28/07/2014 Capítulo 13 Desenvolvimento da Força Muscular, Endurance e Flexibilidade Força Muscular: Definição e Tipos de Contrações Quando um músculo sofre um encurtamento, se poderá exercer menos tensão. Por exemplo, com aproximadamente 60% de seu comprimento de repouso a quantidade de tensão que um músculo consegue exercer aproxima-se de zero. Desenvolvimento de Força Muscular, Endurance e Flexibilidade Relações Comprimento-Tensão Muscular Um músculo isolado consegue exercer sua força máxima ou tensão enquanto se encontra em uma posição distendida. A amplitude de tensão máxima é ligeiramente maior que o comprimento em repouso do músculo na forma pela qual estaria posicionado no corpo. Ângulo de Tração do Músculo Com base na relação comprimento tensão-muscular, seria possível concluir que uma pessoa consegue levantar a carga mais pesada quando o músculo está com seu comprimento de repouso (estirado). Entretanto, isso não é verdade, pois o sistema mecânico intacto com o qual levantamos objetos consiste na utilização tanto de músculos, para a produção de força, quanto de ossos juntos que determinam o efeito final. 1 28/07/2014 Definição de Endurance Muscular Curiosamente, com bastante frequência as mulheres superam os homens nos testes de endurance com carga relativa estática e dinâmica, especialmente nos percentuais com atribuições de cargas mais baixas. Maughan, R.J., et al. 1986. Alterações Fisiológicas que Acompanham o Aumento da Força Jones, et al, 1989, identificaram três fases que constituem comumente o processo de adaptação ao treinamento de força: 1ª fase: período de melhora rápida na capacidade de levantamento, e que resulta de um processo de aprendizado. Uma sequência correta para o levantamento, que fica depositada no SNC como um padrão motor. Observa-se pouco ou nenhum, aumento real no tamanho ou na força dos músculos individuais, porém o indivíduo que está sendo treinado pode sentir-se “mais forte”. Em alguns indivíduos esta última fase pode ocorrer somente 2ª fase: aumento na força das fibras musculares individuais, após 12 semanas. Os estudos sugerem que as altas forças no porém nenhum aumento concomitante na área em corte músculo podem induzir alguma forma de dano que promove a transversal. Maior ativação neural ou de alguma modificação nas hipertrofia, possivelmente pela divisão de células satélites e de fibras sua incorporação nas fibras musculares preexistentes. musculares ou no tecido conjuntivo. Jones, D.A., 1992. 3ª fase: ocorre após algumas semanas de treinamento e no qual observa-se um aumento lento porém constante tanto no tamanho quanto na força dos músculos exercitados. Hipertrofia Relação entre um músculo e sua área em corte transversal: Calculation of muscle strength per unit cross-sectional area of human muscle by means of ultrasonic measurement. Ikai e Fukunaga, 1968 Foram avaliados 245 indivíduos, sendo 119 homens e 126 mulheres. Por meio de ultra-son foi feita a fotografia do corte transversal do feixe muscular e medida a força muscular desenvolvida com o esforço máximo. Calculou também a força por unidade de área do músculo. O resultado foi resumido da seguinte forma: 1 - O método de ultra-son utilizado neste trabalho foi admitido como possivelmente a melhor maneira para calcular a área de secção transversal do músculo. 2 - A força do braço foi relativamente proporcional à área da secção transversal do flexor do braço superior, independentemente da idade e do sexo. 2 28/07/2014 3 - A resistência por unidade de área da secção transversal do flexor do antebraço foi de 6,3 kg/cm² em média, desvio padrão de 0,81 kg/cm². Quanto a área de secção transversal do músculo foi medida na posição de extensão do antebraço . A força por unidade de área foi calculada como sendo de 4,7 kg/cm² em posição de flexão do antebraço. 4 - Para a variação individual, a força por unidade de área foi distribuída num intervalo de 4 kg/cm² a 8 kg/cm². 5 - A resistência por unidade de área em corte transversal da unidade foi quase a mesma no sexo masculino e feminino, independentemente da idade. Além disso, não foi encontrada nenhuma diferença significativa no adulto normal e treinado. A hipertrofia de cada fibra muscular pode ser atribuída a uma ou mais das seguintes mudanças: 1. Aumento no número e tamanho das miofibrilas por fibra muscular. Goldspink, G. 1964; Gordon, E. 1967; MacDougall, et al. 1976. 2. Aumento na quantidade total de proteína contrátil, particularmente no filamento de miosina. Gordon, E. 1967; MacDougall, et al. 1979; Penman, K. 1969. 