As demonstrações financeiras consolidadas contemplam as variações patrimoniais da Controladora e de suas controladas CEM e ITASA, porquanto as controladas Delta Participações e a Tractebel Energia Comercializadora não desenvolveram atividades operacionais no presente trimestre. A ITASA não apresentou variações significativas que pudessem influenciar no desempenho consolidado, já que suas operações resultaram em prejuízo que, observada a proporção de 48,75% utilizada na consolidação, impactaram o resultado consolidado em R$ 385. A CEM, por sua vez, disponibilizou a primeira das três unidades geradoras da UHE Cana Brava, para operação comercial, em 22.05.2002 e toda a energia gerada até 30.06.2002 foi comercializada no âmbito do Mercado Atacadista de Energia Elétrica – MAE, cujos preços estavam muito abaixo do esperado, tendo sido praticados os valores médios de R$ 19,79 por MWh em maio e de R$ 13,48 por MWh em junho. O valor da receita foi estimado internamente e está muito próximo dos números preliminares fornecidos pelo MAE, que até esta data não concluiu a apuração definitiva dos valores pertinentes às transações ocorridas. Por outro lado, o Real sofreu desvalorização frente ao Dólar Norte Americano de 12,78% no mês de junho, imputando variação cambial passiva de R$ 14.442 no resultado, que corresponde à apropriação de 1/3 (um terço) dos efeitos cambiais gerados pelos empréstimos e financiamento obtidos do Inter-American Development Bank – IDB. Os demais 2/3 (dois terços) dos efeitos cambiais foram capitalizados no imobilizado, respeitando a proporção dos ativos financiados que permanecem em construção e, portanto, não produziram receitas no trimestre. Com relação à Controladora, o desempenho foi substancialmente afetado pelos efeitos da desvalorização do Real em relação à cesta de moedas que compõem sua dívida externa, onerando o resultado do trimestre em R$ 199.397, antes dos efeitos tributários, enquanto em igual período do ano anterior tais efeitos foram de R$ 50.746, representando um crescimento de 292,93%. As transações de venda e compra de energia elétrica no âmbito do MAE, ocorridas no período de janeiro a junho de 2002, foram registradas neste trimestre com base nas estimativas daquele órgão, representando receitas de R$ 19.093 e despesas de R$ 52.059, que, após os efeitos tributários, resultaram em prejuízo de R$ 22.218 no resultado consolidado.