1 Centro de Ciências da Saúde. Curso de Enfermagem. Motivos que levam o cliente hipertenso a abandonar o tratamento anti-hipertensivo em uma Unidade de Saúde. Pesquisa apresentada pelas academicas Diocelle da Silva Oliveira, Janaína Rodrigues Nogueira, Juliana Andrade, Martha da Silva Salomão como requisito de aprovação da disciplina, ministrada pela professora Lúcia Helena Penna. VASSOURAS 2006. 2 Centro de Ciências da Saúde. Curso de Enfermagem. DIOCELLE DA SILVA OLIVEIRA JANAÍNA RODRIGUES NOGUEIRA JULIANA ANDRADE TEIXEIRA MARTHA DA SILVA SALOMÃO Monografia apresentada ao centro de Universitário Severino Sombra para obtenção do título de graduado em Enfermagem. Orientadora: Profª Mestre Margarida Maria Donato Santos. Titular da Disciplina: Lúcia Helena Penna. MOTIVOS QUE LEVAM O CLIENTE HIPERTENSO A ABANDONAR O TRATAMENTO ANTI-HIPERTENSIVO EM UMA UNIDADE DE SAÚDE. ______________________________________________________ Orientadora: Profª Ms. Margarida Maria Donato Santos. _______________________________________________________________________________ Profº Ms. Sebastião Jorge da Cunha Gonçalves. 1º examinador ______________________________________________________________________________ Profª Ms. Joana Iabrudi Carinhanha. 2º examinador 3 DEDICATÓRIA Dedico este trabalho primeiramente a Deus, pois sem Ele, nada seria possível e não estaríamos aqui reunidos, desfrutando, juntos, destes momentos que nos são tão importantes. Aos nossos familiares pelo esforço, dedicação e compreensão, em todos os momentos desta e de outras caminhadas. Em especial, aos amigos, pelos momentos de aprendizagem constante e pela amizade solidificada, ao longo deste trabalho, que, certamente se eternizará. 4 AGRADECIMENTO Agradeço a nossa orientadora professora Mestre Margarida Maria Donato Santos pelo incentivo, simpatia e paciência no auxilio às atividades e discussões sobre o andamento e normalização desta monografia de conclusão de curso. Aos demais idealizados, coordenadores e funcionários da Universidade Severino Sombra. A todos os professores convidados pelo carinho, dedicação e entusiasmo demonstrado ao longo do curso. 5 RESUMO Nossa pesquisa tem como tema “Motivos que levam o cliente hipertenso a abandonar o tratamento anti-hipertensivo em uma Unidade de Saúde” tendo como objeto de estudo “Perfil dos clientes com hipertensão arterial sistêmica que abandona o tratamento”, como situação problema “O que leva o cliente com hipertensão arterial sistêmica a não continuar o tratamento” para facilitar nosso projeto de pesquisa enumeramos como questões norteadoras: 1- Qual a incidência de pacientes com hipertensão arterial sistêmica em uma U.B.S que abandonam o tratamento? 2- Qual o perfil desses pacientes que abandonam o tratamento? Quais fatores interferem na continuidade do tratamento de hipertensão arterial? 3- Saber quais os motivos mais comuns que levam à falta de cuidado com a hipertensão arterial por parte dos clientes; mostrar a importância sobre a continuidade do tratamento e também do envolvimento no autocuidado. Outro ponto importante observado pelo grupo foi que a pesquisa pode contribuir como subsídio para ações de enfermagem voltadas para um público alvo o que seria mais eficaz. Sabendo que a hipertensão arterial descontrolada é um fator desencadeante para inúmeras morbidades e co-morbidades nosso estudo atua indiretamente na diminuição do fluxo no atendimento hospitalar e conseqüentemente na redução do atendimento secundário diminuindo custos com a saúde no município. Para metodologia optamos por uma pesquisa quali e quantitativa que foi realizada na Unidade de Saúde do bairro Residência em Vassouras - RJ com um grupo de 30 pessoas correspondente ao percentual de 10% do total de hipertensos cadastrados, onde essa amostra foi subdividida formando dois grupos: o primeiro composto de pacientes que compareciam as consultas agendadas e o segundo formado por aqueles que não procuravam a unidade para dar continuidade ao tratamento, como instrumento na coleta de dados usamos um questionário com perguntas previamente formuladas pelo grupo e que foi preenchido após a leitura e 6 entendimento do termo de consentimento livre e esclarecido pelo paciente na hora da entrevista gravada a qual será mantida em sigilo, mas acessível ao entrevistado e podendo ser subtraída da pesquisa, caso ele queira, a qualquer momento. 7 SUMÁRIO I – INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 08 II – METODOLOGIA ...................................................................................................... 10 III - REVISÃO DE LITERATURA ................................................................................. 11 3.1-Hipertensão Arterial ................................................................................................... 11 3.1.1-Dados da Hipertensão Arterial no Brasil ..................................................... 