Curso de Farmácia DISCUSSÃO SOBRE O TRATAMENTO MEDICAMENTOSO DOS SINTOMAS ASSOCIADOS A DENGUE – ACETAMINOFENO X METAMIZOL DISCUSSION ON THE MEDICAL TREATMENT OF SYMPTOMS ASSOCIATED TO DENGUE– ACETAMINOFEN X METAMIZOL 1 2 3 Samuel Sousa da Silva , Diego Nunes Moraes , Marina Firmino 1 Acadêmico do curso de Farmácia (UNIDESC); 2 Farmacêutico Generalista (UNIDESC), Especialista em Gestão de Sala de Aula (UNIDESC); 3 Farmacêutica, Msc. Doutoranda em Patologia Molecular (UnB); RESUMO Introdução: A dengue é uma doença considerada como um desafio para a saúde pública, pois ocorre a nível mundial. O Ministério da Saúde estabeleceu as características e o tratamento dos casos suspeitos de dengue, em que o manejo de cada paciente é realizado após o mesmo ser classificação de acordo com o risco que apresenta. Dentre os antitérmicos e analgésicos utilizados, nos casos que couberem, estão a dipirona e o paracetamol. No entanto, a escolha do medicamento adequado depende da característica de cada indivíduo, bem como das características do fármaco, para garantir a eficácia do tratamento. Objetivo: Realizar um estudo bibliográfico sobre o uso do paracetamol e da dipirona no tratamento dos sintomas associados à dengue. Métodos: Trata-se de uma pesquisa bibliográfica qualitativa e descritiva realizada a partir de artigos científicos, teses, dissertações, livros e documentos do Ministério da Saúde. Resultados: Estudos demonstram que a dipirona e o paracetamol apresentam a mesma eficácia como antitérmicos. O uso da dipirona é proibido em alguns países devido os riscos de reações adversas tipo B que apresenta. O paracetamol, por sua vez, se utilizado em doses superiores às recomendadas pode causar efeitos hepatotóxicos, sendo um fator considerável, já que a patologia em si causa danos nas células hepáticas. Conclusão: A melhor opção para o tratamento dos sinais e sintomas associados à dengue é a utilização do paracetamol, visto que se utilizado nas doses adequadas não apresenta risco de hepatotoxicidade e devido o alto risco de reações adversas quando da utilização da dipirona. Palavras-Chave: dengue; Aedes aegypti; tratamento da dengue. ABSTRACT Introduction: Dengue is a disease considered a challenge to public health, as it occurs worldwide. The Ministry of Health established the characteristics and treatment of suspected cases of dengue, in which the management of each patient is performed after the same classification according to the risk presented. Among the antipyretics and analgesics used, in cases that fit, are dipyrone and paracetamol. However, the choice of the appropriate drug depends on the characteristics of each individual, as well as the characteristics of the drug, to ensure the effectiveness of the treatment. Objective: To carry out a bibliographic study on the use of paracetamol and dipyrone in the treatment of symptoms associated with dengue. Methods: This is a qualitative and descriptive bibliographical research based on scientific articles, theses, dissertations, books and documents of the Ministry of Health. Results: Studies show that dipyrone and paracetamol have the same efficacy as antipyretics. The use of dipyrone is prohibited in some countries because of the risks of adverse reactions type B that it presents. Paracetamol, if used in doses higher than recommended may cause hepatotoxic effects, being a considerable factor, since the pathology itself causes damage to the liver cells. Conclusion: The best option for the treatment of signs and symptoms associated with dengue is the use of paracetamol, since if used in the appropriate doses does not present risk of hepatotoxicity and due to the high risk of adverse reactions when using dipyrone. Keywords: dengue; Aedes aegypti; treatment of dengue. Contatos: [email protected]; [email protected]; [email protected] INTRODUÇÃO A dengue é uma doença que afeta grande parte do continente americano, até mesmo pela sua forma mais grave, a dengue hemorrágica, por isso torna-se um desafio para a saúde pública a nível mundial. Estima-se que cerca de 2,5 milhões de pessoas em todo o mundo e, mais de dois quintos da população, habitam áreas consideradas de risco para a dengue e mais de 100 países têm confirmado a presença desta doença em seus respectivos territórios (KOURÍ, 2011). No Brasil, por exemplo, a dengue também representa um grande desafio para a saúde pública, já que houve aumento no número de casos notificados e confirmados. Este fato pode ser explicado pelas condições ambientais e climáticas que beneficiam à propagação do vetor, mosquito