Saúde Bucal dos Pacientes hospitalizados no Setor de

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ
Centro de Ciências Biológicas e da Saúde
Colegiado de Odontologia
POLLYANA ZUTION
SAÚDE BUCAL DOS PACIENTES HOSPITALIZADOS NO
SETOR DE NEUROLOGIA DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
DO OESTE DO PARANÁ
CASCAVEL
2007
1
POLLYANA ZUTION
SAÚDE BUCAL DOS PACIENTES HOSPITALIZADOS NO SETOR DE
NEUROLOGIA DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DO OESTE DO
PARANÁ
Monografia apresentada ao Curso
de Odontologia, da Universidade
Estadual do Oeste do Paraná, como
parte dos requisitos para obtenção
do título de graduação em
Odontologia.
Orientadora: Adriane
Martinez Martins
CASCAVEL
2007
de
Castro
2
Folha de Aprovação
Aos ___ dias do mês de novembro de 2007 reuniram-se os professores do
curso de Odontologia da Universidade Estadual do Oeste do Paraná do Campus de
Cascavel, Adriane de Castro Martinez Martins, Estela Rodrigues e Íris Sawazaki, a
fim de avaliar o trabalho de conclusão de curso da aluna Pollyana Zution, intitulado
“SAÚDE
BUCAL
DOS
PACIENTES
HOSPITALIZADOS
NO
SETOR
DE
NEUROLOGIA DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DO OESTE DO PARANÁ” que
recebeu a média _____, estando, portanto aprovado. Nada mais havendo, a
presente ata vai assinada pela banca examinadora presente.
_________________________________________
ADRIANE DE CASTRO MARTINEZ MARTINS
(Orientadora)
_____
Nota
_________________________________________
IRIS SAWAZAKI
(Banca Examinadora)
_____
Nota
__________________________________________
ESTELA RODRIGUES
(Banca Examinadora)
_____
Nota
3
Dedicatória
Aos meus pais que me proporcionaram a oportunidade de chegar até aqui, pelo
seu carinho, compreensão e dedicação.
Ao meu amor pela paciência e companheirismo durante esses cinco anos em que
estamos juntos.
4
Agradecimentos
Ao Hospital Universitário do Oeste do Paraná, em especial ao diretor clínico Vilson
Dalmina e a todos os funcionários do setor de neurologia pela cooperação nesta
pesquisa
À orientadora Adriane de Castro Martinez Martins pela confiança e dedicação
depositadas em mim e acima de tudo pela sua amizade.
Aos pacientes do setor de neurologia do HUOP e seus cuidadores que com muito
carinho e paciência permitiram-se participar do presente estudo.
Ao meu colaborador Cassiano Elisson Pereira Pinto que ajudou na realização
desta pesquisa com muita dedicação e prontidão.
A todos que de alguma forma ajudaram na realização deste estudo.
5
Resumo
A implantação de atividades educativas e preventivas em saúde bucal em
âmbito hospitalar é fundamental para a formação acadêmica, tanto pela
oportunidade de interação com outros profissionais da saúde, quanto pelo
crescimento individual e coletivo, favorecendo a sua formação humana e
profissional, uma vez que trabalha com saúde bucal, sem perder a visão do paciente
como um todo. Foi com esse objetivo que realizamos um levantamento
epidemiológico das condições de saúde bucal dos indivíduos hospitalizados no setor
de neurologia do Hospital Universitário do Oeste do Paraná (HUOP). Durante o
período de Maio e Junho do ano de 2007 foram analisados 20 pacientes internados,
sendo 13 homens e 7 mulheres. A faixa etária predominante foi de 21 a 40 anos, e
85% dos pacientes apresentavam pelo menos uma alteração bucal. A presença de
placa visível foi a alteração mais prevalente, fato que se torna preocupante uma vez
que 30% dos pacientes permaneceram internados por mais de sete dias. Os
resultados obtidos retratam a precária condição de higiene bucal desta população,
tornando a cavidade bucal um reservatório de microorganismos que podem ser
responsáveis por complicações sistêmicas, aumentando o tempo de internamento,
bem como prejudicando a qualidade de vida do paciente.
Descritores: odontologia hospitalar, neurologia, epidemiologia
6
SUMÁRIO
LISTA DE GRÁFICOS.......................................................................................
8
RESUMO............................................................................................................
1. INTRODUÇÃO...............................................................................................
10
2 - REVISÃO DE LITERATURA.......................................................................
12
2.1 Saúde...........................................................................................................
12
2.2 Saúde bucal..................................................................................................
13
2.3 Odontologia hospitalar..................................................................................
14
3 - Proposição...................................................................................................
20
4. METODOLOGIA.............................................................................................
21
4.1 Aspectos éticos e legais...............................................................................
4.2 Caracterização do local................................................................................
4.3 Participação dos sujeitos..............................................................................
4.4 Coleta de dados...........................................................................................
4.5 Tabulação e análise dos dados....................................................................
5. RESULTADOS...............................................................................................
24
5.1 População.....................................................................................................
24
5.2 Internamento................................................................................................
25
5.3 Higiene bucal................................................................................................
27
5.4 Alterações bucais.........................................................................................
28
5.5 Dor dentária..................................................................................................
30
5.5 Próteses.......................................................................................................
31
5.6 Necessidade de tratamento e encaminhamentos........................................
31
6. DISCUSSÃO..................................................................................................
33
7. CONCLUSÃO.................................................................................................
35
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................
36
ANEXOS.............................................................................................................
40
7
Lista de abreviações
8
Lista de Gráficos
Gráfico 1
Distribuição por idade e gênero dos pacientes internados
no setor de neurologia do Hospital Universitário do Oeste
do Paraná. Cascavel, 2007.
Gráfico 2
Distribuição do motivo de internamento no setor de
neurologia do Hospital Universitário do Oeste do Paraná.
Cascavel, 2007.
Gráfico 3
Distribuição quanto ao tempo de internamento no setor de
neurologia do Hospital Universitário do Oeste do Paraná.
Cascavel, 2007.
Gráfico 4
Distribuição quanto à freqüência de escovação dental dos
pacientes antes e durante o internamento no setor de
neurologia do Hospital Universitário do Oeste do Paraná.
Cascavel, 2007.
Gráfico 5
Distribuição quanto à freqüência de uso do fio dental pelos
pacientes antes e durante o internamento no setor de
neurologia do Hospital Universitário do Oeste do Paraná.
Cascavel, 2007.
Gráfico 6I
Distribuição quanto à presença de alterações intra e/ou
extra-bucais nos pacientes internados no setor de
neurologia do Hospital Universitário do Oeste do Paraná.
Cascavel, 2007.
Gráfico 7II
Distribuição quanto aos tipos de alterações intra e/ou extrabucais nos pacientes internados no setor de neurologia do
Hospital Universitário do Oeste do Paraná. Cascavel, 2007.
Gráfico 8
Distribuição quanto à presença de dor dentária entre os
pacientes hospitalizados no setor de neurologia do Hospital
Universitário do Oeste do Paraná. Cascavel, 2007.
Gráfico 9
Distribuição quanto à presença de próteses dentárias entre
os pacientes hospitalizados no setor de neurologia do
Hospital Universitário do Oeste do Paraná. Cascavel, 2007.
Gráfico X
Distribuição quanto à necessidade de tratamento entre os
pacientes hospitalizados no setor de neurologia do Hospital
Universitário do Oeste do Paraná. Cascavel, 2007.
Gráfico XI
Distribuição dos encaminhamentos realizados no setor de
neurologia do Hospital Universitário do Oeste do Paraná.
Cascavel, 2007.
9
1. Introdução
Atualmente os serviços de atenção à saúde buscam realizar o
atendimento de forma integral, humanizada e acolhedora. Na odontologia essa
realidade não é diferente, o modelo de atenção odontológica vem sofrendo
mudanças significativas, e o paciente deixou de ser visto apenas como “um dente” e
passou a ser visto como um ser em sua totalidade.
