Senhores acionistas: Apresentamos o Relatório da Administração e as Demonstrações Financeiras da Cielo S.A. relativas aos exercícios sociais encerrados em 31 de dezembro de 2011 e de 2010, acompanhados do relatório dos Auditores Independentes e do parecer do Conselho Fiscal. MENSAGEM DA ADMINISTRAÇÃO O ano de 2011 foi marcado pela consolidação da nossa liderança no setor de meios eletrônicos de pagamento e pela diferenciação contínua do nosso portfólio de produtos e serviços. Diferentemente do ano anterior, estivemos todo o período inseridos no cenário multibandeira, que teve como principal característica o aumento da competitividade. Atualmente já oferecemos um portfólio de bandeiras bastante diversificado, englobando aquelas que geram mais vendas aos clientes credenciados – como Visa, MasterCard e American Express, as três mais aceitas internacionalmente, assim como JCB (Japan Credit Bureau) e Diners. No mesmo ano, também começamos a capturar as transações da única bandeira 100% nacional e com cobertura em todo país, a Elo, além de bandeiras regionais, cartões de benefícios e vouchers, tais como Sorocred, Policard, Good Card, Banescard, Visa Vale, Ticket, Aura, Mais!, Bônus CBA, Cabal, Verocheque e Sapore. Acreditamos, porém, que a diferenciação do nosso negócio origina-se na crença de fazer bem feito o básico. Por isso, ao longo do ano, mantivemos o índice de 99,995% de disponibilidade da nossa rede, que conecta bancos, bandeiras e clientes, com 100% de disponibilidade nas principais datas comemorativas do varejo brasileiro. Reforçamos a área comercial no início de 2011 com o objetivo de melhor atender o cliente, estreitando nosso relacionamento com o mesmo e capturando suas necessidades. Investimos mais de R$360 milhões em novos terminais, principalmente sem fio, trazendo mais comodidade ao nosso cliente, que no caso do sem fio também tem isenção na tarifa telefônica. Atualmente, o nosso parque, que encerrou o período com 1,5 milhão de equipamentos instalados, é o mais moderno do país. De forma inovadora também fomos buscar financiamento para compra desses terminais com o BNDES, através de uma linha de crédito Finame, no montante de R$ 150,8 milhões de forma a otimizar o uso de nossos recursos. Como complemento à estratégia de diferenciação, expandimos, ao longo de 2011 duas importantes frentes de relacionamento junto aos nossos clientes: o Cielo Premia e o Cielo Fidelidade. A primeira iniciativa, Cielo Premia, única no segmento, mesmo em termos mundiais, é a ferramenta de marketing promocional mais flexível do mercado, que permite que bancos, bandeiras e varejistas fidelizem seus clientes finais. No ano implementamos, em parceria com os bancos, mais de 7 mil campanhas nos nossos clientes. Ao lado do Cielo Premia está o maior programa B2B da América Latina, o Cielo Fidelidade, que alcançou a marca de mais de 200 mil participantes. Com uma mecânica simples e prática - os clientes que concentram suas vendas nas máquinas da Cielo acumulam pontos, que podem ser trocados por mais de 20 mil produtos. Adicionalmente, reestruturamos a área de produtos para atender às necessidades de mercado: criamos a diretoria de inovação e produtos emergentes, englobando as iniciativas de pagamento móvel e e-commerce. Desta forma, além de continuarmos focando no segmento de pagamento móvel por meio da expansão do aplicativo para aceitação de cartões também para aparelhos com sistema operacional Android, intensificamos nossa presença no comércio eletrônico por meio da aquisição da Braspag. Fundada em 2005, a Braspag se destaca pela inovação e desenvolvimento de soluções para pagamento on-line, sendo a empresa líder de processamento de pagamentos para e-commerce no Brasil, com uma participação de aproximadamente 65% em seu mercado de atuação. Atuando como um gateway, a plataforma da empresa faz a integração entre a loja virtual, instituições financeiras e adquirentes, sendo responsável por capturar, rotear e gerenciar as transações de pagamento com cartões, boletos bancários e débito direto. Adicionalmente, a Braspag consolida o processo de contas a receber das principais lojas virtuais do Brasil, oferecendo o mais completo leque de serviços do segmento de processamento de transações on-line. O destaque das iniciativas em inovação foi o início da operação da Paggo Soluções, joint-venture firmada entre a Oi e a Cielo em 2010, direcionada ao desenvolvimento da aceitação de pagamentos com celular no Brasil, através da concretização da funcionalidade pagamento com celular na máquina da Cielo para os portadores do cartão de crédito Oi emitido pelo Banco do Brasil. Os clientes da Cielo dos estados de Pernambuco, Rio Grande do Norte, Alagoas, Paraíba, Bahia e Ceará foram os primeiros a experimentar essa nova forma de capturar transações. Ao longo de 2012, a operação será expandida para todo o território nacional. Também importante mencionar que nosso resultado é consequência da dedicação e do empenho de todos os colaboradores, aos quais proporcionamos um clima propício ao seu desenvolvimento profissional. Tal clima é reconhecido tanto pelo público interno como pelo mercado diante dos diversos prêmios recebidos. Em 2011, fomos eleitos, pela sexta vez consecutiva, a campeã da premiação Valor 1000 no segmento de serviços especializados, concedida pelo jornal Valor Econômico. Também conquistamos o primeiro lugar no setor de serviços nos rankings “Melhores e Maiores”, da revista Exame, e “As 500 melhores empresas do Brasil”, da revista ISTOÉ Dinheiro. Somos reconhecidos, desde 2000, como uma das “150 Melhores Empresas para Trabalhar”, pela Exame e Você S/A. Estamos entre as 200 maiores empresas de TI no ranking da INFO Exame e integramos a lista das 100 Marcas de Maior Prestígio do Brasil na avaliação dos consumidores, segundo a revista Época Negócios e o Grupo Troiano de Branding. Hoje a marca Cielo é reconhecida e conhecida não só pelos nossos clientes, como também por pessoas físicas. Em 2 anos de existência atingiu a 14ª posição entre as marcas mais valiosas do Brasil na pesquisa elaborada pela BrandAnalytics/Millward Brown e publicada pela revista ISTOÉ Dinheiro, segundo a qual a marca representa 6% do valor da Companhia. Também ficamos em 20º lugar entre as marcas mais valiosas pela Interbrand, conceituada consultoria internacional. Em 2011, demos um importante passo para consolidação de um dos nossos valores: a Sustentabilidade e Responsabilidade Corporativa. Aderimos ao Pacto Global, uma iniciativa desenvolvida pelo ex-secretário geral da ONU (Organização das Nações Unidas), que tem como objetivo a mobilização do meio empresarial para adoção, em suas práticas de negócios, de valores fundamentais nas áreas de direitos humanos, relações de trabalho, meio ambiente e combate à corrupção. Em termos financeiros, no ano de 2011, nossa receita líquida, incluindo a receita de antecipação de recebíveis, cresceu 10,1% sobre 2010, para R$ 4,795 bilhões, e o lucro líquido consolidado totalizou R$1,817 bilhão em 2011, redução de 0,8%, em relação ao ano de 2010. O EBITDA teve redução de 6,8% em comparação a 2010 e somou R$ 2,389 bilhões, enquanto a margem EBITDA líquida teve uma queda de 7,4 pontos percentuais, para 56,8%. Nosso volume financeiro de transações cresceu 22,0% em relação a 2010, para R$ 320,4 bilhões. Nossa política de dividendos assegura estatutariamente a distribuição de dividendo mínimo equivalente a 50% sobre os lucros auferidos, após a constituição da reserva legal de 5% do lucro líquido do exercício, até que essa reserva atinja 20% do capital social. O pagamento dos dividendos e juros sobre capital próprio é feito duas vezes por ano, em março e em setembro. Em relação ao ano de 2011, com a aprovação do Conselho de Administração “ad referendum” da Assembleia Geral Ordinária, a proposta para pagamento de dividendos e juros sobre o capital próprio corresponderá a uma distribuição de aproximadamente 70% do lucro líquido auferido no exercício de 2011, ou R$ 1,230 bilhão. Com relação ao futuro, continuaremos a focar em nossa estratégia de diferenciação e inovação. Os pilares para suportar esta estratégia serão a manutenção do crescimento orgânico e uma melhor oferta de produtos e serviços através de um diversificado portfólio de bandeiras, de soluções únicas como o Cielo Premia, de uma maior disponibilidade de rede com equipamentos mais modernos e de uma maior proximidade com nossos clientes por meio de nossa força de vendas. DESEMPENHO OPERACIONAL Volume Financeiro de Transações Em 2011, a Cielo capturou 4,622 bilhões de transações, um crescimento de 14,4% em relação ao ano de 2010. O volume financeiro de transações totalizou R$ 315,8 bilhões, representando um acréscimo de 20,7% quando comparado aos R$ 261,6 bilhões em 2010. Especificamente com cartões de crédito, o volume financeiro de transações processadas totalizou R$ 197,5 bilhões em 2011, o que representou um crescimento de 21,2% em relação ao ano de 2010. O ticket médio das transações com cartão de crédito foi de R$ 74,32 em 2011, 5,9% acima do ticket médio das transações em 2010. Com a modalidade cartões de débito, o volume financeiro de transações processadas totalizou R$ 118,3 bilhões em 2011, um crescimento de 19,8% em relação ao ano de 2010. O ticket médio das transações de cartão de débito foi de R$ 60,25 em 2011, 4,7% superior ao ticket médio das transações no ano de 2010. Volume Financeiro de Transações ( R$milhões) 20,7% 315.856 261.675 118.315 98.742 197.541 162.933 2010 2011 Cartão de Crédito Cartão de Débito DESEMPENHO FINANCEIRO As principais fontes de receitas da Cielo são decorrentes da captura, transmissão, processamento e liquidação financeira das transações realizadas com cartões de crédito e débito, além das receitas com aluguel de POS. A receita de comissões de crédito e débito totalizou R$ 3,268 bilhões em 2011, 5,3% superior ao ano de 2010. O aumento de R$ 165,2 milhões resultou do aumento do volume de transações de 20,7% e pela variação no mix de produtos (maior crescimento de crédito vs débito), parcialmente impactado por uma redução na taxa bruta de desconto e pelo pagamento de incentivos a bancos parceiros. A receita de aluguel de equipamentos (POS) totalizou R$ 1,102 bilhão, 5,8% inferior ao registrado no ano de 2010. O número de POS instalados aumentou 16,2% enquanto houve uma redução de 7,5% no aluguel médio mensal. A linha de Outras Receitas totalizou R$ 335,7 milhões, um aumento de 78,8% quando comparado ao ano de 2010. Este aumento de R$ 147,9 milhões é justificado principalmente pela variação da receita da controlada M4U, adquirida no 3T10. Em 2011, a receita operacional líquida acrescida da receita líquida totalizou R$ 4,208 bilhões, um crescimento de 5,4% sobre o ano de 2010. Custo dos Serviços Prestados O custo dos serviços prestados em 2011 foi superior em 20,7%, ou R$ 244,4 milhões, totalizando R$ 1.425,2 milhões, comparado a R$ 1.180,8 milhões no ano de 2010. Este aumento foi basicamente composto de: i. Aumento de R$ 133,4 milhões em função do aumento das tarifas pagas às bandeiras; ii. Aumento de R$ 104,8 milhões em função do aumento de transações capturadas; iii. Aumento de R$ 83,2 milhões devido aos custos relacionados às controladas M4U, Orizon e Cielopar; iv. Aumento de R$ 43,0 milhões referentes à depreciação de equipamentos de captura (POS), justificado principalmente pelo aumento do parque total e pela mudança do mix de equipamentos, com mais terminais sem fio, que apresentam valores mais elevados; v. Redução de R$ 120,0 milhões em função da renegociação de contratos com fornecedores. Despesas Operacionais As despesas operacionais aumentaram R$ 191,7 milhões, ou 43,5%, para R$ 632,8 milhões em 2011, comparado a R$ 441,1 milhões no ano de 2010. As despesas de pessoal aumentaram 23,7% ou R$ 37,3 milhões em relação a 2010, devido principalmente ao aumento do quadro de pessoal na área comercial e ao reajuste de aproximadamente 7,0% nos salários, definido pelo acordo com o sindicato em agosto de 2011. As despesas gerais e administrativas aumentaram 27,3% ou R$ 42,0 milhões em relação a 2010, para R$ 195,6 milhões, principalmente em função de gastos maiores com serviços profissionais. As despesas de marketing e vendas aumentaram 49,5% ou R$ 61,2 milhões em relação a 2010, em função das seguintes explicações: i) campanhas Cielo com Caixa Econômica Federal, Bradesco e Banco do Brasil; ii) ações com grandes redes de postos; iii) ações com franqueadores; iv) campanhas conjuntas Cielo / Elo; v) Cielo Fidelidade; vi) Marketing institucional em diferentes mídias, como rádio; vii) outros. As despesas de marketing e vendas representaram 3,9% da receita líquida total no ano de 2011. Outras (despesas) receitas operacionais líquidas aumentaram 857,9% ou R$ 51,2 milhões em relação a 2010, em função principalmente de novas provisões para contingências tributárias, trabalhistas e cíveis registrada em 2011 no montante de R$ 35,5 milhões. Resultado Financeiro O resultado financeiro aumentou R$ 179,2 milhões para R$ 553,6 milhões em 2011. Tal aumento deve-se principalmente ao resultado das operações de antecipação de recebíveis, que apresentou crescimento de 62,1%, chegando a uma receita financeira líquida de antecipação de R$ 586,7 milhões em 2011. Lucro Líquido O lucro líquido consolidado total atingiu R$ 1,817 bilhão em 2011, redução de 0,8%, quando comparado a 2010. Desse lucro líquido total foi reduzido o montante atribuido aos acionistas não controladores, resultando em um lucro líquido atribuido aos acionistas controladores de R$ 1,810 bilhão. SUSTENTABILIDADE Comprometida com as práticas de sustentabilidade, a Cielo busca aprimorar seu desempenho na governança corportativa e no estímulo e aplicação de processos ligados à responsabilidade socioambiental. A Cielo em 2011 aderiu ao Pacto Global, que é uma iniciativa desenvolvida pelo ex- secretário geral da ONU (Organização das Nações Unidas), que têm como objetivo a mobilização do meio empresarial para adoção, em suas práticas de negócios, de valores fundamentais nas áreas de direitos humanos, relações de trabalho, meio ambiente e combate à corrupção. SERVIÇOS PRESTADOS PELA AUDITORIA INDEPENDENTE Durante os exercícios de 2011 e de 2010 a Companhia contratou os serviços da auditoria independente da Deloitte Touche Tohmatsu. A Companhia adota como política atender à regulamentação que define as restrições de serviços a serem prestados pelos auditores independentes à mesma companhia aberta. Nos exercícios encerrados em 31 de dezembro de 2011 e de 2010, não foram prestados pelos auditores independentes e por partes a eles relacionadas,serviços não relacionados a auditoria externa. CÂMARA DE ARBITRAGEM A Companhia está vinculada a arbitragem na Câmara de Arbitragem do Mercado, conforme Cláusula Compromissória constante do seu Estatuto Social GOVERNANÇA CORPORATIVA A Companhia adota uma postura ética, responsável e transparente na administração dos negócios e busca aperfeiçoar seu padrão de governança corporativa de acordo com as melhores práticas de mercado, com o objetivo de preservar o direito dos acionistas, por meio de um tratamento equitativo, claro e aberto. A Cielo possui Conselho de Administração composto por 10 membros (2 independentes) e Conselho Fiscal com 3 membros. Além dos citados órgãos societários, foram instalados comitês de assessoramento, responsáveis pela formulação de recomendações quanto a estratégias de negócios, o que engloba estratégias de longo prazo, desempenho da Companhia e controle e fiscalização das medidas adotadas . Atualmente, além do comitê de Auditoria, que possui previsão estatutária, estão instalados os seguintes comitês de assessoramento ao Conselho de Administração: Finanças, Pessoas e Governança Corporativa. A Companhia adota Políticas de Divulgação de Informações, de Negociação de Ações e Código de Ética, o qual estabelece as normas de conduta no relacionamento com todas as partes interessadas: colaboradores, clientes, fornecedores, investidores, órgãos reguladores, sociedade e governos. DECLARAÇÃO DE DIRETORIA Em observância as disposições constantes da Instrução CVM nº 480/09, a Diretoria declara que discutiu, reviu e concordou com as opiniões expressas no relatório dos auditores independentes e com as demonstrações financeiras relativas ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2011. RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Aos Administradores e Acionistas da Cielo S.A. e Controladas São Paulo - SP Examinamos as demonstrações financeiras individuais e consolidadas da Cielo S.A. (“Sociedade”), identificadas como Controladora e Consolidado, respectivamente, que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2011 e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo naquela data, assim como o resumo das principais práticas contábeis e demais notas explicativas. Responsabilidade da Administração sobre as demonstrações financeiras A Administração da Sociedade é responsável pela elaboração e adequada apresentação das demonstrações financeiras individuais de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e das demonstrações financeiras consolidadas de acordo com as Normas Internacionais de Relatório Financeiro (“IFRSs”), emitidas pelo “International Accounting Standards Board - IASB”, e de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, assim como pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração dessas demonstrações financeiras livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro. Responsabilidade dos auditores independentes Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas base em nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas auditoria. Essas normas requerem o cumprimento de exigências auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter demonstrações financeiras estão livres de distorção relevante. demonstrações financeiras com brasileiras e internacionais de éticas pelos auditores e que a segurança razoável de que as Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência a respeito dos valores e das divulgações apresentados nas demonstrações financeiras. Os procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevante nas demonstrações financeiras, independentemente se causada por fraude ou erro. Nessa avaliação de riscos, o auditor considera os controles internos relevantes para a elaboração e adequada apresentação das demonstrações financeiras da Sociedade para planejar os procedimentos de auditoria que são apropriados às circunstâncias, mas não para fins de expressar uma opinião sobre a eficácia desses controles internos da Sociedade. Uma auditoria inclui, também, a avaliação da adequação das práticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela Administração, bem como a avaliação da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião. Opinião sobre as demonstrações financeiras individuais Em nossa opinião, as demonstrações financeiras individuais anteriormente referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Cielo S.A. em 31 de dezembro de 2011, o desempenho de suas operações e os seus fluxos de caixa para o exercício findo naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. Opinião sobre as demonstrações financeiras consolidadas Em nossa opinião, as demonstrações financeiras consolidadas anteriormente referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira consolidada da Cielo S.A. em 31 de dezembro de 2011, o desempenho consolidado de suas operações e os seus fluxos de caixa consolidados para o exercício findo naquela data, de acordo com as IFRSs emitidas pelo IASB e as práticas contábeis adotadas no Brasil. Ênfase Conforme descrito na nota explicativa nº 2, as demonstrações financeiras individuais foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. No caso da Cielo S.A., essas práticas diferem das IFRSs, aplicáveis às demonstrações financeiras separadas, somente no que se refere à avaliação dos investimentos em controladas e controladas em conjunto pelo método de equivalência patrimonial, enquanto para fins de IFRSs seria custo ou valor justo. Outros assuntos Examinamos, também, as demonstrações individual e consolidada do valor adicionado (“DVA”), referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2011, cuja apresentação é requerida pela legislação societária brasileira para companhias abertas, e como informação suplementar pelas IFRSs que não requerem a apresentação da DVA. Essas demonstrações foram submetidas aos mesmos procedimentos de auditoria descritos anteriormente e, em nossa opinião, estão adequadamente apresentadas, em todos os seus aspectos relevantes, em relação às demonstrações financeiras tomadas em conjunto. São Paulo, 8 de fevereiro de 2012 DELOITTE TOUCHE TOHMATSU Auditores Independentes CRC nº 2 SP 011609/O-8 Ismar de Moura Contador CRC nº 1 SP 179631/O-2 CIELO S.A. E CONTROLADAS BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E DE 2010 (Em milhares de reais - R$) ATIVO CIRCULANTE Caixa e equivalentes de caixa Contas a receber operacionais Contas a receber de controlada Impostos antecipados e a recuperar Direitos a receber - securitização no exterior Juros a receber - securitização no exterior Despesas pagas antecipadamente Outros valores a receber Total do ativo circulante NÃO CIRCULANTE Imposto de renda e contribuição social diferidos Depósitos judiciais Outros valores a receber Investimentos Imobilizado Intangível: Ágio na aquisição de investimentos Outros intangíveis Total do ativo não circulante Nota explicativa 4 5 25 6 6 7 18 8 9 10 11 TOTAL DO ATIVO As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. Controladora (BR GAAP) 2011 2010 Consolidado (IFRS e BR GAAP) 2011 2010 240.998 2.971.796 134 587 4.609 22.379 3.240.503 221.542 2.192.915 165 441 42.027 956 4.781 17.440 2.480.267 292.915 3.019.499 4.114 4.863 39.939 3.361.330 250.603 2.210.282 2.710 42.027 956 4.851 24.892 2.536.321 334.442 597.217 664 176.060 508.259 245.324 467.245 1.078 76.088 346.498 345.862 622.805 688 522.369 255.216 489.204 1.090 360.290 10.143 49.247 1.676.032 10.143 40.067 1.186.443 140.101 88.027 1.719.852 53.779 75.506 1.235.085 4.916.535 3.666.710 5.081.182 3.771.406 PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO CIRCULANTE Contas a pagar a estabelecimentos Empréstimos e financiamentos Fornecedores Impostos e contribuições a recolher Contas a pagar a controlada Obrigações a pagar - securitização no exterior Juros recebidos antecipadamente - securitização no exterior Dividendos a pagar Outras obrigações Total do passivo circulante NÃO CIRCULANTE Empréstimos e financiamentos Provisão para riscos Imposto de renda e contribuição social diferidos Outras obrigações Total do passivo não circulante PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital social Reserva de capital Ações em tesouraria Reservas de lucros Atribuído à participação dos acionistas controladores Participação dos acionistas não controladores Total do patrimônio líquido TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO Nota explicativa 13 14 15 16 25 19 19 20.f) 17 Controladora (BR GAAP) 2011 2010 Consolidado (IFRS e BR GAAP) 2011 2010 1.660.367 19.666 230.259 385.914 11.055 319.457 108.577 2.735.295 1.168.440 145.875 405.351 25.946 42.003 956 117.958 79.848 1.986.377 1.660.367 19.666 289.815 391.996 319.457 135.797 2.817.098 1.168.440 180.761 409.042 42.003 956 117.958 97.197 2.016.357 14 18 7 17 131.182 640.465 771.647 495.100 5.452 500.552 131.182 678.007 4.751 25.580 839.520 523.633 5.579 31.586 560.798 20.a) 20.b) 20.c) 20.d), e) e f) 263.835 88.888 (50.859) 1.107.729 1.409.593 1.409.593 100.000 83.532 (68.823) 1.065.072 1.179.781 1.179.781 263.835 88.888 (50.859) 1.107.729 1.409.593 14.971 1.424.564 100.000 83.532 (68.823) 1.065.072 1.179.781 14.470 1.194.251 4.916.535 3.666.710 5.081.182 3.771.406 CIELO S.A. E CONTROLADAS DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E DE 2010 (Em milhares de reais - R$, exceto o lucro básico e diluído por ação) Nota explicativa Controladora (BR GAAP) 2011 2010 Consolidado (IFRS e BR GAAP) 2011 2010 RECEITA LÍQUIDA 22 4.051.169 3.927.299 4.208.726 3.992.494 CUSTO DOS SERVIÇOS PRESTADOS 23 (1.273.584) (1.110.924) (1.425.240) (1.180.827) 2.777.585 2.816.375 2.783.486 2.811.667 LUCRO BRUTO RECEITAS (DESPESAS) OPERACIONAIS Pessoal Gerais e administrativas Marketing e vendas Equivalência patrimonial Outras despesas operacionais, líquidas 23 23 23 8 23 e 32 2.138.982 