do gênero Aedes, sendo o mesmo de comportamento urbano e doméstico (NAKAGAWA, 2013). Um dos grandes problemas desta doença se dá quando a mesma acomete pacientes com condições especiais, tais como, lactentes, gestantes, idosos, pacientes com doenças renais crônicas, entre outros, assim estes pacientes irão necessitar de um acompanhamento clínico diferenciado (POLONI, 2013). Outro fator relevante é a reinfecção pelo vírus, que pode levar a outras complicações, como a dengue hemorrágica, síndrome do choque associada a dengue, comprometimento do sistema nervoso central, entre outros. Assim, medidas que combatam e previnam a infecção por este vírus podem auxiliar na redução da incidência da doença (WANG et al., 2006). Não existe tratamento específico para a dengue, porém, podem ser utilizados alguns medicamentos, tais como, analgésicos, antitérmicos, antieméticos e antihistamínicos com a finalidade de aliviar os sintomas da doença. A escolha do medicamento analgésico adequado vai depender da característica e especificidade de cada indivíduo, bem como as características do fármaco, para assim garantir a eficácia do tratamento (BRASIL, 2013). Neste contexto, este trabalho teve como objetivo geral estudar as implicações do uso do paracetamol (acetaminofeno) e da dipirona sódica (metamizol) no tratamento dos sintomas associados à dengue. A partir de relatos da literatura os objetivos específicos foram: realizar uma revisão dos aspectos históricos, clínicos e epidemiológicos da dengue no Brasil; discutir sobre o uso de paracetamol e dipirona sódica no tratamento dos sinais e sintomas da dengue e discutir a importância do farmacêutico frente à profilaxia da doença e seu papel no uso racional de paracetamol e da dipirona sódica no tratamento sintomático da dengue. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Segundo Marconi e Lakatos (2003) a pesquisa bibliográfica abrange os trabalhos mais relevantes já executados, sendo capaz de compilar dados atuais e importantes relacionados ao tema estudado. A pesquisa bibliográfica constitui-se de oito etapas diferentes: escolha do tema; elaboração do plano de trabalho; identificação; localização; compilação; fichamento; análise, interpretação e redação. Em conformidade com Marconi e Lakatos (2003), a presente pesquisa englobou uma revisão sistemática de diversas bibliografias relacionadas com o tema de estudo, desde informativos do Ministério da Saúde, jornais, revistas, livros, artigos científicos, monografias, teses e dissertações. Através das discussões fornecidas pelos autores demonstramos o que há de mais recente e inovador sobre o tema em questão, discutindo, sobretudo o papel do profissional farmacêutico no aconselhamento e orientação ao paciente. Diversos estudos foram selecionados, dentre estes, conferidos estudos de caso, estudos epidemiológicos, bem como, estudos comparativos relacionando o uso de dipirona e paracetamol no tratamento dos sintomas associados a dengue, com o objetivo de verificar qual dos fármacos oferecem menor risco de reações adversas. Os dados para elaboração desta pesquisa bibliográfica foram coletados através da busca de artigos científicos no portal de periódicos da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), nas bases de dados Scielo, Google Acadêmico e LILACS. Os descritores "dengue", "tratamento da dengue", "Aedes aegypti", "tratamento dos sintomas da dengue" foram utilizados como critérios para a busca dos artigos, sendo selecionados aqueles que tinham relação com o tema e, publicados de 2000 a 2016. REFERENCIAL TEÓRICO O mosquito transmissor da dengue (Aedes Aegypti) se propagou pelo mundo durante o período das grandes navegações, através dos navios negreiros vindos da África. O nome Aedes aegypti tem origem egípcia pelo fato da doença ter sido primeiramente descrita neste local. Dados da literatura demonstram que o mosquito foi identificado em 1762, sendo primeiramente chamado de Culex aegypti e apenas em 1818, após a classificação do gênero Aedes, passou a chamar-se Aedes aegypti (IOC, 2016). Os primeiros registros de epidemias de dengue ocorreram em 1779, na ilha de Java, em Alexandria e no Cairo, ambas cidades egípcias. Em 1780 foram registrados mais casos da doença na América do Norte, mais precisamente, na Filadélfia, Estados Unidos da América (COURA, 2013). Estima-se que, anualmente, 50 milhões de pessoas sejam infectadas com o vírus da dengue em todo o mundo, sendo que o número de epidemias relacionadas à doença tem crescido nos últimos 35 anos (SAN MARTIN et al., 2010). A maior parte