17/3/2014 Definição UNIDADE ACADÊMICA DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS CURSO DE GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA DISCIPLINA: BIOQUÍMICA GERAL PROFESSORAS: Adriana Silva Lima e Márcia Aparecida Cezar Chama-se metabolismo ao conjunto de reações químicas que ocorrem nas células, e que lhe permitem manter-se viva, crescer e dividir-se. Metabolismo Microbiano Soma total de todas as reações enzimáticas que ocorrem na célula, por meio de uma integração altamente coordenada, onde muitos mecanismos de sistema multienzimáticos participam, trocando matéria e energia entre a célula e o seu meio ambiente. FUNÇÕES ESPECÍFICAS Obter energia química de moléculas combustíveis ou luz solar absorvida; Converter nutrientes exógenos em blocos construtivos (monômeros primários) ou precursores de componentes macromoleculares das células; Formar e degradar as biomoléculas requeridas nas funções especializadas das células. CATABOLISMO Conjunto de reações de DEGRADAÇÃO Compostos orgânicos de alto PM em moléculas + simples Liberação de Energia livre Conservação da Energia em moléculas de alta Energia – ATP ANABOLISMO Conjunto de reações de SÍNTESE moléculas + simples Compostos orgânicos de alto PM Gasto de Energia Usam energia gerada no Catabolismo 1 17/3/2014 Classificação metabólica dos organismos Quanto a fonte de carbono Células Autotróficas: - CO2 fonte única de C; -Relativamente autossuficientes (plantas e algumas bactérias). Células Heterotróficas: - Não usa o CO2 como fonte de C no metabolismo; - Obtém o C do ambiente, na forma reduzida e relativamente complexa (C orgânico). - Aeróbicos: O2 como aceptor final de e-. - Anaeróbicos: usam outras moléculas com aceptores de e. Classificação metabólica dos organismos Quanto a fonte de energia Células Fototróficas: - Luz solar como fonte primária de energia. Células Quimiotróficas: - A energia utilizada é proveniente de reações de oxidorredução. - quimiolitotróficas: doadores inorgânicos: H e H2S. de e- são compostos - quimioorganotróficas: os doadores de e- são moléculas orgânicas: C6H12O6. 2 17/3/2014 ENERGIA DA CÉLULA Uma célula viva requer energia para realizar diferentes tipos de trabalho, incluindo: Biossíntese das partes estruturais da célula, tais como paredes celulares, membrana ou apêndices externos; Síntese de enzimas, ácidos nucleicos, polissacarídeos, fosfolipídeos e outros componentes químicos da célula; ENERGIA DA CÉLULA Reparo de danos e manutenção da célula em boas Obtida através da quebra de moléculas orgânicas condições; Crescimento e multiplicação; Armazenada na forma de ATP Armazenamento de nutrientes e excreção de produtos Utilizada na síntese de moléculas ou outras funções de escória; celulares Mobilidade O Ciclo do ATP O ATP é a ”moeda de troca” energética nas células; Organismos fototrópicos transformam energia luminosa em energia química sob forma de ATP; Nos heterotróficos, o ATP é produzido pelo catabolismo; O ciclo do ATP transporta energia da fotossíntese ou do ADP: difosfato de adenosina ATP: trifosfato de adenosina, um nucleotídeo formado por uma base nitrogenada- a adenina, um açúcar - a ribose e três moléculas de ácido fosfórico Função: armazenar energia catabolismo para os processos celulares que necessitam de energia. 3 17/3/2014 ESTRUTURA do ATP e CONVERSÃO do ATP em ADP TROCAS DE ENERGIA MACROMOLÉCULAS + O2 CO2 + H2 O REAÇÕES DE ÓXIDO REDUÇÃO MACROMOLÉCULAS (REDUZIDAS) + O2 CATABOLISMO ADP + Pi CO2 (OXIDADO) + H2 O CATABOLISMO ATP Transportador oxidado (NAD+; FAD) Transportador reduzido (NADH; FADH2) ANABOLISMO ANABOLISMO MOLÉCULAS MENORES MACROMOLÉCULAS TRABALHO MACROMOLÉCULAS (REDUZIDAS) MOLÉCULAS MENORES (OXIDADAS) NAD: nicotinamida-adenina dinucleotídeo Função: transportador hidrogênio NADH: nicotinamida-adenina dinucleotídeo FAD: flavina-adenina dinucleotídeo Função: transportador hidrogênio FADH: flavina-adenina dinucleotídeo 4 17/3/2014 TIPOS DE RESPIRAÇÃO • ANAERÓBIA – Ausência de O2 • AERÓBIA – Presença de O2 RESPIRAÇÃO ANAERÓBIA • Também chamada de fermentação (quebra parcial da glicose na ausência de O2) • Ocorre, por exemplo, em organismos unicelulares – Fermentação láctica – Fermentação alcoólica • Vinho, cerveja, aguardente – Fermentação acética • Vinagre RESPIRAÇÃO ANAERÓBIA • Fermentação láctica – Glicose (C H O) é degradada em duas moléculas menores, com três átomos de carbono, o ácido pirúvico (C H O) glicólise – Gera 2 moléculas de ATP – C H O 2C H O + 2ATP 5 17/3/2014 Piruvato a-D-Glicose ATP ADP Mg++ Hexocinase