Empresas portuguesas olham com mais atenção para

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Quarta-feira
29 Junho 2011
Empresas portuguesas olham
com mais atenção para Angola
Entidades e profissionais do imobiliário nacional marcaram presença em certame angolano,
tendo em vista o estreitamento de laços comerciais Página 5
DR
Lisboa Palácio Mesquitela comercializado pela Sotheby´s
04
Broadway Malyan
projecta
Anteporto em
Vilamoura
04
Oeiras investe
58 milhões de
euros em
habitação
06
RAR Imobiliária
abre concurso
para novo
empreendimento
06
Jardim Manutenção Zero é
aposta da Norasa
2 • Público Imobiliário • Quarta-feira 29 Junho 2011
Opinião
Superar a crise sem valsas tristes como a de Sibelius
O
pragmatismo dos finlandeses não se esgota na
estratégia de uma das mais consagradas marcas
de telemóveis, marca cujo nome sempre soou
mais japonês do que finlandês, para gáudio dos
próprios fabricantes que assim julgavam beneficiar da boa
imagem nipónica em matéria de artefactos electrónicos.
Não precisaremos de recuar muito mais para
lembrarmos as dificuldades que, durante a Guerra Fria,
aquele jovem país terá passado, encostado ao gigante
soviético, um enorme “urso” que durante muitos anos
duvidou da existência do Pai Natal e, o que era pior, que o
Pai Natal vivesse na Finlândia.
O que não terão passado os finlandeses para convencer
os russos da então União Soviética da insignificância do
Pai Natal e, principalmente, da insignificância do Pai Natal
ter escolhido uma cidadezinha finlandesa para montar o
seu negócio, tão capitalista e como tal tão potencialmente
desagradável aos vizinhos.
Precipitações de uma jovem nação, cujo povo e cuja
língua, há escassos dois séculos, eram dominados por
outros povos que sobre eles exerceram uma colonização
cultural intensa, talvez ainda hoje visível ou, pelo menos,
Luís Lima
com algumas sequelas. Isto ajuda a compreender a
fixação que parecem ter em Portugal.
O conhecimento da História é sempre útil,
especialmente em épocas de crise. Nós, portugueses,
somos tão antigos que até já vivemos crises, como a
de 1383-1385, que são alvo de múltiplos estudos e que
mostram a nossa capacidade em enfrentar dificuldades,
tantas vezes superando divergências internas.
É, aliás, o que se desenha, no presente momento,
em que muitos “condóminos” deste jardim à beira
mar plantado parecem dispostos a privilegiar o que os
une, para juntos, enfrentarem os grandes desafios do
momento. Há sinais nesse sentido, a juntar situação e
oposição.
Por muito que doa aos finlandeses que insistem
naquela grosseira tentativa de humilhar este país da
periferia, agora através de um jogo electrónico em que
o rei de Portugal esbanja dinheiro a rodos, em carros de
corrida, com a “certeza” de poder contar sempre com
um resgate de terceiros.
Esta cega obsessão finlandesa por Portugal é tão
doentia que até ignora que deixamos de ser Reino para
nos transformarmos numa República há mais de um
século. Por muito que doa, repito, aos finlandeses, nós
saberemos enfrentar os desafios que temos pela frente,
mas ao nosso ritmo que não é, seguramente, o da Valsa
Triste do finlandês Sibelius, por mais bela que seja.
Presidente da APEMIP
[email protected]
A cidade além e atrás da cidade e a demolição como opção de gestão urbana
Q
uando se fala em cidade, cada um de nós associa
à palavra quase sempre a “nossa cidade”, ou
a cidade que nos fica mais próxima, ainda que
tenhamos também uma noção geral marcada por
imagens que, regra geral, não coincide com (ou esquece
as) extensões periféricas da cidade histórica. A esta parte
de um território urbano maior, chamamos por vezes
periferia ou subúrbio e assim vemos até espaços cujo título
administrativo de cidade nos parece inadequado (AgualvaCacém, Gandra, Valbom, Fiães, Póvoa de Santa Iria, …),
quando se comparam a Guimarães, Évora, ou Faro. Estes
espaços de urbanização recente, que ficam “além da
cidade”, se são especialmente expressivos em torno das
principais metrópoles portuguesas, adquirem também
uma dimensão significativa na maioria dos aglomerados
urbanos, como em Braga, Coimbra, ou Funchal, ou
mesmo em cidades mais pequenas, dentro ou fora das
regiões conurbanas de Braga Porto-Aveiro e Leiria-LisboaSetúbal.
