser válido (análise fatorial,
5
fatorial validade
concorrente, validade divergente ou
convergente)
Mota, Pimenta, 2003
Mais
a s instrumentos
instrumentos…
st u e tos…
tos…
y
Outros instrumentos estão
O
ã
disponíveis na literatura:
◦ Pictograma
g de Piper
p
◦ Escala de Fadiga
◦ Fatigue Symptom Checklist
Mota, Pimenta, 2003
Instrumentos VALIDADOS no
BRASIL
y
Em oncologia:
◦
◦
◦
◦
y
Escala de Fadiga de Piper – Revisada
Pictograma de Fadiga
FACT – F
Inventário Breve de Fadiga (não foram
encontrados dados de validade)
Outras populações:
◦ Escala de Severidade de Fadiga
◦ Escala de Impacto de Fadiga – Modificada
◦ Escala de Fadiga de Chalder (usada em onco, mas
não foram encontrados dados de validade)
Mota, Kurita, Pimenta, 2010
Esccala dee Fadiga dee Pipeer - Reevisad
da
Instruções: Para cada questão a seguir, circule o número que melhor descreve a fadiga que você está
sentindo AGORA. Por favor esforce-se para responder cada questão da melhor maneira possível.
Muito obrigada.
1. Há quanto tempo você está sentindo fadiga? (assinale somente UMA resposta)
Dias _ _ _
Semanas _ _ _
Meses _ _ _
Horas _ _ _
Minutos _ _ _
Outro (por favor descreva): _ _ _
2. Quanto estresse a fadiga que você sente agora causa?
Nenhum estresse
0
1
Muito estresse
2
3
4
5
6
7
8
9
10
3. Q
Quanto a fadiga
g interfere na sua capacidade
p
de completar
p
suas atividades de trabalho ou escolares?
Nada
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
Muito
10
4. Quanto a fadiga interfere na sua habilidade de visitar ou estar junto com seus amigos?
Nada
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
Muito
10
8
9
Muito
10
5. Quanto a fadiga interfere na sua habilidade de ter atividade sexual?
Nada
0
1
2
3
4
5
6
7
6. De modo geral, quanto a fadiga interfere na capacidade de realizar qualquer tipo de atividade que
vocêê gosta?
t ?
Nada
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
Muito
10
7. Como você descreveria a intensidade ou a magnitude da fadiga que você está sentindo agora?
Leve
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
Intensa
10
Como você descreveria a fadiga que você está sentindo agora?
8.
Agradável
0
1
2
3
4
5
6
7
8
Desagradável
9
10
Aceitável
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
Inaceitável
10
Protetora
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
Destruidora
10
Positiva
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
Negativa
10
Normal
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
Anormal
10
9.
10.
11.
12.
13. Quanto você está se sentindo...
Esccala dee Fadiga dee Pipeer - Reevisad
da
Forte
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
Fraco
10
4
5
6
7
8
9
Sonolento
10
4
5
6
7
8
9
Apático
10
4
5
6
7
8
9
Cansado
10
4
5
6
7
8
Sem energia
9
10
4
5
6
7
8
9
Impaciente
10
4
5
6
7
8
9
Tenso
10
4
5
6
7
8
9
Deprimido
10
4
5
6
7
Incapaz de se concentrar
8
9
10
4
5
6
7
Incapaz de se lembrar
8
9
10
4
5
6
7
14. Quanto você está se sentindo...
Acordado
0
1
2
3
15. Quanto você está se sentindo...
Com vida
0
1
2
3
16. Quanto você está se sentindo...
Com vigor
g
0
1
2
3
17. Quanto você está se sentindo...
Com energia
0
1
2
3
18 Quanto você está se sentindo
18.
sentindo...
Paciente
0
1
2
3
19. Quanto você está se sentindo...
Relaxado
0
1
2
3
20. Quanto você está se sentindo...
Extremamente feliz
0
1
2
3
21. Quanto você está se sentindo...
Capaz de se concentrar
0
1
2
3
22. Quanto você está se sentindo...
Capaz de se lembrar
0
1
2
3
23. Quanto você está se sentindo...
Capaz de
d pensar com clareza
l
0
1
2
Incapaz de
d pensar com clareza
l
3
8
9
10
24. De modo geral, o que você acha que contribui ou causa a sua fadiga? _________________________
____________________________________________________________________________________
25. De modo geral, o que mais alivia a sua fadiga é: __________________________________________
____________________________________________________________________________________
26. Existe mais alguma coisa que você gostaria de dizer para descrever melhor sua fadiga ? __________
____________________________________________________________________________________
27. Você está sentindo qualquer outro sintoma agora?
( ) Não
( ) Sim. Por favor descreva ___________________________________________________
Quanto cansado você se sentiu na última semana?