3. Aumento na densidade capilar por fibra. 4. Aumento nas quantidades e na força dos tecidos conjuntivos, tendinosos e ligamentares. Tipton, et al. 1975 Hipertrofia x Hiperplasia Hipertrofia x Hiperplasia Por cerca de 85 anos, o aumento no volume de um músculo devido ao treinamento com pesos foi atribuído exclusivamente ao aumento no diâmetro das fibras musculares já presentes (hipertrofia), e não a um aumento no número de fibras (hiperplasia). É evidente que a observação da divisão das fibras lança algumas dúvidas acerca das teorias anteriores sobre aumento do volume muscular. Gonyea, 1977, constatou em seus estudos, um aumento de 20% no número de fibras em gatos, após um programa de levantamento de pesos praticado 5 d/s, durante 34 semanas. Nesse caso, a divisão das fibras estava relacionada aparentemente com a intensidade, pois só ocorria após um programa de alta resistência. Embora tal divisão tenha sido mostrada em vários animais diferentes (ex. ratos e gatos), sua ocorrência ainda não foi demonstrada em seres humanos após os programas de treinamento com peso. Skeletal Muscle Fiber Splitting Induced by WeightLifting Exercise in Cats - Gonyea, 1977. Hipertrofia e Níveis de Testosterona Hipertrofia do músculo esquelético induzido pelo exercício foi pensado para ser exclusivamente relacionado com um aumento na área de secção transversal das fibras musculares individuais e não com um aumento do número de fibras musculares. O objetivo deste estudo foi determinar se um regime de exercícios também induziu hiperplasia. Os gatos foram treinados para levantar pesos com seu membro direito a fim de receber uma recompensa alimentar. Depois de 19-46 semanas de treinamento, o músculo flexor radial do carpo (FCR) foi removido e preparado para exame histoquímico. O número total de fibras musculares do direito exercitado aumentou significativamente (19,3%), quando comparado com o do não exercitado (FCR) esquerdo. Este aumento foi encontrado devido à divisão da fibra muscular. A crença popular que uma grande massa muscular e a hipertrofia que resulta dos programas de treinamento com pesos em mulheres estão relacionadas aos altos níveis do hormônio sexual masculino testosterona não é consubstanciada por fatores científicos: • As correlações entre testosterona sérica, composição corporal e força muscular eram todas intensificadas em homens e mulheres tanto das escolas secundárias quanto das universidades. Fahey, et al. 1976 • Em outro estudo, concluiu-se que os níveis crônicos de androgênio (testosterona) não mudam muito em homens e mulheres adultos durante a realização de programas com levantamento de peso. Hetrick e Wilmore, 1979 MacDougall, et al. 1076 3 28/07/2014 Modificações na Composição Bioquímica e nas Fibras Musculares Modificações na composição bioquímica e das fibras no músculo esquelético após programas de treinamento com pesos: 1. Aumento nas concentrações da creatina muscular (39%), da fosfocreatina (22%), do ATP (18%) e do glicogênio (66%). 3. Pouca ou nenhuma mudança permanente nas atividades enzimáticas da renovação (turnover) do ATP, como miocinase e creatina fosfocinase. Costil, et al. 1979; Komi, et al.1978; Thorstensson, et al. 1976. 4. Aumento pequeno, porém significativo nas atividades enzimáticas aeróbicas do Ciclo de Krebs. Costil, et al. 1979; Komi, et al.1978. MacDougall, et al. 1977 5. Nenhuma interconverção das fibras Tipo I para Tipo II. Costil, 2. Aumento ou nenhuma mudança nas atividades das enzimas glicolíticas (fosfofrutoquinase, desidrogenase lática, fosforilase muscular e hexocinase). Costil, et al. 1979; Komi, et et al. 1979; Dons, et al. 1979; Thorstensson, et al. 1976 al.1978; Thorstensson, et al. 1976. 6. Uma redução no volume (densidade) das mitocôndrias, devida a aumento nos tamanhos das miofibrilas e no volume sarcoplásmico. MacDougall, et al. 1979. 