LUCRO OPERACIONAL RESULTADO FINANCEIRO Receitas financeiras Despesas financeiras Receita com antecipação de recebíveis Despesa de ajuste a valor presente Variação cambial, líquida 31 31 31 31 31 LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL Correntes Diferidos (118.254) (290.482) (184.665) 9.707 (54.909) 28.273 (65.433) 611.534 (24.867) 673 550.180 2.689.162 26 26 LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO (967.953) 89.118 1.810.327 (110.949) (214.487) (123.506) 5.357 (5.972) 2.366.818 43.364 (33.534) 402.946 (41.067) 933 372.642 2.739.460 (945.450) 35.324 1.829.334 ATRIBUÍDO A Participação dos acionistas controladores Participação dos acionistas não controladores (195.116) (195.580) (184.885) (57.189) 2.150.716 32.548 (66.255) 611.534 (24.867) 673 553.633 2.704.349 (978.080) 90.646 (157.790) (153.622) (123.664) (5.970) 2.370.621 45.591 (33.981) 402.946 (41.067) 933 374.422 2.745.043 (947.310) 33.181 1.816.915 1.830.914 1.810.327 6.588 1.816.915 1.829.334 1.580 1.830.914 LUCRO LÍQUIDO POR AÇÃO (EM R$) - BÁSICO 21.b) 3,3262 3,3620 3,3262 3,3620 LUCRO LÍQUIDO POR AÇÃO (EM R$) - DILUÍDO 21.b) 3,3218 3,3581 3,3218 3,3581 RESULTADOS ABRANGENTES A Sociedade não possui outros resultados abrangentes. Por isso, não apresentou a respectiva demonstração. As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. CIELO S.A. E CONTROLADAS DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E DE 2010 (Em milhares de reais - R$) Nota explicativa SALDOS EM 1º DE JANEIRO DE 2010 72.305 (69.228) 15.076 24.621 - 11.227 - (3.001) 3.406 - (15.076) - - - 100.000 83.532 163.835 - - - 5.356 - 17.964 - 20.d) 20.f) 20.f) - - - 52.767 - 20.f) 20.f) 20.f) 20.e) - - - 263.835 88.888 SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 Reserva de capital 75.379 Destinação de lucros acumulados: Dividendos pagos Juros sobre o capital próprio pagos Reserva de orçamentos de capital Aumento de capital Ações em tesouraria Opção de ações outorgadas Opção de ações exercidas durante o exercício Lucro líquido do exercício Destinação sobre o lucro líquido do exercício: Reserva legal Dividendos pagos Dividendos propostos Juros sobre o capital próprio pagos Juros sobre o capital próprio propostos Efeito dos acionistas não controladores Destinação de lucros acumulados: Dividendos pagos Reserva de orçamentos de capital Aumento de capital Opção de ações outorgadas Opção de ações exercidas durante o exercício Lucro líquido do exercício Destinação sobre o lucro líquido do exercício: Reserva legal Dividendos pagos Dividendos propostos Dividendos propostos adicionais aos mínimos obrigatórios Juros sobre o capital próprio pagos Juros sobre o capital próprio propostos Reserva de orçamentos de capital Efeito dos acionistas não controladores Capital social Atribuído à participação dos acionistas controladores Reservas de lucros Reserva de Dividendos Ações em Reserva orçamento adicionais Retenção tesouraria legal de capital propostos de lucros 20.e) 20.d) 20.a) As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. (68.823) (50.859) Total Participação dos acionistas não controladores - - 766.897 860.429 143.836 - - (603.775) (9.741) (143.836) (9.545) 1.829.334 (603.775) (9.741) (3.001) 11.227 3.406 1.829.334 1.580 (603.775) (9.741) (3.001) 11.227 3.406 1.830.914 20.000 - - - (20.000) (773.941) (110.722) (16.199) (7.236) - (773.941) (110.722) (16.199) (7.236) - 12.890 (773.941) (110.722) (16.199) (7.236) 12.890 20.000 143.836 - 901.236 1.179.781 14.470 1.194.251 (20.000) - 180.934 (143.835) - - (720.303) (180.934) 1.810.327 (720.303) 5.356 17.964 1.810.327 6.588 (720.303) 5.356 17.964 1.816.915 - - (52.767) (539.975) (311.879) (539.975) (311.879) - (539.975) (311.879) - 527.267 - 346.760 - (346.760) (24.100) (7.578) (527.267) - (24.100) (7.578) - 52.767 708.202 346.760 - 1.409.593 - Total do patrimônio líquido (6.087) 14.971 860.429 (24.100) (7.578) (6.087) 1.424.564 CIELO S.A. E CONTROLADAS DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E DE 2010 (Em milhares de reais - R$) Nota explicativa FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS Lucro antes do imposto de renda e da contribuição social Ajustes para conciliar o lucro antes do imposto de renda e da contribuição social com o caixa líquido gerado pelas atividades operacionais: Depreciações e amortizações Constituição (reversão) de provisão para perdas com imobilizado e intangível Custo residual de imobilizado e intangível baixados Opções de ações outorgadas Perda com aluguel de equipamentos Provisão para riscos tributários, cíveis e trabalhista, líquida Ajuste a valor presente do contas a receber Participação dos minoritários Equivalência patrimonial Juros sobre empréstimos e financiamentos (Aumento) redução nos ativos operacionais: Contas a receber operacional Contas a receber de controlada Impostos antecipados e a recuperar Outros valores a receber (circulante e não circulante) Depósitos judiciais Despesas pagas antecipadamente Aumento (redução) nos passivos operacionais: Contas a pagar a estabelecimentos Fornecedores Impostos e contribuições a recolher Contas a pagar a controlada Outras obrigações (circulante e não circulante) Provisão para riscos tributários, cíveis e trabalhista Caixa proveniente das operações Juros recebidos Juros pagos Imposto de renda e contribuição social pagos Caixa líquido gerado pelas atividades operacionais FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO Aumento de capital em controladas Aquisição de participação em controlada e "joint ventures" Dividendos recebidos de controlada Adições ao imobilizado e intangível Caixa líquido aplicado nas atividades de investimento FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO Ações em tesouraria Venda de ações em tesouraria pelo exercício de opções de ações Dividendos e juros sobre o capital próprio pagos Caixa líquido aplicado nas atividades de financiamento AUMENTO (REDUÇÃO) DO SALDO DE CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA Saldo final Saldo inicial AUMENTO (REDUÇÃO) DO SALDO DE CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. Controladora (BR GAAP) 2011 2010 2.689.162 9 e 11 9 e 11 34 18 5 8 31 18 18 8 20.c) 20.c) 20.f) 2.739.460 Consolidado (IFRS e BR GAAP) 2011 2010 2.704.349 2.745.043 228.749 (1.108) 16.352 5.356 28.850 147.572 24.867 (9.707) 1.327 190.013 3.355 10.370 11.227 18.781 100.164 41.067 (5.357) - 237.792 (1.108) 16.664 5.356 28.850 151.263 24.867 501 1.327 193.371 3.355 11.030 11.227 18.781 99.627 41.067 14.470 - (803.748) 31 (146) 38.458 (129.972) 172 (1.059.732) 2.394 (30) 158.530 (121.018) 1.106 (834.084) (539) 30.238 (133.601) 91 (1.066.926) (207) 166.492 (120.965) 1.045 463.077 84.384 6.151 (14.891) (19.680) (2.207) 2.753.049 1.596 (1.596) (993.543) 1.759.506 482.137 31.832 8.298 19.622 (143.116) (519) 2.488.584 9.716 (9.716) (964.055) 1.524.529 463.077 109.054 7.795 (13.939) (2.510) 2.795.443 1.596 (1.596) (1.009.866) 1.785.577 482.137 58.296 7.984 (144.671) (519) 2.520.637 9.716 (9.716) (963.653) 1.556.984 (93.101) 2.836 (265.413) (355.678) (41.650) (261.960) (303.610) (85.333) (273.560) (358.893) (22.342) (288.700) (311.042) 17.964 (1.402.336) (1.384.372) (3.001) 3.406 (1.510.024) (1.509.619) 17.964 (1.402.336) (1.384.372) (3.001) 3.406 (1.510.024) (1.509.619) 19.456 (288.700) 42.312 (263.677) 240.998 221.542 221.542 510.242 292.915 250.603 250.603 514.280 19.456 (288.700) 42.312 (263.677) CIELO S.A. E CONTROLADAS DEMONSTRAÇÕES DO VALOR ADICIONADO PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E DE 2010 (Em milhares de reais - R$) Nota explicativa RECEITAS Receita de serviços Perdas com aluguel de equipamentos 22 INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS Gastos com serviços prestados Materiais, energia, serviços de terceiros e outros Outros gastos, líquidos Ganho na realização de ativos VALOR ADICIONADO BRUTO RETENÇÕES Depreciações e amortizações 9 e 11 4.514.574 (28.850) 4.485.724 4.377.809 (18.780) 4.359.029 4.706.146 (28.850) 4.677.296 4.460.979 (18.780) 4.442.199 (953.818) (455.763) (40.836) 1.884 (1.448.533) (841.432) (331.167) (12.956) 25.763 (1.159.792) (1.043.608) (373.691) (63.920) 1.884 (1.479.335) (893.508) (267.023) (12.956) 25.764 (1.147.723) 3.037.191 3.199.237 3.197.961 3.294.476 (228.749) (190.013) (237.792) 8 9.707 - 5.357 - 31 615.613 625.320 406.176 411.533 619.888 613.300 408.403 406.823 3.433.762 3.420.757 3.573.469 3.507.928 (160.407) (37.118) (1.355.048) (70.862) (564.075) (319.457) (926.795) (132.926) (34.796) (1.385.203) (38.498) (790.140) (117.958) (921.236) (234.145) (50.192) (1.396.161) (82.644) (564.075) (319.457) (926.795) (174.058) (43.439) (1.415.719) (45.378) (790.140) (117.958) (921.236) (3.433.762) (3.420.757) (3.573.469) (3.507.928) 29 20.f) 20.f) 20.e) VALOR ADICIONADO DISTRIBUÍDO As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. 2.960.169 (193.371) 3.009.224 VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO Pessoal e encargos Participação de colaboradores e administradores no lucro Impostos, taxas e contribuições Juros provisionados e aluguéis Dividendos e juros sobre o capital próprio pagos Dividendos e juros sobre o capital próprio propostos Retenção de lucros Consolidado (IFRS e BR GAAP) 2011 2010 2.808.442 VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA Equivalência patrimonial Participação dos acionistas não controladores Receitas financeiras, incluindo variação cambial líquida e antecipação de recebíveis, líquidas Controladora (BR GAAP) 2011 2010 (6.588) 3.101.105 (1.580) 1. CONTEXTO OPERACIONAL A Cielo S.A. (“Sociedade” ou “Cielo”) foi constituída em 23 de novembro de 1995 no Brasil e tem como objetivo principal a prestação de serviços relacionados a cartões de crédito e de débito e outros meios de pagamento, bem como a prestação de serviços correlatos, tais como o credenciamento de estabelecimentos comerciais e de prestadores de serviços, o aluguel, a instalação e a manutenção de terminais eletrônicos e a coleta de dados e de processamento de transações eletrônicas e manuais. A Cielo é uma sociedade por ações com sede em Barueri, São Paulo, cujas ações foram admitidas à negociação na BM&FBOVESPA S.A. - Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros e suas controladoras integram os conglomerados Banco do Brasil e Bradesco. Em 23 de janeiro de 2003, a Sociedade constituiu uma filial em Grand Cayman, Ilhas Britânicas Ocidentais (nota explicativa nº 24), com o propósito específico da realização no exterior de uma operação de securitização do fluxo de direitos creditórios denominados em moeda estrangeira (notas explicativas nº 6 e nº 24). O contexto operacional das controladas e das controladas em conjunto é como segue: Controladas diretas Servinet Serviços Ltda. (“Servinet”) - o objeto social da Servinet consiste na prestação de serviços de manutenção e contatos com estabelecimentos comerciais e estabelecimentos prestadores de serviços para a aceitação de cartões de crédito e de débito, bem como outros meios de pagamento; no desenvolvimento de atividades correlatas no setor de serviços julgadas de interesse da Servinet; e na participação em outras sociedades como sócia ou acionista. Servrede Serviços S.A. (“Servrede”) - tem como principal atividade a participação em outras sociedades como cotista ou acionista. CieloPar Participações Ltda. (“CieloPar”) - tem como objeto social a participação em outras sociedades como sócia, cotista ou acionista. Companhia Brasileira de Gestão de Serviços (“Orizon”), anteriormente denominada Orizon Brasil Processamento de Informações de Saúde Ltda. - o objeto social da Orizon consiste na consultoria e no processamento de informações para as empresas da área médica em geral; na gestão de serviços de suporte (“back office”) para empresas operadoras de saúde em geral; na prestação de serviços de interconexão de rede eletrônica entre operadoras de saúde e prestadores de serviços médicos e hospitalares (como hospitais, clínicas médicas e laboratórios) e quaisquer outros agentes do sistema de saúde suplementar e drogarias, em geral; na prestação de serviços de interconexão de rede eletrônica entre operadoras de saúde e prestadores de serviços médicos e hospitalares (como hospitais, clínicas médicas e laboratórios) e quaisquer outros agentes do sistema de saúde suplementar e drogarias, em plataforma tecnológica única; na prestação de serviços de digitalização e automatização de processos, emissão de cartões, atendimento em “call center” e outras soluções; na prestação de serviços de leitura de informações de cartões e roteamento de transações não financeiras; na locação ou comercialização de leitoras de cartões, outros equipamentos e sistemas de informática utilizados na prestação de seus serviços, bem como na prestação de assistência técnica a referidos equipamentos; e na participação em outras sociedades, nacionais ou estrangeiras, como sócia, acionista ou cotista. Controladas indiretas Prevsaúde Comercial de Produtos e de Benefícios de Farmácia Ltda. (“Prevsaúde”) controlada da Orizon, tem como objeto social a prestação de serviços de benefício farmacêutico, voltados para o atendimento de clientes corporativos, planos de saúde, clientes públicos e grandes laboratórios. A Prevsaúde administra a relação dos funcionários de seus clientes com as farmácias, com os médicos e com a própria empresa contratante. Precisa Comercialização de Medicamentos Ltda. (“Precisa”) - controlada da Orizon, tem como objeto social a comercialização de medicamentos em geral, com foco na prevenção e manutenção do estado de saúde, com sistema de entrega programada. A Precisa é uma “farmácia” voltada para atender aos clientes da Prevsaúde, com foco principal nos pacientes crônicos. Ela é responsável pela entrega de medicamentos de administração recorrente aos clientes da Prevsaúde com doenças crônicas, tais como diabetes, câncer e problemas cardíacos e de pressão, o que permite monitorar a entrega e o consumo do medicamento, aumentando a efetividade do tratamento. Multidisplay Comércio e Serviços Tecnológicos S.A. (“Multidisplay”) - controlada da Servrede, tem como objeto social a prestação de serviços de transmissão de dados de recarga de créditos de telefonia fixa ou celular; o comércio de recarga de aparelhos celulares ou fixos; a prestação de serviços de consultoria em tecnologia, desenvolvimento e licenciamento de software; o comércio de produtos e a prestação de serviços tecnológicos; e a representação comercial. M4 Produtos e Serviços S.A. (“M4 Produtos”) - controlada da Multidisplay, tem como objeto social a prestação de serviços de transmissão de dados de recarga de créditos de telefonia fixa, telefonia celular, televisão pré-paga, transporte pré-pago e similares; a prestação de serviços de pagamento móvel e de serviços de consultoria em tecnologia; e o desenvolvimento e licenciamento de softwares. Paggo Soluções e Meios de Pagamento S.A. (“Paggo Soluções”) - controlada da CieloPar, tem como objeto social a prestação de serviços de credenciamento de estabelecimentos comerciais para a aceitação de cartões de crédito e de débito; a prestação de serviços de instalação e manutenção de soluções e meios eletrônicos para captura e processamento de dados relativos às transações decorrentes de uso de cartões de crédito e de débito; e a administração dos pagamentos e recebimentos com a rede de estabelecimentos credenciados, mediante captura, transmissão, processamento dos dados e liquidação das transações eletrônicas com cartões de crédito e de débito na modalidade de pagamentos móveis. Braspag Tecnologia em Pagamento Ltda. (“Braspag”) - controlada da CieloPar, tem como objeto social o desenvolvimento de programas de computador; o processamento de transações eletrônicas; a prestação de serviços de consultoria, serviços de tecnologia voltados à cobrança e ao gerenciamento de contas a pagar e a receber via Internet; a administração de cartões de crédito de terceiros; a obtenção, em nome e por conta dos titulares de cartões de crédito e dos estabelecimentos filiados, de financiamentos com instituições financeiras; e a concessão de aval ou fiança às partes integrantes do negócio de cartão de crédito. A Cielo e suas controladas são também designadas como “Grupo” ao longo deste relatório. Início do cenário multibandeira A indústria de cartões, especificamente o setor de credenciamento, passou a viver um novo cenário competitivo a partir de julho de 2010, data a partir da qual as adquirentes passaram a capturar e processar as transações das principais bandeiras de cartões. Essa mudança contemplou as recomendações sugeridas pelo grupo formado pelo Banco Central do Brasil BACEN, pela Secretaria de Direito Econômico - SDE e pela Secretaria de Acompanhamento Econômico - SEAE. 2. RESUMO DAS PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS 2.1. Declaração de conformidade As demonstrações financeiras da Sociedade compreendem: As demonstrações financeiras individuais da Sociedade, que foram preparadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, identificadas como “Controladora” - “BR GAAP”. As demonstrações financeiras consolidadas da Sociedade, as quais foram elaboradas de acordo com as normas internacionais de relatório financeiro (“International Financial Reporting Standards - IFRSs”), emitidas pelo “International Accounting Standards Board - IASB”, e as práticas contábeis adotadas no Brasil, identificadas como “Consolidado” - “IFRS e BR GAAP”. As práticas contábeis adotadas no Brasil compreendem aquelas incluídas na legislação societária brasileira e os pronunciamentos, as orientações e interpretações técnicos emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis - CPC e aprovados pela Comissão de Valores Mobiliários - CVM. As demonstrações financeiras individuais apresentam a avaliação dos investimentos em controladas e em empreendimentos controlados em conjunto pelo método de equivalência patrimonial, de acordo com a legislação brasileira vigente. Dessa forma, essas demonstrações financeiras individuais não são consideradas como estando em conformidade com as IFRSs, que exigem a avaliação desses investimentos nas demonstrações separadas da controladora pelo seu valor justo ou pelo custo. Como não existe diferença entre o patrimônio líquido consolidado e o resultado consolidado atribuíveis aos acionistas da controladora, constantes nas demonstrações financeiras consolidadas preparadas de acordo com as IFRSs e as práticas contábeis adotadas no Brasil, e o patrimônio líquido e resultado da controladora, constantes nas demonstrações financeiras individuais preparadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, a Sociedade optou por apresentar essas demonstrações financeiras individuais e consolidadas em um único conjunto, lado a lado. 2.2. Base de elaboração As demonstrações financeiras foram elaboradas com base no custo histórico, exceto se mencionado ao contrário nas práticas contábeis a seguir. O custo histórico geralmente é baseado no valor justo das contraprestações pagas em troca de ativos. 2.3. Moeda funcional e de apresentação As demonstrações financeiras individuais e consolidadas são apresentadas em reais (R$), que é a moeda funcional e de apresentação. 2.4. Caixa e equivalentes de caixa Incluem caixa, contas bancárias e aplicações financeiras com liquidez imediata e com baixo risco de variação no valor, sendo demonstrados pelo custo, acrescido dos juros auferidos. O caixa e equivalentes de caixa são classificados como empréstimos e recebíveis, e seus rendimentos são registrados no resultado do exercício. 2.5. Contas a receber dos bancos emissores e contas a pagar a estabelecimentos comerciais (transações pendentes de repasse) Referem-se aos valores das transações realizadas pelos titulares de cartões de crédito e de débito emitidos por instituições financeiras, sendo os saldos de contas a receber dos bancos emissores líquidos das taxas de intercâmbio e os saldos de contas a pagar a estabelecimentos deduzidos das taxas líquidas de administração (taxa de desconto); os prazos de recebimento dos emissores e de pagamento aos estabelecimentos são inferiores a um ano. 2.6. Imobilizado Avaliado ao custo histórico, deduzido das respectivas depreciações. A depreciação é calculada pelo método linear, que leva em consideração a vida útil estimada dos bens. A vida útil estimada, os valores residuais e os métodos de depreciação são revisados, no mínimo, anualmente e o efeito de quaisquer mudanças nas estimativas é contabilizado prospectivamente. Custos subsequentes são incorporados ao valor residual do imobilizado ou reconhecidos como item específico, conforme apropriado, somente se os benefícios econômicos associados a esses itens forem prováveis e os valores mensurados de forma confiável. Demais reparos e manutenções são reconhecidos diretamente no resultado quando incorridos. Um item do imobilizado é baixado após alienação ou quando não há benefícios econômicos futuros resultantes do uso contínuo do ativo. Quaisquer ganhos ou perdas na venda ou baixa de um item do imobilizado são determinados pela diferença entre os valores recebidos na venda e o valor contábil do ativo e são reconhecidos no resultado. 2.7. Intangível Ativos intangíveis adquiridos separadamente Ativos intangíveis com vida útil definida adquiridos separadamente são registrados ao custo, deduzido da amortização e das perdas por redução ao valor recuperável acumuladas. A amortização é reconhecida linearmente com base na vida útil estimada dos ativos. A vida útil estimada e o método de amortização são revisados anualmente e o efeito de quaisquer mudanças nas estimativas é contabilizado prospectivamente. Os ativos intangíveis com vida útil indefinida adquiridos separadamente são registrados ao custo, deduzido das perdas por redução ao valor recuperável acumuladas. Ativos intangíveis gerados internamente - gastos com pesquisa e desenvolvimento Os gastos com atividades de pesquisa são reconhecidos como despesa no exercício em que são incorridos. O ativo intangível gerado internamente resultante de gastos com desenvolvimento (ou de uma fase de desenvolvimento de um projeto interno) é reconhecido se, e somente se, forem verificadas todas as seguintes condições: A viabilidade técnica de completar o ativo intangível para que seja disponibilizado para uso ou venda. A intenção de completar o ativo intangível e usá-lo ou vendê-lo. A habilidade de usar ou vender o ativo intangível. Como o ativo intangível irá gerar prováveis benefícios econômicos futuros. A disponibilidade de adequados recursos técnicos, financeiros e outros para completar o desenvolvimento do ativo intangível e para usá-lo ou vendê-lo. A habilidade de mensurar, com confiabilidade, os gastos atribuíveis ao ativo intangível durante seu desenvolvimento. O montante inicialmente reconhecido de ativos intangíveis gerados internamente corresponde à soma dos gastos incorridos desde quando o ativo intangível passou a atender aos critérios de reconhecimento mencionados anteriormente. Quando nenhum ativo intangível gerado internamente puder ser reconhecido, os gastos com desenvolvimento serão reconhecidos no resultado, quando incorridos. Subsequentemente ao reconhecimento inicial, os ativos intangíveis gerados internamente são registrados ao valor de custo, deduzido da amortização e da perda por redução ao valor recuperável acumuladas, assim como os ativos intangíveis adquiridos separadamente. Ativos intangíveis adquiridos em uma combinação de negócios Nas demonstrações financeiras consolidadas, os ativos intangíveis adquiridos em uma combinação de negócios e reconhecidos separadamente do ágio são registrados pelo valor justo na data da aquisição, o qual é equivalente ao seu custo. Baixa de ativos intangíveis Um ativo intangível é baixado quando da alienação ou quando não há benefícios econômicos futuros resultantes do uso. Os ganhos ou as perdas resultantes da baixa de um ativo intangível, mensurados como a diferença entre as receitas líquidas da alienação e o valor contábil do ativo, são reconhecidos no resultado quando o ativo é baixado. 