É neste espaços, ditos periféricos, que residimos
muitos de nós e onde mais se construiu e se investiu
nas últimas décadas (dinheiro público e privado, nosso
e emprestado). Mas, curiosamente, embora modernos
(talvez também por isso?), são espaços pouco bemvistos, mais tolerados do que desejados, o que nada
faz de positivo pela auto-estima de uma larga parte de
nós, sobretudo os mais jovens e dinâmicos, muitos dos
quais se endividaram para aí residir. E entretanto novas
redes e a vulgarização do automóvel, assim como a
multiplicação de equipamentos públicos e de grandes
espaços comerciais criaram centralidade e, o subúrbio
passou afinal a ser central na vida da cidade alargada, ou
apenas parte de uma superurbe, estendida, fragmentada
e polinucleada.
Uma das razões do negativismo no olhar da “periferia”
resultará talvez do ritmo do investimento recente, que
José A. Rio
Fernandes
promoveu a descontinuidade entre construções, pouca
coerência entre os volumes construídos e dos novos face
aos pré-existentes, além de em muitos casos promover
deficiências graves na qualidade do espaço público. E,
claro, há muitos prédios total ou parcialmente vazios.
Por contraponto, na “cidade histórica”, moram
sobretudo os mais velhos, que são cada vez menos.
Mas, por detrás dos lugares, das praças e das ruas
mais percorridas, usadas e fotografadas por turistas,
estudantes ou suburbanos em passeio de noite ou fimde-semana que povoam livros e reportagens, há outra
cidade. Feita de lugares inacessíveis ao automóvel, ruas
estreitas, tortuosas e até escadas, ou noutros espaços
de forte densidade e antiguidade da construção e regra
geral fraca luminosidade, onde aumentam também os
vazios, com cada vez mais prédios total ou parcialmente
abandonados. Além disso, acentua-se a ruína de grande
parte dos muitos imóveis abandonados e verifica-se
mesmo – com aumento nos últimos anos no caso do
Porto (que conheço melhor) – o aumento do número de
derrocadas (junto à Sé, em S. Bento da Vitória, na Rua
de Miguel Bombarda, em dois casos na Foz Velha, …).
Face à vontade de tudo preservar e à incapacidade de
tudo recuperar, parece que a cidade vai escolhendo por
si o que vai deixando de transportar desde um passado
relativamente longínquo para o futuro.
Na cidade além da cidade, ou na cidade por detrás da
cidade, poderá falar-se de “construção a mais”, mesmo
que seja difícil calculá-la, face à complexidade introduzida
nas contas pela segunda habitação, residência estudantil,
aumento da presença de turistas e imigrantes em todo
o tipo de formas de alojamento, como ainda pelo papel
que o imobiliário desempenha no acolhimento de
investimento financeiro e de pessoas e empresas.
Tenho dito que, face à situação (marcada por contexto
recessivo), vale a pena aprender com os estudos de
“shrinking cities” (ou das “cidades que encolhem”),
porque, noutros lugares do mundo se verificam (ou
verificaram) perdas demográficas e de diminuição de
procura de imobiliário, com respostas variadas que vale a
pena a conhecer, seja em cidades desindustrializadas (por
exemplo em algumas cidades do Centro-Norte inglês), ou
nas que perderam população na sequência da integração
na Alemanha da antiga República Democrática Alemã.
Tenho dito também que valeria a pena ter a coragem
de fazer opções, fazendo a política mais central face ao
simples jogo económico-financeiro e, se preciso for, optar
nalguns casos pela demolição, por exemplo quando
estão em causa casas em ruína, ou prédios cujo custo
da recuperação, baixo valor histórico-arquitetónico e
localização, tornam a procura muito pouco provável e a
permanência da construção perfeitamente dispensável.
Do mesmo modo, a reutilização para outros usos
- e também a demolição - deveria ser ponderada em
situações de “cidade periférica”, onde, como na “cidade
histórica”, alguns prédios, em ruína, ou estado de
incompleto (alguns parados “em construção” há mais
de uma década), ou mesmo alguns vazios que não estão
(ainda) em estado de ruína, poderiam dar lugar a praças e
jardins, porventura até a novos prédios de residência ou
destinados a outros fins.
