Especialização em Gestão Pública Programa Nacional de Formação em Administração Pública ROSIMAR LOPES DE OLIVEIRA QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO: ESTUDO DE CASO NO SETOR ADMINISTRATIVO INTERNO DA PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTO INÁCIO Maringá 2011 Especialização em Gestão Pública Programa Nacional de Formação em Administração Pública ROSIMAR LOPES DE OLIVEIRA QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO: ESTUDO DE CASO NO SETOR ADMINISTRATIVO INTERNO DA PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTO INÁCIO Trabalho de Conclusão de Curso do Programa Nacional de Formação em Administração Pública, apresentado como requisito parcial para obtenção do título de especialista em Gestão Pública, do Departamento de Administração da Universidade Estadual de Maringá. Orientador: Profº Rodrigo Luís Lopes, Drº Maringá 2011 Especialização em Gestão Pública Programa Nacional de Formação em Administração Pública ROSIMAR LOPES DE OLIVEIRA QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO: ESTUDO DE CASO NO SETOR ADMINISTRATIVO INTERNO DA PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTO INÁCIO Trabalho de Conclusão de Curso do Programa Nacional de Formação em Administração Pública, apresentado como requisito parcial para obtenção do título de especialista em Gestão Pública, do Departamento de Administração da Universidade Estadual de Maringá, sob apreciação da seguinte banca examinadora: Aprovado em ____/____/2011 __________________________________________________________ Professor Ricardo Luis Lopes, Drº. (Orientador) Assinatura __________________________________________________________ Professor .............................................................................................., Dr. Assinatura __________________________________________________________ Professor .............................................................................................., Drª Assinatura Maringá 2011 RESUMO Qualidade de Vida no Trabalho: Estudo de Caso no Setor Administrativo Interno da Prefeitura Municipal de Santo Inácio A qualidade de vida no trabalho representa o bem-estar físico e mental dos funcionários de uma organização e fazer do ambiente de trabalho, um lugar agradável e produtivo. O presente trabalho de pesquisa teve como objetivo principal levantar os principais fatores de qualidade de vida no trabalho e com estes interferem no bem-estar dos funcionários interno do setor administrativo da Prefeitura Municipal de Santo Inácio. Para tanto, foi aplicado um questionário aos funcionários para que pudessem expressar as suas opiniões. Após a coleta dos dados, foram realizadas as análises dos dados apresentados por meio de gráficos e textos explicativos. Os resultados da pesquisa demonstraram que a maioria dos funcionários estão satisfeito em relação a Qualidade de Vida no Trabalho, há vários pontos negativos e que necessitam de melhorias, para tanto foram apresentadas sugestões de melhoria visando o bem-estar dos funcionários. Palavra-chave: Qualidade de vida. Pessoas. ABSTRACT Quality of Life in the Work: Study of Case in the Internal Administrative Sector of the Municipal City hall of Inácio Saint The quality of life in the work represents physical and mental well-being of the employees of an organization and to make of the work environment, a pleasant and productive place. The present work of research had as objective main to raise the main factors of quality of life in the work and with these they intervene with well-being of the employees internal of the administrative sector of the Municipal City hall of Inácio Saint. For in such a way, a questionnaire to the employees was applied so that they could express its opinions. After the collection of the data, had been carried through the clarifying analyses of the data presented by means of graphs and texts. The results of the research had demonstrated that the majority of the employees the Quality of Life in the Work is satisfied in relation, have some negative points and that they need improvements, for improvement suggestions had been in such a way presented aiming at well-being of the employees. Word-key: Quality of life. People. SUMÁRIO 1 – INTRODUÇÃO ............................................................................................07 