2.8. Redução ao valor recuperável de ativos tangíveis e intangíveis, excluindo o ágio No fim de cada exercício, o Grupo revisa o valor contábil de seus ativos tangíveis e intangíveis para determinar se há alguma indicação de que tais ativos sofreram alguma perda por redução ao valor recuperável. Se houver tal indicação, o montante recuperável do ativo é estimado com a finalidade de mensurar o montante dessa perda, se houver. Quando não for possível estimar o montante recuperável de um ativo individualmente, o Grupo calcula o montante recuperável da unidade geradora de caixa à qual pertence o ativo. Quando uma base de alocação razoável e consistente pode ser identificada, os ativos corporativos também são alocados às unidades geradoras de caixa individuais ou ao menor grupo de unidades geradoras de caixa para o qual uma base de alocação razoável e consistente possa ser identificada. O montante recuperável é o maior valor entre o valor justo menos os custos na venda ou o valor em uso. Na avaliação do valor em uso, os fluxos de caixa futuros estimados são descontados ao valor presente pela taxa de desconto, antes dos impostos, que reflita uma avaliação atual de mercado do valor da moeda no tempo e os riscos específicos do ativo para o qual a estimativa de fluxos de caixa futuros não foi ajustada. Se o montante recuperável de um ativo (ou unidade geradora de caixa) calculado for menor que seu valor contábil, o valor contábil do ativo (ou unidade geradora de caixa) é reduzido ao seu valor recuperável e a perda por redução ao valor recuperável é reconhecida imediatamente no resultado. 2.9. Combinação de negócios Nas demonstrações financeiras consolidadas, as aquisições de negócios são contabilizadas pelo método de aquisição. A contrapartida transferida em uma combinação de negócios é mensurada pelo valor justo. Os custos relacionados à aquisição foram reconhecidos no resultado, quando incorridos. Os ativos adquiridos e os passivos assumidos identificáveis são reconhecidos pelo valor justo na data da aquisição. O ágio é mensurado como o excesso da soma da contrapartida transferida, do valor das participações não controladoras na adquirida e do valor justo da participação do adquirente anteriormente detida na adquirida sobre os valores líquidos na data de aquisição dos ativos adquiridos e passivos assumidos identificáveis. As participações não controladoras que correspondem a participações atuais e conferem aos seus titulares o direito a uma parcela proporcional dos ativos líquidos da entidade no caso de liquidação são mensuradas com base na parcela proporcional das participações não controladoras nos valores reconhecidos dos ativos líquidos identificáveis da adquirida. Demonstrações financeiras individuais Nas demonstrações financeiras individuais (identificadas a seguir como “BR GAAP”), a Sociedade aplica os requisitos da interpretação técnica ICPC 09 - Demonstrações Contábeis Individuais, Demonstrações Contábeis Separadas, Demonstrações Consolidadas e Aplicação do Método de Equivalência Patrimonial, a qual requer que qualquer montante excedente ao custo de aquisição sobre a participação da Sociedade no valor justo líquido dos ativos, passivos e passivos contingentes identificáveis da adquirida na data de aquisição seja reconhecido como ágio. O ágio é acrescido ao valor contábil do investimento. Qualquer montante da participação da Sociedade no valor justo líquido dos ativos, passivos e passivos contingentes identificáveis que exceda o custo de aquisição, após a reavaliação, é imediatamente reconhecido no resultado. As contraprestações transferidas e o valor justo líquido dos ativos e passivos são mensurados utilizando-se os mesmos critérios aplicáveis às demonstrações financeiras consolidadas. 2.10. Ágio O ágio resultante de uma combinação de negócios é demonstrado ao custo na data da combinação do negócio, líquido da perda acumulada no valor recuperável, se houver. Para fins de teste de redução no valor recuperável, o ágio é alocado para cada uma das unidades geradoras de caixa que irão se beneficiar das sinergias da combinação. As unidades geradoras de caixa às quais o ágio foi alocado são submetidas anualmente a teste de redução no valor recuperável, ou com maior frequência quando houver indicação de que a unidade poderá apresentar redução no valor recuperável. Se o valor recuperável da unidade geradora de caixa for menor que o valor contábil, a perda por redução no valor recuperável é primeiramente alocada para reduzir o valor contábil de qualquer ágio alocado à unidade e, posteriormente, aos outros ativos da unidade, proporcionalmente ao valor contábil de cada um de seus ativos. Qualquer perda por redução no valor recuperável de ágio é reconhecida diretamente no resultado do exercício. A perda por redução no valor recuperável não é revertida em exercícios subsequentes. Quando da alienação da correspondente unidade geradora de caixa, o valor atribuível de ágio é incluído na apuração do lucro ou prejuízo da alienação. 2.11. Investimentos em controladas e controladas em conjunto (“joint ventures”) Controlada é a entidade, incluindo aquela não constituída sob a forma de sociedade tal como uma parceria, na qual a controladora, diretamente ou por meio de outras controladas, é titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente, preponderância nas deliberações sociais e poder de eleger a maioria dos administradores. A preponderância nas deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos administradores de modo permanente ocorrem, presumidamente, quando a empresa investidora possui o controle acionário representado por mais de 50% do capital votante da outra sociedade. Nesse método, os componentes do ativo e passivo e as receitas e despesas das controladas indiretas são somados às posições contábeis consolidadas integralmente e o valor patrimonial da participação dos acionistas não controladores é determinado pela aplicação do percentual de participação deles sobre o patrimônio líquido da controlada. “Joint ventures” são aquelas entidades nas quais o controle é exercido em conjunto pela Sociedade e por um ou mais sócios. Os investimentos em “joint ventures” são reconhecidos pelo método de consolidação proporcional, a partir da data em que o controle conjunto é adquirido. De acordo com esse método, os componentes do ativo e passivo e as receitas e despesas das “joint ventures” são somados às posições contábeis consolidadas, na proporção da participação do investidor em seu capital social. Nas demonstrações financeiras individuais da controladora, as participações em entidades controladas em conjunto são reconhecidas através do método de equivalência patrimonial. Quando uma empresa do Grupo realiza transações com suas controladas em conjunto, os lucros e prejuízos resultantes das transações são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas do Grupo apenas na medida das participações do Grupo na controlada em conjunto não relacionadas a ele. 2.12. Imposto de renda e contribuição social correntes e diferidos A despesa com imposto de renda e contribuição social representa a soma dos impostos correntes e diferidos. Impostos correntes A provisão para imposto de renda e contribuição social está baseada no lucro tributável do exercício. O imposto de renda foi constituído à alíquota de 15%, acrescida do adicional de 10% sobre o lucro tributável excedente a R$240. A contribuição social foi calculada à alíquota de 9% sobre o lucro contábil ajustado. O lucro tributável difere do lucro apresentado na demonstração do resultado porque exclui receitas ou despesas tributáveis ou dedutíveis em outros exercícios, além de excluir itens não tributáveis ou não dedutíveis de forma permanente. A provisão para imposto de renda e contribuição social é calculada individualmente (por empresa do Grupo) com base nas alíquotas vigentes no fim do exercício. Impostos diferidos O imposto de renda e a contribuição social diferidos são reconhecidos em sua totalidade sobre as diferenças entre os ativos e passivos reconhecidos para fins fiscais e correspondentes valores reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas; entretanto, não são reconhecidos se forem gerados no registro inicial de ativos e passivos em operações que não afetam as bases tributárias, exceto em operações de combinação de negócios. O imposto de renda e a contribuição social diferidos são determinados considerando as alíquotas (e leis) vigentes na data de preparação das demonstrações financeiras e aplicáveis quando o respectivo imposto de renda e contribuição social forem realizados. Os impostos diferidos ativos ou passivos não são reconhecidos sobre diferenças temporárias resultantes de ágio ou de reconhecimento inicial (exceto para combinação de negócios) de outros ativos e passivos em uma transação que não afete o lucro tributável nem o lucro contábil. O imposto de renda e a contribuição social diferidos ativos são reconhecidos somente na extensão em que seja provável que existirá base tributável positiva para a qual as diferenças temporárias possam ser utilizadas e os prejuízos fiscais possam ser compensados. A recuperação do saldo dos impostos diferidos ativos é revisada no fim de cada exercício e, quando não for mais provável que lucros tributáveis futuros estarão disponíveis para permitir a recuperação de todo o ativo, ou parte dele, o saldo do ativo é ajustado pelo montante que se espera que seja recuperado. Impostos diferidos ativos e passivos são mensurados pelas alíquotas aplicáveis no exercício no qual se espera que o passivo seja liquidado ou o ativo seja realizado, com base nas alíquotas previstas na legislação tributária vigente no fim de cada período de relatório ou quando uma nova legislação tiver sido substancialmente aprovada. A mensuração dos impostos diferidos ativos e passivos reflete as consequências fiscais que resultariam da forma na qual o Grupo espera, no fim de cada período de relatório, recuperar ou liquidar o valor contábil desses ativos e passivos. Os impostos correntes e diferidos são reconhecidos no resultado, exceto quando correspondem a itens registrados em “Outros resultados abrangentes”, ou diretamente no patrimônio líquido, caso em que os impostos correntes e diferidos também são reconhecidos em “Outros resultados abrangentes” ou diretamente no patrimônio líquido, respectivamente. Quando os impostos correntes e diferidos resultam da contabilização inicial de uma combinação de negócios, o efeito fiscal é considerado na contabilização da combinação de negócios. 2.13. Benefícios a empregados A Sociedade e suas controladas são copatrocinadoras de um plano de previdência privada com contribuições definidas. As contribuições são efetuadas com base em um percentual da remuneração dos colaboradores. Os pagamentos a planos de aposentadoria de contribuição definida são reconhecidos como despesa quando os serviços que concedem direito a esses pagamentos são prestados. 2.14. Ativos e passivos financeiros a) Ativos financeiros Os ativos financeiros são classificados nas seguintes categorias: (i) pelo valor justo através do resultado; (ii) mantidos até o vencimento; (iii) empréstimos e recebíveis; e (iv) disponíveis para venda. A classificação depende da natureza e do propósito dos ativos financeiros e é determinada no reconhecimento inicial. Ativos financeiros pelo valor justo através do resultado Ativos financeiros são mensurados ao valor justo pelo resultado quando são mantidos para negociação ou, no momento do reconhecimento inicial, são designados pelo valor justo através do resultado. Um ativo financeiro é classificado como mantido para negociação quando: É adquirido principalmente para o propósito de venda em prazo muito curto. É parte de uma carteira identificada de instrumentos financeiros que a Sociedade administra em conjunto e que tenha um padrão recente real de lucros no curto prazo. É um derivativo que não é designado e efetivo como instrumento de “hedge” em uma contabilização de “hedge”. Um ativo financeiro que não seja mantido para negociação pode ser designado ao valor justo através de lucros e perdas no reconhecimento inicial quando: Essa designação eliminar ou reduzir significativamente uma inconsistência surgida em sua mensuração ou seu reconhecimento. For parte de um grupo administrado de ativos ou passivos financeiros ou ambos, seu desempenho for avaliado com base no valor justo de acordo com a gestão dos riscos ou a estratégia de investimento documentada pela Sociedade e as respectivas informações forem fornecidas internamente com a mesma base. For parte de um contrato contendo um ou mais derivativos embutidos e o CPC 38 e a IAS 39 - Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração permitirem que o contrato combinado como um todo (ativo ou passivo) seja designado ao valor justo através de lucros ou perdas. Ativos financeiros pelo valor justo através do resultado são avaliados ao valor justo, com ganhos ou perdas reconhecidos no resultado do exercício. Ganhos ou perdas líquidos reconhecidos no resultado incorporam os dividendos ou juros auferidos pelo ativo financeiro. Mantidos até o vencimento Ativos financeiros com pagamentos fixos ou determináveis e datas de vencimento fixas e que a Sociedade tenha a intenção e habilidade de manter até o vencimento são classificados nessa categoria. Ativos financeiros mantidos até o vencimento são mensurados pelo custo amortizado utilizando-se do método da taxa efetiva de juros, deduzido de provisão para perdas do valor recuperável (“impairment”). A receita com juros é reconhecida aplicando-se o método da taxa efetiva. Empréstimos e recebíveis Empréstimos e recebíveis são ativos financeiros que têm pagamentos fixos ou determináveis e não são cotados em um mercado ativo, sendo mensurados pelo custo amortizado utilizando-se do método da taxa efetiva de juros, deduzido de provisão para perdas do valor recuperável (“impairment”). A receita com juros é reconhecida aplicando-se o método da taxa efetiva de juros, exceto para os recebíveis de curto prazo, quando o reconhecimento dos juros for imaterial. Disponíveis para venda Ativos financeiros disponíveis para venda são aqueles que não são derivativos e que são designados como disponíveis para venda ou não são classificados nas categorias apresentadas anteriormente. Os ativos financeiros disponíveis para venda são mensurados pelo seu valor justo. Os juros, a correção monetária e a variação cambial, quando aplicável, são reconhecidos no resultado, quando incorridos. As variações decorrentes da avaliação ao valor justo são reconhecidas em conta específica do patrimônio líquido quando incorridas, sendo baixadas para o resultado do exercício no momento em que são realizadas em caixa ou consideradas não recuperáveis. Método da taxa efetiva juros É um método de calcular o custo amortizado de um ativo ou passivo financeiro e alocar a receita ou despesa dos juros durante o período relevante. A taxa efetiva de juros é aquela que desconta exatamente os recebimentos ou pagamentos futuros estimados de caixa (incluindo todas as taxas pagas ou recebidas que formam parte integral da taxa efetiva de juros, custos de transação e outros prêmios ou descontos) através da vida esperada do ativo financeiro ou, quando apropriado, por um período menor. b) Passivos financeiros Os passivos financeiros são classificados pelo valor justo através do resultado ou como outros passivos financeiros. Passivos financeiros pelo valor justo através do resultado São classificados nessa categoria os passivos financeiros mantidos para negociação ou quando mensurados pelo valor justo através do resultado. Um passivo financeiro é classificado como mantido para negociação quando: For incorrido principalmente com o propósito de recompra em futuro próximo. For parte de uma carteira identificada de instrumentos financeiros que a Sociedade administra em conjunto e que tenha um padrão realizado de lucros no curto prazo. For um derivativo que não esteja designado como um instrumento de “hedge” efetivo. Passivos financeiros que não sejam classificados como mantidos para negociação podem ser designados como valor justo através do resultado no reconhecimento inicial quando: Tal designação eliminar ou reduzir significativamente uma inconsistência na mensuração ou no reconhecimento que poderia surgir. Compuserem parte de um grupo de ativos ou passivos financeiros ou de ambos, o qual seja administrado e cuja performance seja avaliada com base em seu valor justo, de acordo com a administração de risco documentada ou a estratégia de investimento da Sociedade, e as informações sobre esse grupo forem fornecidas nessa base internamente. Formarem parte de um contrato contendo um ou mais derivativos embutidos e a IAS 39 permitir que o contrato combinado como um todo (ativo ou passivo) seja designado ao valor justo através de lucros ou perdas. Passivos financeiros pelo valor justo através do resultado são demonstrados ao valor justo, com ganhos ou perdas reconhecidos no resultado. Os ganhos ou perdas líquidos reconhecidos no resultado incorporam quaisquer juros pagos no passivo financeiro. Outros passivos financeiros São inicialmente mensurados ao valor justo, líquido dos custos da transação, e, subsequentemente, mensurados pelo custo amortizado usando-se o método da taxa efetiva de juros, sendo as despesas com juros reconhecidas com base no rendimento. O método da taxa efetiva de juros é um método que calcula o custo amortizado de um passivo e aloca as despesas com juros durante o período relevante. A taxa efetiva de juros é aquela que desconta exatamente os pagamentos estimados futuros de caixa através da vida esperada do passivo financeiro ou, quando aplicável, por um período menor. 2.15. Reconhecimento da receita A receita é mensurada pelo valor justo da contrapartida recebida ou a receber, deduzida de quaisquer estimativas de devoluções, descontos comerciais e/ou bonificações concedidos e outras deduções similares. As receitas decorrentes da captura das transações com cartões de crédito e de débito são apropriadas ao resultado na data do processamento das transações. As receitas decorrentes da captura das transações parceladas com cartões de crédito são apropriadas ao resultado na data do processamento de cada parcela. A receita de serviços prestados a parceiros e estabelecimentos comerciais é reconhecida no resultado quando da prestação de serviços. A receita de dividendos de investimentos é reconhecida quando o direito do acionista de receber tais dividendos é estabelecido (desde que seja provável que os benefícios econômicos futuros deverão fluir para o Grupo e o valor da receita possa ser mensurado com confiabilidade). A receita de ativo financeiro de juros é reconhecida quando for provável que os benefícios econômicos futuros deverão fluir para o Grupo e o valor da receita possa ser mensurado com confiabilidade. A receita de juros é reconhecida pelo método linear com base no tempo e na taxa de juros efetiva sobre o montante do principal em aberto, sendo a taxa de juros efetiva aquela que desconta exatamente os recebimentos de caixa futuros estimados durante a vida estimada do ativo financeiro em relação ao valor contábil líquido inicial desse ativo. A receita com antecipação de recebíveis aos estabelecimentos comerciais é reconhecida “pro rata temporis”, considerando os seus prazos de vencimento. 2.16. Provisões para riscos Reconhecidas quando um evento passado gera uma obrigação legal ou implícita, existe a probabilidade de uma saída de recursos e o valor da obrigação pode ser estimado com segurança. O valor constituído como provisão é a melhor estimativa do valor de liquidação nas datas dos balanços, levando em consideração os riscos e as incertezas relacionados à obrigação. Quando se espera que o benefício econômico requerido para liquidar uma provisão seja recebido de terceiros, esse valor a receber é registrado como um ativo apenas quando o reembolso é virtualmente certo e o montante pode ser estimado com segurança. As provisões contabilizadas pela Sociedade decorrem substancialmente de processos judiciais, inerentes ao curso normal dos negócios, movidos por terceiros e ex-funcionários, mediante ações cíveis e trabalhistas. Esses processos judiciais são avaliados pela Administração da Sociedade e de suas controladas com seus assessores jurídicos e são quantificados por meio de critérios que permitam a sua mensuração de forma adequada, apesar da incerteza inerente à decisão, ao prazo e ao valor. As provisões que envolvem processos tributários estão constituídas por valor equivalente à totalidade dos tributos em discussão judicial, atualizados monetariamente, sendo computados os juros moratórios como se devidos fossem, até as datas dos balanços. 2.17. Dividendos e juros sobre o capital próprio A proposta de distribuição de dividendos e juros sobre o capital próprio efetuada pela Administração da Sociedade que estiver dentro da parcela equivalente ao dividendo mínimo obrigatório é registrada como passivo circulante no grupo “Dividendos a pagar”, por ser considerada como uma obrigação legal prevista no estatuto social da Sociedade; entretanto, a parcela dos dividendos superior ao dividendo mínimo obrigatório, declarada pela Administração após o período contábil a que se referem as demonstrações financeiras, mas antes da data de autorização para emissão das referidas demonstrações financeiras, é registrada na rubrica “Dividendo adicional proposto”, no patrimônio líquido, sendo seus efeitos divulgados na nota explicativa nº 20.f). Para fins societários e contábeis, os juros sobre o capital próprio estão demonstrados como destinação do resultado diretamente no patrimônio líquido. 2.18. Moeda estrangeira Os ativos e passivos monetários denominados em moeda estrangeira foram convertidos para reais pela taxa de câmbio das datas dos balanços e as diferenças decorrentes da conversão de moeda foram reconhecidas no resultado do exercício. 2.19. Remuneração com base em ações A Sociedade oferece a seus administradores e executivos e aos de sua controlada Servinet plano de opção de compra de ações. As opções são precificadas pelo valor justo na data de concessão das outorgas e são reconhecidas de forma linear no resultado pelo prazo de concessão da opção em contrapartida ao patrimônio líquido. Nas datas dos balanços, a Sociedade revisa suas estimativas da quantidade de opções cujos direitos devam ser adquiridos com base nessas condições e reconhece o impacto da revisão das estimativas iniciais, se houver, na demonstração do resultado, em contrapartida ao patrimônio líquido, de acordo com os critérios estabelecidos no CPC 10 e na IFRS 2 Pagamento Baseado em Ações. 2.20. Uso de estimativas A preparação das demonstrações financeiras requer a adoção de estimativas por parte da Administração da Sociedade e de suas controladas que impactam certos ativos e passivos, divulgações sobre contingências passivas e receitas e despesas no exercício demonstrado. Ativos e passivos significativos sujeitos a essas estimativas e premissas incluem valor residual do ativo imobilizado e intangível, provisão para créditos de liquidação duvidosa (sobre contas a receber de aluguel de equipamentos POS), imposto de renda e contribuição social diferidos ativos, redução ao valor recuperável do ágio e provisão para riscos. Uma vez que o julgamento da Administração envolve estimativas referentes à probabilidade de ocorrência de eventos futuros, os montantes reais podem divergir dessas estimativas. A Sociedade e suas controladas revisam as estimativas e premissas anualmente. 2.21. Demonstração do valor adicionado (“DVA”) Essa demonstração tem por finalidade evidenciar a riqueza criada pela Sociedade e sua distribuição durante determinado período, e é apresentada pela Sociedade, conforme requerido pela legislação societária brasileira, como parte de suas demonstrações financeiras individuais e como informação suplementar às demonstrações financeiras consolidadas, pois não é uma demonstração prevista nem obrigatória conforme as IFRSs. A DVA foi preparada com base em informações obtidas dos registros contábeis que servem de base de preparação das demonstrações financeiras e seguindo as disposições contidas no CPC 09 - Demonstração do Valor Adicionado. Em sua primeira parte apresenta a riqueza criada pela Sociedade, representada pelas receitas (receita bruta das vendas, incluindo os tributos incidentes sobre ela, as outras receitas e os efeitos da provisão para créditos de liquidação duvidosa), pelos insumos adquiridos de terceiros (custo das vendas e aquisições de materiais, energia e serviços de terceiros, incluindo os tributos incluídos no momento da aquisição, os efeitos das perdas e da recuperação de valores ativos e a depreciação e amortização) e o valor adicionado recebido de terceiros (resultado da equivalência patrimonial, receitas financeiras e outras receitas). A segunda parte da DVA apresenta a distribuição da riqueza entre pessoal, impostos, taxas e contribuições, remuneração de capitais de terceiros e remuneração de capitais próprios. 