A implantação das Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) para os cursos
de graduação em Odontologia (BRASIL, 2002), contribuiu para que essas mudanças
acontecessem também na formação acadêmica. A mudança mais marcante está na
aproximação do profissional com às necessidades da população e buscando
construir
um
profissional
com
competências,
habilidades
e
conteúdos
contemporâneos, para a atuação com qualidade e resolutividade no Sistema Único
de Saúde, além do desenvolvimento de habilidades que possibilite o trabalho
multiprofissional, interdisciplinar e transdisciplinar (MORITA e cols, 2007).
Nas Diretrizes Nacionais de Saúde Bucal, encontramos também a busca
pela ampliação e qualificação da assistência, como forma de garantir o atendimento
odontológico de urgência na atenção básica e assegurar cuidados complementares
a esses casos em outras unidades de saúde, como o pronto atendimento, o pronto
socorro e os hospitais (BRASIL, 2004a).
Atualmente, observamos uma clara mudança no modelo assistencial da
odontologia, antes centrado na especialização e no atendimento restrito aos
consultórios odontológicos, que passou a ser generalista e possibilitou aos
profissionais uma efetiva atuação em diversos ambientes assistenciais à saúde,
10
como nos hospitais e até mesmo nos domicílios, a partir da sua inclusão na equipe
do Programa Saúde da Família ( BRASIL,2004).
A odontologia hospitalar também deve sofrer essa transformação, e
ampliar sua área de atuação, uma vez que se faz necessário atuar na promoção de
saúde bucal, e não apenas, na recuperação, como é o papel da Cirurgia bucomaxilo-facial e da odontologia para pacientes especiais (CAMARGO, 2005).
A saúde bucal é parte integrante e inseparável da saúde geral do
indivíduo, e por isso deve ser considerada como um fator importante na recuperação
dos pacientes hospitalizados, uma vez que a presença de placa dental ou outros
focos de infecção podem prejudicar o prognóstico, principalmente naqueles que
possuem afecções sistêmicas (DORO e cols, 2006).
A implantação de atividades educativas e preventivas em saúde bucal em
âmbito hospitalar é fundamental para a formação da classe odontológica tanto pela
oportunidade de interação com outros profissionais da saúde, quanto pelo
crescimento individual e coletivo, favorecendo uma formação humana e profissional
integrada (MEDEIROS e cols., 2000).
Diante desta necessidade eminente de ampliar os campos de atuação da
odontologia, e de conhecer a saúde bucal de pacientes hospitalizados, realizamos
um levantamento epidemiológico no setor da neurologia do Hospital Universitário do
Oeste do Paraná - HUOP.
11
2. Revisão de Literatura
2.2. Saúde
Em 1948, a Organização Mundial da Saúde (OMS), em sua carta básica,
formulou uma definição própria de saúde. Naquela época, a OMS fora criada a favor
do desenvolvimento da condição de saúde da humanidade e, com isso, deveria ter
muito clara a noção daquilo que seria seu objeto (CHAVES, 1986).
O conceito de saúde adotado pela OMS, deixa claro que a saúde vai além
da presença ou não de doença, ganhando uma aceitação universal por considerar o
aspecto positivo, no qual é possível ter mais ou menos saúde sem estar doente.
Essa definição é questionada atualmente, sendo considerada “irreal,
ultrapassada e unilateral”, uma vez que é um ideal difícil de ser alcançado (SEGRE;
FERRAZ, 1997).
Adquirir o conhecimento sobre as doenças que afetam a saúde é o
primeiro passo para a busca de soluções e de alternativas para administrá-las, tanto
no plano individual como no plano coletivo. Além disso, quando as necessidades
básicas dos indivíduos são satisfeitas, eles se tornam mais motivados e adquirem de
maneira espontânea ensinamentos educativos sobre saúde (PINTO, 2002).
Não podemos mais analisar o processo saúde-doença, sem levar em
considerações as evidências relacionadas aos efeitos de condições adversas
funcionais, sociais e psicológicas sobre a cavidade bucal e vice-versa. Esses efeitos
levam em consideração as experiências e os comportamentos individuais em
relação à doença e se referem a indicadores de saúde subjetiva (TORRES, 2003).
12
O modelo médico, no qual a saúde representa a ausência de doença vem
sendo gradualmente substituído, pelo modelo que propões uma abordagem
multidimensional envolvendo o bem-estar funcional, social e psicológico do individuo
de forma integrada aos processos patológicos e danos causados aos tecidos
corporais.
Neste aspecto, relembremos que as ações de promoção de saúde bucal
estão inseridas em um conceito amplo de saúde que transcende a dimensão técnica
do setor odontológico, integrando a saúde bucal às demais práticas de saúde
coletiva. A educação em saúde compreende ações que visam à apropriação sobre o
processo saúde-doença e possibilita ao usuário mudar hábitos, apoiando-o na
conquista de sua autonomia (RODRIGUES e cols, 2007).
2.2 Saúde Bucal
Tradicionalmente, o atendimento em saúde bucal nos hospitais da rede
pública direciona-se, quase que exclusivamente, aos indivíduos com trauma bucomaxilo-facial e pacientes com necessidades especiais.
No entanto, a partir do reconhecimento da interação entre doenças bucais
e sistêmicas, e sempre na perspectiva da integralidade, torna-se fundamental a
atenção odontológica aos pacientes hospitalizados, sejam eles, portadores de
doenças sistêmicas crônicas, quanto àqueles que por condições momentâneas se
encontram no hospital, devem receber atendimento odontológico, independente da
patologia ou do procedimento odontológico necessário.
Atualmente, muitos estudos estão sendo desenvolvidos acerca dos efeitos
de condições adversas funcionais, sociais e psicológicas sobre a cavidade bucal.
13
Esses efeitos levam em consideração as experiências e os comportamentos
individuais em relação à doença e se referem a indicadores de saúde bucal subjetiva
(TORRES, 2003).
No Estado de São Paulo a Portaria nº43/2004, propõe diretrizes para a
atenção em saúde bucal, e dentre as proposições destacamos àquela que se refere
a atenção hospitalar:
...criar um amplo senso de colaboração recíproca, que permita desenvolver condições de
crescente otimização dos novos conhecimentos científicos no cuidado dos pacientes
hospitalizados (SÃO PAULO, 2006).
No relatório final da III Conferência Nacional de Saúde Bucal é sugerida a
inserção de conteúdos de saúde bucal na formação de todos os profissionais da
área
da
saúde,
reforçando
a
importância
dos
cuidados
para
pacientes
hospitalizados, além de inserir no contexto hospitalar o profissional da saúde bucal
para acompanhar o hospitalizado nos diferentes setores de tratamento (BRASIL,
2004b).
2.3 Odontologia Hospitalar
O campo da odontologia vem sendo ampliado nas mais diferentes áreas
de atuação na saúde, onde incluímos a assistência à saúde bucal em pacientes que
se encontram sob tratamento em nível hospitalar. O conhecimento epidemiológico
das doenças, e principalmente o conhecimento das suas causas e variáveis que
interferem no prognóstico hospitalar, contribuíram para a valorização da manutenção
da cavidade bucal (KRICHELDORF, 2005).
14
A Odontologia Hospitalar, entendida como os cuidados das alterações
bucais que exigem intervenções de equipes multidisciplinares nos atendimentos de
alta complexidade ao paciente, coloca a odontologia como parte integrante da
equipe hospitalar, e essencial para o cumprimento do compromisso de assistência
integral ao paciente (CAMARGO, 2005).
Apesar de constar no capítulo IX do Código de Ética Odontológica, a
referência a Odontologia hospitalar, onde adquirimos o direito de internar e assistir
pacientes em hospitais públicos e privados, desde que respeitemos as normas
técnicas-administrativas das instituições, e que realizemos apenas procedimentos
que competem ao cirurgião-dentista (CFO, 1998), poucos profissionais da
odontologia atuam dentro de um hospital de forma efetiva.
Atualmente, apenas nos hospitais oncológicos essa atuação ocorre de
fato, uma vez que a existência do serviço de odontologia é requisito mínimo desde
1998 para o cadastramento dos mesmos como CACON - Centros de Alta
Complexidade em Oncologia Tipo II e III. Essa exigência considera a necessidade
de garantir o atendimento integral aos pacientes com doenças neoplásicas malignas
(BRASIL, 1998).