12 3.1.2- Os Fatores Determinantes do Tratamento Hipertensivo ............................ 13 3.1.3 – Adesão ao Tratamento de Hipertensão Arterial ........................................ 14 3.1.4 - Hipertensão Arterial e Tratamento Medicamentoso ................................. 15 3.1.5. Tratamento não farmacológico da Hipertensão Arterial............................. 17 3.2 - Hipertensão Arterial e a Saúde da Família ................................................... 19 IV- ANÁLISE DE DADOS ............................................................................................. 21 4.1- Modificação no estilo de vida ....................................................................... 21 4.2- Motivos relacionados à interrupção da medicação ........................................ 23 4.3- Fatores não modificáveis como gênero e idade ............................................. 23 4.4-Conclusão ....................................................................................................... 24 V- CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................... 25 VI – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 26 ANEXO ...................................................................................................................... 27 1– SOLICITAÇÃO DE CAMPO DE PESQUISA .................................................... 28 2– FORMULÁRIO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARESCIDO DOS SUJEITOS DA PESQUISA .............................................................................. 29 3– CRONOGRAMA DE ATIVIDADES ................................................................... 30 4 – QUESTIONÁRIO ................................................................................................ 31 8 I - INTRODUÇÃO A hipertensão arterial descontrolada é a principal e maior responsável isolada pelo aumento de risco para doenças relacionadas o que contribui para o elevado ônus social e econômico destinado à saúde. Estudos demonstram que o tratamento medicamentoso da hipertensão reduz, substancialmente, o risco de eventos cardiovasculares. Enquanto acadêmicos, pudemos observar no campo de estágio que é grande o número de pacientes hipertensos que não comparecem às consultas agendadas, sendo assim, levando em conta a importância do cenário acima, nos deparamos com uma situação problema: O que leva o cliente com hipertensão arterial sistêmica a não continuar o tratamento? Sabendo o quanto é importante a adesão ao tratamento em vários aspectos, nos reunimos para debater o assunto e tentar entender o motivo da falta de participação na terapia e levantamos algumas hipóteses: O baixo nível de conhecimento sobre a hipertensão arterial sistêmica favorece á interrupção do tratamento. Eles não aceitam as mudanças no estilo de vida. O fato de o uso da medicação ser prolongado pode dificultar o tratamento. Diante disso realizamos uma pesquisa no intuito de achar um motivo que respondesse á nossa pergunta. Achamos que para facilitar nosso estudo seria melhor enumerarmos questões que, além de pertinentes ao assunto, nos norteariam na tentativa de sanar nossa dúvida. São elas: 1- Qual a incidência de pacientes com hipertensão arterial sistêmica em uma U.B.S que abandonam o tratamento? Qual o perfil desses pacientes que abandonam o tratamento? Quais fatores interferem na continuidade do tratamento de hipertensão arterial? Nossa pesquisa tem como tema, “Motivos que levam o cliente hipertenso a abandonar o tratamento anti-hipertensivo em uma Unidade de Saúde” e o “Perfil dos clientes com hipertensão arterial sistêmica que abandona o tratamento” como nosso objeto de estudo. Com essa pesquisa pudemos saber quais foram os motivos mais comuns que levam à falta de cuidado com a hipertensão arterial por parte dos clientes; mostrar a importância sobre a 9 continuidade do tratamento e também do envolvimento no autocuidado. Outro ponto importante observado pelo grupo é que a nossa pesquisa pode contribuir como subsídio para ações de enfermagem voltadas para um público alvo o que seria mais eficaz. Sabendo que a hipertensão arterial descontrolada é um fator desencadeante para inúmeras morbidades e comorbidades nosso estudo atuaria indiretamente na diminuição do fluxo no atendimento hospitalar e conseqüentemente na redução do atendimento secundário diminuindo custos com a saúde no município. 