2.22. Novas normas, alterações e interpretações de normas 2.22.1. IFRSs novas e revisadas adotadas sem efeitos relevantes nas demonstrações financeiras individuais e consolidadas As IFRSs novas e revisadas a seguir foram adotadas nas demonstrações financeiras individuais e consolidadas. A adoção dessas IFRSs novas e revisadas não teve nenhum efeito relevante, individualmente ou no conjunto, sobre os valores reportados e/ou divulgados para os exercícios corrente e anterior; no entanto, poderá afetar a contabilização de transações ou acordos futuros. Modificações à IAS 1 - Apresentação das Demonstrações Financeiras (como parte das Melhorias às IFRSs emitidas em 2010) - esclarecem que uma entidade pode optar por divulgar uma análise de outro resultado abrangente por item na demonstração das mutações do patrimônio líquido ou nas notas explicativas às demonstrações financeiras. IAS 24 - Divulgações de Partes Relacionadas (já adotada pelo CPC): IAS 24 (revisada em 2009) modificou dois aspectos: (a) IAS 24 (revisada em 2009) introduz a isenção parcial das exigências de divulgação para entidades governamentais; e (b) IAS 24 (revisada em 2009) alterou a definição de parte relacionada. Modificações à IAS 32 - Classificação de Direitos: tratam da classificação de certos direitos denominados em uma moeda estrangeira como instrumentos patrimoniais ou passivos financeiros. Modificações à IFRIC 14 - Pagamentos Antecipados de Exigência Mínima de Financiamento - as modificações determinam, entre outros aspectos, quando as restituições ou reduções de contribuições futuras devem ser consideradas como disponíveis de acordo com a IAS 19.58. IFRIC 19 - Extinção de Passivos Financeiros com Instrumentos Patrimoniais fornece orientação sobre como contabilizar a extinção de um passivo financeiro por meio da emissão de instrumentos patrimoniais. Modificações à IFRS 3 - Combinações de Negócios - esclarece que a opção de avaliar participações minoritárias na data da aquisição estará disponível apenas no caso de participações minoritárias que representem participações minoritárias atuais que deem a seus detentores direito à participação proporcional no acervo líquido da entidade em caso de liquidação. Todos os demais tipos de participações minoritárias são avaliados ao valor justo na data da aquisição, a menos que outras normas exijam que uma outra base de avaliação seja utilizada. Além disso, a IFRS 3 foi modificada para fornecer maiores orientações acerca da contabilização da compensação com base em ações detidas pelos empregados da adquirida. 2.22.2. Normas e interpretações novas e revisadas já emitidas e ainda não adotadas Modificações à IFRS 7 - Divulgações - Transferências de Ativos Financeiros (1) aumentam as exigências de divulgação das transações envolvendo ativos financeiros. Essas alterações pretendem proporcionar maior transparência às exposições de risco quando um ativo financeiro é transferido, mas o transferente continua retendo um certo nível de exposição ao ativo. As alterações também exigem a divulgação da transferência de ativos financeiros quando não forem igualmente distribuídos no período. IFRS 9 - Instrumentos Financeiros (2) - introduz novas exigências para a classificação, mensuração e baixa de ativos e passivos financeiros. O efeito mais significativo decorrente da aplicação da nova norma refere-se à contabilização das variações no valor justo de um passivo financeiro (designado ao valor justo através do resultado) atribuíveis a mudanças no risco de crédito daquele passivo. Assim, a variação no valor justo do passivo financeiro atribuível a mudanças no risco de crédito daquele passivo é reconhecida em “Outros resultados abrangentes”, a menos que o reconhecimento dos efeitos das mudanças no risco de crédito do passivo em “Outros resultados abrangentes” resulte em ou aumente o descasamento contábil no resultado. IFRS 10 - Demonstrações Financeiras Consolidadas (2) - substitui as partes da IAS 27 - Demonstrações Financeiras Consolidadas e Separadas que tratam das demonstrações financeiras consolidadas. A SIC-12 - Consolidação - Sociedades de Propósito Específico foi retirada com a emissão da IFRS 10. De acordo com a IFRS 10, existe somente uma base de consolidação, ou seja, o controle. Adicionalmente, a IFRS 10 inclui uma nova definição de controle. IFRS 11 - Acordos de Participação - substitui a IAS 31 - Participações em “Joint Ventures” e aborda como um acordo de participação em que duas ou mais partes têm controle conjunto deve ser classificado. IFRS 12 - Divulgações de Participações em Outras Entidades (2) - é uma norma de divulgação aplicável a entidades que possuem participações em controladas, acordos de participação, coligadas e/ou entidades estruturadas não consolidadas. De um modo geral, as exigências de divulgação de acordo com a IFRS 12 são mais abrangentes do que as normas atuais. IFRS 13 - Mensuração do Valor Justo (2) - apresenta uma fonte única de orientação para as mensurações do valor justo e divulgações acerca das mensurações do valor justo. A norma define valor justo, apresenta uma estrutura de mensuração do valor justo e exige divulgações das mensurações do valor justo. Modificações à IAS 1 - Apresentação dos Itens de Outro Resultado Abrangente (3) permitem apresentar o resultado e outro resultado abrangente em uma única demonstração ou em duas demonstrações separadas e consecutivas. No entanto, as modificações à IAS 1 exigem divulgações adicionais na seção de outro resultado abrangente de forma que os itens de outro resultado abrangente sejam agrupados em duas categorias: (a) itens que não serão reclassificados posteriormente no resultado; e (b) itens que serão reclassificados posteriormente no resultado de acordo com determinadas condições. O imposto de renda sobre os itens de outro resultado abrangente será destinado da mesma forma. IAS 19 (revisada em 2011) - Benefícios a Empregados (2) - alteram a contabilização dos planos de benefícios definidos e dos benefícios de rescisão. IAS 27 (revisada em 2011) - Demonstrações Financeiras Separadas (2) - refletem modificações da contabilização de participação não controladora (minoritária) e tratam principalmente da contabilização de modificações de participações societárias em subsidiárias feitas posteriormente à obtenção do controle, da contabilização de perda de controle de subsidiárias e da alocação de lucro ou prejuízo a participações controladoras e não controladoras em uma subsidiária. IAS 28 (revisada em 2011) - Investimentos em Coligadas e “Joint Ventures” (2): As alterações introduzidas à IAS 28 tiveram como objetivo esclarecer: (i) que um investimento em uma associada deve ser tratado como um ativo único para efeitos dos testes de “impairment” de acordo com a IAS 36 - “Impairment” de Ativos; (ii) que qualquer perda por “impairment’ a ser reconhecida não deverá ser alocada a ativos específicos (especificamente ao ágio); e (iii) que as reversões de “impairment” são registradas como um ajuste ao valor contábil da associada desde que, e na medida em que, o valor recuperável do investimento aumente. (1) Em vigor para períodos anuais iniciados em ou após 1º de julho de 2011. (2) Em vigor para períodos anuais iniciados em ou após 1º de janeiro de 2013. (3) Em vigor para períodos anuais iniciados em ou após 1º de julho de 2012. A Administração avaliou as novas normas e, exceto quanto à aplicação da IFRS 10 e da IFRS 11, não espera efeitos significativos sobre os valores reportados. Com a adoção da IFRS 10 e da IFRS 11, é possível que a Sociedade não possa mais consolidar de forma proporcional algumas de suas controladas. No entanto, a Administração ainda não completou a análise detalhada do impacto da aplicação dessas normas e, por conseguinte, ainda não quantificou os possíveis efeitos nas demonstrações financeiras. 3. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS As demonstrações financeiras consolidadas incluem as demonstrações financeiras da Sociedade e de suas controladas e controladas em conjunto. O controle é obtido quando a Sociedade tem o poder de controlar as políticas financeiras e operacionais de uma entidade para auferir benefícios de suas atividades. Nas demonstrações financeiras individuais da Sociedade as informações financeiras das controladas e controladas em conjunto são reconhecidas através do método de equivalência patrimonial. Os resultados das controladas adquiridas durante o exercício estão incluídos nas demonstrações consolidadas do resultado a partir da data da efetiva aquisição. O saldo dos resultados é atribuído aos proprietários da Sociedade e às participações não controladoras mesmo se essas participações apresentarem resultado negativo. Quando necessário, as demonstrações financeiras das controladas são ajustadas para adequar suas práticas contábeis àquelas estabelecidas pelo Grupo. Todas as transações, saldos, receitas e despesas entre as empresas do Grupo são eliminados integralmente nas demonstrações financeiras consolidadas. As demonstrações financeiras consolidadas contemplam os saldos das contas da Sociedade (controladora), das controladas diretas Servinet, Servrede e CieloPar (a partir de setembro de 2010), das controladas indiretas Multidisplay (a partir de agosto de 2010), M4 Produtos (a partir de agosto de 2010) e Braspag (a partir de 23 de maio de 2011) e proporcionalmente das “joint ventures” Orizon (a partir de 1º de janeiro de 2010), Prevsaúde, Precisa e Paggo Soluções (a partir de 28 de fevereiro de 2011). Na elaboração destas demonstrações financeiras consolidadas foram eliminados os saldos e as transações entre essas Sociedades. Para as controladas, foi aplicado o conceito de consolidação integral, o qual trata dos investimentos em controladas para reconhecer a totalidade de seus ativos, passivos, receitas e despesas na controladora, tornando-se, assim, necessário o reconhecimento da participação dos acionistas não controladores. Os componentes de ativo, passivo, receitas e despesas das “joint ventures” Orizon, Prevsaúde, Precisa e Paggo Soluções foram incluídos proporcionalmente à participação da controladora no capital social destas, considerando o controle compartilhado estabelecido através dos Acordos de Acionistas firmados entre a Sociedade e suas parceiras nessas “joint ventures”, em que nenhuma das partes, sozinha, determina as políticas financeiras e operacionais. A conversão para reais do balanço patrimonial da filial em Grand Cayman, preparado originalmente em dólares norte-americanos, foi efetuada com base nas taxas correntes do câmbio de fechamento nas datas dos balanços, e a do resultado com base nas taxas médias do câmbio de fechamento no encerramento de cada mês. 3.1. Controladas diretas (controle individual) e indiretas A lista a seguir apresenta as participações nas subsidiárias consolidadas: Participação - % Capital total Capital votante 2011 2010 2011 2010 Controladas diretas: Servinet Servrede CieloPar Controladas indiretas: Multidisplay M4 Produto Braspag 99,99 99,99 99,99 99,99 99,99 99,99 99,99 99,99 99,99 99,99 99,99 99,99 50,10 50,10 100,00 50,10 50,10 - 50,10 50,10 100,00 50,10 50,10 - A seguir está demonstrada a totalidade dos saldos de ativos e passivos das controladas diretas e indiretas e as principais rubricas da demonstração do resultado dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2011 e de 2010: 31/12/11 M4 Servinet Servrede CieloPar Multidisplay Produtos Braspag Ativo: Circulante Não circulante Total do ativo Passivo: Circulante Não circulante Patrimônio líquido Participação de minoritários Total do passivo e patrimônio líquido 29.361 48.454 77.815 1.848 64.835 66.683 1 94.746 94.747 10.651 10.102 20.753 42.419 8.575 50.994 9.676 689 10.365 23.857 31.795 22.163 - 27 29.801 27.810 9.045 5.605 89.142 - 8.877 11.876 - 41.251 5 9.738 - 8.852 16 1.497 - 77.815 66.683 94.747 20.753 50.994 10.365 31/12/10 M4 Servinet Servrede CieloPar Multidisplay Produtos Ativo: Circulante Não circulante Total do ativo Passivo: Circulante Não circulante Patrimônio líquido Participação de minoritários Total do passivo e patrimônio líquido 19.360 43.061 62.421 38.058 75.616 113.674 1 1 7.258 6.860 14.118 30.773 3.612 34.385 16.396 28.123 17.902 - 33.810 39.044 26.350 14.470 1 - 6.444 7.674 - 27.357 169 6.859 - 62.421 113.674 1 14.118 34.385 31/12/11 M4 Servinet Servrede CieloPar Multidisplay Produtos Braspag Resultado: Receita líquida Lucro (prejuízo) bruto Lucro (prejuízo) operacional antes do resultado financeiro Resultado antes do imposto de renda e da contribuição social Lucro (prejuízo) líquido do exercício 102.457 96.891 (4.872) 5.468 81.174 3.478 37.385 20.175 6.073 3.334 5.396 3.328 (3.959) 13.893 15.363 (82) 6.307 3.494 (3.959) 13.922 16.053 92 4.261 4.296 (3.959) 13.202 11.339 (127) 31/12/10 M4 Servinet Servrede Multidisplay Produtos Resultado: Receita líquida Lucro bruto Lucro operacional antes do resultado financeiro Resultado antes do imposto de renda e da contribuição social Lucro líquido do exercício 68.040 60.768 3.498 5.247 3.787 22.889 1.859 3.482 9.593 4.201 3.871 4.198 2.807 3.759 2.299 3.434 3.124 3.893 2.742 3.2. “Joint ventures” (empresas com controle compartilhado) As participações nas “joint ventures” incluem: Participação - % Capital total Capital votante 2011 2010 2011 2010 “Joint ventures”: Orizon Prevsaúde Precisa Paggo Soluções 40,95 40,95 40,95 40,95 40,95 40,95 50,00 - 40,95 40,95 40,95 50,00 40,95 40,95 40,95 - As informações financeiras condensadas das “joint ventures” foram consolidadas pelo método de consolidação proporcional, considerando o controle compartilhado do exercício através dos acordos de acionistas. A seguir estão demonstradas a totalidade dos saldos de ativos e passivos das “joint ventures”: 31/12/11 Orizon Precisa Prevsaúde Paggo Soluções Ativo: Circulante Não circulante Total do ativo 57.207 56.846 114.053 20.909 680 21.589 2.404 321 2.725 10.348 92.951 103.299 Passivo e patrimônio líquido: Circulante Não circulante Patrimônio líquido Total do passivo e patrimônio líquido 7.929 1.545 104.579 114.053 8.595 2.954 10.040 21.589 2.014 47 664 2.725 5.251 98.048 103.299 31/12/10 Precisa Prevsaúde Orizon Ativo: Circulante Não circulante Total do ativo Passivo e patrimônio líquido (passivo a descoberto): Circulante Não circulante Patrimônio líquido (passivo a descoberto) Total do passivo e patrimônio líquido (passivo a descoberto) 41.124 62.004 103.128 17.034 525 17.559 2.102 403 2.505 7.788 3.239 92.101 3.814 4.890 8.855 2.598 (93) 103.128 17.559 2.505 A seguir estão demonstradas as principais rubricas da demonstração do resultado dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2011 e de 2010: 31/12/11 Orizon Precisa Prevsaúde Resultado: Receita líquida Lucro (prejuízo) bruto Lucro (prejuízo) operacional antes do resultado financeiro Resultado antes do imposto de renda e da contribuição social Lucro (prejuízo) líquido do exercício Paggo Soluções 60.510 25.708 75.514 3.726 8.181 1.371 489 (17.982) 11.649 2.453 541 (18.656) 15.866 12.478 1.905 1.185 422 375 (18.599) (18.599) 31/12/10 Orizon Precisa Prevsaúde Resultado: Receita líquida Lucro bruto Lucro (prejuízo) operacional antes do resultado financeiro Resultado antes do imposto de renda e da contribuição social Lucro (prejuízo) líquido do exercício 51.124 17.925 48.943 860 4.153 449 7.198 4.472 139 (30) 8.509 2.196 (997) (1.029) (946) 4. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA Controladora (BR GAAP) 2011 2010 Caixa e bancos: Moeda nacional Moeda estrangeira Aplicações financeiras: Debêntures compromissadas (a) Certificados de Depósito Bancário - CDBs (a) “Money Market Deposit Account” - MMDA (b) Total 1.489 15.453 Consolidado (IFRS e BR GAAP) 2011 2010 1.607 11.643 6.257 15.453 4.456 11.643 207.508 128.586 13.546 77.281 3.002 2.425 240.998 221.542 223.296 44.907 3.002 292.915 131.948 100.131 2.425 250.603 Os saldos da rubrica “Caixa e bancos” são constituídos por fundo fixo de caixa e valores disponíveis em contas bancárias no Brasil e no exterior, substancialmente representados por montantes depositados pelas instituições financeiras emissoras de cartões de crédito e de débito, sendo tais valores utilizados para a liquidação financeira das transações com os estabelecimentos comerciais. As aplicações financeiras têm as seguintes características: (a) Em 31 de dezembro de 2011 e de 2010, as aplicações financeiras em debêntures compromissadas e CDBs foram rentabilizadas, em média, a 101,8% e 101,3%, respectivamente, do Certificado de Depósito Interbancário - CDI. (b) Os recursos aplicados no exterior (Nova York - EUA) em MMDA são rentabilizados a uma taxa prefixada de 0,25% ao ano. As aplicações financeiras mencionadas têm liquidez imediata e seus valores de mercado não diferem dos valores contabilizados. O efeito das mudanças nas taxas cambiais sobre os valores disponíveis em contas bancárias no exterior não é relevante nas demonstrações financeiras da Sociedade. 5. CONTAS A RECEBER OPERACIONAIS Controladora (BR GAAP) 2011 2010 Antecipação de recebíveis (a) Trava de domicílio bancário (b) Serviços de interconexão de rede eletrônica entre operadoras de saúde (c) Serviço de captura e processamento de cartões de valerefeição e vale-transporte (d) Contas a receber de serviços de “mobile payment” (e) Contestações de portadores de cartões de crédito “Chargeback” (f) Outras contas a receber Total Consolidado (IFRS e BR GAAP) 2011 2010 2.924.791 5.165 2.178.161 2.902 2.924.791 5.165 2.178.161 2.902 - - 6.857 5.624 4.769 - 3.799 - 4.769 38.276 3.799 11.743 34.956 2.115 2.971.796 234 7.819 2.192.915 34.956 4.685 3.019.499 234 7.819 2.210.282 (a) Em 31 de dezembro de 2011, o saldo corresponde às operações de antecipação de recebíveis realizadas que serão recebidas dos bancos emissores em até 360 dias da data de antecipação aos estabelecimentos comerciais. Adicionalmente, em 31 de dezembro de 2011, o referido montante está líquido do ajuste a valor presente referente à receita financeira recebida antecipadamente na data da liberação do numerário, no total de R$100.900 (R$76.033 em 2010), visto que está relacionado à antecipação de recebíveis por vendas a crédito parcelado, cujo vencimento original ocorreria após as datas dos balanços. (b) A Sociedade oferece aos bancos emissores o serviço de trava de domicílio bancário mediante autorização prévia do estabelecimento comercial para bloquear qualquer transferência de recebíveis desse estabelecimento para outro banco. Por esse serviço, a Sociedade recebe comissão, que é liquidada no mês subsequente à solicitação da trava de domicílio bancário pelos bancos emissores. (c) Contas a receber da controlada em conjunto Orizon decorrentes da prestação de serviços de interconexão de rede eletrônica, em plataforma tecnológica única, objetivando a troca de informações entre as operadoras de saúde e os prestadores de serviços médicos e hospitalares e quaisquer outros agentes do sistema de saúde suplementar e drogarias. (d) Contas a receber da Companhia Brasileira de Soluções e Serviços - CBSS decorrentes da prestação de serviços de captura e processamento de cartões de vale-refeição e vale-transporte. (e) Contas a receber referentes a serviços de pagamentos eletrônicos realizados pelas controladas M4 Produtos e Multidisplay através de aparelhos celulares e venda de créditos telefônicos com cartões de crédito e débito. (f) Corresponde substancialmente a saldos a receber de contestação de portadores de cartão de crédito. A despesa com perdas de “chargeback” no período findo em 31 de dezembro de 2011 totalizam R$4.289 (R$587 em 2010). O saldo da rubrica “Contas a receber operacional”, por período de vencimento, está apresentado a seguir: Controladora (BR GAAP) 2011 2010 A vencer Vencidos até 45 dias Total 6. Consolidado (IFRS e BR GAAP) 2011 2010 2.936.840 2.192.681 2.984.543 2.210.048 34.956 234 34.956 234 2.971.796 2.192.915 3.019.499 2.210.282 DIREITOS A RECEBER - SECURITIZAÇÃO NO EXTERIOR Referem-se aos direitos a receber do Banco Bradesco S.A. e do Banco do Brasil S.A., contratados em julho de 2003, no montante de US$500 milhões, dividido em US$100 milhões e US$400 milhões, respectivamente, com taxas de juros de 4,777% e 5,911% ao ano e prazo de vencimento de oito anos com amortizações trimestrais e carência de dois anos. Em 31 de dezembro de 2011 não há saldo de principal e juros a receber do Banco Bradesco S.A. e do Banco do Brasil S.A., considerando que a operação de securitização de recebíveis no exterior foi liquidada durante o primeiro semestre de 2011. 7. IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL DIFERIDOS Os valores de imposto de renda e contribuição social diferidos são provenientes de diferenças temporárias ocasionadas, principalmente, por provisões temporariamente indedutíveis e estão classificados no ativo não circulante. O imposto de renda e a contribuição social diferidos são registrados para refletir os efeitos fiscais futuros atribuíveis às diferenças temporárias entre a base fiscal de ativos e passivos e o respectivo valor contábil. Os valores apresentados são revisados mensalmente. A composição do imposto de renda e da contribuição social diferidos é como segue: Controladora (BR GAAP) 2011 2010 Diferenças temporárias: Provisão para riscos Provisão para despesas diversas Ajuste a valor presente do contas a receber de antecipação de recebíveis Provisão para perdas com equipamentos POS Total Consolidado (IFRS e BR GAAP) 2011 2010 213.241 85.740 165.934 52.075 224.044 86.357 175.496 52.405 34.408 1.053 334.442 25.953 1.362 245.324 34.408 1.053 345.862 25.953 1.362 255.216 O saldo de imposto de renda e contribuição diferidos passivos refere-se aos efeitos da adoção do CPC 15 - Combinação de Negócios quando da aquisição da controlada M4U (veja nota explicativa nº10.) 