A relação entre doenças sistêmicas e patologias bucais, está bem
estabelecida na literatura, e a avaliação odontológica pode determinar a
necessidade e o tempo apropriado de intervenções que venham a diminuir riscos
futuros. No caso da adequação do meio bucal, esta pode alterar positivamente o
desfecho clínico, minimizando fatores que venham a influenciar negativamente o
tratamento sistêmico (TORRES, 2003; CAMARGO, 2005).
De acordo com MORAIS e cols (2006), a microbiota bucal pode sofrer
influência de fatores externos como o tabagismo, alcoolismo, antibioticoterapia,
15
corticoterapia, permanência em ambiente hospitalar, estado nutricional e higiene
bucal, causando principalmente doenças relacionadas ao acúmulo de placa, como a
doença periodontal.
No entanto, estudos epidemiológicos têm fornecido fortes evidências do
papel da doença periodontal moderada a severa como fator de risco à saúde geral
do indivíduo, incluindo alterações cardiovasculares, acidentes vasculares cerebrais
(AVC), descontrole metabólico do diabetes, infecções pulmonares, doenças
valvares, osteoporose, artrite reumatóide e parto prematuro (EGBERT e cols 1999;
DORO e cols, 2006; MORAIS e cols, 2006)
O diabetes mellitus (DM) possui relação com a doença periodontal,
explicada pelos diversos mecanismos envolvidos na resposta imunológica e
inflamatória do organismo. Tanto o DM tipo I quanto o DM tipo II, são considerados
fatores de risco para a periodontite, principalmente quando a taxa de glicemia não é
controlada, fato que aumenta o risco de infecções.
O inverso também pode ocorrer quando as infecções causadas pela
doença periodontal induzem ao processo inflamatório que leva à progressão do
diabetes (MATHEWS, 2002). Em geral pacientes diabéticos têm alta prevalência de
problemas odontológicos, perceptíveis pela ocorrência de candidose, xerostomia,
cárie e doença periodontal (BRUNETTI e cols, 2002).
De acordo com TORRES (2003):
Os pacientes que sofrem de Diabetes Mellitus e estão descompensados, quando
possuem doença periodontal, esta se dá de forma mais severa devido a fatores
microbianos, metabólicos e ao prejuízo funcional dos neutrófilos.
Os agentes patogênicos mais comumente encontrados em indivíduos
hospitalizados são o Staphylococcus aureus, o Pseudomonas aeruginosa e
16
Klebsiella pneumoniae para os casos de pneumonia e de bactérias como o
Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae e Branhamella cattarrahlis nos
casos de doenças pulmonares obstrutivas crônicas. Estes agentes patogênicos se
desenvolvem na placa dental e são aspirados pelos pacientes, sendo levados para o
trato respiratório e atingindo os pulmões (MOJON, 2002; TENG, 2001; TORRES,
2003).
Quando a placa dental está associada à doença periodontal também está
envolvida com aumento de riscos de enfermidades cardiovasculares. Estudos
apontam a periodontite como fator predisponente ou agravante para as doenças
cardiovasculares e que a adoção de protocolos de higiene bucal e de cuidados
profissionais podem diminuir a ocorrência dessas doenças em idosos com saúde
comprometida (SENPUKU e cols, 2003).
Entre os indivíduos acima de 65 anos, as doenças cardiovasculares estão
entre as mais prevalentes, sendo responsáveis por 80% das mortes. Por ser a
doença periodontal uma patologia inflamatória crônica, os níveis de proteína C
reativa, leucócitos e fibrinogênio no sangue se encontram aumentados e acabam por
se depositar sobre vasos danificados, aumentando o risco de formação de ateromas
e de 14 tromboses, levando a chances de aterosclerose, doenças coronarianas e
acidentes vasculares encefálicos. Os agentes patogênicos presentes nestes casos
são principalmente o Streptococcus sanguis e Porphyromonas gingivalis (CIANCIO
& FARRELL, 2001; GARCIA, HENSHAW & KRALL, 2001; HERZBERG & MEYER,
1998).
CARVALHO e ARAÚJO (2004) constataram em seu estudo que a
higiene bucal é precária entre os portadores de transtornos mentais e
comportamentais,
principalmente
devido
ao
comprometimento
17
intelectual e motor. Pacientes com distúrbios psicossociais, quando
apresentam doença periodontal, esta ocorre de forma mais severa, sendo
freqüente a ocorrência da gengivite ulcerativa necrotizante (GUN).
Orientações aos familiares e responsáveis ajudam muito na preservação
da saúde bucal desses pacientes (DORO e cols, 2006).
Na experiência relatada por BOKLIS (2007), o atendimento odontológico
realizado nos pacientes acamados melhora não apenas o quadro clínico, mas
também a qualidade de vida dos pacientes, uma vez que reduz o foco infeccioso
bucal e o risco de desenvolver outras patologias associadas. Outro ponto a ser
considerado se refere ao fato do paciente hospitalizado quebrar todo um trabalho de
base realizado nas comunidades, caso deixe a saúde bucal em segundo plano.
Desta maneira, poderão surgir alterações bucais que promovam a agudização da
doença pela qual o indivíduo foi hospitalizado (KRICHELDORF,2005).
Isso demonstra que o cirurgião dentista deve integrar as equipes
multiprofissionais (médicos, enfermeiros, psicólogos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas
etc), em todos os ambientes onde existe assistência à saúde, para que os indivíduos
possam realmente receber um atendimento integral (SHINKAI, 2000; QUELUZ e
cols, 2001).
18
3. Proposição
Objetivo Geral:
Identificar a condição de saúde bucal dos indivíduos hospitalizados no
setor de neurologia do HUOP.
Objetivos Específicos:
- Produzir conhecimento relevante e útil na construção do sistema de
saúde, pela integração do cirurgião dentista ao cuidado de pacientes hospitalizados;
- Identificar focos de infecção que possam prejudicar o prognóstico do
paciente, e realizar o encaminhamento para o serviço.
- Fazer o levantamento da necessidade de tratamento odontológico.
- Produzir material que possa ser utilizado na elaboração de um protocolo
de atendimento odontológico específico para esta população.
19
4. Metodologia
4.1 Aspectos éticos e legais
Para
a
realização
desta
pesquisa,
foram
seguidas
todas
as
recomendações da Resolução 196/96-CNS, sendo o projeto previamente aprovado
pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual do Oeste do Paraná
através do Parecer 033/2007 (Anexo 1).
4.2 Caracterização do local
Esta pesquisa foi realizada no setor de neurologia do Hospital
Universitário do Oeste do Paraná – HUOP, que possui em média nove leitos. O
hospital possui uma estrutura de 17.979,73 m² e dispõe de atendimento
especializado nas mais diversas áreas da medicina, com um total de 173 leitos,
sendo o maior Hospital Público da região Oeste e Sudoeste do Paraná. Atende uma
população de aproximadamente 2,0 milhões de habitantes, e também recebe
pacientes de várias regiões do Estado do Paraná, Mato Grosso do Sul, e de paises
como o Paraguai e Argentina.
4.3 Participação dos sujeitos
A participação dos sujeitos na pesquisa foi voluntária e antes do inicio da
coleta de dados realizou-se um trabalho educativo com os pacientes e seus
cuidadores, onde abordou-se a importância da higiene bucal.
Após está abordagem, o sujeito foi convidado a participar da pesquisa, e
recebeu todos os esclarecimentos necessários sobre o projeto, e sobre o Termo de
20
Consentimento Livre e Esclarecido - TCLE (Anexo 2) que deveria ser assinado
previamente. Caso o sujeito não apresentasse condições favoráveis para a
assinatura do TCLE, seu responsável era localizado para a obtenção do
consentimento.
Participaram deste estudo indivíduos adultos que estiveram hospitalizados
por mais de cinco dias.
4.4 Coleta de dados
A coleta de dados foi realizada uma vez por semana, no período da
manhã, durante os meses de maio e junho de 2007, sendo executada como descrito
a seguir:
4.4.1. Anamnese – utilizou-se uma ficha elaborada previamente, contendo dados de
identificação, história médica e a história buco-dental de cada participante da
pesquisa (Anexo 3).
4.4.2. Inspeção extra-bucal – foi realizada através da observação da existência de
qualquer desvio do normal na região de cabeça e pescoço. Verificado-se alguma
anormalidade a mesma foi descrita no campo específico da ficha de anamnese e
após indagada ao sujeito ou responsável.