10 II - METODOLOGIA Para realizar nossa pesquisa escolhemos como campo de pesquisa a mesma Unida Básica de Saúde onde realizamos nossa prática supervisionada em um período anterior e pudemos detectar o elevado número de pacientes que não aderiram ao tratamento. Realizamos visitas domiciliares para coleta de dados da nossa população alvo, os clientes cadastrados, mas que não comparecem às consultas agendadas. Para tal fizemos uma entrevista que, para Minayo (2001), fornece ao pesquisador obter informações contidas na fala dos atores e que pode ser entendida como uma conversa a dois onde os objetivos e propósitos são previamente definidos em busca de informações sobre um tema, o que nos fornecerá dados tanto subjetivos quanto objetivos. Devemos observar que a identidade dos participantes foi resguardada e para tanto, usaremos apenas as iniciais dos nomes. Usamos como instrumento de coleta um questionário presente em anexo, que constam perguntas previamente formuladas. O material foi coletado em 30 dias, não estipulados da semana de modo que não ultrapassou um período máximo de um mês correspondente entre 1 de abril a 1 de maio de 2007 no intuito de respeitar o cronograma previamente sugerido pelo responsável da disciplina. Posteriormente as respostas foram transcritas, analisadas e agrupadas em unidades tematicas que para Bardin (1979) “é a unidade de significação que se liberta naturalmente de um texto analisado segundo critérios relativos a teoria que serve de guia a leitura”. Optamos por um estudo qualiquantitativo. Minayo (2001), diz que a pesquisa qualitativa responde as questões muito particulares e tem um nível de realidade com muitos significados, crenças, valares e atitudes que não podem ser realizados à operacionalidade de variáveis, enquanto a quantitativa, de acordo com a mesma autora, permite mensurar opiniões, atitudes e hábitos de um público alvo que através de uma amostra representa de forma estatísticamente comprovada. Então, desta forma podemos entender que um método completa o outro, pois a realidade abrangida por eles interage dinamicamente, excluindo qualquer dicotomia. 11 III - REVISÃO DE LITERATURA 3.1-Hipertensão Arterial. A hipertensão arterial é, portanto, definida como uma pressão arterial sistólica maior ou igual a 140mmHg e uma pressão arterial diastólica maior ou igual a 90mmHg, em indivíduos que não estão fazendo uso de medicação anti-hipertensiva. Dentro da classificação admite-se como pressão arterial ideal, condição em que o indivíduo apresenta o menor risco cardiovascular, PAS<120mmHg e PAD<80mmHg. A pressão arterial de um indivíduo adulto que não esteja em uso de medicação anti-hipertensiva e sem comorbidades associadas é considerada normal quando a PAS é < que 130mmHg e PAD < que 85mmHg. Níveis de PAS entre 130 e 139mmHg e/ou de PAD entre 85 e 89mmHg são considerados limítrofes. A hipertensão é entendida pela elevação da pressão do sangue nas paredes das artérias, causando assim, o aumento crônico da pressão arterial sistêmica. A Organização Mundial de Saúde tem como critérios de hipertensão arterial a pressão sanguínea sistólica 140mmHg e a diastólica 95mmHg. Cerca de um quarto da população adulta da Europa e América do Norte terá uma leitura da pressão arterial acima desse limite, mas esse valor se modificará em uma segunda leitura. Assim, é importante não ter como base para as decisões clínicas apenas uma leitura da pressão sanguínea elevada, já que o diagnóstico para hipertensão deverá ser feito após várias medidas da pressão arterial durante várias semanas de acordo com Graw (2001). No Brasil alguns estudos com bases populacionais apontaram a prevalência de hipertensão arterial sistêmica entre 20 a 30% Lima e Bucheis (1991). Já para Cayton (1999) a pressão arterial elevava ocorre, aproximadamente, em uma de cada cinco pessoas antes do termino de suas vidas, sendo na meia idade ou na velhice. 12 A hipertensão pode levar conseqüências para o organismo como insuficiência renal, ruptura dos vasos sanguíneos cerebrais ou dos vasos de outros órgãos vitais, alteração da audição, problemas relacionados à visão, ataques cardíacos, entre outros. Fisiologicamente a hipertensão arterial pode ter várias causas que levam a lesões em órgão alvos como coração, cérebro, rins e retina. O ambiente também é um fator importante, já que, contribuem para a expressão de terminantes genéticos, que aumentam os níveis pressóricos, podemos citar como exemplo o tabagismo, consumo excessivo de sal, inatividade física, estresse e obesidade, assim afirmam Contran, Kumar e Collins (1997). Os sintomas da hipertensão arterial são sutis, podemos dizer até que são assintomáticos quando aparecem é uma discreta cefaléia, devido à vasoconstricção, tontura e falta de ar dentre outras, assim diz Cuppari (2000). Em geral a hipertensão arterial apresenta as seguintes complicações: cardiomegalia, insuficiência renal, derrame e doença coronária. Quando grave a HAS pode causar lesão arterial caracterizada por retinopatia, papiloedema e insuficiência renal progressiva. O tratamento da HAS pode envolver modificações no estilo de vida e uso de drogas antihipertensivas. 3.1.1-Dados da Hipertensão Arterial no Brasil. Os relatórios do PSF têm atualmente 7,5 milhões de hipertensos. No SIAB existem 5 milhões de hipertensos. 