Infelizmente, a falta de articulação entre as políticas da
cidade-centro com as dos municípios “periféricos” (em
Lisboa e Porto), a pouca coragem de ousar uma política
pública para o imobiliário, além da que decorre dos
mecanismos proteccionistas da “cidade histórica” ou das
de incentivo à construção ou reabilitação pontual, faz
com que vá permanecendo, muito além do que se julga
razoável, na quantidade e no tempo, os prédios vazios,
seja na cidade além do centro, seja na que se esconde, por
detrás do centro. geógrafo, professor universitário da FLUP
e investigador do CEGOT
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A unidade de inteligência sobre
imobiliário em Portugal.
Arrendamento Habitacional
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38
Mercado
Rendas em Lisboa perdem mais 0,4% no 3º trimestre, acumulando
Residencial
anual
1,0%.
nadeAM
Vendas de usadosuma descida
Lisboa
30% abaixo do
preço médio
a base de dados
dos novos, segundo
do SIR.
Mercado de Retalho
Artigo da Jones Lang laSalle, sobre as perspectivas e tendências
Arrendamento
Habitacional
para o ano 2020.
Rendas em Lisboa no mercado de retalho
perdem mais
0,4% no 3º trimestre,
uma descida
anual de 1,0%.
acumulando
Mercado
Projectos em Carteira
Os projectos residenciais em carteira superam os 10 mil fogos
de Retalho
na AM Lisboa, segundo dados Ci/ADENE.
Artigo da Jones
Lang laSalle,
sobre as perspectivas
no mercado de
e tendências
retalho para o
ano 2020.e Parcerias
Tendências
Projectos
Retalho nos centros urbanos e a recuperação económica, em artigo
em do
Carteira
Urban Land Institute.
Os projectos
residenciais em
carteira superam
na AM Lisboa,
os 10 mil fogos
segundo dados
Ci/ADENE.
Mercado
Angolano
Tendências
Oportunidades e riscos do investimento em Angola, por Patrícia Viana
e Parceria
Retalho nos centros e Berta Grilosda Abreu Advogados.
urbanos e a recuperação
do Urban Land
económica, em
Institute.
artigo
Mercado Angolan
Oportunidade
e Berta Grilo
s e riscos do
o
investimento
em Angola, por
da Abreu Advogados.
Patrícia Viana
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Público Imobiliário • Quarta-feira 29 Junho 2011 • 3
Mercados
Portuguese Housing Market Survey
Algarve escapa à degradação das condições de mercado sentidas em Lisboa e Porto
O Portuguese Housing Market Housing
Survey (PHMS) de maio mostra uma
ampla deterioração das condições
de mercado, com os indicadores relativos a preços, atividade, vendas e
expectativas a permanecerem fracos.
O índice nacional de atividade e o índice nacional de confiança caíram 7
pontos, cifrando-se em -39 e -60, respetivamente.
Ao nível nacional, os resultados
recentes e maio denotam que queda
de preços continua a ser influenciada
essencialmente pela queda da procura, já que o aumento de oferta não
tem sido um problema, com a queda
das instruções de venda a denotarse desde dezembro passado. Até ao
momento, o inquérito mostra que
os promotores têm sentido baixas
de preços mais suaves face às sentidas pelos mediadores, situação que
se inverteu em maio. Tal pode constituir um sinal de mudança, indicando que os promotores se encontram
agora menos resistentes às quebras
de preços. No entanto, tal conclusão
seria prematura nesta fase.
O cenário a nível nacional esconde
contudo algumas variações regionais
que se mostram interessantes, entre as
quais o facto de a queda de preços em
Lisboa e no Porto se dar a um ritmo
cada vez mais rápido, tendo abrandado substancialmente no Algarve; as
instruções de venda no Porto estão
efetivamente a subir, encontrando-se
estabilizadas no Algarve; as ordens de
compra e os acordos de vendas continuam em queda no Porto e no Algarve,
mas a um ritmo mais lento que anteriormente.
Finalmente, as expectativas relativas a vendas e preços deterioram-se
bastante ao nível nacional fruto essencialmente das baixas registadas
em Lisboa.