2 – QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO .....................................................07 2.1- Stress no Trabalho ....................................................................................08 2.2 – Higiene, Saúde e Segurança no Trabalho ...............................................09 2.3 – Condições Ambientais de Trabalho .........................................................10 2.4 – Ergonomia ................................................................................................10 2.5 – Comunicação ...........................................................................................11 2.6 – Cultura Organizacional ............................................................................11 2.7 – Clima Organizacional ...............................................................................12 2.8 – Motivação e o Comportamento Organizacional .......................................13 2.9 – Relacionamento .......................................................................................14 2.10 – programa e ações da QVT .....................................................................14 3 – PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ...................................................15 4 – RESULTADO ..............................................................................................17 5 – CONCLUSÃO .............................................................................................20 6 – REFERÊNCIAS ..........................................................................................22 7 – APÊNDICE.................................................................................................. LISTA DE FIGURAS FIGURA 1: Administração de pessoal ..............................................................17 FIGURA 2: Comunicação .................................................................................17 FIGURA 3: Relacionamento .............................................................................18 FIGURA 4: Segurança ......................................................................................18 FIGURA 5: Satisfação .......................................................................................19 FIGURA 6: Condições ambientais ....................................................................19 FIGURA 7: Serviços e benefícios .....................................................................20 7 1 – INTRODUÇÃO As condições de trabalho cada vez mais vem se transformando com o passar do tempo, que se reflete na busca incessante pela competitividade organizacional, tornando muitas vezes o ser humano mercadoria no mundo do trabalho. O trabalho tem como objetivo geral levantar quais são os principais fatores de Qualidade de Vida no Trabalho e como estes interferem no bemestar dos funcionários interno do Setor Administrativo da Prefeitura Municipal de Santo Inácio. As pessoas passam grande parte de seu tempo no trabalho e para que ocorra de forma satisfatória, as mesmas têm de sentir bem com a função que exercem, o que pode envolver diversos fatores, dentre os principais, a existência de uma boa qualidade de vida. A grande maioria dos funcionários pesquisados da Prefeitura Municipal de Santo Inácio demonstraram estarem satisfeitos no que diz Qualidade de Vida no Trabalho, há vários pontos negativos e que necessitam de melhoria para uma boa Qualidade de Vida no Trabalho. Onde dentre eles, destacam-se: satisfação pela promoção, auxilio farmácia, distribuição de cesta básica e assistência médica. Foram apresentadas sugestões de melhoria visando o bem-estar dos colaboradores. Cabe agora aos superiores aderirem às sugestões. 2 – QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO A qualidade de vida (QVT) é de fundamental importância para o desenvolvimento das empresas. Envolvem de forma igual os colaboradores, a tarefa a ser realizada e a organização, de modo que consigam competir no mercado, atingir resultados positivos em relação ao nível de melhoramento de vida de cada individuo. 