Cemitério da Filosofia – Saboó – Resenha

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Cemitério da Filosofia – Saboó – Resenha
Entrada do Cemitério da Filosofia
Cemitério da Filosofia (Fonte Google Earth)
Mausoléu da Maria Mercedes Fea Pistone – Topo
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Foto de um jovem que teve sua vida interrumpida cedo demais
Até 1892, só existia em Santos o Cemitério do Paquetá, mas quando o
crescente número de sepultamentos aumentou devido às grandes epidemias
da época, houve a necessidade da construção de outro, que seria o da
Filosofia ou Saboó, como é mais conhecido, por estar localizado no Bairro do
Saboó. A partir daí, o Cemitério do Paquetá passou a ser somente da elite
local na época.
O nome original desse cemitério era Cemitério Municipal da Philozophia (na
época a palavra "Filosofia" era escrita dessa forma); data de 10 de abril de
1892 a sua inauguração pelo então Intendente Municipal, com o sepultamento
de um menino de 10 anos de idade apenas. Quando inaugurado, compreendia
apenas 7.000 m². Depois, foi desapropriada a Chácara da Filosofia, passando a
contar, então, com 24.000 m² e foi entregue oficialmente à população, em
1896.
Atualmente, tem mais ou menos 40.000 m². (N.E. Informa o Almanaque de
Santos 1971, de Olavo Rodrigues, que o cemitério "foi feito em duas etapas. A
primeira, bem ao fundo, na parte em que se acha a capela ainda hoje, em
terreno desapropriado pela Câmara e pertencente ao Bacharel Frederico
Cardoso de Meneses, inaugurado em 1892. A segunda etapa foi iniciada
tempos depois, com compra de mais um pedaço de chão e aproveitamento da
parte da frente da Chácara da Filosofia, desapropriada pela Câmara em 1892,
a Dona Ana Brandina de Barros Silva. A inauguração da segunda parte, muito
maior (a da frente), verificou-se em 1896").
A campa mais visitada é a de nº 624, quadra 6, onde estão os restos mortais
de Maria Mercedes Fea - vítima do famoso Crime da Mala, ocorrido em 1928 -,
a quem milhares de pessoas creditam graças alcançadas. No dia 10 de abril de
1992, o Cemitério da Filosofia, ou Saboó, comemorou o centésimo aniversário;
e 3/4 de suas campas (cerca de 75%, aproximadamente) são perpétuas. E até
1968, não havia portão de entrada e saída do cemitério e havia circulação
livre da população local..Na mesma época, houve a limitação da perpetuação
de campas pela falta de espaço que estava sendo o agravante na necrópole.
No Cemitério da Filosofia também tem outra campa considerada muito
visitada por causa de graças recebidas. É a campa da menina Janaína, nascida
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a 23/9/1936 e falecida a 23/3/1939. Como campas notáveis temos o Mausoléu
do Esportista Amador de Santos - campa de 1964. A outra é o Mausoléu dos
Maçons.
O cemitério em si é o que possui a maior quantidade e diversidade de túmulos
da Baixada Santista, provavelmente. Porém, peca por duas coisas: pelo
descaso por parte dos gavetões na maioria dos locais destinados aos carneiros
e pelo abandono por debaixo dos panos de túmulos seculares para dar espaço
a jazigos de famílias tradicionais de Santos e região. Realmente é uma pena
pois o local tinha tudo para ser uma referência maior como cemitério (maior
do que Paquetá, inclusive) na Região. E no contexto geral, merece um
conceito bom, mas está longe de ser um exemplo de Cemitério até mesmo nos
patamares brasileiros, como Consolação e Araçá em São Paulo e São João
Batista, no Rio de Janeiro.
Ficha
Local: Cemitério da Filosofia (ou Saboó)
Município: Santos - SP
Ano de Inauguração: 1892
Bairro: Saboó
Gestão: Municipal
Pontos Fortes: Arte Tumular em quantidade e qualidade para padrões
regionais, vias de acesso amplas, diversidade tumular, preocupação com
segurança e atendimento razoável.
Pontos Fracos: Inexistência de algum local de serviço (incluindo bebedouros),
por trás da beleza dos mausoléus há locais abandonados, burocracia, local ao
seu entorno e grosseria por conta de alguns visitantes e um agravante:
armazém de estocagem de drogas em algumas campas.
Nota: 8,0
Motivos: Tudo bem que não é um primor de cemitério, mas também não é
nenhuma penúria. Há pontos bem interessantes e sem contar que uma parte
considerável da História Santista está ali e inclusive dá para compreender que
o local não se limita somente a História da Maria Mercedes Fea. Em seus mais
de 46.000 m² em área, a Filosofia é muito mais...Vale a pena visitar, desde
que seja safo e torcer para que não surja algum funcionário te urubuzando em
vários momentos do dia.
Link
http://variasreticencias.blogspot.com/
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