Ricardo Guimarães, Diretor da Ci,
afirma “Os agentes a operar no Algarve
reportaram um ligeiro aumento na procura, decorrente já do efeito da época
de Verão, o que se reflete, naturalmente, nas expectativas de preços ao nível
local. Nas regiões do Porto e Lisboa os
ÍNDICES DE CONFIANÇA E ACTIVIDADE
CONFIDENCE AND ACTIVITY INDICATORS
SENTIMENTO SOBRE PREÇOS - ÚLTIMOS 3 MESES
REGIONAL PRICE SNAPSHOT - LAST THREE MONTHS
% SALDO DE RESPOSTAS EXTREMAS
% BALANCE OF SURVEYORS
% SALDO DE RESPOSTAS EXTREMAS
% BALANCE OF SURVEYORS
0%
10%
-10%
0%
-20%
-10%
-30%
-40%
-20%
-50%
-30%
-60%
-40%
-70%
-80%
-50%
-90%
-60%
-100%
Set. Sep.10 Out. Oct.10 Nov. Nov.10 Dez. Dec.10 Jan. Jan.11 Fev. Fev.11 Mar. Mar.11 Abr. Apr.11 Mai. May.11
Índice de Actividade Activity Index
Nacional National
Índice de Confiança Confidence Index
LISBOA LISBON
MARÇO MARCH
PORTO OPORTO
ABRIL APRIL
operadores no mercado apontam para o facto de as entidades financeiras,
que continuam a reforçar as restrições
de acesso ao crédito, competirem diretamente no mercado, pressionando
os preços para a baixa.”
Josh Miller, Economista Sénior do
Algarve
MAIO MAY
AML / LMA – Área Metropolitana de Lisboa / Lisbon Metropolitan Area
AMP / OMA – Área Metropolitana do Porto / Oporto Metropolitan Area
Fonte / Source: Ci/RICS Housing Market Survey
Fonte / Source: Ci/RICS Housing Market Survey
RICS, sublinha: “O mercado imobiliário português caracteriza-se por quebras nos preços e nos níveis de atividade e confiança. O aumento da oferta
não se mostra um problema, mas a
fraca procura continua a pressionar
a descida dos preços. Embora o cená-
rio a nível nacional se mostre pouco
promissor, os resultados do inquérito,
em Maio, realçam alguns desenvolvimentos regionais interessantes, com
as ordens de compra e os acordos de
venda a caírem, no Porto e no Algarve,
a um ritmo mais lento que em abril.”
APOIOS:
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Conferência | 5ª Edição
14h30
REGISTO DE PARTICIPANTES E WELLCOME DRINK
14h50
BOAS VINDAS
António Gil Machado, Director da Vida Imobiliária e
Administrador da Viva In Portugal
15h00
PAINEL 1
MERCADO DE TURISMO RESIDENCIAL EM PORTUGAL
— STATE OF THE ART
Turismo
Residencial
Intervenções:
15h00
A Oferta — Novas formas de Organização
Diogo Gaspar Ferreira, Presidente, Associação
Portuguesa de Resorts
15h30
O Mercado de Turismo Residencial em Portugal
Eduardo Abreu, Sócio, neoturis
Desafios e Oportunidades
16H00
O Financiamento à promoção de Imobiliário
Turístico
Orador a anunciar
8 Julho 2011 · 14h30
Centro de Eventos Aqualuz Tróia
troiaresort
Tabela de Preços
PAUSA
17h00
PAINEL 2
NOVAS VIAS, VISÕES E CONTRIBUTOS PARA FAZER
CRESCER E DINAMIZAR O TURISMO RESIDENCIAL
PORTUGUÊS
Mesa de Debate:
Moderação: Pedro Seabra, Presidente, CB Richard Ellis
Composição Mesa:
João Carvalho das Neves, Economista e Professor
Catedrático, ISEG;
Teresa Ferreira, Directora Dep. Produtos e Destinos, Turismo
de Portugal;
Ricardo Diniz, Presidente, Portugal Ocean Race;
Rui D’Ávila, Administrador, Sonae Turismo
MAIS INFORMAÇÕES:
Assinantes Vida Imobiliária
Outros Participantes / Não Assinantes
180€
230€
Paula Moreira, 223 399 490
ou [email protected]
Nota: A Mesa de debate poderá ser alterada até à hora do evento, contando com
MEDIA PARTNERS
PATROCINADORES
16H30
novos intervenientes.
18h00
ENCERRAMENTO
Convite ao Secretário de Estado do Turismo
4 • Público Imobiliário • Quarta-feira 29 Junho 2011
Actualidade
B. Prime
actua em venda
de edifício
em Lisboa
Broadway Malyan projecta novo
Anteporto da Marina de Vilamoura
Pedro Farinha
Cobertura ondulada
“‘levitando’ sobre os
edifícios” é imagem de
marca do projecto
A Broadway Malyan é a autora do projecto de requalificação do anteporto da
Marina de Vilamoura, anunciou o gabinete de arquitectura em comunicado.