7. Hipertrofia seletiva das fibras tipo II evidenciada por aumento na relação da área de fibras Tipo II: Tipo I e por um retardo de sua perda. Costil, et al. 1979; Dons, et al. 1979; Thorstensson, et al. 1976; Rissanen, et al. 1995 8. Desvio no percentual de fibras Tipo IIB para Tipo IIA em virtude dos programas de treinamento tanto de força quanto de endurance. Kraemer, et al. 1995. O aumento na força isotônica por unidade de área muscular transversal relaciona-se positivamente com o percentual de fibras Tipo II. Dons, et al. 1979 Isso explica por que a resposta individual ao treinamento varia consideravelmente e por que existe falta de coerências na literatura sobre treinamento com pesos acerca dos efeitos relativos dos diferentes programas de treinamento. Dons, et al. 1979 The effect of weight-lifting exercise related to muscle fiber composition and muscle cross-sectional area in humans – Dons 1979 Foram testados em 18 jovens do sexo masculino a força e a resistência dos extensores do joelho isométrico e dinâmico. A composição relativa de fibras de contração lenta e rápida no músculo vasto lateral foi registrada a partir de biópsias por agulha. Volume muscular da coxa foi avaliado a partir de medições de ultrassom. Seis indivíduos serviram como controle, seis treinados com 50%, e seis com 80% da força dinâmica três vezes por semana, durante 7 semanas, com 20 e 12 repetições por sessão, respectivamente. A carga de treinamento foi ajustada para os aumentos de força observados durante o treinamento. Força dinâmica aumentou de 42,3% no grupo de 80%. No grupo de controlo e no grupo de 50% não foram observados aumentos significativos. Resistência dinâmica: Controles não mostrou nenhuma mudança. Houve um aumento no grupo de 50%, enquanto o grupo de 80% só aumentou a resistência dinâmica para cargas mais pesadas. A força isométrica e resistência e composição das fibras não se alterou em qualquer grupo. Força dinâmica relativa à seção transversal do músculo aumentou em 30% no grupo de 80% positivamente correlacionado com o conteúdo relativo de fibras rápidas. Os resultados deste estudo confirmam a especificidade do treinamento e indicam que um alto teor de fibras de contração rápida é um pré-requisito para um treinamento de força bem sucedido. Princípio de Sobrecarga Foss e keteyian, citam um estudo de Bosco, et al. 1984, sobre treinamento com sobrecarga crônica de 11 saltadores e arremessadores de nível internacional. Eles usavam coletes que pesavam 13% de seu peso corporal durante o dia todo, exceto enquanto dormiam. Após um período de três semanas de sobrecarga, esses indivíduos mostraram aprimoramentos significativos na capacidade de salto vertical a partir de uma posição agachada, e também por um período de teste de resistência de 15 segundos. Esses aprimoramentos eram perdidos dentro de 4 semanas após a remoção dos coletes. 4 28/07/2014 Especificidade do Treinamento com Pesos • Existem algumas evidências de que o exercício dos membros inferiores influencia a atividade EMG do bíceps braquial de forma a dar a impressão de que esses músculos também estavam sendo exercitados. Wolf, et al. 1984 • Achados de um estudo realizado em ratos Simonsen, et al. 1995, indicam que a combinação do treinamento de endurance cardiorrespiratória com o treinamento para força pode proporcionar alguma proteção aos tendões e ligamentos. Algumas contrações musculares repetitivas de menor intensidade podem prevenir que os músculos fortalecidos venham a lesar os tecidos conjuntivos. • Existe alguma evidência de que o tratamento simultâneo para força e endurance muscular interferirá no desenvolvimento da força. Hickson, R.C. 1980; Kraemer, et al. 1995. Em um estudo houve um aumento reduzido nas medidas do desempenho quando os treinamentos para força e endurance eram combinados, sendo que apenas os indivíduos que treinavam especificamente para força mostravam aprimoramentos no rendimento de potência. Dor Muscular Em algum momento, nós fomos vítimas de dor muscular, particularmente ao realizar programas de treinamento com pesos. Em geral, são reconhecidos dois tipos de dor muscular: Dor Muscular Dor Muscular Aguda Tardia DMIT Dorpat, T.L., and T. H. Holmes. 1955 Dor Aguda A. Foi realizada uma contração isométrica sustentado dos músculos flexores dos dedos ao mesmo tempo em que era ocluída a circulação para esses músculos. A dor aumentava durante e persistia após, o período de contração, diminuindo ao restaurar-se o fluxo sanguíneo. B. Porem com a circulação intacta para os músculos ativos. A dor muscular acompanhava bastante bem a intensidade da contração. Dor Aguda Ocorre durante e imediatamente após o período de exercício. Associado à falta de um fluxo sanguíneo suficiente para os músculos ativos. Talvez algumas evidencias mais conclusivas aponta a para isquemia como causa primaria , segundo estudos tenha surgido há mais de 40 anos. Dorpat, T.L., and T. H. Holmes. 