SIMULANDO A OCORRÊNCIA DA DERIVA GENÉTICA EM SALA DE AULA. Cardoso SR, Costa WF e Lomônaco C. Instituto de Biologia da Universidade Federal de Uberlândia. [email protected] Deriva genética pode ser um assunto de difícil abordagem em sala de aula, por exigir alto grau de abstração dos alunos. O objetivo deste trabalho é apresentar a dinâmica de utilização de um jogo didático-pedagógico que pode ser utilizado em sala de aula para facilitar a compreensão dos mecanismos de ação da deriva genética e suas conseqüências evolutivas. O jogo consiste na simulação de três eventos que poderiam promover a deriva genética: o efeito de gargalo, o efeito do fundador e a combinação aleatória dos gametas presentes na população. São utilizadas tampinhas plásticas de tamanhos, cores e formatos uniformes para representar os indivíduos da população. Para aplicação do jogo, os participantes formam grupos, com cerca de cinco pessoas. Embora o jogo seja aplicado aos grupos separadamente, que representam pequenas populações isoladas, os resultados são também interpretados agrupando os dados obtidos por todos os grupos, o que simularia a ocorrência dos eventos em uma população maior. Cada grupo recebe 50 tampinhas, etiquetas adesivas e canetas e, a partir de um par de alelos, estabelece uma população, de modo que a freqüência de cada alelo seja igual ou próxima de 50%. As etiquetas são fixadas no interior das tampinhas, que são dispostas com etiquetas voltadas para baixo, a fim de ocultar as combinações alélicas, ou seja, o genótipo dos indivíduos. O professor sugere um cenário descrevendo a ocorrência do efeito do fundador ou do efeito de gargalo e cada participante retira, aleatoriamente, duas tampinhas que representam dois indivíduos para compor a população fundadora ou remanescente. As freqüências alélicas são novamente calculadas para cada grupo, verificando-se os desvios da população original. Também são calculados os desvios na população formada por todos os grupos. A simulação da ocorrência de deriva genética por combinação aleatória de gametas é feita anotando nas etiquetas os gametas representativos da população parental, com obtenção da geração F1, após a retirada ao acaso de algumas tampinhas. Comparações dos desvios entre as freqüências esperadas e as observadas são feitas entre e dentro dos grupos participantes. A utilização do jogo didático-pedagógico apresentado, pode estimular a curiosidade, o interesse e a participação dos alunos na aula, o que poderá facilitar a compreensão do conteúdo. Órgão Financiador : Recursos próprios