O projecto inclui o desenvolvimento
de dois edifícios destinados a lojas e
restaurantes, do edifício da futura sede
da Lusort e das autoridades portuárias
e do edifício de apoio ao estaleiro da
marina, assim como de uma cave de estacionamento e do arranjo paisagístico
das áreas exteriores do anteporto.
“O projecto do Anteporto da Marina
de Vilamoura foi um projecto muito
especial para nós. Foi-nos adjudicado
na sequência da nossa vitória no concurso de arquitectura que a Marina
realizou e ao qual concorremos com
uma solução muito arrojada”, constatou Margarida Caldeira, directora da
Broadway Malyan em Portugal, que explicou ainda que a ideia foi criar um
“edifício ‘icónico’”. A Lusort “acreditou em nós e na nossa capacidade de
conceber uma arquitectura que pudesse de algum modo renovar a imagem
da marina e criar um portal de entrada
Chamartín
Imobiliária
coloca empresas
no Edifício
Monumental
A Chamartín Imobiliária, através da sua
área de negócios Corporate Solutions,
fechou acordos de arrendamento de
espaços no Edifício Monumental com
a Klínika We Care e com a McDonald’s
Portugal. A Klínika We Care, que oferece serviços de saúde e de estética,
vai ocupar um espaço de 700 metros
quadrados, ao passo que a McDonald’s
Portugal passará a contar com um espaço de 131m2.
“A área de negócios Corporate
Solutions da Chamartín Imobiliária
possui um dos maiores portefólios
de Portugal, que a colocam na liderança do mercado de arrendamento
de escritórios de Lisboa. Detém um
conjunto alargado de edifícios de escritórios e armazéns em Lisboa e Porto,
com localização nas áreas prime destes
centros urbanos. Gerindo uma área
bruta locável de cerca de 175 mil metros quadrados, esta unidade de negócio dispõe de variadas soluções para
o mercado de arrendamento, venda e
investimento”, revela um comunicado
da empresa. P.F.
condigno a uma marina que é famosa
no país. A grande cobertura ondulada
‘levitando’ sobre os edifícios foi a nossa
resposta”.
A cobertura é constituída por um
conjunto de palas que irão cobrir a
maioria dos edifícios previstos. “Tratase de quatro grandes coberturas em
betão branco, com uma sofisticada estrutura concebida em parceria com o
internacionalmente famoso gabinete
de engenharia Ove Arup, que marcarão
indiscutivelmente a entrada marítima
da marina”, acrescentou Margarida
Caldeira.
Sobre os novos edifícios, esta especialista revelou que foram implantados
“de modo a gerarem um espaço exte-
rior entre si vocacionado para o lazer
e o usufruto da presença do mar e das
embarcações e que é aproveitado para esplanadas e passeio marítimo”. Os
edifícios “formam uma identidade arquitectónica única, seja pela utilização
do mesmo material de revestimento na
totalidade do conjunto, seja principalmente pela presença arquitectónica
das quatro grandes palas de cobertura”. Além disso, os edifícios foram
projectados, de forma a conseguirem
“uma integração no espaço da doca do
Anteporto, disponibilizando o máximo
de área possível para o estaleiro”.
Vários edifícios
Assim, o novo edifício de escritórios
para sede da Lusort será constituído
por dois pisos em redor de um pátio
interior ao ar livre. Caracteriza-se pela “sua geometria angular e variável e
organização interior em ‘open space’”,
diz Margarida Caldeira.
Por seu lado, o edifício da restauração é composto por vinte e quatro
unidades comerciais ao nível do piso
térreo, das quais cerca de metade têm
um piso superior com terraços exteriores comuns virados para o mar.
Quanto ao edifício comercial, este
desenvolve-se também linearmente
no nível térreo, ao longo do percurso do espaço público desde a entrada
do lado de terra do anteporto até à
borda do cais marítimo. Inclui sete
espaços comerciais e dois quiosques.
Por se encontrar perto da ponte de
acesso à praia o edifício tem uma vocação comercial relacionada com os
utentes da mesma, razão pela qual o
piso superior funciona na totalidade
como grande área de esplanadas em
deck, com o acesso público por escada e elevador, criando uma espécie de
anfiteatro sobre a ribeira, a praia e o
anteporto.
O projecto engloba ainda um edifício de áreas oficinais de apoio ao
estaleiro e um parque de estacionamento subterrâneo, num piso único,
com capacidade para 106 lugares de
estacionamento.