5.272 municípios aderiram ao programa de fornecimento de medicamentos. Estudos realizados com uma determinada população adulta (504 homens e 563 mulheres, com idade entre 25 e 64 anos) para examinar conhecimentos, atitudes e práticas para HA demonstra que, apesar das pessoas terem conhecimento sobre a doença, poucos mostram motivação real para mudar de hábitos. 13 3.1.2- Os Fatores Determinantes do Tratamento Hipertensivo. O paciente deve ser continuamente estimulado a adotar hábitos saudáveis de vida como: manutenção de peso adequado, prática de atividade física, suspensão do hábito de fumar, baixo consumo de gorduras saturadas e de bebidas alcoólicas. Algumas observações devem ser seguidas ao iniciar o tratamento como idade do paciente, presença de outras doenças, estado mental do paciente, dependência de álcool e drogas, cooperação do paciente, restrições financeiras e uso de outras medicações. (César, Carandina; Goldbaum, 2006). Um outro fator observado como determinante na escolha de estilos de vida é o prazer, sentido individualmente, ao praticar comportamentos como fumar, beber bebidas alcoólicas e comer. Nesse sentido, o abandono de um desses hábitos pode significar a perda de um prazer, em um contexto de vida no qual as oportunidades de satisfação pessoal são muito poucas. (Zaitune; Barros 2006) São apontadas como explicações para justificar esse fato a evolução silenciosa e a natureza crônica da hipertensão. A existência de modelos de estilos de vida feitos por comportamentos, atitudes, crenças, hábitos comuns a todos e condições sociais que tendem a ser estáveis através do tempo, o prazer individual por comportamentos agradáveis como o tabagismo, comida farta, salgada e o sedentarismo são um poderoso impedimento para a adoção de comportamentos como atividade física regular, moderação no sal, álcool, ingestão de calorias e abstinência de fumo. 14 3.1.3 – Adesão ao Tratamento de Hipertensão Arterial. A adesão ao tratamento de hipertensão é de fundamental importância para a equipe de saúde, devido ao fato de propiciar o controle adequado da pressão arterial e também contribuir para a redução da morbimortalidade. Vários autores acreditam que existam diferentes níveis de adesão. No nível mais elevado estão os aderentes; indivíduos que seguem totalmente o tratamento e, no lado oposto, os desistentes; aqueles que abandonam o tratamento. Há ainda os persistentes, dentro do grupo dos não-aderentes, que são aqueles indivíduos que até comparecem às consultas, mas não seguem o tratamento de forma adequada. (Rieira , 2005) Na verdade adesão é um comportamento complexo que envolve os profissionais de saúde na assistência e cuidados prestados aos pacientes. A não-adesão é um impedimento ao alcance dos objetivos terapêuticos. A Organização Mundial de Saúde (2006), classifica adesão como sendo um fenômeno multidimensional determinado pela interação de cinco fatores dimensionais: sistema e equipe de saúde; fatores socioeconômicos; fatores relacionados ao tratamento; fatores relacionados ao paciente e fatores relacionados à doença, contudo, cabe ressaltar que os fatores relacionados ao paciente são apenas um determinante. Hipertensão arterial é uma patologia que tem sua instalação lenta e gradual, ocorrendo várias adaptações que não trazem conseqüências clínicas imediatas, ou seja, podendo ser assintomática durante anos. A longo prazo porém, quando não tratada adequadamente, implica em sérios riscos de morbidade e mortalidade. A partir dessa observação, verificamos a importância da prevenção e do tratamento, além dos fatores de risco que envolve a hipertensão arterial. Esta que se descoberta antes do comprometimento direcionado aos órgãos alvos, pode ser acompanhada de um tratamento simples que não acarretaria em conseqüências graves. Portanto, é uma moléstia que pode ou não, no momento de sua detecção, ser acompanhada de lesões em órgãos como: vasos, 15 coração, retina, rins e ainda outros. Fatores como distúrbios emocionais, obesidade, ingestão excessiva de álcool e super estimulação pelo café e tabaco também contribuem para sua elevação, assim como, fatores de cunho familiar. A hipertensão afeta mais os homens do que as mulheres, no entanto os homens negros têm menos tolerância à doença. Esta diferença entre os sexos está diminuindo recentemente devido ao fato de que as mulheres estão desenvolvendo hábitos que até então, eram somente masculinos e também pela utilização de pílulas anticoncepcionais que contribui para o aumento das afecções cardiovasculares. 