8 É de extrema importância ressaltar o conceito de qualidade de vida no trabalho que os autores Limongi-França e Zaima (2002, p. 406) transmitem em sua obra: “o conjunto das ações de uma empresa que envolve a implantação de melhorias e inovações gerenciais, tecnológicas e estruturais no ambiente de trabalho”. Tudo isso para garantir melhorias e benefícios no bem-estar dos colaboradores. De acordo com Chiavenato (2010) qualidade de vida no trabalho envolve aspectos físicos, ambientais e psicológicos do ambiente. A qualidade de vida no trabalho precisa assimilar a reivindicação dos colaboradores no que diz respeito ao bem-estar e a satisfação no trabalho, assim como a posição e interesses da organização quanto aos efeitos sobre a potencialidade, produtividade e qualidade do trabalho a ser desenvolvido. O autor ressalta ainda que para bem atender o cliente final, a organização não pode esquecerse dos clientes internos. Ou seja, a empresa necessita ter um bom relacionamento com seus colaboradores, só assim juntos, conseguirão alcançar um bom serviço agradando e satisfazendo todas as necessidades dos seus clientes externos. Portanto a QVT depende de como cada pessoa interage com o seu meio, sendo que não depende somente da organização, e sim depende também do próprio indivíduo. A seguir enfoca-se os principais fatores que influenciam na QVT. 2.1 – Stress no Trabalho O stress é sem dúvida um fator que tem grande relação com a QVT, considerando que atinge diretamente o emocional das pessoas. Este fator está cada vez mais presente nas organizações. É comum ouvir as pessoas declarem no seu ambiente de trabalho ou familiar que estão estressadas, com a correria do dia-a-dia, que não possuem tempo suficiente para realizar todas as coisas necessárias e/ou desejadas. Desse modo ressalta Daft (2005) que há muitas características que influenciam o comportamento nas organizações, 9 como por exemplo, as fontes de stress. A autora Limongi-França (2007), afirma que durante o século XVII o stress ganhou conotação de adversidade, aflição, mas no final do século XVIII evoluiu para força, pressão ou esforço. O conceito de stress não é novo, no entanto, foi a partir do século XX que se iniciou investigações dos seus efeitos na saúde física e mental das pessoas, ressalta a autora. A definição de stress para Daft (2005) é a resposta fisiológica e emocional de uma pessoa ao estímulos, chamados de estressores, que nela requerem demandas físicas e/ou psicológicas e que geram incertezas e falta de controle pessoal quando há resultados importantes em jogo, produzindo uma combinação de frustração e ansiedade. Pessoas com stress podem se afastar das interações com seus colegas de trabalho, produzir menos e procurar por trabalhos menos estressantes em outros lugares. Porem ficar tão irritadas que não conseguem trabalhar de forma construtiva, chegando até a explodir em acessos de raiva ou violência, ressalta Daft (2005). 2.2 – Higiene, Saúde e Segurança no Trabalho Com o passar do tempo se tornou cada vez mais notório que a saúde, a higiene e a segurança no trabalho são indispensáveis para uma boa qualidade de vida no trabalho e que conforme Tachizawa, Ferreira, Fortuna (2001), também é um importante fator para que o empregado e o empregador tenha uma boa relação. Higiene e segurança, conforme mencionado pelos autores, são a garantia de condições adequadas à saúde e bem-estar de todos os trabalhadores, onde se procura protegê-los de doenças ocupacionais, protegendo assim sua integridade física e mental. A respeito, Silva, Marchi (1997), salientam que ter saúde, não quer dizer apenas não estar doente. Para eles, ter saúde significa bem-estar, tanto no bom funcionamento do corpo, quanto espiritualmente, o que significa ter um bom relacionamento com os outros e com o meio ambiente. Outro aspecto que 10 também influencia na Qualidade de Vida no Trabalho das pessoas é a condição ambiental em que estão inseridas. 2.3 – Condições Ambientais de Trabalho O ambiente de trabalho tem que estar de acordo com as necessidades físicas e psicológicas para que as pessoas tenham uma qualidade de vida satisfatória, pois o local de trabalho é o lugar onde se passa a maior parte do tempo. Chiavenato (2004b, p. 348) evidencia que, para que isso ocorra, é imprescindível a existência de qualidade de vida, definida pelo autor como “criar, manter e melhorar o ambiente de trabalho, seja em suas condições físicas – higiene e segurança, seja em suas condições psicológicas e sociais”. O autor acrescenta ainda que a junção de todos estes fatores constitui um ambiente agradável e satisfatório, melhorando de forma substancial a qualidade de vida das pessoas nas organizações, e, por conseqüência, a qualidade de vida fora da organização. A partir da importância das condições físicas é que a ergonomia entra em ação na maioria das empresas. 