1955 Mechanisms of Skeletal Muscle Pain and Fatigue THEODORE L. DORPAT, M.D.; THOMAS H. HOLMES, M.D. 1955 (Mecanismos de Músculo Esquelético Dor e Fadiga) A dor nos músculos, ativos isquemicos foi provocada pela acumulação nos espaços do tecido de um metabolito que designado como "Fator de P". Ele também indicou que Fator “P” foi o estímulo responsável pela dor intermitente e oclusão coronária. Nestas síndromes o processo patológico que conduz a obstrução de vasos que fornecem sangue para os músculos ativos era a chave para a produção de dor. Investigações recentes de dor de cabeça e dor nas costas síndromes * demonstram que a tensão do músculo esquelético sustentado pode evocar dor na ausência de envolvimento patológico de ambos os vasos sanguíneos ou os músculos. À luz da evidência indicando que contrações tetânicas pode causar redução do fluxo sanguíneo muscular, parecia desejável para explorar a hipótese de que os mecanismos da dor nestas síndromes eram essencialmente os envolvidos na gênese da dor muscular isquêmico. As seguintes experiências relativamente à relação de esquelético. 5 28/07/2014 Conclusões acerca da dor Muscular Aguda Dor Muscular Tardia 1. A dor muscular durante as contrações ocorre quando a tensão gerada é suficientemente intensa para ocluir o fluxo sanguíneo para os músculos ativos (isquemia). A dor aguda, embora possa importunar, não constitui um grande problema, pois é de curta duração e desaparece quando suspende o exercício. 2- Por causa da isquemia, os produtos da atividade metabólica tipo, não podem ser removidos e, dessa forma, acumulam-se até o ponto de estimularem os receptores dolorosos localizados nos músculos. 3- A dor muscular persiste até que seja reduzida a intensidade de contração ou esta cesse totalmente. Dor Muscular Tardia (DMIT) O problema mais sério é a dor muscular de início tardio (DMIT), que é a dor da mialgia que ocorre num período de 24 a 48 horas após o término das sessões de exercícios. Residual muscular soreness as influenced by concentric, eccentric, and static contractions Talag, T.S. 1973 (Dor Muscular Residual Influenciado por contrações concêntrica, excêntrica e Estáticas) Sessenta pacientes, 53 mulheres e 7 homens, foram designados aleatoriamente para ambos os grupos de contração concêntrica, excêntrica, ou estáticas. Dor muscular residual foi induzida por exercícios exaustivos realizados no braço não dominante. De força e volume muscular do membro medições foram tomadas antes do exercício, imediatamente após as lutas, e 24, 48 e 72 horas mais tarde. A Dor foi medida durante os mesmos intervalos de tempo por meio de uma escala de classificação. Os resultados mostraram que as contrações excêntricas efetuada maior dor muscular residual de contrações concêntricas e estáticos, com o pico ocorrendo após 48 horas. A força muscular diminuiu sensivelmente após contração excêntrica, e manteve-se deprimido durante toda a duração do período de dor, enquanto que não houve diferenças significativas na força encontrados contrações concêntricas e estáticas. Parte do volume aumentou em ambos os braços e imediatamente após o exercício, independentemente do tipo de contração. Depois de 24, 48 e 72 horas. No entanto, contrações excêntricas realizadas continuou volume do membro elevado, enquanto o retorno ao pré exercício valores ocorreu após contrações concêntricas e estáticas. Não havia nenhuma evidência de qualquer relação entre o grau de dor muscular residual e volume do membro após contrações concêntricas, excêntricas e estáticas. Relações negativas moderadas foram obtidas entre dor e força muscular após contrações excêntricas num momento em que a dor havia atingido seu pico. Causa da DMIT 1. Teoria da Ruptura (laceração) Tecidual. Essa teoria Propõe que o dano tecidual, como ruptura de fibras musculares podem explicar a mialgia. Hough, T. 1902 2. Teoria do Espasmo. (a) o exercício produz isquemia dentro dos músculos ativos, (b) a isquemia resulta em acúmulo de uma substância dolorosa, (c) a dor desencadeia um espasmo muscular reflexo. DeVries, H. 1962 ESTUDOS E TEORIAS Estudos concluíram que a dor muscular tardia esta relacionada mais provavelmente com a ruptura dos elementos do tecido conjuntivo nos músculos tendões. Um dos produtos dano e da desintegração dos tecidos conjuntivos é uma substância denominada hidroxiprolina, que aparece na urina. 3- Teoria do Tecido Conjuntivo. Essa sugere que os tecidos conjuntivos. Incluindo tendões, são lesados durante a contração, causando assim a dor muscular. Asmussem, E. 1956 Abraham, W. M, 1979 6 28/07/2014 Dor Muscular Tardia 1. O alongamento parece ajudar não apenas na prevenção da dor mas permite seu alívio. 