3.1.4 - Hipertensão Arterial e Tratamento Medicamentoso. Devido ao árduo trabalho desenvolvido pelo Ministério da Saúde em parceria com as Secretarias Municipais de Saúde, atualmente toda e qualquer pessoa, independente da classe social ou nível de escolaridade têm informações claras e acessíveis sobre o perigo da pressão arterial descontrolada, porém o nível de adesão ao tratamento apresenta-se distante da meta considerada ideal a nível populacional, sendo a não adesão medicamentosa o maior obstáculo encontrado para a efetividade do tratamento. (Góes e Marcon , 2002). Podemos acrescentar também, que outro fator importante para a adesão ao tratamento hipertensivo é a adoção de um estilo de vida mais adequado mas que, por si só, muitas vezes não é suficiente. Outros fatores como por exemplo; o custo do medicamento, que pode tornarse muito elevado dependendo da medicação prescrita; presença de erro voluntário no seguimento da prescrição, após algum tempo de tratamento como tomar o medicamento uma vez ao invés de duas vezes ao dia como prescrito; e ainda o fato de as drogas antihipertensivas poderem determinar o aparecimento de alguns sintomas como sono, fadiga, tosse remitente entre outras; e ainda de alguns efeitos colaterais indesejáveis embora nesses casos, ainda se possa fazer novas tentativas, seja reduzindo a dose do medicamento, seja 16 trocando por um novo agente. Podemos acrescenta que, as condições sociais e econômicas das famílias de indivíduos hipertensos constitui aspecto importante a ser considerado pelos serviços de saúde, pois a hipertensão está freqüentemente associada aos statos sociais mais baixos, fato esse que pode concorrer em muito para a não aderência ao tratamento, especialmente nos casos em que a família precisa arcar com as despesas decorrente do mesmo. (Lessa, 1998; Brasil, 2006). Qualquer pessoa com hipertensão arterial primária pode tê-la sob controle com uma ampla variedade de medicamentos disponíveis, mas o tratamento precisa ser adaptado a cada indivíduo. Para a grande maioria dos portadores de hipertensão arterial primária, o tratamento inicia com diuréticos ou beta bloqueadores, em geral tiazínicos, em pequenas doses. Além disso, existem indicações obrigatórias como nos casos de diabete mellito, onde os inibidores da enzima conversora da angiotensina são importantes na proteção renal ou nos portadores de insuficiência cardíaca, onde está universalmente aceita sua ação benéfica diferenciada, tanto na melhora funcional, quanto nas complicações e sobrevida. Os medicamentos utilizados são: Tiazida (diurético): ajuda os rins a eliminar o sal e água, diminuindo o volume de sangue dentro do organismo e consequentemente, reduzindo a pressão. Os diuréticos também fazem com que os vasos sangüíneos se dilatem. Provocam perda de potássio através da urina e algumas vezes pode ser necessário um suplemento de potássio ou um medicamento que retenha o potássio no organismo. Bloqueadores adrenérgicos: grupo de drogas que inclui os alfa-bloqueadores, os betabloqueadores e os alfa-beta-bloqueadores. Atuam bloqueando o sistema nervoso simpático, responsável pela rápido aumento de pressão em resposta ao estresse. Inibidores de enzimas conversoras de angiotensina e bloqueadores de angiotensina II: são antagonistas de cálcio e vasodilatadores. Reduzem a pressão dilatando as artérias. 17 Antagonistas de cálcio e vasodilatadores diretos: reduzem a pressão dilatando os vasos sangüíneos. Estão disponíveis nas Unidades de Saúde Captopril, 25 mg; Hidroclorotiazida, 25mg; Propranolol, 40mg. Faz-se necessário mencionar o papel importante do Programa de Controle da HAS desenvolvido na rede básica de saúde, que possui como um dos objetivos a redução do índice de abandono do tratamento, através da educação a saúde. Maciel e Araújo ressaltam que nos Programas de Hipertensão os enfermeiros têm revelado uma atuação significante abordando holisticamente os aspectos relacionados às enfermidades e ao paciente. Tendo em vista o contexto atual, é de total responsabilidade dos profissionais de saúde a defesa de propostas de educação em saúde, fundamentadas na capacitação dos indivíduos e da sociedade, levando-se em conta: a influencia dos fatores ambientais em seu processo saúde doença, o indivíduo, bem como a concepção da realidade em que está inserido. 3.1.5. Tratamento não farmacológico da Hipertensão Arterial São modificações de estilo de vida de comprovado valor na redução da pressão arterial: a redução do peso, a redução da ingestão de sódio, maior ingestão de potássio, uma dieta rica em frutas e vegetais e alimentos com pouco teor de gordura, a diminuição ou abolição do álcool e a atividade física. Alimentos ricos em cálcio atualmente são preconizados em conjunto com toda a série de medidas dietéticas já citadas, que juntas são benéficas para a redução da PA. A ingestão de magnésio, de derivados do ácido ecosanóico e aumento da ingesta de proteínas entre outros, não possuem até o momento evidências de valor comprovado, que indiquem sua utilização. A interrupção do fumo não interfere diretamente sobre a redução da pressão, no entanto trata-se de importante fator de risco cardiovascular e deve ser incentivada. 