Curamos a primeira criança de AIDS?

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Disciplina - Ciências -
Curamos a primeira criança de AIDS?
Ciências
Enviado por: [email protected]
Postado em:04/03/2013
Por Cesar Grossmann (Hypescience) A boa notícia foi anunciada na Conferência sobre
Retroviroses e Infecções Oportunísticas, em Atlanta (EUA). Um bebê nascido na área rural do
Mississipi (EUA) foi curado da AIDS depois de ser tratado com um “regime agressivo de drogas”
logo após o nascimento. O fato aconteceu há 2 anos e meio, e abre as portas para que milhares de
bebês que nascem com AIDS sejam curados também. Se confirmado, será o segundo caso de cura
da doença. Nascido com AIDS Muitas pesquisas evidenciam que tratar bebês nascidos de mães
portadoras do HIV com drogas anti-retrovirais pode prevenir infecções. Há até mesmo uma
combinação de drogas, chamada de Truvada, que foi aprovada para este objetivo em julho de 2012.
Entretanto, este não foi o caso do bebê em questão, que passou por cinco testes para HIV e teve
resultado positivo em todos eles. Os dois primeiros testes, feitos com intervalo de uma hora,
indicavam 20.000 cópias do vírus por mililitro, o que é considerado baixo para um bebê. Entretanto,
como os testes deram positivo logo após o nascimento, os médicos acreditam que a infecção
aconteceu no útero, e não no nascimento. Ataque precoce Normalmente, o vírus infecta primeiro o
sangue e depois migra para outros órgãos, escondendo-se em células infectadas, mas que não
ficam doentes, e que servem para disparar novos surtos da doença. São os chamados repositórios
virais, que tem frustrado tratamentos até hoje. No caso desta criança recém-nascida, a médica
tomou uma decisão incomum: administrar não apenas a Truvada, mas um regime triplo de drogas,
que são usadas para tratar a infecção, e em dose maior. A intenção da Dra. Hannah B. Gay,
professora associada de pediatria, era iniciar o tratamento da doença imediatamente, antes mesmo
dos resultados confirmarem a infecção. A administração das drogas começou 30 horas depois do
nascimento. Aos 18 meses de tratamento, por razões que não são claras, a mãe da criança parou
de levá-la ao hospital, não comparecendo às consultas marcadas. Quando trouxe a criança
novamente ao médico, aos 23 meses, apesar de ela não estar recebendo a medicação há 5 meses,
os exames não detectaram qualquer carga viral. Cura? O caso é bastante polêmico, por que se
trata de apenas um paciente. A Dra. Gay aponta que é importante testar o procedimento em outros
bebês nascidos de mães portadoras de HIV, para ter a confirmação de sua eficácia. Outros
pesquisadores alertam também para o fato de que é preciso primeiro confirmar que a criança estava
realmente infectada com o vírus. Por fim, este tratamento tem pouca ou nenhuma relevância para
pacientes adultos ou adolescentes que são diagnosticados bastante tempo depois da infecção
inicial. Mas é possível, neste caso, que a decisão da médica de iniciar um tratamento anti-retroviral
agressivo menos de 31 horas depois do nascimento possa ter levado a sua cura – as drogas teriam
atacado o vírus antes da formação dos assim chamados reservatórios virais. A esperança é que, se
confirmada a cura, este tratamento seja adotado em países pobres, onde muitas crianças nascem
de mães portadoras de HIV. Esta notícia foi publicada em 04/03/2013 no site hypescience.com.
Todas as informações nela contida são de responsabilidade do autor.
http://www.ciencias.seed.pr.gov.br
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