dos casos registrados da doença localiza-se em países tropicais e subtropicais, devido à condição ambiental favorável que oferecem para o desenvolvimento e a proliferação do mosquito (ARAUJO; FERREIRA e ABREU, 2008). No Brasil, relatos demonstram que o primeiro caso de dengue foi registrado em 1865, na cidade do Recife (Pernambuco) e, desde 1976 o mosquito Aedes aegypti foi reintroduzido no país, contudo, os relatos de casos confirmados laboratorialmente ocorreram somente em 1982, em Boa Vista (Roraima), onde houve a identificação de dois dos quatro tipos sorológicos do vírus (DENV-1 e DENV-4). Poucos anos depois, novas notificações da doença ocorreram no Rio de Janeiro, com casos de morte associado à doença e com a introdução de novos sorotipos da doença no país. Desde então, vem sendo registrados vários casos de dengue em todo o país atualmente (COURA, 2013). Desde a reintrodução da dengue no Brasil, em 1982, a doença vem sendo verificada em todo o país de maneira frequente e, em alguns locais, há a ocorrência de epidemias, que são usualmente relacionadas com a inserção de novos sorotipos (SIQUEIRA et al., 2005). Desde 2010, o número de casos confirmados de dengue, em todo o Brasil, esteve acima de 500 mil casos ao ano. No ano de 2010 e 2013, por exemplo, o número de casos confirmados foi de 1.011.548 e 1.452.489, respectivamente. No ano de 2014, houve registro de 589.107 casos da doença, considerando que foi observado que as regiões Sudeste e Centro-Oeste foram as que tiveram maior incidência de dengue no país em 2015 (BRASIL, 2015). A dengue é uma das mais significativas arboviroses que atingem o homem na atualidade. É considerada um problema de saúde pública no mundo, devido à incidência nos cinco continentes e pelo seu amplo potencial para evoluir para formas graves e letais (TAUIL, 2001). A dengue provoca no hospedeiro uma resposta infecciosa aguda, sendo a febre um dos principais componentes desta resposta. Esta patologia é provocada pelo vírus DENV, pertencente à família Flaviviridae, do gênero Flavivirus (NAKAGAWA, 2013). Esse gênero apresenta mais de 70 espécies de vírus e, muitos são patógenos humanos e provocam diversas doenças, tais como a dengue (MACKENZIE; GUCLER e PETERSEN, 2004). A imunização por algum dos sorotipos não proporciona imunidade para os outros sorotipos, ou seja, não há imunidade cruzada (NAKAGAWA, 2013). Assim, quando há a infecção por algum dos sorotipos há imunidade permanente ou no mínimo duradoura, somente para aquele sorotipo. A proteção cruzada entre os sorotipos não é definitiva, de tal maneira que o mesmo indivíduo pode desenvolver a patologia até quatro vezes ao longo da sua vida (TAUIL, 2001). A manifestação da doença pode ser observada pelo desenvolvimento de uma síndrome viral benigna (caracterizada por febre alta, acompanhada de sintomas, tais como, cefaleia, fadiga e dor retro orbitária) ou uma forma mais grave, doença hemorrágica (NAKAGAWA, 2013). O Aedes aegypyti tem aspectos domésticos ou peri domiciliares, de hábito diurno, que utiliza preferencialmente água limpa para oviposição, entretanto, também se adapta em ambientes desfavoráveis, como por exemplo, em águas poluídas (FEITOSA, 2012). O período de transmissibilidade da doença ocorre em dois ciclos diferentes. O ciclo intrínseco acontece no ser humano, onde a transmissão do vírus do homem para o mosquito é realizada conforme a existência do patógeno no sangue humano, conhecido como período virêmico, que se inicia um dia antes da manifestação da febre e dura até o sexto dia da doença (BRASIL, 2008). O ciclo extrínseco, que ocorre no vetor, se inicia após o mesmo se alimentar do sangue de um hospedeiro portador do vírus, desta maneira, o vírus passa a estar presente nas glândulas salivares da fêmea do mosquito. Após um período de 8 a 12 dias de incubação acontece a mutiplicação do vírus. E devido a isto, o mosquito é capaz de transmitir para outros hospedeiros, através da saliva, até o fim de sua vida que dura cerca de 6 a 8 semanas, fechando assim o ciclo de transmissão da doença (BRASIL, 2008). A transmissão do vírus é realizada após picada da fêmea do Aedes aegypti, no ciclo homem - mosquito – homem. Depois do mosquito ser contaminado, por meio do repasto sanguíneo infectado, o mesmo possui capacidade de repassar o vírus depois de 8 a 12 dias de incubação extrínseca (BRASIL, 2009a). É importante lembrar que somente a fêmea é responsável por transmitir a doença, uma vez que é hematófago, ou seja, precisa de sangue para a maturação dos ovos (FEITOSA, 2012). Desta maneira, além