8. INVESTIMENTOS Controladora (BR GAAP) 2011 2010 Em controladas Em controladas em conjunto Total 139.115 44.253 36.945 31.835 176.060 76.088 Principais informações sobre as controladas, controladas em conjunto e controladas indiretas Patrimônio líquido 2011 2010 Servinet Servrede Orizon (a) e (b) Cielo Par Total Lucro (prejuízo) Participação - Equivalência do exercício % patrimonial 2011 2010 2011 2010 2011 2010 Investimentos 2011 2010 22.163 17.902 4.261 2.807 99,99 99,99 4.261 2.807 22.163 27.810 26.350 4.296 719 99,99 99,99 4.296 719 27.810 104.579 92.101 12.478 4.472 40,95 40,95 5.109 1.831 36.945 89.142 1 (3.959) - 99,99 99,99 (3.959) - 89.142 9.707 5.357 176.060 17.902 26.350 31.835 1 76.088 Controladas em conjunto de forma indireta Patrimônio líquido 2011 2010 Prevsaúde (b) Precisa (b) Multidisplay (b) (d) M4 Produtos (b) (d) Paggo Soluções (c) Braspag (c) Lucro (prejuízo) do exercício 2011 2010 Participação -% 2011 2010 664 (93) 375 (946) 40,95 10.040 8.855 1.185 (30) 40,95 11.876 7.674 13.202 611 50,10 9.738 6.859 11.339 480 50,10 98.048 - (18.599) 50,00 1.497 (127) - 100,00 40,95 40,95 50,10 50,10 - (a) O valor de R$5.880 não está refletido no investimento, pois é referente ao ganho não realizado por aporte de capital com ágio inicialmente refletido na CBGS Ltda. e, devido à incorporação, foi transferido para a controlada indireta CBGS. Em novembro de 2009 a CBGS foi incorporada por sua então controlada Orizon. (b) Foram utilizadas as demonstrações financeiras de 30 de novembro de 2011 para efeito de cálculo dos investimentos em 31 de dezembro de 2011. Dessa forma, os resultados da equivalência patrimonial referem-se ao período de 12 meses findo em 30 de novembro de 2011. (c) Para a determinação do resultado de equivalência patrimonial na Paggo Soluções e Braspag foram utilizados, respectivamente, os resultados dos períodos de nove e seis meses findos em 30 de novembro de 2011, que correspondem ao período após a aquisição da participação. (d) Em 2010, reflete apenas o resultado a partir de agosto de 2010, correspondente ao período após a aquisição. A movimentação dos investimentos no exercício findo em 31 de dezembro de 2011 é como segue: 1º de janeiro de 2010 Aumento de capital em controladas: Servinet Servrede Orizon Equivalência patrimonial 31 de dezembro de 2010 Aumento de capital em controladaCieloPar Equivalência patrimonial Dividendos recebidos da Servrede 31 de dezembro de 2011 29.081 11.000 25.635 5.015 5.357 76.088 93.101 9.707 (2.836) 176.060 9. IMOBILIZADO Taxa anual de depreciação - % Equipamentos POS (*) Equipamentos de processamento de dados Máquinas e equipamentos Instalações Móveis e utensílios Veículos Total 33 20 10 10 10 20 Controladora (BR GAAP) 2011 Depreciação Custo acumulada Líquido Líquido 955.574 39.752 41.121 13.017 6.495 2.111 1.058.070 326.942 8.988 3.835 2.742 2.981 1.010 346.498 (479.472) (21.265) (38.671) (6.990) (2.665) (748) (549.811) 476.102 18.487 2.450 6.027 3.830 1.363 508.259 Consolidado (IFRS e BR GAAP) 2011 Taxa anual de Depreciação depreciação - % Custo acumulada Líquido Equipamentos POS (*) Equipamentos de processamento de dados Máquinas e equipamentos Instalações Móveis e utensílios Veículos Total (*) 33 20 10 10 10 20 958.543 48.966 45.438 26.755 10.444 2.138 1.092.284 (482.137) (27.269) (42.370) (12.984) (4.379) (776) (569.915) 476.406 21.697 3.068 13.771 6.065 1.362 522.369 2010 2010 Líquido 327.488 11.945 4.294 10.535 5.018 1.010 360.290 Em 31 de dezembro de 2011 e de 2010, está contabilizada provisão para perdas de equipamentos POS, nos montantes de R$3.099 e R$4.007, respectivamente, como redutora do saldo da respectiva conta. A movimentação do imobilizado no exercício findo em 31 de dezembro de 2011 é como segue: Controladora (BR GAAP) Adições/ 31/12/10 transferências Baixas Depreciações 31/12/11 Equipamentos POS Equipamentos de processamento de dados Máquinas e equipamentos Instalações Móveis e utensílios Veículos Total 326.942 368.915 (14.686) (205.069) 476.102 8.988 3.835 2.742 2.981 1.010 346.498 13.952 18 3.878 1.341 (4) 660 388.764 (14.690) (4.453) (1.403) (593) (488) (307) (212.313) 18.487 2.450 6.027 3.830 1.363 508.259 Controladora (BR GAAP) Adições/ 01/01/10 transferências Baixas Depreciações 31/12/10 Equipamentos POS Equipamentos de processamento de dados Máquinas e equipamentos Instalações Móveis e utensílios Veículos Total 270.478 233.735 (9.888) (167.383) 326.942 8.659 3.574 2.150 2.377 938 288.176 3.784 2.924 (117) 1.255 (358) 987 (7) 339 243.024 (10.370) (3.455) (2.546) (305) (376) (267) (174.332) 8.988 3.835 2.742 2.981 1.010 346.498 Consolidado (IFRS e BR GAAP) Equipamentos POS Equipamentos de processamento de dados Máquinas e equipamentos Instalações Móveis e utensílios Veículos Total Acervo líquido incorporado 31/12/11 31/12/10 Adições/ transferências 327.488 368.915 (14.695) (205.302) - 476.406 11.945 4.294 10.535 5.018 1.010 360.290 14.969 258 5.511 1.905 684 392.242 (4) (4) (394) (147) (10) (15.254) (5.363) (1.488) (1.891) (769) (322) (215.135) 150 8 10 58 226 21.697 3.068 13.771 6.065 1.362 522.369 Acervo líquido incorporado 31/12/10 Baixas Depreciações Consolidado (IFRS e BR GAAP) Equipamentos POS Equipamentos de processamento de dados Máquinas e equipamentos Instalações Móveis e utensílios Veículos Total 01/01/10 Adições/ transferências 271.394 233.737 (9.901) (167.742) - 327.488 9.171 3.798 7.187 3.585 986 296.121 4.971 3.196 5.286 1.943 339 249.472 (57) (117) (814) (8) (45) (10.942) (3.904) (2.594) (1.340) (596) (270) (176.446) 1.764 11 216 94 2.085 11.945 4.294 10.535 5.018 1.010 360.290 Baixas Depreciações Em 31 de dezembro de 2011 e de 2010, existem ativos imobilizados, advindos de operações de arrendamento financeiro, representados apenas por ativos classificados como equipamentos de processamento de dados, com valores líquidos de R$120 e R$409, respectivamente. O prazo médio residual de depreciação desses equipamentos é de aproximadamente três anos. As depreciações dos equipamentos de informática adquiridos através de operações de arrendamento mercantil nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2011 e de 2010, registradas na rubrica “Despesas gerais e administrativas”, montam a R$289 e R$1.806, respectivamente. Em 31 de dezembro de 2011, a Sociedade possui contrato de crédito com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES (Finame) para aquisição de novos equipamentos POS, conforme descrito na nota explicativa nº 14. Em 31 de dezembro de 2011 e de 2010, a Sociedade não possuía saldos de arrendamento financeiro a pagar. 10. ÁGIO NA AQUISIÇÃO DE INVESTIMENTOS A composição analítica dos ágios em 31 de dezembro de 2011 e de 2010 está apresentada a seguir: Controladora (BR GAAP) 2011 e 2010 Projeto Saúde: Ágio na aquisição de controlada (a) Reclassificação de benefício fiscal de ágio incorporado pela Orizon Prevsaúde Precisa M4U Paggo Soluções Braspag Provisão para perdas com ágio Lucro não realizado (b) Total Consolidado (IFRS e BR GAAP) 2011 2010 26.269 26.269 26.269 26.269 (16.126) 10.143 13.532 3.179 1.457 31.348 46.979 39.343 162.107 (16.126) (5.880) 140.101 13.532 3.179 1.457 31.348 75.785 (16.126) (5.880) 53.779 (a) Na apuração do resultado de equivalência patrimonial de 2009 sobre as controladas CBGS Ltda. e CBGS foram eliminados dos resultados daquelas sociedades os efeitos das provisões para a manutenção da integridade do patrimônio líquido (“PMIPL”), nos valores de R$11.064 e R$15.205, respectivamente, uma vez que tais efeitos relativos aos ágios originalmente registrados naquelas demonstrações financeiras foram reconstituídos na controladora, conforme previsto nas Instruções CVM nº 319/99 e nº 349/01, considerando-se que as incorporações efetuadas durante o exercício de 2009 não alteraram a essência econômica daqueles ágios. A reconstituição dos ágios foi registrada em contrapartida da rubrica “Outras despesas operacionais, líquidas”. (b) Corresponde à eliminação do ganho de capital nas demonstrações financeiras consolidadas de 2009, gerado no aporte do investimento da CBGS Ltda. na Orizon a valor de mercado na sua então controlada em conjunto CBGS, na proporção da participação que a CBGS Ltda. detinha no capital social da CBGS. A Sociedade revisa anualmente o valor contábil do ágio e dos ativos intangíveis com vida útil indefinida, independentemente de haver indicadores de perda de valor. Nenhuma provisão para perda do valor dos ágios foi registrada nas demonstrações financeiras de 31 de dezembro de 2011 e de 2010. Projeto Saúde Em 2 de janeiro de 2008, a CBGS subscreveu em favor da controladora CBGS Ltda. 693.480 novas ações ordinárias, sem valor nominal, pelo montante de R$139.045, representando o valor justo na data. Como parte do pagamento, a CBGS Ltda. entregou a totalidade das ações representativas do capital social da Polimed Ltda. e Dativa Conectividade em Saúde Ltda. pelo montante de R$71.691, transferindo o ágio na aquisição dessas controladas, nos montantes de R$47.145 e R$9.108, respectivamente, líquidos da amortização incorrida até a data da transação, e gerando um contas a pagar de R$67.354 que seria integralizado em até dois anos após a transação. Adicionalmente, em decorrência da parcela integralizada em dinheiro, a CBGS Ltda. gerou ágio de R$16.764, líquido da provisão para perdas e da amortização incorrida até 31 de dezembro de 2008. Os ágios gerados no processo de subscrição do capital da CBGS Ltda. estão apresentados a seguir: Ágio Ágio registrado na CBGS Ltda., decorrente da compra de participação de 40,95% do capital social da CBGS Provisão para perdas com ágio Ágio registrado na controlada em conjunto CBGS: Orizon Dativa Total 55.880 (39.116) 16.764 47.145 9.108 73.017 Participação -% Líquido 99,99 55.880 99,99 (39.116) 16.764 40,95 40,95 19.306 3.731 39.801 Aquisição do controle - Prevsaúde e Precisa Em 16 de março de 2009, a controlada em conjunto CBGS adquiriu a totalidade das cotas representativas do capital social das empresas Prevsaúde e Precisa. O valor do investimento registrado contabilmente pela CBGS inclui ágio na aquisição das cotas no montante de R$11.322, o qual estava fundamentado na expectativa de lucratividade futura daquelas sociedades, em face do acréscimo operacional previsto para os anos posteriores ao da aquisição. Ágio Prevsaúde Precisa Total 7.765 3.557 11.322 Participação -% Líquido 40,95 40,95 3.179 1.457 4.636 Aquisição do controle - M4U Em agosto de 2010, a Sociedade adquiriu, através da controlada direta Servrede, 50,1% das ações representativas do capital social da Multidisplay e da sua controlada integral M4 Produtos, que juntas formam a M4U, empresa brasileira pioneira e líder no desenvolvimento de plataformas tecnológicas, tanto para recarga de celulares como para pagamentos móveis. O ágio, conforme o CPC 15 - Combinação de Negócios, foi mensurado como o valor em que a soma: (a) da contraprestação transferida em troca do controle da adquirida; e (b) do valor das participações de acionistas não controladores na adquirida excedeu o valor líquido (na data de aquisição) dos ativos identificáveis adquiridos. A aquisição de 50,1% do capital social da M4U deu-se pelo valor de R$50.650, do qual R$25.600 foram pagos na data da aquisição e o saldo remanescente, registrado como “Outras obrigações” no passivo não circulante, será pago em até 37 meses a partir da data de fechamento, condicionado ao cumprimento de determinadas metas de performance financeira, pactuadas no Contrato de Compra e Venda de Ações. O valor do investimento registrado contabilmente pela Servrede inclui ágio na aquisição das cotas no montante de R$31.348, gerado conforme segue: Ativos líquidos adquiridos Valor justo dos ativos adquiridos (*) Ativos líquidos adquiridos - valor justo (-) Preço total de compra considerado Ágio 2.300 17.002 19.302 50.650 31.348 (*) O valor justo dos contratos de prestação de serviços, da plataforma de softwares e das cláusulas de não competição (ativos adquiridos identificáveis) da M4U em agosto de 2010 foi reconhecido com base em laudo elaborado por avaliadores independentes. A avaliação, que está em conformidade com as Normas Internacionais de Avaliação, foi efetuada utilizando como base as evidências no mercado relacionadas a preços de transações similares. Os ajustes relacionados à alocação do preço de compra foram reconhecidos retroativamente sobre os valores registrados quando da aquisição, como se a combinação de negócios tivesse sido completada na data de aquisição. Aquisição de participação - Paggo Soluções Em setembro de 2010, a Sociedade, a Tele Norte Leste Participações S.A. (“TNL”) e a Paggo Acquirer Gestão de Meios de Pagamento Ltda. (“Paggo Acquirer”, sociedade controlada pela TNL) celebraram um Acordo de Investimento com o objetivo de regular a participação da Paggo Acquirer e da Sociedade (através de sua controlada CieloPar) em uma nova sociedade denominada Paggo Soluções e Meios de Pagamento S.A. Com essa ação, a Sociedade buscou ampliar sua gama de produtos, alinhada com sua estratégia para o setor de “mobile payment”. A Paggo Acquirer e a Sociedade detêm, cada uma, 50% do capital social da Paggo Soluções. A aquisição da participação na Paggo Soluções deu-se em 28 de fevereiro de 2011 pelo valor de R$47.000, pago integralmente na data da aquisição. O balanço patrimonial em 28 de fevereiro de 2011 foi considerado como o balanço de abertura, como segue: Ativos (passivos) líquidos adquiridos: Caixa e equivalentes de caixa Contas a receber operacional Outros créditos Ativo intangível Fornecedores Outras obrigações Valor de livros Ajustes de Valor justo aquisição na aquisição 35 8.627 1.288 104.406 (9.776) (132) 104.448 (104.406) (104.406) 35 8.627 1.288 (9.776) (132) 42 O valor do investimento registrado contabilmente pela CieloPar inclui ágio na aquisição das ações no montante de R$46.979, gerado conforme segue: Ativos líquidos adquiridos Ajuste no valor justo dos ativos adquiridos (*) 52.224 (52.203) 21 47.000 46.979 Preço total dos ativos adquiridos Ágio (*) Corresponde substancialmente à provisão para perda do direito de uso de softwares registrado na controlada em conjunto Paggo Soluções no balanço patrimonial de 28 de fevereiro de 2011, data do registro dos efeitos da alocação do ágio na aquisição do controle compartilhado. Os ajustes relacionados à alocação do preço de compra foram reconhecidos retroativamente sobre os valores registrados quando da aquisição, como se a combinação de negócios tivesse sido completada naquela data. Com base no laudo de avaliação da alocação do ágio gerado na aquisição da Paggo Soluções, elaborado por avaliadores independentes e conforme CPC 15 - Combinação de Negócios, obteve-se o entendimento de que o valor pago está refletido substancialmente em expectativa de rentabilidade futura, ou seja, ágio (“goodwill”). Aquisição do controle - Braspag Em 23 de maio de 2011, através da controlada direta CieloPar, a Sociedade adquiriu 100% das ações do capital social da Braspag Tecnologia em Pagamento Ltda., líder em soluções para meios de pagamento eletrônicos no Brasil. A aquisição da totalidade das cotas do capital social da Braspag deu-se pelo valor de R$40.000, pago integralmente na data da aquisição. O balanço patrimonial em 30 de abril de 2011 foi considerado como o balanço de abertura, como segue: Valor de livros Ativos (passivos) líquidos adquiridos: Caixa e equivalentes de caixa Contas a receber Imobilizado e intangível Fornecedores Outras obrigações 1.827 2.362 764 (407) (2.922) 1.624 Ajustes de Valor justo aquisição na aquisição 4.638 (5.605) (967) 1.827 2.362 5.402 (407) (8.527) 657 O valor do investimento registrado contabilmente pela CieloPar inclui ágio na aquisição das ações no montante de R$39.343, gerado conforme segue: Ativos líquidos adquiridos (-) Valor justo dos passivos líquidos adquiridos (*) Ativos líquidos adquiridos - valor justo Preço de compra considerado Ágio 1.624 (967) 657 40.000 39.343 (*) De acordo com o laudo de avaliação utilizado como base para a alocação do preço de compra da Braspag, elaborado por avaliadores independentes e considerando as características da empresa adquirida, os ativos intangíveis identificados foram a plataforma de softwares e a carteira de clientes no valor total de R$4.638. Em contrapartida, foi registrada a provisão para prováveis perdas com riscos fiscais e previdenciários na Braspag de R$5.605. Os ajustes relacionados à alocação do preço de compra foram reconhecidos retroativamente sobre os valores registrados quando da aquisição, como se a combinação de negócios tivesse sido completada na data de aquisição. 11. OUTROS INTANGÍVEIS Controladora (BR GAAP) 2011 2010 Taxa anual de Amortização amortização - % Custo acumulada Líquido Líquido Software (a) Desenvolvimento de projetos (b) Total 20 20 108.140 25.044 133.184 (76.372) 31.768 20.012 (7.565) 17.479 20.055 (83.937) 49.247 40.067 Consolidado (IFRS e BR GAAP) 2011 2010 Taxa anual de Amortização amortização - % Custo acumulada Líquido Líquido Software (a) Desenvolvimento de projetos (b) Acordo de não competição (c) Contratos de serviços (c) Relacionamento com clientes (d) Total 20 20 13,5 4 20 133.165 25.056 15.197 17.810 1.444 192.672 (91.306) (7.577) (2.539) (3.136) (87) (104.645) 41.859 17.479 12.658 14.674 1.357 88.027 25.447 17.855 14.758 17.446 75.506 (a) Refere-se a itens adquiridos de terceiros e utilizados na prestação de serviços de processamento de informações e transações comerciais de clientes. Não há software individualmente relevante. Adicionalmente, em 31 de dezembro de 2011 e de 2010, está contabilizada a provisão para softwares descontinuados de R$2.000 e R$2.200, respectivamente, como redutora do saldo da respectiva rubrica. (b) Representa gastos com desenvolvimento de novos produtos e serviços que visam incrementar o faturamento e a receita da Sociedade e de suas controladas. (c) Correspondem a alocações do ágio na aquisição do controle da M4 Produtos e Multidisplay, determinado através de laudo elaborado por empresa especializada na data da aquisição. Os principais componentes dos cálculos dos ativos intangíveis são como segue: O valor do acordo de não competição (“with and without”) foi calculado através da metodologia do “Income Approach”, utilizando-se de uma taxa de desconto de 17,5% ao ano, perpetuidade de 4% ao ano e vida útil estimada de 89 meses. Os quatro contratos de serviços com operadoras de telecomunicações foram avaliados de acordo com o fluxo de caixa descontado de cada contrato, utilizando uma taxa de desconto de 16,5% ao ano, durante a vida útil residual de cada contrato, de aproximadamente 53 meses. (d) Correspondem a alocações do ágio na aquisição do controle da Braspag, determinado através de laudo elaborado por empresa especializada na data da aquisição. O principal componente do ativo intangível é a carteira de clientes que foi avaliada pela metodologia “Income Approach” considerando o saldo de clientes ativos e seu respectivo “churn rate”, utilizando-se de uma vida útil estimada de 120 meses. A movimentação do intangível no exercício findo em 31 de dezembro de 2011 é como segue: Controladora (BR GAAP) 31/12/10 Adições Baixas Amortizações 31/12/11 Software Desenvolvimento de projetos Total 20.012 20.055 40.067 26.848 (1.662) 430 27.278 (1.662) (13.430) (3.006) (16.436) 31.768 17.479 49.247 Controladora (BR GAAP) 01/01/10 Adições Baixas Amortizações 31/12/10 Software Desenvolvimento de projetos Total 26.689 13.478 40.167 5.959 9.622 15.581 - (12.636) (3.045) (15.681) 20.012 20.055 40.067 Consolidado (IFRS e BR GAAP) Acervo Adições/ líquido 31/12/10 transferências Baixas Amortizações incorporado 31/12/11 (*) Software Desenvolvimento de projetos Acordo de não competição Contratos de serviços Relacionamento com clientes Total 23.247 20.055 14.758 17.446 75.506 31.517 430 31.947 (1.410) (1.410) (14.692) (3.006) (2.100) (2.772) (87) (22.657) 3.197 1.444 4.641 41.859 17.479 12.658 14.674 1.357 88.027 Consolidado (IFRS e BR GAAP) Adições/ 01/01/10 transferências Software Desenvolvimento de projetos Acordo de não competição Contratos de serviços Total (*) 27.806 13.478 41.284 7.122 9.622 15.197 17.810 49.751 Baixas (88) (88) Acervo líquido Amortizações incorporado 31/12/10 (13.077) (3.045) (439) (364) (16.925) 1.484 1.484 23.247 20.055 14.758 17.446 75.506 Acervo líquido incorporado refere-se aos ativos intangíveis na aquisição das empresas Paggo Soluções e Braspag ocorridas no exercício de 2011, líquidos dos ajustes de alocação do preço de compra, conforme requerimento do CPC 15 - Combinação de Negócios. As despesas com amortização de intangível foram registradas na rubrica “Despesas gerais e administrativas” na demonstração do resultado. 12. TRANSAÇÕES PENDENTES DE REPASSE Os valores devidos pelos portadores de cartões de crédito por intermédio dos bancos emissores e os valores a serem repassados aos estabelecimentos comerciais estão registrados em contas de compensação. Em 31 de dezembro de 2011 e de 2010, os saldos correspondentes de repasses são: Controladora (BRGAAP) e Consolidado (IFRS) 2011 2010 Saldos a pagar a estabelecimentos comerciais Antecipação de valores com bancos emissores (*) Saldos a receber de bancos emissores Total 39.227.878 545.721 (38.113.232) 1.660.367 27.885.371 375.417 (27.092.348) 1.168.440 (*) A Sociedade realiza operações de antecipação de valores que os emissores de cartão de crédito têm a repassar à Sociedade. Adicionalmente à prestação de serviços de repasse dos montantes transacionados nos cartões de crédito e débito entre os bancos emissores e os estabelecimentos comerciais, a Sociedade também garante aos estabelecimentos comerciais afiliados ao sistema que eles receberão de qualquer forma os repasses das transações de cartões de crédito e débito. Conforme descrito na nota explicativa nº 27.b), a Sociedade dispõe de instrumento para mitigação de risco de crédito dos emissores de cartões, com o intuito de proteger-se quanto a eventual risco de “default” dessas instituições. Com base no valor irrelevante de histórico de perdas da Sociedade em virtude de inadimplência dos emissores e atuais riscos de crédito dessas instituições, a Sociedade estima que o valor justo das garantias aos estabelecimentos comerciais não é relevante e, portanto, não é contabilizado como passivo. 13. CONTAS A PAGAR A ESTABELECIMENTOS O montante de R$1.660.367 em 31 de dezembro de 2011 (R$1.168.440 em 2010) corresponde à diferença entre os valores recebidos dos emissores de cartão referente as transações feitas pelos portadores de cartões e os montantes a serem repassados aos estabelecimentos comerciais. De forma geral, o prazo de liquidação dos emissores de cartão de crédito para a Cielo é de 27 dias e o prazo médio de liquidação da Cielo junto aos estabelecimentos comerciais é de 30 dias. Portanto, esse saldo a pagar em 31 de dezembro de 2011 corresponde ao “float” de aproximadamente três dias. 14. EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS Controladora Consolidado (BR GAAP) (IFRS e BR GAAP) 2011 2010 2011 2010 Circulante Não circulante Total 19.666 131.182 150.848 - 19.666 131.182 150.848 Encargos anuais 31/12/11 Passivo circulanteFinanciamento de equipamentos (Finame) TJLP + 2,73% a.a. 19.666 Passivo não circulanteFinanciamento de equipamentos (Finame) TJLP + 2,73% a.a. 131.182 TJLP - Taxa de Juros de Longo Prazo Os vencimentos da parcela registrada no passivo não circulante estão demonstrados como segue: Ano de vencimento: 2013 2014 2015 2016 Total 61.723 49.340 12.751 7.368 131.182 A Sociedade é beneficiária de uma linha de crédito com o BNDES relativa a operações de repasse de FINAME, um empréstimo destinado a financiar a aquisição de máquinas e equipamentos novos, de fabricação nacional, concedido pelo BNDES. O mencionado repasse ocorre por meio da concessão de crédito à Sociedade, gerando direitos de recebimento por parte da instituição financeira credenciada como agente financeiro, no caso, Banco do Brasil S.A. e Banco Safra S.A., que contratam com a Sociedade as referidas operações de financiamento. Os contratos firmados têm como garantia a transferência da propriedade fiduciária dos bens adquiridos. Adicionalmente, a Sociedade fica obrigada a cumprir as disposições aplicáveis aos contratos do BNDES e condições gerais reguladoras das operações relativas ao Finame. Não há cláusulas de “covenants” financeiros nos contratos firmados. 15. FORNECEDORES Controladora (BR GAAP) 2011 2010 Fornecedores Provisão para pagamento a fornecedores Total 80.754 59.115 149.505 86.760 230.259 145.875 Consolidado (IFRS e BR GAAP) 2011 2010 140.310 149.505 289.815 69.583 111.178 180.761 16. IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES A RECOLHER Controladora (BR GAAP) 2011 2010 Imposto de renda e contribuição social, líquidos de antecipações efetuadas Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins Imposto de Renda Retido na Fonte - IRRF Imposto Sobre Serviços - ISS Programa de Integração Social - PIS Outros tributos a recolher Total Consolidado (IFRS e BR GAAP) 2011 2010 345.327 370.915 346.875 371.947 13.787 14.676 11.838 8.056 6.286 5.994 5.626 5.588 3.050 122 385.914 405.351 14.750 12.776 7.628 5.962 4.005 391.996 15.217 8.525 6.625 5.835 893 409.042 17. OUTRAS OBRIGAÇÕES Controladora (BR GAAP) 2011 2010 Passivo circulante: Provisão para despesas diversas Provisão para férias e encargos Participação dos colaboradores e diretores Provisão para retenção de executivos (a) Outros valores a pagar Total Passivo não circulante: Contas a pagar - aquisição de controladas (b) Provisão para retenção de executivos (a) Total Consolidado (IFRS e BR GAAP) 2011 2010 42.148 16.987 37.118 12.324 108.577 20.506 15.939 34.796 8.607 79.848 42.346 27.061 52.215 12.324 1.851 135.797 20.779 22.648 43.755 10.015 97.197 - 5.452 5.452 25.050 530 25.580 25.050 6.536 31.586 (a) Refere-se substancialmente ao Plano de Retenção de Executivos, aprovado pelo Conselho de Administração em novembro de 2009, aplicável aos principais executivos da Sociedade, que considera resultados do negócio e permanência deles na Sociedade por um período de dois anos, sendo a despesa e respectiva provisão registradas ao longo do prazo de vigência do referido plano. (b) Saldo remanescente a ser pago em conexão com a aquisição da M4U, condicionado ao cumprimento de determinadas metas de “performance” financeira, conforme mencionado na nota explicativa nº 10. 