O Câncer da Tireoide é um dos mais comuns entre tumores de

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27 DE JULHO – DIA MUNDIAL DA PREVENÇÃO DO CÂNCER DE CABEÇA E PESCOÇO
O Câncer da Tireoide é um dos mais comuns entre tumores de cabeça e
pescoço. 60% da população brasileira terá nódulos da tireoide em algum
momento da vida. 15% serão malignos
São Paulo, 25 de julho de 2016 – No próximo dia 27 (quarta-feira) entidades de saúde que
se dedicam às pesquisas a respeito dos tumores de cabeça e pescoço se mobilizam para
a conscientização dos diferentes cânceres dessa região. A campanha é conhecida
mundialmente como Julho Verde. Nódulos na tireoide irão afetar cerca de 60% da
população brasileira durante algum momento na vida, sendo que 15% desses serão
malignos. Especialistas alertam que qualquer alteração deve ser investigada, pois
havendo algum tipo de anormalidade, o paciente poderá iniciar o tratamento necessário
mais rapidamente.
A tireoide é uma glândula situada na base da garganta, que produz e libera hormônios
responsáveis por regular a função de diversos órgãos, como rins, cérebro, coração e
fígado. Segundo estimativas do INCA – Instituto Nacional de Câncer, mais de 6 mil
pessoas serão diagnosticadas com Câncer da Tireoide ainda em 2016.
Seu principal grupo de risco são mulheres acima dos 35 anos, mas também pode ser
observado em jovens e em idosos - dos 25 aos 65 anos - e em pessoas expostas à radiação
no pescoço e na cabeça. “O Câncer da Tireoide já é o quinto mais frequente entre as
mulheres e o 17º entre os homens”, esclarece o especialista em cirurgia de cabeça e
pescoço Dr. Erivelto Volpi.
Dentre os fatores de risco para o câncer da tireoide vale ressaltar o histórico familiar de
câncer da tireoide e a exposição à radiação. Em termos de prevenção, é importante que
o paciente seja sempre examinado através de exame clínico seguido, quando necessário,
de ultrassom.
“Seus sintomas são silenciosos e, por isso, é fundamental o autoexame da tireoide
sempre que possível. O mais expressivo é a palpação de um nódulo na tireoide, ou seja,
na região anterior do pescoço”, explica Dr. Volpi.
Diagnóstico – O diagnóstico de câncer da tireoide é feito através de uma punção realizada
por meio de uma agulha fina, aplicada diretamente no nódulo. O procedimento é simples
e pouco doloroso. É retirada menos de uma gotinha do nódulo para que seja averiguado
o diagnóstico. A punção do nódulo deve ser guiada por uma ultrassonografia.
Tratamento - A boa notícia é que se diagnosticado precocemente, aumenta as
possibilidades cura. No entanto, cerca de 60% dos pacientes com câncer da tireoide
recebem o diagnóstico já em estágio avançado, porque, muitas vezes, os sintomas
acabam passando despercebidos ou confundidos com outros problemas de saúde. “A
investigação precoce de um nódulo maligno pode ser decisiva na vida do paciente,
porque quando tratado no início, o câncer da tireoide tem ótimas chances de cura e evita
que as células cancerígenas se espalhem para outras partes do organismo”, explica Dr.
Volpi.
A cirurgia para a remoção dos nódulos anormais (tireoidectomia) é a principal forma de
tratamento. Após a cirurgia, o paciente passa a tomar hormônios para substituir os que
não podem mais ser produzidos pela tireoide e, dependendo da avaliação médica, o
tratamento é estendido com terapias contendo iodo radioativo.
Tipos - Existem quatro tipos de câncer da tireoide: papilífero (o mais comum e menos
agressivo), folicular (também pouco agressivo), medular e anaplásico (bem agressivo e
raro, que costuma ter uma sobrevida curta de 6 meses a 1 ano, mas geralmente acomete
pessoas mais idosas).
O diagnóstico do câncer de tireoide tem aumentado nos últimos anos devido ao aumento
do uso do ultrassom de tireoide, que permite a detecção de pequenos nódulos, que não
poderiam ser diagnosticados no passado.
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Sobre o Dr. Erivelto Volpi
Dr. Erivelto Volpi é médico da Disciplina de Cirurgia de Cabeça e Pescoço da FMUSP e
cirurgião de cabeça e pescoço do Hospital Alemão Oswaldo Cruz e Hospital. Dr. Volpi é
um dos quatro especialistas brasileiros a compor o comitê científico internacional da
Campanha Mundial do Câncer de Cabeça e Pescoço da International Federation of Head
and Neck Oncologic Societies, que acontece em julho (Julho Verde).
Informações à Imprensa
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Teca Pereira – Jornalista
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