Licenciatura em Física – Aula Experimental Soraia Oliveira Ricardo Agostinho Eduardo Willey Kleber Mulero 1365738 1673815 1673971 167384x Formulário de Plano de Aula Disciplina: Curso de Física Assunto/Tema: Aula Experimental do Canhão de Ar Objetivo: Capacitar o aluno para resolver problemas do cotidiano com técnicas a fim de desenvolver o conhecimento sistematizado, construir no discente o espírito de investigação e iniciativa com pensamento lógico, pois, o estudante adquire a concepção espontânea no dia a dia, na interação com os diversos objetos no seu espaço de convivência, os quais, na escola, fazem-se presentes ao iniciar o processo de ensino-aprendizagem. Por sua vez, a concepção científica envolve um saber socialmente construído e sistematizado, que requer metodologias específicas para ser transmitido no ambiente escolar. Conteúdo: Será trabalhado um conhecimento prévioUtilização de materiais alternativos e de baixo custo, construção e demonstração dos experimentos. Demonstrar através do experimento o deslocamento de massas de ar. Demonstrar que o ar tem massa e “peso”. Demonstrar o volume de ar deslocado pelo canhão. Calcular a velocidade do deslocamento de ar. Procedimentos Metodológicos: Desenvolvimento da aula com apresentação em Power point Construção de experimento Os alunos deverão elaborar os cálculos relacionados ao experimento Material Didático: Balde Bexiga gigante para tampar a boca do balde Fita adesiva larga Copos de isopor descartáveis Tesoura Estilete Gelo seco para observação dos vórtices de ar (opcional, pois poderá ser utilizado uma máquina de fumaça) Livros didáticos, cadernos Avaliação: Participação na aula; Observação dos desenhos e, Experimento produzido a partir de material de baixo custo. MCF/MEP Licenciatura em Física – Aula Experimental Trabalho - Canhão de Ar Para fazer o canhão de ar (também conhecido como canhão de vórtice ou “vortex cannon”) e brincar de tiro ao alvo são necessários os seguintes materiais: Balde Borracha de bexiga gigante para tampar a boca do balde Fita adesiva larga Copos de isopor descartáveis Tesoura Estilete Gelo seco (opcional) Para colocar o gelo seco, pode-se fazer uma caixa que caiba um recipiente dentro com o gelo seco e esse recipiente deve possuir um cano ligado no balde para transferir a fumaça do gelo para dentro do balde continuamente, mas também pode ser utilizado uma máquina de fumaçã específica para esse fim. Explicação O plástico forma uma membrana sobre a qual nós damos pancadas, ou seja, exercemos uma força sobre uma área resultando em pressão, mas no nosso caso, vamos usar uma bexiga gigante para tapar a boca do balde com a finalidade de puxar a borracha da bexiga e causar um impacto maior ao exercer a força necessária para criar uma massa de ar em uma velocidade maior. A pancada dada na membrana põe em movimento o ar dentro do balde. A únida saída de ar possível é através do furo que foi feito com o estilete no fundo do balde. Como a área da seção reta do furo é muito menor que a área da seção reta da “boca” do balde (onde está a membrana), a pressão inicial exercida sobre a membrana intensifica-se. Lembre-se, 𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 = 𝐹𝑜𝑟ç𝑎 Á𝑟𝑒𝑎 A força inicial aplicada sobre a membrana é transferida ao ar que se movimenta e exerce uma força “igual” na área do furo, é natural que a pressão de saída seja muito maior. É tão maior que o ar é expelido de dentro do balde a uma velocidade muito elevada. Essa velocidade é tão grande que consegue derrubar copinhos plásticos a uma distância de mais ou menos 5 metros. MCF/MEP Licenciatura em Física – Aula Experimental Nessa distância, é como se o ar tivesse viajado em linha reta. Esse fenômeno não é novo, de uma forma diferente, Robert Boyle já estudava a relação entre pressão e volume há centenas de anos atrás. Os físico-químicos de plantão reconhecem a famosa “Lei de Boyle” em ação. Na lei de Boyle, a uma temperatura T constante, e para um número de mols fixos, a quantidade de ar dentro do canhão é constante (quando não o perturbamos com os nossos tapas). Nessas condições, a relação entre pressão e volume tal qual descrita por Boyle é: 𝑝. 𝑉 = 𝐾 (𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒) ou 𝑝 = 𝐾/𝑉 Ou seja, se a pressão do gás dentro do canhão aumentar (por causa da pancada aplicada na membrana), o volume do mesmo tem que diminuir (e diminui). Mas como temos um furo no fundo do canhão, o volume do gás ao invés de diminuir e continuar dentro do balde acaba escapando pelo furo. Um princípio parecido ocorre nos nossos pulmões. (texto extraído de “Diário de um Químico Digital 3.0” https://digichem.org/ Acesso em 28/09/2016 às 12:32h) O fato mais surpreendente do canhão de ar é que há um fluxo de gás que caminha em linha reta e que é invisível. Na experiência, ele se torna visível com a ajuda do gelo seco ou fumaça. Em muitos casos, forma-se uma argola de fumaça em volta desse fluxo de ar. Isso acontece porque, quando ele causa atrito com o ar que está em volta dele, forma pequenos redemoinhos em formato circular, formando bonitos vórtices. O fenômeno é muito semelhante ao que ocorre quando alguém solta argolas de fumaça após fumar. Links: http://www.jacarebanguela.com.br/2012/03/20/canhao-de-ar/ https://www.youtube.com/watch?v=Vk0kCSEUVbc http://www.manualdomundo.com.br/2012/03/canhao-de-ar-vortex-cannon/ https://www.youtube.com/watch?v=Qp7UgQ4TBkg MCF/MEP