4.4.3. Inspeção intra-bucal – foi realizada através do exame físico, com boa
luminosidade, após a limpeza da cavidade bucal (bochecho ou gaze com água), e
utilizando-se de afastadores (espátula de madeira), gaze (tracionar a língua) e
espelho bucal. A inspeção Iniciou-se pelos lábios e terminou com a visualização
direta da orofaringe, sendo inspecionada a mucosa vestibular e jugal, fundo de sulco
21
1
vestibular, gengiva livre e inserida, margem e sulco gengival, área retromolar,
assoalho da boca, língua (ventre, dorso e bordas), palatos duros e mole, amígdala
palatinas, dentes e a oclusão.
4.4.4. Encaminhamento - Todos os pacientes que apresentaram necessidade de
tratamento foram encaminhados para a disciplina de Saúde Coletiva IV e para o
Centro de especialidades Odontológicas – CEO/Unioeste.
4.5 Tabulação e análise dos dados
Os dados foram tabulados através do programa Excel®, sendo elaborados
gráficos para a análise dos resultados.
22
2
5. Resultados
Durante o período de coleta de dados foram avaliados um total de 20
pacientes adultos hospitalizados no setor de neurologia do Hospital Universitário do
Oeste
do
Paraná
(HUOP).
Destes,
Gráfico 1 - Distribuição por idade e gênero dos pacientes
internados no setor de neurologia (n=20)
65%
5
(n=13) homens e 35%
(n=7) mulheres, sendo
que
40%
3
(n=8)
2
2
2
homens
1
1
pertenciam a faixa etária
2 2
mulheres
0
21 a 40 anos, conforme
<20
pode ser observado no
21-40
41 -60
61-80
>80
Idade dos pacientes hospitalizados
gráfico 1.
Os motivos dos internamentos dos pacientes podem ser observados no
gráfico 2. Destacamos que os mais prevalentes foram o trauma de coluna, 25%
(n=5) dos pacientes, e em 15% (n=3) o trauma crânio encefálico (TCE) e o acidente
vascular cerebral (AVC).
Gráfico 2 - Motivo do internamento no setor de neurologia
(n=20)
Tumor cerebral
Trauma de coluna
TCE
10%
15%
5%
5%
25%
Paraplegia
Meningite
Epilepsia
10%
10%
5%
15%
Hidrocefalia
Distonia de torção
AVC
23
3
No gráfico 3 observamos que o tempo de internamento foi superior a 7
dias em 45% (n=9) dos pacientes avaliados.
Gráfico 3 - Tempo de internamento (n=20)
15%
< 7 dias
7 a 14 dias
55%
30%
> 14 dias
Com relação à higiene bucal, observamos uma redução no número de
escovações diárias, se tornando em alguns casos inexistentes durante o período do
internamento, como pode ser observado no gráfico 4. Apenas 25% (n=5) dos
pacientes escovavam os dentes 3 vezes, enquanto que 40% (n=8) dos pacientes
relataram não ter escovado os dentes após o internamento.
Gráfico 4 - Freqüência de escovação dental antes e durante o internamento (n=20)
Antes
Durante
0
1
2
3
4
6
Número de escovações diárias
Quanto ao uso do fio dental, observou-se que o mesmo já não era freqüente e
após o internamento ainda houve uma redução. Dos 20 pacientes da amostra, 18
não estavam utilizando fio dental (Gráfico 5).
24
4
Gráfico 5 - Uso do fio dental pelos pacientes antes e durante o
internamento no setor neurologia do HUOP(n=20)
20
15
sim
10
não
5
0
antes
durante
A presença de alterações bucais foi observada em 85% (n= 17) dos indivíduos
examinados, sendo evidenciadas 10 tipos de alterações que estão listadas no
Gráfico 6. Dentre as alterações mais encontradas, destacamos a presença de placa
visível em 60% (n=12) dos pacientes, o ressecamento labial em 35% (n=7) e o
cálculo dental em 30% (n=6).
Gráfico 6 - Tipos de alterações encontradas nos pacientes do setor de neurologia
Placa visível
Ressecamento labial
Cálculo
Úlceras
Hiperqueratose
Candidose
Saburra lingual
Hemangioma
Abcesso periapical
Edema de erupção
0
2
4
6
8
10
12
14
A dor de origem dentária estava presente em 15% (n=3) dos pacientes
avaliados, sendo que 80% (n=16) disseram não possuir nenhum tipo de dor, e 5%
(n=1) não souberam responder.
25
5
O uso de próteses foi observado em 50% (n=10) dos pacientes, e a
necessidade de tratamento em 75% (n=15), sendo que destes 87% (n=13)
apresentavam necessidade de tratamento em mais de uma especialidade.
No gráfico 7, podemos observar que os encaminhamentos realizados
foram mais freqüentes para área de dentística (31%), seguida pela prótese (28%),
cirurgia (21% ), periodontia (17%) e estomatologia (3%).
Gráfico 7 - Distribuição dos encaminhamentos realizados (n=29)
3%
31%
17%
Estomatologia
Periodontia
21%
28%
Cirurgia
Prótese
Dentística
26
6
6. Discussão
A maior freqüência de indivíduos do gênero masculino possivelmente esta
relacionada com o motivo do internamento. No caso de traumas, estudos nacionais
e internacionais demonstram que os homens são as vítimas mais freqüentes,
chegando à proporção de 1,8: 1 em relação às mulheres, em estudo realizado em
Portugal ( SANTOS, 2003).
A ocorrência do AVC, também é maior nos homens do que nas mulheres,
diferença essa que pode estar relacionada ao papel dos esteróides gonadais na
patogênese desta patologia (HENDERSON, 2006).
A idade mais prevalente foi de 21 a 40 anos (n=8), que equivale a uma
população adulta jovem, ativa economicamente e que portanto, não pode estar
exposta a fatores que prolonguem seu período de internamento, como a presença
de placa dental, evidenciada durante o estudo, devida a diminuição da quantidade
de escovação diária. Esses resultados se comparam ao estudo transversal realizado
por (HERNANDEZ et al. 1998) que verificou uma freqüência de acúmulo de placa e
gengivite em pacientes psiquiátricos atendidos no serviço de odontologia de um
hospital da secretaria de saúde do México.
A placa representa um foco de infecção que pode contribuir com o
agravamento ou até mesmo surgimento de doenças sistêmicas. Os microrganismos
bucais causam infecções sistêmicas tais como: endocardite infecciosa, bacteremia,
sepse, abcesso cerebral, infecções respiratórias, oftalmoplegia, otite média
supurativa, conjuntivite crônica, endoftalmite entre outras (MORAIS e cols, 2006).
Vários estudos sugerem que deve existir uma atenção mais preventiva
nos pacientes em ambiente hospitalar mediante uma exploração completa do
27
7
sistema estomatognático e não somente dos sintomas apresentados, a fim de
estabelecer um diagnóstico oportuno, podendo diminuir o tempo de internamento
bem como melhorar o prognóstico do usuário (BOKLIS, 2007).
De acordo com estudos realizados por EGBERT e cols (1999), alguns
medicamentos utilizados em pacientes hospitalizados podem constituir fatores de
risco para doença periodontal, principalmente pela redução do fluxo salivar que
somado a falta de higiene pode agravar as condições de saúde bucal dos indivíduos
já que a saliva atua como fator de proteção contra algumas patologias bucais como
a cárie.
No estudo realizado por AGUIAR (2005) com médicos geriátricos do
estado de São Paulo, a respeito da importância da odontologia para médicos
constatou-se que a forma de atuação considerada como sendo a principal (97,3%)
foi “referente aos cuidados dentários”, área de maior atuação odontológica na visão
dos entrevistados e, provavelmente, na visão da maioria dos profissionais do corpo
de saúde, o que sugere o desconhecimento da potencialidade da saúde bucal em
contribuir para a manutenção e melhora da saúde sistêmica.
Em nosso estudo apenas 15% dos pacientes relataram dor de dente
durante o tempo de internamento, fato que contribui, para a desvalorização da
necessidade do cuidado bucal. Além disso, a dor de dente característica da
presença de cárie ou complicações endodônticas, na maioria das vezes não está
presente, como por exemplo, nas infecções fúngicas que são freqüentes nos
pacientes hospitalizados.
