Silbene Lotufo Müller Médica – COVEPI/SES Março/2015 Cuiabá, 23 de março de 2015 UFMT Recordando... Adaptado – Dr ÉRIC MARTINEZ Adaptado – Dr ÉRIC MARTINEZ PODEM OCORRER NA FASE FEBRIL *Hepatite *Miocardite *Alt. SNC:Encefalopatia/Convulsões/ Paresias/Paralisias *Pancreatite *Disfunção Cárdio respiratória *Disfunção Hepato-renal *Plaquetopenia < 20.000 *Leucopenia <1.000 *Hemorragia digestiva *ÓBITO DIIAGNÓSTICO LABORATORIAL Positividade da IgM – Elisa •77% - 7o ao 10o dia •100% - 11o - 15o dia ao 60o dia •87,5% - entre 61o e 90o dia (Nogueira, 1992) CLASSIFICAÇÃO DA DENGUE (Antiga) • Dengue Clássica (CID A90) • Febre Hemorrágica da Dengue (CID A91) • no BRASIL: Dengue com Complicações SCD (CID ????) DCC (CID ????) NOVA CLASSIFICAÇÃO DA DENGUE DENGUE sem sinais de alarme melhora Fase FEBRIL Defervescência da febre piora DENGUE COM SINAIS DE ALARME NOVA CLASSIFICAÇÃO DA DENGUE DENGUE COM SINAIS DE ALARME piora CHOQUE por extravasamento de líquidos ( com Insuf Resp) piora piora SANGRAMENTO GRAVE Comprometimento de OUTROS ÓRGÃOS DENGUE COM ou SEM SINAIS DE ALARME SEM SINAIS DE ALARME Provável DENGUE *Epidemiologia *FEBRE + 2 ou mais sintomas: •Náuseas,Vômitos •Exantema •Mialgia,Artralgia •Petéquias ou PL+ •Leucopenia COM SINAIS ALARME SINAIS DE ALARME •Dor abdominal intensa ou a palpação •Vômitos persistentes •Extravasamento de líquidos(ascite,derrame pleural ou derrame pericárdico) •Sangramento em MUCOSAS •Hipotensãopostural(lipotímia) •Irritabilidade/Letargia Ou CRIANÇA com •Hepatomegalia > 2 cm febre aguda + •Aumento progressivo Htc epidemiologia e SEM •Queda ABRUPTA de plaquetas ( < 20.000 plaq/mm³) FOCO INFECCIOSO DENGUE GRAVE 1.CHOQUE 2.SANGRAMENTO GRAVE 3.COMPROM. GRAVE de ÓRGÃOS Sinais de CHOQUE •Devido ao extravasamento plasmático(taquicardia,extremidades frias,pulso débil/indetectável, PAconvergente,Hipotensão arterial na fase tardia) •Desconforto respiratório devido ao extravasamento) SANGRAMENTOS IMPORTANTES COMPROM. GRAVE DE ÓRGÃOS •Dano Hepático(TGO e TGP > 1000) •SNC(encefalite) •CORAÇÃO(miocardite) e outros. Correspondência entre as classificações ANTIGA e NOVA da Dengue Antiga classificação Nova classificação FHD - Graus III e IV Dengue grave - choque DCC – alterações neurológicas; disfunção cardiorrespiratória; insuficiência hepática e/ou renal Dengue grave – disfunção grave de órgãos DCC – hemorragia digestiva importante (volumosa) Dengue grave – sangramento grave DCC – derrame pleural, pericárdio e ascite; plaquetopenia < 20.000/mm3 porém, SEM CHOQUE, SEM HIPOTENSÃO, SEM TAQUICARDIA OU OUTROS SINAIS DE DESCOMPENSAÇÃO CARDIO-RESPIRATÓRIA Dengue com sinais de alarme Dengue clássico ( DE ACORDO COM A NOVA DEFINIÇÃO) Dengue NOVA Definição da DENGUE • Caso SUSPEITO de DENGUE Pessoa que viva ou tenha viajado nos últimos 14 dias para área onde esteja ocorrendo transmissão de dengue ou tenha a presença de Ae. Aegypti, que apresenta febre, usualmente entre 2 e 7 dias, e apresente duas ou mais das seguintes manifestações: • • • • • • Náusea, vômitos; Exantema; Mialgias, artralgia; Cefaleia, dor retroorbital; Petéquias ou prova do laço positiva; Leucopenia • Também pode ser considerado caso suspeito toda criança proveniente ou residente em área com transmissão de dengue, com quadro febril agudo, usualmente entre 2 a 7 dias, e sem foco de infecção aparente. Caso suspeito de dengue COM SINAIS DE ALARME É todo caso de dengue que, no período de defervescência da febre apresenta um ou mais dos seguintes sinais de alarme: Dor abdominal intensa e contínua, ou dor a palpação do abdomen; Vômitos persistentes; Acumulação de líquidos (ascites, derrame pleural, pericárdico); Sangramento de mucosas; Letargia ou irritabilidade; Hipotensão postural (lipotímia); Hepatomegalia maior do que 2 cm; Aumento progressivo do hematócrito Plaquetas < 20.000/mm³ Caso suspeito de DENGUE GRAVE É todo caso de dengue que apresenta um ou mais dos seguintes resultados: Choque devido ao extravasamento grave de plasma evidenciado por taquicardia, extremidades frias e tempo de enchimento capilar igual ou maior a três segundos, pulso débil