Uso de Inotrópicos em Cirurgia Cardíaca so de Inotrópicos

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Uso de Inotrópicos em
Cirurgia Cardíaca
Paulo do Nascimento Jr
O problema
cirurgia cardíaca e síndrome do ↓ DC
mortalidade
Síndrome do ↓ DC
pós cirurgia cardíaca e CEC
PAS < 90 mmHg
IC < 2,2 L.min-1.m -2
disfunção de órgão
30 – 60 min
• débito urinário < 0,5 mL.kg
mL -1.h-1
• ↑ lactato
Rao V et al. J Thorac Cardiovasc Surg 1996; 112: 38-51
38
Gilles M et al. Crit Care 2005; 9: 266-79
Ivanov J et al. Can J Cardiol 2006; 22: 221-7
221
Disfunção do miocárdio em cirurgia cardíaca
isquemia do miocárdio, proteção do miocárdio inadequada
hipotermia
resposta inflamatória
lesão pós reperfusão
condição (doença) cardíaca não revertida
Rao V et al. J Thorac Cardiovasc Surg 1996; 112: 38-51
38
Gilles M et al. Crit Care 2005; 9: 266-79
Ivanov J et al. Can J Cardiol 2006; 22: 221-7
221
Incidência de síndrome do ↓ DC pós cirurgia cardíaca e CEC
Incidência de síndrome do ↓ DC pós cirurgia cardíaca e CEC
Diversidade de números
doença cardíaca 1ária, tipo de cirurgia, doença(s) coexistente(s)
características demográficas
diagnóstico da síndrome
• uso de inotrópicos de rotina
• momento do diagnóstico e uso de inotrópicos
Desempenho do miocárdio (% dos valores pré-operatórios)
pré
100
• eliminação da solução
de cardioplegia
50• reperfusão
• aquecimento
0
0
pré-op fim da
CEC
1
2
3
• efeito de tamponamento
da parede torácica
• hipotermia
• edema do miocárdio
êmbolos
4 • micro
5
6
7 Co8
24
• lesão de reperfusão
horas pós CEC
■↓DC □ mortalidade
%
60
59
40
não sim
rot urg emerg
39 <21
21
revascularizado
FE (%)
anteriormente
característica
■↓DC □ mortalidade
%
M
F
sexo
não sim
não
sim
diabetes
>70 anos
não
sim
> 50% obstrução
coronária E
■↓DC □ mortalidade
%
não
sim
IAM recente
não
sim
doença coronariana
tri arterial
não
sim
hipertensão
arterial
baixa
baixa fração de ejeção
 longo tempo em CEC
 idade avançada
 ↑ área cardíaca
 sexo feminino
Fração de ejeção (%)
Tempo de CEC
Uso de inotrópicos (%)
27 – 45
48 – 100
101 – 150
151 – 195
71
83
100
46 – 65
48 – 100
101 – 150
151 – 195
35
47
79 *p < 0,05
66 – 85
48 – 100
101 – 150
151 – 195
33
30
100 *p < 0,05
Royster RL. J Cardiothorac Vasc Anesth 1993; 4: 19-25
19
Anormalidades da movimentação da parede ventricular
hipocinesia
discinesia
acinesia
McKinlay KH et al. J Cardiothorac Vasc Anesth 2004; 18: 404-8
404
Classificação dos fármacos inotrópicos +
Catecolaminas
naturais
• adrenalina
• dopamina
sintéticas
• dobutamina
• dopexamina
Inibidores da fosfodiesterase
Sensibilizadores do cálcio
• amrinona
• milrinona
• enoximona
• levosimendan
1. catecolaminas
receptor β
receptor α
miocárdio e parede vascular
parede vascular
proteína Gs
3. sensibilizador
de cálcio
2. FDEI3
adenilciclase
↑ AMPc
canais de Ca++
↑ Ca++
↑ AMPc
fosfodiesterase III
↑ AMPc - proteinoquinase
proteína Gq
↑ IP3
↑ cálcio
↑ fosfolambam
calmodulina/proteinoquinase
↑ Ca++
efeito
cronotrópico +
efeito
inotrópico +
efeito
lusitrópico +
vaso
dilatação
vaso
constrição
actina tropomiosina troponina Ttroponina I
troponina C miosina
músculo cardíaco
hiperpolarização
parede vascular
bomba trocadora
Na+/Ca++
vasos
de resistência
Novos
Velhos
levosimendan
1994
dopexamina
1985
milrinona
1983
enoximona
1983
amrinona
1978
dobutamina
1974
dopamina
1967
adrenalina
1965
quente
quente
seco
úmido
frio
frio
seco
úmido
2,2
18
POAP (mmHg)
inotrópicos
vasodilatadores
IC
L.min-1.m -2
Uso de Inotrópicos em Cirurgia Cardíaca
inotrópico +
cronotrópico + vasodilatador arritmia
dobutamina
↑
↑↑
não
↑↑
milrinona
↑
↑/não
↑
↑
levosimendan
↑
↑
↑
↑
nitroglicerina
não
não
↑↑
não
BNP
não
não
↑↑↑
não
diurético
não
não
não
não
Mehra MR. Am Heart J 2006; 151: 571-9
Antoniades C et al. Pharmacol Ther 2007; 114: 184-97
184
O agente inotrópico:
modifica a hemodinâmica sistêmica? Como?
altera a perfusão regional?
modifica os resultados clínicos?