Metade da amostra (50%), apresentava algum tipo de prótese na boca,
entre elas próteses totais, parciais removíveis e fixas, sendo maioria próteses totais,
o que destaca a importância do cuidado das mucosas em relação a infecções
28
8
fúngicas, como a candidose. Dentre as substâncias utilizadas no tratamento da
candidose, a nistatina e o gel de miconazol são os que apresentam melhores
resultados. Porém, quaisquer desses antifúngicos tópicos devem ser utilizados
conjuntamente a métodos de higienização da mucosa bucal, língua e próteses
(D’AVILA, 2003).
Os pacientes que necessitavam de atendimento odontológico (75%) foram
encaminhados aos serviços básicos e especializados da Universidade Estadual do
Oeste do Paraná. As áreas da odontologia de maior necessidade foram a dentística
(31%), a cirurgia (28%), a prótese (21%) e a periodontia (17%). As orientações de
higiene bucal, limpeza das próteses e o uso do fio dental foram passadas aos
pacientes e seus cuidadores, porém a reavaliação destes pacientes, é fundamental
para evitar que complicações bucais ocorram durante o período de internamento.
Existe uma grande necessidade de despertar a sensibilidade dos
profissionais de saúde para enxergar o indivíduo como um todo, de entender o
contexto em que está inserido, o momento em que ocorre o desequilíbrio do
processo saúde-doença e o adoecimento propriamente dito. Desta forma, para o
profissional obter sucesso, mais que conhecer conceitos e dominar técnicas, é
necessário entender de “pessoas” e reconhecer que o atendimento integral se faz
unindo conhecimentos dos diversos profissionais que atuam em prol do ser humano
(CRUZ e cols, 2005).
29
9
7. Conclusão
Neste estudo, encontramos uma prevalência de internamentos no setor de
neurologia de indivíduos do gênero masculino, com idade entre 21 e 40 anos, tendo
como motivo de internamentos mais freqüentes o trauma de coluna, o AVC e TCE.
45% dos pacientes permaneceram internados por mais de 7 dias; sendo que neste
período as escovações diárias foram reduzidas ou inexistentes.
A placa dental visível foi a alteração mais observada, que está diretamente
ligada a falta de higiene bucal e as precárias condições da cavidade bucal préexistentes.
Com este trabalho, concluímos que a atuação do cirurgião-dentista no
ambiente hospitalar favorecerá a promoção, a proteção e a recuperação da saúde
dos pacientes hospitalizados, e reduzirá os riscos das infecções que são causadas
por patógenos presentes na cavidade bucal. Não podemos deixar de lembrar, que
ao reduzirmos o risco de infecção, estaremos consequentemente, reduzindo o
tempo de internamento e contribuindo para diminuir os custos deste, e favorecendo
uma melhor distribuição dos recursos financeiros destinados a saúde pública.
30
10
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odontologia para médicos geriatras. Monografia de especialização em
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33
ANEXOS
13
34
Anexo 1
14
35
15
Anexo 2
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Nome da Pesquisa: Saúde bucal dos pacientes hospitalizados no setor de neurologia do
Hospital Universitário do Oeste do Paraná
Coordenadora: Adriane de Castro Martinez Martins
Este estudo tem o objetivo de identificar problemas bucais que possam prejudicar a
recuperação do paciente hospitalizado, sendo que todos os pacientes que apresentarem
necessidade de atendimento serão encaminhados para atendimento.
Para a realização dessa pesquisa precisaremos coletar informações pessoais sobre a
história médica e odontológica dos pacientes. Algumas destas informações poderão ser
retiradas do prontuário e outras deverão ser questionadas ao paciente ou responsável.
Em seguida será observado se existe alguma alteração dentro ou fora da boca. Durante
essa inspeção poderemos fazer palpações nos tecidos bucais (bochecha, lábio, língua) para
verificar a existência de superfícies irregulares ou áreas doloridas.
Para verificar a situação dos dentes o paciente primeiro fará uma limpeza da boca,
através de bochecho ou gaze e depois utilizando um espelho bucal examinaremos as
estruturas dentárias.
Após o exame faremos a aplicação de um corante vermelho que nos mostrará a
quantidade de placa dental existente na superfície dentária. Esse líquido não possui sabor
desagradável e será aplicado apenas nas superfícies de alguns dentes.
Todos os pacientes que apresentarem necessidade de tratamento serão encaminhados
para a disciplina de Saúde Coletiva IV e para o Centro de especialidades Odontológicas –
CEO/Unioeste.
A sua participação neste estudo não representa risco a sua saúde, uma vez que não
estaremos realizando nenhum procedimento que possa prejudicá-lo. Todo o exame será
feito segundo critérios estabelecidos cientificamente. O paciente poderá sentir desconforto
durante a palpação e dor caso o mesmo apresente alguma alteração patológica, sendo que
neste caso receberá atendimento imediato.
Desta forma, após ler e receber explicações sobre a pesquisa, e ter meus direitos de:
1. receber resposta a qualquer pergunta e esclarecimento sobre os procedimentos,
riscos, benefícios e outros relacionados à pesquisa;
2. retirar o consentimento a qualquer momento e deixar de participar do estudo;
36
16
3. não ser identificado e ser mantido o caráter confidencial das informações
relacionadas à privacidade.
4. procurar esclarecimentos com o Comitê de Ética em Pesquisa da UNIOESTE,
através do telefone 220-3131, em caso de dúvidas ou notificação de acontecimentos
não previstos.
Declaro estar ciente do exposto e desejar participar da pesquisa ou permitir que
_______________________________________ _________participe da pesquisa.
Cascavel,_____de_________________2007.
Nome do sujeito:____________________________________
Nome do responsável:_________________________________________
RG:________________
Assinatura:_________________________________________________________
Eu, Adriane de Castro Martinez Martins, declaro que forneci todas as informações referentes
ao estudo ao participante e/ou responsável.
Assinatura do pesquisador __________________________________
Data:___/____/____.
Telefone : 8409-3338 ou 3220-3241
37
17
Anexo 3
INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
DATA:...../....../......
I. IDENTIFICAÇÃO
Nome..........................................................................................................................
Idade.......... Nascimento......../........./.......... Gênero...........
Profissão.....................................................................................................................
Fone: Res..............................Com.................................
Cidade...........................................
II. ANAMNESE
1. Motivo do internamento.................................................................................
2. Tempo de internamento:................................................................................
III. HISTÓRIA BUCO DENTAL
1. Quando fez seu último tratamento odontológico?.............................................
1.1. Completo? .....................................................................................................
2. É portador de algum tipo de prótese? ( ) sim
( ) não
2.1.Qual?..............................................Tempo?....................................................
3. Apresenta dor na ATM? ( ) sim
( ) não
3.1.Descreva..........................................................................................................
4.Quantas vezes escova os dentes por dia?
4.1.Antes do internamento.................... Como?....................................................
4.2.Depois do internamento.................. Como?....................................................
5. Usa fio dental?
5.1. Antes do internamento ( ) sim
( ) não
5.2. Depois do internamento ( ) sim
( ) não
6. Usa enxaguatório?
6.1. Antes do internamento ( ) sim
( ) não
6.2. Depois do internamento ( ) sim
( ) não
7. Apresenta alguma destas alterações:
( ) Xerostomia
( ) Úlceras isoladas
( ) Úlceras múltiplas
( ) Herpes labial
( ) Sangramento gengival ( ) Sangramento da mucosa
( ) Ardência lingual ( ) Mucosite
( ) Estomatite
( ) dentes moles
8. Apresenta atualmente algum tipo de dor nos dentes? ( ) sim ( ) não
8.1.Descreva..................................................................................................................
.................................................................................................................................
IV.EXAME FíSICO
DATA:....../......./........
1. Extrabucal:
........................................................................................................................................
........................................................................................................................................
............................................................................................................................
38
18
2. Intrabucal:
........................................................................................................................................
........................................................................................................................................
............................................................................................................................
2.1.Dentes
2.2.Mucosas:
........................................................................................................................................
........................................................................................................................................
............................................................................................................................
