CENTRO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR – ÚNICA CURSO DE ADMINISTRAÇÃO – HABILITAÇÃO EM MARKETING TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO MARKETING DE RELACIONAMENTO – ESTRATÉGIAS PARA O POSTO 4 ILHAS Acadêmico (a): Manoella Vieira Ferraresi Professor Orientador: Cláudio Roberto Vicente, MSc. Florianópolis, SC 2009 MANOELLA VIEIRA FERRARESI MARKETING DE RELACIONAMENTO – ESTRATÉGIAS PARA O POSTO 4 ILHAS Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro de Educação Superior UNICA, Florianópolis/SC, como requisito para conclusão do Curso de Graduação em Administração com habilitação na área de Marketing. Orientador (a): Cláudio Roberto Vicente, MSc. Florianópolis, SC 2009 MARKETING DE RELACIONAMENTO – ESTRATÉGIAS PARA O POSTO 4 ILHAS MANOELLA VIEIRA FERRARESI Este Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) foi julgado adequado para obtenção da graduação em Administração com habilitação em Marketing e aprovado em sua forma final junto ao Centro de Educação Superior – UNICA, Florianópolis/SC. ............................................................................................. Profº. Cláudio Roberto Vicente, MSc. Coordenador do Curso de Administração ............................................................................................. Profª. Ana Lúcia Dantas, Dra. Coordenadora de Estágios Apresentado à Banca Examinadora, integrada pelos Professores: ............................................................................................. Profº. Cláudio Roberto Vicente, MSc. Orientador ............................................................................................. Profª. Ana Paula Barcellos Banca Examinadora ............................................................................................. Profª. Gisely Jussyla Tonello Martins Banca Examinadora Dedico este trabalho de conclusão da graduação aos meus pais, irmão, familiares, namorado e amigos que de muitas formas me incentivaram e ajudaram para que fosse possível a sua concretização. AGRADECIMENTOS Agradeço a todas as pessoas do meu convívio que acreditaram e contribuíram, mesmo que indiretamente, para a conclusão deste curso. Aos meus pais, Rosemary e César, que acolheram minhas decisões e em momento algum deixaram de acreditar e incentivar minha vida acadêmica e profissional, me auxiliando sempre com atenção e compreensão. Ao meu irmão e amigo, Luiz Gustavo, que sempre me apoiou e incentivou na busca dos meus objetivos. Ao meu namorado, Thales, pelas idéias, auxílio, apoio e paciência. Aos meus tios e primos, gestores do Posto 4 Ilhas, e à toda a equipe que sempre me acolheram com afeição e presteza, pela oportunidade de aplicar e ampliar meus conhecimentos vivenciando cada dia da rotina da organização. Ao meu orientador, Professor Cláudio Roberto Vicente, pela dedicação e paciência, e principalmente pelos conhecimentos transmitidos a mim, não só nas orientações como em todo o período acadêmico. À minha amiga Luciana Locks, pelas ótimas histórias vividas, pelas conversas, pela amizade, pela parceria em todos os trabalhos, pelo quanto aprendi como pessoa e como profissional. E por fim, a mim mesma, por toda a determinação. “A qualidade não se obtém por acaso; ela é sempre o resultado do esforço inteligente”. (John Ruskin) RESUMO FERRARESI, Manoella Vieira. Marketing de Relacionamento – Estratégias para o Posto 4 Ilhas. 2009. 88f. Trabalho de Conclusão de Curso (Administração com Habilitação em Marketing) – Centro de Educação Superior – ÚNICA, Florianópolis, 2009. Na atual conjuntura econômica de acirrada concorrência no âmbito empresarial, notável tem sido o esforço para a conquista e manutenção de clientes. Especificamente, no varejo de combustíveis evidencia-se a adoção de diversificadas estratégias de marketing para valorização da marca dos produtos, da imagem, dos serviços, da qualidade e de tudo que possa contribuir para a conquista da satisfação dos clientes com objetivo de ganhar um maior número de consumidores e, conseqüentemente, aumentar os lucros. Este trabalho de conclusão de curso teve por finalidade estudar o comportamento do consumidor do Posto 4 Ilhas, posteriormente analisar os dados obtidos e propor estratégias de marketing de relacionamento visando a retenção e fidelização dos clientes. Palavras-Chave: Marketing. Serviços. Relacionamento. Fidelidade. ABSTRACT FERRARESI, Manoella Vieira. Marketing de Relacionamento – Estratégias para o Posto 4 Ilhas. 2009. 88f. Trabalho de Conclusão de Curso (Administração com Habilitação em Marketing) – Centro de Educação Superior – ÚNICA, Florianópolis, 2009. In the current economic climate of fierce competition in the business, has been a remarkable effort for the achievement and maintenance of customers. Specifically, the retail of fuel shows up the adoption of different marketing strategies for enhancement of the brand of products, image, service, quality and everything that may contribute to the achievement of customer satisfaction in order to gain a greater number of consumers and thus increase profits. This conclusion of course work was to study the consumer behavior of the Posto 4 Ilhas, then analyze the data, and propose strategies of relationship marketing aimed at customer retention and loyalty. Keywords: Marketing. Services. Relationship. Fidelity. LISTA DE FIGURAS Figura 1: O modelo dos 3 C´s para determinação do preço. ..................................... 23 Figura 2: Fatores de influência no processo de decisão de compra ......................... 32 Figura 3: Comparativo entre o foco do marketing tradicional e o foco do marketing de relacionamento .......................................................................................................... 39 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1: Sexo dos Respondentes ........................................................................... 51 Gráfico 2: Estado Civil dos Respondentes ................................................................ 52 Gráfico 3: Veículo que possui.................................................................................... 52 Gráfico 4: Faixa Etária dos Respondentes ................................................................ 53 Gráfico 5: Escolaridade dos Respondentes .............................................................. 54 Gráfico 6: Renda Familiar dos Respondentes ........................................................... 54 Gráfico 7: Cidade/Bairro onde mora .......................................................................... 55 Gráfico 8: Local de residência em relação ao Posto 4 Ilhas ...................................... 57 Gráfico 9: Freqüência de vinda ao Posto 4 Ilhas ....................................................... 58 Gráfico 10: Freqüência de abastecimento ................................................................. 58 Gráfico 11: Gasto por Abastecimento ....................................................................... 59 Gráfico 12: Outro posto que costuma freqüentar ...................................................... 60 Gráfico 13: Posto preferido sem considerar a localização ........................................ 61 Gráfico 14: Posto preferido........................................................................................ 62 Gráfico 15: Grau de Satisfação - Qualidade do Combustível .................................... 62 Gráfico 16: Grau de Satisfação - Variedade de Produtos ......................................... 63 Gráfico 17: Grau de Satisfação - Cortesia e Atenção no Atendimento...................... 64 Gráfico 18: Grau de Satisfação - Agilidade no Atendimento ..................................... 65 Gráfico 19: Grau de Satisfação - Organização e Limpeza ........................................ 65 Gráfico 20: Grau de Satisfação - Localização ........................................................... 66 Gráfico 21: Grau de Satisfação - Preço ..................................................................... 67 Gráfico 22: Grau de Satisfação - Horário de Funcionamento .................................... 68 Gráfico 23: Grau de Satisfação - Variedade de Produtos na Conveniência .............. 68 Gráfico 24: Aspectos mais importantes na escolha do Posto 4 Ilhas ........................ 69 Gráfico 25: Sugestões de Mudanças no Posto 4 Ilhas .............................................. 70 Gráfico 26: Veículo x Gasto por Abastecimento ........................................................ 71 LISTA DE TABELAS Tabela 1: Sexo dos Respondentes ........................................................................... 51 Tabela 2: Estado Civil dos Respondentes ................................................................. 51 Tabela 3: Veículo que possui .................................................................................... 52 Tabela 4: Faixa Etária dos Respondentes ................................................................ 53 Tabela 5: Escolaridade dos Respondentes ............................................................... 53 Tabela 6: Renda Familiar dos Respondentes ........................................................... 54 Tabela 7: Cidade/Bairro onde mora .......................................................................... 55 Tabela 8: Situação de Moradia.................................................................................. 55 Tabela 9: Freqüência de vinda a Porto Belo ............................................................. 56 Tabela 10: Ocasião de vinda ao Posto 4 Ilhas .......................................................... 56 Tabela 11: Local de residência em relação ao Posto 4 Ilhas .................................... 57 Tabela 12: Freqüência de vinda ao Posto 4 Ilhas ..................................................... 57 Tabela 13: Freqüência de abastecimento ................................................................. 58 Tabela 14: Gasto por Abastecimento ........................................................................ 59 Tabela 15: Outro posto que costuma freqüentar ....................................................... 60 Tabela 16: Posto preferido sem considerar a localização ......................................... 61 Tabela 17: Posto preferido ........................................................................................ 61 Tabela 18: Grau de Satisfação - Qualidade do Combustível .................................... 62 Tabela 19: Grau de Satisfação - Variedade de Produtos .......................................... 63 Tabela 20: Grau de Satisfação - Cortesia e Atenção no Atendimento ...................... 64 Tabela 21: Grau de Satisfação - Agilidade no Atendimento ...................................... 64 Tabela 22: Grau de Satisfação - Organização e Limpeza ......................................... 65 Tabela 23: Grau de Satisfação - Localização ............................................................ 66 Tabela 24: Grau de Satisfação - Preço ..................................................................... 67 Tabela 25: Grau de Satisfação - Horário de Funcionamento .................................... 67 Tabela 26: Grau de Satisfação - Variedade de Produtos na Conveniência .............. 68 Tabela 27: Aspectos mais importantes na escolha do Posto 4 Ilhas......................... 69 Tabela 28: Sugestões de Mudanças no Posto 4 Ilhas .............................................. 70 Tabela 29: Veículo x Gasto por Abastecimento ........................................................ 71 Tabela 30: Estratégias de Marketing de Relacionamento para o Posto 4 Ilhas ........ 73 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 14 1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA E DO PROBLEMA ....................................... 14 1.2 OBJETIVOS ........................................................................................................ 16 1.2.1 Objetivo Geral .................................................................................................. 16 1.2.2 Objetivos Específicos ....................................................................................... 16 1.3 JUSTIFICATIVA .................................................................................................. 17 1.4 ESTRUTURA DO ESTUDO ................................................................................ 18 2 REVISÃO DA LITERATURA .................................................................................. 19 2.1 MARKETING ....................................................................................................... 19 2.1.1 Marketing Mix ................................................................................................... 20 2.2 MARKETING DE SERVIÇOS .............................................................................. 26 2.3 SEGMENTAÇÃO DE MERCADO ....................................................................... 29 2.4 COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR........................................................... 31 2.4.1 Principais fatores que influenciam o comportamento de compra ..................... 32 2.4.1.1 Fatores culturais ............................................................................................ 32 2.4.1.2 Fatores sociais .............................................................................................. 33 2.4.1.3 Fatores pessoais ........................................................................................... 35 2.4.1.4 Fatores psicológicos ...................................................................................... 36 2.5 MARKETING DE RELACIONAMENTO............................................................... 37 2.5.1 Atração e retenção de clientes ......................................................................... 42 2.5.2 Satisfação de Clientes ...................................................................................... 42 2.5.3 Fidelização de Clientes .................................................................................... 43 2.6 MERCADO DE COMBUSTÍVEIS ........................................................................ 45 3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ............................................................... 48 3.1 CARACTERÍSTICAS DA PESQUISA ................................................................. 48 3.2 DELIMITAÇÃO DA UNIDADE CASO .................................................................. 49 3.3 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS ......................................................... 50 4 DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO ..................................................................... 51 4.1 ESTRATÉGIAS DE MARKETING DE RELACIONAMENTO PARA O POSTO 4 ILHAS ........................................................................................................................ 