18. PROVISÃO PARA RISCOS E DEPÓSITOS JUDICIAIS a) Provisão para riscos A Sociedade e suas controladas são parte em ações judiciais e processos administrativos perante vários tribunais e órgãos governamentais, decorrentes do curso normal de suas operações, envolvendo questões tributárias e trabalhistas, aspectos cíveis e outros assuntos. A Administração, com base em informações de seus assessores jurídicos e na análise das demandas judiciais pendentes e quanto às ações trabalhistas e cíveis, bem como na experiência anterior referente às quantias reivindicadas, constituiu provisão em montante considerado suficiente para cobrir os prováveis desembolsos futuros de caixa estimados com as ações em curso, como segue: Controladora (BR GAAP) Adições Baixas/ Atualização 31/12/10 (a) reversões (b) monetária Pagamentos 31/12/11 Fiscais Cíveis Trabalhistas Total 474.040 128.293 7.373 6.412 13.687 18.211 495.100 152.916 (257) (3.342) (4.733) (8.332) 930 1.800 258 2.988 (228) (1.517) (462) (2.207) 602.778 10.726 26.961 640.465 Consolidado (IFRS e BR GAAP) Acervo Adições Baixas/ Atualização líquido 31/12/10 (a) reversões (b) monetária Pagamentos incorporado 31/12/11 Fiscais Cíveis Trabalhistas Total 496.683 125.368 7.373 12.017 19.577 23.199 523.633 160.584 (257) (3.342) (8.997) (12.596) 1.148 1.800 327 3.275 (531) (1.517) (462) (2.510) 2.990 625.401 - 16.331 2.631 36.275 5.621 678.007 Controladora (BR GAAP) Adições Baixas/ Atualização Pagamentos 01/01/10 (a) reversões (b) monetária (c) 31/12/10 Fiscais Cíveis Trabalhistas Total 463.069 126.299 11.364 1.914 8.075 5.490 482.508 133.703 (28.915) (6.889) (228) (36.032) 640 1.503 350 2.493 (87.053) (519) (87.572) 474.040 7.373 13.687 495.100 Consolidado (IFRS e BR GAAP) Adições Baixas/ Atualização Pagamentos 01/01/10 (a) reversões (b) monetária (c) 31/12/10 Fiscais Cíveis Trabalhistas Total 484.446 134.243 11.368 1.914 15.764 6.326 511.578 142.483 (35.609) (6.893) (3.020) (45.522) 656 1.503 507 2.666 (87.053) (519) (87.572) 496.683 7.373 19.577 523.633 (a) Correspondem substancialmente ao complemento da provisão para riscos fiscais, referente a tributos com exigibilidade suspensa, registrada em contrapartida de “Impostos sobre serviços” e as demais adições à provisão para riscos foram registradas em contrapartida de “Outras (despesas) receitas operacionais, líquidas”, na demonstração do resultado. (b) Substancialmente representadas pela reversão de provisão para riscos fiscais, cíveis e trabalhistas em virtude de prescrição, processos encerrados ou mudança na avaliação do risco de perda pelos assessores jurídicos da Sociedade e de suas controladas. (c) Substancialmente representados pela liquidação em 2010 da ação movida pela Sociedade desde janeiro de 2003, que questionava judicialmente a majoração da alíquota de apuração do PIS para 1,65%. Esse pagamento foi realizado através do levantamento do respectivo depósito judicial pela Procuradoria Geral da Fazenda Nacional em favor da Receita Federal do Brasil. Processos cíveis Referem-se substancialmente à cobrança de transações realizadas por meio do sistema da Sociedade que não foram repassadas aos estabelecimentos comerciais em virtude do descumprimento de cláusulas que compõem o contrato de afiliação, adicionadas de indenizações pelos prejuízos causados pelas transações não repassadas à época. Em 31 de dezembro de 2011, a provisão para perdas prováveis em ações cíveis é de R$10.726 (Controladora) e R$16.331 (Consolidado) e o saldo de depósito judicial é de R$4.759 (Controladora) e R$6.334 (Consolidado). Adicionalmente, em 31 de dezembro de 2011, existem ações cíveis públicas e inquéritos civis, geralmente movidos pelo Ministério Público ou por entidades de classe, cuja intenção é defender interesses coletivos (como direitos do consumidor e direitos trabalhistas). As decisões pronunciadas pela Justiça nesses casos podem conceder direito a grupos de pessoas (mesmo sem sua concordância). Em muitas situações, a definição do grupo que aproveitará uma eventual decisão favorável só é feita após a decisão final. Processos trabalhistas Referem-se a diversas demandas trabalhistas que, em 31 de dezembro de 2011, incluíam 247 ações trabalhistas contra a Cielo e 70 contra a Servinet, das quais 104 haviam sido movidas por ex-empregados. As ações trabalhistas restantes, 213 no total, foram movidas por empregados de terceiros contratados, alguns dos quais pleiteando o reconhecimento de vínculo empregatício. As ações trabalhistas, quando iniciadas, são consideradas como de probabilidade de perda possível. Somente após decisão do Tribunal elas são reclassificadas como de probabilidade de perda provável ou remota, dependendo do teor da decisão e considerando o histórico de perdas em ações similares. Em geral, as ações trabalhistas são referentes a equiparação salarial, horas extras, reflexo do bônus anual, enquadramento sindical, reconhecimento de vínculo, estabilidade decorrente de doença profissional e dano moral. Em 31 de dezembro de 2011, a provisão para perdas prováveis em ações trabalhistas é de R$26.961 (Controladora) e de R$36.275 (Consolidado) e o saldo de depósito judicial é de R$32 (Consolidado). Processos tributários Correspondem à divergência de interpretação em relação à autoridade fiscal, substancialmente quanto a: Cofins - não cumulatividade - a Sociedade e sua controlada Servinet, em fevereiro de 2004, impetraram mandado de segurança visando afastar a exigibilidade da Cofins nos moldes da Lei nº 10.833/03, que introduziu a sistemática de apuração pelo método não cumulativo à alíquota de 7,6%, e passaram a efetuar o depósito judicial dos valores apurados mensalmente. Como consequência, desde então a diferença entre o imposto devido calculado pela alíquota estabelecida pela sistemática cumulativa e pela não cumulativa vem sendo registrada como provisão para riscos. Os montantes não recolhidos desse tributo estão sendo depositados judicialmente. Em 31 de dezembro de 2011, o valor dessa provisão para riscos é de R$579.256 (Controladora) e de R$599.813 (Consolidado) e o saldo do depósito judicial é de R$567.163 (Controladora) e de R$588.360 (Consolidado). A ação encontra-se no Supremo Tribunal Federal aguardando julgamento. Fundo de Investimentos da Amazônia - FINAM - em 2007, a Sociedade sofreu auto de infração referente ao ano-calendário 2002, exercício 2003. A Receita Federal do Brasil alega a não apresentação do Pedido de Revisão de Ordem de Emissão de Incentivos Fiscais - PERC nos prazos requeridos e, assim, não reconhece a parcela do Imposto de Renda Pessoa Jurídica - IRPJ destinado ao FINAM. Está sendo aguardada a distribuição do Recurso Voluntário para a Câmara do 1º Conselho de Contribuintes. Em 31 de dezembro de 2011, o valor da provisão para riscos constituída é de R$11.896 (Controladora e Consolidado). PIS/PASEP MP nº 212/95 - em abril de 1997, a controlada Servinet obteve a liminar para desobrigá-la do recolhimento das contribuições destinadas ao PIS com base no faturamento. A União interpôs Recurso de Apelação e obteve decisão favorável. Em 26 de agosto de 2010, a controlada entrou com manifestação de prescrição da dívida na Procuradoria Regional da Fazenda Nacional da 3ª Região/SP. Em 31 de dezembro de 2011, o valor da provisão para riscos constituída é de R$1.892 (Consolidado). CSLL 2002 - em 2002, a Sociedade efetuou compensações de um terço do valor recolhido a título da Cofins, com a CSLL, amparada por mandado de segurança e liminar. A União interpôs Recurso de Apelação suspendendo as compensações, glosando os ajustes das obrigações acessórias. Em 2011, a Sociedade ingressou com medida cautelar junto à 2ª Vara Cível da Subseção Judiciária de Osasco/SP; o processo aguarda análise das autoridades. O valor da provisão para riscos constituída é de R$11.297 (Controladora e Consolidado), e do depósito judicial é de R$10.895 (Controladora e Consolidado). A Sociedade e suas controladas ainda possuem outras divergências de interpretação em relação às autoridades fiscais e, para isso, têm provisões para riscos constituídas em 31 de dezembro de 2011 nos montantes de R$329 (Controladora) e de R$503 (Consolidado). Para fazer frente a processos avaliados como riscos possíveis e remotos pelos assessores jurídicos a Sociedade e suas controladas detêm depósito judicial no montante de R$14.400 (Controladora) e de R$17.184 (Consolidado). A Administração da Sociedade e de suas controladas, fundamentada na opinião de seus assessores jurídicos, entende que o efetivo desembolso de referidas provisões não ocorrerá antes de 31 de dezembro de 2016. Adicionalmente, em 31 de dezembro de 2011, a Sociedade e suas controladas possuem ações fiscais, cíveis e trabalhistas envolvendo riscos de perdas avaliadas como possíveis por seus assessores jurídicos, para as quais não há provisão constituída, como segue: Controladora (BR GAAP) Fiscais Cíveis Trabalhistas Total Consolidado (IFRS e BR GAAP) 88.607 103.940 15.648 208.195 98.834 103.940 18.865 221.639 b) Depósitos judiciais Em 31 de dezembro de 2011 e de 2010, a Sociedade e suas controladas mantêm depósitos judiciais vinculados às provisões tributárias, trabalhistas e cíveis, os quais estão assim demonstrados: 01/01/10 Fiscais Cíveis Total Adição Controladora (BR GAAP) Baixa 31/12/10 Adição 430.881 135.528 (102.367) 2.399 3.773 (2.969) 433.280 139.301 (105.336) 464.042 128.416 3.203 2.215 467.245 130.631 Baixa 31/12/11 (659) (659) 592.458 4.759 597.217 Consolidado (IFRS e BR GAAP) 01/01/10 Adição Baixa 31/12/10 Adição Baixa 31/12/11 Fiscais Cíveis e trabalhistas Total 452.078 135.951 (102.433) 485.596 130.843 3.214 4.425 (4.031) 3.608 3.429 (671) 455.292 140.376 (106.464) 489.204 134.272 (671) 616.439 6.366 622.805 19. OBRIGAÇÕES A PAGAR - SECURITIZAÇÃO NO EXTERIOR Referem-se à operação de securitização descrita nas notas explicativas nº 1 e nº 6, representando a obrigação de a Sociedade entregar os direitos creditórios denominados em moeda estrangeira gerados ou a serem gerados por ela contra a Visa International Service Association, decorrente, principalmente, de operações de compra de bens/serviços com cartões de crédito e de débito da bandeira VISA nos estabelecimentos comerciais brasileiros realizadas por pessoas físicas residentes e domiciliadas no exterior, que foram objeto de contrato de cessão de fluxo futuro de direitos creditórios para a Brazilian Merchant Voucher Receivables Limited, sociedade de propósito específico constituída em Grand Cayman, que emitiu títulos no mercado internacional, lastreados nos recebíveis cedidos pela Sociedade. A parcela registrada no passivo circulante em 31 de dezembro de 2010 foi liquidada no primeiro semestre de 2011. 20. PATRIMÔNIO LÍQUIDO a) Capital social O capital social em 31 de dezembro de 2011 está representado por 545.913.520 ações ordinárias (1.364.783.800 ações ordinárias em 2010), todas subscritas e integralizadas. Conforme mencionado na nota explicativa nº 21.a), a quantidade de ações em circulação em 31 de dezembro de 2011 é de 544.529.228 (1.360.286.034 ações em 31 de dezembro de 2010). O capital social poderá ser aumentado em até 2.400.000.000 de ações ordinárias, independentemente de reforma estatutária, mediante deliberação do Conselho de Administração, competente para fixar o preço de emissão, as demais condições e os prazos de subscrição e de integralização de ações no limite do capital autorizado. Exceto nos casos descritos a seguir, os acionistas terão preferência para a subscrição de aumento de capital, sendo 30 dias corridos para o exercício desse direito contados a partir da publicação da ata do Conselho de Administração que deliberar o aumento. No limite do capital autorizado, a Sociedade pode outorgar opção de ação de compra ou subscrição de ações a seus administradores e empregados. O Conselho de Administração poderá excluir o direito de preferência ou reduzir o prazo para o seu exercício, na emissão de ações, debêntures conversíveis em ações ou bônus de subscrição cuja colocação seja feita mediante venda em bolsa de valores, subscrição pública ou permuta, dentro do limite do capital autorizado. Ainda, o Conselho de Administração deverá dispor sobre as sobras não subscritas em aumento de capital, durante o prazo de exercício de preferência, determinando, antes da venda destas em bolsa de valores em benefício da Sociedade, o rateio, na proporção dos valores subscritos, entre os acionistas que tiverem manifestado, no boletim ou na lista de subscrição, interesse em subscrever as eventuais sobras. Conforme ata das Assembleias Gerais Ordinária e Extraordinária realizadas em 29 de abril de 2011, foi aprovado o aumento de capital social da Sociedade no montante de R$163.835. Para efetivação do aumento de capital social foi utilizada a totalidade do saldo da reserva legal, no montante de R$20.000, bem como o montante de R$143.835, proveniente da reserva de orçamento de capital em 31 de dezembro de 2010. b) Reserva de capital Representa os custos com remuneração baseada em ações e os ágios nas subscrições de ações referentes às contribuições de capital por acionistas que ultrapassaram a importância destinada à formação do capital social. O saldo da reserva de capital em 31 de dezembro de 2011 é de R$88.888 (R$83.532 em 31 de dezembro de 2010). c) Ações em tesouraria Em 23 de novembro de 2009, o Conselho de Administração da Sociedade, em consonância com as disposições do artigo 17 do seu Estatuto Social, do artigo 30 da Lei nº 6.404/76, da Instrução CVM nº 10/80, conforme alteração, e da Instrução CVM nº 358/02 e de suas alterações posteriores, aprovou a aquisição de até 6.000.000 de ações ordinárias, sem valor nominal, de sua própria emissão, para cancelamento, alienação ou manutenção em tesouraria e, em especial, para atender ao exercício das opções outorgadas no âmbito do Plano de Opção de Compra de Ações da Sociedade, sem redução de capital social, dentro do prazo de 180 dias a partir daquela data, com encerramento, portanto, no dia 21 de maio de 2010. Adicionalmente, essas aquisições de ações de emissão pela própria Sociedade estão limitadas ao saldo disponível na conta “Reserva de capital” apurada durante o exercício social, observados os artigos 1º e 12 da Instrução CVM nº 10/80. Cabe à Administração da Sociedade definir a oportunidade e a quantidade de ações a ser adquirida, dentro dos limites autorizados. A movimentação das ações em tesouraria está assim representada: Controladora (BR GAAP) e Consolidado (IFRS e BR GAAP) Custo médio Ações Valor R$ por ação Saldo em 1º de janeiro de 2010 Recompra - maio de 2010 Exercício de opção de compra de ações: Julho de 2010 Agosto de 2010 Setembro de 2010 Outubro de 2010 Novembro de 2010 Dezembro de 2010 Saldo final em 31 de dezembro de 2010 Exercício de opção de compra de ações: Janeiro de 2011 Março de 2011 Abril de 2011 Saldo de ações em tesouraria antes da bonificação Aumento das ações em tesouraria em decorrência da bonificação (a) Exercício de opção de compra de ações em maio de 2011 Saldo de ações em tesouraria antes do grupamento 4.532.300 188.000 (69.228) (3.001) 15,27 15,96 (91.265) 1.397 (73.832) 1.130 (6.956) 106 (21.898) 335 (8.800) 135 (19.783) 303 4.497.766 (68.823) 15,30 15,30 15,30 15,30 15,30 15,32 15,32 (7.100) (4.999) (10.966) 4.474.701 92 64 145 - 12,92 12,94 12,76 - 894.940 (1.500) 5.368.141 58 38,80 Controladora (BR GAAP) e Consolidado (IFRS e BR GAAP) Custo médio Ações Valor R$ por ação Redução das ações em tesouraria em decorrência do grupamento (b) Exercício de opção de compra de ações: Junho de 2011 Julho de 2011 Agosto de 2011 Setembro de 2011 Outubro de 2011 Novembro de 2011 Dezembro de 2011 Saldo final em 31 de dezembro de 2011 (3.578.761) - - (22.914) 893 (71.696) 2.896 (48.340) 1.963 (100.656) 4.312 (16.863) 749 (137.305) 6.446 (7.314) 346 1.384.292 (50.859) 38,99 40,40 40,61 42,84 44,41 46,95 47,33 47,33 (a) Bonificação: foram emitidas novas ações ordinárias, atribuindo-se aos acionistas, gratuitamente, a título de bonificação 1 (uma) nova ação ordinária para cada lote de 5 (cinco) ações ordinárias de que fossem titulares, gerando um efeito de 894.940 novas ações. (b) Grupamento: em maio de 2011, em razão do grupamento na proporção de 3 (três) ações para cada 1 (uma) ação, houve um efeito de redução de 3.578.761 ações na quantidade de ações em circulação. As ações adquiridas serão mantidas em tesouraria para posterior alienação, cancelamento ou utilização no exercício das opções de compra de ações outorgadas aos administradores e colaboradores da Sociedade. O saldo das ações em tesouraria em 31 de dezembro de 2011 é de R$50.859. d) Reserva de lucros - legal Está representada pelos montantes constituídos à razão de 5% do lucro líquido apurado no encerramento do exercício, nos termos do artigo 193 da Lei nº 6.404/76, até o limite de 20% do capital social. O saldo da reserva legal em 31 de dezembro de 2011 é de R$52.767 (R$20.000 em 31 de dezembro de 2010). e) Reserva de lucros - orçamento de capital Em 31 de dezembro de 2011, foi constituída reserva de lucros em razão da retenção de parte do lucro líquido do exercício, nos termos do artigo 196 da Lei nº 6.404/76 e do artigo 5º, parágrafo único, da Instrução CVM nº 469, de 2 de maio de 2008. Referida retenção referente ao exercício de 2011 está fundamentada em orçamento de capital, elaborado pela Administração e aprovado pelo Conselho de Administração no dia 8 de fevereiro de 2012, o qual será submetido à aprovação dos acionistas em Assembleia Geral Ordinária a ser realizada em 20 de abril de 2012. A proposta de orçamento de capital está justificada pela necessidade de aplicação em capital de giro, que visará substancialmente fomentar a operação de recebíveis – ARV. Caso referida proposta seja aprovada pela assembleia, parte dos recursos retidos será utilizada para o aumento do capital social da Sociedade. O saldo da reserva de orçamento de capital em 31 de dezembro de 2011 é de R$708.202 (R$143.836 em 31 de dezembro de 2010). f) Política de distribuição de dividendos e juros sobre o capital próprio Aos acionistas é assegurado, estatutariamente, dividendo mínimo de 50% sobre os lucros auferidos, após a constituição da reserva legal de 5% do lucro líquido do exercício, até que essa reserva atinja 20% do capital social. O saldo remanescente de lucro líquido do exercício societário será destinado de acordo com a deliberação da Assembleia Geral. A Sociedade registra, no encerramento do exercício social, provisão para o montante de dividendo mínimo que ainda não tenha sido distribuído durante o exercício até o limite do dividendo mínimo obrigatório descrito anteriormente. O Estatuto Social faculta à Sociedade o direito de levantar balanços semestrais ou em períodos menores e, com base neles, respeitados os limites previstos em lei, o Conselho de Administração poderá aprovar a distribuição de dividendos à conta de lucro. Poderá ainda, o Conselho de Administração declarar dividendos intermediários à conta de lucros existentes, com base no último balanço aprovado pelos Acionistas. Durante reunião do Conselho de Administração realizada em 9 de fevereiro de 2011, foi deliberada a distribuição de complemento dos dividendos e juros sobre o capital próprio sobre os lucros, com base nas demonstrações financeiras de 31 de dezembro de 2010, no montante de R$838.261, sendo R$7.236 a título de juros sobre o capital próprio e R$831.025 a título de dividendos. Esses dividendos foram pagos aos acionistas em 31 de março de 2011. Conforme ata da reunião do Conselho da Administração realizada em 25 de agosto de 2011, foi deliberada “ad referendum” da Assembleia Geral Ordinária a distribuição de dividendos intermediários equivalentes a 70% do resultado do semestre findo em 30 de junho de 2011, no montante de R$564.075, sendo R$24.100 (R$20.485, líquidos de IRRF) a título de juros sobre o capital próprio e R$539.975 a título de dividendos. Os proventos foram pagos aos acionistas em 30 de setembro de 2011. Adicionalmente, em 8 de fevereiro de 2012, o Conselho de Administração aprovou “ad referendum” da Assembleia Geral Ordinária, que será realizada em 20 de abril de 2012, a proposta para pagamento de dividendos e juros sobre o capital próprio, nos montantes de R$658.636 e R$7.578 (R$6.441, líquidos de IRRF), respectivamente, referentes aos resultados auferidos no exercício de 2011, que, somados aos R$539.975 de dividendos e R$24.100 de juros sobre o capital próprio pagos em setembro de 2011, correspondem a uma distribuição de aproximadamente 70% do lucro líquido auferido no exercício de 2011. Os dividendos foram calculados conforme demonstrado a seguir: Lucro líquido do exercício Reserva de lucros - reserva legal Base de cálculo dos dividendos mínimos 1.810.327 (52.767) 1.757.560 Dividendos intercalares pagos Dividendos provisionados Juros sobre o capital próprio pagos Juros sobre o capital próprio provisionados IRRF sobre os juros sobre o capital próprio Dividendo mínimo obrigatório anual - 50% 539.975 311.879 24.100 7.578 (4.752) 878.780 Valor excedente ao dividendo mínimo obrigatório 346.760 A parcela dos dividendos excedente ao dividendo mínimo obrigatório, declarada pela Administração após o período contábil a que se referem as demonstrações financeiras, mas antes da data de autorização para emissão destas, não deverá ser registrada como passivo nas respectivas demonstrações financeiras, devendo os efeitos da parcela dos dividendos complementares ser divulgados em nota explicativa. Portanto, em 31 de dezembro de 2010, o valor excedente ao mínimo obrigatório de R$346.760 foi registrado no patrimônio líquido como “Dividendo adicional proposto”. 21. LUCRO POR AÇÃO a) Movimentação do número de ações ordinárias Ações emitidas Saldo em 1º de janeiro de 2010 Recompra de ações para tesouraria - maio de 2010 Exercício de opção de compra de ações - julho de 2010 Exercício de opção de compra de ações - agosto de 2010 Exercício de opção de compra de ações - setembro de 2010 Exercício de opção de compra de ações - outubro de 2010 Exercício de opção de compra de ações - novembro de 2010 Exercício de opção de compra de ações - dezembro de 2010 Ações em 31 de dezembro de 2010 Exercício de opção de compra de ações: Janeiro de 2011 Março de 2011 Abril de 2011 Efeito da bonificação Saldo após bonificação Exercício de opção de compra de ações - maio de 2011 Efeito do grupamento Saldo após o grupamento Exercício de opção de compra de ações: Junho de 2011 Julho de 2011 Agosto de 2011 Setembro de 2011 Outubro de 2011 Novembro de 2011 Dezembro de 2011 Controladora (BR GAAP) e Consolidado (IFRS e BR GAAP) Ordinárias 1.360.251.500 (188.000) 91.265 73.832 6.956 21.898 8.800 19.783 1.360.286.034 7.100 4.999 10.966 272.061.820 1.632.370.919 1.500 (1.088.248.279) 544.124.140 22.914 71.696 48.340 100.656 16.863 137.305 7.314 544.529.228 b) Lucro por ação Conforme requerido pelo CPC 41 - Resultado por Ação, a seguir estão reconciliados o lucro líquido e a média ponderada das ações em circulação com os montantes usados para calcular o lucro por ação básico e diluído. Em 2 de maio de 2011, houve o aumento do capital social em R$163.835 mediante capitalização de reserva de orçamento de capital e reserva legal, atribuindo-se aos acionistas, gratuitamente, a título de bonificação, uma nova ação ordinária para cada lote de cinco ações ordinárias. Adicionalmente, em 4 de maio de 2011, foi realizado o grupamento de ações da Sociedade, na proporção de três ações para cada uma ação representativa do capital social. Esses eventos foram considerados retrospectivamente no cálculo do lucro básico e diluído, como se tivessem ocorrido no início do exercício mais antigo apresentado, como segue: Lucro por ação básico Controladora (BR GAAP) 2011 2010 Lucro líquido do exercício disponível para as ações ordinárias Média ponderada das ações ordinárias em circulação (em milhares) Lucro por ação (em R$) - básico Consolidado (IFRS e BR GAAP) 2011 2010 1.810.327 1.829.334 1.810.327 1.829.334 544.257 3,3262 544.113 3,3620 544.257 3,3262 544.113 3,3620 Lucro por ação diluído Controladora (BR GAAP) 2011 2010 Lucro líquido do exercício disponível para as ações ordinárias Denominador diluído: Média ponderada das ações ordinárias em circulação (em milhares) (*) Potencial incremento nas ações ordinárias em virtude do plano de opção de ações Total (em milhares) Lucro por ação (em R$) - diluído Consolidado (IFRS e BR GAAP) 2011 2010 1.810.327 1.829.334 1.810.327 1.829.334 544.257 544.113 544.257 544.113 724 544.981 634 544.747 724 544.981 634 544.747 3,3218 3,3581 3,3218 3,3581 (*) Ajustada retrospectivamente para contemplar os efeitos da bonificação e grupamento ocorridos em 2011. 