de infectar outras pessoas, também pode transferir verticalmente vírus à nova geração (WHO, 2009). Após a infecção pelo vírus da dengue a doença pode apresentar-se de forma assintomática ou sintomática. No caso do desenvolvimento dos sintomas, a doença apresenta três fases clínicas: febril, crítica e de recuperação. Esta forma da doença é considerada grave, podendo levar a morte do paciente (BRASIL, 2016). A dengue, pode ser classificada em 3 tipos dependo dos sintomas apresentados pelo paciente, sendo assim temos: Dengue Clássica (DC), Febre Hemorrágica da Dengue (FHD) e Síndrome de Choque da Dengue (SCD) (BRASIL, 2010). No início da manifestação da DC, que geralmente tem duração de 5 a 7 dias, o paciente apresenta febre alta, acompanhada de sintomas, tais como, cefaleia, mialgia, fadiga, dor retro orbitária, náuseas, vômitos, prurido cutâneo, e em casos mais graves pode ocasionar hepatomegalia (BRASIL, 2010). Em alguns pacientes a DC pode progredir para as formas graves (FHD e SCD). Esta progressão se inicia com a diminuição súbita da febre, entre o terceiro e o sétimo dia da dengue, associado com o aparecimento dos sinais de alarme, entre eles: dor abdominal intensa (referida ou à apalpação) e contínua, vômitos persistentes, acúmulo de líquidos (ascite, derrame pleural, derrame pericárdico), hipotensão postural e/ou lipotimia, hepatomegalia, sangramento de mucosa, letargia e/ou irritabilidade (BRASIL, 2016). Tanto na FHD quanto na SCD, os sinais e sintomas são muito semelhantes. Na FHD, a partir do terceiro ou quarto dia ocorre uma complicação do caso. Em que pode surgir dores abdominais intensas, agitação ou letargia, sinais profundos de debilidade, palidez na face, pulso rápido e débil, desconforto respiratório, hemorragias, vômitos persistentes, cianose e queda de temperatura corporal (BRASIL, 2009a). A forma mais grave e rara da doença é a SCD, onde é possível verificar alterações neurológicas no paciente (delírio, sonolência, depressão, como, irritabilidade extrema, psicose, demência, amnésia), sintomas cardiorrespiratórios, insuficiência hepática, hemorragia digestiva e derrame pleural (BRASIL, 2013). A fase de recuperação se dá pela normalização do estado clínico do paciente que manifestou algum dos cursos da dengue (BRASIL, 2016). Historicamente, as formas de prevenir e controlar a dengue estão associadas, preferencialmente a eliminação do vetor, já que ainda não se estabeleceu uma vacina capaz de assegurar a imunização contra os 4 sorotipos do vírus e pela importância de reduzir as taxas de infestação do vetor. Novas medidas vêm sendo propostas com a finalidade de atingir resultados mais satisfatórios (VASCONCELOS, 2013). Entretanto, a melhor forma de evitar as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti continua sendo por meio do combate aos focos de acúmulo de água, para assim interromper o ciclo de vida do mosquito (PINTO, et al., 2015). O Departamento de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde criou as Diretrizes Nacionais para Prevenção e Controle da Dengue, um manual que tem como objetivo proporcionar a redução do impacto da doença na saúde da população brasileira. As diretrizes incluem instruções referentes a temas como vigilância, acompanhamento e assistência a pacientes com dengue, ações de controle de vetores e comunicação social (BRASIL, 2009b). Ainda, segundo o manual supracitado, algumas atividades devem ser priorizadas para avaliar e controlar a situação vetorial nos municípios infestados pelos Aedes aegypti, tais como: pesquisa larvária amostral, podendo ser bimestral ou quatro levantamentos rápidos de índices entomológicos ao ano; visita domiciliar bimestral em 100% dos imóveis; pesquisa larvária nos pontos estratégicos, em ciclos quinzenais, com tratamento focal e/ou residual, com periodicidade mensal para o tratamento residual; atividades de educação e comunicação, com vistas à prevenção e controle da dengue pela população. A notificação compulsória é outra medida para controle da dengue, onde são notificados os casos suspeitos e também os confirmados e, assim, os mesmos são encaminhados para o setor de Vigilância Epidemiológica. Estes dados da notificação compulsória, em situações epidêmicas, poderão facilitar o acompanhamento da curva epidêmica da doença e avaliar as medidas adequadas de controle que deverão ser adotadas (BRASIL, 2008). Apesar da dengue ser capaz de avançar rapidamente para as suas formas mais graves, seu tratamento, é relativamente simples e de baixo custo, porém seja indispensável o acompanhamento frequente