72 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 74 13 APÊNDICES.............................................................................................................. 79 14 1 INTRODUÇÃO Este capítulo introdutório apresenta o tema e o problema que originou o presente trabalho, bem como os objetivos aliados à sua elucidação. Ressalta ainda a importância dos objetivos do trabalho e, por fim, apresenta a estrutura de organização do presente trabalho, permitindo orientar-se para a sua leitura. O tema central desenvolvido é o Marketing de Relacionamento, uma estratégia de negócios que visa construir pró-ativamente relacionamentos duradouros entre a organização e seus clientes, contribuindo para o aumento do desempenho desta e para resultados sustentáveis. 1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA E DO PROBLEMA O Marketing tradicional sempre teve como escopo atividades envolvidas com o preparo do produto, a fixação de seu preço, a comunicação com seu mercado para provocar a demanda e o atendimento dessa demanda por meio da logística e distribuição. E isso bastava para atingir os objetivos das empresas. Com o passar do tempo e do paradigma da produção, vive-se a era da informação, a era do cliente. Percebe-se a velocidade com que produtos se tornam obsoletos e conceitos se tornam ultrapassados em face das transformações culturais e sociais. Hoje, o consumidor é quem tem o poder, e no caso do atual mercado consumidor de produtos e serviços, as empresas buscam atender ainda mais às necessidades e aos desejos dos consumidores cada vez mais exigentes. Mas, não basta saber apenas sobre as necessidades dos clientes, é preciso saber sobre seu comportamento para poder fidelizá-lo. E isso é uma missão árdua porque atualmente as empresas oferecem produtos e serviços muito semelhantes fazendo com que os consumidores mudem de uma marca para outra sem maiores conseqüências. As transformações no ambiente de negócios vêm ocorrendo a uma velocidade cada vez maior. O aumento na oferta de bens e serviços, a competição, 15 a globalização e os adventos da tecnologia estão entre as mais relevantes. A competição, que em outras épocas era praticamente inexistente em alguns setores, hoje está presente em quase todos os ramos de negócios (PORTER, 1989). Considerando que o mercado apresenta uma competitividade ascendente nos mais variados ramos de negócios, as organizações necessitam avaliar constantemente seu posicionamento e trabalhar arduamente em seus diferenciais competitivos. Entre as metas de uma organização empresarial está a adequação de suas estratégias às necessidades do mercado em que a mesma está inserida. Levitt (apud McKENNA, 1992) diz que os agentes mais importantes para uma estratégia empresarial são os clientes e o ambiente competitivo. O Marketing de Relacionamento é um dos mais recentes paradigmas no mundo dos negócios, e quanto mais se aperfeiçoa este conceito de gestão de negócios, mais se personaliza o atendimento ao consumidor, favorecendo, conseqüentemente, uma otimização na produção de bens e serviços. Vavra (1993) afirma que o marketing de relacionamento é o processo de garantir satisfação contínua e reforço aos indivíduos ou organizações que são clientes atuais ou que já foram clientes. Os clientes devem ser identificados, reconhecidos, comunicados, aditados em relação à satisfação e respondidos. Esta constante troca entre empresa e clientes, percebida no Marketing de relacionamento, se deve à atual necessidade de estreitar o relacionamento entre as empresas e seus consumidores. No segmento de postos de combustíveis percebese uma preocupação por parte das empresas em manter um relacionamento com os clientes. Isso de dá, à concorrência acirrada onde se torna necessário uso de estratégias de marketing não apenas para conquistar clientes, mas também para mantê-los fiéis. A estrutura do mercado de combustíveis no Brasil foi marcada por excessiva intervenção governamental até a década de 90. A partir daí, iniciou-se o processo de desregulamentação, até a total abertura do mercado que ocorreu em 01 de janeiro de 2002. O estabelecimento de um ambiente concorrencial no setor de derivados de petróleo tem por objetivo a proteção aos interesses do consumidor quanto a preço, qualidade e oferta dos produtos e a promoção da livre concorrência, de acordo com a Lei nº 9.478 de 06 de agosto 1997 art. 1º, inciso III e IX. Inserido neste mercado o Posto 4 Ilhas, fundado em 1989 e situado no 16 município de Porto Belo, dispõe dos serviços de combustível, panificadora e confeitaria, loja de presentes, farmácia e distribuidora de gás. A empresa encontrase totalmente informatizada em rede, tendo assim o controle dos produtos tanto da matriz como da filial, além de contar com completo e moderno equipamento para postos de gasolina. Aplicam-se ao Posto 4 Ilhas os desafios e as preocupações que hoje atingem todos os negócios e em especial aqueles que possuem produto com baixo grau de diferenciação. Nesse novo contexto, de mercado desregulamentado e altamente concorrencial, torna-se relevante questionar: Como as estratégias de Marketing de Relacionamento podem contribuir para a fidelização de clientes no Posto 4 Ilhas? 1.2 OBJETIVOS Tendo em vista o problema de pesquisa acima apresentado, os objetivos que irão nortear este estudo são: 1.2.1 Objetivo Geral Desenvolver estratégias de Marketing de Relacionamento visando a fidelização de clientes no Posto 4 Ilhas. 1.2.2 Objetivos Específicos Elaborar uma revisão de literatura; Caracterizar o ambiente de estudo Identificar o comportamento do consumidor do Posto 4 Ilhas; 17 Estudar alternativas estratégicas para retenção e fidelização de clientes; e 1.3 Propor estratégias para fidelizar o cliente do Posto 4 Ilhas. JUSTIFICATIVA Frente às inúmeras mudanças pelas quais passa a sociedade, as organizações também estão procurando modificar-se. Com o intuito de garantir sua sobrevivência, faz-se necessário uma reestruturação de seus objetivos, priorizando a satisfação de seus clientes. Dessa forma, as empresas que não apresentarem produtos e serviços de qualidade e que atendam às expectativas de seus clientes estão fadadas ao fracasso. Neste contexto globalizado e, portanto, extremamente competitivo, para que a eficácia seja realmente alcançada, cada vez mais se torna necessário levar em consideração a opinião do cliente. Saem na frente, portanto, aquelas organizações que levam em conta a opinião de seus clientes, dando-lhes mais atenção e buscando atender as suas necessidades e expectativas. O trabalho torna-se relevante à medida que a organização possui um interesse muito grande para a realização de programas de marketing de relacionamento. Diante desta situação, deve-se estudar as informações sobre a organização e seus clientes, visando criar estratégias favoráveis para a empresa, além de trazer benefícios para os clientes que poderão contar com produtos e serviços adequados ao seu perfil. O estudo contribui para o completo entendimento e aplicação de conceitos conhecidos durante o período de estudos na universidade. Rever os conhecimentos e colocá-los em prática, atingindo resultados eficazes para o mercado atual é de grande valia e importância para a formação da autora. O estudo poderá ainda servir como fonte de pesquisa para outros estudantes e organizações, uma vez que este trata de um tema atual e relevante e encontra-se totalmente fundamentado com base em autores reconhecidos na área de estudo em questão. 18 Portanto, o presente estudo se justifica em observar, identificar e propor ações, baseadas em pesquisa junto à organização. Essa pesquisa, aliada a conceitos teóricos de marketing de relacionamento, visa a criação de relacionamentos com os clientes e a fidelização dos mesmos. 1.4 ESTRUTURA DO ESTUDO O presente trabalho de conclusão de curso está estruturado em cinco capítulos. O primeiro capítulo contextualiza e apresenta o problema abordado, define o objetivo geral e os objetivos específicos da pesquisa, justificando a sua importância. O segundo capítulo apresenta a revisão da literatura, abordando seis assuntos: Marketing, ressaltando alguns conceitos, sua importância no processo de criação de valor para o cliente e na geração de vantagem competitiva duradoura para a empresa; Marketing de Serviços, conceituando e caracterizando os serviços, destacando a importância do setor na atual economia; Segmentação de Mercado, onde se define o processo de dividir mercados em grupos de potenciais consumidores com necessidades e características similares; Comportamento do Consumidor, buscando conhecer os consumidores e as variáveis que influenciam o processo de compra; Marketing de Relacionamento focando em seu papel estratégico nas organizações; Mercado de Combustíveis, contextualizando o mercado ao qual o Posto 4 Ilhas está inserido. O terceiro capítulo relata a metodologia utilizada no desenvolvimento do tema, abordando as características da pesquisa, a unidade de caso e os instrumentos utilizados. O quarto capítulo apresenta os dados e resultados da pesquisa, as análises e conclusões da pesquisa e apresenta as estratégias de marketing de relacionamento sugeridas à empresa. E por fim, no capítulo cinco são apresentadas as conclusões do presente trabalho, fazendo referência aos resultados obtidos e ao alcance dos objetivos da pesquisa, e apresentando reflexões sobre o tema desenvolvido. 19 2 REVISÃO DA LITERATURA Neste capítulo será exposto o referencial teórico assim distribuído: Marketing, Marketing Mix, Marketing de Serviços, Segmentação de Mercado, Comportamento do Consumidor, Marketing de Relacionamento, Atração e Retenção de Clientes, Satisfação de Clientes, Fidelização de Clientes e por fim Mercado de combustíveis que se configuram como importantes tópicos para o desenvolvimento deste trabalho. 2.1 MARKETING Vive-se em um cenário em transformações constantes e repentinas. A globalização, a tecnologia e o conhecimento da humanidade proporcionam mudanças nas vidas das pessoas e das organizações. Esta evolução desenvolve novas necessidades e acentua necessidades primárias na sociedade, por conseguinte estes consumidores tornam-se cada vez mais exigentes e a concorrência entre as empresas cada vez mais acirrada. O marketing surgiu para lidar com as situações deste novo contexto, tentando acompanhar as evoluções diárias, buscando reais oportunidades de negócios visando à satisfação das necessidades dos consumidores a fim de fidelizá-los e mantê-los para que a empresa seja competitiva no mercado no qual está inserida e é claro, maximizar seus lucros, surgiu o Marketing. Conforme Kotler (2000, p.24), “o marketing lida com a identificação e o atendimento das necessidades humanas e sociais. Uma das definições mais sucintas de marketing é atender a necessidade de maneira lucrativa”. O marketing é definido por Kotler e Armstrong (1998, p. 3), como “o processo social e gerencial pelo qual indivíduos e grupos obtêm o que necessitam através da criação, oferta e troca dos produtos de valor com os outros”. Na presente época, as decisões de marketing estão centralizadas nos clientes, e não mais nas empresas. São os clientes que decidem onde e o que vão 20 comprar, e por esta razão as organizações buscam soluções visando estar preparadas para o atendimento personalizado e contínuo desse consumidor. Marketing é o processo de conceber, produzir, fixar preço, promover e distribuir idéias, bens e serviços que satisfaçam as necessidades de indivíduos e organizações. Incorpora toda a miríade de processos de mudança para distribuir produtos e serviços. Requer também previsão para antecipar as mudanças ambientais e modificar as ofertas para competir em um mercado mutante cm maior eficácia (VAVRA, 1993, p. 41) O papel do profissional de marketing gira em torno de identificar e escolher os segmentos adequados para seu produto e serviço, diferenciá-lo, definir o melhor preço de acordo com os custos, customizar ofertas, buscar crescimento, construir marcas sólidas, reduzir o custo na obtenção de clientes, aprimorar a produtividade da força de vendas, medir o retorno de investimentos em propaganda, promoção, projetar canais de distribuição eficientes e gerenciar seus conflitos, e essencialmente orientar a empresa para o cliente. Para Kotler (2000, p.37), “os profissionais de marketing utilizam diversas ferramentas para obter as respostas desejadas de seus mercados. Essas ferramentas constituem o mix de marketing”. 2.1.1 Marketing Mix O conceito de composto de marketing ou marketing mix refere-se às variáveis que a empresa pode controlar para atingir o mercado, ou ainda, fatores que a empresa dispõe e, uma vez selecionados e combinados, permite que alcance seus objetivos de mercado dentro de uma estratégia maior. Kotler (1999) definiu quatro fatores: produto, preço, praça e promoção, também conhecido como os quatro P’s de marketing. Para Kotler (1999, p. 124), “a estrutura dos quatro P’s requer que os profissionais de marketing decidam sobre os produtos e suas características, definam o preço, decidam sobre como distribuir o produto e selecionem métodos para promovê-lo”. 21 a) Produto Enxergar os benefícios e conseqüências sociais, e não só os aspectos físicos do produto, é fundamental para a estratégia de marketing, pois o mesmo produto assume várias funções ao mesmo tempo – é uma entidade física e econômica bem como um pacote na satisfação de diversas necessidades do consumidor. Para Kotler (1999, p. 126), “a base de qualquer negócio é um produto ou serviço. Uma empresa tem por objetivo oferecer algo de maneira diferente e melhor, para que o mercado-alvo venha a preferi-lo e até mesmo pague um preço mais alto por ele”. As empresas, geralmente, baseiam sua estratégia sobre um ou mais conjuntos de produtos. Um conjunto de produtos corresponde a um conjunto de bens ou serviços que satisfazem as necessidades do mesmo tipo. Esse conjunto pode ser formado por produtos principais, verdadeiros líderes do conjunto, e produtos complementares, dos quais o giro está essencialmente ligado ao escoamento dos produtos principais. Segundo Kotler (1996), pode-se distinguir três conceitos distintos de produto: tangível, ampliado e genérico. Um produto tangível é a entidade ou serviço físico oferecido ao comprador. É aquilo que imediatamente se reconhece como coisa vendida. Um produto ampliado é o produto tangível e todo o conjunto de serviços que o acompanham (manutenção, garantia, acessórios, etc). O produto genérico é o benefício essencial que o comprador espera obter do produto, como por exemplo, a sensação de “status” que um carro novo pode dar ao seu proprietário. Levitt (1990, p. 51) ressalta a importância dos produtos com valor agregado, afirmando que “a nova concorrência não é entre o que as empresas produzem, mas sim entre o que elas adicionam à produção em forma de embalagem, serviços, armazenamento e outras coisas às quais se dá valor”. Um produto na sua estrutura, independente do seu tipo, possui inúmeras características que podem ser alteradas – qualidade, marca, aspectos técnicos, cor, tamanho, forma, etc. – com objetivos de melhor adequar-se à utilização/fabricação. 