22. RECEITA LÍQUIDA Controladora (BR GAAP) 2011 2010 Receita de comissões Receita de aluguel Receita de prestação de outros serviços Impostos sobre serviços Total Consolidado (IFRS e BR GAAP) 2011 2010 3.271.506 3.103.250 3.268.439 3.103.250 1.101.160 1.168.832 1.101.946 1.169.895 141.908 105.727 335.761 187.834 (463.405) (450.510) (497.420) (468.485) 4.051.169 3.927.299 4.208.726 3.992.494 23. DESPESAS POR NATUREZA A Sociedade optou por apresentar a demonstração do resultado consolidado por função. O detalhamento dos custos dos serviços prestados e das despesas operacionais líquidas por natureza está apresentado a seguir: Controladora (BR GAAP) 2011 2010 Consolidado (IFRS e BR GAAP) 2011 2010 Despesas com pessoal Depreciações e amortizações Serviços profissionais Gastos com adquirência (a) Marketing e vendas (b) Custo com medicamentos e créditos de celulares em controladas (c) Outros Total 211.008 228.749 214.887 986.701 184.665 192.255 190.013 150.006 877.896 123.506 311.090 237.792 100.211 990.306 184.885 250.535 193.371 77.672 880.493 123.664 95.884 1.921.894 32.162 1.565.838 100.848 132.878 2.058.010 39.962 56.176 1.621.873 Classificadas como: Custo dos serviços prestados Despesas de pessoal Despesas gerais e administrativas Marketing e vendas Outras despesas operacionais Total 1.273.584 118.254 290.482 184.665 54.909 1.921.894 1.110.924 110.949 214.487 123.506 5.972 1.565.838 1.425.240 195.116 195.580 184.885 57.189 2.058.010 1.180.827 157.790 153.622 123.664 5.970 1.621.873 (a) Os gastos com adquirência são substancialmente representados por despesa de logística e manutenção de equipamentos POS, suprimentos a estabelecimentos comerciais, credenciamento e atendimento a clientes, serviços de telecomunicações, de captura e de processamento de transações. (b) As despesas de marketing e vendas incluem campanhas de desenvolvimento da marca, propaganda e publicidade, endomarketing e incentivos de vendas a parceiros e bancos emissores. (c) Corresponde ao custo do produto vendido referente a medicamentos e crédito de minutos para celulares vendidos pelas controladas indiretas Precisa e Multidisplay, respectivamente. 24. FILIAL NO EXTERIOR A Sociedade efetua operações (nota explicativa nº 1) por meio de sua filial em Grand Cayman, Ilhas Britânicas Ocidentais. O saldo das contas patrimoniais e do resultado das operações dessa filial, em 31 de dezembro de 2011, consolidado com as contas da Sociedade (matriz), após eliminações, é o seguinte: ativos circulante e não circulante - R$6.614 (R$49.765 em 2010), passivos circulante e não circulante - não há (R$42.983 em 2010) e patrimônio líquido R$6.614 (R$6.782 em 2010). O prejuízo do exercício findo em 31 de dezembro de 2011 foi de R$167 (lucro de R$252 em 2010). No exercício findo em 31 de dezembro de 2011, a perda da variação cambial sobre a tradução das informações financeiras da filial em Grand Cayman, de R$69 (ganho de R$148 em 2010), foi registrada na rubrica “Resultado financeiro”. 25. TRANSAÇÕES E SALDOS COM PARTES RELACIONADAS No curso habitual das atividades e em condições de mercado, são mantidas pela Sociedade operações com partes relacionadas, tais como contas a receber dos bancos emissores, que são conglomerados financeiros sobre os quais os acionistas controladores detêm participação acionária, bem como despesas e receitas com serviços prestados pela Servinet, Orizon, Multidisplay, M4 Produtos, Braspag e Paggo Soluções. A Sociedade, na realização de seus negócios e na contratação de serviços, realiza cotações e pesquisas de mercado tendo por critério a busca pelas melhores condições técnicas e de preços, cabendo a decisão pela realização das transações, independentemente de estas serem realizadas entre partes relacionadas ou não, ao responsável da área que motivou a contratação do produto ou serviço. Ainda, a natureza das atividades da Sociedade faz com que ela celebre contratos com diversos emissores, sendo alguns deles seus acionistas diretos ou indiretos. A Sociedade acredita que em todos os contratos firmados com suas partes relacionadas são observadas condições equânimes de mercado (“arm’s-length basis”). As tabelas a seguir incluem os saldos em 31 de dezembro de 2011 e de 2010 e o valor, discriminado por modalidades de contrato, acionistas e controladas, das operações com partes relacionadas em que a Sociedade participa relativas aos exercícios findos naquelas datas: Acionistas Banco Banco do Bradesco S.A. Brasil S.A. Ativos (passivos): Aplicações financeiras (a) Contas a receber operacionais Contas a receber de controlada Direitos a receber - securitização no exterior (d) Contas a pagar a controladas (f) 141.740 853 - 19.560 1.361 - - Controladora (BR GAAP) 2011 Controladas 2010 Servinet Orizon M4U CieloPar - 134 - (10.926) - - Total Total - 161.300 2.214 134 (129) - - 42.983 (11.055) (6.565) Controladora (BR GAAP) 2011 Controladas 2010 Acionistas Banco Banco do Bradesco S.A. Brasil S.A. Servinet Orizon M4U CieloPar Receitas: Receitas de aplicações financeiras (a) Receitas de prestação de outros serviços (b) Receitas de aluguel de equipamentos POS (c) Receita de securitização de recebíveis no exterior (d) Despesas: Outras despesas operacionais comissão de afiliação Outras despesas operacionais (e) Contratos de prestação de serviços com a Servinet (f) 86.107 849 165 Total Total 14.390 3.052 - - - - 17.442 8.704 6.452 6.552 - - 3.347 - 16.351 9.863 - - - 1.839 - - 1.839 2.460 - - - - - - - 476 (7.165) (10.398) (5.755) (1.921) - - - - - (119.436) - - - (119.436) (79.300) - (12.920) (12.319) (20.825) (a) As aplicações financeiras, quanto a prazos, encargos e taxas de remuneração, foram realizadas em condições semelhantes às que seriam aplicáveis a partes não relacionadas. (b) Correspondem a serviços de prevenção a fraude e trava de domicílio bancário prestados pela Sociedade aos bancos acionistas e comissão sobre processamento de transações para a M4 Produtos e Multidisplay. Essas transações com partes relacionadas são efetuadas a preços e condições semelhantes àqueles praticados com outros bancos emissores. (c) Vide nota explicativa nº 5.(c). (d) Vide nota explicativa nº 6. (e) Serviços contratados com bancos acionistas, referentes a: (i) seguro de vida coletivo empresarial; (ii) seguros hospitalar e odontológico; e (iii) contrato de previdência privada. A Sociedade entende que as condições financeiras praticadas pelos bancos acionistas, quanto a preços, prazos e demais condições, foram realizadas em condições semelhantes àquelas praticadas com terceiros. (f) A Sociedade contratou a Servinet para prestar serviços de instalação e manutenção dos equipamentos POS nos estabelecimentos comerciais. A remuneração prevista pelos serviços prestados é estabelecida com base nos custos incorridos pela Servinet quando da prestação dos referidos serviços, acrescidos de impostos e contribuições, bem como de margem de remuneração. Principais transações com partes relacionadas Saldos de bancos emissores Os valores a receber de bancos emissores, apresentados líquidos na rubrica “Contas a pagar a estabelecimentos”, referem-se aos montantes que devem ser repassados pelos emissores à Sociedade decorrentes das transações realizadas com cartões de crédito e de débito, os quais serão posteriormente repassados pela Sociedade aos estabelecimentos credenciados. Essas transações com partes relacionadas são efetuadas a preços e condições semelhantes àqueles praticados com os demais emissores de cartões de crédito ou de débito. Incentivos a bancos domicílio A Sociedade detém contratos com bancos domicílio que visam incentivar os faturamentos de comissões e operações de antecipações de recebíveis. Nesses contratos, a Sociedade remunera os bancos de acordo com metas de performance neles estabelecidas. Antecipação da agenda de recebíveis com bancos emissores A Sociedade detém contratos de antecipação de valores vincendos, referente aos repasses que o banco emissor acionista deve fazer à Sociedade em razão das transações efetuadas pelos clientes do banco portadores dos cartões de crédito. Essas operações de antecipação são realizadas para a geração de capital de giro de curto prazo e os valores depositados em conta corrente são líquidos das taxas de antecipação, “pro rata temporis”, calculados com taxas de mercado que não diferem substancialmente daquelas praticadas por bancos emissores que não são acionistas da Sociedade. Serviços de utilização da rede credenciada Cielo (“Value Added Network” - VAN) A Sociedade detém contratos de serviço com a Companhia Brasileira de Soluções e Serviços (“CBSS”). Tais serviços incluem captura, autorização e processamento de transações com cartões VISAVALE, bem como o atendimento aos estabelecimentos comerciais, serviços de “back office” operacional e financeiro, prevenção à fraude, emissão de extrato e controle financeiro das transações eletrônicas resultantes dessas transações. As taxas e tarifas cobradas por essas transações com partes relacionadas são efetuadas a preços e condições semelhantes àqueles praticados com os demais parceiros terceiros. Serviços de VAN e taxa de conectividade - Amex Em 30 de junho de 2010 a Sociedade assinou um contrato não exclusivo de prestação de serviços de captura de transações de cartões emitidos com a Bandeira Amex (VAN), com a BankPar S.A. (“BankPar”), empresa do grupo Bradesco S.A. licenciada dos direitos da bandeira American Express no Brasil. Adicionalmente, em dezembro de 2011, foi assinado o termo aditivo ao contrato de prestação de serviço, cujo objetivo é a renovação do contrato de VAN até 31 de dezembro de 2012, bem como a equalização dos benefícios econômicos da Sociedade e da BankPar decorrentes desse contrato, conforme avaliação feita sob assessoria de banco de investimento especializado. Em termos financeiros, tal equalização foi realizada pela inclusão da taxa de conectividade devida pela Sociedade à BankPar, referente à disponibilização de tecnologia que viabiliza o acesso da Sociedade à base dos sistemas de adquirência de estabelecimentos afiliados à bandeira American Express (Amex), e resultou em um pagamento de R$ 38 milhões. A expansão da parceria com a bandeira Amex tem alto potencial de geração de valor a companhia à medida que complementa seu portfólio de bandeiras. A assinatura de referidos documentos teve a aprovação do Conselho de Administração, observados para tanto os impedimentos legais. Trava de domicílio bancário É decorrente de contratos de prestação de serviços de trava de domicílio bancário firmados com vários bancos, cujo serviço consiste em assegurar aos bancos a trava do domicílio bancário dos estabelecimentos credenciados que venham a efetuar operações financeiras com eles. Essas transações com partes relacionadas são efetuadas a preços e condições semelhantes àqueles praticados com os demais bancos domicílio. Escrituração de ações da Cielo Contrato de prestação de serviços de escrituração de ações da Cielo firmado com o Banco Bradesco S.A., pelo qual este presta serviços de escrituração de ações e de agente emissor de certificados de ações de emissão da Sociedade. Serviços operacionais - programa de emissão de ações Contrato que consiste na prestação de serviços operacionais para o programa de opções de ações (“stock options”) e respectivas outorgas firmado com a Bradesco S.A. Corretora de Títulos e Valores Mobiliários. Outros contratos pulverizados Além dos saldos registrados, a Sociedade mantém outros serviços contratados com os principais acionistas, a saber: Serviços de “Cash Management”. Seguros contratados. Serviços de previdência complementar. Cartão de crédito corporativo. Garantias internacionais. Serviço de pagamento a fornecedores. 26. IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL A seguir está demonstrada a reconciliação da taxa efetiva do imposto de renda e da contribuição social para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2011 e de 2010: Controladora (BR GAAP) 2011 2010 Lucro líquido antes do imposto de renda e da contribuição social Alíquotas vigentes - % Imposto de renda e contribuição social às alíquotas vigentes Benefício fiscal dos juros sobre o capital próprio Incentivos fiscais (a) Efeito sobre diferenças permanentes, líquidas (b) Imposto de renda e contribuição social Correntes Diferidos Consolidado (IFRS e BR GAAP) 2011 2010 2.689.162 34 2.739.460 34 2.704.349 34 2.745.043 34 (914.315) 10.770 20.542 4.168 (878.835) (931.416) 11.280 16.600 (6.590) (910.126) (919.479) 10.770 20.542 733 (887.434) (933.315) 11.280 16.600 (8.694) (914.129) (967.953) 89.118 (945.450) 35.324 (978.080) 90.646 (947.310) 33.181 (a) Correspondem a incentivos fiscais relacionados à Lei Rouanet, Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente, Programa de Amparo ao Trabalhador - PAT e Lei do Esporte. (b) Representado substancialmente por provisões para riscos e resultado de equivalência patrimonial, indedutíveis na apuração do lucro real e da base negativa da contribuição social. 27. INSTRUMENTOS FINANCEIROS Os valores de realização estimados de ativos e passivos financeiros da Sociedade e de suas controladas foram determinados por meio de informações disponíveis no mercado e metodologias apropriadas de avaliação. Entretanto, considerável julgamento foi requerido na interpretação dos dados de mercado para produzir a estimativa do valor de realização mais adequada. Como consequência, as estimativas a seguir não indicam, necessariamente, os montantes que poderão ser realizados no mercado. O uso de diferentes metodologias de mercado pode ter um efeito material nos valores de realização estimados. A administração desses instrumentos é efetuada por meio de estratégias operacionais, visando à liquidez, rentabilidade e segurança. A política de controle consiste em acompanhamento permanente das taxas contratadas versus as vigentes no mercado. A Sociedade e suas controladas não efetuam aplicações de caráter especulativo, seja em derivativos, seja em outro ativo de risco. a) Ativos e passivos financeiros: Os ativos e passivos financeiros da Sociedade e de suas controladas são caixa e equivalentes de caixa, contas a receber operacional, depósitos judiciais, e contas a pagar a estabelecimentos e fornecedores. Em 31 de dezembro de 2011, os valores estimados de mercado dos instrumentos financeiros podem ser assim demonstrados: 31/12/11 Categoria Caixa e equivalentes de caixa Contas a receber operacional Contas a receber de controladas Depósitos judiciais Fornecedores Contas a pagar a estabelecimentos Contas a pagar a controlada Contas a pagar aquisição de controlada Empréstimos e financiamentos Controladora (BR GAAP) Valor Valor de mercado contábil Consolidado (IFRS e BR GAAP) Valor Valor de contábil mercado Empréstimos e recebíveis 240.998 240.998 292.915 292.915 Empréstimos e recebíveis 2.971.796 2.971.796 3.019.499 Empréstimos e recebíveis 134 134 3.019.49 9 - Empréstimos e recebíveis Outros passivos financeiros Outros passivos financeiros 597.217 230.259 1.660.367 597.217 230.259 1.660.367 622.805 289.815 1.660.36 7 622.805 289.815 1.660.367 Outros passivos financeiros 11.055 11.055 - - Outros passivos financeiros - - 25.050 25.050 Outros passivos financeiros 150.848 150.848 150.848 150.848 - O valor de mercado dos ativos financeiros e dos financiamentos de curto e longo prazos, quando aplicável, foi determinado utilizando taxas de juros correntes disponíveis para operações remanescentes, com condições e vencimentos similares. b) Risco de crédito A Sociedade dispõe de instrumento para mitigação de risco de crédito dos bancos emissores dos cartões bandeira VISA, com o intuito de proteger-se de eventual risco de “default” dessas instituições. Esse instrumento de proteção está respaldado na obrigação assumida pela bandeira VISA, conforme estabelecido no regulamento internacional, em garantir o repasse aos estabelecimentos afiliados à Sociedade de todas as vendas realizadas com os cartões VISA nas respectivas datas de vencimento, caso ocorra inadimplência de um determinado emissor. O modelo de garantia implementado pela bandeira VISA, em conjunto com a Sociedade, prevê a solicitação de garantias (reais ou bancárias) considerando o risco de crédito do emissor, os volumes das vendas realizadas com os cartões VISA e o risco residual da inadimplência dos portadores de cartões. O fornecimento das garantias é obrigatório para todos os emissores classificados com risco de crédito e os valores são revistos periodicamente pela bandeira VISA e pela Sociedade. Caso não sejam oferecidas as garantias solicitadas, o emissor não é aceito como membro do sistema ou perde essa condição. A partir de 1º de julho de 2010 a Sociedade também passou a ser credenciadora no Brasil para a bandeira MASTERCARD, sendo o risco de crédito dos bancos emissores desses cartões garantido pela própria bandeira em caso de inadimplência desses bancos emissores para com a Sociedade. A bandeira MASTERCARD estabelece a necessidade de garantias, reais ou bancárias, para os bancos emissores participantes do sistema. Caso não sejam oferecidas as garantias solicitadas, o emissor não é aceito como membro do sistema ou perde essa condição. Os sistemas das bandeiras também preveem a possibilidade de que as transações efetuadas com cartões de crédito sejam contestadas pelos respectivos portadores, dentro de determinados prazos, contados da data de processamento da transação. Para tanto, a Sociedade firma contrato de afiliação com todos os estabelecimentos comerciais credenciados no qual estão definidas todas as regras para aceitação dos cartões no ponto de venda. Se ocorrerem contestações pelos portadores e o estabelecimento não mais estiver credenciado na data da reclamação ou não tiver valores a receber da Sociedade, será efetuada cobrança por meio de débito em conta corrente ou escritórios especializados na recuperação de créditos, existindo a possibilidade de perdas para a Sociedade. Aos estabelecimentos credenciados que não mantêm sistemas próprios para a captura eletrônica de transações a Sociedade disponibiliza, mediante contrato de locação, o equipamento POS. O valor do aluguel é descontado, no seu vencimento, do montante das transações liquidadas pelos estabelecimentos. Entretanto, há a possibilidade de não recebimento do valor do aluguel na data de vencimento em razão da inexistência de saldos a serem pagos aos estabelecimentos. Nesses casos, a Sociedade faz a gestão da cobrança desses valores por meio de débito de vendas futuras, conta corrente ou recuperação através de escritórios especializados na recuperação de créditos, podendo haver perdas dos valores de aluguel. c) Risco de fraude A Sociedade utiliza um sofisticado sistema antifraude no monitoramento das transações efetuadas com cartões de crédito e de débito, que aponta e identifica transações suspeitas de fraude no momento da autorização e envia um alerta ao banco emissor do cartão para que este contate o portador do cartão. d) Risco de taxa de câmbio A Sociedade dispõe de operação de proteção contra oscilação de moedas, que consiste na pré-venda dos dólares norte-americanos a receber convertidos pela mesma taxa de câmbio utilizadas pelas bandeiras, o que reduz significativamente eventuais riscos de exposição de oscilação da moeda. Não existem operações significativas em moeda estrangeira que possam causar variações relevantes no resultado da Sociedade, em virtude dos efeitos da volatilidade da taxa de câmbio sobre os demais ativos e passivos atrelados a moedas estrangeiras, principalmente o dólar norte-americano. Em 31 de dezembro de 2011, a exposição líquida ao risco da taxa de câmbio em milhares de dólares norte-americanos é como segue: Controladora (BR GAAP) e Consolidado (IFRS e BR GAAP) Ativo: Caixa e bancos Aplicações financeiras 8.234 1.601 9.835 Passivo: Contas a pagar a estabelecimentos comerciais Posição comprada de dólares norte-americanos (5.534) 4.301 e) Risco de taxa de juros Os resultados da Sociedade estão suscetíveis a variações significativas decorrentes das operações de aplicações financeiras contratadas a taxas de juros flutuantes. De acordo com suas políticas financeiras, a Sociedade vem aplicando seus recursos em instituições financeiras de primeira linha, não tendo efetuado operações envolvendo instrumentos financeiros que tenham caráter especulativo. f) Análise de sensibilidade de variações na taxa de juros - aplicações financeiras e empréstimos e financiamentos Os rendimentos oriundos das aplicações financeiras da Sociedade são afetados pelas variações na taxa de CDI e os empréstimos pela variação da TJLP. Em 31 de dezembro de 2011, estimando o aumento ou a redução de 10%, 25% e 50% nas taxas de juros, haveria aumento ou redução das receitas (despesas), conforme segue: 10% Aplicações financeiras Empréstimos e financiamento 25% 50% 2.938 7.345 14.691 (115) (285) (578) g) Derivativos Durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2011 e de 2010, a Sociedade não manteve operações com instrumentos financeiros na forma de derivativos. h) Instrumentos financeiros por categoria Categoria Controladora (BR GAAP) 31/12/11 31/12/10 Consolidado (IFRS e BR GAAP) 31/12/11 31/12/10 Ativo Caixa e equivalentes de caixa Contas a receber operacional Contas a receber de controladas Depósitos judiciais Direitos a receber - securitização no exterior Total Empréstimos e recebíveis Empréstimos e recebíveis Empréstimos e recebíveis Empréstimos e recebíveis Empréstimos e recebíveis 240.998 221.542 292.915 250.603 2.971.796 2.192.915 3.019.499 2.210.282 134 165 - - 597.217 467.245 622.805 489.204 3.810.145 42.983 2.924.850 3.935.219 42.983 2.993.072 1.660.367 1.168.440 1.660.367 1.168.440 230.259 145.875 289.815 180.761 11.055 25.946 - - - 42.959 - 42.959 - - 25.050 25.050 150.848 2.052.529 1.383.220 150.848 2.126.080 1.417.210 Passivo Contas a pagar a estabelecimentos Fornecedores Contas a pagar a controlada Obrigações a pagar - securitização no exterior Contas a pagar - aquisição de controlada Empréstimos e financiamentos Total Outros passivos financeiros Outros passivos financeiros Outros passivos financeiros Outros passivos financeiros Outros passivos financeiros Outros passivos financeiros 28. COMPROMISSOS A Sociedade tem como principais atividades os serviços de captura, transmissão, processamento e liquidação financeira das transações realizadas com cartões de crédito e de débito das bandeiras. Para viabilizar tais atividades, a Sociedade celebrou os seguintes contratos: a) Contratos de aluguel Em 31 de dezembro de 2011, com base nos contratos vigentes, os pagamentos anuais futuros estimados de aluguel são os seguintes: Ano 2012 2013 2014 Total 5.019 5.421 5.855 16.295 A maioria dos contratos possui cláusula de multa rescisória, com caução de três aluguéis, podendo a devolução parcial ser negociada em cada caso. b) Fornecedores de telecomunicações, tecnologia e logística Em 31 de dezembro de 2011, com base nos contratos vigentes, os pagamentos futuros estimados de fornecedores de telecomunicações, tecnologia e logística são os seguintes: Ano 2012 2013 2014 Total 520.885 562.555 607.560 1.691.000 Os contratos de captura e processamento de transações preveem multas rescisórias no valor total de R$21.760. Os contratos de logística estão vigentes desde junho de 2007, com prazo mínimo de 12 meses, tendo como multa rescisória o valor de R$10.170. Os contratos de telecomunicações não preveem multa rescisória. c) Fianças bancárias Em 31 de dezembro de 2011, com base nos contratos vigentes, as fianças bancárias contratadas apresentam a seguinte composição: Modalidade Garantia para recarga pessoal e multioperadora (*) 400 (*) Caução cedida à controlada Multidisplay por instituições financeiras para garantir os pagamentos dos contratos com as operadoras de telefonia celular. 29. PARTICIPAÇÃO DE COLABORADORES E ADMINISTRADORES NO LUCRO A Sociedade e suas controladas concedem participação nos lucros a seus colaboradores e administradores, vinculada ao alcance de metas operacionais e objetivos específicos, estabelecidos e aprovados no início de cada exercício social. Os valores de participação dos colaboradores e administradores no lucro dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2011 e de 2010 foram registrados na rubrica “Despesas de pessoal” na demonstração do resultado e estão apresentados como segue: Controladora (BR GAAP) 2011 2010 Colaboradores Diretores estatutários Total 27.734 9.384 37.118 26.434 8.362 34.796 Consolidado (IFRS e BR GAAP) 2011 2010 40.808 9.384 50.192 35.077 8.362 43.439 30. REMUNERAÇÃO DE ADMINISTRADORES E EXECUTIVOS O pessoal-chave da Administração inclui os membros do Conselho de Administração e Conselho Fiscal, o presidente e os diretores estatutários. Remuneração 2011 Fixa Variável Total (*) Diretores estatutários Conselho de Administração Conselho Fiscal Total 4.145 1.042 309 5.496 12.487 12.487 16.632 1.042 309 17.983 A remuneração global anual dos administradores (Diretoria Executiva e Conselho de Administração) em 2011, fixada na Assembleia Geral Ordinária de 29 de abril de 2011, foi de R$20.000. Para o Conselho Fiscal foi fixada remuneração de R$309. (*) Não contempla o plano de opções de compra de ações (conforme nota explicativa nº 34). 