2. Progressão gradual na intensidade do exercício geral. 3. Ingestão de 100 mg de vitamina C por um período de 30 dias. Programas de Força e Endurance • • • • • Programas Isotônicos Programas Isométricos Programas Exêntricos Programas Isocinéticos Comparação entre os Programas • Entre 6 a 15 estações com duração total entre 5 a 20 minutos; • Repouso de 15 a 20 segundos entre as estações; • Cada estação tem de ter a carga ajustada de modo que os músculos fatigados após realizar o máximo de repetições possíveis (6 a 12); • Carga aumentada periodicamente (sobrecarga); • Estações aumentadas periodicamente; • Estações consecutivas com exercícios alternando grupos musculares diferentes; • Frequência de treinamento 3x semana com duração de pelo menos 6 semanas. Treinamento em Circuito • Números de estações onde é realizado determinado exercício, em geral dentro de um período de tempo especificado. • Para o treinamento de força a carga é representada por pesos, entretanto pode ser treinado a resistência muscular e a flexibilidade. Em relação ao aprimoramento cardiorrespiratório é necessário incluir corrida, natação ou ciclismo. Os efeitos fisiológicos dependem do tipo de circuito montado . The effect of circuit weight training on strength, cardiorespiratory function, and body composition of adult men. Gettman et all, 1978 • Após treinamento, grupo de programa de corrida (n=16) obteve aumento superior no VO₂ max em relação ao grupo com programa de circuito com pesos (n=11) e grupo controle (n=14). • Entretanto o grupo circuito com pesos obteve aumentos na força e composição corporal e VO₂max em relação ao grupo controle. 7 28/07/2014 Conservação da Força e da Endurance • A força e a endurance regridem num ritmo mais lento que aquele observado para sua aquisição. Muscular Endurance Retention as a Function of Length of Detraining BARRY, STULL, 1970 • 53 universitários durante 7 semanas, com frequência de 3x semana, treinaram em um ergômetro para braços com resistência de 9.60 lbs 40 rep/min. • Após o treinamento foram dividos em 3 grupos: 1,3 e 5 semanas de inatividade. • Os grupos da 3ª e 5ª semana não tiveram diferenças significativas no decréscimo. Entretanto ao comparar esses dois grupos com o grupo de 1 semana, o decréscimo desse foi significativamente menor. Effects of Various Periods of Inactivity on Retention of Newly Acquired Levels of Muscular Endurance. Waldman e Stull, 1969 • 54 universitários durante 8 semanas, com frequência de 3x semana, treinaram em um ergômetro para braços com resistência de 11.30 lbs 40 rep/min. • Foram dividos em 3 grupos: 8, 10 e 12 semanas de inatividade • (a) Desenvolvimento da resistência muscular durante o treinamento • (b) Perda significativa durante período de inatividade • (c) Retenção significativa da resistência adquirida durante o período de inatividade Optimum Repetitions for the Development of Strength BERGER, 1962 • N=199 divididos em grupos de treinamento com sobrecarga progressiva para treinar a melhoria mais rápida da força: 2RM, 4RM, 6RM, 8RM, 10RM e 12RM. • Número ótimo de repetições: 3 a 9. FLEXIBILIDADE 8 28/07/2014 Conceito • Estática: amplitude de movimento ao redor de uma articulação. • Dinâmica: resistência de uma articulação ao movimento. Relative importance of various tissues in joint stiffness Richard J. Johns , Verna Wright, 1962 Limites estruturais para a flexibilidade • Osso • Músculo • Ligamentos e outra estruturas associadas ã cápsula articular • Tendões e outros tecidos conjuntivos • Pele Desenvolvimento da Flexibilidade • Melhores exercícios a serem utilizados para a flexibilidade são os denominados alongamentos. Obs: Estudo realizado com gatos – estrutura do punho parecida com a articulação metacarpofalângica do ser humano. Métodos de Alongamento • Podem ser executados de três maneiras: (1) Estaticamente (2) Balisticamente (3) Contração-Relaxamento (Facilitação Motora Propioceptiva - FNP) - Demanda energética menor - Menor perigo de dano tecidual Elaboração do Programa • Frequência: 2 a 5 dias/semana • Duração da sessão: 15 a 30 min • Tempo em posição distendida: 15 a 30 segundos – progressão da sobrecarga: aumento de 5 segundos até chegar a 30 segundos • Número de séries: 3 a 4 • Quantidade de exercícios: 10 9 28/07/2014 Flexibilidade e Desempenho • Especificidade da Flexibilidade • Estabilidade versus Flexibilidade 10