• tempo de internação; UTI;
UTI ventilação mecânica; IRA
tem efeitos colaterais?
melhora a sobrevida?
Inotrópicos: mortalidade
dobutamina
placebo
Leier CV et al., 1982
2/15
1/15
Dies F et al., 1986
13/31
5/29
Oliva F et al., 1999 (DICE study) 5/19
3/19
Total
20/65
9/59
31%
15%
dobutamina
melhor
placebo
melhor
probabilidade: mortalidade
Inotrópicos: mortalidade
Inibidores da fosfodiesterase, uso oral vs. placebo
inibidores FDE
placebo
mortalidade
levosimendan
melhor
dobutamina
melhor
levosimendan
melhor
placebo
melhor
probabilidade: mortalidade
revascularização do miocárdio com CEC
tri arteriais, FE < 50%
• levosimendan (n=30): 12 µg.kg + 0,2 µg.kg-1.min-1 (n=30)
• placebo (n=30), encoberto
24 hs
falha no desmame: adrenalina, 0,1 µg.kg-1.min-1 /balão IAo
IC < 2,2 L.min-1.m -2: milrinona
Eriksson HI et al. Ann Thorac Surg 2009; 87: 448-54
448
levosimendan
placebo
(n=30)
(n=30)
adrenalina (nº pacientes e %)
15 (50)
24 (80)
milrinona (nº pacientes e %)
2 (6,7)
5 (16,7)
dias na UTI (mediana e variação)
2 (1 a 33)
2 (1 a 31)
dias p/ alta do hospital (mediana)
20
20
mortes
0
2
Eriksson HI et al. Ann Thorac Surg 2009; 87: 448-54
448
revascularização do miocárdio/válvulas com CEC
IC <2,2 L.min-1.m -2; PAOP > 15 mmHg
• levosimendan (n=25) → 12 µg.kg
µg
+ 0,2 µg.kg-1.min-1
• dobutamina (n=25)
→ 7,5
µg -1.min-1
µg.kg
24 hs
dobuta
levo
outros fármacos
vasoativos
5/25
bbb
4/25
bbb
morte (15 dias)
1/20
1/21
revascularização do miocárdio/válvulas com CEC
FE < 30%
dobutamina: 5 µg.kg-1.min
min-1
grupos
• levosimendan (n=15) → 0,1 µg.kg-1.min-1
• milrinona (n=15)
→ 0,5 µg.kg-1.min-1
milrinona
levo
dobutamina (hs)
31 + 15
15 + 4
noradrenalina (hs)
35 + 9
21 + 9
fármaco estudado (hs)
87 + 30
19 + 4
pacientes com ICC, dependentes de inotrópicos
• milrinona (n=19)
→ 0,25
25 a 0,75 µg.kg-1.min-1
• dobutamina (n=17) → 2,,5 a 10 µg.kg-1.min-1
milrinona
(n=19)
dobutamina
(n=17)
transplante (n)
16
16
óbito (n)
1
0
alta (n)
2
1
balão intra aórtico (n)
1
1
uso de dopamina (n)
6
3
arritmia ventricular (n)
9
9
50 + 46
63 + 45
16.227,00
380,00
dias internados
custo (US$)
Aranda JM et al. Am Heart J 2003; 145: 324-9
324
crianças < 6 anos, peso > 2 kg, cardiopatia complexa
• milrinona (n=79) → 25 µg.kg
µg -1 + 0,25 µg.kg-1.min-1
• milrinona (n=73) → 75 µg.kg
µg -1 + 0,75 µg.kg-1.min-1
• placebo
placebo
n = 75
dose baixa
n = 79
dose alta
n = 73
% de pacientes sem o evento
% de pacientes
redução do risco relativo (RRR) = 64%
*p = 0,038 vs. placebo
dose alta
dose baixa
placebo
dias após início da administração
Recomendações nível “C” (aleatório, α > 0,05; β > 0,2)
1.β
β agonistas = ↑ FC e ↑ arritmias; FDEI = ↓ PA
2. dopamina, adrenalina, dopexamina < dobutamina
3. adrenalina = terapia de resgate
4. PDEI = ↓ PAP e ↑ desempenho VD em HP
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