Professora Leonilda Brandão da Silva CAPÍTULO 11 – 1ª Parte

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COLÉGIO ESTADUAL HELENA KOLODY – E.M.P.
TERRA BOA - PARANÁ
CAPÍTULO 11 – 1ª Parte
Professora Leonilda Brandão da Silva
E-mail: [email protected]
PLATELMINTOS – p. 132
Leitura texto introdutório
Problematização inicial
• Por quê o nome platelmintos?
• Conhece algum representante?
• Onde é possível encontrar platelmintos no
ambiente?
• Como é a divisão do corpo desses animais?
• Causam doenças no homem? Quais?
• Como se contrai a esquistossomose, teníase
e cisticercose?
• Como evitar essas doenças?
FILO PLATELMINTHES
1
Platelmintos: Características gerais – p.133
• Costuma-se chamar de verme qq animal invertebrado que tenha o corpo alongado, fino e sem pernas,
mas esse termo não tem significado filoge-nético.
• No filo Platelmintos (platys = chato e hemintos =
verme), estão os animais com o corpo achatados
dorsoventralmente.
• Alguns, como as planárias têm vida
livre e podem ser aquáticos ou terrestres.
• Outros, como a tênia (solitária)
e o esquistossomo, são
endoparasitas.
Morfologia e fisiologia
• São triblásticos: (no embrião
formam-se 3 folhetos embrionários: ectoderme, mesoderme e endoderme)
• São acelomados (sem celoma,
cavidade no interior da mesoderme).
• Como adaptação ao movimento, as espécies de vida
livre apresentam cefalização, na região anterior do
corpo há uma cabeça, com maior concentração de
órgãos sensoriais e de tecido nervoso que o resto
do corpo.
• A cabeça é especializada em receber estímulos ambientais durante o movimento, facilitando a localização de presas.
• Apresenta simetria bilateral, ou seja, o corpo pode
ser dividido em duas metades semelhantes.
Revestimento, sustentação e movimentos
• Os platelmintos de vida livre produzem um muco na
epiderme que facilita o movimento.
• Os parasitas possuem cutícula sobre a epiderme,
que protege esses animais contra enzimas digestivas.
• Nas formas livres, a cabeça possui ocelos, ou seja,
olhos primitivos que distinguem apenas a presença
de luz.
• Nos parasitas,
há ventosas e,
às vezes, ganchos de fixação.
• Os animais de vida livre costumam ser carnívoros e
alimentam-se de outros invertebrados.
• Seu tubo digestivo é incompleto (sem ânus) a digestão é extra e intracelular (termina no citoplasma das
células do intestino).
• Os resíduos são eliminados pela boca.
• Alguns parasitas, como a tênia, não têm tubo digestório e retiram o alimento já digerido do sangue do
hospedeiro.
3 ramos de
intestinos
faringe
boca
Respiração, circulação e excreção
• A espessura do corpo do platelminto é muito
pequena, o que facilita a difusão de substâncias pelo
organismo.
• Assim, o oxigênio absorvido pela epiderme chega facilmente ao centro do corpo por difusão.
• Não existe sistema respiratório, nem sistema circulatório. A cavidade digestória distribui o alimento
pelo corpo.
• A amônia é eliminada por difusão através da pele.
• O excesso de água e de outros produtos é eliminado
por células com um flagelo, os solenócitos, ou com vários flagelos, as células-flama, que em conjunto, assemelha-se à chama de uma vela. Essas células estão espalhadas pelo corpo e realizam a excreção através de
um sistema de tubos e de poros na epiderme – sistema
chamado protonefrídios.
Coordenação
• O sistema nervoso dos platelmintos é mais desenvolvido do
que o dos cnidários e proporciona melhor coordenação dos
movimentos complexos.
• Há dois gânglios cerebrais, ligados entre si por dois cordões
nervosos. Portanto, além da cefalização, há centralização do
sistema nervoso o que permite movimentos mais sofisticados
• Além de ocelos dos formas livres, há quimiorreceptores, que assinalam a presença de substâncias químicas úteis ou nocivas.