22 b) Preço Preço, aqui, não é o valor, mas sim, a quota de sacrifício que o consumidor se predispõe a fazer para adquirir o produto ou serviço. Legrain e Magain (1992, p.16) afirmam que: Valor, neste caso, é um elemento subjetivo, ou seja, o conjunto das qualidades que o cliente atribui ao produto. Pode-se aumentar o valor do produto ou serviço aos olhos do cliente, pois quanto maior for o valor que ele atribui ao produto, menor será a importância do preço. Somente o consumidor do produto pode atribuir-lhe valor, uma vez que este reside nos benefícios que ele procura ou recebe. Em função dos diferentes segmentos de mercado, pode-se determinar o nível de preços, pelos quais o maior número de consumidores comprará o produto. Outros autores sugerem ainda que a política de preços leve em consideração três tipos: o preço piso (ou preço mínimo), abaixo do que o consumidor rejeita o produto por considerá-lo de baixa qualidade; o preço de teto e o preço psicológico (ou preço médio), situado entre esses dois enfoques. Na verdade, os autores parecem integrar o aspecto do preço ao componente de qualidade do produto. No entanto, há outros atributos dos produtos, e não somente esse, que podem ser determinantes na escolha do consumidor. Kotler (2000, p. 485) determina como 3 C’s o conjunto com as três principais considerações com relação a preço: demanda dos clientes, a função do custo e o preço da concorrência. Um método de determinação de preço deve incluir uma ou mais dessas variáveis. A singularidade do produto, ou seja, sua diferenciação afetará a avaliação dos clientes e posicionará o mesmo perante a concorrência. Quanto maior for tal singularidade, mais possibilidade de cobrança de um preço mais elevado. 23 Figura 1: O modelo dos 3 C´s para determinação do preço. Fonte: Kotler (2000, p. 485). A fixação de preços é um pouco mais complexa do que se possa parecer. Embora, na prática, grande parte das empresas brasileiras fixe seus preços tendo por orientação seus custos/margens, qualquer alteração deveria considerar cuidadosamente as reações dos consumidores e concorrentes. A reação provável dos consumidores se traduz no conceito de elasticidade da demanda aos preços, situação que pode complicar, considerando-se um conjunto de produtos interrelacionados. A decisão de preços por parte da empresa envolve escalas de descontos para diferentes volumes de compras, considerações relativas ao prazo de pagamento oferecido, manipulação de preços ao longo do processo de conquista do mercado, obtenção de lucro imediato ou a médio, longo prazo, etc. c) Praça Conforme Kotler (1999, p.133), “cada fornecedor deve decidir como tornar suas mercadorias disponíveis ao mercado-alvo. As duas escolhas são vender os 24 bens diretamente ou vendê-los por meio de intermediários. Em um mesmo setor, encontramos ambas as modalidades de distribuição”. Uma política de distribuição significa escolher o melhor caminho para atingir um determinado segmento-alvo de forma eficiente. Legrain e Magain (1992) citam três estratégias de distribuição: A distribuição indiferenciada, que Kotler chama de distribuição intensiva, onde a empresa opta por estar presente em todos os pontos de venda; A distribuição seletiva, a qual a empresa procura por pontos de venda especializados; e A distribuição exclusiva, em que a empresa negocia um acordo de exclusividade com um ou mais distribuidores. Em geral, as políticas de distribuição refletem compromisso de longo prazo. Substituir revendedores por outros pontos de venda não é tarefa fácil, ao menos rapidamente. Por isso, a empresa deverá determinar sua política de distribuição com os olhos voltados ao futuro. Normalmente, uma empresa produtora de bens e serviços se utiliza de diversos canais para distribuir seus produtos aos consumidores, também chamados de intermediários. A opção de utilização de intermediários pode estar ligada a limitações de seus recursos financeiros, como também, a uma maior eficácia para atingir seus consumidores. Os tipos mais freqüentes de intermediários são: filiais, cooperativas, representantes, corretores, revendedores, varejistas, dentre outros. As características dos clientes, do produto, dos intermediários, dos concorrentes, da empresa e seu meio ambiente são também restritivas quanto à opção pelos canais de distribuição. d) Promoção O termo promoção, de acordo com Kotler (2000, p. 49) “cobre todas aquelas ferramentas de comunicação que fazem chegar uma mensagem ao público-alvo”. Essas ferramentas se enquadram em cinco categorias bem amplas: propaganda, promoção de vendas, relações públicas, força de vendas e marketing direto. 25 A empresa procura criar um produto com características que melhor se adaptem às necessidades, hábitos, desejos, conveniências do consumidor. Da mesma forma, determinará o preço que deverá ser cobrado e as vias pelas quais será distribuído. Através da comunicação, a empresa informará aos seus consumidores as novidades/alterações feitas. A empresa se utiliza desse elemento para difundir seus produtos, propostas comerciais aos segmentos de mercado previamente escolhidos e aos grupos formadores de opinião, além de estimular as vendas. A comunicação, como fator do composto mercadológico, é um conjunto de várias atividades: a venda pessoal, propaganda, publicidade e promoção em si. Cada um atua de maneira diferente e o prévio conhecimento destes com seus benefícios e limitações são imprescindíveis aos administradores ou homens de marketing. A escolha das técnicas de comunicação e/ou a combinação destas estará ligada aos componentes do comportamento de compra sobre os quais a empresa deseja se apoiar. Muitas vezes a palavra propaganda é utilizada como sinônimo de publicidade. Segundo Kotler (1999, p. 137), propaganda é “a ferramenta mais poderosa para promover a conscientização das pessoas sobre uma empresa, um produto, um serviço ou uma idéia”. Como atividade do composto promocional, a propaganda também tem o objetivo de informar e influenciar a compra de um produto e sua mensagem tem o anunciante identificado por assinatura ou declaração oral. Quanto à promoção, Kotler (1998, p. 400) diz que “é o lugar comum dos mais variados instrumentos que não estão classificados como propaganda, venda pessoal ou publicidade”. Para o autor, tais instrumentos podem ser subclassificados em termos de promoção ao consumidor (como amostras, ofertas de devolução de dinheiro, descontos, prêmios, concursos), promoção comercial (como abatimentos na compra, mercadorias gratuitas, descontos) e promoção de força de vendas (como prêmios, concursos, competições entre os vendedores), dentre outros. Assim, o papel principal das atividades de promoção de vendas é o de oferecer estímulos adicionais para provocar no consumidor a decisão de compra de um produto. 26 2.2 MARKETING DE SERVIÇOS O setor de serviços vem crescendo exponencialmente nos últimos anos, conseqüentemente, os profissionais de marketing estão cada vez mais interessados pelas peculiaridades deste mercado. Conforme Churchill e Peter (2000, p.290): Vive-se hoje numa economia de serviços, em que a prestação e o marketing de serviços ocupam um papel cada vez maior em relação aos bens tangíveis. Trata-se de um setor que cresceu por duas razões: primeiro porque a demanda dos consumidores e compradores organizacionais aumentou e, segundo porque as novas tecnologias tornaram os serviços mais acessíveis. Para que se possa entender o que é um serviço, e o que ele pode gerar às pessoas, faz-se necessário, primeiramente conceituá-lo. Cobra (1992, p.372) afirma que: Serviços são atividades, benefícios ou satisfações oferecidas para as vendas; são intangíveis e ao mesmo tempo produzidos e consumidos; não são palpáveis, são perecíveis, não podem ser armazenados e requerem alto controle de qualidade, credibilidade e adaptabilidade. De acordo com Cobra (1992, p.373), há quatro características básicas do serviço, que afetam diretamente a elaboração de programas de marketing: intangibilidade, inseparabilidade, variabilidade, perecibilidade. a) Intangibilidade – Os serviços são intangíveis. Ao contrário dos produtos, os serviços não podem ser aprovados, apalpados, ouvidos ou cheirados antes de serem comprados; b) Inseparabilidade – Os produtos são feitos e consumidos a mesmo tempo, não podendo ser estocados para venda ou mesmo para consumo posterior; c) Variabilidade – Os serviços são altamente variáveis, pois dependem de quem os realiza e quando e onde são realizados; d) Perecibilidade – Os serviços que não podem ser estocados são perecíveis. 27 Para Lovelock e Wright (2001, p.4): A criação de uma vantagem competitiva coloca desafios especiais para os fornecedores de serviços, mas, também, com bens e opções de autoatendimento dos clientes uma vez que os clientes buscam satisfazer necessidades específicas, geralmente consideram alternativas razoáveis que ofereçam benefícios em grande porte similares. Hoje, o setor de serviços está cada vez mais atento ao mercado, os clientes tornaram-se mais exigentes e buscam em um serviço a melhor satisfação, reunindo todas as qualidades para um melhor atendimento e conforto do mesmo, como rapidez, bons preços, garantias, etc. A concorrência também faz com que as empresas corram atrás dos melhores produtos, melhores preços e fornecedores que lhes dêem suportes, garantias e prazos. Para Lovelock e Wright (2001, p.5): Os serviços constituem o grosso da economia de hoje, não só no Brasil, onde respondem por 56,7% do Produto Interno Bruto (PIB), mas também no mundo. Nos Estados Unidos e no Canadá, respondem, respectivamente, por 75,2% e 73,4% do Produto Nacional Bruto (PNB). O setor de serviços responde pela maior parte do crescimento dos novos empregos. Conforme Gronroos (1995) descreve a importância do setor de serviços na economia pode-se citar alguns aspectos: a) As pessoas valorizam os serviços pelo menos na mesma intensidade dos bens industrializados. Os serviços não são algo que se busca depois que as necessidades por bens tenham sido satisfeitas. b) O valor agregado produzido por empresas de serviços é bem comparável, ou até mesmo mais elevado, do que o valor agregado produzido pelos fabricantes de bens. c) O setor de serviços é pelo menos tão intensivo em capital quanto o setor de fabricação de bens, e muitas empresas da indústria de serviços produzem impacto de alta tecnologia. d) As indústrias de serviços tendem a ser tão concentradas quanto as de fabricação e, as empresas de serviços tendem a ser suficientemente grandes em escala para se constituírem em compradores importantes e sofisticados. 28 e) As indústrias de serviços desenvolvem aumentos em produtividade suficientemente elevados para suportar um contínuo crescimento real na renda per capitã. Mas não se pode deixar de fundamentar o marketing de serviços, visto que um serviço é um produto tangível, pois não tem um bem físico para realizar a troca entre organização e consumidor. Para Las Casas (2000, p.17), “serviços constituem uma transação realizada por uma empresa ou por um empresário, cujo objetivo não está associado à transferência de um bem”. Já Courtis (1991) afirma que, em uma organização que presta serviços é de suma importância a participação de todos frente ao seu marketing, pois o contato dos funcionários, gerentes e até do presidente com o ambiente externo, já poderá ser entendido como parte do serviço oferecido. Igualmente ao marketing tradicional para produtos tangíveis (bens físicos), um profissional de marketing voltado para serviços deve ter o conhecimento do consumidor-alvo para direcionar um atendimento específico, visto que os serviços são mais ligados ao relacionamento que a organização tem com o seu cliente. Devese conhecer também, as etapas do processo de compra de um serviço, como um cliente vai chegar ao serviço para consumi-lo. Segundo Las Casas (2000, p.25): O marketing na área de serviços muitas vezes pode ser rejeitado pelos empresários que trabalham nessa área, por estes acharem que não tem como inserir conceitos mercadológicos em suas organizações. Mas na prática não é bem assim, as aplicações das técnicas de marketing no setor de serviços são diferenciadas, desde o composto de marketing até as pesquisas de mercado, que são voltadas especialmente para a área e dão resultados positivos para a organização. O contato com o cliente em uma organização prestadora de serviços é muito maior do que em uma que venda produtos tangíveis, portanto, é muito importante que este contato seja atraente e amigável. As organizações do setor de serviços devem, também, contatar os seus clientes reconhecidamente potenciais e seus possíveis novos clientes, para atraí-los em função de usarem os seus serviços. Esse relacionamento deverá ser mantido com os clientes através de uma melhora em seu atual serviço, certificando de que os clientes serão bem atendidos, etc. (COURTIS, 1991). 29 Sendo assim, hoje, é cada vez mais vital para as empresas prestadoras de serviços, obterem o maior contingente de informações sobre seus clientes, a fim de que os gestores possam interagir com seus consumidores de forma a excederem as suas expectativas, desejos e necessidades através da troca de serviços. 