39
Anexo 4
NORMAS PARA PUBLICAÇÃO
INSTRUÇÕES AOS AUTORES
•
•
•
•
Apresentação
Categorias de artigos
Autoria
Processo de julgamento dos
manuscritos
Preparo dos manuscritos
Envio dos manuscritos
Verificação de itens
Conflito de interesses
•
Documentos
•
•
•
•
ISSN 0034-8910 versão impressa
ISSN 0034-8910 versão on-line
Apresentação
A Revista de Saúde Pública é inter e
multidisciplinar e arbitrada. Publica
prioritariamente pesquisas originais sobre temas
relevantes e inéditos sobre o campo da saúde
pública, que possam ser replicadas e
generalizadas, e também outras contribuições de
caráter descritivo e interpretativo, baseadas na
literatura recente, bem como artigos sobre temas
atuais ou emergentes, comunicações breves e
cartas ao editor.
Os manuscritos devem destinar-se exclusivamente
à Revista de Saúde Pública, não sendo permitida
sua apresentação simultânea a outro periódico,
tanto no que se refere ao texto como figuras ou
tabelas, quer na integra ou parcialmente,
excetuando-se resumos. Os autores devem assinar
e encaminhar uma declaração de responsabilidade
cujo modelo está disponível no site da Revista.
Os manuscritos submetidos à Revista devem
atender à política à sua editorial e às instruções
aos autores, que seguem os "Uniform
Requirements for Manuscripts Submitted to
Biomedical Journals: Writing and Editing for
Biomedical Publication" (http://www.icmje.org).
No que couber e para efeito de complementação
19
40
das informações, recomenda-se consultar esse
citado documento. Os manuscritos que não
atenderem a essas instruções serão devolvidos.
As contribuições destinadas a divulgar resultados
de pesquisa original inédita, que possam ser
replicados e generalizados, têm prioridade para
publicação. Tais contribuições representam não
somente pesquisas levadas a efeito no País, mas
também na América Latina e em outros países. As
contribuições podem ser apresentadas em
português, inglês ou espanhol. Os artigos
publicados em português são traduzidos para o
inglês e divulgados somente no formato eletrônico.
A objetividade é o princípio básico para a
elaboração dos manuscritos, resultando em artigos
mais curtos de acordo com os limites estabelecidos
pela Revista.
Atendidas as condições acima, os manuscritos são
encaminhados à Editoria Científica para análise
preliminar. Aceitos nesta fase, os manuscritos
serão avaliados por relatores externos. Atendidas
as condições acima, os manuscritos são
encaminhados à Editoria Científica para análise
preliminar. Aceitos nesta fase, os manuscritos
serão avaliados por relatores externos.
Relações que podem estabelecer conflito de
interesse, ou mesmo nos casos em que não ocorra,
devem ser esclarecidas.
Os critérios éticos da pesquisa devem ser
respeitados. Para tanto os autores devem explicitar
em Métodos que a pesquisa foi conduzida dentro
dos padrões exigidos pela Declaração de Helsink e
aprovada pela comissão de ética da instituição
onde a pesquisa foi realizada.
Manuscritos não aceitos não serão devolvidos, a
menos que sejam solicitados pelos respectivos
autores no prazo de até seis meses.
Os manuscritos publicados são de propriedade da
Revista, vedada tanto a reprodução, mesmo que
parcial em outros periódicos, como a tradução para
outro idioma e inclusão de links para artigos da
20
41
RSP sem a autorização do Editor Científico. Desta
forma, os manuscritos submetidos deverão ser
acompanhados de documento de transferência de
direitos autorais, cujo modelo encontra-se
disponível no site da Revista.
Categorias de Artigos
Além dos artigos originais, os quais têm prioridade,
a Revista de Saúde Pública publica comunicações
breves, revisões sistemáticas, comentários, cartas
ao editor, editoriais, além de outras.
Artigos originais - São contribuições destinadas a
divulgar resultados de pesquisa original inédita,
que possam ser replicados e/ou generalizados.
Devem ter a objetividade como princípio básico. O
autor deve deixar claro quais as questões que
pretende responder.
•
Devem ter de 2.000 a 4.000 palavras,
excluindo tabelas, figuras e referências.
•
As tabelas e figuras devem ser limitadas a 5
no conjunto, recomendando incluir apenas os
dados imprescindíveis, evitando-se tabelas
muito longas, com dados dispersos e de valor
não representativo. Quanto às figuras, não
são aceitas aquelas que repetem dados de
tabelas.
•
As referências bibliográficas estão limitadas
a um número máximo de 25, devendo incluir
aquelas estritamente pertinentes e relevantes
à problemática abordada. Deve-se evitar a
inclusão de número excessivo de referências
numa mesma citação. Referências a
documentos não publicados e não indexados
na literatura científica (teses, relatórios e
outros) devem ser evitadas. Caso não possam
ser substituídas por outras, podem ser
indicadas nos rodapés das páginas onde
estão citadas.
A estrutura dos artigos originais de pesquisa é a
convencional: Introdução, Métodos, Resultados e
21
42
Discussão, embora outros formatos possam ser
aceitos. A Introdução deve ser curta, definindo o
problema estudado, sintetizando sua importância e
destacando as lacunas do conhecimento ("estado
da arte") que serão abordadas no artigo. Os
Métodos empregados, a população estudada, a
fonte de dados e critérios de seleção, dentre
outros, devem ser descritos de forma compreensiva
e completa, mas sem prolixidade. A seção de
Resultados deve se limitar a descrever os
resultados encontrados sem incluir
interpretações/comparações. O texto deve
complementar e não repetir o que está descrito em
tabelas e figuras. Devem ser separados da
Discussão. A Discussão deve começar apreciando
as limitações do estudo, seguida da comparação
com a literatura e da interpretação dos autores,
extraindo as conclusões e indicando os caminhos
para novas pesquisas.
Comunicações Breves - São artigos curtos
destinados à divulgação de resultados preliminares
de pesquisa; de resultados de estudos que
envolvem metodologia de pequena complexidade;
hipóteses inéditas de relevância a área de saúde
pública.
•
Devem ter de 800 a 1.600 palavras
(excluindo tabelas, figuras e referências)
uma tabela/figura e 5 referências.
•
Sua apresentação deve acompanhar as
mesmas normas exigidas para artigos
originais, exceto para resumos, que não são
estruturados e devem ter até 150 palavras.
Revisões sistemáticas - Avaliação crítica
sistematizada da literatura sobre determinado
assunto, devendo conter conclusões. Devem ser
descritos os procedimentos adotados, esclarecendo
a delimitação e limites do tema. Sua extensão é de
5.000 palavras.
Comentários - São trabalhos descritivos e
interpretativos baseados na literatura recente
sobre a situação global em que se encontra
determinado assunto investigativo, ou artigos
opinativos. Sua extensão deve ser de 3.000
22
43
palavras.
Cartas ao Editor - Inclui cartas que visam a
discutir artigos recentes publicados na Revista ou a
relatar pesquisas originais ou achados científicos
significativos. Não devem exceder a 600 palavras e
a 5 referências.
Autoria
O conceito de autoria está baseado na contribuição
substancial de cada uma das pessoas listadas como
autores, no que se refere sobretudo à concepção do
projeto de pesquisa, análise e interpretação dos
dados, redação e revisão crítica. Manuscritos com
mais de 6 autores devem ser acompanhados por
declaração certificando explicitamente a
contribuição de cada um dos autores elencados
(ver modelo). Não se justifica a inclusão de nome
de autores cuja contribuição não se enquadre nos
critérios acima, podendo, neste caso, figurar na
seção "Agradecimentos". A indicação dos nomes
dos autores logo abaixo do título do artigo é
limitada a 12; acima deste número, os autores são
listados no rodapé da página.
Cada manuscrito deve indicar o nome de um autor
responsável pela correspondência com a Revista, e
seu respectivo endereço, incluindo telefone e email.
Processo de julgamento dos manuscritos
Os manuscritos submetidos à Revista, que
atenderem às "instruções aos autores" que se
coadunem com a sua política editorial e que sejam
aprovados na fase preliminar de análise, são
encaminhados aos Editores Associados que
selecionarão os relatores para avaliação.
Cada manuscrito é enviado relatores de
reconhecida competência na temática abordada.