Reprodução Assexuada
• A planária pode realizar reprodução assexuada caminhando com a parte anterior e a posterior do corpo em
sentidos contrários e cortando-se ao meio (laceração ou
fissão). Depois, cada uma das partes se regenera,
dando origem a uma planária inteira.
VÍDEOS:
Regeneração Planária – 0:35
Planária – 2:06
Planaria – 0:52
Ponto Ciência - Jogos mortais – 2:34
Reprodução sexuada
•A planária é hermafrodita (monoica) e a fecundação é
cruzada e mútua, também chamada de fecundação recíproca. Na cópula, dois indivíduos unem seus poros genitais e cada um deles introduz o pênis na abertura genital
do outro. Há troca de espermatozoides, formando vários
zigotos. O ovo origina uma nova planária (desenvolvimento direto), mas nos platelmintos parasitas há formação de
larvas.
•As tenias também são hermafroditas: cada anel possui útero, testículos, ovários e outras partes dos sistema reprodutor masculino e feminino.
•O animal realiza autofecundação, produzindo anéis
cheios de ovos, que são expulsos com as fezes do
hospedeiro.
Proglotes
Proglótide
Grávi das
2
Classificação dos Platelmintos p.135
• Os platelmintos dividem-se em três classes:
– Turbellaria (turbelários)
– Trematoda (trematódeos)
– Cestoda (cestódeos).
1. Turbelários
• Maioria são aquáticos e de vida livre (poucos são
terrestres e parasitas)
• O termo “Turbelários” vem do turbilhão provocado
na água pelos cílios que cobrem a epiderme desses
animais.
• Principal representante: Planárias
2. Classe Trematoda
• O corpo é revestido por uma cutícula com ventosas
ou ganchos;
• Possuem tubo digestório com
uma boca que pode apresentar ventosas.
• Endoparasitas.
Representantes:
– Hermafroditas:
Fasciola hepatica
– Sexos separados:
Schistosoma mansoni
–Há três espécies de esquistossomos que provocam doenças em milhões de pessoas na África (Schistosoma haematobium), na Ásia (Schistosoma japonicum) e na América
Latina (Schistosoma mansoni) .
–Presente no Brasil, o S.Mansoni é a causa da doença conhecida como esquistossomose ou doença do caramujo).
–O macho mede cerca de 1 cm e possui duas ventosas e
um sulco ao longo do corpo, o canal ginecóforo, no qual
abriga a fêmea durante a cópula.
–Eles completam seu desenvolvimento no sistema porta-hepático
do hospedeiro definitivo (o ser
humano, que abriga a forma com
reprodução sexuada).
–A fêmea coloca cerca de 400 ovos por dia nas veias e nos
capilares da parede do intestino, provocando uma inflamação nesses vasos, o que facilita a passagem dos ovos
para a cavidade intestinal.
–Assim, eles são eliminados com as fezes.
–Se estes chegarem até a água, os ovos se romperão e liberarão uma larva ciliada, o miracídio, capaz de movimentar
ativamente por cerca de 8 a 12 horas.
–Depois desse tempo, ela só sobrevive se penetrar em um
caramujo do gênero Biomphalaria, que vive em água doce
parada ou com pouca correnteza.
Larva miracídio
–No caramujo, o miracídio cresce e se desenvolve e dando
origem a outro tipo de larva, a cercária.
–De um único miracídio originam-se 300 mil cercárias.
–Essa grande produção compensa a grande mortalidade
que ocorre durante a passagem de um hospedeiro para
outro.
–A cercária abandona o caramujo e pode
viver livremente na água na água doce
por até dois dias.
–Ela possui duas ventosas, cauda
bifurcada e glândulas que auxiliam na
penetração através da pele ou das
mucosas do ser humano quando esse
entra em contato com a água contaminada (bebendo, lavando roupa, tomando banho, etc.)
–Ao penetrar na pele, a larva pode provocar
–Ao penetrar na pele, a larva pode provocar uma reação
alérgica, com coceira, vermelhidão e dor.