Oeiras projecta investimentos
de 58 milhões de euros em habitação
A Câmara de Oeiras está a projectar o
investimento faseado de 58 milhões
de euros em habitação a custos controlados, num total de 12 empreendimentos imobiliários e 704 fogos. Os
empreendimentos poderão atingir
“preços inferiores aos praticados no
mercado de aproximadamente 50 por
cento, encontrando-se em diferentes
fases de evolução, desde a conclusão
do projecto até à garantia de financiamento para iniciar a construção”,
garantiu Paulo Vistas, vice-presidente
da autarquia de Oeiras.
Segundo revelou o edil, os mais
adiantados são dois Contratos de
Desenvolvimento de Habitação em
Leceia (88 fogos e seis milhões de
investimento) e Tercena (72 fogos e
cinco milhões de investimento). O
primeiro obteve recentemente a aprovação de financiamento do Instituto
de Habitação e Reabilitação Urbana
(IHRU), estimando-se em breve idêntica decisão para o empreendimento
de Tercena.
Depois de ter realojado mais de 11
por cento dos oeirenses, provenientes
de bairros degradados e de barracas,
correspondentes a um total de 20.000
munícipes residentes em 5.000 habitações, a Câmara Municipal de Oeiras
procura alargar a sua política de habitação a outros segmentos da população: “A política de habitação do município de Oeiras não terminou com a
erradicação das barracas, pelo contrário. Até 2015, o município terá em curso um plano estratégico iniciado em
2006, denominado de Habitar Oeiras,
o qual visa, entre outras prioridades,
diminuir desequilíbrios criados pelo
mercado imobiliário para segmentos
da população como os jovens, idosos, classes sociais desfavorecidas e
munícipes subitamente carentes de
habitação”, precisou Paulo Vistas, que
deu ainda conta de que este “plano
inclui não só novas habitações mas
também uma maior integração das
habitações municipais no território
oeirense, através da construção de
equipamentos desportivos e culturais,
acessibilidades, recuperação dos centros históricos e bairros clandestinos
e criação de melhores condições de
habitabilidade em todo o concelho
de Oeiras”.
Paulo Vistas salienta que “o município está consciente das dificuldades
de financiamento dos projectos de habitação a custos controlados em curso
no concelho”. Porém, “estamos convictos da sua importância para os oeirenses e de que é possível ultrapassar
o momento actual da economia portuguesa, concluindo com sucesso os
empreendimentos de habitação que
estamos a projectar”. P.F.
A B. Prime anunciou que o seu
Departamento de Investimento representou a Santander Asset Management,
gestora e representante legal do
Novimovest - Fundo Investimento
Imobiliário Aberto, na venda de um
edifício na Avenida Almirante Reis,
em Lisboa, a um investidor de origem
suíça. Esta transacção, concluída recentemente, ascendeu a cerca de 3,9
milhões de euros.
Com 1734 m² acima do solo, este
edifício com seis pisos e 39 lugares
de estacionamento privativo encontra-se arrendado à Direcção Geral de
Reinserção Social, um serviço central
da administração directa do Estado,
por um período de dez anos.
Segundo Gonçalo Vilarinho, responsável pelo Departamento de
Investimento desta consultora imobiliária, “muitos dos investidores particulares que nos consultam procuram
encontrar no imobiliário um refúgio.
O Departamento de Investimento da
B. Prime tem procurado diferenciar-se
dos seus concorrentes, encontrando o
activo imobiliário indicado para cada
um desses investidores, protegendo o
seu capital e garantindo um rendimento mensal. Este objectivo de protecção
de capital torna-se possível pelo facto
de a B. Prime conhecer e representar
diversos investidores institucionais,
tendo acesso a um conjunto de boas
alternativas de investimento imobiliário”.
Esta transacção foi “mais uma operação de investimento gerida pela B.
Prime que num espaço de 18 meses
transaccionou imóveis com um valor
global de cerca de 10 milhões de euros”, indica uma nota de imprensa da
consultora.
Público Imobiliário • Quarta-feira 29 Junho 2011 • 5
Actualidade
Empresas aproveitam SIMA
para estudar mercado angolano e promover Portugal
Rui Pedro Lopes
Certame, que decorreu
em Luanda, contou com
a presença de entidades
nacionais como a APEMIP
O Salão Imobiliário de Angola (SIMA),
que terminou no passado fim-de-semana, em Luanda, foi aproveitado
por algumas entidades e empresas
portuguesas para conhecer melhor
o mercado angolano e para promover o nosso país como um “destino
privilegiado para o turismo” e para
o investimento “num sector imobiliário de qualidade”, sublinhou Luís
Lima, presidente da Associação dos
Profissionais e Empresas de Mediação
Imobiliária de Portugal (APEMIP), que
marcou presença com um stand próprio neste certame.