2.3 SEGMENTAÇÃO DE MERCADO A passagem da atenção dirigida ao produto para uma nova postura em que a interface com os consumidores só estará garantida pelo atendimento de suas necessidades e desejos, traduzindo uma fase de orientação para o mercado, faz com que o sucesso da empresa dependa da habilidade em manter essas satisfações e da constante busca de necessidades e desejos ainda não satisfeitos. Assim como já não se admite a produção de um único produto para todo e qualquer consumidor, não se defende o outro extremo, de oferecer-se um produto específico para cada indivíduo. Além do fato de ser praticamente impossível conhecer as necessidades e desejos de cada indivíduo, imaginar uma relação entre uma empresa e um único consumidor, dado o conhecimento administrativo atual, dificilmente se sustentará por um longo período de tempo, uma vez que o custo disso se torna muito alto. A diferença nas preferências e necessidades dos consumidores é a principal razão para a segmentação. Os profissionais de marketing de hoje devem abordar nichos de mercado que exibem necessidades e desejos únicos. Para Weinstein (1995, p. 18), “segmentação é o processo de dividir mercados em grupos de consumidores potenciais com necessidades e/ou características similares, que provavelmente, exibirão comportamentos de compra similar”. A segmentação surgiu como uma importante ferramenta de planejamento de marketing e como um dos fundamentos para a efetiva formulação de estratégias em muitas empresas americanas e também de outros países. O objetivo da pesquisa de segmentação é analisar mercados, encontrar nichos e oportunidades e capitalizar através de uma posição competitiva superior. Isto pode ser conseguido pela seleção de um ou mais grupos de usuários como alvos para a atividade de marketing e pelo 30 desenvolvimento de programas de marketing únicos para atingir estes consumidores potenciais. Se a segmentação de mercado pode ser entendida como um processo pelo qual se agrupam consumidores com preferências heterogêneas, dispersos no mercado, em grupos de consumidores que possuem preferências homogêneas, cujas reações aos esforços de marketing se supõem semelhantes, sua finalidade se dá, à medida que possibilita à empresa a escolha daqueles em que pretende intensificar seus esforços com base nos recursos disponíveis, ou seja, a complexidade do mercado, do ponto de vista da sua compreensão e dinâmica, enaltece a importância da segmentação de mercado como um método, uma técnica a importância da segmentação de mercado como um método, uma técnica para obter o retorno máximo, a partir de recursos limitados, por meio do reconhecimento das características dos indivíduos ou de um grupo. Para Almeida (2002, p.23), “uma empresa tem duas escolhas estratégicas básicas: segmentar seu mercado ou tratar todo o mercado como consumidores potenciais para seus produtos e serviços”. Tendo escolhido a estratégia da segmentação, de acordo com Boones e Kurtz (1998), as empresas terão quatro bases principais comumente usadas para segmentar mercados consumidores e estas bases de segmentação podem ser importantes para estratégias de marketing, uma vez que são significativamente relacionadas a diferenças no comportamento de compra. São elas: a) A segmentação geográfica – dividir um mercado global em grupos homogêneos com base em localidades b) A segmentação demográfica – divisão dos grupos consumidores de acordo com variáveis demográficas, como sexo, idade, renda, ocupação, educação, tamanho da família e estágio no ciclo de vida da família. c) A segmentação psicográfica - geralmente se refere à segmentação pelos perfis do estilo de vida dos diferentes consumidores. d) A segmentação baseada em produtos - envolve a divisão de uma população em grupos homogêneos, centrada nas características da relação do consumidor com o produto. Weinstein (1995) destaca que o objetivo geral de utilizar-se a estratégia de segmentação é atender melhor seus consumidores, conseguindo, com isso melhorar 31 a posição competitiva de sua empresa. Existem também alguns objetivos específicos como o incremento nas vendas, aumento da participação de mercado e maior valorização da marca. Não é impossível atingir estes objetivos utilizando táticas de marketing de massa, mas é mais provável prosperar concentrando-se em áreas que sua empresa pode atender melhor. Utilizar uma estratégia indiferenciada significa utilizar abordagem pulverizada, enquanto a segmentação identifica-se com a abordagem direcionada. Portanto, a análise de segmentação “provê a base de pesquisa necessária sobre a qual todas as estratégias de marketing podem ser formuladas e implementadas com sucesso”. (WEINSTEIN, 1995. p. 37). Assim sendo, o gestor poderá posicionar seus produtos ou serviços e dedicar seus esforços de marketing, visando à escolha e ao atendimento daqueles segmentos mais lucrativos, determinando assim a estratégia que, convenientemente conduzida, iniba a reação da concorrência e gere lucros satisfatórios para a empresa e satisfaça de forma eficaz as necessidades do seu público-alvo. 2.4 COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR Afirma Underhill (1999) que a maior ignorância dos homens de negócios centra-se no desconhecimento de quem são seus clientes. Por isso, conhecer o que querem os consumidores e como eles tomam suas decisões sobre a compra e a utilização de produtos é fundamental para que as organizações tenham êxito em seu mercado. Como afirmam Kotler e Keller (2006), é preciso monitorar permanentemente o comportamento de compra do consumidor. O conhecimento das variáveis de influência sobre o comportamento de compra é importante para que os empresários qualifiquem seus produtos e serviços, considerando efetivamente os desejos e as necessidades do consumidor e orientando suas ofertas para o mercado. De acordo com Richers (2000), caracteriza-se o comportamento do consumidor pelas atividades mentais e emocionais realizadas na seleção, compra e uso de produtos/ serviços para a satisfação de necessidades e desejos. Para Kotler 32 e Keller (2006), uma vez que o propósito do marketing centra-se em atender e satisfazer às necessidades e aos desejos dos consumidores torna-se fundamental conhecer o seu comportamento de compra. 2.4.1 Principais fatores que influenciam o comportamento de compra São vários os fatores internos e externos que influenciam o processo de tomada de decisão de compra dos consumidores. Churchill e Peter (2000) consideram no processo de compra do consumidor em influências sociais e influências situacionais. Kotler (1998), corroborando os princípios conceituais dos referidos autores, adaptou os conceitos teóricos apresentando um modelo que demonstra os fatores psicodinâmicos internos e externos que atuam sobre o consumidor. Figura 2: Fatores de influência no processo de decisão de compra Fonte: Kotler (1998, p.163). 2.4.1.1 Fatores culturais São os fatores que exercem a mais ampla e profunda influência sobre os consumidores, de acordo com Kotler e Keller (2006). Os fatores culturais encontramse subdivididos em três: cultura, subcultura e classe social. 33 a) Cultura Schiffman e Kanuk (2000, p. 286) definem cultura como “a soma total das crenças, valores e costumes aprendidos que servem para direcionar o comportamento de consumo dos membros de determinada sociedade”. No âmbito mercadológico, Kotler (1998, p.162) afirma que “a cultura é o determinante mais fundamental dos desejos e do comportamento de uma pessoa”. Dessa forma, os integrantes de uma sociedade acabam adquirindo um conjunto de valores, percepções, preferências e comportamentos através da vida familiar e de outras instituições básicas, que acabam, logicamente, interferindo em seus hábitos de consumo presentes e futuros. b) Subcultura Kotler (1998, p.162) diz que “cada cultura consiste em subculturas menores, as quais fornecem identificação mais específica e socialização para os seus membros”. As subculturas incluem as nacionalidades, religiões, grupos raciais e regiões geográficas. c) Classe social De acordo com Kotler (1998, p.163), “classes sociais são divisões relativamente homogêneas e duradouras de uma sociedade, que são ordenadas hierarquicamente e cujos membros compartilham valores, interesses e comportamentos similares”. Nesse sentido, tendo-se por base Churchill e Peter (2000), a distribuição da população brasileira em classes sociais, segundo o Critério Brasil, dá-se em função de um sistema de pontuação baseado na posse de bens de consumo duráveis, instrução do chefe da família e outros fatores, como a presença de empregados domésticos. 2.4.1.2 Fatores sociais Na seqüência têm-se os fatores sociais como grupos de referência, família, papéis e posições sociais que acabam por influenciar o comportamento de compra (KOTLER; KELLER, 2006). 34 a) Grupos de referência Para Churchill e Peter (2000, p.160), “os grupos de referência são aqueles grupos de pessoas que influenciam os pensamentos, os sentimentos e os comportamentos do consumidor”. Churchill e Peter (2000) esclarecem que na maioria dos casos os grupos de referência não dizem diretamente aos consumidores o que fazer, mas são os consumidores que se deixam influenciar pela opinião do grupo ou por se preocuparem com os sentimentos dos membros do grupo. b) Família Pode-se distinguir entre duas famílias na vida do comprador: a de “orientação”, que é formada pelos pais, e a de “procriação”, por esposa e filhos. Contudo, Solomon (2002) destaca que a organização familiar tradicional está diminuindo e, à medida que isso acontece, as pessoas estão colocando ênfase ainda maior em irmãos, amigos íntimos e outros familiares para ter companhia e apoio social. Portanto, torna-se fundamental descobrir os papéis de cada membro na compra de determinado bem/serviço, o que pode ser a chave do sucesso para as empresas que querem permanecer competitivas no mercado (KOTLER; KELLER, 2006). c) Papéis e posições sociais Nos diferentes grupos sociais nos quais as pessoas participam ao longo de suas vidas, elas acabam assumindo diferentes papéis e posições sociais. Neste sentido, é fato que as pessoas, como diz Kotler (1998), escolham produtos que comuniquem seu papel e status na sociedade. Churchill e Peter (2000, p.160) afirmam que “as pessoas de diferentes classes sociais tendem a fazer escolhas diferentes em relação a suas roupas, decoração doméstica, uso do tempo de lazer, escolha dos meios de comunicação e padrões de gastos e poupanças”. 35 2.4.1.3 Fatores pessoais Dizem respeito às características particulares das pessoas, ou seja, momentos e vivências pelas quais um indivíduo está passando, os quais acabam por interferir nos seus hábitos e nas suas decisões de consumo. Kotler (1998) apresenta cinco elementos que constituem os fatores pessoais: idade e estágio do ciclo de vida, ocupação, condições econômicas, estilo de vida e personalidade. a) Idade e estágio do ciclo de vida Salienta Kotler (1998, p.168) “que as necessidades e os desejos das pessoas modificam-se ao longo de suas vidas”. Nesse sentido, Churchill e Peter (2000, p.162) comentam a existência dos ciclos de vida familiar, isto é, “conjunto de estágios pelos quais as famílias passam e que influenciam suas necessidades e a capacidade de satisfazê-las”. b) Ocupação Diz respeito à profissão que o consumidor exerce. “Um presidente de empresa comprará ternos caros, passagens aéreas, títulos de clube, um grande veleiro”, exemplifica Kotler (1998, p.169), ou seja, o trabalho dos consumidores influencia seus padrões de consumo. c) Condições econômicas Renda disponível, poupança e patrimônio, condições de crédito, atitudes em relação às despesas versus poupança. Eis, de forma resumida, os elementos que determinam as condições econômicas, as quais, tendo-se por base Kotler (1998), afetam diretamente a escolha de produtos. d) Estilo de vida É o padrão de vida expresso em termos de atividades, interesses e opiniões. Segundo Kotler (1998), é possível que empresas se posicionem no mercado através de associações entre seus produtos e o estilo de vida dos consumidores reais e potenciais dos mesmos. e) Personalidade Cada ser humano possui uma personalidade distinta, que influenciará seu comportamento de compra. Richers (2000, p.49) afirma que “a personalidade de um 36 indivíduo é composta de uma multiplicidade de componentes que incluem valores, atitudes, crenças, motivos, intenções, preferências, opiniões, interesses, preconceitos e normas culturais”. 2.4.1.4 Fatores psicológicos Segundo Sant’Anna (1998), para que um consumidor tome a decisão de compra é preciso que na sua mente se desenvolvam os seguintes estados: existência de uma necessidade, consciência desta necessidade, conhecimento do objeto que a pode satisfazer, desejo de satisfazê-la e decisão por determinado produto. Nesse sentido, conforme Kotler (1998), existem quatro importantes fatores psicológicos que influenciam as escolhas dos consumidores: motivação, percepção, aprendizagem e crenças e atitudes. a) Motivação De acordo com Kotler (1998, p.173), “um motivo ou impulso é uma necessidade que está pressionando suficientemente para levar uma pessoa a agir”. b) Percepção Schiffman e Kanuk (2000, p.103) definem percepção como “o processo pelo qual um indivíduo seleciona, organiza e interpreta estímulos visando a um quadro significativo e coerente do mundo”. c) Aprendizagem Segundo Kotler (1998, p.175), “aprendizagem são todas as mudanças ocasionadas no comportamento de um indivíduo em função de suas experiências”. Esta teoria ensina que se pode desenvolver a demanda por um produto associandoo a impulsos fortes, usando sugestões motivadoras e fornecendo reforço positivo. d) Crenças e atitudes O homem, enquanto indivíduo é dotado de razão e personalidade única. Nesse sentido, segundo Kotler (1998, p.176), “crença é um pensamento descritivo que uma pessoa sustenta sobre algo”. Quanto às atitudes, afirma que estas colocam as pessoas numa estrutura mental de gostar ou desgostar de um objeto. 37 Dessa forma, os profissionais responsáveis pelo planejamento de marketing buscam com maior intensidade estudar o comportamento do consumidor, pois na construção do composto mercadológico é imprescindível o conhecimento do consumidor, onde é necessário um rigoroso trabalho de pesquisa para conhecer o seu consumidor. A análise dos dados das pesquisas sobre comportamento do consumidor servirá de base para fazer com que os 4P´s trabalhem em conformidade com o perfil do consumidor, seus desejos e necessidades, seus hábitos e suas atitudes, e seus papéis de compra. Assim, com os dados em mãos sobre classe social, cultura, situação econômica, entre outros, torna-se possível compreender melhor se o cliente está satisfeito ou não, e por qual motivo. 