Oftalmologia – Diagnóstico diferencial de olho vermelho

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Diogo Araujo – Med 92
Diagnóstico diferencial de olho vermelho
Professor Flávio
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As enfermidades que causam o olho vermelho são classificadas em “sem ameaça à
visão” ou “com ameaça à visão”.
Os “sem ameaça” podem às vezes ser tratados pelo clínico geral. Os “com ameaça”
devem ser encaminhados à oftalmologia.
[o prof não aprofundou muito sobre nenhuma doença]
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São “sem ameaça”:
o Hordéolo
o Calázio
o Blefarite
o Conjuntivite (a conjuntivite bacteriana tende a ser bilateral; a viral pode ser
unilateral)
 Observação: a bacteriana tem secreção amarelada.
 Observação 2: a conjuntivite gonocócica já não é uma afecção “sem
ameaça” porque ela pode ultrapassar o epitélio e dar perfuração
rapidamente.
o Hemorragia subconjuntival
 É benigna. É autolimitada.
 Está relacionada com HAS, trauma ou uso de medicamentos
antiplaquetários ou anticoagulantes.
o Olho seco (ceratoconjuntivite sicca)
o Abrasão corneana
o Pinguécula e pterígio
 Pterígio é o panus fibrótico e vascular que cresce em direção à córnea.
 A pinguécula é uma degeneração elastóide na conjuntiva; não avança
na córnea.
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Os “com ameaça à visão” são:
o Infecção corneana
o Esclerite
 A esclerite é grave. Ela se confunde muito com a conjuntivite. O
diagnóstico diferencial é mais complicado.
o Hifema
 Presença de sangue na câmara anterior do olho.
o Irite ou iridociclite (uveítes anteriores)
o Ceratites
 Vemos lesões opacas ou esbranquiçadas na córnea.
 As ceratites podem ser causadas por abrasão corneana ou por infecção
bacteriana ou viral.
Diogo Araujo – Med 92
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Glaucoma agudo
Dacriocistite
 A obstrução do canal lacrimal pode ser congênita ou adquirida.
 Quando é congênita, mais de 90% dos casos de obstrução do ducto
nasolacrimal se resolvem até 1 ano de vida. Se não resolve, é preciso
fazer sondagem. Se houver algum tipo de infecção desse canal,
chamamos de dacriocistite.
 A dacriocistite é mais comum nos idosos.
Celulite orbitária
 Consiste em edema, hiperemia e dor à movimentação ocular por
infecção dos tecidos subdérmicos no olho. É mais comum em crianças.
 Pode ocorrer por infecções de pele próximas ou rinossinusite, por
exemplo.
 A parede do osso etmoide que divide os seios etmoidais da
órbita é chamada de lâmina papirácea. É muito fina! Então,
rinossinusites podem causar facilmente celulite orbitária.
 A drenagem sanguínea da órbita se dá para o seio cavernoso. Se houver
inflamação orbitária, pode haver trombose do seio cavernoso ou
meningite e óbito.
 Criança com celulite orbitária: internação imediata + ATB EV.
 A pré-septal não compromete a motilidade ocular. Já a pós-septal
compromete.
Queimadura química ocular
 É uma emergência ocular.
 Precisamos fazer lavagem imediata do olho com água corrente durante
20 minutos de maneira branda (sem pressão na água para não perfurar
o olho).
 Depois levar para a oftalmologia.
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