co-cultivo celular na produção in vitro de embriões bovinos. celular

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CO-CULTIVO CELULAR NA PRODUÇÃO IN VITRO DE EMBRIÕES BOVINOS.
CELULAR CO-CULTURE IN BOVINE EMBRYO PRODUCTION IN VITRO.
Sudano, M. J.; Paschoal, D. M.; Landim - Alvarenga, F. C. Departamento de
Reprodução Animal e Radiologia Veterinária, Faculdade de Medicina Veterinária e
Zootecnia, Campus de Botucatu, SP.
Uma das principais diferenças entre os embriões produzidos in vitro e in vivo é a
concentração de oxigênio no ambiente que envolve o embrião. Admite-se que in vivo
a concentração de oxigênio é de cerca de 3 -9%, já in vitro os embriões podem ser
cultivados em ambientes com concentrações variando de 5 a 20% de oxigênio (O2).
Portanto, o objetivo deste trabalho foi comparar a o sistema de cultivo realizando cocultivo celular com outros dois sistemas sob alta ou baixa tensão de O2, sem a
realização do co-cultivo celular. Para tanto, oócitos obtidos de ovários de
abatedouros foram maturados in vitro (MIV) por 22 a 24 horas em TCM 199 com sais
de Earle e L-glutamina + 6% BSA, piruvato de sódio, estradiol 17, hCG, FSH, e
gentamicina. Decorridas às 18 horas de fertilização in vitro (FIV), em meio HTF-FIV,
os possíveis zigotos foram desnudos e transferidos para as placas de cultivo
contendo HTF: BME acrescido de 6% de BSA, 10% SFB, mioinositol, gentamicina
(meio base de cultivo), divididos nos seguintes grupos: Grupo Co-cultivo: As placas
utilizadas na MIV foram “lavadas” e re-utilizadas, para o co-cultivo celular, contendo
o meio base de cultivo sob atmosfera com 5% de CO2 em ar. Grupo Controle Ar:
Meio base de cultivo sob atmosfera com 5% de CO2 em ar. Grupo Controle O2:
Meio base de cultivo sob atmosfera com 5% de CO2, 5% de O2 e 90% de N2. Os
embriões foram cultivados por sete dias, em estufa a 38, 5oC. A taxa de clivagem e
de produção de blastocistos foi calculada no dia 3 e 7, respectivamente, a partir do
número total de ovócitos. Para análise estatística foi realizada ANOVA seguida pelo
Teste de Tukey, com nível de significância de 5%. Observou-se que os grupos Cocultivo e Controle O2 obtiveram uma maior porcentagem de clivagem quando
comparado ao grupo Controle Ar (73,67±0,75a; 69,84±0,23a; 66,81±0,85b,
respectivamente, P<0,05), demonstrando a efetividade do co-cultivo celular, uma vez
que o grupo que também foi cultivado sob alta tensão de O2 não obteve o mesmo
rendimento. No entanto, não foi observada diferença estatística com relação à
porcentagem de produção de blastocistos dos diferentes grupos (30,06±0,45;
29,30±0,48; 29,01±0,48; respectivamente para os grupos Co-cultivo, Controle AR e
Controle O2, P>0,05), evidenciando que uma vez ultrapassado o período crítico do
desenvolvimento embrionário, a ativação do genoma embrionário, a alta tensão de
oxigênio e o provável dano oxidativo não foram suficientes para redução da taxa de
produção embrionária. Portanto, a realização do co-cultivo celular mostrou-se
benéfica para produção in vitro de embriões bovinos em sistemas com alta tensão
de O2, uma vez que não houve diferença estatística entre os grupos Co-cultivo e
Controle O2, tanto com relação à taxa de clivagem como de produção de
blastocistos. Agradecimentos: FAPESP: 07/57766-4
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