18 As modificações do estilo de vida são aplicáveis a todos os pacientes que se propõe a diminuição do risco cardiovascular, incluindo os normotensos, e necessária também quando se impõe o tratamento farmacológico da hipertensão, explica Reinaldo Mano. 19 3.2 - Hipertensão Arterial e a Saúde da Família. Saúde da família é entendida como uma estratégia de reorientação do modelo assistencial, operacionalizada mediante a implantação de equipes multiprofissionais em unidades básicas de saúde. Estas equipes são responsáveis pelo acompanhamento de um número definido de famílias, localizadas em uma área geográfica delimitada. As equipes atuam com ações de promoção da saúde, prevenção, recuperação, reabilitação de doenças e agravos mais freqüentes, e na manutenção da saúde desta comunidade. A responsabilidade pelo acompanhamento das famílias coloca para as equipes de saúde da família a necessidade de ultrapassar os limites classicamente definidos para a atenção básica no Brasil, especialmente no contexto do SUS. ( Ministério da Saúde, 2006). Iniciado em 1994, essa estratégia apresentou um crescimento expressivo nos últimos anos. A consolidação dessa estratégia precisa, entretanto, ser sustentada por um processo que permita a real substituição da rede básica de serviços tradicionais no âmbito dos municípios e pela capacidade de produção de resultados positivos nos indicadores de saúde e de qualidade de vida da população assistida. A Saúde da Família como estratégia estruturante dos sistemas municipais de saúde tem provocado um importante movimento com o intuito de reordenar o modelo de atenção no SUS. Busca maior racionalidade na utilização dos demais níveis assistenciais e tem produzido resultados positivos nos principais indicadores de saúde das populações assistidas às equipes saúde da família. O Ministério da Saúde com o propósito de minimizar a incidência de morbidades e mortalidades ocasionadas pelas doenças cardiovasculares, trouxe para si o compromisso de elaborar ações juntamente com os estados, municípios, Sociedade Brasileira de cardiologia e outros órgãos com a finalidade de melhorar a tratamento prestado aos portadores dessas 20 patologias através do Plano de Reorganização da Atenção à Hipertensão Arterial e ao Diabetes Mellitus. Os pacientes captados através desse plano são cadastrados em um sistema informatizado o que permite o acompanhamento dos portadores de hipertensão arterial e/ou diabetes mellitus em todas as unidades ambulatoriais do Sistema Único de Saúde fornecendo informações aos gerentes locais, gestores das secretarias municipais, estaduais e o ministério da Saúde. (Ministério da Saúde, 2006). 21 IV-Análise de Dados Os dados coletados foram analisados e agrupados em três unidades temáticas. “Unidades temáticas, em geral, se refere a conceito que abrange elementos ou aspectos com características comuns e que se relacionam entre si (...) As unidades temáticas são empregadas para estabelecer classificações”. (Minayo, 2001). Na primeira unidade encontramos aspectos relacionados com fatores ligados a modificação no estilo de vida sendo eles hábitos sociais como: tabagismo, bebida alcoólica, sedentarismo, hábitos alimentares. Na segunda unidade temática temos motivos relacionados à interrupção da medicação. Terceira e última unidade relaciona-se com fatores não modificáveis como gênero e idade. 4.1- Modificação no estilo de vida. Conforme definição abordada Rouquayrol & Filho (1999), estilo de vida são “hábitos e comportamentos auto-determinados, adquiridos social ou culturalmente, de modo individual ou em grupos”. Compreende-se aqui que, no decorrer da análise foram colocados em evidencia os fatores de risco, pois estes são integrantes do estilo de vida e identificáveis neste mesmo estilo. Tabagismo:53,33% não fumam e 46,67% já fumaram ou fumam. “eu fumo desde que tinha 13 anos porque meu pai mandava eu acender o cigarro pra ele” (L. A. R.) “já tentei para de fumar muitas vezes, mas lá em casa todo mundo fuma aí fica difícil” (D. M. M.) Bebida alcoólica: 65% declaram-se não consumidor de bebida alcoólica, enquanto 35% consomem socialmente. “O consumo de alcoól eleva a PA tanto agudo quanto cronicamente” (Oparil, 1997). 22 “Só tomo uma de vez em quando, tem dia que saio do trabalho e passo no bar do Dinho lá da esquina antes de chega em casa. Mas isso num é sempre”. ( J. C. R.) “Cresci vendo meu pai tomando uma pra abrir o apetite” (A. S. D.) Sedentarismo: Os dados mostram que 39,1% não praticam atividade física regularmente contra 71,9% que praticam alguma atividade física regularmente. “... minha casa é grande, fico com meus netos pra minha filha estuda, já trabalho o dia todo cuidando deles e nem preciso fazer egercício...”