–Podem ocorrer problemas no fígado, no baço e no intestino, com diarreias, dores abdominais e emagrecimento.
–O baço e o fígado crescem aumentando o volume da barriga “barriga d’água”.
–Para combater essa doença, além de tratar as pessoas
afetadas, é fundamental dispor de instalações sanitárias
adequadas e sistema de esgoto eficiente, evitando que as
fezes com os ovos atinjam os rios.
–A água para beber tem que ser fervida;
–Não se deve entrar em rios nas horas mais quentes e
luminosas do dia (10 às 16hs), pois é esse o período de
maior liberação de larvas. Usar botas e luvas.
–O controle de caramujos pode ser feito com produtos
químicos ou por peixes que dele se alimenta (controle
biológico).
Esquistossomose ou Barriga d’água
Medidas profiláticas
• Não nadar nem andar em
“lagoas de coceiras”;
• Saneamento básico;
• Controle dos caramujos planorbídeos;
• Tratamento dos doentes.
Não evacue próximo a
lagoas, rios ou represas
Utilize um banheiro com
rede de esgoto
CICLO DE VIDA Schistosoma mansoni
Esquistossomose ou Barriga d’água
CICLO DE VIDA Schistosoma mansoni
SIMULADOR on-line
Esquistossomose ou Barriga d’água
http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/
modules/mydownloads_08/visit.php?cid=
5&lid=1876
–Schistosoma mansoni – é um parasita heteroxeno
dos vasos intestinais do homem e pode afetar também o fígado, cujo hospedeiro intermediário é o caramujo do gênero Biomphalaria (planorbídios).
 Parasita heteroxeno: necessitam de dois hospedeiros.
 Parasita monoxeno: necessita de apenas um hospedeiro.
 Parasita intermediário: naquele em que ocorre a
reprodução assexuada.
 Parasita definitivo: naquele em que ocorre a
reprodução sexuada.
3. Classe Cestoda
• Os principais exemplos são a Taenia solium, a Taenia saginata e
duas espécies de Echinococus,
vermes que se desenvolvem no
tubo digestório de vertebrados e
causam doenças no ser humano
(hospedeiro definitivo).
• Uma característica importante
nesse grupo é a ausência de
tubo digestório, uma vez que esses vermes absorvem o alimento
já digerido pelo intestino do hospedeiro.
Divisão do corpo: Escólex, Colo e Estróbilo
• O corpo das tênias também chamados de estróbilo, é formado por uma repetição de segmentos ou anéis chamados proglotes ou proglótides, que crescem por divisão (estrobilização) dos anéis próximos da região anterior do verme, o escólex. Nesta, há estruturas de fixação (ventosas) e, às vezes,
uma coroa de ganchos (rostro), que serve para prender o parasita na parede do intestino do hospedeiro
• Possuem cutícula protetora, vários cordões nervosos e até 4
canais excretores que percorre todo estróbilo.
• Cada anel é constituído por um sistema reprodutor hermafrodita, capaz de realizar a autofecundação.
Jovens
Maduros
TENÍASE
•
•
•
•
É uma doença causada por duas espécies de tênia.
Taenia solium – hospedeiro intermediário é o porco.
Taenia saginata – hospedeiro intermediário é o boi.
Ser humano - hospedeiro definitivo.
TENÍASE
• A tênia adulta vive presa na parede do intestino delgado, onde ocorre a autofecundação.
• As proglotes fecundadas são expulsas com as fezes do hospedeiro, desitegram-se e eliminam ovos que contém um embrião (6 espinhos) chamado oncosfera.
• Cada proglote fecundada contem de 30 mil a 80 mil ovos, e é
possível um indivíduo eliminar cerca de 700mil ovos por dia
(adaptação a grande perda de ovos na passagem de um hospedeiro p/ o outro).
• Quando as fezes são depositadas no solo, os ovos podem
contaminar água, verduras, e ser ingeridos por porcos e bois.
• No estômago desses animais a casca é destruída, libertando
a oncosfera, que fura a parede do intestino e vai alojar-se
nos músculos do animal.