ou indetectável, pressão diferencial convergente ≤ 20 mm Hg; hipotensão arterial em fase tardia, acumulação de líquidos com insuficiência respiratória. Sangramento grave, segundo a avaliação do médico (exemplos: hematêmese, melena, metrorragia volumosa, sangramento do sistema nervoso central); Comprometimento grave de órgãos tais como: dano hepático importante (TGO ou TGP >1000), sistema nervoso central (alteração da consciência), coração (miocardite), encéfalo(encefalite), rins(nefrite) ou outros órgãos. Adaptado – Dr ÉRIC MARTINEZ CONFIRMADO É todo caso suspeito de dengue confirmado laboratorialmente (sorologia IgM, NS1 teste rápido ou ELISA, Isolamento viral, PCR, Imunohistoquimica). Notas: • No curso de uma epidemia, a confirmação pode ser feita através de critério clínico-epidemiológico, exceto nos primeiros casos da área, que deverão ter confirmação laboratorial. • Os casos graves devem ser preferencialmente confirmados por laboratório (sorologia IgM, NS1 teste rápido ou ELISA, isolamento viral, PCR, Imunohistoquimica). Na impossibilidade de realização de confirmação laboratorial específica, considerar confirmação por vínculo epidemiológico com um caso confirmado laboratorialmente. • Durante surtos, também se considera caso confirmado de dengue aqueles casos notificados que não puderam ser investigados, pois se considera que todos possuem vínculo clínico-epidemiológico. ÓBITO Todo paciente que cumpra os critérios da definição de caso suspeito ou confirmado que morreu como consequência da dengue. ***Pacientes com dengue e co-morbidades que evoluirem para óbito durante o curso da doença, a causa principal do óbito dever ser considerada a dengue. Nota: Recomenda-se que os óbitos por dengue sejam revisados por uma comissão interdisciplinar e deve ter estudos laboratoriais específicos para dengue. Na impossibilidade de realização de confirmação laboratorial específica, considerar confirmação por vínculo epidemiológico com um caso confirmado laboratorialmente. DESCARTADO Todo caso suspeito de dengue que possui um ou mais dos seguintes critérios: Diagnóstico laboratorial negativo. (verificar se as amostras foram coletadas no período adequado); Não tenha critério de vínculo clínico-epidemiológico; Tenha diagnóstico laboratorial de outra entidade clínica; Seja um caso sem exame laboratorial, cujas investigações clínica e epidemiológica são compatíveis com outras patologias. •Treinamento in loco •Atinge maior número de profissionais médicos e enfermagem •Orientar e sensibilizar sobre os PONTOS CHAVES que causam impacto na evolução clínica dos pacientes •Formação de monitores 1. 2. 3. 4. 5. Dengue é... Dengue Grave Sinais de ALARME Passo a passo Exames Laboratoriais Inespecíficos 6. Estadiamento Clínico 7. Fluxograma – Class. de Risco 8. Fluxograma – Conduta 9. Acompanhamento 10. Imunidadade ÚNICA PREVENÍVEL GRAVIDADE PREVISÍVEL SISTÊMICA DINÂMICA ÓBITO EVITÁVEL! •Reconhecer os SINAIS DE GRAVIDADE precocemente/ ESTADIAMENTO •Obedecer o Protocolo – intervenções CORRETAS e OPORTUNAS Dengue: acolher, assistir, avaliar e reavaliar sempre e o tempo todo. • • • • • • • • Dor abdominal intensa e contínua, • vômitos persistentes, sonolência e/ou irritabilidade, hipotensão postural e/ou lipotímia, hepatomegalia dolorosa > 2 cm sangramento de mucosa Aumento repentino do hematócrito, e Queda abrupta de plaquetas ASCITE/DERRAME PLEURAL/DERRAME PERICÁRDICO fator determinante : alterações do endotélio vascular, extravasamento plasmático choque hipovolêmico, • SINAIS DE CHOQUE Taquicardia; Taquipnéia Enchimento capilar LENTIFICADO (> 2 seg) Extremidades frias; Pulso fino/rápido ou indetectável; PA convergente (< 20 mmHg); Hipotensão arterial – fase tardia; Hipotermia; Má perfusão periférica; Cianose / Palidez etc • DESCONFORTO RESPIRATÓRIO devido ao grande extravasamento; • GRANDES SANGRAMENTOS • COMPROMETIMENTO DE ÓRGÃOS ATENÇÃO ! 