O Bem–aventurado Senhor disse: Falando sábias palavras, você está se lamentando sobre o que não é digno de pesar. Aqueles que são sábios não se lamentam nem pelos vivos, nem pelos mortos. Nunca houve um tempo em que você não tenha existido, nem você, nem todos esses reis; nem no futuro nenhum de nós deixará de existir. Como a lama corporificada passa continuamente, neste corpo, da infância a juventude e à velhice, da mesma forma a alma passa a outro corpo depois da morte. A alma auto-realizada não se confunde com tal mudança. Ó filho de Kunti, o aparecimento temporário da felicidade e sofrimento e seu desaparecimento no devido curso, são como o aparecimento e desaparecimento das estações de inverno e verão. Surgem da percepção sensorial, ó descendente de Bharata, é preciso aprender a tolerá-los sem se perturbar. Ó melhor entre os homens, a pessoa que não se perturba com felicidade e tristeza e permanece firme em ambas, é certamente elegível para a libertação. No quarto capitulo, denominado O Conhecimento Transcendental lê-se o seguinte ensinamento sobre as vidas sucessivas: O Bem-aventurado Senhor disse: Tanto você quanto Eu, temos passado por muitos e muitos nascimentos. Eu posso me lembrar de todos eles, mas você não, ó subjugador do inimigo. E sobre a razão e a necessidade de que reencarnem Mestres, Guias iluminados, em diferentes épocas e lugares, assim explica: Sempre e onde quer que haja um declínio da prática religiosa, ó descendente de Bharata, e uma ascensão predominante da irreligião – aí então eu próprio descendo. O ALCORÃO O livro sagrado do Islã contém a sabedoria de Alá (Deus) para orientação da humanidade. O Alcorão foi revelado aos poucos, de acordo com as necessidades do tempo. O anjo Gabriel o trouxe para o Profeta Muhammad (Maomé) que o memorizou. Depois, ele foi preservado de duas formas: a primeira, pela memorização: alguns dos primeiros muçulmanos memorizavam cada revelação e, desta forma, todo o Alcorão foi memorizado da primeira à última revelação. Aquele que conhece o Alcorão de memória é chamado de Hafiz Qur'an, é uma tradição que continua até os dias atuais. A segunda forma de preservação é através da escrita: sempre que acontecia uma revelação, ela era escrita imediatamente em tábuas, ramos de palmeiras, em folhas, ou em pele de animais. Isto foi feito originariamente por 42 escribas, sendo Zaid bin Thabit, o mais importante deles. A palavra Alcorão deriva do verbo árabe que significa declamar ou recitar; Alcorão é, portanto uma "recitação" ou algo que deve ser recitado. Os muçulmanos podem-se referir ao Alcorão usando um título que denota respeito, como Al-Karim ("o Nobre") ou Al-Azim ("o Magnífico").