das manifestações clínicas, sinais vitais e sinais de evolução da doença (BRASIL, 2013). Tabela nº 01. Caracterização e tratamento dos casos suspeitos de dengue; Grupo A Caracterização Conduta Paciente com prova do laço negativa e Hidratação oral, ausência de manifestações hemorrágicas. Antitérmicos e analgésicos Ausência de sinais de alarme Prova do laço positiva ou manifestação Hidratação oral, hemorrágica espontânea; Ausência de sinais Antitérmicos e analgésicos de alarme; Se hemograma normal. B Se hematócrito aumentado em até 10% do Tratamento ambulatorial com hidratação valor basal ou, na ausência desse, com as oral vigorosa, seguintes faixas de valores: Crianças: ≥ 38% e Antitérmico e analgésicos £ 42%; Mulheres: ≥ 40% e £ 44%; Homens: ≥ 45% e £ 50% e/ou plaquetopenia entre 50 e 3 100.000cels/mm e/ou leucopenia <1.000 3 cels/mm . Se hematócrito aumentado acima de 10% do Hidratação oral (supervisionada ou valor basal ou na ausência desse, com os parenteral), seguintes valores: Crianças: >42%; Mulheres: Antitérmicos e analgésicos >44%; Homens: >50% e/ou plaquetopenia Reavaliação clínica e de hematócrito 3 C <50.000cels/mm . após hidratação. Presença de algum sinal de alarme Hidratação venosa rápida em unidade Manifestações hemorrágicas presentes ou com capacidade para realizar hidratação ausentes venosa sob supervisão médica, por um período mínimo de 24h Choque Manifestações hemorrágicas presentes ou ausentes Exames inespecíficos obrigatórios: hemograma completo, tipagem sanguínea, dosagem de albumina sérica, radiografia de tórax (PA, perfil e incidência de Larurell), outros exames D conforme necessidade: glicose, uréria, creatinina, eletrólitos, transaminases, gasometria, ultrassonografia de abdome e de tórax. Fonte: Adaptado de Dengue: diagnóstico e manejo clínico, adulto e criança / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. – 5. ed. – Brasília : Ministério da Saúde, 2016, pág 18-25. O tratamento deve ser realizado de acordo com a classificação de risco que o paciente recebe após a anamnese e exame clínico. Contudo, alguns pacientes, com condições clínicas especiais, tais como, gestantes, crianças menores de 2 anos, adultos com idade acima de 65 anos, pacientes com hipertensão arterial ou doenças cardiovasculares graves, diabetes mellitus, DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica), doenças hematológicas crônicas (principalmente anemia falciforme), doença renal crônica, doença ácido péptica e doenças autoimune terão que receber acompanhamento clínico especializado já que estão mais susceptíveis a evolução desfavorável da doença (POLONI, 2013). De acordo com Dias et al. (2010) a Secretaria de Vigilância em Saúde, tendo como base critérios da OMS (Organização Mundial da Saúde), organiza, atualiza e distribui para os estabelecimentos de saúde de todo o país fluxogramas de classificação de risco e as condutas que deverão ser realizadas aos pacientes com suspeita de dengue. Este fluxograma auxilia no diagnóstico de formas graves da doença e no seu tratamento, e sugere que os pacientes sejam classificados em 4 grupos, segundo os achados da anamnese e do exame clínico, para assim serem tomadas as medidas cabíveis em cada caso, como descrito na tabela nº 01. Dipirona sódica: principais aspectos O ácido 1-fenil-2,3-dimetil-5-pirazolona-4metilaminometanossulfonico, ou dipirona, apresenta atividade analgésica e antipirética relevantes. Por este motivo o fármaco é indicado para o tratamento de cefaléias, neuralgias, dores reumáticas, pós-operatórias, assim como para normalizar a temperatura corporal no caso de febre (KNAPPMANN e DE MELO, 2010). O Metamizol, ou dipirona, é um pró-fármaco, que se dissocia naturalmente, possui efeito analgésico, e também demonstra efeitos antipiréticos e espasmolíticos (JASIECKA; MAŚLANKA e JAROSZEWSKI, 2014). A dipirona não é um bom inibidor de COX (enzima ciclooxigenase), não se sabe qual o mecanismo de ação deste medicamento, mas supõese que ele possa inibir a febre inibindo a IL-1β (Interleucina 1 beta). O efeito antipirético se dá pela inibição da interleucina – 1, que é responsável pela liberação de prostaglandinas no sistema nervoso central (SNC), aumentando o ponto de ajuste do hipotálamo para o controle da temperatura (GOODMAN e GILMAN, 2007). Acredita-se que a dipirona possa inibir fracamente a COX-1 e a COX-2 nos tecidos periféricos, apresentando maior efetividade inibindo a COX-3, que está presente no sistema nervoso central (SNC) e na medula espinhal (WANNMACHER, 2010). Entre as reações adversas mais comuns estão