• Nestes, ele cresce e assume o aspecto de uma vesícula cheia
de líquido (escólex invaginado) o cisticerco.
• A olho nu, o cisticerco parece uma canjiquinha, daí o nome.
• O ser humano contamina-se ao ingerir carne crua, malpassada ou malcozida que contém cisticerco.
• Estes, no intestino delgado, desenvaginam o escolex,
prendem-se à mucosa intestinal e alcançam o estágio
adulto.
• Geralmente há apenas uma tênia no corpo da pessoa. Por
isso, esses vermes são também chamados de solitárias.
• Muitas vezes a teníase não apresenta sintomas, mas há
casos em que se constata dor abdominal, perda de peso,
dor de cabeça, etc.
• O diagnóstico é feito por meio de exame de fezes.
TENÍASE - Resumo
• É adquirida através da ingestão de carne de porco ou
de vaca contaminada por cisticercos, conhecidos por
"canjica".
• Por sua vez, o porco e o gado é infestado através da
ingestão de fezes de pessoas contaminadas.
Medidas preventivas
• Saneamento básico;
• Uso de privadas ligadas à rede de esgoto, fossas adequadamente tratadas.
• Inspeção sanitária dos matadouros com eliminação da
carne de animais contaminadas;
• Evitar a ingestão de carnes cruas ou malcozida;
• Tratamento dos doentes.
CICLO DE VIDA Taenia solium
TENÍASE
oncosfera
CICLO DE VIDA Taenia saginata
TENÍASE
CISTICERCOSE HUMANA
• É uma doença mais grave que a teníase e desenvolve-se
quando os ovos eliminados por um indivíduo infestado pela
Taenia solium são transmitidos para ele próprio ou para
outras pessoas através das mãos sujas ou água e alimentos
contaminados (parece haver mais resistência do organismo contra a T.saginata).
• Assim, na cisticercose o ser humano passa a ser o hospedeiro intermediário.
• No intestino, as oncosferas são liberadas e passam para a
circulação, indo alojar-se nos olhos, cérebro, pele, músculos,
etc.
• A gravidade da doença depende do órgão atingido e pode
levar à cegueira ou até à morte. O tratamento pode ser feito
com cirurgias e medicamentos que destroem o cisticerco.
Taenia solium - Porco
Cisticerco na
musculatura
CISTICERCOSE HUMANA - Resumo
• O homem adquire quando ingere os ovos da Taenia
solium que foram eliminados nas fezes humanas.
• Os cisticercos podem alojar-se nos músculos, coração,
pulmão, olhos e cérebro.
Medidas preventivas
 Saneamento básico;
 Hábitos de higiene pessoal
como lavar as mãos antes de
manipular alimentos ou após
evacuação, não levar a mão
suja à boca e comer alimentos
bem higienizados.
Cérebro: Cisticercose e calcificação.
VÍDEOS
Taenia solium - 0:54
Teníase e cisticercose – 7:20
Problematização inicial
• Por quê o nome platelmintos?
• Conhece algum representante?
• Onde é possível encontrar platelmintos no
ambiente?
• Como é a divisão do corpo desses animais?
• Causam doenças no homem? Quais?
• Como se contrai a esquistossomose, teníase
e cisticercose?
• Como evitar essas doenças?
ATIVIDADES – p. 133 a 139
1.O que significa dizer que os platelmintos são
triblásticos e acelomados? (3)
2. Apresente algumas características e um representante de cada uma das classes:
a) Turbelários? (2)
b) Trematódeos? (2)
c) Cestódeos? (2)
3. Sobre as verminoses apresente:
a) Esquistossomose
- Agente causador: (1)
- Modo de contágio: (2)
- Medidas preventivas: (2)
b) Teníase
- Agente causador: (1)
- Modo de contágio: (2)
- Medidas preventivas: (2)
c) Cisticercose:
- Agente causador: (1)
- Modo de contágio: (2)
- Medidas preventivas: (2)
REFERÊNCIA
LINHARES e GEWANDSZNADER.
Biologia Hoje - Os seres vivos. Volume
2. 2ª ed. São Paulo: Ática, 2013.
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