Visando a criação de uma “pátria lusófona”, Luís Lima enalteceu a importância de Angola no actual momento
económico e destacou as vantagens
da aposta que tem sido feita pelos
portugueses neste país africano, onde “os maiores projectos imobiliários
desenvolvidos ou em desenvolvimento
são de empresas portuguesas, o que
espelha a confiança depositada na
capacidade, segurança, qualidade e
experiência construtiva” dos empresários nacionais.
A importância destes grandes
projectos foi realçada por Matos
Cardoso, presidente do Conselho de
Administração da Feira Internacional
de Luanda (FIL), que chamou a atenção para os projectos de iniciativa
público-privada que têm vindo a ser
desenvolvidos. Para este responsável,
o sector imobiliário “constitui uma
plataforma importante de investimento, tendo em vista o ordenamento do
território nacional, a requalificação e
a reconstrução do país”.
O empresário português Nunes
Silva esteve presente nesta feira, em
Angola, para “prospectar o mercado
imobiliário do país, tendo em vista futuros investimentos nesse domínio”.
Segundo o empresário, citado pela
agência Angop, “o mercado angolano,
no ramo imobiliário e da construção
civil, oferece grandes oportunidades
para o investimento, tendo em conta
o volume de obras de construção e requalificação ainda por fazer”.
organismos, que acompanharam as
acções de formação já levadas a cabo,
por acrescentarem valor, credibilidade
e mais transparência à profissão”.
Ponto de encontro
Grupo português presente no SIMA,
de onde se destacam membros da APEMIP, ADENE e AIP
Ilda Pires, administradora da Serip,
empresa portuguesa de iluminação,
também marcou presença neste evento, referindo que “o ritmo que Angola
está a atingir no ramo da construção
civil, com destaque nas infra-estruturas sociais ou mesmo habitacional,
permite que os empresários ligados ao
ramo de imobiliário, possam ter maio-
res oportunidades de expandirem os
seus negócios com sucesso”.
Além de destacar a importância de
Angola para o imobiliário nacional,
Luís Lima assinalou que a presença da
APEMIP neste evento serviu também
para divulgar os cursos oferecidos pela
Academia APEMIP, que são “reconhecidos pelos formandos, instituições e
A segunda edição do SIMA, que decorreu entre 23 e 26 de Junho, reuniu
cerca de 100 expositores, provenientes de quatro países: Angola, Portugal,
Brasil e China.
Branca do Espírito Santo, presidente da Associação de Profissionais
e Imobiliários de Angola (APIMA), frisou a importância desta feira, que “funcionou como ponto de encontro para
agregar, num mesmo espaço, vários
profissionais da área da construção e
do imobiliário”, nomeadamente mediadores, promotores e construtores.
Quanto ao volume de negócios registado neste certame, a Angop revelou
que a organização ainda não possui
quaisquer dados, realçando, no entanto, que “os ganhos conseguidos com
mais este SIMA assentam fundamentalmente na abordagem generalizada
que se fez em volta do lema escolhido
«Habitação é para todos», dos contactos mantidos e das parcerias estabelecidas”.
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6 • Público Imobiliário • Quarta-feira 29 Junho 2011
Actualidade
RAR Imobiliária
abre concurso
para
construção de
empreendimento
Sotheby´s comercializa
Palácio Mesquitela
Rui Pedro Lopes
Imóvel alvo de projecto
de reabilitação
disponibiliza sete lofts e 36
apartamentos
A Sotheby´s International Realty
Portugal encontra-se a comercializar
o Palácio Mesquitela. Localizado no
Largo António de Sousa de Macedo,
no final da Calçada do Combro, em
Lisboa, este imóvel, construído no
Séc. XVII por D. Gonçalo de Sousa
Macedo, foi alvo de um projecto de
reabilitação.
Adquirido em 2008 pela
Euronápoles Imobiliária, empresa do
grupo Paço, o novo empreendimento
teve a assinatura do gabinete de arquitectura Intergaup, do arquitecto
Diogo Lima Mayer.
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“À traça histórica do Palácio
Mesquitela aliam-se elementos marcadamente contemporâneos, os quais
lhe conferem um carácter distinto. As
fachadas do magnífico edifício original foram preservadas, assim como
a porta principal, junto ao gaveto da
Calçada do Combro com a Travessa do
Alcaide. Também a capela que servia
ao palácio foi restaurada, e está hoje
à disposição, em exclusivo, dos moradores”, pode ler-se num comunicado
da Sotheby´s.