a agranulocitose, leucopenia, pancitopenia, reações gastrintestinais e dermatológicas, bem como anafilaxia. Também pode ocorrer diminuição da pressão arterial, anemia aplástica e/ou hemolítica, edema, anúria e asma. Além disso, o uso da dipirona não é indicado em pacientes idosos, com insuficiência hepática ou renal, hipertensos, com problemas gastrintestinais de gastrite ou ulcera péptica, portadores de discrasias sanguíneas, gestantes, lactantes e crianças menores de 3 anos ou que pesem menos de 5 kg (SILVA, 2010). Segundo Brasil (2016) a conduta que deve ser seguida nos casos que couber o uso de dipirona no tratamento da dengue são os seguintes: • Adultos: 20 gotas (500mg/mL) ou 1 comprimido (500 mg) até de 6/6 horas. • Crianças: 10 mg/kg/dose até de 6/6 horas, respeitando a dose máxima para peso e idade. Acetaminofeno (Paracetamol): principais aspectos O paracetamol é um fármaco derivado do p-aminofenol que apresenta relevante atividade antipirética e analgésica e baixa ação anti-inflamatória (HE et al., 2011). Este composto apresenta forma molecular C8H9NO2 e consiste em um anel benzênico com um grupo hidroxila e um átomo de nitrogênio do grupo amida (FAYS et al., 2015). Não se sabe ao certo seu mecanismo de ação. A inibição não seletiva da enzima COX-1, que regula a biossíntese das prostaglandinas (PGs) a partir do ácido araquidônico (AA) ligado aos fosfolipídios de membrana, causam reações adversas gastrointestinais. Contudo, ao inibir a COX-2 inibe também a síntese das prostaglandinas provocada por estados inflamatórios e, assim, é justificável o uso do paracetamol como analgésico, antitérmico e anti-inflamatório (RAO e KNAUS, 2008). Em doses terapêuticas adequadas, as reações adversas são poucas e incomuns, apesar de poder ocorrer reações cutâneas alérgicas. É provável que a administração regular de altas doses durante um longo período de tempo possa elevar o risco de lesão renal. O paracetamol em doses tóxicas, ou seja, duas a três vezes a dose terapêutica máxima, ocasiona hepatotoxicidade grave e potencialmente fatal, assim como toxicidade renal. Esses efeitos tóxicos são verificados quando as enzimas hepáticas que catalisam as reações de conjugações normais estão saturadas, e assim o fármaco é metabolizado pelas oxidases de função mista (RANG e DALE, 2007). O metabólito tóxico (N-acetil-p-benzoquinonaimina), resultante é inativado por conjugação com glutationa, contudo, quando há reflexão de glutationa, pode-se observar um acúmulo do intermediário tóxico, que reage com constituintes nucleofílicos na célula, causando assim, necrose no fígado e nos túbulos renais. Os primeiros sintomas de envenenamento agudo por paracetamol compreendem náuseas e vômitos, sendo a hepatotoxicidade uma manifestação tardia, que aparece dentro de 24-48 horas (RANG e DALE, 2007). Segundo Brasil (2016) a conduta que se deve seguir nos casos que couber o uso de paracetamol no tratamento da dengue são os seguintes: • Adultos: 40-55 gotas (200 mg/mL) ou 1 comprimido (500 a 750 mg) até de 6/6 horas. • Crianças: 10 mg/kg/dose ate de 6/6 horas, respeitando a dose máxima para peso e idade. DISCUSSÃO Em busca da melhoria da qualidade de vida da sociedade é importante que se observe à relação entre os mosquitos e a transmissão de doenças, pois a partir desta relação realizou-se um intenso combate, que envolveu condições de planejamento urbano, valorização do saneamento básico, da higiene e da saúde pública, para que possibilitasse uma Reforma Sanitária no Brasil. Apesar de se observar os grandes esforços realizados, a busca da eliminação das doenças transmissíveis a partir do controle de seus vetores deve ser intensificada, pois ainda é constante a reincidência de algumas infecções provocadas pelo mosquito Aedes aegypti, a exemplo da dengue (MENDONÇA, SOUZA e DUTRA, 2009). Apesar de fatores climáticos estarem relacionados com o desencadeamento de epidemias de doenças transmissíveis, destaca-se que a questão fundamental do retorno das mesmas também está relacionada com a ineficiência de políticas públicas de saúde. Está ineficiência se refere a diversos motivos, tais como, burocracia excessiva, negligência da atenção aos cuidados com a saúde pública e carência de recursos financeiros (MENDONÇA, SOUZA e DUTRA, 2009). Neste contexto, as ações e programas governamentais são essenciais para que se tenha o controle da propagação da doença. No Brasil, por exemplo, no ano de 2002, foi criado o Programa Nacional de Controle da Dengue, estabelecido pelo Ministério da Saúde, com a finalidade de minimizar a infestação