2.4 – Ergonomia Os fatores ergonômicos são extremamente importantes para o trabalho e para o bem estar das pessoas. A ergonomia pode ser definida como um conjunto de ciências e tecnologias que procura a adaptação confortável e produtiva entre o ser humano e o trabalho, procurando adaptar as condições de trabalho às características do homem. A palavra ergonomia é originada dos termos gregos ergo (trabalho) e nomos (regras), que significa: regras para organizar o trabalho (COUTO, 1995. V. 1). A partir disso, pode-se notar que a 11 ergonomia atua em diversos sentidos a proporcionar melhores condições de trabalho. 2.5 – Comunicação Em todas as organizações, para que se tenha um relacionamento eficaz entre os membros e um bom funcionamento, é de extrema importância que se tenha uma boa comunicação. Robbins (2003, p. 423), a despeito deste assunto argumenta que a “comunicação envolve a transferência de significado de uma pessoa para outra”. Segundo Gil (2001), a maioria das pessoas não sabem se comunicar, inclusive nas empresas, pois comunicar não diz respeito somente a passar uma informação e, sim, fazê-la entendível e compreensível. Portanto, a comunicação nas organizações tem de ser muito bem avaliada, onde cada organização deve analisar a forma de se comunicar com os seus colaboradores de maneira a se fazer entendível. A seguir, comenta-se sobre a cultura organizacional. 2.6 – Cultura Organizacional Outro fator que possui grande impacto sobre a QVT é a cultura organizacional que pode ser conceituada como um conjunto de valores e crenças que definem padrões de comportamento e atitudes que governam ações e decisões da administração. Considerando Hanashiro, Teixeira e Zaccarelli (2007) a cultura organizacional é uma fonte de referencias que exprime a personalidade da organização e sua capacidade para compreender e tratar os problemas. No 12 contexto atual, cada organização tem a sua própria cultura, suas características próprias, sua forma de trabalhar e agir com os colaboradores. Portanto, cultura organizacional é: Um padrão de aspectos básicos compartilhados-inventados, descobertos ou desenvolvidos por um determinado grupo que aprende a enfrentar seus problemas de adaptação externa e integração interna e que funcione bem a ponto de ser considerado válido e desejável para ser transmitido aos novos membros como a maneira correta de perceber, pensar e sentir em relação àqueles problemas (CHIAVENATO, 2004a,p. 121). Desta forma, pode-se concluir que toda organização analisa e decide as normas informais, as ações e os valores culturais que considera relevantes para a realização dos objetivos organizacionais. O clima organizacional é outro fator importante para a QVT. 2.7 – Clima Organizacional Segundo Maximiano (2008), os sentimentos e as percepções em relação à realidade da organização podem ser classificados em três categorias: a satisfação, a insatisfação e a indiferença. Todos os componentes de uma organização podem afetar as percepções e os sentimentos de seus funcionários, os quais variam desde o local de posicionamento físico da empresa, benefícios e salários a serem recebidos, as condições de higiene no ambiente de trabalho até os objetivos que a organização deseja alcançar. Tudo isso afeta a forma como as pessoas se sentem com relação à organização. Assim, o clima organizacional são as propriedades ou as qualidades de como o ambiente dentro da empresa é compreendido e sentido pelos funcionários internos e a influência que estes aspectos têm sobre o comportamento de cada um. Portanto, o clima é favorável, isto é, adequado para o atingimento de objetivos, ele proporciona animação para trabalhar, satisfação com as funções realizadas, interesse para colaborar cada vez mais 13 para com a empresa e ascenção da moral (CHIAVENATO, 2004a). A partir desta definição, parte-se para os conceitos e características da motivação e do comportamento nas organizações. 