Um p
pouquinho
q
cansado
Moderadamente
cansado
Muito cansado
Eu consigo
g fazer
quase tudo que
habitualmente
faço
Eu consigo
g fazer
algumas das coisas
que habitualmente
faço
Eu só faço
ç o que
q
tenho que fazer
Extremamente
cansado
Quanto a sensação de cansaço te impede de fazer o que você quer
fazer?
Eu consigo
g fazer
tudo que
habitualmente
faço
Eu consigo
g fazer
muito pouco
(Mota, Pimenta e Fitch, 2009)
PICTOGR
P
RAMA DE FADIG
GA
Nada cansado
Instrumentos Genéricos
Edmonton Symptom Assessment Scale
y SF-36
y EORTC QLQ-30
y Profile of Mood States
y
INTERVENÇÕES PARA
FADIGA
Assistência
y Identificar
e tratar fatores agravantes
y Traçar metas junto ao paciente/família
y Informação e ação
Winningham, 2002
Intervenção
ç educacional
• O conceito de fadiga
• A atenção à fadiga faz parte do cuidado da equipe
multiprofissional.
• Fadiga é sintoma importante e deve ser relatado aos
profissionais para que seja tratada.
• Se o paciente estiver fatigado ou sofrendo por outros
sintomas
i t
e não
ã puder
d tolerar
t l
o tratamento
t t
t para o câncer
â
ou tiver que escolher entre o tratamento e qualidade de
vida, o controle da doença será prejudicado.
Winningham, 2002
Intervenção
ç educacional
• Os doentes podem desenvolver fadiga moderada/severa
durante o tratamento e ela tende a diminuir
progressivamente após o término do mesmo.
• Fadiga
F di
pode
d ser conseqüência
üê i d
do tratamento
t t
t e não
ã
necessariamente um sinal de que o tratamento não está
surtindo efeito ou que a doença está progredindo.
• Monitoramento periódico dos níveis de fadiga, por meio
de diário ou outro instrumento, pode ajudar a observar o
padrão do sintoma e estabelecer melhor tratamento.
Winningham, 2002
Intervenção
y
Atividade física
◦ Objetivo: aumentar a capacidade funcional e
reduzir a fadiga
◦ Individualizados, com início leve e de curta
duração
◦ Excesso pode agravar a fadiga
y
I
Intervenções
õ psicossociais
i
i i
◦ Grupos de apoio / terapias de grupo, TCC (inclui
atividades de distração e educação)
NCCN, 2007; Markes M, Brockow T, Resch KL, 2007; Jereczek-Fossa, 2002
Outras intervenções
Orientação nutricional
y Higiene do sono
y Conservação de energia
y Interação com família
y
Intervençõs farmacológicas
Última opção de tratamento
y Alguns medicamentos que agem no SNC
são
ã estudados
d d (Donepezil,
(D
il Modafenil),
M d f il) mas
os resultados não dão segurança para o uso
em fadiga
f d
y Antidepressivos...
p
só tratam a depressão
p
y Psicoestimulantes:
y
◦ metilfenidato ou dexmetilfenildato
Stockler MR, et al, 2007; Feighner JP, Boyer WF, 1991; Fernandez F, et al, 1987; Krupp LB, et al, 1995; Bruera E,
et al, 2006; Téllez N, Montalbán X, 2004; Bruera E, et al, 2003; Shaw EG, et al, 2006; Bruera E, et al, 2007.
Intervençõs farmacológicas
... Contribuição brasileira
Guaranáá
G
y Multivitamínico
y
de Souza et al. Am J Clin Oncol, 2007.
da Costa Miranda et al. J Altern Complement Med, 2009.
Fatores
causais
Tratamento
Definição
Avaliação
Consenso Brasileiro
de Fadiga em
Cuidados Paliativos
MUITO OBRIGADA
OBRIGADA!!
DÚVIDAS??
DALETE MOTA@GLOBO COM
[email protected]
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