sidnei_14783

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A1
HEMICHORDATA
Os hemicordados são um pequeno grupo de animais marinhos
vermiformes que já foram considerados como um subfilo dos
cordados. Compõem-se de duas classes – os Enteropneuta e os
Pterobranchia.
ENTEROPNEUSTA
Os enteropneustos são habitantes de águas rasas. Alguns vivem
sob rochas e conchas, mas muitas espécies cavam no lodo e na
areia. Superfícies expostas pelas marés estão freqüentemente
salpicadas por cordões enrolados resultantes da deposição de
fezes por estes animais.
O corpo cilíndrico e bastante flácido é composto por uma
probóscide anterior, um colarinho e um longo tronco. Essas
regiões correspondem às típicas divisões do corpo dos
deuterostômios – protossomo, mesossomo e metassomo.
A probóscide é usualmente curta e cônica estando conectada ao
colarinho por um curto pedúnculo. O colarinho é um cilindro
curto que se sobrepõe na parte anterior ao pedúnculo da
probóscide e contém, ventralmente, a boca. O tronco constitui a
maior parte do corpo. Atrás do colarinho, o tronco exibe uma
fileira longitudinal de poros branquiais de cada lado de uma
crista mediana dorsal. Mais lateralmente, a primeira metade do
tronco contém as gônadas.
LOCOMOÇÃO E HABITAÇÃO
Os enteropneustos têm limitados poderes de locomoção, sendo
animais bastante vagarosos.
NUTRIÇÃO
Muitos enteropneustos cavadores consomem areia e lodo a partir
dos quais materiais orgânicos são ingeridos.
TROCAS GASOSAS E TRANSPORTE INTERNO
Os enteropneustos possuem um sistema vascular sanguínea
aberto composto de dois vasos contráteis principais e um
sistema de canais sinusóides. O sangue incolor e bastante
carente de elementos celulares é carregado para frente em um
vaso dorsal localizado no mesentério que suspende o trato
digestivo.
As fendas branquiais faríngeas localizadas na região anterior do
tronco são os órgãos de trocas gasosas dos enteropneustos. Cada
fenda abre-se em um saco branquial, o qual, por seu turno, abrese para o exterior através de um poro branquial dorsolateral.
Todos os poros de um lado estão usualmente localizados em um
sulco longitudinal. Os batimentos ciliares produzem uma
corrente de água que passa para o interior da boca e sai pelas
fendas branquiais.
Os enteropneustos são todos dióicos, as gônadas ssaculares
pares estão localizadas no celoma do tronco começando na
região branquial ou logo atrás das fendas branquiais.
O desenvolvimento pode ser direto ou indireto.
PTEROBRANCHIA
Os Pterobranchias consistem num pequeno número de espécies
pertencentes a três gêneros. São animais raramente encontrados.
A maioria deles é habitante de águas relativamente profundas e
o maior número de espécies é encontrado no Hemisfério Sul.
Com raras exceções, os pterobrânquios vivem em tubos
secretados, os quais são organizados em agregados ou colônias
sobre o substrato. Algumas espécies são fixadas por pedúnculos,
mas alguns são mantidos juntos por um estolão.
A probóscide tem forma de escudo e funciona na movimentação
do animal pelo lado interno do tubo, bem como na secreção do
tubo.
A característica mais notável desses vermes é a presença dos
braços e tentáculos sobre o lado dorsal do colarinho. Os braços
exibem numerosos tentáculos pequenos e bastante ciliados.
Não existem fendas branquiais na maioria, mas em alguns
podem ser encontrado apenas um par. O tubo digestivo tem a
forma de U e o ânus abre-se na frente, no lado dorsal do
colarinho. Os sexos são separados, a colônia ou o agregado são
formados por brotamento do pedúnculo ou do estolão.
UROCHORDATA
Os urocordados são animais filtradores que apresentam
notocorda na cauda, pelo menos na fase larval. O termo tunicado
refere-se ao fato de todos os representantes deste táxon terem o
corpo recoberto por uma túnica composta essencialmente por
tunicina, um isômero da celulose.
Os membros do subfilo Urochordata, mais conhecida os como
tunicados ou ascídias, constituem o maior grupo de cordados
invertebrados. A maioria desses tunicados é séssil, vivendo fixos
a rochas, conchas, pilares e cascos de navios.
A larva planctônica dos urocordados mede cerca de 0,7mm de
comprimento. Elas possuem fibras musculares longitudinais, um
cordão nervoso, um notocórdio e uma cauda afilada, que é o seu
órgão locomotor.
Ao final da existência planctônica, a larva fixa-se ao substrato,
através da papila adesiva anterior.
CEPHALOCHORDATA
Os cefalocordados, vulgarmente denominados anfioxos, são
representados por cerca de 25 espécies. Os anfioxos ocorrem em
todos os oceanos, próximo a praias arenosas.
São organismos alongados, comprimidos lateralmente, livrenatantes, que medem cerca de 5cm de comprimento. São mais
ativos à noite, e passam a maior parte do tempo com a região
caudas do corpo enterrada no substrato, mantendo, desse modo,
o corpo em posição vertical em relação ao fundo, e a região
rostral exposta à coluna d’água. Nessa posição, podem filtrar a
água ao seu redor e capturar as partículas alimentícias em
suspensão.
Os anfioxos são dióicos e as gônadas, saculiformes, não
apresentam ductos genitais. Os gametas são liberados no interior
da cavidade atrial pela ruptura da parede interna do átrio e, a
seguir, para o meio externo, via atrióporo.
Possuem: sistema nervoso, sistema muscular, sistema
circulatório, respiratório, reprodutor, excretor e digestivo.
A2
PEIXES: AGNATHA
A classe Agnatha inclui os vertebrados fósseis mais antigos, que
parecem ter sido os ancestrais dos demais grupos de peixes. A
maioria está extinta, mas a classe é representada, hoje em dia,
por cerca de 50 espécies de lampreias e peixes-bruxa. Embora as
origens dos Agnatha sejam obscuras, é provável que tenham
evoluído de um grupo de cordados inferior. Os peixes agnatos
logo invadiram a água doce e passaram a sofrer enorme
diversidade adaptativa.
Denominam-se ostracodermos, a maioria dos ostracodermos era
composta por pequenos peixes que se alimentavam de
sedimentos, com o corpo achatado no sentido dorsoventral. Suas
escamas eram muito semelhantes às escamas de alguns peixes
primitivos. Abaixo da fina camada esmaltada de ganína, havia
uma espessa de cosmina, semelhante à dentina. O restante da
escama consistia em uma camada de osso esponjoso, contendo
vários espaços vasculares e uma camada a mais de osso lamelar
compacto.
Os ostracodermos possuíam nadadeiras medianas e alguma
nadadeira par, mas essas não eram bem desenvolvidas na
maioria dos grupos. A maior parte tinha nadadeira caudal
heterocerca, o que é uma característica de peixes primitivos.
LAMPRÉIAS
As lampreias e peixes-bruxa são remanescentes e especializados
da classe Agnatha. Eles não possuem mandíbulas nem apêndices
pares, têm mais aberturas branquiais do que os demais peixes
existentes continuam com o olho pineal e apresentam uma
narina mediana. Ao contrário dos ostracodermos, os
ciclostomados possuem a forma de enguia, sendo sua pele
viscosa e sem escamas; eles são hematófagos ou necrófagos. A
maioria das lampreias é dulcícola, mas algumas passam sua vida
adulta no mar, retomando a água doce apenas para reproduzirse.
O eixo principal que sustenta o corpo, o notocórdio, persiste
durante toda a vida e nunca é substituído por vértebras.
A boca fica num grande funil bucal, que atua por um mecanismo
de sucção para as lampreias atacarem outros peixes. Não existe
estômago nem baço. O fígado está presente, mas o pâncreas é
representado apenas por células embutidas na parede do
intestino e do fígado.
O sistema respiratório consiste em sete pares de bolsas
branquiais, que estão conectadas à faringe modificada,
conhecida como tubo respiratório.
O desenvolvimento das lampreias marinhas passa por um
estágio de larva, que leva de cinco a seis anos.
CHONDRICHTHYES
A classe Chondrichthyes inclui cerca de 700 espécies
contemporâneas de tubarões, raias e peixes semelhantes, com o
esqueleto composto apenas por cartilagem. Os condrictes são
muito antigos e surgiram no Devoniano inferior. Se eles
evoluíram dos placodermos ou diretamente dos ostracodermos
ainda é incerto. As espécies mais primitivas conhecidas eram
marinhas. O grupo permaneceu primitivamente marinho desde
então, embora espécies extintas e várias outras contemporâneas
tenham se adaptado secundariamente à água doce.
O esqueleto interno de todos os vertebrados é cartilaginoso
durante a vida embrionária e permanece nos peixes
cartilaginosos. Embora a cartilagem não seja substituída por
osso, às vezes sais de cálcio são depositados nela para reforço. A
extensa armação dérmica ancestral foi reduzida a minúsculas
escamas placóides inseridas na pele. Suas camadas superficiais
esmaltadas e semelhantes à dentina assemelham-se às partes
externas das escamas cosmóides. Os dentes triangulares dos
tubarões são muito parecidos com as largas escamas placóides e,
certamente, evoluíram a partir destas.
A cavidade bucal é contínua, posteriormente, com uma longa
faringe. Um espiráculo contendo uma brânquia vestigial e bolsas
branquiais, contendo brânquias funcionais, abre-se da faringe
para a superfície corporal. Um amplo esôfago liga a faringe ao
estômago em forma de j. Um intestino valvular curto e reto, que
recebe secreções do fígado e do pâncreas, continua para trás até
a cloaca. Ele contém uma espiral dobrada complexa, conhecida
como válvula espiral. Essa dobra helicoidal serve tanto para
reduzir a velocidade da passagem do alimento, como para
aumentar a superfície intestinal de digestão e absorção.
O sistema circulatório é do tipo primitivo, com um coração
indiviso, que se restringe a bombear sangue venoso para as
brânquias. Os rins primitivos são drenados nas fêmeas por um
ducto arquinéfrico. Nos machos, o ducto arquinéfrico transporta
apenas os espermatozóides.
TUBARÕES
A maioria dos tubarões são peixes ativos com mandíbulas
projetáveis, que se alimentam vorazmente, com seus dentes de
forma triangular, de outros peixes, crustáceos e certos moluscos.
Os tubarões-baleia, que podem atingir um comprimento de cerca
de 12m, possuem minúsculos dentes e alimentam-se de
pequenos crustáceos e de outros organismos que formam o
plâncton. Eles engolem grandes quantidades de água pela boca
e, à medida que a água passa pelas fendas branquiais, o alimento
é retido na faringe pelo crivo branquial. Os tubarões-baleia são
os maiores peixes existentes atualmente.
RAIAS
A maioria das raias é bentônica, com seu corpo achatado no
sentido dorso-ventral. As ondulações de suas enormes
nadadeiras peitorais impulsionam-nas pelo fundo. Sua boca
costuma estar enterrada na areia ou lodo e a água para respiração
entra na faringe por um par de amplos espiráculos. Uma válvula
espiral em cada espiráculo fecha-se e a água é forçada a passar
pelas típicas fendas branquiais. A maioria das raias possui
dentes triturantes, com que se alimentam de mariscos.
OSTEICHTHYES
A maioria dos peixes atuais é óssea, membros da classe
Osteichthyes. A classe inclui algumas espécies tais como o
esturjão, salmão, percas e peixes pulmonados. Os vertebrados
terrestres evoluíram dos crossopterígeos, que são primitivos
membros do grupo.
Os membros da subclasse Acanthodii caracterizavam-se por
possuírem espinhos proeminentes na margem anterior das
nadadeiras dorsal e anal. Os acantódios eram os peixes ósseos
mais primitivos e é possível que outras linhagens de peixes
ósseos tenham evoluído a partir deles.
ACNOPTERÍGIOS
Os actnopterígios são os conhecidos peixes de nadadeiras
raiadas, tais como a perca. Suas nadadeiras pares apresentam
forma de abanos. Elementos esqueléticos entram na sua
formação, mas a maioria das nadadeiras é sustentada por meio
de raios dérmicos que evoluíram a partir de fileiras de escamas
ósseas. Seus sacos olfativos pares estão conectados apenas com
o meio externo e não com a cavidade bucal.
SARCOPTERÍGIOS
Os sarcopterígios incluem os peixes pulmonados e os
crossopterígios. Seus típicos apêndices pares são alongados,
lobulados e sustentados internamente por um eixo carnoso e
ósseo.
Em muitas espécies, cada um dos sacos olfativos está conectado
à superfície do corpo através de uma narina externa e a parte da
frente do teto da cavidade bucal a uma narina interna.
Em outras características, os peixes pulmonados e
crossopterígios têm uma evolução paralela à dos actinopterígios.
Eles desenvolveram caudas simétricas, tanto interna como
externamente. Suas escamas ósseas primitivas, que se
caracterizavam por possuírem uma espessa camada de cosmina
semelhante à dentina, transformaram-se no tipo ciclóide.
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