2.5 MARKETING DE RELACIONAMENTO Os princípios do marketing de relacionamento devem muito à literatura do marketing de serviços. Leonard Berry foi quem introduziu, em 1983, o termo marketing de relacionamento na literatura de marketing. Berry apresentou uma visão ampla do marketing de relacionamento, definindo seu papel estratégico dentro das organizações. O autor diz que atrair novos clientes deve ser somente um passo intermediário no processo de marketing, e que o marketing de relacionamento deveria atuar principalmente na manutenção de clientes, com ênfase nos relacionamentos mantidos com os melhores clientes. Esta premissa é uma das principais bases para o marketing de relacionamento. Berry diz que marketing de relacionamento inclui as atividades de atrair, manter e incrementar o relacionamento com os clientes; que a satisfação dos clientes e sua fidelização são formas de alcançar maior competitividade. Grönroos (1995, p. 138) diz que “marketing é estabelecer, manter e incrementar os relacionamentos com os clientes e outros parceiros, para obter lucro, contanto que os objetivos das partes envolvidas sejam alcançados. Isto é obtido através de trocas mútuas e cumprimento de promessas”. Este pensamento leva à conclusão de que a manutenção de relacionamentos duradouros com os clientes 38 deve ser a principal preocupação de uma organização e que todas as iniciativas de marketing devem ser direcionadas para a construção e manutenção destes relacionamentos. Sob uma visão mais estratégica, McKenna (1992) define marketing de relacionamento, indicando a colocação do cliente em primeiro plano e, desta forma, alterando o papel do marketing do simples contato e venda para o envolvimento com os clientes. O marketing está relacionado com processo, não com táticas promocionais e que os anúncios e promoções são apenas uma pequena parte da estratégia de marketing, ou seja, que a propaganda reforça posições no mercado, mas não as cria. Uma outra visão, mais recente e popular, com a aplicação da tecnologia da informação como suporte, é a apresentada por Peppers & Rogers (2001). Esta visão está focada na manutenção de relacionamentos individuais com os clientes e utiliza os conhecimentos armazenados sobre os clientes para a definição de estratégias de retenção. Muitos autores, dentre eles Kotler e Grönroos, defendem que o marketing de relacionamento representa uma mudança de paradigma na orientação e abordagem do marketing tradicional com foco nos relacionamentos ao invés do foco nas transações (GRÖNROOS, 1995; KOTLER, 1996). Os princípios básicos do marketing de relacionamento estão fundamentados na necessidade de um alto nível de satisfação dos clientes não só com produto ou serviço que ele adquire, mas também com o relacionamento mantido entre ele e seu fornecedor. Este conceito leva a outro, o valor da retenção de clientes para o sucesso de um negócio. Sua importância está no fato de que há evidências de que a retenção de clientes está fortemente relacionada com a rentabilidade de uma organização. A figura 3 apresenta alguns contrastes significativos entre a abordagem do marketing tradicional, ou marketing com foco transacional, e os novos conceitos do marketing de relacionamento. 39 Figura 3: Comparativo entre o foco do marketing tradicional e o foco do marketing de relacionamento Fonte: Peck (1999, p.126). Embora não haja uma definição única para marketing de relacionamento, ficam claras as questões relativas à necessidade de envolver e integrar clientes, fornecedores e outras entidades da cadeia de valor dentro de uma empresa. A criação e a manutenção de relacionamentos requerem a compreensão de planos e processo e o estreitamento de laços econômicos, emocionais e estruturais entre as partes envolvidas. Anteriormente, os clientes buscavam resultados de acordo com as suas necessidades específicas, o que determinava um movimento passageiro entre empresa e clientes, mas, no atual cenário, constata-se que os clientes estão cada vez mais exigentes quanto aos resultados almejados e à própria superação de suas expectativas. O surgimento de novas tecnologias de informática facilitou o armazenamento de informações sobre os clientes e fornecedores, permitindo um atendimento mais personalizado. Buscando este caminho, o mercado se voltou para técnicas e métodos que possibilitassem o estreitamento de comunicação, promovendo sua constância e eficácia entre a empresa e o cliente, não apenas pelo fato de se ouvir o cliente, mas de estreitar o relacionamento, tirando proveito dessa harmonia. Para realizar essas tarefas, a informação é o diferencial. A concorrência não acontece mais no preço ou na qualidade do produto, na propaganda ou na tecnologia de ponta na linha de produção. Estes aspectos tornaram-se requisitos básicos para a permanência da empresa no mercado. Atualmente, as informações que as empresas têm sobre seus clientes, seus concorrentes e sobre o mercado em que atuam são seu principal diferencial competitivo. 40 Além disso, o cliente tem um maior poder de barganha, devido a uma maior oferta gerada por uma concorrência global, observando-se ainda uma redução da fidelidade à marca e mudanças no seu estilo de vida, o que ocasiona uma demanda maior por conveniência, levando as empresas a buscarem a otimização dos seus canais de contato com os clientes e a procurarem personalizar suas ofertas e sua própria comunicação. Segundo Kotler (1998, p. 31) “marketing é a atividade humana dirigida para a satisfação de desejos, através do processo de troca”. Com o domínio das informações, as empresas tornam-se capazes de identificar e selecionar os clientes corretos, oferecendo-lhes o produto que desejam, com um atendimento diferenciado, visando um relacionamento duradouro e benéfico para ambos. O relacionamento sustentado satisfatoriamente junto aos clientes através de um marketing de constante conquista, evidencia a existência de vários fatores influenciadores no bom desempenho financeiro da empresa. É necessário reconhecer que o valor do cliente é maior do que o valor de sua compra, o que dá a certeza do seu retorno ao longo do tempo. Assevera-se ainda, que a aquisição do cliente é mais custosa do que a sua manutenção, o que salienta ainda mais a relevância do requisito fidelidade. As empresas que conseguirem reconhecer o valor dos clientes individuais e utilizarem as tecnologias disponíveis para a aplicação das suas estratégias definidas para o gerenciamento do relacionamento com os clientes, obterão sucesso, segundo Gordon (2002). Os relacionamentos são supervalorizados por sensações positivas a cada instante em que o cliente interage com a empresa. Existem diversas ferramentas que auxiliam no conhecimento do comportamento do cliente, como por exemplo, o CRM (Customer Relationship Management), que gerencia o relacionamento com o cliente, uma estratégia poderosa de negócios pela qual as empresas otimizam sua rentabilidade, suas receitas, a satisfação do cliente e um marketing de relacionamento, integrando múltiplos pontos de contatos. 41 De acordo com Peppers & Rogers (2001): “CRM é uma estratégia de negócio voltada ao entendimento e antecipação das necessidades dos clientes atuais e potenciais de uma empresa. Do ponto de vista tecnológico, o CRM envolve capturar os dados do cliente ao longo de toda a empresa, consolidar todos os dados capturados interna e externamente em banco de dados central, analisar os dados consolidados, distribuir os dados desta análise aos vários pontos de contato com o cliente e usar essa informação ao interagir com o cliente”. Outrora, o proprietário de um estabelecimento comercial conhecia as prioridades e a capacidade financeira dos seus clientes em absorver novos produtos e serviços, beneficiando-se desse conhecimento. No mundo atual, porém, a empresa, através dos meios tecnológicos de que dispõe, disponibiliza informações para as pessoas que mantêm contato com os clientes, objetivando a conservação dos mesmos e a obtenção de novos, da forma mais econômica possível. Um dos objetivos da empresa com essas técnicas de relacionamento é obter 100% da fatia do orçamento do cliente e fazer com que este se torne um aliado da empresa, indicando-a aos seus parentes e amigos. Existe a necessidade do entendimento de que o cliente precisa ser envolvido na busca da manutenção de um relacionamento harmonioso. A empresa procura agregar valores a todos os aspectos de sua experiência com o cliente, onde o preço deixa de ser a principal consideração em uma proposta de valor muito mais abrangente, o que faz com que a concorrência tenha mais dificuldade de atingir esse cliente, que se torna mais tolerante e que passa a manter um relacionamento contínuo com a empresa. O resultado imediato do bidirecionamento do processo de comunicação entre empresas e consumidores é a transferência do poder de barganha para as mãos do consumidor, que mais informado, torna-se ativo no processo de formação de opinião e capacitado para comparar suas opções de decisão. A mudança no balanço do poder de informação a favor do consumidor demanda mudanças radicais no pensamento e na prática do marketing das empresas, uma vez que, requerem a criação e utilização de novos paradigmas nos conceitos, processos e organizações tradicionais de marketing. Este cenário assevera ainda mais a força nas estratégias competitivas das empresas em relação a fidelização de clientes. Tais fatores contribuíram para que as empresas fossem obrigadas a se preocupar com estratégias antes muito pouco 42 utilizadas, como: atração e retenção de clientes, satisfação dos consumidores, fidelização de clientes, entre outros. 2.5.1 Atração e retenção de clientes De acordo com Kotler (1998, p. 58), “a maior parte da teoria e prática de marketing centraliza-se na arte de atrair novos consumidores e não reter os clientes”. Independentemente da conquista de novos clientes, a carteira tende a não aumentar, pois supostamente outros clientes deixam a empresa, mascarando a deficiência da organização que, conseqüentemente, tem seu potencial econômico enfraquecido. Neste sentido, as empresas vêm percebendo que para manterem-se rentáveis devem estar atentas às taxas de clientes perdidos e inativos, fazendo-as reduzir ao máximo. Uma das premissas da retenção de clientes é o prolongamento do contato da empresa com o consumidor, criando-se uma relação mais duradoura. Segundo Kotler (1998, p. 57), “para reduzir o número de consumidores perdidos as empresas necessitam adotar quatro etapas de abordagem”: Definir e mensurar a taxa de retenção de consumidores, procurando as causas que os levaram a abandonar a empresa, administrando-as melhor; Estimar o valor do lucro não contabilizado quando a empresa perde consumidores, ou seja, o lucro que seria obtido com a fidelização dos consumidores por tempo duradouro; Calcular quanto custaria reduzir a taxa de abandono de clientes, comparando-a ao lucro perdido. 2.5.2 Satisfação de Clientes O marketing de relacionamento tem realçado a importância do estudo da satisfação do cliente, principalmente por ser um importante indicador de sucesso dos esforços de marketing. Kotler (1998, p.29) diz que satisfação “é o sentimento de 43 prazer ou de desapontamento resultante da comparação do desempenho do produto em relação às expectativas das pessoas”. A expectativa do consumidor é influenciada pela experiência anterior de compra, recomendação de amigos, informações e promessas das empresas e dos concorrentes, criando expectativas excessivas o que pode acarretar em desapontamento ao cliente. Para tanto, o ideal é que as promessas e expectativas venham a se equivaler, cabendo a empresa utilizar habilidades para determinar este ponto de equilíbrio. Bastante relevante, a satisfação do cliente não se resume simplesmente à aquisição do produto ou serviço, mas na sua avaliação contínua, antes e após a venda. O cliente espera ainda, que a empresa possa continuar prestando-lhe atendimento, e de qualidade, mesmo após ter-se encerrado o processo de aquisição, ou seja, a relação entre a empresa e cliente tende a ser duradoura e com a certeza da constante busca por novos produtos, marcas e fornecedores. 2.5.3 Fidelização de Clientes Segundo o dicionário de língua portuguesa Aurélio (1986 p.775), fidelidade é “constância, firmeza, perseverança”. O interesse em manter a fidelidade do consumidor implica na coordenação de estratégias focadas em alcançar rentabilidade em longo prazo, determinando não só o interesse na venda, mas em uma receita de fidelidade contínua. Os últimos anos têm sido marcados por uma queda extremamente significativa de níveis de fidelidade dos consumidores, onde marcas que tinham espaço cativo na casa do consumidor há décadas estão sendo substituídas por concorrentes com melhor tecnologia, melhores preços e atendimento diferenciado. A conveniência é um fator relevante para o consumidor que pode priorizar a redução das escolhas por meio de um relacionamento leal, simplificando o processo decisório de compra, o processamento de informação, reduzindo riscos percebidos e mantendo consistência cognitiva e um estado de conforto psicológico. Além do fator conveniência, muitas empresas acreditam que a fidelidade possa ser gerada por 44 meio de descontos e promoções que estimulem a repetição de compra. Entretanto, esta técnica está fadada ao insucesso tendo em vista que o concorrente pode lançar mão de um desconto ou promoção mais atraente, forçando o consumidor a mudar de “bandeira”. Para Kotler (2006), fidelizar o cliente significa vender o maior número de produtos a um único cliente por maior tempo possível, mantendo-o satisfeito. É conquistá-lo de tal forma que o impeça de migrar para a concorrência. Para um cliente tornar-se um defensor da empresa, esta deve trabalhar continuamente para alcançar o patamar de fidelidade junto a todos os clientes. O processo é lento e os clientes vão se tornando mais fiéis ao longo do tempo e os benefícios de troca são mútuos. Dentro do contexto de fidelização de clientes, os chamados programas de fidelização são considerados de extrema importância na construção de relacionamentos estáveis e duradouros. São definidos como processos que utilizam a comunicação integrada para estabelecer um relacionamento continuado, duradouro e gratificante com os clientes, visando aumentar a lealdade e a rentabilidade pelo mecanismo de reconhecimento e recompensa aos mais leais. Esses programas precisam ser moldados de acordo com o tipo de relacionamento que a empresa deseja manter com seus clientes, agregando valores, utilizando o conceito de hierarquia de valor do cliente ou escala de valor, fazendo com que os benefícios do programa sejam sempre renovados, causando o encantamento necessário para manter a empresa numa posição privilegiada perante o cliente. Sempre existem graus de fidelidade. Alguns clientes são mais fieis, outros são menos. A fidelidade é, portanto, desenvolvida por meio de abordagens que desencadeiam e reforçam um estado mental positivo. O objetivo não é tornar todos os clientes fiéis, mas, sim, aumentar a fidelidade daqueles clientes mais propensos a reagir. Alguns clientes são mais suscetíveis de reagir a incentivos: outros, a atendimento diferenciado proporcionado apenas para clientes leais: enquanto outros, ainda, podem reagir apenas à combinação dos dois (STONE e WOODCOCK, 1998). Portanto, para oferecer benefícios reais para empresas e clientes, os programas de fidelização devem ser utilizados de diferentes maneiras, de acordo com seus diferentes consumidores. Para que a empresa saiba de que tipo é cada 45 um de seus clientes, deve utilizar-se de técnicas como a de segmentação de mercado, anteriormente citada. 