2.8 – Motivação e o Comportamento Organizacional A motivação e o comportamento organizacional estão ligados, pois todo comportamento tem de ter um motivo, ou melhor, tem de ser motivado. A motivação é um dos fatores mais estudados e debatidos nas práticas organizacionais de acordo com Castro (2002), trata-se da ação ou efeito de motivar, gerar causas, situações ou razões para que uma pessoa seja feliz e efetiva em suas relações. Motivação nada mais é do que o fator gerador de estímulos e interesses para a vida pessoal dos indivíduos. É o mecanismo que justifica, explica e estimula comportamentos e ações. Ao estudar os motivos e comportamentos humanos, verifica-se que é através da conduta do indivíduo que se pode compreender quais são as maneiras que levam ele a agir de diversas maneiras. O comportamento dos indivíduos por sua vez, é caracterizado por uma série de fatores, como por exemplo, pelo fato do ser humano ser pró-ativo, sociais e por terem necessidades distintas. Em resumo o homem possui características pessoais, físicas e mentais sujeita a limitações, variando de acordo com as situações que lhes são expostos. Cabe as organizações mapear a melhor forma, agradar e motivar as pessoas, para que então consigam obter bons resultados na execução da tarefa. Robbins (2003, p. 342) define motivação como sendo: [...] a disposição de exercer um nível elevado e permanente de esforços em favor das metas da organização, sob a condição de que o esforço seja capaz de satisfazer alguma necessidade individual. A motivação geral está relacionada com o esforço em direção a alguma meta. 14 2.9 – Relacionamento Nos dias atuais o individualismo está sendo pouco percebido pela organizações, mas muitas conscientes da importância de ter um bom relacionamento dentro da empresa, sendo este um fator muito importante para todos, o que gera uma melhor qualidade de vida no trabalho. Teixeira (1999, p. 147), ao tratar do assunto identifica em sua obra que “as relações com os empregados abrangem os conteúdos e, principalmente, a forma das interações das empresas com os trabalhadores. Podem ser sintetizadas na forma como as empresas tratam os seus colaboradores”. Conhecer bem a si mesmo e ao outro é muito importante para que se possa compreender como as pessoas atuam no trabalho, podendo facilitar ou dificultar as relações no trabalho. Destacam-se como as dificuldades mais notórias para as relações as dificuldades em priorizar e ouvir e a falta de objetivos pessoais (BOM SUCESSO, 2002). 2.10 – Programas e ações da QVT A implantação de um programa de QVT não só pode modificar a cultura organizacional, mas a concepção de uma política de QVT já se constitui, em si mesmo, um forte momento de mudança da cultura, mas só a política não basta. É preciso muito mais. E virá com o processo de implantação que, por sua vez, promoverá mudanças profundas de valores, crenças, ritos e mitos organizacionais que se encontram cristalizados nas organizações onde se afirma um velho paradigma de que não se mudam práticas sem mudança de consciência, ou seja fazer diferente requer pensar diferentemente. Apesar de todos estes conhecimentos, muitas organizações apesar de terem conhecimento de todos estes conceitos em relação à qualidade de vida no trabalho, deixam tudo Na consciência e no papel, não tomam conta do 15 quanto seus colaboradores necessitam de programas que estimulem a QVT. São vários os programas e ações de QVT que uma empresa pode implantar para melhorar a vida de seus colaboradores. Tais programas de acordo com Chiavenato (2010) são geralmente adotados pelas empresas que procuram minimizar ou prevenir problemas de saúde de seus colaboradores. Esses programas partem da idéia de reconhecimento de seu efeito sobre as características e comportamento de seus subordinados fora do ambiente de trabalho, encorajando as pessoas a melhorar seu nível de saúde. Por outro ponto de vista Milkovich e Boudreau (2000) relatam que dentre as ações que proporcionam a qualidade de vida no trabalho estão o treinamento e controle de qualidade. Gil (2001) enfatiza que os programas de qualidade de vida no trabalho costumam apresentar uma série de dificuldades para serem implantados. Envolvem custos para a organização e têm como alvo principal os empregados e não a organização. Por este motivo torna-se difícil conseguir adesão da alta administração. Porém, esses programas mesmo com um custo elevado orientam-se também em direção a melhorias na eficácia organizacional, uma vez que os programas de QVT têm como principal foco a satisfação dos indivíduos, que se intensificam por meio da participação nas decisões e da melhoria das condições em que se desenvolve seu trabalho. A partir disso, percebe-se que os programas de qualidade de vida no trabalho servem como um retorno breve e preciso em relação às atividades desempenhadas. 3 – PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS O campo da pesquisa foi realizada no Paço Municipal de Santo Inácio, situada na rua Marcelino Alves de Alcântara, 133, composto por 247 funcionários ao total. A coleta de depoimentos será realizado com 08 (oito) funcionários interno do setor administrativo. Os participantes serão nomeados com seus pseudônimos para sua identidade e o sigilo dos seus depoimentos. 16 A pesquisa quanto à natureza foi de abordagem quantitativa e qualitativa, pois foi baseada em dados estatísticos levantados por meio de questionário e, análise e descrição da complexidade de uma realidade. Quanto aos objetivos, a pesquisa se caracterizou como exploratória e descritiva, pois os dados foram levantados junto aos funcionários e após, feita uma descrição dos respectivos dados. Quanto aos procedimentos de investigação, a pesquisa se caracterizou como um estudo de caso, pois se levantou dados de uma realidade específica, junto ao Paço Municipal de Santo Inácio e estes dados devem servir somente para essa realidade. A coleta de dados será feita por meio de questionário semi-estruturado, o qual se encontra em duas partes, a primeira com questões agrupadas em cinco categorias, relacionadas ao clima organizacional ( Administração do Pessoal; Comunicação; Relacionamento; Segurança e Satisfação) e a segunda com questões organizadas em duas categorias ( Condições Ambientais; Serviços e Benefícios). Após a análise por categorias em suas respectivas partes, será realizada a análise global dos resultados, de modo a identificar os pontos positivos e negativos percebidos pelos funcionários, além de analisar a importância desses pontos para o nível de satisfação. 17 4 - RESULTADO Administração de pessoal Gráfico 1: Administração de pessoal Os resultados apresentados no gráfico 1, relativos à administração de pessoal, demonstram que o tratamento recebido pela chefia, a participação na solução de problemas, a utilização dos conhecimentos e capacidades e o repasse das informações foram avaliados de maneira satisfatória por mais de 60% dos pesquisados. Comunicação Gráfico 2: Comunicação 18 Os resultados do gráfico 2 demonstram que os pesquisados num geral estão satisfeitos quanto as informações. Relacionamento Gráfico 3: Relacionamento O gráfico 3 apresenta que mais de 87% dos pesquisados consideram muito satisfeito o relacionamento com a chefia, os relacionamento com os colegas, a educação da chefia no trato, o ambiente de trabalho e as dificuldades. Segurança Gráfico 4: segurança Conforme evidencia no gráfico 4 permite afirmar que mais de 87% dos pesquisados avaliam positivamente os diversos aspectos relacionados à 19 segurança no ambiente de trabalho, demonstrando esta categoria como positiva. Satisfação Gráfico 5: Satisfação Fica evidente através do gráfico 5 que a maior percentagem (87,5%) das respostas mostra que os funcionários num geral não estão satisfeito quanto à promoção que a Prefeitura Municipal tem com os funcionários , e referente a motivação da prefeitura perante seus funcionários, 50% consideram relevante. Da mesma forma, 62,5% dos pesquisados afirma estar muito satisfeito em relação ao trabalho. Condições Ambientais 20 Gráfico 6: Condições Ambientais De acordo com o gráfico 6, percebe-se que a maioria dos funcionários pesquisados,consideram adequados as condições ambientais como: ventilação, iluminação, espaço físico, segurança, ruído e temperatura. Serviços e benefícios Gráfico 7: Serviços e Benefícios Verifica-se por meio do gráfico 7 que 75% dos funcionários pesquisados consideram os critérios auxílio farmácia, cesta básica e assistência médica como inadequado e necessitando de melhorias. Por sua vez o critério transporte foram avaliados positivamente por 62,5% dos pesquisados. 