31. RESULTADO FINANCEIRO Controladora (BR GAAP) 2011 2010 Receitas financeiras: Rendimentos de aplicações financeiras Juros sobre postergação de recebíveis Juros de securitização no exterior Outras receitas financeiras Antecipação de recebíveis: Receita com antecipação de recebíveis (a) Despesa de ajuste a valor presente (b) Variação cambial, líquida (c) Despesas financeiras: Juros de securitização no exterior Juros de mora e multas Multas e juros de riscos Antecipação do fluxo de recebíveis com emissores Outras despesas financeiras Total 26.313 1.596 364 28.273 25.410 3.037 10.395 4.522 43.364 Consolidado (IFRS e BR GAAP) 2011 2010 29.381 1.596 1.571 32.548 27.073 3.037 10.395 5.086 45.591 611.534 402.946 611.534 402.946 (24.867) (41.067) (24.867) (41.067) 586.667 361.879 586.667 361.879 673 (1.596) (104) (2.826) (51.087) (9.820) (65.433) 550.180 933 673 933 (10.395) (1.596) (10.395) (191) (152) (296) (2.645) (3.155) (2.687) (16.818) (51.088) (16.818) (3.485) (10.264) (3.785) (33.534) (66.255) (33.981) 372.642 553.633 374.422 (a) A receita com antecipação de recebíveis no exercício findo em 31 de dezembro de 2011 é composta pela receita oriunda do volume das transações negociadas durante o exercício findo naquela. (b) Conforme descrito na nota explicativa nº 5.(a), o ajuste a valor presente registrado nas demonstrações financeiras consolidadas foi calculado sobre as operações de antecipações de recebíveis. As seguintes premissas foram adotadas no referido cálculo: As taxas de juros utilizadas foram as mesmas contratadas nas operações de antecipação de recebíveis de clientes. Os cálculos foram efetuados individualmente, descontando-se os fluxos de caixa de cada um dos recebíveis registrados. A Administração da Sociedade reconheceu o ajuste a valor presente do saldo de contas a receber em virtude da materialidade dos valores objeto do ajuste, das taxas de juros contratadas e dos prazos das operações. Mensalmente, a Administração revisa as premissas mencionadas e as variações são consignadas ao resultado do exercício. (c) Decorre basicamente dos valores recebidos em dólares norte-americanos da Visa International Service Association e da Mastercard Worldwide referentes a transações com cartões estrangeiros, de crédito e débito, da operação de securitização no exterior e de ganhos e perdas em contas originalmente registradas em moeda estrangeira, representadas por receita no montante de R$1.730 (R$1.242 em 2010) e despesa no montante de R$1.057 (R$309 em 2010). 32. OUTRAS DESPESAS OPERACIONAIS, LÍQUIDAS Estão representadas por: Controladora (BR GAAP) 2011 2010 Multa por distrato com prestador de serviços (a) Créditos de liquidação duvidosa (b) Incentivo financeiro de prestador de serviços (c) Perdas com fraudes e “chargeback” Provisão (reversão) para riscos, líquido (d) Diversas receitas operacionais Total (1.818) (29.275) (4.289) (28.560) 9.033 (54.909) (33.682) (19.115) 30.000 (587) 8.687 8.725 (5.972) Consolidado (IFRS e BR GAAP) 2011 2010 (1.818) (33.682) (29.275) (19.115) 30.000 (4.289) (587) (32.460) 8.687 10.653 9.027 (57.189) (5.970) (a) Em 31 de dezembro de 2010 refere-se à multa contratual estabelecida por distrato com prestador de serviços. (b) Inclui a provisão e a perda efetiva com aluguel de equipamentos POS. (c) Incentivo financeiro condicionado ao aumento de piso contratual com prestador de serviços. 33. COBERTURA DE SEGUROS Em 31 de dezembro de 2011, a Sociedade mantém os seguintes contratos para cobertura de seguros: Importância segurada Modalidade Responsabilidade civil e executivos Riscos nomeados (incêndio, vendaval e fumaça, danos elétricos, equipamentos eletrônicos, roubo e alagamento e inundação) Lucros cessantes Veículos 105.000 36.438 11.177 809 34. PLANO DE OPÇÃO DE COMPRA DE AÇÕES Em 22 de setembro de 2008, foi realizada a Assembleia Geral Extraordinária que aprovou o plano de opção de compra de ações ordinárias de emissão da Sociedade. Esse plano foi ratificado pela Assembleia Geral Extraordinária de 1º de junho de 2009 e tem vigência de dez anos a partir da data da primeira outorga aos beneficiários. Poderão ser outorgadas opções de compra de ações, de forma que a diluição do capital social não exceda, a qualquer tempo durante a vigência do plano, 0,3% ao ano. Os beneficiários do plano serão definidos anualmente ou em periodicidade julgada conveniente pelo Conselho de Administração. Em reuniões do Conselho de Administração de 1º de julho de 2009, 23 de setembro de 2009, 6 de julho de 2010 e 22 de julho de 2011, foram aprovadas a primeira, segunda, terceira e quarta outorgas de opções de compra de ações ordinárias e/ou ações restritas, respectivamente, conforme demonstrado no quadro a seguir, não havendo a opção de liquidação das opções em caixa. Os beneficiários das outorgas de opções de compra de ações realizadas em 2010 e 2009, nos termos do Plano e do Contrato de Outorga de Opção de Compra, poderão exercer a primeira parcela, equivalente a 1/3 do total das opções de compra a eles outorgadas, após um ano da data de outorga. Em abril de 2011, foi realizada a Assembleia Geral Extraordinária que aprovou alterações na quarta outorga (julho de 2011), promovendo as seguintes alterações no plano: possibilidade dos elegíveis optarem por plano de opção de compra de ações, plano de ações restritas ou combinação de ambos os planos; o exercício das opções e/ou ações restritas poderá ser realizado 50% após dois anos e 50% após três anos. Data de outorga Julho de 2009 Setembro de 2009 Julho de 2010 Julho de 2011 Total Quantidade de ações Outorgadas Exercidas Saldo 1.042.320 220.480 1.073.680 1.312.065 3.648.545 (601.034) 441.286 220.480 (51.153) 1.022.527 - 1.312.065 (652.187) 2.996.358 Preço de Valor justo exercício das opções (R$ por ação) (R$ por ação) 28,42 42,38 39,99 31,26 10,43 13,75 13,38 12,48 Para determinar o valor justo das opções pelo modelo de precificação Black & Scholes e, em 2011, utilizada a metodologia binomial, a Sociedade utilizou as seguintes premissas econômicas: Outorga em Julho e setembro Julho de 2009 de 2010 “Dividend yield” Volatilidade do preço da ação Período esperado para o exercício 6,66% 36,67% 4 anos 5,73% 37,51% 4 anos Julho de 2011 8,87% 38,27% 5 anos O valor justo está sendo apropriado ao resultado do exercício e a contrapartida na reserva de capital de forma linear pelo prazo de até 36 meses. No exercício findo em 31 de dezembro de 2011, foi reconhecida despesa de R$10.775 (R$12.129 em 2010), registrada na rubrica “Despesas de pessoal” e foram exercidas 429.653 ações no valor de R$5.419, sendo o total de opção de ações outorgadas registrado na rubrica “Reserva de capital” em 31 de dezembro de 2011 de R$5.356 (R$11.227 em 2010). 35. PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR A Sociedade contribui mensalmente com o Plano Gerador de Benefícios Livres - PGBL (contribuição definida) para os colaboradores, tendo incorrido, no período findo em 31 de dezembro de 2011, em despesas de contribuições no montante de R$5.367 (R$3.894 em 2010), contabilizadas nas rubricas “Custo dos serviços prestados” e “Despesas de pessoal”. 36. ITENS QUE NÃO AFETAM O CAIXA Controladora (BR GAAP) 2011 2010 Pagamento de contingências com depósitos judiciais - 87.053 Aumento no ágio com parcela a pagar - “earn out” Aumento no ágio com provisão com provisão para contingência na apuração da combinação de negócios Aumento no intangível com parcela de acionistas minoritários na apuração da combinação de negócios Aquisições de equipamentos POS através de novos empréstimos FINAME 149.521 - Consolidado (IFRS e BR GAAP) 2011 2010 - 87.053 25.050 5.149 - - 13.878 149.521 - 37. INFORMAÇÕES POR SEGMENTO DE NEGÓCIO A Sociedade possui um único segmento de negócio, informação essa reportada de forma consistente com os relatórios internos fornecidos ao principal tomador de decisões operacionais (Chief Operating Decision-Maker - CODM). Esse segmento é oriundo da prestação de serviços relacionados à captura e processamento de transação com cartões de crédito e débito, outros meios de pagamentos e serviços correlatos. As informações financeiras do consolidado representam de forma material esse segmento. 38. APROVAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras consolidadas foram aprovadas pelo Conselho de Administração da Sociedade e autorizadas para emissão em 8 de fevereiro de 2012. CIELO S.A. CNPJ/MF nº 01.027.058/0001-91 / NIRE 35.300.144.112 Companhia Aberta de Capital Autorizado ATA DE REUNIÃO DO COMITÊ DE AUDITORIA Data, hora e local: Aos 07 dias do mês de fevereiro de 2012, às 10h00, no escritório regional de São Paulo, na Av. Brigadeiro Faria Lima, 2055, 20º, na cidade e Estado de São Paulo. Presença: Presente a totalidade dos membros do Conselho de Administração por teleconferência. Convidados: Os Senhores Clovis Poggetti Junior, Vice-Presidente Executivo de Finanças e Relações com Investidores, Luiz Umberto Modenese, Diretor de Auditoria Interna, Luis Carlos Cerresi, Diretor de Finanças, Ricardo Grosvenor Breakwell, Gerente de Contabilidade e Tributos, Ismar de Moura, Sócio Diretor e a Sra. Patricia Cardoso Barca, Gerente de Auditoria, integrantes da “Deloitte Touche Tohmatsu Auditores” participaram durante toda a reunião. Ordem do Dia: Relatório da Auditoria Independente – Demonstrações Financeiras – exercício findo em 31/12/2011 – Foi apresentado pelo Sr. Ismar de Moura o relatório da Auditoria Independente, contendo os principais pontos do relatório das Demonstrações Financeiras referente ao exercício social findo em 31 de dezembro de 2011. Foram explanados pelo Sr. Ismar o escopo dos trabalhos da auditoria, as principais alterações nas práticas contábeis, o acompanhamento dos assuntos recorrentes, o sumário dos ajustes e reclassificações não efetuadas, destacando que nenhum ajuste individual ou consolidado possui materialidade. Prestados os esclarecimentos necessários, os membros do Comitê de Auditoria emitiram recomendação favorável ao relatório da auditoria independente referente ao exercício social de 2011. Leitura e aprovação desta Ata: Não havendo outros assuntos a discutir e dada a palavra a quem quisesse se manifestar, foi interrompida a reunião para a elaboração da presente ata, circulada aos integrantes do Comitê para leitura, aprovação e assinatura. Membros do Comitê de Auditoria ARMSTRONG LUIZ DE MOURA GILBERTO MIFANO JOSÉ ANTONIO TEIXEIRA Secretário da Reunião JOSÉ EDUARDO CASTILHO Página integrante da ata da reunião do Comitê de Auditoria da Cielo S.A , realizada no dia 07 de fevereiro de 2012 às 10h00. CIELO S.A. CNPJ/MF nº 01.027.058/0001-91 / NIRE 35.300.144.112 Companhia Aberta de Capital Autorizado ATA DE REUNIÃO ORDINÁRIA DO CONSELHO FISCAL Data, hora e local: Aos sete dias do mês de Fevereiro de 2012, às 16:00 horas, no escritório regional de São Paulo, na Av. Brigadeiro Faria Lima, 2055, 20º, na cidade e Estado de São Paulo. Membros: Haroldo Reginaldo Levy Neto, Kleber do Espírito Santo e Márcio Hamilton Ferreira. Convidados: Os Senhores Luis Carlos Cerresi, Diretor de Finanças, Ricardo Grosvenor Breakwell, Gerente de Contabilidade e Tributos, Ismar de Moura, Sócio Diretor e a Sra. Patricia Cardoso Barca, Gerente de Auditoria, integrantes da “Deloitte Touche Tohmatsu Auditores” participaram durante toda a reunião. Mesa: Presidente da mesa: Márcio Hamilton Ferreira; Secretário da Mesa: José Eduardo Castilho. Ordem do Dia Apreciação das demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de dezembro de 2011 e relatório da auditoria independente – Realizadas apresentações pelos senhores Ricardo Breakwell e Ismar de Moura, concernentes às demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de dezembro de 2011, e o escopo dos trabalhos da auditoria, as principais alterações nas práticas contábeis, o acompanhamento dos assuntos recorrentes, o sumário dos ajustes e reclassificações não efetuadas, destacando que nenhum ajuste individual ou consolidado possui materialidade. Prestados os devidos esclarecimentos e inexistindo ressalvas, o Conselho Fiscal recomendou à Assembleia Geral Ordinária a aprovação das demonstrações financeiras, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2011, nos termos do artigo 163, VII da Lei das Sociedades por Ações, emitindo seu parecer na forma que segue: “Aos Senhores Acionistas da Cielo S.A. Os membros do Conselho Fiscal, dentro de suas atribuições e responsabilidades legais, acompanharam através de relatórios periódicos a gestão econômico-financeira da Cielo S.A., e por ocasião da reunião realizada na presente data, procederam ao exame das demonstrações financeiras referentes ao exercício social findo em 31 de dezembro de 2011. Com base nos exames efetuados, nos esclarecimentos prestados pela Administração e parecer emitido pelos auditores independentes da Deloitte Touche Tohmatsu concluíram que as referidas demonstrações financeiras, em todos os seus aspectos relevantes, estão adequadamente apresentadas e recomendam sua aprovação pelos Senhores, quando da Assembleia Geral Ordinária.” Lavratura da Ata: Não havendo outros assuntos a discutir e dada a palavra a quem quisesse se manifestar, foi interrompida a reunião para a elaboração da presente ata, circulada aos conselheiros para leitura, aprovação e assinatura. Mesa: MÁRCIO HAMILTON FERREIRA JOSÉ EDUARDO CASTILHO Presidente da Mesa Secretário da Mesa Membros do Conselho Fiscal HAROLDO REGINALDO LEVY NETO KLEBER DO ESPÍRITO SANTO MARCIO HAMILTON FERREIRA Representantes da Companhia LUIS CARLOS CERRESI RICARDO BREAKWELL Diretor de Finanças Gerente de Contabilidade e Tributos Última página da ata da reunião ordinária do Conselho Fiscal da Cielo S.A., realizada no dia 07 de Fevereiro de 2012 às 16:00 horas. CIELO S.A. CNPJ/MF nº 01.027.058/0001-91 - NIRE 35.300.144.112 298ª ATA DA REUNIÃO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO REALIZADA EM 08 DE FEVEREIRO DE 2012 Data e horário: Aos 08 dias do mês de fevereiro de 2012, às 10:00 horas. Local: Sede Social – Alameda Grajaú, 219, Alphaville, Barueri, SP. Mesa: Presidente da Mesa: Sr. Alexandre Correa Abreu; Secretário da Mesa: Sr. Rômulo de Mello Dias Presença: Presente a totalidade dos membros do Conselho de Administração (presencialmente ou por teleconferência). Convocação: Dispensada, nos termos do artigo 12, parágrafo único do Estatuto Social da Companhia e artigo 124, parágrafo 4º da Lei das Sociedades Anônimas. Ordem do Dia: (i). Apreciar as demonstrações financeiras, parecer dos auditores independentes e relatório da administração, concernentes ao exercício social findo em 31 de dezembro de 2011, (ii). Deliberar sobre apresentação de proposta à Assembleia Geral para a distribuição dos proventos aos acionistas e a retenção do saldo, com a constituição de orçamento de capital, referente ao resultado do exercício social findo em 31 de dezembro de 2011. Deliberações Tomadas pela Unanimidade dos Presentes: (i). Aprovação dos resultados do exercício social findo em 31 de dezembro de 2011 - Colocada a matéria em discussão e posterior votação, os membros do Conselho de Administração, tendo tomado conhecimento prévio das demonstrações financeiras relativas exercício social findo em 31 de dezembro de 2011, bem como dos pareceres favoráveis do Conselho Fiscal e do Comitê de Auditoria, do parecer dos auditores independentes e do relatório da administração, deliberaram, por unanimidade e sem ressalvas, aprovar as demonstrações financeiras e o relatório da administração referentes ao exercício social de 2011, os quais serão submetidas à final aprovação pelos acionistas em Assembleia Geral Ordinária. Fica a Diretoria da Companhia autorizada a adotar todos os procedimentos necessários à divulgação e publicação das demonstrações financeiras, na forma habitual, o que ocorrerá a partir do dia 08 de fevereiro de 2012, após o encerramento do pregão da BM&F BOVESPA. (ii). Aprovação da distribuição de proventos: Colocada a matéria em discussão e posterior votação, os membros do Conselho de Administração da Companhia, tendo tomado conhecimento e aprovado as demonstrações financeiras relativas ao exercício social findo em 31 de dezembro de 2011, deliberaram, por unanimidade e sem ressalvas, aprovar a proposta, apresentada pela Diretoria, para a destinação do saldo remanescente do resultado do exercício social de 2011, com distribuição de proventos adicional àquela realizada no dia 30 de setembro de 2011, perfazendo a distribuição do correspondente a 70% (setenta por cento) do resultado auferido no exercício, com a retenção dos restantes 30% (trinta por cento) do total por meio de orçamento de capital, observada já dedução necessária para recomposição da reserva legal. Os proventos serão distribuídos na forma de juros sobre capital próprio e dividendos, os quais serão pagos aos acionistas na proporção de suas participações no capital social da Companhia, “ad referendum” da Assembleia Geral, no montante total de R$ 666.217.344,82 (seiscentos e sessenta e seis milhões, duzentos e dezessete mil, trezentos e quarenta e quatro reais e oitenta e dois centavos), dos quais R$ 7.577.662,50 (sete milhões, quinhentos e setenta e sete mil, seiscentos e sessenta e dois reais e cinquenta centavos) serão distribuídos a título de juros sobre capital próprio e sofrerão a incidência de Imposto de Renda retido na fonte, mediante aplicação da alíquota cabível e o montante de R$658.639.682,32 (seiscentos e cinquenta e oito milhões, seiscentos e trinta e nove mil, seiscentos e oitenta e dois reais e trinta e dois centavos), distribuído a título de dividendos, sendo que não farão jus aos proventos as ações mantidas em tesouraria. Os proventos serão pagos aos acionistas no dia 30 de março de 2012, com base na posição acionária de 15 de março de 2012, sendo as ações da Companhia negociadas “ex-direitos” a partir de 16 de março de 2012, inclusive. Fica a Diretoria da Companhia autorizada a providenciar a publicação da presente ata e avisos aos acionistas e detentores de American Depositary Receipts (“ADRS”) nos jornais de publicações habituais da Companhia, contendo as informações necessárias, e comunicar à Comissão de Valores Mobiliários, U.S. Securities and Exchange Commission e BM&F BOVESPA S.A. – Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros, bem como adotar todos os procedimentos necessários para pagamento dos proventos ora deliberado. Foi aprovada a proposta de orçamento de capital para a retenção de R$708.201.346,87 (setecentos e oito milhões, duzentos e um mil, trezentos e quarenta e seis reais e oitenta e sete centavos), compostos pelo equivalente a 30% (trinta por cento) do resultado do exercício social de 2011, no montante de R$527.267.926,52 (quinhentos e vinte e sete milhões, duzentos e sessenta e sete mil, novecentos e vinte e seis reais e cinquenta e dois centavos) e pela reserva de lucros constituída no exercício passado no valor de R$180.933.420,35 (cento e oitenta milhões, novecentos e trinta e três mil, quatrocentos e vinte reais e trinta e cinco centavos). A proposta de orçamento de capital ora aprovada (Anexo I) tem por finalidade o fortalecimento do capital de giro da Companhia, especialmente para o financiamento de antecipação de recebíveis (ARV). Do total retido, R$236.165.226,14 (duzentos e trinta e seis milhões, cento e sessenta e cinco mil, duzentos e vinte e seis Reais e catorze centavos) serão alocados para o aumento do capital social da Companhia, permanecendo em reserva os restantes R$472.036.120,73 (quatrocentos e setenta e dois milhões, trinta e seis mil, cento e vinte reais e setenta e três centavos). Referida proposta será submetida à aprovação da Assembleia Geral de acionistas prevista para o dia 20 de abril de 2012, quando serão também submetidas a aprovação as demonstrações financeiras do exercício social findo em 31 de dezembro de 2011. Lavratura e Leitura da Ata: Nada mais havendo a ser tratado, o Sr. Presidente ofereceu a palavra a quem dela quisesse fazer uso e, como ninguém se manifestou, foram suspensos os trabalhos pelo tempo necessário à lavratura desta ata no livro próprio, a qual, reaberta a sessão, foi lida, achada conforme, aprovada pela unanimidade dos presentes e assinada. Assinaturas: Mesa: Alexandre Correa Abreu, Presidente da Mesa; Rômulo de Mello Dias, Secretário da Mesa. Membros do Conselho de Administração da Companhia: Arnaldo Alves Vieira, Alexandre Correa Abreu, Alexandre Rappaport, Francisco Costa e Silva, Gilberto Mifano, José Maurício Pereira Coelho, Marcelo de Araujo Noronha, Maria Izabel Gribel de Castro, Milton Almicar Silva Vargas e Raul Francisco Moreira. Certifico que a presente é cópia fiel da Ata lavrada em livro próprio. RÔMULO DE MELLO DIAS Secretário da Mesa CIELO S.A. CNPJ/MF nº 01.425.787/0001-04 NIRE 35.300.147.073 Companhia Aberta de Capital Autorizado PROPOSTA DA ADMINISTRAÇÃO PARA ORÇAMENTO DE CAPITAL Prezados Acionistas, O Conselho de Administração da CIELO S.A., para fins do disposto no artigo 196 da Lei nº 6.404/76, com redação dada pela Lei 10.303/01 (Lei das S.A.), bem como em observância ao Estatuto Social da Companhia, submeterá à apreciação de Vossas Senhorias, na Assembleia Geral Ordinária a ser realizada em 20 de abril de 2012, a seguinte proposta de orçamento de capital para o exercício do ano de 2012: Em razão da expectativa de crescimento da Companhia e as projeções realizadas para os negócios no corrente ano, a Companhia entende necessária a retenção e destinação de 30% (trinta por cento) do Lucro Líquido do exercício de 2011, no montante de R$ 527.267.926,52 (quinhentos e vinte e sete milhões, duzentos e sessenta e sete mil, novecentos e vinte e seis reais, e cinquenta e dois centavos), bem como a retenção da reserva de lucros constituída no exercício passado, no valor de R$ 180.933.420,35 (cento e oitenta milhões, novecentos e trinta e três mil, quatrocentos e vinte reias, e trinta e cinco centavos), o que resultará na constituição de uma reserva de R$ 708.201.346,87 (setecentos e oito milhões, duzentos e um mil, trezentos e quarenta e seis reais, e oitenta e sete centavos), a ser destinada ao fortalecimento do capital de giro, visando substancialmente fomentar a operação de recebíveis – ARV. A administração acredita que o fortalecimento do capital de giro proporcionado por esta retenção conferirá maior estabilidade e agilidade no financiamento das suas operações, em especial a operação de antecipação de recebimento de vendas (“ARV”). Entende, ainda, a Companhia que, caso referida proposta seja aprovada pela Assembleia, parte dos recursos retidos deverá ser utilizada para o aumento do capital social da Companhia de forma a torná-lo mais compatível a sua realidade operacional e com a do segmento em que atua, proporcionando, também, melhora em sua taxa de retorno – ROI – return on investment e maior espaço para o pagamento de JCP – Juros sobre Capital Próprio. O valor do orçamento de capital no ano corrente é de R$708.201.346,87 (setecentos e oito milhões, duzentos e um mil, trezentos e quarenta e seis reais, e oitenta e sete centavos), sendo que o valor proposto para aumento de capital é de R$236.165.226,14 (duzentos e trinta e seis milhões, cento e sessenta e cinco mil, duzentos e vinte e seis reais, e catorze centavos), o que, caso venha a ser aprovado, elevará o capital social da Companhia para R$500.000.000 (quinhentos milhões de reais). Prazo de Duração do Orçamento: até a Assembleia Geral Ordinária que aprovar as contas do exercício findo em 31 de dezembro de 2012. Informamos ainda que a destinação ora proposta está refletida nas Demonstrações Financeiras elaboradas pela Administração da Companhia, as quais serão amplamente divulgadas nos termos da legislação vigente. Considerando as razões acima expostas, propomos a deliberação da proposta de orçamento de capital acima. Barueri, 08 de fevereiro de 2012. CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO