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História
Capítulo 29
Capítulo 28
A Grande Depressão
A Revolução Russa
1.
C
Em outubro de 1917, o partido bolchevique gritava a plenos
pulmões plataformas socialistas que tinham como suporte
ideológico a distribuição de riquezas entre a população
trabalhadora urbana ou rural numa coletivização dos meios
de produção que no campo era registrada como reforma
agrária. Os governos revolucionários estavam em pleno
processo de destruição da propriedade privada representado
por slogans marcantes como “Terra, paz e pão” e “Todo
poder aos soviets”.
2.
B
A guerra civil entre os capitalistas brancos contra os socialistas
vermelhos destruiu a infraestrutura produtiva da União
Soviética. Apesar da vitória do socialismo bolchevique,
Lênin percebeu que a economia estava estagnada e, então,
criou a Nova Política Econômica (NEP) onde o governo
autorizava o surgimento de empresas capitalistas! Desde
que não excedessem a 21 funcionários, o objetivo de Lênin
era incentivar a produção capitalista enquanto o parque
industrial socialista estivesse se reconstruindo. Contudo,
Lênin faleceu e Stálin desarticulou a NEP, disseminando crises
e fome, forçando uma economia planificada sob a égide de
uma gigantesca ditadura.
3.
C
As imagens mostram um discurso de Lênin insuflando as
massas trabalhadoras contra o capitalismo na revolução
socialista russa. Contudo, a questão não trata do discurso em
si de Lênin, mas da guerra interna no partido bolchevique,
após a morte de Lênin, entre Stálin e Trotsky. Com a vitória
de Stálin, a presença de Trotsky na Revolução de 17 deveria
ser apagada, como pode ser observado ao se comparar as
duas fotos. Na primeira se observa a figura de Trotsky na
escada que dá acesso ao palanque, já na segunda imagem,
ele “desaparece”, então a segunda foto foi “maquiada”,
politicamente, favorecendo o poder de Stálin.
4.
B
O governo autoritário de Stálin utilizou inúmeras ferramentas
para alargar seu poder. Sua política buscou concentrar o
poder excessivamente no Klemlin. Disseminou espécies
de presídios na Sibéria chamados de gulags, onde muitos
estudiosos chamam de campos de concentração para a
oposição. Contudo, a imagem se concentra na propaganda
que abafa críticas ao seu governo ao mostrar apenas aspectos
positivos de força e de progresso ligados ao Estado, ao líder,
considerado “salvador da pátria” e aos trabalhadores.
ensino médio
1
1.
A
O “crash” da Bolsa de Valores de Nova Iorque levou a
economia norte-americana à bancarrota numa depressão
própria da crise de superprodução. No intuito de resolver
os problemas estruturais, o presidente Franklin Delano
Roosevelt se inspirou na teoria do economista John Keynes,
que defendia abertamente que o Estado deveria intervir
na economia para evitar crises de superprodução ou para
acelerar suas soluções numa clara crítica ao liberalismo.
Então, no Período Entre-Guerras, Roosevelt criou o “New
Deal”, elaborando, por exemplo, obras públicas para diminuir
o desemprego.
2.
E
A depressão econômica norte-americana advinda da crise da
Bolsa de Valores de Nova Iorque enriqueceu uma pequena
parcela de capitalistas, mas disseminou a pobreza para
grande parte da população trabalhadora num desemprego
estrutural e numa queda absurda do valor dos salários. Essa
realidade negativa foi estudada pela gestão presidencial de
Franklin Delano Roosevelt, que introduziu as revolucionárias
ideias keynesianas de intervencionismo estatal na economia
capitalista, distanciando-se dos preceitos liberais. As críticas
formuladas pelos liberais foram contundentes, mas a
população apoiou ostensivamente o governo de Roosevelt
porque percebia a preocupação para com crescimento da
curva de empregos, bem como pela busca à estabilidade
entre oferta e procura.
3.
C
A depressão nos Estados Unidos, após o “crash” da
Bolsa de Valores de Nova Iorque, levou à grave pobreza
gigantescas parcelas da população norte-americana levando
muitos cidadãos a se “refugiarem” no alcoolismo, como
consequência, o presidente Franklin Delano Roosevelt tentou
barrar o uso de bebida alcoólica, apenas, proibindo-a por
intermédio da Lei Seca, que, obviamente, não surtiu efeito,
já que a máfia, principalmente a do grupo do Al Capone
em Chicago passou a contrabandear em larga escala. Já na
Europa, parcelas conservadoras ficam temerosas do avanço
do socialismo bolchevique e passam a apoiar o nazi-fascismo
com sua política de extrema direita.
4.
C
A charge é uma sátira ao capitalismo dito de mercado,
ou seja, liberal, mas que em momentos de crise leva o
empresariado a se refugiar na proteção do Estado na busca
por financiamentos e verbas públicas. A liberdade econômica
é própria do liberalismo, que está no fundamento do
capitalismo clássico, e atualmente é observado nos preceitos
da globalização. Já a questão do intervencionismo estatal no
sistema capitalista, numa crítica ao liberalismo, tem como
referencial o governo do presidente norte americano Franklin
Delano Roosevelt.
2º ano
Capítulo 30
Capítulos 31 e 32
.
O nazifascismo
1.
2.
A Revolução Populista (1930-1964): a
política econômica da Era Vargas e
da Ditadura à Democracia
C
O fascismo italiano e o nazismo alemão foram legítimos
representantes de estados totalitários, que se desenvolveram
na Europa nas primeiras décadas do século XX e que, muito
embora tivessem diferenças entre si, tinham também vários
aspectos em comum como o anti liberalismo, o anticomunismo,
o nacionalismo, o militarismo, unipartidarismo. O ideal racista
do antissemitismo e ideal da superioridade da raça alemã são
elementos mais identificados com o Nazismo.
A
Os principais conflitos ocorridos na primeira metade do século XX
relacionam-se com crises do capitalismo, já que a ascensão
da industrialização alemã colocava em risco a estrutura
neocolonial da imperialista Entente, principalmente a anglofrancesa, o que pode ser observado pelas duas guerras
mundiais. Vale salientar, que havia profundas divergências nas
potências europeias, oriundas de reacomodações territoriais,
ideológicas e econômicas provocadas pela ascensão dos
junkers germânicos. Foi nesse contexto inicial do século XX,
que o nacionalismo e o totalitarismo foram semeados, dando
origem ao revanchismo francês, ao pan-eslavismo czarista,
ao pangermanismo e, posteriormente, ao nazifascismo.
Obs.: Essa questão, na época de sua execução no Enem,
provocou certa discordância, pois o enunciado que faz
menção aos “principais fatores que estiveram na origem
dos conflitos ocorridos durante a primeira metade do século
XX” contribuiu para que, além do gabarito oficial, no caso
letra “a”, alguns alunos e colegas professores preferissem
a letra “e”. Nesse sentido a crise do colonialismo na letra
"a" pode ser interpretada como sendo parte do processo
que ocorreu pós Segunda Guerra Mundial, denominado de
descolonização, ou seja, não seria uma causa dos conflitos
mas um desdobramento deles.
3.
B
Foi o fracionamento territorial ao final da Primeira Guerra
Mundial e as imposições determinadas pelo Tratado de
Versalhes à Alemanha, que motivaram Adolf Hitler a redigir
a sua famosa obra Minha Luta. Lá, Hitler fundamentara
essencialmente as bases do nazismo, que pregava, entre
outras coisas, a união dos povos de origem germânica com
o encaminhamento de uma expansão territorial, anexando
regiões onde a população tivesse essa origem. Esta teoria,
já conhecida na história alemã desde a unificação no século
XIX, era denominada como Espaço Vital.
4.
D
Mussolini inaugura na Itália o primeiro projeto efetivo
de estado totalitário, fundamentado no nacionalismo
exacerbado, no unipartidarismo, no corporativismo, na
rejeição à doutrina materialista e no militarismo que
pudesse viabilizar conquistas territoriais a fim de resgatar a
grandeza de uma Itália que já foi centro do poderoso Império
Romano. Aliás, o episódio da Marcha sobre Roma, não foi
simplesmente uma demonstração de força e obediência ao
Duce, mas evidenciava o ideal beligerante dos adeptos do
fascismo.
ensino médio
2
1.
C
Um dos elementos que marcaram a crise da República Velha
ou Oligárquica foi a atuação do movimento tenentista na
contestação aos “vícios” políticos vigentes no período. Com
a vitória da Revolução de 1930, algumas figuras ligadas
ao movimento não só deram apoio, como participaram
do Governo Provisório chefiado por Getúlio Vargas, com a
ocupação dos cargos de interventores nos estados. Neste
contexto, Juarez Távora teve atuação destacada ao liderar
o apoio nordestino à Revolução de 1930. Seu poder era
tamanho que recebeu o apelido de vice-rei do norte.
2.
C
No trecho apresentado na questão, podemos encontrar
elementos típicos do modelo populista, como, entre
outras coisas, a ação mediadora que propõe um Estado de
compromisso entre as classes. De maneira geral, entende-se
que foi a partir dos anos 1930 que o modelo populista tomou
forma no Brasil. As diretrizes políticas e econômicas iam
de alguma forma se distanciando do modelo anterior que
predominou na Primeira República, pois o estado promoveu
uma política econômica centralizadora e intervencionista.
Conclui-se que o estado aumentou seu papel na economia
assumindo a responsabilidade de gerenciar e fazer
investimentos em setores estratégicos.
3.
A
As intensões de Vargas de se perpetuar no poder após 1930
encontraram forte obstáculo da oligarquia cafeeira paulista,
que foi derrotada no processo político que permitiu Vargas
chegar ao poder em 1930. Vargas, logo nos momentos iniciais
de sua gestão, define sua orientação política em direção
ao centralismo em substituição do federalismo, inclusive
com medidas típicas de regimes autoritários que podemos
evidenciar na suspensão da Constituição, no fechamento
do poder Legislativo e na indicação de interventores em
substituição aos antigos governadores para os Estados, sendo
esta medida um dos pontos de discórdia que se desdobrou
no Movimento Constitucionalista de 1932 em São Paulo.
Alegando a falta de base legal para a permanência de Vargas
no poder os paulistas organizaram um movimento sob o
pretexto reconstitucionalizar o país, onde vislumbravam
a possibilidade de recuperar o poder perdido em 1930.
A morte de 4 estudantes acabou virando um símbolo para o
movimento, era o MMDC. Ainda assim os paulistas acabaram
derrotados. Mesmo tento Vargas encaminhado medidas que
levariam a nova Constituição promulgada em 1934, o projeto
político dos paulistas acabou frustrado no seu real intento.
2º ano
4.
4.
A
A promulgação da Carta Constitucional em 1934 promoveu
a passagem do Governo Provisório para a fase Constitucional
do período conhecido com a Era de Vargas na política
nacional e representou, como propõe o título de nossa aula
32, a passagem da ditadura para a democracia. A princípio,
a Carta trouxe de volta a normalidade institucional com
o restabelecimento dos três poderes, que previa eleições
regulares para o executivo e legislativo. Essa constituição
estabelece algumas novidades, como a confirmação de
elementos presentes na Lei Eleitoral de 1932. Dessa forma,
o processo eleitoral deveria ocorrer por meio do voto secreto
e quanto a representação, além do voto ser extensivo às
mulheres, que podia inclusive lançarem-se como candidatas,
criava-se o cargo de deputado classista, sendo escolhido
um deputado por categoria profissional que atendesse as
exigências normativas impostas pelo governo.
Capítulos 33 e 34
Capítulo 35
A República populista (1930-1964) a
Era Vargas: da democracia à ditadura
e a ditadura do Estado Novo
1.
A Segunda Guerra Mundial (1939-1945)
D
No Brasil, a AIB, agrupamento político fundado por Plínio
Salgado, adotou vários elementos dos regimes totalitários
europeus, especialmente os presentes na doutrina fascista
italiana. De perfil militarista e ultranacionalista, os integralistas
dirigiam suas críticas aos defensores do liberalismo e, em
especial, aos socialistas. Outras bases presentes no programa
político da AIB são: a defesa de um estado forte e centralizado
organizado em bases corporativistas (símbolo ∑), na medida
que pregava-se a submissão do indivíduo ao Estado. Por vezes
vinculavam-se até a setores da Igreja como se evidencia no
lema maior do integralismo “Deus, pátria e família”, já que
muitos cristãos eram também anticomunistas.
2.
D
O texto apresentado é parte integrante de um documento
assinado por generais brasileiros se comprometendo a
combater a “ameaça comunista” às instituições políticas
brasileiras, o que nos remete à lembrança do Plano Cohem,
utilizado como justificativa para ação governamental de
cancelar as eleições de 1938, outorgar a Constituição de
1937 e implantar a ditadura do Estado Novo.
3.
B
O Brasil, durante o contexto da Segunda Guerra Mundial
(1939 a 1945), procurou manter uma posição de neutralidade,
na medida que o governo buscava barganhar benefícios com
os dois lados do conflito. A desconfiança do governo norteamericano na suposta ligação do Brasil com países do eixo
se explicavam na medida que o próprio modelo político do
Estado Novo se assemelhava muito mais as diretrizes políticas
de Berlim, do que a Washington, sendo a deportação de
Olga para Alemanha um elemento comprobatório de tal
circunstância, no mais, desconfiava-se que alguns membros
do governo Vargas seriam simpáticos aos valores nazistas.
ensino médio
E
Após a Segunda Guerra Mundial, com a vitória dos Aliados,
ganharam cada vez mais espaço no cenário interno
brasileiro as reivindicações em favor da redemocratização,
que significaria o fim do Estado Novo. Diante de tais
desdobramentos, irrompeu dos grupos que eram simpáticos a
permanência de Vargas no poder um movimento denominado
Queremista, isto é, redemocratização sim, mas com Getúlio
no poder. O movimento ganhou certa notoriedade, com
um número expressivo de adeptos. Tal campanha ia ao
encontro das pretensões continuístas de Vargas, tendo por
parte dele óbvia simpatia. Mesmo com algumas sinalizações
em direção à redemocratização promovidas pelo governo
como a liberação do funcionamento dos partidos políticos e
a marcação de um calendário eleitoral, Vargas acabou sendo
deposto pelos militares após novas articulações golpistas.
3
1.
A
Uma das causas da Segunda Guerra Mundial foi a política
de apaziguamento implantada pelo Reino Unido, a qual
permitiu que Hitler atingisse objetivos militares e territoriais
que o fortaleceram numa afronta ao tratado de Versalhes.
A burguesia liberal da Europa ocidental permitiu que o
III Reich dominasse áreas da Europa central porque acreditava
que o fascismo seria a barreira que impediria a expansão do
socialismo soviético.
2.
D
A questão remete a alguns dos fatos que antecederam a
Segunda Guerra Mundial. Na primeira charge observa-se
uma sátira Pacto Germano-Soviético, haja vista que havia
entre essas duas nações grande rivalidade devido as suas
substanciais diferenças políticas e ideológicas. A princípio,
esse acordo facilitou as pretensões de Hitler de continuar
seu expansionismo, certo que, a URSS não haveria de intervir
contrariamente. Tal circunstância se materializa na invasão
alemã à Polônia e a divisão do território em áreas de influência
entre os dois países. Mais tarde Hitler quebra o acordo e
invade a URSS. Essa incursão custou caro aos alemães pois,
a entrada da URSS junto aos aliados, foi fator de peso para
a derrota dos nazistas. A outra charge satiriza ao imobilismo
inglês que não conseguiu evitar a aliança de Hitler e Stalin.
O primeiro ministro Chamberlain montado em um cavalo é
ultrapassado por Hitler que vai em direção à URSS. De uma
forma mais ampla as imagens refletem o contexto de crítica a
tolerância inglesa de insistir na “política de apaziguamento”,
que permitiu a continuidade do projeto expansionista alemão
nas regiões fronteiriças da França, na incorporação da Áustria,
dos Sudetos na Tchecoslováquia e, enfim, da Polônia.
2º ano
3.
A
Como o imperialismo franco-britânico estava em decadência
na Ásia juntamente com o crescimento do parque bélico
nipônico e norte-americano, o oceano Pacífico, principalmente
a sua costa oeste, passou a ser uma região disputada e
coberta de potencial belicoso. Dentro dessa realidade e em
contradição, o governo ianque de Roosevelt não acreditou
que as disputas econômicas imperialistas pudessem se
transformar em guerra, por isso, inadvertidamente, não se
preparou suficientemente para um conflito militar de grandes
proporções. O Japão utilizou essa realidade para atacar, sem
promover a declaração de guerra aos Estados Unidos, de
surpresa a base naval de Pearl Harbor, que fica no Havaí, no
intuito de destruir a frota norte-americana do Pacífico.
4.
C
A entrada dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial
revigorou os Aliados, pois enquanto a URSS barrava o avanço
alemão no leste, o exército ianque, liderado pelo general
Eisenhower a partir da Grã Bretanha, organizou as forças
militares ocidentais liberais que tinham o intuito de iniciar a
destruição do poderio germânico no norte da França. Essa
realidade foi concretizada no dia D e a França foi libertada
isolando a Alemanha nazista.
3.
C
O sionismo é um movimento internacional judaico com
teor nacionalista de criação do Estado israelense em solo
considerado sagrado, tendo como referência a cidade de
Jerusalém. Após a Segunda Guerra Mundial, sob pressão do
sionismo, da diplomacia norte-americana e para “amenizar”
a dor de judeus causada pelo holocausto, a Organização
das Nações Unidas (ONU) criou o Estado de Israel, contudo,
o surgimento desse país gerou conflitos que ainda hoje
perduram, pois os palestinos afirmam que a terra pertence a
eles que, também, a considera sagrada. No intuito de resolver
esses problemas, a ONU dividiu o território em Israel judaico e
a Palestina (Cisjordânia e Faixa de Gaza) muçulmana, contudo,
as animosidades aumentaram e os árabes promoveram
as guerras dos Seis Dias, em 1967, e a do “Yom Kippur”,
em 1973, sendo derrotados pelas forças israelenses que
passaram a invadir as terras palestinas, criando, inclusive,
assentamentos. Parte considerável da população palestina
passou a apoiar o terrorismo da Organização pela Libertação
da Palestina (OLP) liderada por Yasser Arafat, que promoveu
inúmeros ataques terroristas a Israel, outra modalidade de luta
dos palestinos é a Intifada, que consiste na desobediência civil
ao poder israelense utilizando, por exemplo, pedras contra o
alto arsenal bélico israelense, como tanques de guerra.
4.
E
A frase que é a essência da questão tem como referência o
passado de Jerusalém, que pode ser o reinado de Davi que, ao
derrotar o filisteu Golias, colocou os hebreus na terra sagrada
e, atualmente, essa mesma área é alvo de conflitos militares,
tendo como pano de fundo a questão da religiosidade, só
que na atualidade entre judeus, antigos hebreus, e palestinos
muçulmanos. Os conflitos militares tiveram como vitoriosas,
as forças israelenses que ocuparam toda Jerusalém e parte
da Cisjordânia. Apesar da vitória, Israel percebeu que os
palestinos não aceitaram a derrota e passaram a utilizar
ações terroristas através da OLP e da Intifada, e os palestinos
perceberam que a derrota de Israel era improvável. Então se
iniciou um longo processo de paz onde haveria a troca de
paz por terra, contudo, essa importante negociação não criou
frutos relevantes e a animosidade continua viva.
Capítulo 36
O Mundo Pós-Guerra
1.
2.
A
A independência das nações africanas permitiu a ascensão
do nacionalismo, contudo, a estrutura interna implantada
pelas nações imperialistas europeias se manteve viva em
larga escala, pois se pode observar na manutenção das
antigas fronteiras imperialistas que não respeitavam a
estrutura tribal da África do sul do Saara. Foram poucas as
tentativas, como a de Patrice Lumumba no Congo, viáveis de
aglutinação respeitosa e democrática das várias etnias, o que
prevaleceu foram ditaduras onde grupos de negros africanos
controlavam o novo Estado se enriquecendo e mantendo o
lucro de empresas estrangeiras, principalmente europeias e
norte-americanas, reeditando um novo imperialismo à custa
da exploração da maioria da população que se mantém na
miséria. Outro fator que prejudicou a ascensão africana foi o
fato de que na Guerra Fria, quando o governo era ligado aos
Estados Unidos, a União Soviética fomentava uma guerrilha,
fato que era repetido quando o governo era pró-URSS e os
Estados Unidos eram oposição.
Saiba Mais
América Latina no Século XX
1.
D
A guerra do Vietnã é um fato histórico que os Estados
Unidos buscam evitar a sua propagação, pois resultou numa
fragorosa derrota militar perante um minúsculo país asiático
que confirmou sua opção pelo socialismo, bem como se
unificou expulsando as forças norte-americanas da área
sul que, anteriormente, era capitalista. Os Estados Unidos
penetraram na guerra numa região de floresta equatorial
sem conhecer a geografia do país, sendo recebido por
guerrilheiros comunistas que tinham armas chinesas e
soviéticas que lutavam pela sua pátria e ideologia. Para piorar,
as situação política dos militares, a juventude norte-americana
passou a criticar a guerra com o slogan “paz e amor”, com
o movimento pacifista hippie.
ensino médio
4
C
A Guerra das Malvinas, em 1982, foi criada pela ditadura
militar argentina, que estava em franca decadência, para se
manter no poder por mais algum tempo utilizando o discurso
patriótico para esconder as graves crises econômica, social
e política. Além da guerra servir para encobrir as mazelas
da ditadura, as Malvinas, Falkland para os ingleses desde
o início do século XIX, possuem posição e riqueza mineral
que ajudaria a combalida economia de Buenos Aires.
As instituições internacionais, inclusive da América do Sul,
buscaram a neutralidade, pois perceberam o mau uso do
discurso nacionalista e a Argentina ficou isolada. Com a
derrota fragorosa argentina, a população incorporou um
incendiário desejo de liberdade política e o “feitiço virou
contra o feiticeiro”, pois a elite militar que comandou as
juntas militares autoritárias foram perseguidas e a Argentina
entrou para o rol dos países democráticos.
2º ano
2.
3.
4.
C
A questão aborda assunto do passado recente na América
Latina. O Brasil, governado por Lula, negociou com o governo
boliviano de Evo Morales uma solução diplomática para os
problemas relacionados com a refinaria brasileira, que é vista
como uma multinacional por setores bolivianos. A Bolívia, que
perdeu seu acesso ao oceano Pacífico numa guerra contra o
Chile no século XIX, atualmente, utiliza a diplomacia como
instrumento para reaver o território. O atrito em relação à
maneira de reprimir a produção e o comércio de drogas,
bem como ao movimento guerrilheiro é entre o Equador e a
Colômbia, já que este país afirmava que o governo de Rafael
Correa não combatia eficazmente as FARCS. O Brasil tem uma
política de aproximação com o Paraguai, inclusive, acerca da
compra da energia elétrica excedente da usina de Itaipu não
utilizada pelo Paraguai. O grave atrito relacionado com a
construção de bases norte- americanas em solo da América
do Sul foi entre a Colômbia, que é uma aliada tradicional de
Washington, e o governo venezuelano de Hugo Chávez, que
considerava os Estados Unidos como um empecilho para o
crescimento da América Latina.
Saiba Mais
Oriente Médio
B
O texto I se refere à história chilena, pois em 1973 o general
Augusto Pinochet liderou um golpe militar destruindo o
governo socialista de Salvador Allende, implantando uma
grave ditadura ligada aos interesses da elite e dos Estados
Unidos. Após a redemocratização, o Chile ficou governado
pela antiga oposição que tinha grande grau de moderação e,
em 2000, o palácio “La Moneda” ficou nas mãos de Lagos e,
posteriormente, de Michelet Bachelet, que tinham plataforma
de esquerda, apesar de não possuírem extremismo. Já
o texto II se refere à história recente Venezuela quando
setores da elite conservadora não aceitaram o governo de
Hugo Chávez e buscaram destitui-lo do poder, entretanto,
as forças chavistas se aglutinaram em torno do sindicalismo
e de grupos militares, restituindo o presidente ao poder
que foi confirmado na presidência pelo plebiscito de 2004,
mantendo-se no poder, diretamente ou indiretamente, até
sua precoce morte natural em 2013.
A
O jornal El País tece uma informação jornalística que nos
remete a governos oriundos de grupos de esquerda, como
o venezuelano Hugo Chávez, o brasileiro Lula e o boliviano
Evo Morales. A notícia acredita que muitas mazelas
tradicionais da história política tradicional da América Latina,
que tinham sido veementemente criticadas pelos líderes
acima, se mantiveram vivas, como a corrupção e a ânsia
pela manutenção ao poder. Como consequência, surgiram
inúmeros projetos sociais que buscaram uma maior inserção
social das classes carentes, contudo, o modelo excludente
baseado no plantation e na exploração capitalista manteve-se
vivo, confirmando o neoliberalismo da globalização.
ensino médio
5
1.
C
A nacionalização da economia petrolífera foi uma tentativa
de fortalecer esses países de maioria muçulmana. A
do Irã ocorreu durante o reinado do Xá Reza Palhevi,
sob a orientação do ministro Mossadegh em 1951,
contudo, devido ao boicote internacional, Mossadegh ficou
isolado politicamente e o Xá se aproximou dos interesses
internacionais, notadamente norte-americanos até 1979,
quando foi destituído do poder pela revolução liderada
pelo aiatolá Khomeini. A nacionalização egípcia possuiu
maior repercussão porque Nasser tinha maior controle do
Estado egípcio do que Mosadegh no persa. A nacionalização
do canal de Suez colocou Nasser em proeminência na
história do Oriente Médio, inclusive porque seu discurso era
antiamericano e contra o sionismo de Israel, tendo o intuito
de unir os povos islâmicos.
2.
A
A queda do Xá Reza Palhevi no Irã enfraqueceu a política
diplomática norte-americana porque sua embaixada foi
invadida por extremistas sem uma atitude enérgica do aiatolá
Khomeini em proteger os funcionários que se tornaram
reféns. Essa atitude enfraqueceu o governo Jimmy Carter
e somente foi resolvida com a posse do presidente Reagan.
A manutenção dos aiatolás em Teerã levou Reagan a utilizar
inúmeros meios para desarticulá-los, inclusive apoiando o
iraquiano Saddam Hussein numa guerra contra o Irã. Os
cristãos ortodoxos da Istambul não possuem uma política
antisionista, inclusive porque não controlam o Estado turco,
Estado esse que é um dos poucos de maioria muçulmana que
possuem relação diplomática com israel. A União Soviética foi
inimiga do talibã porque este se originou dos “mujahedins”
na luta contra a URSS quando esta invadiu o Afeganistão.
A crença politeísta hindu se distancia do monoteísmo
muçulmano, sendo um dos pressupostos ideológicos da
animosidade entre Índia e Paquistão. Na guerra nos Bálcãs,
fundamentalistas sérvios cristãos ortodoxos utilizavam
a questão religiosa para perseguirem os muçulmanos,
principalmente em Kosovo.
3.
D
A primeira grande crise do Oriente Médio na década de 90
ocorreu quando o ditador iraquiano Saddam Hussein invadiu
o Kuwait em busca das reservas petrolíferas iniciando a Guerra
do Golfo Pérsico. A guerra civil libanesa foi notadamente na
década de 80 como consequência da entrada de refugiados
palestinos, que tinham sido retirados de Israel. A queda do
Xá Reza Palhevi pela revolução iraniana, organizada pelos
fundamentalistas aiatolás, perdeu em intensidade pela guerra
tempestade no deserto, já que esta teve a participação de
inúmeros países formadores de uma coalizão com o aval da
ONU.
2º ano
4.
C
O nacionalismo pan-árabe teve como último grande
representante o egípcio Nasser, que conseguiu unir o
islamismo ao nacionalismo no Oriente Médio, não em torno
de um único país, mas com o projeto de uma união de toda
a região que tivesse maioria muçulmana para fazer frente
ao imperialismo das forças europeia e norte-americanas,
por isso, a aproximação de propostas da Conferência de
Bandung, bem como da União Soviética na Guerra Fria.
É importante frisar que Nasser não comungava do marxismo
leninista ou do Estado stalinista, mas de um instrumento,
no caso a URSS, que não permitisse que os Estados Unidos
tivessem sinal verde para manusear o Oriente Médio segundo
seus interesses. O surgimento da Liga Árabe possui essa
ideologia de unificação política islâmica.
3.
E
O legado de Vargas, no que se refere à economia e
especialmente à Petrobras, é o tema central dessa questão, que
propõe um diálogo temporal entre dois momentos históricos
importantes para essa empresa e para o país. A imagem 2,
de fato, sugere que Lula repetira o gesto de Vargas (imagem
1) considerado histórico por garantir ao estado o controle
dessa importante matriz energética. Porém, vale lembrar que
a Petrobras hoje é uma empresa de capital misto e não uma
empresa de capital exclusivamente nacional. Mesmo com
grande importância para o país, atualmente empresas criadas
por Vargas como a Vale do Rio Doce e a CSN – Cia Siderúrgica
Nacional, não são mais estatais, pois foram privatizadas em
meio a grandes discussões no transcorrer da década de 1990.
Mesmo reconhecendo que Vargas tenha direcionado seus
esforços para fortalecimento da indústria de base no Estado
Novo, a construção da CSN e da Vale do Rio Doce tiveram
importante contribuição dos EUA, que disponibilizaram os
recursos necessários para a construção dessas empresas. Por
fim, devemos lembrar que embora tenha sido na gestão de
Lula que se tenha realizado o marco inaugural da exploração
do Pré-Sal (imagem 2), a concessão de exploração, (leilão) do
campo de Libra, foi um fato que ocorreu na gestão de sua
sucessora Dilma Rousseff. A esse respeito devemos levar em
consideração que o leilão ocorreu em outubro e os protestos
ocorreram em junho e julho de 2013. Vale destacar que os
protestos de 2013 tinham múltiplas razões, e no que se refere
à Petrobras, as manifestações faziam referência à distribuição
dos royalties do petróleo para as áreas da saúde e educação.
4.
A
O Brasil vivia em meados dos anos 1950 um ambiente
bastante conturbado e que contribuiu para o isolamento
político de Vargas. Diante dessas circunstâncias, Vargas optou
pelo suicídio. Devemos lembrar a importante função didática
que a Carta Testamento possuía, já que ele identificava os
responsáveis pela sua morte como os verdadeiros inimigos da
nação. O documento deixado por Vargas indicava um conflito
de interesses entre os que eram defensores das riquezas
nacionais e os interesses do capital estrangeiro, insatisfeitos
com a política nacionalista do governo.
Capítulo 37
A República Populista (1930-1964): a
transição para o populismo democrático
1.
2.
C
Eurico Gaspar Dutra assume a presidência em 1946
promovendo algumas mudanças nas diretrizes políticas e
econômicas do país que, durante 15 anos, foi conduzido
por Getúlio Vargas. Em termos políticos, ainda que se
verifiquem algumas contradições, promoveu-se um processo
de redemocratização. Em termos econômicos, o nacionalismo
deu lugar a alguns elementos típicos do liberalismo (em
parte resultado da pressão norte-americana), que se verifica
na decisão de permitir e facilitar a importações de produtos
estrangeiros, alguns dos quais compostos por artigos
supérfluos, prejudicando o crescimento da indústria nacional.
Boa parte das reservas monetárias acumuladas em moeda
forte durante a Segunda Guerra Mundial se esvaíram neste
contexto.