5 – CONCLUSÃO Os resultados obtidos demonstraram que a pesar da Prefeitura Municipal de Santo Inácio não possuir um programa de Qualidade de Vida no Trabalho ou mesmo uma estratégia direcionada a este fim, esta foi avaliada positivamente em diversas categorias. No entanto, algumas categorias obtiveram critérios avaliados como negativos. Apesar de serem baixos índices percentuais, estes sinalizam a necessidade de melhorias, as quais podem ser obtidas pela referida Prefeitura com o mínimo de esforço e investimento. As dimensões “satisfação com as promoções” precisam ser estudadas pela Prefeitura, sob pena de contribuírem para a insatisfação com o trabalho. O pior resultado apresentado foi em relação à satisfação com a promoção, que os funcionários estão em geral indiferentes a esse aspecto. Algumas recomendações foram sugeridas à Prefeitura estudada podem ser feitas com 21 base nos resultados, seria importante o desenvolvimento de ações que abordassem os seguintes tópicos: criação de um plano de carreira e uma política de promoção, com regras claras e mais oportunidades. Dessa forma, é possível concluir que os funcionários encontram-se, em sua maioria, satisfeitos com a qualidade de vida no ambiente de trabalho. Entretanto, recomenda-se à Prefeitura que procure estender este estudo a todo seu quadro de colaboradores, além de elaborar um programa direcionado à qualidade de vida de seus funcionários. Ao final da pesquisa pode-se verificar que a produtividade das pessoas no trabalho é influenciada por fatores relacionados à qualidade de vida no trabalho, o ambiente de trabalho também influencia na qualidade de vida das pessoas, bem como o relacionamento que vem a influenciar no clima organizacional, não deixando de lembrar que QVT é pensar no bem estar, físico e mental de todos. 22 6 – REFERÊNCIAS BOM SUCESSO, Edna de Paula. Relações Interpessoais e Qualidade de Vida no Trabalho. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2002. CASTRO, Alfredo Pires. Motivação. In: BOOG, Magdalena (Coord): Manual de Gestão de Pessoas e Equipes: Estratégias e Tendências. São Paulo: Gente, 2002. CHIAVENATO, Idalberto. Comportamento Organizacional: A Dinâmica do Sucesso da Organizações. São Paulo: THOMSON, 2004a. _____. Recursos humanos: o capital humano das organizações. São Paulo: Atlas, 2004b. CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações. 3ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. COUTO, Hudson de Araújo. Ergonomia aplicada ao trabalho manual técnico da máquina humana. Belo Horizonte: Ergo Editora, 1995 v.1. DAFT, Richard L.. Administração. São Paulo: Thomson, 2005. GIL, Antonio Carlos. Gestão de Pessoas: Enfoque nos papéis profissionais. São Paulo: Atlas, 2001. HANASHIRO, Darcy M. M.; TEIXEIRA, Maria L. M.; ZACCARELLI, Laura M. (Org.). Gestão do Fator Humano: uma visão baseada em stakeholders. São Paulo: Saraiva, 2007. 23 LIMONGI-FRANÇA, Ana Cristina; ZAIMA, Gustavo. Gestão da Qualidade de Vida no Trabalho – GQVT. In: BOOG, Magdalena (Coord): Manual de Gestão de Pessoas e Equipes: Estratégias e Tendências. São Paulo: Gente, 2002. LIMONGI-FRANÇA, Ana C.; ARELLANO, Eliete B.. Práticas de Recursos Humanos – PRH: conceitos, ferramentos e procedimentos. São Paulo: Atlas, 2007. MAXIMIANO, Antonio César Amaru. Teoria geral da administração: da revolução urbana à revolução digital. 6 ed. – 4 reimpr-São Paulo: Atlas, 2008. MILKOVICH, George T.; BOUDREAU, John W. Administração de Recursos Humanos. São Paulo: Atlas, 2000. ROBBINS, Stephen P.. Administração: Mudanças e Perspectivas. São Paulo: Saraiva, 2003. SILVA, Marco Aurélio Dias da; MARCHI, Ricardo de. Saúde e Qualidade de Vida no Trabalho. São Paulo: Best Seller, 1997. TACHIZAWA, Takeshy; FERREIRA, Victor Cláudio Paradela; FORTUNA, Antônio Alfredo Mello. Gestão com pessoas: Uma abordagem aplicada às estratégias de negócios. 2. ed. Rio de Janeiro: FGV, 2001. TEXEIRA, José Emídio. T&D e as Relações Sociais. In: BOOG, Gustavo G. Manual de Treinamento e Desenvolvimento. 3. ed. São Paulo: Pearson Makron Books, 1999. 