O anonimato é garantido durante todo o processo
23
44
de julgamento. A decisão sobre aceitação é tomada
pelose Editores Científicos. Cópias dos pareceres
são encaminhados aos autores e relatores.
Manuscritos recusados - Manuscritos não aceitos
não serão devolvidos, a menos que sejam
solicitados pelos respectivos autores no prazo de
até seis meses. Manuscritos recusados, mas com a
possibilidade de reformulação, poderão retornar
como novo trabalho, iniciando outro processo de
julgamento.
Manuscritos aceitos - Manuscritos aceitos ou
aceitos sob condição retornarão aos autores para
aprovação de eventuais alterações no processo de
editoração e normalização de acordo com o estilo
da Revista.
Preparo dos manuscritos
•
Os manuscritos devem ser preparados de
acordo com as "Instruções aos Autores" da
Revista.
•
Os manuscritos devem ser digitados em
extensão .doc, .txt ou .rtf. Deve ser
apresentado com letras arial, corpo 12, em
folha de papel branco, tamanho A-4,
mantendo margens laterais de 3 cm, espaço
duplo em todo o texto, incluindo página de
identificação, resumos, agradecimentos,
referências e tabelas.
•
Cada manuscrito deve ser enviado em uma
via em papel, por correio e o arquivo do texto
para o e-mail da Revista.
•
Todas as páginas devem ser numeradas a
partir da página de identificação.
Página de identificação - Deve conter:
a) Título do artigo, que deve ser conciso e
completo, evitando palavras supérfluas.
Recomenda-se começar pelo termo que represente
o aspecto mais importante do trabalho, com os
24
45
demais termos em ordem decrescente de
importância. Deve ser apresentada a versão do
título para o idioma inglês. O limite de caracteres
é 93, incluindo os espaços.
b) Indicar no rodapé da página o título abreviado,
com até 40 caracteres, para fins de legenda nas
páginas impressas.
c) Nome e sobrenome de cada autor pelo qual é
conhecido na literatura.
d) Instituição a que cada autor está afiliado,
acompanhado do respectivo endereço.
e) Nome do departamento e da instituição no qual
o trabalho foi realizado.
f) Nome e endereço do autor responsável para
troca de correspondência.
g) Se foi subvencionado, indicar o tipo de auxílio, o
nome da agência financiadora e o respectivo
número do processo.
h) Se foi baseado em tese, indicar o título, ano e
instituição onde foi apresentada.
i) Se foi apresentado em reunião científica, indicar
o nome do evento, local e data da realização.
(Verificação de itens)
Resumos e Descritores - Os manuscritos para as
seções Artigos Originais, Revisões, Comentários e
similares devem ser apresentados contendo dois
resumos, sendo um em português e outro em
inglês. Quando o manuscrito foi escrito em
espanhol, deve ser acrescentado resumo nesse
idioma. Para os artigos originais os resumos
devem ser apresentados no formato estruturado,
com até 250 palavras, destacando o principal
objetivo e os métodos básicos adotados,
informando sinteticamente local, população e
amostragem da pesquisa; apresentando os
resultados mais relevantes, quantificando-os e
destacando sua importância estatística; apontando
as conclusões mais importantes, apoiadas nas
evidências relatadas, recomendando estudos
25
46
adicionais quando for o caso. Para as demais
seções, o formato dos resumos deve ser o
narrativo, com até 150 palavras. Basicamente
deve ser destacado o objetivo, os métodos usados
para levantamento das fontes de dados, os critérios
de seleção dos trabalhos incluídos, os aspectos
mais importantes discutidos e as conclusões mais
importantes e suas aplicações. Abreviaturas e
siglas devem ser evitadas; citações bibliográficas
não devem ser incluídas em qualquer um dos dois
tipos. Descritores devem ser indicados entre 3 a
10, extraídos do vocabulário "Descritores em
Ciências da Saúde" (DeCS), quando acompanharem
os resumos em português, e do Medical Subject
Headings (MeSH), quando acompanharem os
"Abstracts". Se não forem encontrados descritores
disponíveis para cobrirem a temática do
manuscrito, poderão ser indicados termos ou
expressões de uso conhecido.
Agradecimentos - Contribuições de pessoas que
prestaram colaboração intelectual ao trabalho
como assessoria científica, revisão crítica da
pesquisa, coleta de dados entre outras, mas que
não preencham os requisitos para participar de
autoria, devem constar dos "Agradecimentos"
desde que haja permissão expressa dos nomeados.
Também podem constar desta parte
agradecimentos a instituições pelo apoio
econômico, material ou outros.
Referências - As referências devem ser
ordenadas alfabeticamente, numeradas e
normalizadas de acordo com o estilo Vancouver. Os
títulos de periódicos devem ser referidos de forma
abreviada, de acordo com o Index Medicus, e
grifados. Publicações com 2 autores até o limite de
6 citam-se todos; acima de 6 autores, cita-se o
primeiro seguido da expressão latina et al.
Exemplos:
Simões MJS, Farache Filho A. Consumo de
medicamentos em região do Estado de São Paulo
(Brasil), 1988. Rev. Saúde Pública 1988; 32: 79-83.
Forattini OP. Ecologia, epidemiologia e sociedade.
26
47
São Paulo; EDUSP; 1992.
Laurenti R. A medida das doenças. In: Forattini, OP.
Epidemiologia geral. São Paulo: Artes Médicas;
1996. p. 64-85.
Rocha JSY, Simões BJG, Guedes GLM. Assistência
hospitalar como indicador da desigualdade social.
Rev Saúde Pública [periódico on line] 1997; 31(5).
Disponível em URL: http://www.fsp.usp.br/~rsp
[1998 mar 23].
Para outros exemplos recomendamos consultar o
documento "Uniform Requirements for
Manuscripts Submitted to Biomedical Journals:
Writing and Editing for Medical Publication"
(http://www.icmje.org).
Referências a comunicação pessoal, trabalhos
inéditos ou em andamento e artigos submetidos à
publicação não devem constar da listagem de
Referências. Quando essenciais, essas citações
podem ser feitas no rodapé da página do texto
onde foram indicadas. Referências a documento de
difícil acesso, em geral de divulgação circunscrita a
uma instituição, a um evento e a outros similares,
não devem ser citadas; quando imprescindível,
podem figurar no rodapé da página que as cita. Da
mesma forma, informações citadas no texto,
extraídas de monografias ou de artigos eletrônicos,
não mantidos permanentemente em sites, não
devem fazer parte da lista de referências, mas
podem ser citadas no rodapé das páginas que as
citam.
A identificação das referências no texto, nas
tabelas e figuras deve ser feita por número
arábico, correspondendo à respectiva numeração
na lista de referências. Esse número deve ser
colocado em expoente, podendo ser acrescido do
nome(s) do(s) do(s) autor(es) e ano da publicação.
Se forem dois autores, citam-se ambos ligados pela
conjunção "e"; se forem mais de três, cita-se o
primeiro autor seguida da expressão "et al".
Exemplo:
Terris et al8 (1992) atualiza a clássica definição de
27
48
saúde pública elaborada por Winslow.
O fracasso do movimento de saúde comunitária,
artificial e distanciado do sistema de saúde
predominante parece evidente.9,12,15.
A exatidão das referências constantes da
listagem e a correta citação no texto são de
responsabilidade do(s) autor(es) do
manuscrito.
Tabelas - Devem ser apresentadas separadas do
texto, numeradas consecutivamente com
algarismos arábicos, na ordem em que foram
citadas no texto. A cada uma deve-se atribuir um
título breve, não se utilizando traços internos
horizontais ou verticais. As notas explicativas
devem ser colocadas no rodapé das tabelas e não
no cabeçalho ou título. Se houver tabelas extraídas
de outros trabalhos, previamente publicados, os
autores devem providenciar permissão, por escrito,
para a reprodução das mesmas. Esta autorização
deve acompanhar os manuscritos submetidos à
publicação. Tabelas consideradas adicionais pelo
Editor não serão publicadas, mas poderão ser
colocadas à disposição dos leitores, pelos
respectivos autores, mediante nota explicativa.
Quadros são identificados como Tabelas, seguindo
uma única numeração em todo o texto.
Figuras - As ilustrações (fotografias, desenhos,
gráficos etc.), devem ser citadas como figuras.