2.6 MERCADO DE COMBUSTÍVEIS O governo brasileiro, desde a década de 90, vem promovendo a abertura de segmentos industriais à competição externa, retirando o Estado, enquanto agente produtor de bens e serviços de alguns setores e revendo monopólios em áreas controladas durante longo período por empresas estatais. O que vem ocorrendo é uma alteração de prioridades. Os recursos financeiros do Estado, a muito escassos, vinham sendo dirigidos prioritariamente para investimentos em infra-estrutura, um papel que pode ser majoritariamente exercido pelo setor privado (ANP, 2008). Por outro lado, as chamadas áreas sociais, como educação e saúde tinham suas prioridades reduzidas. Os recursos obtidos com as concessões e privatizações vem sendo empregados no saneamento das finanças públicas e as necessidades adicionais de investimento lideradas pelo capital privado, de forma a permitir ao governo realizar investimentos em áreas de maior alcance social ou onde a presença do Estado seja primordial. Ainda que o setor de distribuição e comercialização de derivados fosse o único a não estar englobado pela legislação monopolista, a regulamentação do Estado, através inicialmente do CNP - Conselho Nacional do Petróleo, mais tarde substituído pelo DNC - Departamento Nacional de Petróleo e a forte dependência de um único fornecedor, fizeram com que não se pudesse falar em livre mercado, mas sim em um oligopólio fechado de empresas distribuidoras, dentre elas multinacionais de grande peso fortemente atreladas ao controle estatal, conforme o artigo de Luiz Pontes publicado no site Com Ciência. O DNC - Departamento Nacional de Petróleo permitiu então a abertura de novos postos revendedores e distribuidoras que surgiram às, embora cadastradas, eram empresas fantasmas realizando negócios ilícitos que desarrumaram totalmente o mercado, promovendo ações na justiça contra o pagamento de impostos e misturando outras substâncias à gasolina com o intuito de maximizar lucros pelo não 46 pagamento dos impostos. Os postos de gasolina não eram mais obrigados a comprar o combustível da distribuidora que representavam facilitando a fraude. Após a criação da ANP - Agência Nacional de Petróleo ("Lei do Petróleo" de agosto de 1997 regulamentada em decreto de janeiro de 1998) o governo toma ações para coibir os abusos. Paulatinamente portarias da ANP vão liberando o mercado com a permissão de produção de combustíveis pelas petroquímicas, sua importação direta e liberação dos preços nas refinarias. A regulação torna mais exigente o cadastramento de distribuidoras, torna obrigatória a compra de combustível na distribuidora que o posto revendedor representa, há um controle dos solventes hidrocarbonetos comercializados. Segundo a ANP (2008), o mercado de combustíveis movimenta aproximadamente R$ 70 bilhões de reais por ano, gerando uma receita de impostos de aproximadamente R$ 35 bilhões. Em muitos estados da Federação, a arrecadação de ICMS sobre combustíveis é uma das principais fontes de recursos da secretarias de fazenda. Mais de 28.000 postos revendedores empregam centenas de milhares de pessoas nos atendimentos de abastecimento de combustíveis, serviços de borracharia, troca de óleo e lojas de conveniência sendo ainda células urbanizadoras em regiões ao longo de estradas estaduais e federais, agregando desenvolvimento econômico e social a diversas pequenas cidades do interior do país. A especificação da gasolina tem impacto direto no mercado, pois sua produção obrigatoriamente deve atender as exigências de qualidade que visam proporcionar um bom funcionamento aos motores, a saúde dos que a manipulam, a preservação do meio ambiente e evitar práticas de adulteração e sonegação fiscal. De acordo com a revista Combustíveis & Conveniência (2004), a Superintendência de Qualidade da ANP vem desenvolvendo um trabalho de monitoramento da qualidade de combustíveis no país. A partir de 1999 a Agência contratou universidades e institutos de pesquisa em vários estados para acompanhamento da melhoria da qualidade dos combustíveis derivados de petróleo, do gás natural e do álcool combustível. A avaliação ocorre através das especificações regulamentadas, refletindo a qualidade mínima necessária ao bom desempenho do produto. Hoje mais de 90% dos postos de combustíveis do país são monitorados. As diretrizes da Política da Qualidade de Produtos da ANP são: 47 proteger os interesses do consumidor, garantindo derivados de petróleo, gás natural e álcool combustível adequados ao uso; proteger os interesse da sociedade, tendo em mente a qualidade de vida e as questões ambientais na especificação da qualidade dos produtos; estimular o desenvolvimento, por intermédio de especificações que induzam à evolução tecnológica; promover a livre concorrência por intermédio das especificações dos produtos, evitando reservas de mercado e conferir credibilidade à qualidade dos produtos consumidos no país. O controle, pela ANP, da comercialização de solventes no país e a utilização de marcadores químicos nestes solventes têm inibido a adulteração na gasolina. Os maiores problemas, que ainda persistem, referem-se a adulterações com a adição de compostos hidrocarbonetos pesados e a adição excessiva de álcool. A fiscalização da ANP em parceria com outros órgãos federais e estaduais de defesa do consumidor tem inibido essa prática A sonegação fiscal vem sendo diminuída, no que tange aos postos revendedores, com a instalação de dispositivos de controle de vazão das bombas associado à contabilidade fiscal. Comparando-se o volume de combustível que passa pela bomba com o volume adquirido pelo postos, através das notas fiscais das distribuidoras, pode-se fechar o balanço de massa e dessa forma coibir aditivações adulteradoras. 48 3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS A metodologia aponta o caminho a ser seguido, norteando as ações do pesquisador, por meio das fontes e ferramentas disponíveis. Neste capítulo são descritos os caminhos utilizados para a realização desta pesquisa. 3.1 CARACTERÍSTICAS DA PESQUISA Segundo Mattar (1999, p.76), quanto à natureza das variáveis pesquisadas, elas podem ser qualitativas ou quantitativas. Esta pesquisa enquadra-se como sendo quantitativa, uma vez que as informações a serem coletadas visam conhecer a opinião dos clientes sobre os serviços prestados e os dados coletados serão enquadrados em escalas numéricas e submetidos a análises estatísticas formais. As pesquisas também podem ser classificadas quanto à natureza do relacionamento entre as variáveis estudadas, conforme Mattar (1999, p.88), podendo serem pesquisas descritivas ou causais. Tendo em vista que o objetivo desta pesquisa visa expor o fenômeno em estudo e as opiniões dos clientes com relação à empresa, trata-se de uma pesquisa descritiva. As pesquisas podem ser ainda exploratórias ou conclusivas, quando se referem ao objetivo e grau em que o problema de pesquisa está cristalizado, de acordo com Mattar (1999, p.88). Pode-se dizer que esta pesquisa é do tipo exploratória, com o objetivo de absorver mais conhecimento sobre o tema. Mattar (1999, p.90) diz ainda que as pesquisas classificam-se quanto a forma utilizada para coleta de dados primários, em pesquisas por comunicação e pesquisas por observação. Visto que no momento da entrevista, por meio de questionários, ocorrerá comunicação direta entre o entrevistador e o entrevistado, esta é uma pesquisa por comunicação. Quanto ao escopo da pesquisa em termos de amplitude e profundidade, as pesquisas podem ser classificadas em estudo de casos, estudos de campo e levantamentos amostrais. A principal diferença entre as três classificações refere-se as suas representatividades em relação à população pesquisada e de seus graus de 49 profundidade. A presente pesquisa se classifica ainda na categoria estudo de caso, sendo que esta será realizada em uma instituição específica apenas, o Posto 4 Ilhas. Ainda de acordo com a classificação de Mattar (2001, p.48), esta pesquisa analisará dados primários, sendo que estas informações ainda não foram coletadas e desta forma são de conhecimento somente do pesquisador. 3.2 DELIMITAÇÃO DA UNIDADE CASO O presente estudo foi realizado tendo como objeto o Posto 4 Ilhas. Esta empresa foi fundada em 1989 por Pedro Paulo da Cunha e Rosany Vieira da Cunha. Ao longo dos anos a empresa teve um crescimento significante, se estabilizou, tornando-se reconhecida e respeitada no segmento, em nível de Estado. Atualmente conta com 65 funcionários, divididos entre a matriz e a filial, a primeira situada em Porto Belo e a segunda em Bombinhas. Dispõe dos serviços de combustível, panificadora e confeitaria (conveniência), loja de presentes, farmácia e distribuidora de gás. A empresa encontra-se totalmente informatizada em rede, tendo o total controle dos produtos tanto da matriz como da filial, além de contar com completo e moderno equipamento para postos de gasolina. Durante todo este período a empresa foi administrada por seus fundadores, que percebem hoje, a necessidade de um planejamento de marketing para atrair novos clientes e melhor satisfazer os clientes atuais. Para que o estudo de caso pudesse ser desenvolvido de forma embasada, foram desenvolvidas pesquisas bibliográficas junto à literatura relacionada à temática da pesquisa. 50 3.3 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS Os instrumentos utilizados para o desenvolvimento deste estudo de caso foram as pesquisas bibliográfica e documental, e a entrevista. A pesquisa bibliográfica, conforme Vergara (2000, p. 48), é o estudo sistematizado desenvolvido com base em material publicado em livros, revistas, jornais, redes eletrônicas, isto é, material acessível ao público em geral. A pesquisa bibliográfica é uma etapa fundamental em todo trabalho científico que influenciará todas as etapas de uma pesquisa, na medida em que der o embasamento teórico em que se fundamentará o trabalho. Lakatos (1991) afirma que a característica da pesquisa documental é que a fonte que os dados serão arrecadados não estão apenas restritos a documentos escritos, compondo o que denominamos de fontes primárias, como dados presentes em relatórios da empresa, relatório de pesquisa, entre outros. Com o intuito de obter informações sobre o objeto em análise, foi realizada uma entrevista estruturada por meio de questionário (APÊNDICE A) com os consumidores do Posto 4 Ilhas, uma técnica de investigação cientifica onde o pesquisador formula questões orientadas, com um fito definido, frente a frente com o respondente e dentro de uma interação social. Portanto, envolve o contato direto com o pesquisado (MARTINS, 2007). Assim, o presente estudo, cujos resultados são apresentados a seguir, utilizou como instrumentos principais pesquisa bibliográfica e pesquisa com clientes. 51 4 DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO Neste capítulo serão apresentadas as análises dos dados primários, alguns cruzamentos de dados primários, as principais conclusões da pesquisa e por fim as estratégias de marketing de relacionamento a serem implementadas pelo Posto 4 Ilhas. a) Dados da Pesquisa – Tabelas e Gráficos Simples Tabela 1: Sexo dos Respondentes Sexo Masculino Feminino TOTAL OBS. Freq. % 78 78,00% 22 22,00% 100 100% Fonte: Dados da pesquisa Sexo Masculino 78 Feminino 22 Gráfico 1: Sexo dos Respondentes Fonte: Dados da pesquisa Conforme se pode observar na tabela e gráfico 1, a maior parte dos clientes entrevistados (78%) é do sexo masculino. Outros 22% são do sexo feminino. Tabela 2: Estado Civil dos Respondentes Estado Civil Solteiro(a) Casado(a) Outro TOTAL OBS. Freq. % 18 18,00% 66 66,00% 16 16,00% 100 100% Fonte: Dados da pesquisa 52 Estado Civil Solteiro(a) 18 Casado(a) Outro 66 16 Gráfico 2: Estado Civil dos Respondentes Fonte: Dados da pesquisa A tabela e o gráfico 2 indicam que 66% dos entrevistados são casados, 18% solteiros, 16% são amasiados, divorciados ou viúvos. Tabela 3: Veículo que possui Veículo Caminhão Carro Moto Moto e Carro Moto, Carro e Caminhão Caminhão e Carro TOTAL OBS. Freq. % 1 1,00% 64 64,00% 17 17,00% 16 16,00% 1 1,00% 1 1,00% 100 100,00% Fonte: Dados da pesquisa Gráfico 3: Veículo que possui Fonte: Dados da pesquisa Um dado interessante levantado pela pesquisa, e que pode ser observado na tabela e gráfico 3, é que 64% dos entrevistados possuem carro, 17% moto, 16% possuem moto e carro. 53 Tabela 4: Faixa Etária dos Respondentes Faixa Etária Menos que 18 anos Entre 18 e 24 anos Entre 25 e 34 anos Entre 35 e 44 anos Entre 45 e 59 anos 60 anos ou mais TOTAL OBS. Freq. % 0 0,00% 13 13,00% 34 34,00% 34 34,00% 14 14,00% 5 5,00% 100 100% Fonte: Dados da pesquisa Faixa Etária Menos que 18 anos 0 Entre 18 e 24 anos 13 Entre 25 e 34 anos 34 Entre 35 e 44 anos 34 Entre 45 e 59 anos 60 anos ou mais 14 5 Gráfico 4: Faixa Etária dos Respondentes Fonte: Dados da pesquisa Em relação à faixa etária dos pesquisados, conforme tabela e gráfico 4, a maior representatividade foi nas faixas de 25 a 34 anos e de 35 a 44 anos, ambas com 34%, seguido de 45 a 59 anos com 14%, entre 18 e 24 anos com 13%, e por fim 60 anos ou mais com 5%. Pode-se perceber que a maior parte dos pesquisados, (68%) está na faixa de 25 a 44 anos. Tabela 5: Escolaridade dos Respondentes Escolaridade Sem instrução/analfabeto Fundamental incompleto Fundamental completo Ensino Médio Superior incompleto Superior completo TOTAL OBS. Fonte: Dados da pesquisa Freq. % 0 0,00% 1 1,00% 21 21,00% 36 36,00% 16 16,00% 26 26,00% 100 100% 54 Escolaridade Sem instrução/analfabeto 0 Fundamental incompleto 1 Fundamental completo 21 Ensino médio 36 Superior incompleto 16 Superior completo 26 Gráfico 5: Escolaridade dos Respondentes Fonte: Dados da pesquisa A pesquisa revelou que 36% dos clientes entrevistados possuem ensino médio, 26% ensino superior completo, 21% possuem o fundamental completo, 16% o ensino superior incompleto e apenas 1% possuem o fundamental incompleto. Tabela 6: Renda Familiar dos Respondentes Renda Familiar Até 2 salários mínimos De 2 à 4 salários mínimos De 4 à 10 salários mínimos De 10 à 25 salários mínimos Mais de 25 salários mínimos TOTAL OBS. Freq. % 10 10,00% 49 49,00% 31 31,00% 9 9,00% 1 1,00% 100 100% Fonte: Dados da pesquisa Renda Até 2 sal. mínimos 10 2 a 4 sal. mínimos 49 4 a 10 sal. mínimos 31 10 a 25 sal. mínimos Mais de 25 sal. mínimos. 9 1 Gráfico 6: Renda Familiar dos Respondentes Fonte: Dados da pesquisa Como mostra a tabela e gráfico 6, a renda familiar dos clientes do Posto 4 Ilhas está concentrada nas faixas salariais de 2 a 4 salários mínimos (49%) e de 4 a 10 salários mínimos (31%), ou seja, classes C e D, conforme classificação do IBGE. Se somadas as faixas salariais mais altas, pode-se perceber que 10% dos clientes entrevistados têm renda familiar superior a 10 salários mínimos, percentual igual aos que ganham até dois salários (10%). 