24 APÊNDICE ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO PÚBLICA - EAD Programa Nacional de Formação em Administração Pública TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Santo Inácio, 29 de agosto de 2011 De: Rosimar Lopes de Oliveira Para: Prefeito João Batista dos Santos Venho através desta, solicitar junto à este Órgão Público autorização para realizar uma pesquisa intitulada “Qualidade de Vida no Trabalho dos funcionários interno do Setor Administrativo da Prefeitura Municipal de Santo Inácio – Pr”, a fim de colher dados para o meu trabalho de Especialização em Gestão Pública. A citada pesquisa tem como objetivo: Levantar quais são os principais fatores de Qualidade de Vida no Trabalho e como estes interferem no bem estar dos funcionários municipais. Ressalta-se que o referido estudo visa somente à pesquisa de caráter acadêmico, sem contudo ter outro fim. Para tanto, serão comunicados os funcionários por um termo de autorização para aplicar o questionário da pesquisa. Desde já agradecemos à atenção. Atenciosamente _____________________________ Rosimar Lopes de Oliveira ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO PÚBLICA - EAD Programa Nacional de Formação em Administração Pública TERMO DE AUTORIZAÇÃO Senhor(a) Funcionário(a) Peço a sua colaboração e paciência para responder este questionário integrante do Artigo Científico de final do curso de Especialização em Gestão Pública, que realizo na Universidade de Maringá (UEM). A pesquisa caracteriza-se de forma puramente acadêmica e seus dados servirão de subsídios para a elaboração do trabalho. A pesquisa prevê a importância da Qualidade de Vida no seu ambiente de trabalho, por isso é essencial que todas as informações solicitadas sejam respondidas com sinceridade. Suas respostas serão analisadas em conjunto e será assegurado o caráter confidencial e anônimo. Agradeço a sua colaboração. Atenciosamente ___________________________ Rosimar Lopes de Oliveira ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO PÚBLICA - EAD Programa Nacional de Formação em Administração Pública QUESTIONÁRIO PARTE 1 ADMINISTRAÇÃO DE PESSOAL 1 – Com relação ao tratamento recebido pelo chefe é classificado como: ( ) ótimo ( ) bom ( ) regular ( ) ruim 2 – Qual sua participação nas soluções de problemas? ( ) ótimo ( ) bom ( ) regular ( ) ruim 3 – Qual é a sua utilização de capacidade e conhecimentos em relação a sua área? ( ) ótimo ( ) bom ( ) regular ( ) ruim 4 – Como é sua participação nas soluções de repasse das informações. ( ) ótimo ( ) bom ( ) regular ( ) ruim COMUNICAÇÃO 1 – As informações recebidas dos demais setores chegam no momento certo? ( ) sim ( ) as vezes ( ) não 2 – As informações são passadas de maneira clara e objetiva, evitando o surgimento de boatos? ( ) sim ( ) as vezes ( ) não 3 – Os quadros de avisos trazem informações consideradas importantes e suficientes? ( ) sim ( ) as vezes ( ) não RELACIONAMENTO 1 – As pessoas se relacionam de forma amistosa? ( ) sim ( ) as vezes ( ) não 2 – O chefe usa de educação e bom senso para orientar seus funcionários? ( ) sim ( ) as vezes ( ) não 3 – Quanto ao ambiente de trabalho você se sente satisfeito? ( ) sim ( ) as vezes ( ) não 4 – Se alguém na área tem dificuldades no trabalho, os colegas buscam ajudálos. ( ) sim ( ) as vezes ( ) não 5 – O relacionamento entre chefias e subordinados são bons? ( ) sim ( ) as vezes ( ) não SEGURANÇA 1 – Os equipamentos e ferramentas oferecem condições para produtividade exigida? ( ) sim ( ) as vezes ( ) não 2 – A limpeza e a organização das áreas da Prefeitura são adequadas? ( ) sim ( ) as vezes ( ) não 3 – Quantos aos equipamentos de segurança que a Prefeitura oferece são suficientes para a proteção? ( ) sim ( ) as vezes ( ) não SATISFAÇÃO 1 – Quanto ao trabalho realizado no setor você se considera satisfeito?. ( ) sim ( ) as vezes ( ) não 2 – Quanto a motivação, você se sente motivado para o trabalho? ( ) sim ( ) as vezes ( ) não 3 – Quanto ao promoção? sistema de promoção, a Prefeitura oferece este tipo de ( ) sim ( ) as vezes ( ) não PARTE 2 CONDIÇÕES AMBIENTAIS 1 – Quanto a iluminação, é classificada em: ( ) ótimo ( ) bom ( ) regular ( ) ruim 2 – Segurança: ( ) ótimo ( ) bom ( ) regular ( ) ruim 3 – Espaço físico: ( ) ótimo ( ) bom ( ) regular ( ) ruim 4 – Ventilação: ( ) ótimo ( ) bom ( ) regular ( ) ruim 5 – Temperatura: ( ) ótimo ( ) bom ( ) regular ( ) ruim 6 – Ruído: ( ) ótimo ( ) bom ( ) regular ( ) ruim SERVIÇOS E BENEFÍCIOS 1 – Auxílio a farmácia ( ) boa condição ( ) melhoria 2 – Transporte: ( ) boa condição ( ) melhoria 3 – Cesta básica ( ) boa condição ( ) melhoria 4 – Assistência médica ( ) boa condição ( ) melhoria