1º SINAL CHOQUE: HIPOTERMIA (extremidades) CONVERGÊNCIA da PA (< 20 mmHg) Enchimento capilar LENTO POSTERIORMENTE: HIPOTENSÃO TAQUICARDIA TAQUIPNÉIA CIANOSE PEDIATRIA... ARTRALGIA? DOR RETRO ORBITÁRIA? MIALGIA? SINAIS DE ALERTA em crianças < 1 ano ???? CHORO INTENSO / INCONSOLÁVEL! CEFALÉIA? Dificuldades p/ aferir PA? DOR ABDOMINAL INTENSA? CRIANÇA MAIOR , COM DOR: QUIETINHA, POSIÇÃO ANTÁLGICA... PODE CHOCAR sem se perceber SINAIS DE ALARME ***TOCAR NO PACIENTE , CONVERSAR, OBSERVAR AS ATITUDES • Avaliar história clínica, realizar exame físico detalhado e caracterizar a febre; • aferir a pressão arterial em duas posições; • pesquisar sinais de alarme e/ou choque; • pesquisar sangramentos de pele espontâneos ou induzidos (Prova do Laço); • pesquisar social; • iniciar conduta clínica e laboratorial de acordo com o fluxograma de classificação de risco e manejo do paciente; • realizar exames específicos para dengue de acordo com a situação epidemiológica, e, • notificar todo caso suspeito e • preencher o cartão de acompanhamento da dengue comorbidades, situações clínicas especiais e/ou risco ATENÇÃO! HEMOGRAMA – avaliar HEMATÓCRITO definir necessidade de Hidratação via de administração avaliar a resposta terapêutica • Na dengue, o LEUCOGRAMA é variável (a leucopenia pode indicar outra infecção viral e a leucocitose não afasta a doença); • PLAQUETOPENIA: A ausência da plaquetopenia não exclui o diagnóstico de dengue; • Não é necessariamente fator de risco para sangramento (acidose+hipóxia+lesão do endotélio+distúrbio de coagulação). NOTIFICAÇÃO Suspeita de DENGUE? Grupo A Prova do laço negativa, sem sangramentos espontâneos, sem comorbidades ou grupo de risco ou condições clínicas especiais, ausência de sinais de alarme Tem SANGRAMENTO/ condições de RISCO? Grupo B Prova do laço positiva ou sangramento de pele espontâneos (petéquias), ou com comorbidades, ou grupo de risco ou condições clínicas especiais. Ausência de sinais de alarme. Tem SINAL DE ALARME? Grupo C Presença de um ou mais sinais de alarme. Sangramentos presente ou ausente. Sem hipotensão. Tem CHOQUE / HIPOTENSÃO? Grupo D Hipotensão ou choque. Sangramento presente ou ausente Potencial de GRAVIDADE • • • • • • • • • • • • • • • • • HAS, Cardiopatas, Obesidade, Imunodepressão, Crianças < 2 anos, Idosos > 60 anos, Diabéticos, Hepatopatas, Gestantes, DPOC, ANEMIA FALCIFORME, Renais Crônicos, Doenças auto imunes, HIV+, Lupus, Terapia com anti-coagulantes, Doenças ácido-pépticas,etc Classificação clínica e pontos de atenção Classificação clínica e pontos de atenção Hidratação oral/controle ambulatorial Estadiamento clínico e pontos de atenção Encaminhar para leito de observação/internação hospitalar Estadiamento clínico e pontos de atenção Encaminhar para leito de terapia intensiva DENGUE (sem sinais de alarme) DENGUE COM SINAIS DE ALARME DENGUE GRAVE Reduz o TEMPO DE ESPERA para o atendimento e tratamento Organiza a assistência Prioriza o atendimento Realizá-lo a cada avaliação do paciente 3 pontos: Sinais de Alarme Sangramentos/Comorbidades/Situações clínicas especiais e Risco social Iniciar a Hidratação o mais rápido possível em qualquer estágio A,B,C ou D. http://www.saude.salvador.ba.gov.br/dengue/arquivo/fluxo_dengue_a2_final.pdf Sinais de alarme Comorbidades Resultado de exames Acompanhamento Para o mesmo sorotipo – PERMANENTE, DURADOURA Para outros sorotipos - TEMPORÁRIA VACINA? • Pesquisas... TETRAVALENTE ATENUADA *100% eficaz p/ 4 sorotipos , *segura *economicamente acessível ” Vigilância da DENGUE NOTIFICAÇÃO da DENGUE COMPULSÓRIA IMEDIATA Pele vermelha tem “cara pálida!” NOVA Ficha de Investigação -DENGUE Fluxo assistencial ?? ORGANIZADO e ESTRUTURADO SALVA MUITO MAIS VIDAS QUE O INTENSIVISTA! Definição do fluxo assistencial UBS CAOS NA SAÚDE “Não se responde a uma epidemia de dengue com improvisação. A improvisação em momentos de crise reflete atitude ineficiente, temerária e irresponsável” (Autor desconhecido) ORGANIZAR A REDE DE ATENDIMENTO em TODOS OS NÍVEIS! Silbene Lotufo Müller VIGEPI – SES/MT Tel: 3613-5381 // 9982-8510 [email protected] Telessaúde Mato Grosso - Tele Educa MT Núcleo Técnico Científico de Telessaúde MT www.telessaude.mt.gov.br www.youtube.com/teleeducamatogrosso [email protected] Tel: (65) 3615-7352 (65) 3661-3559/3661-2934