55 Tabela 7: Cidade/Bairro onde mora Cidade/Bairro Freq. % Porto Belo 85 85,00% Itajaí 4 4,00% São José 2 2,00% São Paulo 2 2,00% Araranguá 1 1,00% Blumenau 1 1,00% Brusque 1 1,00% Florianópolis 1 1,00% Guaíba 1 1,00% Porto Alegre 1 1,00% Santa Maria 1 1,00% TOTAL OBS. 100 Fonte: Dados da pesquisa 100% Porto Belo 85 Itajaí 4 São José 2 São Paulo 2 Araranguá 1 Blumenau 1 Brusque 1 Florianópolis 1 Guaiba 1 Porto Alegr e 1 Santa Maria 1 Gráfico 7: Cidade/Bairro onde mora Fonte: Dados da pesquisa No que diz respeito ao local de moradia, 85% dos entrevistados são de Porto Belo, ou seja, trata-se de clientes freqüentes e locais. Tabela 8: Situação de Moradia Situação de Moradia Casa de veraneio em Porto Belo ou próximo Parentes que moram em Porto Belo ou próximo Amigos que moram em Porto Belo ou próximo Nenhuma das situações TOTAL OBS. Fonte: Dados da pesquisa Freq. % 4 26,70% 1 6,70% 3 20,00% 7 46,70% 15 100% 56 Dos entrevistados que moram em outras cidades, 26,7% possuem casa de veraneio em Porto Belo ou próximo e 20% possuem amigos que moram na cidade. Tabela 9: Freqüência de vinda a Porto Belo Freqüência de vinda a Porto Belo Freq. % 1 ou mais vezes por semana 0 0,00% 2 a 3 vezes por mês 0 0,00% 1 vez por mês 0 0,00% 1 vez por ano, na temporada 1 6,70% Finais de semanas de verão, raramente/nunca no inverno 1 6,70% Raramente 13 86,70% TOTAL OBS. 15 100% Fonte: Dados da pesquisa Entre os entrevistados que moram em outras cidades, 86,7% vêm raramente a Porto Belo, não sendo, portanto, um cliente freqüente do posto. Tabela 10: Ocasião de vinda ao Posto 4 Ilhas Ocasião de vinda ao Posto 4 Ilhas Freq. % Sempre que preciso de posto em Porto Belo 2 13,30% Quando preciso e estou passando aqui 11 73,30% Se não tiver outra alternativa 2 13,30% TOTAL OBS. 15 100% Fonte: Dados da pesquisa Ainda em relação aos entrevistados que moram em outras cidades, quando perguntados sobre a ocasião de vinda ao Posto 4 Ilhas, 73,3% afirmam que o fazem quando precisam e estão passando aqui, confirmando a percepção de serem clientes ocasionais. 57 Tabela 11: Local de residência em relação ao Posto 4 Ilhas Local de residência em relação ao Posto 4 Ilhas Freq. % Não resposta 16 16,00% Reside próximo ao Posto 47 47,00% Trabalha/estuda próximo ao Posto 35 35,00% É local de passagem 20 20,00% Não costuma freqüentar a região/posto 8 8,00% Outro 0 0,00% 100 100% TOTAL OBS. Fonte: Dados da pesquisa A quantidade de citações é superior à quantidade de observações devido às respostas múltiplas (5 no máximo). Local residência em relação ao posto Não resposta 16 Reside próximo ao posto 47 Trabalha/estuda próximo ao posto 35 É local de passagem 20 Não costuma frequentar a região/posto Outro 8 0 Gráfico 8: Local de residência em relação ao Posto 4 Ilhas Fonte: Dados da pesquisa Quanto ao local de residência em relação ao posto, 47% residem próximo e 35% trabalham ou estudam próximo ao posto. Para 20% dos entrevistados o posto fica em local de passagem e outros 8% afirmam não freqüentar a região do posto regularmente. Tabela 12: Freqüência de vinda ao Posto 4 Ilhas Freqüência de vinda ao posto Freq. % Não resposta 16 16,00% 5 vezes por semana ou mais 11 11,00% 2 a 4 vezes por semana 23 23,00% 1 vez por semana 21 21,00% 2 a 3 vezes por mês 12 12,00% 1 vez por mês 4 4,00% Menos de 1 vez por mês 13 13,00% TOTAL OBS. 100 100% Fonte: Dados da pesquisa 58 Frequência vinda ao posto Não resposta 16 5 vezes por semana ou mais 11 2 a 4 por semana 23 1 vez por semana 21 2 a 3 vezes por mês 1 vez por mês 12 4 Menos de 1 vez por mês 13 Gráfico 9: Freqüência de vinda ao Posto 4 Ilhas Fonte: Dados da pesquisa No que diz respeito à freqüência de vinda ao posto, independente do serviço utilizado, a maioria vem de 2 a 4 vezes por semana (23%) ou 1 vez por semana (21%). Outros 11% freqüentam 5 vezes na semana ou mais, 12% de 2 a 3 vezes por mês e 13% menos de 1 vez por mês, representando sobretudo os clientes ocasionais. Tabela 13: Freqüência de abastecimento Freqüência de abastecimento Freq. % 5 vezes por semana ou mais 14 14,00% 2 a 4 vezes por semana 28 28,00% 1 vez por semana 19 19,00% 2 a 3 vezes por mês 16 16,00% 1 vez por mês 8 8,00% Menos de 1 vez por mês 15 15,00% TOTAL OBS. 100 100% Fonte: Dados da pesquisa Frequência de abastecimento 5 vezes por semana ou mais 14 2 a 4 por semana 28 1 vez por semana 19 2 a 3 vezes por mês 1 vez por mês 16 8 Menos de 1 vez por mês Gráfico 10: Freqüência de abastecimento Fonte: Dados da pesquisa 15 59 No que diz respeito às vindas ao posto com objetivo de abastecimento, como pode ser observado na tabela 13 e gráfico 10, 28% dos clientes frequentam o Posto 4 Ilhas para abastecer seus veículos de 2 a 4 vezes por semana, 19% 1 vez por semana e 16% de 2 a 3 vezes por mês. Outros 15% abastecem menos de 1 vez por mês, 14% abastecem 5 vezes por semana ou mais e apenas 8% abastecem 1 vez por mês. Tabela 14: Gasto por Abastecimento Gasto por abastecimento Freq. % Até R$10,00 2 2,00% De R$10,01 a R$25,00 13 13,00% De R$25,01 a R$50,00 47 47,00% De R$50,01 a R$75,00 27 27,00% De R$75,01 a R$100,00 8 8,00% Acima de R$100,00 3 3,00% 100 100% TOTAL OBS. Fonte: Dados da pesquisa Gasto por abastecimento Até R$ 10,00 2 R$ 10,01 a R$ 25,00 13 R$ 25,01 a 50,00 47 R$ 50,01 a R$ 75,00 27 R$ 75,01 a R$ 100,00 Acima de R$ 100,00 8 3 Gráfico 11: Gasto por Abastecimento Fonte: Dados da pesquisa Pode-se perceber ainda que, quando perguntados a respeito do valor gasto com combustível, 47% dos entrevistados gastam de R$ 25,01 a R$ 50,00 por abastecimento, 27% gastam de R$ 50,01 a R$ 75,00, 13% gastam de R$10,01 a R$25,00 e ainda 8% gastam de R$75,01 a R$100,00 por abastecimento. Percebe-se ainda que apenas 2% e 3% gastam até R$10,00 e acima de R$100,00 respectivamente. 60 Tabela 15: Outro posto que costuma freqüentar Outro Posto que costuma freqüentar Freq. % Nenhum outro 35 43,20% Posto Mime 15 18,50% Posto Tio Hugo 12 14,80% Posto 4 Ilhas Filial 5 6,20% Posto Angeloni 5 6,20% Posto Canaã 5 6,20% Posto Brava 1 1,20% Posto Estrela do Mar 1 1,20% Posto Meia Praia 1 1,20% Posto Rota do Sol 1 1,20% Fonte: Dados da pesquisa Nenhum outro 35 Mime 15 Tio Hugo 12 4 Ilhas filial 5 Angeloni 5 Canaã 5 Brava 1 Estrela do mar 1 Meia Praia 1 Rota do Sol 1 Gráfico 12: Outro posto que costuma freqüentar Fonte: Dados da pesquisa Quando questionados sobre quais outros postos os entrevisados costumam frequentar, 15% declararam frequentar o Posto Mime, 12% o Posto Tio Hugo, 5% o Posto Angeloni e outros 5% o Posto Tio Hugo. Pode-se ainda perceber que 5% dos entrevistados frequentam a filial do Posto 4 Ilhas, conforme o gráfico 12, salientando que 35% dos entrevistados não frequentam nenhum outro posto, apenas o Posto 4 Ilhas. 61 Tabela 16: Posto preferido sem considerar a localização Posto preferido (sem localização) Freq. % Não resposta 2 2,00% Tenho preferência 69 69,00% Não tenho preferência 14 14,00% Não sei dizer 15 15,00% TOTAL OBS. 100 100,00% Fonte: Dados da pesquisa Posto preferido (s/localização) Não resposta 2 T enho preferência Não tenho preferência Não sei dizer 69 14 15 Gráfico 13: Posto preferido sem considerar a localização Fonte: Dados da pesquisa Quando questionados sobre haver ou não preferência por posto de combustível, desconsiderando a vantagem da localização, 69% dos entrevistados afirmaram que mesmo isolando esta variável, ainda assim têm preferência por determinado posto. Outros 14% afirmam não ter preferência, e 15% não souberam responder. Tabela 17: Posto preferido Posto preferido Freq. % Posto 4 Ilhas 56 56,00% Posto 4 Ilhas filial 3 3,00% Posto Mime 3 3,00% Posto Angeloni 2 2,00% Posto Canaã 2 2,00% Posto Brava 1 1,00% Posto Estrela do Mar 1 1,00% Posto Tio Hugo 1 1,00% Fonte: Dados da pesquisa 62 4 Ilhas 56 4 Ilhas filial 3 Mime 3 Angeloni 2 Canaã 2 Brava 1 Estrela do mar 1 Tio Hugo 1 Gráfico 14: Posto preferido Fonte: Dados da pesquisa Na tabela 17 e gráfico 14 percebe-se que 56% dos entrevistados declararam que o Posto 4 Ilhas é o seu preferido, o que demonstra um alto grau de satisfação dos clientes. Entre os concorrentes, destaca-se o Posto Mime, com 3%. Tabela 18: Grau de Satisfação - Qualidade do Combustível Satisfação - Qualidade do Combustível Freq. % Não resposta 1 1,00% Muito Satisfeito 18 18,00% Satisfeito 81 81,00% Mais ou menos 0 0,00% Pouco Satisfeito 0 0,00% Nada Satisfeito 0 0,00% Não sabe responder 0 0,00% 100 100,00% TOTAL OBS. Fonte: Dados da pesquisa Satisfação - Qualidade do Combustível Não resposta 1 Muito satisfeito 18 Satisfeito 81 Mais ou menos 0 Pouco satisfeito 0 Nada satisfeito 0 Não sabe responder 0 Gráfico 15: Grau de Satisfação - Qualidade do Combustível Fonte: Dados da pesquisa 63 Quando questionados sobre a satisfação quanto à qualidade do combustível, 81% dos clientes informaram estarem satisfeitos, 18% muito satisfeitos e 1% não responderam a pergunta, conforme o gráfico 15. Tabela 19: Grau de Satisfação - Variedade de Produtos Satisfação - Variedade de Produtos Freq. % Não resposta 1 1,00% Muito Satisfeito 16 16,00% Satisfeito 83 83,00% Mais ou menos 0 0,00% Pouco Satisfeito 0 0,00% Nada Satisfeito 0 0,00% Não sabe responder 0 0,00% 100 100,00% TOTAL OBS. Fonte: Dados da pesquisa Satisfação - Variedade de produtos Não resposta 1 Muito satisfeito 16 Satisfeito 83 Mais ou menos 0 Pouco satisfeito 0 Nada satisfeito 0 Não sabe responder 0 Gráfico 16: Grau de Satisfação - Variedade de Produtos Fonte: Dados da pesquisa De acordo com a tabela 19 e o gráfico 16, 83% dos clientes se dizem satisfeitos quanto à variedade de produtos oferecidos pelo Posto 4 Ilhas, 16% muito satisfeitos e 1% não responderam a pergunta. 64 Tabela 20: Grau de Satisfação - Cortesia e Atenção no Atendimento Satisfação - Cortesia e Atenção Freq. % Não resposta 1 1,00% Muito Satisfeito 22 22,00% Satisfeito 77 77,00% Mais ou menos 0 0,00% Pouco Satisfeito 0 0,00% Nada Satisfeito 0 0,00% Não sabe responder 0 0,00% 100 100,00% TOTAL OBS. Fonte: Dados da pesquisa Satisfação - Cortesia e atenção Não resposta 1 Muito satisfeito 22 Satisfeito 77 Mais ou menos 0 Pouco satisfeito 0 Nada satisfeito 0 Não sabe responder 0 Gráfico 17: Grau de Satisfação - Cortesia e Atenção no Atendimento Fonte: Dados da pesquisa No gráfico 17 percebe-se que 77% dos entrevistados declararam estar satisfeitos com a cortesia e atenção no atendimento, 22% muito satisfeitos e somente 1% não declararam sua satisfação quanto ao quesito. Tabela 21: Grau de Satisfação - Agilidade no Atendimento Satisfação - Agilidade do Atendimento Freq. % Não resposta 1 1,00% Muito Satisfeito 19 19,00% Satisfeito 80 80,00% Mais ou menos 0 0,00% Pouco Satisfeito 0 0,00% Nada Satisfeito 0 0,00% Não sabe responder 0 0,00% 100 100,00% TOTAL OBS. Fonte: Dados da pesquisa 65 Satisfação - Agilidade no Atendimento Não resposta 1 Muito satisfeito 19 Satisfeito 80 Mais ou menos 0 Pouco satisfeito 0 Nada satisfeito 0 Não sabe responder 0 Gráfico 18: Grau de Satisfação - Agilidade no Atendimento Fonte: Dados da pesquisa Como mostra a tabela 21 e o gráfico 18, 80% dos entrevistados se dizem satisfeitos com a agilidade no atendimento do Posto 4 Ilhas, outros 19% muito satisfeitos e somente 1% não informaram sua satisfação quanto ao quesito. Tabela 22: Grau de Satisfação - Organização e Limpeza Satisfação - Organização e Limpeza Freq. % Não resposta 1 1,00% Muito Satisfeito 16 19,00% Satisfeito 83 80,00% Mais ou menos 0 0,00% Pouco Satisfeito 0 0,00% Nada Satisfeito 0 0,00% Não sabe responder 0 0,00% 100 100,00% TOTAL OBS. Fonte: Dados da pesquisa Satisfação - Organização e limpeza Não resposta 1 Muito satisfeito 16 Satisfeito 83 Mais ou menos 0 Pouco satisfeito 0 Nada satisfeito 0 Não sabe responder 0 Gráfico 19: Grau de Satisfação - Organização e Limpeza Fonte: Dados da pesquisa 66 O gráfico 19 trata da satisfação dos clientes quanto à organização e limpeza do Posto 4 Ilhas. A pesquisa revelou que 83% dos entrevistados declaram sentir-se satisfeitos, 16% muito satisfeitos e 1% não responderam ao questionamento. Tabela 23: Grau de Satisfação - Localização Satisfação - Localização Freq. % Não resposta 1 1,00% Muito Satisfeito 15 15,00% Satisfeito 84 84,00% Mais ou menos 0 0,00% Pouco Satisfeito 0 0,00% Nada Satisfeito 0 0,00% Não sabe responder 0 0,00% 100 100,00% TOTAL OBS. Fonte: Dados da pesquisa Satisfação - Localização Não resposta 1 Muito satisfeito 15 Satisfeito 84 Mais ou menos 0 Pouco satisfeito 0 Nada satisfeito 0 Não sabe responder 0 Gráfico 20: Grau de Satisfação - Localização Fonte: Dados da pesquisa Como mostra o gráfico 20, 84% dos entrevistados se dizem satisfeitos com a localização do Posto 4 Ilhas, outros 15% muito satisfeitos e somente 1% não responderam a pergunta. 67 Tabela 24: Grau de Satisfação - Preço Satisfação - Preço Freq. % Não resposta 1 1,00% Muito Satisfeito 2 2,00% Satisfeito 85 85,00% Mais ou menos 12 12,00% Pouco Satisfeito 0 0,00% Nada Satisfeito 0 0,00% Não sabe responder 0 0,00% 100 100,00% TOTAL OBS. Fonte: Dados da pesquisa Satisfação - Preço Não resposta 1 Muito satisfeito 2 Satisfeito 85 Mais ou menos 12 Pouco satisfeito 0 Nada satisfeito 0 Não sabe responder 0 Gráfico 21: Grau de Satisfação - Preço Fonte: Dados da pesquisa Quando questionados sobre o grau de satisfação quanto ao preço dos produtos, ocorreu uma maior dispersão de opiniões. Dos entrevistados, 85 % afirmaram estar satisfeitos, 12% mais ou menos satisfeitos, outros 2% declararam muito satisfeitos, e ainda 1 % não responderam a pergunta, de acordo com a tabela 24 e o gráfico 21. Tabela 25: Grau de Satisfação - Horário de Funcionamento Satisfação - Horário de Funcionamento Freq. % Não resposta 1 1,00% Muito Satisfeito 14 14,00% Satisfeito 85 85,00% Mais ou menos 0 0,00% Pouco Satisfeito 0 0,00% Nada Satisfeito 0 0,00% Não sabe responder 0 0,00% 100 100,00% TOTAL OBS. 68 Fonte: Dados da pesquisa Satisfação - Horário de funcionamento Não resposta 1 Muito satisfeito 14 Satisfeito 85 Mais ou menos 0 Pouco satisfeito 0 Nada satisfeito 0 Não sabe responder 0 Gráfico 22: Grau de Satisfação - Horário de Funcionamento Fonte: Dados da pesquisa Além disso, como pode ser observado no gráfico 22, 85% dos clientes declararam estar satisfeitos quanto ao horário de funcionamento do Posto 4 Ilhas, 14% muito satisfeitos, e apenas 1% não responderam ao questionamento. Tabela 26: Grau de Satisfação - Variedade de Produtos na Conveniência Satisfação - Variedade Conveniência Freq. % Não resposta 17 17,00% Muito Satisfeito 82 82,00% Satisfeito 1 1,00% Mais ou menos 0 0,00% Pouco Satisfeito 0 0,00% Nada Satisfeito 0 0,00% Não sabe responder 0 0,00% 100 100,00% TOTAL OBS. Fonte: Dados da pesquisa Satisfação - Variedade conveniência Muito satisfeito 17 Satisfeito 82 Mais ou menos 1 Pouco satisfeito 0 Nada satisfeito 0 Não sabe responder 0 Gráfico 23: Grau de Satisfação - Variedade de Produtos na Conveniência Fonte: Dados da pesquisa Quanto aos produtos oferecidos pela empresa, 82% dos entrevistados dizem sentir-se satisfeitos, 17% muito satisfeitos e apenas 1% mais ou menos satisfeitos. 69 Tabela 27: Aspectos mais importantes na escolha do Posto 4 Ilhas Aspectos mais importantes Freq. (1º) % Freq. (2º) % Freq. (3º) % 23 23,00% 9 9,00% 12 12,00% 44 44,00% 22 22,00% 10 10,00% 18 18,00% 50 50,00% Localização 2 2,00% 2 2,00% 4 4,00% 8 8,00% Preço Horário de Funcionamento Qualidade do Combustível Variedade de Produtos 8 8,00% 22 22,00% 9 9,00% 39 39,00% 7 7,00% 5 5,00% 5 5,00% 17 17,00% 22 22,00% 25 25,00% 17 17,00% 64 64,00% 3 3,00% 14 14,00% 9 9,00% 26 26,00% 13 13,00% 13 13,00% 26 26,00% 51 51,00% TOTAL OBS. 100 Fonte: Dados da pesquisa 100,00% 100 100,00% 100 100,00% 300 300,00% Agilidade no Atendimento Organização e Limpeza Cortesia e Atenção Freq. (soma) Total % Aspectos mais importantes Agilidade no atendimento 44 Organização e limpeza Localização 50 8 Preço 39 Hor ário de funcionamento 17 Qualidade do combustível Variedade de produtos 64 26 Cor tesia e atenção 51 Gráfico 24: Aspectos mais importantes na escolha do Posto 4 Ilhas Fonte: Dados da pesquisa Entre os clientes que elegeram os três fatores mais importantes na escolha do Posto 4 Ilhas para abastecer seu veículo, o quesito “Qualidade do combustível” ficou em 1º lugar, com 64% das respostas, “Cortesia e atenção no atendimento” em segundo lugar com 51% e “Organização e limpeza” em terceiro lugar com 50% das respostas. O fator menos citado nesta questão foi a “Localização” com 8% das respostas. 