O projecto é composto por cinco pequenos edifícios, onde se encontram
sete lofts com áreas compreendidas
entre os 118 e os 221 metros quadrados e 36 apartamentos, dos quais 17 T1
(áreas entre 57 e 109 m²), 11 T2 (áreas
entre 88 e 210 m²), 7 T3 (áreas entre 135
e 219 m²) e um T4 (área de 199 m²).
“Os futuros proprietários, além de
adquirem um apartamento único numa zona histórica de Lisboa, poderão,
ainda, desfrutar de um pátio interno
com mais de 800 m², que é um dos
ex-líbris deste singular empreendimento imobiliário”, acrescentou a
empresa.
Norasa com Jardim
Manutenção Zero
A Norasa apresentou recentemente
o Jardim Manutenção Zero, um novo
conceito de jardim integrado no projecto Paisagem Typus.
“O Jardim Manutenção Zero é um
modelo de jardim inspirado na sucessão ecológica das comunidades
de plantas na natureza”, que “procura recriar paisagens mediterrânicas,
usando vegetação adaptada e com
baixos custos de manutenção”, pode
ler-se no Caderno Técnico deste novo
conceito da Norasa.
Este conceito faz “uso de vegetação
autóctone” e segue “critérios particulares ao nível da concepção do próprio
projecto”, procurando “promover as
associações e sucessões ecológicas
das comunidades de plantas próximas das que se encontram em meio
natural. Colocadas de forma estratégica, e tendo sempre presente as suas
necessidades edafo-climáticas (solo,
clima, égua), as plantas são mantidas
em crescimento livre com uma manutenção mínima”. Os três primeiros
anos assumem-se “como os mais exigentes, correspondendo ao período de
adaptação e início de desenvolvimento
das mesmas. Ultrapassada esta fase, as
plantas tornam-se bastante autónomas, necessitando de uma manutenção inferior à de outros jardins”.
De acordo com a empresa, o Jardim
Manutenção Zero afigura-se como
“uma solução sustentável e consciente para os espaços exteriores. É uma
aposta num projecto com um balanço
energético nulo assegurado, num tempo de retorno muito razoável”.
A RAR Imobiliária lançou o concurso
de empreitada geral para a construção do empreendimento S. José de
Ribamar. Para o efeito, foram seleccionadas oito empresas de construção
que apresentaram as suas propostas
para o projecto.
O Convento de S. José de Ribamar,
fundado em 1559, localiza-se em Algés,
junto a um palacete do século XIX. “O
projecto da RAR Imobiliária consiste
na reabilitação dos dois monumentos
históricos e na construção de 12 moradias novas, de forma a criar um complexo residencial. Com vista privilegiada para o rio Tejo, S. José de Ribamar
integra 22 habitações”, pode ler-se
num comunicado da empresa.
O empreendimento S. José de
Ribamar “evidencia a aposta da RAR
Imobiliária em dois vectores estratégicos: reabilitação urbana – transformando edifícios históricos em empreendimentos de topo – e sustentabilidade”,
assinalou José António Teixeira, CEO
da RAR Imobiliária.
O responsável da empresa chamou
ainda a atenção para as vantagens de
viver em Oeiras: “Com cerca de 170
mil habitantes, Oeiras é um dos concelhos portugueses que oferece melhor
qualidade de vida, dada a aposta permanente em novas infra-estruturas de
lazer e de serviços”. P.F.
Era disponibiliza
casas com
financiamento
até 100 por cento
A Era anunciou esta semana que possui casas com financiamento até 100
por cento do valor do empréstimo, incluindo pré-avaliação do imóvel, isenção de despesas de dossier e spreads
mais competitivos. Esta possibilidade
resulta de um conjunto de parcerias
que a rede imobiliária estabeleceu
com várias entidades bancárias nacionais.
“Os novos contextos económicos
exigem que as empresas procurem
parcerias WIN/WIN que lhes permitam, focando-se cada uma delas no
seu core-business, optimizar as suas
estruturas e aumentar os níveis de performance”, sublinhou Miguel Poisson,
director-geral da Era Portugal, que
acrescenta: “No sentido de fidelizar e
atrair novos clientes, temos procurado
desenvolver parcerias que permitam
adicionar valor intrínseco ao serviço
de mediação imobiliária, e ao mesmo
tempo criar vantagens comparativas
no mercado em que actua”.
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