pelo mosquito Aedes aegypti, bem como reduzir a incidência da dengue e reduzir a mortalidade por FHD (BRASIL, 2002 apud SANTOS, 2014). Outro ponto importante digno de nota consiste na associação com a atenção básica para que assim promova a introdução de Programa de Agentes Comunitários de Saúde e do Programa de Saúde da Família, com a finalidade de estabelecer ações de prevenção e controle da dengue. Estes programas buscam, principalmente, desenvolver modificações de hábito da comunidade que colaborem para manter o ambiente doméstico livre do mosquito (BRASIL, 2002 apud SANTOS, 2014). Além destes pontos, faz-se importante a observação das condutas durante os primeiros dias da enfermidade, pois neste período torna-se difícil diferenciar a dengue de outras viroses e, que se sugere a aplicação de medidas de manejo clínico de dengue presente no protocolo de tratamento, pois o agravo da doença apresenta alto potencial de complicações e até morte. Assim, a escolha do antitérmico/analgésico adequado é essencial para prevenir complicações que podem acontecer durante a enfermidade, tais como choque ou acumulo de líquidos com desconforto respiratório, sangramento grave ou sinais de disfunção orgânica e hemorragias graves (BRASIL, 2016). Estudos realizados por Queiroz et al. (2013) demonstraram que a eficácia analgésica da dipirona 500 mg é superior, comparada ao paracetamol 750 mg, no controle da dor. Contudo, outros estudos demonstraram que a ação antitérmica do paracetamol é semelhante à ação antitérmica da dipirona quando avaliados dentro de três horas, sendo que o efeito produzido pela dipirona é mais duradouro, mas revelaram também que deve dar atenção as reações adversas que podem ser provocadas pela mesma, já que são do tipo B (alta mortalidade) (WANNMACHER e FERREIRA, 2005). As reações do tipo B são aquelas totalmente inesperadas e que estão associadas às características farmacológicas do medicamento administrado, são incomuns, e não dependentes da dose, ou seja, acomete somente pessoas suscetíveis. Entre essas reações adversas podemos citar as reações de hipersensibilidade, idiossincrasia, intolerância e entre outras (SILVA, 2010). Além disso, nos casos em que há febre, o paracetamol é considerado o antitérmico mais usado mundialmente, visto que em alguns países o uso da dipirona é proibido, devido ao risco de agranulocitose e pelos riscos das reações adversas tipo B (HEDENMALM et al., 2002). Um estudo de coorte, prospectivo, realizado em 110 pacientes com dengue e que tinham mais de 12 anos, atendidos em instituições de saúde na Colômbia, objetivou definir o efeito da utilização de dipirona, por um período curto de tempo. Observou-se que entre os pacientes adultos, a administração da dipirona nos primeiros quatro dias da patologia teve relação à elevação da incidência de dengue hemorrágica e de trombocitopenia profunda. Estes autores concluíram e recomendaram que evitemos a utilização de dipirona nos casos clinicamente indicativos de dengue (DÍAZ-QUIJANO, VILLARCENTENO e MARTÍNEZ-VEJA, 2005). Entretanto, no Brasil, o uso da dipirona é recomendado pelo Ministério da Saúde (BRASIL, 2016). Ressalta-se que o vírus da dengue, bem como outros vírus da família Flaviviridae apresentam características de hepatotropismo, ou seja, esses vírus tem a capacidade de causar danos às células hepáticas e provocam danos nas suas apresentações agudas e/ou crônicas (NIELSEN, 2009). Apesar de ser evidente a ação direta do vírus da dengue no tecido hepático, grande parte dos casos de envolvimento grave do tecido hepático, durante a patologia, não está relacionada somente à ação direta do vírus, mas também a outras razões de lesão hepática, tais como, doenças hepáticas ou o uso de medicamentos hepatotóxicos, dentre eles o paracetamol (GENNARO, 2004). Observa-se que nos casos de dengue, o paracetamol ainda permanece sendo amplamente utilizado automedicação, mundialmente, entretanto, esse seja fármaco por é recomendação categorizado médica pelos ou por serviços de farmacovigilância como hepatotóxico. E devido ao aumento dos casos sintomáticos de dengue, anuais, no Brasil e o uso generalizado de paracetamol, verificou-se na literatura uma quantidade relevante de casos de dengue com alterações hepáticas, principalmente aqueles com uso de paracetamol (SILVA, 2010). Porém estudos demonstram que a intoxicação com paracetamol acontece com uma dosagem de 4.000mg ao dia, ou seja, cerca de 5 a 6 comprimidos de 750mg ao dia e tal quantidade raramente gera intoxicação hepática. Assim, os casos de intoxicação