D
A questão se propõe a promover uma comparação de dois
importantes personagens históricos e suas trajetórias políticas,
no caso Napoleão Bonaparte na França e Getúlio Vargas no
Brasil. Os dois chegaram ao poder em momentos de ruptura
institucional e, com frequência, usaram de expedientes
autoritários para se manterem, nele, controlaram a imprensa,
as artes e desenvolveram a economia. No entanto, não há
como negar que ambos entraram definitivamente na história
de seus países pois promoveram medidas que ainda hoje são
lembradas e, a despeito de muitas críticas, continuam tendo
um grande número de admiradores.
Efetivamente ambos buscavam respaldo no povo para
legitimar suas ações, mas constitui equívoco afirmar que
contrariavam frontalmente os interesses da classe burguesa,
em especial no caso de Napoleão. Em termos econômicos
ambos possuíam uma postura nacionalista que se evidenciava
em projetos como o banco da França e BNDE (para Napoleão
e Vargas, respectivamente). Waterloo, a famosa batalha final
de Napoleão, virou um clichê para designar a derrota política
de muitos personagens históricos, porém, o prenúncio feito
pelo Jornal Correio da Manhã que destacava que derrota
de Vargas em 1947 comprometeria seu projeto de retorno
político não se confirmou e Vargas foi reeleito em 1950, por
voto direto. Mesmo sufragado por ampla maioria, o segundo
governo Vargas foi bastante conturbado, especialmente após
o episódio do atentado da R. Toneleiro. Isolado politicamente
e ameaçado de deposição pelo suposto envolvimento na
morte do Major Vaz, Vargas, diante do seu iminente Waterloo
(derrota definitiva), opta pelo suicídio.
ensino médio
Capítulo 38
A República Populista (1930-1964): a
longa marcha para o golpe
1.
6
E
Uma das mais destacadas lideranças da UDN, partido
que surgira nos momentos finais do Estado Novo e que
fazia sistemática oposição a Vargas, era a do jornalista
Carlos Lacerda. O atentado da Rua Toneleiro, articulado
supostamente contra Lacerda, foi um dos fatores decisivos
para o aumento da pressão política, que levou Vargas a
optar pelo suicídio 1954. Ainda que adotando postura
conservadora após o golpe de 1964, Lacerda teve seu
mandato cassado, tendo, inclusive, participado da chamada
Frente Ampla, com João Goulart e Juscelino Kubitschek, seus
antigos adversários. Ironia do destino, Lacerda estaria lado a
lado com figuras que combateu e criticou arduamente como
na época em que Juscelino foi presidente da República.
2º ano
E
As ações de Jânio Quadros estiveram quase sempre
envolvidas em polêmicas e controvérsias. A própria UDN
que, houvera apoiado Jânio em sua campanha à Presidência
e que composta por elementos conservadores, alinhados na
maior parte do tempo aos princípios liberais, anunciava em
emblemática frase “Jânio no poder é a UDN de porre”. A
atitude de condecorar “Che” Guevara levou a este grupo
a promover fortes críticas ao Presidente. Pouco depois, a
atitude inesperada de renunciar à Presidência, sob a alegativa
de forças ocultas, provocou grave crise, só solucionada com
a adoção do Parlamentarismo.
3.
A
Herdeiro da tradição populista e fortemente identificado
com o governo Vargas, onde houvera sido ministro, Jango
encaminhou as chamadas reformas de base ao Congresso
onde temas como reforma agrária, tributária, bancária entre
outras, refletiam a esperança de Jango ter seu mandato
referendado pelo apoio popular. Destaque-se, no entanto,
que tais propostas invariavelmente resultariam em fortes
reações por parte dos setores conservadores que acusaram
o presidente de demagogia. As duras críticas ao programa
de governo provocou um desgaste que culminou com seu
isolamento político contribuindo para o quadro que resultou
na deposição de Jango em 1964.
4.
D
A crise político-institucional que culminou com a destituição
de João Goulart da Presidência em 1964 é historicamente
conhecido como Golpe Militar. Mais seria mesmo um
golpe exclusivamente militar? De fato não se pode negar
o protagonismo dos militares nesse processo, mas ao
avaliar o contexto político como um todo percebemos o
envolvimento de grupos que, de alguma forma, tiveram seus
interesses contrariados ou que enxergavam em Jango uma
ameaça comunista, como era caso de setores do Congresso
(especialmente da UDN), do empresariado, das classes
médias urbanas, da Igreja que ajudaram a legitimar o golpe,
esses com frequência se referenciam a este evento, como a
“Revolução de 1964”.
092885/15 – Erbínio – Rev.: JA – Desenhista: Arte – 24/04/15
2.
ensino médio
7
2º ano
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