. (J. L. S.) “Já perdi as contas de quantas vezes me matriculei na academia e nunca consigo fazer mais de um mês, porque fico com preguiça e aí paro” (J. M. D.) Hábitos alimentares: 60,86% afirmam hábitos alimentares inadequados indicando uma dieta hipersódica e hiper calórica o que contribuem para a elevação da pressão contra 39,14% que mostram preocupação em manter uma dieta hipossódica e pobre em calorias. “... Não gosto de comida ensoso, quando a patroa diminui no sal já vo logo dizendo que não vou nem come, se dexar dá até briga ...” (V. I.) 23 “... comida sem sal não tem gosto fica parecendo comida de hospital” (H. G. P.) 4.2- Motivos relacionados à interrupção da medicação. Os sintomas da hipertensão arterial são sutis, podemos dizer até que são assintomáticos quando aparecem é uma discreta cefaléia, devido à vasoconstricção, tontura e falta de ar dentre outras, assim diz (Cuppari, 1999). “... quando sinto dor de cabeça, aquela que dá na nuca, sei que minha pressão tá alta, aí tomo o remédio... mas não tomo todo dia pra não acostumar.” (J. K.) “minha pressão nunca foi alta ... e sofri um infarto no carnaval” (K. L. F.) 4.3- Fatores não modificáveis como gênero e idade. Idade – A presença de HAS em idosos merece maior atenção devido à vulnerabilidade frente as complicações cardiovasculares determinadas não só pela hipertensão como também por outros fatores de risco que se acumulam o passar do tempo. ( Lessa, 1998). Quanto a idade os indivíduos apresentavam-se na faixa dos 44 a 65 anos. Gênero: Irigoyen et al (2003) afirma que estudos demonstraram que a pressão arterial é mais elevada em homens que em mulheres até a faixa etária de 60 anos. Sugere-se que os hormônios ovarianos são responsáveis pela pressão mais baixa nas mulheres durante o 24 climatério e com a chegada do climatério a prevalencia da pressão alta entre homens e mulheres tendem a se aproximar. 4.4 – conclusão. Para que os clientes sintam-se motivados a participarem ativamente do tratamento de hipertensão arterial acredita-se que o caminho seja a educação e a estimulação para mudanças de atitudes diante da patologia. Deve haver também, um maior envolvimento dos profissionais que participarem dos programas de atendimento, oferecendo suporte social adequado, através de uma relação social mais próxima, na qual tenha afetividade comunicação e visão do cliente como único, levando em consideração seus problemas e sua história de vida. 25 V - CONSIDERAÇÕES FINAIS De acordo com os dados levantados nesse trabalho, entende-se que há necessidade de organizar o atendimento a esses clientes, no sentido de fortalecer a importancia de mudanças de comportamento, já que foram levantados aspectos falhos quanto à atividade física e de laser, uso de tabaco, assim como dados questináveis em relação à alimentação. Acredita-se que a educação nos indivíduos portadorse de hipertensão arterial seja o melhor caminho para o alcance de tais objetivos, não sendo apenas uma transmissão de conteúdos referentes a patologia e ao tratamento, mas sim que se promova a adaptação dos clientes ao tratamento de hipertensão arterial. Para se chegar a essa adaptação é preciso que os indivíduos estejam sensibilizados para que tais mudanças ocorram e, também para que assimilem os conhecimentos que poderão melhorar a qualidade de vida dos mesmos. 26 VI - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Coelho, E. B; nobre, F; Estratégias para melhorar a adesão ao tratamento antihipertensivo; Revista Brasileira de Hipertensão, vol. 13, nº 1 janeiro/março; 2006. Disponível no site www.DATASUS.gov.br, acessado em 05/10/2006 às 16:33h. Góes, A. C. L. E.; Marcon. S. S.; Convivência com Hipertensão Arterial, univer. Estadual de Maring; 2002. http://dtr2004.saude.gov.br/dab/atencaobasica.php, acessado em 16/11/2006 às 14:32h. http://hiperdia.datasus.gov.br, acessado em 16/11/2006 às 16:08h. Lessa, I.; Epidemiologia do Tratamento e da Adesão ao Tratamento da Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus; São Paulo Hucitee/Abrasco p.223;229; 1998. Oigman, W; Neves, M. F. T; Como Diagnosticar e Tratar a Hipertensão Arterial; revista Brasileira de Medicina, Rio de Janeiro; vol.56, nº 7; outubro; 1998. Rieira, A. R. P. disponível no site www.sbh.org.br acessado em 12/09/06 às 09:15h www.cardiol.com.br disponível on line em 12/09/06 às 20:03h. www.saude.gov.br disponível on line em 13/09/06 às 13:48h. Zaitune, M. P. A; Barros, M. B. A; César,C. L. G; Carandina, L; Goldbaum, M. Hipertensão arterial em idosos: prevalência, fatores associados e práticas de controle no Município de Campinas, São Paulo, Brasil; Caderno de Saúde Pública; Rio de Janeiro; vol.22;nº 2; Fev; 2006. MION JÚNIOR, D., Hipertensão: aspectos práticos. São Paulo: Sociedade Brasileira de Cardiologia, departamento de hipertensão arterial, 1988. 16p. ROUQUAYROL, Maria Zélia; FILHO, Noamar de Almeida. Epidemiologia em Saúde, 5ed. Rio de Janeiro: MEDSI 1999. 