hepática com a administração de paracetamol ocorrem apenas quando o fármaco é utilizado de forma indiscriminada e em doses acima das doses terapêuticas (FDA, 2011). Neste contexto, é de fundamental importância a atuação do profissional farmacêutico no tratamento dos pacientes com dengue, pois para Feitosa (2012) a atenção farmacêutica consiste num item necessário na assistência à saúde. Sendo está ação integrada com os outros elementos, a fim de possibilitar aos doentes uma assistência adequada, em que a atenção ao bem-estar do paciente, devendo ser tratada como prioridade das ações, para que ocorra a promoção da saúde. Está prática da atenção farmacêutica deve estar orientada para a educação em saúde, orientação farmacêutica, dispensação, atendimento e acompanhamento farmacêutico, registro sistemático das atividades, mensuração e avaliação dos resultados, com a finalidade de minimizar a morbimortalidade associada aos medicamentos. Portanto, como a função do farmacêutico depreende em proporcionar tratamento farmacológico adequado e seguro, com o objetivo de buscar resultados que melhorem a qualidade de vida do paciente, no tratamento da dengue este profissional deve buscar restaurar o bemestar do paciente (VIEIRA, 2007). Diante do uso da dipirona e do paracetamol na terapêutica da dengue o profissional farmacêutico é de total importância, visto que tanto a dipirona quanto o paracetamol são considerados medicamentos isentos de prescrição (CAETANO, 2005), e muitas pessoas ainda continuam realizando a prática da automedicação, como descrito no trabalho de Alves et al. (2011), em que cerca de 29 pessoas entrevistadas (29,3%) faziam uso de analgésicos por automedicação. Neste mesmo estudo, outro dado importante é que somente 28,5% dos entrevistados, ou seja, cerca de um quarto do total de entrevistados, faziam uso de analgésico por prescrição médica. Ou seja, além da automedicação as pessoas utilizavam medicamentos analgésicos por indicação de farmacêuticos (6%), vizinhos/ amigos/ familiares (27,5%), balconista de drogaria (1,8%), entre outros (ALVES et al., 2011). A pratica da automedicação é ressaltada se observados os dados sobre a utilização de medicamentos analgésicos por parte dos entrevistados nos últimos 15 dias, pois cerca de 62% das pessoas afirmaram que fizeram uso de algum analgésico nas ultimas duas semanas. Este dado comprova que o uso dessa classe medicamentosa é frequente pela população. E a dipirona e o paracetamol foram os medicamentos mais utilizados pelos entrevistados, 41,40% e 32,70% respectivamente (ALVES et al., 2011). Assim, o profissional farmacêutico mostra-se mais uma vez com um papel relevante, pois o mesmo deve salientar a importância da necessidade da consulta médica para verificar a necessidade real do uso destes medicamentos. CONSIDERAÇÕES FINAIS Apesar de a dengue ser uma patologia capaz de evoluir rapidamente para as suas formas mais graves, seu tratamento, quando oportuno, é relativamente simples e de baixo custo, entretanto é imprescindível o acompanhamento frequente das manifestações clínicas, sinais vitais e sinais de gravidade. O uso de analgésico/antitérmico em pacientes com dengue exige cautela e atenção, visto que os salicilatos, anti-inflamatórios e a dipirona aumentam o risco de hemorragias. O paracetamol, por sua vez, pode elevar o risco de dano hepático. Ou seja, cada paciente deve ser avaliado individualmente, sendo a escolha do fármaco baseado nos potenciais danos e benefícios da utilização de cada um desses analgésicos, conforme a evolução clínica. Entretanto, observa-se que a melhor escolha para o tratamento paliativo da dengue seja a utilização do paracetamol, visto que o mesmo não apresenta hepatotoxicidade se utilizado nas doses terapêuticas preconizadas e devido ao alto risco de reações adversas quando da utilização da dipirona. Outro ponto relevante é que por serem considerados medicamentos isentos de prescrição, o paracetamol e a dipirona continuam sendo amplamente utilizados na forma de automedicação. Assim, cabe ao profissional farmacêutico incentivar a necessidade da consulta médica para verificar a necessidade do uso destes medicamentos bem como orientar os pacientes sobre o uso correto nos casos que couberem à utilização dos mesmos. REFERÊNCIAS ALVES, D. da S. et al. Estudo do uso de analgésico por crianças e adolescentes de uma escola pública. Revista Brasileira de Pesquisa em Saúde/Brazilian Journal of Health Research, 2011. ARAUJO, J. R.; FERREIRA, E. F.; ABREU, M. H. N. G. 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