Mg++ Piruvato cinase 2ATP 2ADP Fosfoenolpiruvato a-D-Glicose-6-fosfato Fosfoglicose isomerase b-D-Frutose-6-fosfato ATP Mg++ ADP Fosfofrutocinase 1 (PFK1) b-D-Frutose-1,6-bisfosfato H2O Enolase 2-Fosfoglicerato Fosfo-glicerato mutase 2ATP 3-Fosfoglicerato Mg++ 2ADP Fosfoglicerato cinase Aldolase 2NADH Gliceraldeído-3-fosfato 2NAD++ 2Pi + Di-hidroxi acetona Gliceraldeído-31,3-Bisfosfo-glicerato fosfato fosfato Gliceraldeído 3 fosfato Triose fosfato desidrogenase isomerase Ciclo de Krebs 6 17/3/2014 Glicólise produz 2 piruvatos (2 acetil CoA) Assim o ciclo roda 2 vezes para cada glicose O rendimento de 1 molécula de glicose então será: 6 NADH = 15 ATP 2 FADH2 = 3 ATP 2 GTP = 2 ATP Total = 20 ATP lembrar para o futuro que cada ciclo produz 10 ATP Cadeia respiratória Complexo Enzimático I Cit c NADH Complexo Enzimático III Complexo Enzimático II Q H+ NAD ½ O2 H2O Elétrons altamente energéticos H+ O2 + 4H+ + 4e- 2H2O + Cadeia transportadora De elétrons CATABOLISMO DE MOLÉCULAS ORGÂNICAS BALANÇO ENERGÉTICO Degradação de macromoléculas CITOPLASMA GLICÓLISE Ác. pirúvico MITOCÔNDRIA Acetil-CoA 2 NADH 2 NADH Monômeros PROTEÍNAS AMINOÁCIDOS CICLO DE KREBS CARBOIDRATOS GLICOSE LIPÍDIOS ÀC. GRAXOS PIRUVATO 2 ATP 2 ATP 6 NADH 2 FADH CADEIA RESPIRATÓRIA 2 ATP 2 ATP 6 ATP 6 ATP 18 ATP Acetil-CoA Respiração Aeróbia CICLO DE KREBS CADEIA RESPIRATÓRIA 4 ATP Produtos metabólicos finais NH3 H 2O CO2 7 17/3/2014 O CICLO DO GLIOXILATO – Uma Via Relacionada Em plantas e algumas bactérias, com exceção dos animais, a acetilCoA pode servir como material inicial para a biossíntese dos carboidratos. A acetil-CoA é produzida no catabolismo dos ácidos graxos. Duas enzimas são responsáveis pela capacidade de plantas e de bactérias de produzir glicose a partir de ácidos graxos. A isocitrato-liase cliva o isocitrato, produzindo glioxilato e succinato. A malato-sintase catalisa a reação do glioxilato com a acetil-CoA, produzindo malato. Duas moléculas de Acetil-CoA entram no ciclo do glioxilato, dando origem a uma molécula de malato e, evenualmente, a uma molécula de oxaloacetato. A glicose pode ser produzida, por conseguinte, a partir do oxaloacetato, pela gliconeogênese. O ciclo do ácido cítrico e do glioxilato podem operar simultaneamente. Fotossíntese Freqüência (Hz) 1021 1018 1016 7. 1014 Violeta azul verde Raios Gama 4 . 1014 amarelo laranja Ultravioleta 1012 1010 104 vermelho Ondas de rádio e TV Infravermelhos Raios X Microondas Luz visível 0,1nm Unidades: mm: 10-6 m nm: 10-9 m A: 10-10 m 10nm 100nm 400------740nm 10mm 50mm 100mm Comprimento de Onda Fotofosforilação cíclica 8 17/3/2014 ENZIMAS E REAÇÕES QUÍMICAS CATALIZADORES SUBSTÂNCIAS QUE PODEM ACELERAR UMA REAÇÃO QUÍMICA SEM ALTERÁ-LA PERMANENTEMENTE ENZIMAS: São catalisadores biológicos Molécula tridimensional que tem um SÍTIO ATIVO: região que irá interagir com uma substância química específica: REAGENTE ENZIMA: orienta o substrato para uma posição que aumenta a probabilidade de uma reação ocorrer COM A ENZIMA: • As enzimas são específicas • Cada enzima atua em uma substância específica (SUBSTRATO DA ENZIMA) • EX: • Sacarose (açúcar de mesa): é o substrato da enzima sacarase que cataliza a hidrólise da sacarose: – Glicose – Frutose REQUER MENOS ENERGIA DE ATIVAÇÃO NA PRESENÇA DA ENZIMA SEM A ENZIMA: ESPECIFICIDADE E EFICIÊNCIA ENZIMÁTICA A enzima: molécula tridimensional que possui configuração única específica Esta especificidade permite que a enzima encontre o substrato correto dentro do grande número de diferentes moléculas na célula REQUER MAIS ENERGIA DE ATIVAÇÃO SEM PRESENÇA DA ENZIMA 9 17/3/2014 NOMENCLATURA DAS ENZIMAS: COMPONENTES DAS ENZIMAS Embora as enzimas são constituídas de proteínas: -Uma grande parte: APOENZIMA -Um componente não protéico: COFATOR Íons de Ca, Fe, Zn, Mg: auxiliam na catalisação de uma reação pois formam uma ponte entre a enzima e o substrato COFATORES ENZIMÁTICOS Pequenas moléculas orgânicas ou inorgânicas que podem ser necessários para a função de uma enzima FATORES QUE INFLUENCIAM A ATIVIDADE ENZIMÁTICA Temperatura: Quanto maior a T maior a velocidade da reação pH: A maioria das enzimas tem um pH ótimo para distribuição de cargas elétricas Concentração do Substrato: INIBIDORES ENZIMÁTICOS 1- COMPETITIVOS: Ocupam o sítio ativo de uma enzima e competem com o substrato normal pelo sítio ativo 2- NÃO COMPETITIVOS: Não competem com o substrato pelo sítio ativo da enzima, entretanto interagem com outra parte da enzima Se for alta a velocidade máxima da catalisação pode ser alcançada 10