70 Tabela 28: Sugestões de Mudanças no Posto 4 Ilhas Sugestões de Mudança Freq. % Baixar o Preço 10 25,60% Horário de Funcionamento 8 20,50% Não mudaria nada 4 10,30% Ampliar os banheiros 2 5,10% Contratar frentistas mulheres 2 5,10% Dar brindes aos clientes 2 5,10% Lavação Gratuita 2 5,10% Maior divulgação do Posto 2 5,10% Máquina de Cartão de Crédito sem fio 2 5,10% Aceitar cheques de outras praças 1 2,60% Calibrador Automático 1 2,60% Fazer mais vezes Controle de Satisfação dos Clientes 1 2,60% Levar o Posto 4 Ilhas para a sua cidade 1 2,60% Melhorar o pão da conveniência 1 2,60% Fonte: Dados da pesquisa Baixar o preço 10 Horário de Funci onamento 8 Não mudaria nada 4 Ampliar os banhei ros 2 Contrataria frenti stas mulheres 2 Dar bri ndes aos cl ientes 2 Lavação gratui ta 2 Maior divulgaç ão do pos to 2 Máquina de c artão de c rédi to s em fio 2 Ac ei tar c heques de outras praç as 1 Calibrador automátic o 1 Faria mai s vezes controle de s atis fação dos c lientes 1 Levaria es te pos to para a minha cidade 1 Melhorar o pão da conveniênc ia 1 Gráfico 25: Sugestões de Mudanças no Posto 4 Ilhas Fonte: Dados da pesquisa Quando questionados sobre modificações que deveriam ser feitas no Posto 4 Ilhas, 25,6% dos entrevistados afirmaram que o preço do combustível deveria ser mais baixo, outros 20,5% modificariam o horário de funcionamento do posto. Entretanto 10,3% não mudariam nada. 71 b) Dados da Pesquisa – Tabelas e Gráficos Cruzados Tabela 29: Veículo x Gasto por Abastecimento Veículo x Abastecimento Caminhão Carro Moto Moto e Carro Moto, Carro e Caminhão Caminhão e Carro TOTAL OBS. Até De R$10,01 De 25,01 a De R$50,01 De R$75,01 Acima de R$10,00 a R$25,00 R$50,00 a R$75,00 a R$100,00 R$100,00 Total 0 0 0 0 1 0 1 0 1 39 18 6 0 64 2 11 4 0 0 0 17 0 0 4 9 1 2 16 0 0 0 0 0 1 1 0 0 0 0 0 1 1 2 12 47 27 8 4 100 Fonte: Dados da pesquisa Gráfico 26: Veículo x Gasto por Abastecimento Fonte: Dados da pesquisa Quando cruzadas as variáveis tipo de veículo e gasto por abastecimento, percebe-se que 63% dos carros gastam entre R$25,01 e R$75,00 por abastecimento, 11% das motos gastam entre R$ 10,01 e R$ 25,00. c) Principais Conclusões da Pesquisa Com a análise do perfil socioeconômico é possivel traçar o perfil do público do Posto 4 Ilhas. Se tratam, na sua maioria, de homens, jovens e de meia idade (entre 25 e 44 anos), casados, pertencentes as classes C e D, com ensino médio e proprietários de carros. 72 A maioria dos clientes do Posto 4 Ilhas reside nas proximidades do posto, abastece de 2 a 4 vezes por semana, um valor, geralmente, entre R$ 25,01 e R$ 50,00. Entre os concorrentes, destaca-se o Posto Mime, Canaã, Tio Hugo e Angeloni, citados pelos entrevistados. Analisados os itens sobre o grau de satisfação dos clientes quanto à qualidade do combustível, variedade de produtos, gentileza e simpatia no atendimento, organização e limpeza, localização, preço, horário de funcionamento e variedade de produtos na conveniência, os entrevistados mostraram que estão satisfeitos com relação a estes quesitos. Como se pode verificar, o nível de satisfação dos clientes 4 Ilhas chega a quase 100% em quase todos os aspectos. Ficando um pouco abaixo disso apenas no quesito “Preço”, que, apesar disso, também teve um ótimo índice de aprovação. Quando se pergunta o que o consumidor mais considera na escolha pelo Posto 4 Ilhas, os fatores mais importantes são qualidade do combustível, cortesia e atenção no atendimento e organização e limpeza. Confirmando a observação acima, das pessoas que sugeriram alguma mudança no Posto, apenas 25,6% (10 pessoas) citaram o preço como sendo a principal mudança, 20,5% (8 pessoas) das pessoas citaram alterar o horário de atendimento e 10,30% (4 pessoas) não fariam nenhuma mudança, o que pode indicar certo grau de satisfação, abrindo assim uma lacuna ao marketing de relacionamento, mostrando uma tendência à fidelidade dos clientes por determinado posto. 4.1 ESTRATÉGIAS DE MARKETING DE RELACIONAMENTO PARA O POSTO 4 ILHAS Com base nos dados levantados pela pesquisa foram definidas algumas estratégias de marketing de relacionamento a serem implementadas pelo Posto 4 Ilhas a fim de viabilizar o alcance dos objetvos estabelecidos, as quais são apresentadas na Tabela 31. 73 Tabela 30: Estratégias de Marketing de Relacionamento para o Posto 4 Ilhas OBJETIVOS Fidelização do Cliente ESTRATÉGIAS DETALHAMENTO Cartão Fidelidade (APÊNDICE B) Com o cartão 4 Ilhas em mãos, o cliente tem uma série de benefícios, como desconto de R$0,03 por litro em pagamentos à vista na compra de gasolina e álcool, além de desconto de 3% na troca de óleo. Conta ainda com 5% de desconto nas compras acima de R$50,00 na loja de presentes. Divulgação da empresa e da marca Jornal 4 Ilhas Divulgação dos produtos e serviços oferecidos pelo Posto Cardápio de Serviços e Produtos (APÊNDICE C) Fidelização do Cliente Padronização do Atendimento Satisfação dos Funcionários e Diminuição da Rotatividade Fonte: A autora Elaboração de um jornal impresso, contendo os eventos em que o Posto 4 Ilhas está envolvido, eventos que acontecem no pátio do Posto, lançamento de novos produtos e serviços oferecidos pelo Posto. Elaboração de um flyer frente e verso, que será entregue pelos frentistas e colocado ao lado dos caixas da conveniência e da loja de presentes, informando os diversos produtos e serviços oferecidos pelo Posto, divididos por setor (posto, padaria e confeitaria, loja de presentes). Durante o abastecimento, um funcionário capacitado verificará água, óleo, luzes dos faróis e lanternas, palhetas de parabrisa, limpeza do radiador, gasolina no reservatório em carros com Check up rápido injeção eletrônica, água da bateria (em carros mais antigos), água no radiador (em carros a diesel). Será passado ao cliente um panorama geral, não sendo o cliente obrigado a realizar nenhuma manutenção no Posto. Treinamento dos Funcionários Realização de um treinamento específico para cada setor (posto, padaria e confeitaria e loja de presentes), focado em cortesia, atenção e agilidade no atendimento. Pesquisa de Realizar uma pesquisa com os funcionários do Posto 4 Ilhas Endomarketing buscando conhecer suas pretenções, necessidades e visões. 74 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS O presente estudo, realizado no Posto 4 Ilhas teve como objetivo desenvolver estratégias de Marketing de Relacionamento visando a fidelização de clientes. As estratégias de Marketing de Relacionamento não são garantia de sucesso para os próximos anos de atuação, mas são ferramentas importantes que, se realizadas de forma correta e com devido controle, devem alavancar a empresa e seu sucesso. Os dados apresentados neste trabalho revelam uma situação atual, que se modifica rapidamente devido à dinâmica de mercado. Sendo assim, será sempre necessário analisar as mudanças de cenário antes de implementar quaisquer ferramentas aqui citadas. Com base na pesquisa elaborada pela autora pôde se constatar um bom grau de satisfação por parte dos clientes quanto aos serviços prestados pela empresa em questão. Porém, na era do cliente para alcançar os objetivos esperados abordando esta nova visão de como fazer negócio, não basta criar um banco de dados, programas de fidelidade e diferentes questionários de pesquisa de satisfação para obter dados dos clientes. É preciso transformar esses dados em informação e conhecimento, entender e influenciar o comportamento do consumidor para criar o diferencial competitivo da empresa, levando o produto ou serviço certo, para o cliente certo, na hora certa, aumentando assim, a longo prazo, a lucratividade da empresa. A fidelização dos clientes atenua os custos com a captação de novos clientes, uma vez que clientes leais tendem a comprar mais e a experimentar os novos produtos ou serviços, atuando ainda como meios de divulgação boca a boca. Contudo, o foco no cliente precisa ser uma ação global dentro da empresa. A organização deve estar disposta a desenvolver treinamentos constantes para manter os empregados atualizados e motivados a trabalhar em prol do cliente. Estratégias que visam um relacionamento contínuo com os clientes, tornandoos fiéis solicitam muitos esforços, mas trazem um diferencial competitivo para empresa. Oferecer serviços similares, qualquer outro concorrente pode oferecer e atrair clientes com métodos de marketing tradicional como promoção de preços, 75 bônus, entre outros. Entretanto, o lucro real está em reter os clientes lucrativos a longo prazo. Ao final do estudo, considera-se que os objetivos traçados foram alcançados, pois foi possível criar consistentes ferramentas de Marketing de Relacionamento capazes de promover a retenção e fidelização de clientes. A elaboração do presente trabalho permitiu à empresa uma visão sobre quem são seus clientes, quais as suas necessidades, o que certamente refletirá em resultados futuros. A autora teve a oportunidade de aplicar boa parte do conhecimento obtido durante o curso, consolidando assim sua formação e competência profissional. Entende-se, portanto, que a realização deste estudo trouxe importantes resultados em termos práticos. 76 REFERÊNCIAS ANP - AGÊNCIA NACIONAL DE PETRÓLEO. Anuário Estatístico. 2008. Disponível em: www.anp.gov.br. 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São Paulo: Atlas, 1995. 79 APÊNDICES APÊNDICE A – Questonário da Pesquisa de Nível de Satisfação dos Clientes do Posto 4 Ilhas. APÊNDICE B – Cartão Fidelidade APÊNDICE C – Cardápio de Serviços 80 APÊNDICE A – Questonário da Pesquisa de Nível de Satisfação dos Clientes do Posto 4 Ilhas. 81 PESQUISA DE NÍVEL DE SATISFAÇÃO DOS CLIENTES DO POSTO DE COMBUSTÍVEL 4 ILHAS Prezado Cliente, estamos realizando uma pesquisa para conhecer o nível de satisfação dos clientes do Posto 4 Ilhas e gostaríamos de contar com a sua opinião. Podemos ter alguns minutos da sua atenção? Dados Socioeconômicos Sexo (1) Masculino (2) Feminino Estado Civil (1) Solteiro(a) (2) Casado(a) (3) Outro (amasiado, viúvo, divorciado) Veículo (1) Caminhão (2) Carro (3) Moto Faixa Etária (1) Menor de 18 anos (encerrar) (2) 18 a 24 anos (3) 25 a 34 anos (4) 35 a 44 anos Grau de escolaridade (1) Sem instrução/ analfabeto (2) Fundamental incompleto (3) Fundamental completo (4) Ensino Médio (5) Superior incompleto (6) Superior completo (5) 45 a 59 anos (6) 60 anos ou mais Renda familiar mensal (1) Até R$ 930,00 (2 salários mínimos) (2) De R$ 930,01 a R$ 1.860,00 (2 a 4 salários mínimos) (3) De R$ 1.860,01 a 4.650,00 (4 a 10 salários mínimos) (4) De R$ 4.650,01 a R$ 11.625,00 (10 a 25 salários mínimos) (5) Mais de R$ 11.625,01 (25 salários mínimos) Q. 1 - Em que cidade e bairro você mora? (se a resposta for "Porto Belo", pular para a questão 5 ) Q. 2 - Em qual desta(s) situação você se encontra? (Ler opções de resposta – resposta única) (1) Tenho casa de veraneio em Porto Belo ou praias próximas daqui. (2) Tenho parentes que moram em Porto Belo, ou praias próximas. (3) Tenho amigos que moram em Porto Belo, ou praias próximas. (4) Nenhuma das situações acima. Q. 3 - Com qual freqüência você costuma vir a Porto Belo? (Ler opções de resposta – resposta única) (1) 1 ou mais vezes por semana. (2) De 2 a 3 vezes por mês. (3) 1 vez por mês. (4) Venho 1 vez por ano passar uma temporada. (5) Venho freqüentemente nos finais de semana de verão e raramente ou nunca no inverno. (6) Raramente venho Q. 4 - Em que ocasião você costuma freqüentar este posto? (Ler opções de resposta – resposta única) (1) Sempre que preciso de um posto em Porto Belo ou região. (2) Quando preciso e estou passando aqui por perto. Pular para a questão 7 (3) Somente se eu não tiver outra alternativa. Q. 5 - Em qual desta(s) situação você se encontra? (Ler opções de resposta – resposta múltipla) (1) Reside próximo a este posto de combustível. (2) Trabalha/estuda próximo a este posto de combustível. (3) Costuma dirigir por esta avenida/ é seu corredor de passagem. (4) Não costuma freqüentar muito esta região nem este posto de combustível. (5) Outro Q. 6 - Com qual freqüência você costuma freqüentar este posto, mesmo que não abasteça? (Resposta única) (1) 5 vezes por semana ou mais. (4) 2 a 3 vezes por mês. (2) De 2 a 4 por semana. (5) 1 vez por mês. (3) 1 vez por semana. (6) Menos de 1 vez por mês. 82 Q. 7 - Com qual freqüência você costuma abastecer seu carro/moto caminhão? (Ler opções de resp.– resposta única) (1) 5 vezes por semana ou mais. (4) 2 a 3 vezes por mês. (2) De 2 a 4 por semana. (5) 1 vez por mês. (3) 1 vez por semana. (6) Menos de 1 vez por mês. Q. 8 - Quanto geralmente costuma gastar cada vez que abastece seu carro/moto/caminhão? (1) Até R$ 10,00 (4) R$ 50,01 a R$ 75,00 (2) De R$ 10,01 a R$ 25,00 (5) R$ 75,01 a R$ 100,00 (3) R$ 25,01 a R$ 50,00 (6) Acima de R$ 100,00 Q. 9 - Além deste posto de combustível, qual(is) outro(s) você costuma freqüentar? (até 3 respostas espontâneas) 1. 2. 3. Q.10 - Desconsiderando o fator localização, qual você diria que é seu posto de combustível preferido? (espontânea e única) (1) Posto Preferido: (2) Não tenho preferência (3) Não sei dizer Q. 11 - Qual seu nível de satisfação para com este posto, quanto à: (ler opções de resposta – resposta única por linha) Muito + ou Pouco Nada Não sabe Satisfeito Satisfeito satisfeito satisfeito satisfeito responder Qualidade do combustível Variedade de produtos Cortesia e atenção dispensadas no atendimento Agilidade no atendimento Organização e limpeza Localização Preço Horário de funcionamento Variedade de produtos na conveniência Q. 13 - Agora gostaria que você elegesse o 1º, 2º e 3º aspectos mais importantes para você e que influenciam sua escolha pelo Posto 4 Ilhas: (apresentar cartão de resposta para que o entrevistado escolha os 3 aspectos mais importantes, em 1º, 2º e 3º lugar) (1) Agilidade no atendimento (2) Organização e limpeza (3) Localização (4) Preço (5) Horário de funcionamento (6) Qualidade do combustível (7) Variedade de produtos (8) Cortesia e atenção dispensadas no atendimento Q. 14 - Se você pudesse mudar alguma coisa neste posto, o que você mudaria? (resposta espontânea e única) Nome (opcional): ___________________________________________ Fone (opcional):_________________ Data: ________/ ________/ 2008 Hora: ________ : _________ h Nome do entrevistador: ______________________________________________________________________ 83 APÊNDICE B – Cartão Fidelidade 84 85 APÊNDICE C – Cardápio de Serviços 86 87