Devem ser numeradas consecutivamente com
algarismos arábicos, na ordem em que foram
citadas no texto; devem ser identificadas fora do
texto, por número e título abreviado do trabalho; as
legendas devem ser apresentadas ao final da
figura; as ilustrações devem ser suficientemente
claras para permitir sua reprodução, com
resolução mínima de 300 dpi.. Não se permite que
figuras representem os mesmos dados de Tabela.
Não se aceitam gráficos apresentados com as
linhas de grade, e os elementos (barras, círculos)
não podem apresentar colume (3-D). Figuras
coloridas são publicadas excepcionalmente, e os
custos de impressão são de responsabilidade do(s)
autor (es) do manuscrito. Nas legendas das figuras,
os símbolos, flechas, números, letras e outros
28
49
sinais devem ser identificados e seu significado
esclarecido. Se houver figuras extraídas de outros
trabalhos, previamente publicados, os autores
devem providenciar permissão, por escrito, para a
reprodução das mesmas. Estas autorizações devem
acompanhar os manuscritos submetidos à
publicação.
Abreviaturas e Siglas - Deve ser utilizada a
forma padrão. Quando não o forem, devem ser
precedidas do nome completo quando citadas pela
primeira vez; quando aparecem nas tabelas e nas
figuras devem ser acompanhadas de explicação
quando seu significado não for conhecido. Não
devem ser usadas no título e no resumo e seu uso
no texto deve ser limitado.
Envio dos manuscritos
Os manuscritos devem ser endereçados ao Editor
Científico da Revista, em uma via em papel para o
seguinte endereço e e-mail:
Editor Científico da Revista de Saúde Pública
Faculdade de Saúde Pública da USP
Av. Dr. Arnaldo, 715
01246-904 - São Paulo, SP - Brasil
Fone/Fax 3068-0539
e-mail: [email protected]
Verificação de itens
Ítens exigidos para apresentação dos
manuscritos
1. Enviar ao Editor uma via impressa do
manuscrito e o arquivo eletrônico por e-mail.
2. Fornecer endereço para troca de
correspondência incluindo e-mail, telefone e fax.
3. Incluir título do manuscrito, em português e
inglês, com até 93 caracteres, incluindo os espaços
entre as palavras.
4. Incluir título abreviado com 40 caracteres, para
fins de legenda em todas as páginas impressas.
29
50
5. Verificar se o texto está apresentado em letras
arial, corpo 12 e espaço duplo, com margens de 3
cm, e em formato Word ou similar (doc,txt,rtf).
6. Se subvencionado, incluir nomes das agências
financiadoras e números dos processos.
7. Indicar se o artigo é baseado em
tese/dissertação, colocando o nome da insituição e
o ano de defesa.
8. Incluir resumos estruturados para trabalhos
originais de pesquisa, em folhas separadas,
português e inglês, e em espanhol, no caso de
manuscritos nesse idioma.
9. Incluir resumos narrativos originais em folhas
separadas, para manuscritos que não são de
pesquisa, nos dois idiomas português e inglês, ou
em espanhol nos casos em que se aplique.
10. Incluir declaração, com assinatura de cada
autor, sobre a "responsabilidade de autoria",
"Conflito de interesses" e "responsabilidade de
agradecimentos", esta última assinada pelo
primeiro autor.
11. Incluir documento atestando a aprovação da
pesquisa por comissão de ética, nos casos em que
se aplica.
12. Verificar se as tabelas estão numeradas
sequencialmente, com título e notas, e no máximo
com 12 colunas.
13. verificar se as figuras estão no formatos: pdf,
tif, jpeg ou bmp, com resolução mínima 300 dpi;
em se tratando de gráficos, devem estar em tons de
cinza, sem linhas de grade e sem volume.
14. A soma de tabelas e figuras não deve exceder a
cinco.
15. Incluir permissão de editores para reprodução
de figuras ou tabelas já publicadas.
16. Verificar se as referências estão normalizadas
segundo estilo Vancouver, ordenadas
alfabeticamente pelo primeiro autor e numeradas,
e se todas estão citadas no texto.
Conflito de interesses [modelo]
A confiabilidade pública no processo de revisão por
pares e a credibilidade de artigos publicados
depende em parte de como os conflitos de
interesses são administrados durante a redação,
30
51
revisão por pares e tomada de decisões pelos
editores.
Conflitos de interesses podem surgir quando
autores, revisores ou editores possuem interesses
que não são completamente aparentes, mas que
podem influenciar seus julgamentos sobre o que é
publicado. O conflito de interesses pode ser de
ordem pessoal, comercial, político, acadêmico ou
financeiro. Os interesses financeiros podem incluir:
emprego, consultorias, honorários, atestado de
especialista, concessões ou patentes recebidas ou
pendentes, royalties, fundos de pesquisa,
propriedade compartilhada, pagamento por
palestras ou viagens, consultorias de apoio de
empresas para pessoal. São interesses que, quando
revelados mais tarde, fazem com que o leitor se
sinta ludibriado.
Quando os autores submetem um manuscrito, seja
um artigo ou carta, eles são responsáveis por
reconhecer e revelar conflitos financeiros e outros
que possam influenciar seu trabalho. Eles devem
reconhecer no manuscrito todo o apoio financeiro
para o trabalho e outras conexões financeiras ou
pessoais com relação à pesquisa.
Para que o corpo editorial possa melhor decidir
sobre um manuscrito, é preciso saber sobre
qualquer interesse competitivo que os autores
possam ter. O objetivo não é eliminar esses
interesses; eles são quase que inevitáveis.
Manuscritos não serão rejeitados simplesmente por
haver um conflito de interesses, mas deverá ser
feita uma declaração de que há ou não conflito de
interesses.
Os autores devem relatar informações detalhadas a
respeito de todo o apoio financeiro e material para
a pesquisa ou trabalho, incluindo, mas não se
limitando, a apoio de concessões, fontes de
financiamento, e provisão de equipamentos e
suprimentos. Cada autor também deve assinar e
submeter a seguinte declaração: “Certifico que
todas minhas afiliações com ou sem envolvimento
financeiro, dentro dos últimos cinco anos e para o
futuro próximo, com qualquer organização ou
entidade com interesse financeiro em ou conflito
financeiro com o objeto ou assunto discutidos no
31
52
manuscrito estão completamente divulgados.”
Se os autores não tiverem certos do que pode
constituir um potencial conflito de interesses,
devem contatar a secretaria editorial da Revista.
Além disso, os autores que não têm interesses
financeiros relevantes devem fornecer uma
declaração indicando que eles não têm interesse
financeiro relacionado ao material do manuscrito.
As contribuições de pessoas que são mencionadas
nos agradecimentos por sua assistência na
pesquisa devem ser descritas, e seu consentimento
para publicação deve ser documentado.
Os revisores devem revelar aos editores quaisquer
conflitos de interesse que poderiam influir em suas
opiniões sobre o manuscrito, e devem declarar-se
não-qualificados para revisar originais específicos
se acreditarem que esse procedimento é
apropriado. Assim como no caso dos autores, se
houver silêncio por parte dos revisores sobre
conflitos potenciais, isso pode significar que tais
conflitos existem e que não foram revelados ou que
os conflitos não existem. Assim, solicita-se também
aos revisores que forneçam declarações de
interesses competitivos, os quais são utilizados
para avaliar o valor dos relatórios dos pares.
Documentos
Documentos
Cada autor deve ler e assinar os documentos (1)
Declaração de Responsabilidade, (2) Declaração de
conflito de interesses, (4) Transferência de Direitos
Autorais. Apenas a (3) Declaração de
responsabilidade pelos Agradecimentos deve ser
assinada apenas pelo primeiro autor
(correspondente).
Documentos que devem ser anexados ao
manuscrito no momento da submissão:
1. Declaração de responsabilidade [modelo]
2. Conflito de interesses [modelo]
32
53
3. Agradecimentos [modelo]
Documento que deve ser enviado à Secretaria
da RSP somente na ocasião da aprovação do
manuscrito:
4. Direitos autorais [modelo]
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Avenida Dr. Arnaldo, 715
01246-904 São Paulo SP Brasil
Tel./Fax: +55 11 3068-0539
[email protected]
33
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