O alto astral está presente em todas suas

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Rindo à toa!
Em entrevista exclusiva à Dr. Jornal, o piracicabano vocalista
do grupo Falamansa, recorda suas lembranças de juventude
em Piracicaba e comemora 10 anos de discos vendidos.
Dr. Jornal - São 12 anos de carreira já. Como foi a
caminhada para chegar ao que o Falamansa é hoje?
Tato - A nossa maior dificuldade não só no início, mas
também ao longo destes 12 anos de carreira e 10 anos
de discos vendidos, é o preconceito relacionado ao nome
"Forró". No início as pessoas não entendiam como um
jovem paulista ou de qualquer outro lugar do Brasil que
não o nordeste, pudesse apreciar esse ritmo que não era
bem parte da atual cultura. Esse preconceito foi vencido
através da busca pela qualidade e do valor contido
nas mensagens, intensificando uma preocupação que
acompanha a banda até hoje. Mesmo nos dias atuais,
ainda encontramos o preconceito, mas desta vez um pouco
mais compreensível, devido ao grande número de bandas
que se utilizam do nome "forró" para passar mensagens
apelativas e de nenhum conteúdo. Indiretamente, saímos
prejudicados, ou ainda pré-julgados de fazermos parte
do mesmo ambiente musical. Mas na verdade, somos a
contramão deste movimento.
Dr. Jornal - Do primeiro CD para este, 10 anos depois,
o que você sente de mudanças, tanto na música,
como na conscientização dos seus limites, de esforço
para os dias de apresentação, gravação de CD, dos
cuidados com você, com sua saúde?
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FOTO: Éder Nascimento.com
O alto astral está presente em todas suas composições.
O ritmo é contagiante e mesmo quem não simpatiza com a
música feita “para todos” (significado traduzido de for all,
palavra que deu origem ao forró) acaba vencido pela forte
presença da zabumba, o perceptível som dos triângulos e a
famosa e única sonoridade da sanfona. É assim, através da
música vinda do nordeste, que nosso conterrâneo, Ricardo
Cruz, mais reconhecido como Tato, vocalista da banda de
forró universitário Falamansa, demonstra seu amor pela
música e através dela o agradecimento pela vida.
Comemorando 12 anos de carreira e 10 discos
gravados, o piracicabano conversa com a Dr. Jornal com
toda simplicidade e simpatia que lhe cabe, e conta, entre
outras coisas, como lida com a sua saúde em meio à
maratona de shows que acontecem no fim do ano.
Tato - A banda está muito mais amadurecida, não só
musicalmente, mas também nas ideologias. Hoje sabemos
muito mais o que queremos e não temos medo de errar a
mão. Fazemos o que sentimos!
Quanto à parte física, é claro que 10 anos acabam
tirando muito da "agilidade de moleque”, mas acredito
que a repetição exaustiva de determinadas ações, faz
com que nosso corpo se acostume e aprenda a se
regular. Um dos principais problemas é a inconstância
nos horários de sono. Para isso é necessário ser sempre
muito regrado e estabelecer metas relacionadas à
alimentação e exercícios.
Antes do show sempre bebo muita
água e evito comer para não gerar
desconforto pra cantar. Após o show
uma fruta é sempre bem vinda.
- Ricardo Cruz (Tato)
Dr. Jornal - E o projeto do novo CD que visa conscientizar
e preservar o Meio Ambiente. Fale-nos sobre o projeto, de
onde veio a idéia, o que pretendem com esse trabalho...
Tato - A idéia já é antiga, mas só conseguimos botar em
prática depois de 2007 quando saímos da gravadora e
montamos nossa própria produtora. No disco "Segue
a vida” (2007) além de algumas letras que visavam a
conscientização ambiental, realizamos diversas ações
voltadas a sustentabilidade como a distribuição de 300.000
sacolas de lixo em três estados brasileiros.
Já neste trabalho queremos ir mais além, entendendo a
Falamansa como empresa sustentável, interferindo não só
na estrutura de cenários, figurinos, encartes reciclados mas
também nas ações que promoveremos durante o próximo
ano. Esta busca sustentável é nada mais que uma vontade
e procura da banda em fazer o bem através da música.
FOTO: Éder Nascimento.com
Dr. Jornal - Vocês sempre tiveram um cuidado maior
com as letras das músicas de vocês, para que fossem
sempre mensagens positivas, alegres. Esse novo
trabalha comemora isso? Continua dessa forma?
Tato - Essa é a cara da banda. Foi com a mensagem que a
Falamansa desenhou sua história e é nela que vejo minha
razão de viver, minha missão.
Esse novo trabalho é exaltação ao fazer bem com a letra.
Frases de motivação, superação, alegria, fé, amor, serão sempre
parte do meu trabalho, cada vez mais por gratidão à vida.
Dr. Jornal - Você costuma fazer algum aquecimento
vocal antes de entrar no palco?
Tato - Aquecimento vocal sempre! Não é ritual, é essencial.
A época mais difícil pra mim é no mês de junho onde já fiz
até cinco shows no mesmo dia. Aí preciso me cuidar muito
mais, mas minha rotina já é muito regrada. Só tomo água, e
muuuita água, sem gelo e não bebo álcool em dias de show.
Dr. Jornal - Como vocês se cuidam para aguentar essa
maratona de shows de fim ano? A alimentação também
auxilia você a manter-se saudável nessa correria de shows?
Tato - É bem difícil se alimentar bem nas estradas brasileiras.
A inconstância nos horários também atrapalha bastante. Tento
recuperar sempre quando estou em casa, recarregando as
energias com uma boa alimentação e com exercícios físicos,
principalmente os aeróbicos. Antes do show sempre bebo
muita água e evito comer para não gerar desconforto pra
cantar. Após o show uma fruta é sempre bem vinda.
Dr. Jornal - Quanto ao sono, como você adéqua seu
tempo para o descanso, que também é primordial para
que consiga ter um bom desempenho nos seus shows?
Tato - Costumo viajar muito de ônibus e tenho uma cama
confortável onde posso dormir bem. É claro que o nosso
relógio biológico é bem confuso, mas tento recuperar o
fuso quando estou em casa. Acho essencial dormir antes
da apresentação, não só pelo descanso, mas também
porque me ajuda a descansar as cordas vocais.
Dr. Jornal - Como Piracicabanos, temos que pedir que
se recorde um pouquinho de quais suas lembranças de
nossa cidade!
Tato - Vivi meus primeiros 17 anos em Piracicaba e ainda
hoje viajo frequentemente para visitar meus pais. Portanto
minhas lembranças são antigas e recentes. Gosto muito da
Rua do Porto e especialmente do cartão postal da cidade, o
Rio Piracicaba. Minhas melhores lembranças são dos jogos
do XV quando ainda criança, e já que estamos falando para
médicos e pessoas ligadas à medicina, lembro também de
festas infantis que eu frequentava na "Casa do Médico” (acho
que era isso!). Aquele lugar remete muito minha infância!
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