27 ANEXO 28 Centro de Ciências da Saúde Curso de Enfermagem ANEXO I SOLICITAÇÃO DE CAMPO DE PESQUISA. Da: Coordenação do Curso de Enfermagem. À: Secretaria Municipal de Saúde Sr.: Diretor Vimos por meio desta solicitar a V.Sª, autorização para coletar dados para realização de um projeto de pesquisa executado pelas discentes Diocelle da Silva Oliveira, Janaína Rodrigues Nogueira e Martha da Silva Salomão acadêmicas do 7º período do curso de graduação em Enfermagem da Universidade Severino Sombra. O projeto tem como objeto de estudo Perfil dos clientes com hipertensão arterial sistêmica que abandona o tratamento. O projeto tem como objetivo mostrar a importância sobre a continuidade do tratamento e também do envolvimento no autocuidado. O projeto poderá contribuir como subsídio para ações de enfermagem voltadas para um público alvo o que seria mais eficaz. Na certeza de podermos contar com vossa autorização para a utilização da Unidade de Saúde Residência, vinculada à esta Secretaria de Saúde como campo de coleta de dados para nosso projeto de pesquisa, apresentamos nossos protestos de elevada estima e consideração. Atenciosamente, _______________________________________________ Professora e orientadora Margarida Donato. _____________ _____________ ____________ ____________ Diocelle Oliveira Janaína Nogueira Juliana Andrade Martha Salomão 9254-0928 9211-1544 8115-6956 9215-3254 _______________________________________________ Secretaria Municipal de Saúde. 29 Centro de Ciências da Saúde Curso de Enfermagem ANEXO II FORMULÁRIO DE CONSENTIMENTO LIVRE ESCLARECIDO DOS SUJEITOS DA PESQUISA. “Motivos que levam o cliente hipertenso a abandonar o tratamento anti-hipertensivo em uma Unidade de Saúde”. Dados do sujeito da pesquisa. Nome: _________________________________________________ Nascimento:___/___/___. Termo de Consentimento. Eu, acima identificado e abaixo assinado, fui devidamente informado e esclarecido sobre o projeto de pesquisa especificado neste documento. Compreendi perfeitamente os esclarecimentos que recebi. Estou ciente dos objetivos, métodos e procedimentos que serão realizados. É de livre vontade que participo e autorizo as pesquisadoras a divulgar os resultados obtidos. Tenho segurança também de que será mantido meu total anonimato, já que, só serão usadas minhas iniciais, entendo também, que tenho direito a abandonar e ter acesso ao projeto, sem restrições ou conseqüências de acordo com a resolução 196/96. Data: ___/___/___. ___________________________________________ Assinatura. 30 ANEXO III CRONOGRAMA DE ATIVIDADES DEZ / Atividades I-Introdução AGO SET 1-15-30 1-15-30 ****** 2006 OUT 1-15-30 ****** ****** FEV NOV ABR 2007 MAI JUN 1-15-30 1-15-30 1-15-30 1-15-30 ****** II-Metodologia - Método ****** ****** ****** ****** -Coleta de dados ****** -Análise de dados ****** ****** III-Revisão de****** ****** ****** ****** ****** ****** ****** Literatura IV-Resultados V-Conclusão Banca *** *** *** * 31 Centro de Ciências da Saúde. Curso de Enfermagem. ANEXO IV Questionário Nome:____________________________________ Profissão:_________________________ Etnia:_________ Idade:_________ Escolaridade:_________ Sexo:_________ Procedencia:____________________________ Renda Familiar:_______________________ Etilista:________________________________ Tabagista:____________________________ 1- Você sabe o que é pressão alta? 2- Você segue o tratamento medicamentoso exatamente como o médico orientou? 3- Depois que descobriu que tinha hipertensão arterial teve que mudar seu dia-a-dia? De que maneira? 4- Você teve que parar de fazer o tratamento alguma vez? Por que motivo? 4- Quais motivos interferem na continuidade do seu tratamento? 5- O que você acha do tratamento do P.S.F. em relação à sua doença? 32 Centro de Ciências da Saúde. Curso de Enfermagem. Motivos que levam o cliente hipertenso a abandonar o tratamento anti-hipertensivo em uma Unidade de Saúde. VASSOURAS 2006. 33 Vassouras, 15 de junho de 2007. Ilma. Sra. Profª Joana Iabrudi Carinhanha Venho por meio desta convidar V. S.ª a participar da banca de avaiação do trabalho de conclusão de curso entitulado: Motivos que levam o cliente hipertenso a abandonar o tratamento anti-hipertensivo em uma Unidade de Saúde. Compreendemos que sua participação muito contribuirá para o aprimoramento desta pesquisa. Que acontecerá no dia 22 de junho de 2007 às 11:00h , sala 2 Hospital Universitário Sul Fluminense, Vassouras – RJ. Desde já agradecemos sua participação Diocelle da Silva Oliveira Janaína Rodrigues Nogueira Juliana Andrade Teixeira Martha da Silva Salomão Vassouras 2007 34 Vassouras, 15 de junho de 2007. Ilmo. Sr. Profº Sebastião Jorge Cunha Gonçalves Venho por meio desta convidar V. S.ª a participar da banca de avaiação do trabalho de conclusão de curso entitulado: Motivos que levam o cliente hipertenso a abandonar o tratamento anti-hipertensivo em uma Unidade de Saúde. Compreendemos que sua participação muito contribuirá para o aprimoramento desta pesquisa. Que acontecerá no dia 22 de junho de 2007 às 11:00h , sala 2 Hospital Universitário Sul Fluminense, Vassouras – RJ. Desde já agradecemos sua participação Diocelle da Silva Oliveira Janaína Rodrigues Nogueira Juliana Andrade Teixeira Martha da Silva Salomão Vassouras 2007