Leishmaniose

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Edição n.1 2015
ISSN 2447 - 6234
LEISHMANIOSE
Autores: José Carlos de Souza; Diógenes Alexandre da Costa Lopes
Identificação: M.R.S 45 anos, agricultora, moradora da gleba Vale Verde linha 9, procura
atendimento nos serviços de saúde do Município de Cotriguaçu, queixando de ulceras no
corpo membro inferior esquerdo (MIE), membro superior direito(MSD),e rosto lado esquerdo,
as ulceras apresentavam fundo granuloso, bordas altas, relata que já havia consultado com o
medico e que o mesmo havia indicado uso anti-inflamatório para uso oral, e pomadas a base
de neomicina, não obtendo resultados com o tratamento procura o serviço de epidemiologia
onde foi avaliada e encaminhada ao laboratório de analises clinicas, após o resultado
laboratorial constatou-se que as ulceras no corpo caracterizando leishmaniose muco cutânea.
Resultado positivo para Leishmaniose tegumentar Americana LTA. Histórico e Exame
Físico: Paciente M.R. S, submetida ao tratamento de Leishmaniose Tegumentar Americana
LTA não apresenta sintomas relacionados a outras patologias. Ao submeter se ao exame físico
percebe que a paciente tem hábitos de higiene corporal, mucosa integra, apresenta rubor nas
cicatrizes, PA 110x70 mmHg. T.36,9, Glicemia jejum 79 mg/dl, Ausculta, sem nenhuma
alteração cardiopulmonar, apresentando apenas lesões cutâneas com fundo granuloso e bordas
altas. Diagnóstico: Integridade da pele prejudicada relacionada disseminação do parasita
Baixa autoestima relacionada com as alterações muco cutânea que interferem na imagem
corporal, Independente da forma clínica, as lesões cutâneas da leishmaniose tegumentar são
caracterizadas por ulceras com bordas elevadas, infiltradas e de coloração eritêmatovioláceas. O fundo da ulcera e constituído por granulações vermelhas e, quase sempre,
recoberto por secreção serosa ou seropurulenta. Essa ulceração, típica da leishmaniose, recebe
a denominação de “ulcera com bordas altas”. Planejamento de Enfermagem: Evitar
que a paciente tenha deformidades provocadas pela patologia, sendo que a Leishmaniose
poderá acometer cartilagens, deformando a face. Manter a paciente informada quanto às
reações adversas do medicamento. Garantir que a paciente não abandone o tratamento. Evitar
complicações causadas pelo uso de antimoniatos, e Anfotericina B. Implementação de
Enfermagem: Fazer avaliação detalhada das úlceras observando profundidade, (infecções
secundárias, tecido necrosado, fibrina, odor, tecido de granulação); Manter higienização da
pele; Orientar o paciente a não tocar nas lesões para evitar sangramentos, infecções ou dores;
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Administrar medicamentos conforme a prescrição médica. Todo caso suspeito deve ser
submetido às investigações clinica e epidemiológica e aos métodos auxiliares de diagnostico.
Caso seja confirmado, inicia se o tratamento segundo normas técnicas e acompanha-se
mensalmente (para avaliação da cura clinica) pelos três primeiros meses e, uma vez curado
bimestralmente, ate completar 12 meses após o termino do tratamento. Não tratar o paciente
sem o diagnóstico de certeza. Na dúvida, encaminhe-o para um serviço de referência.
Avaliação de Enfermagem: As avaliações de enfermagem em LTA são consideradas
clinicamente curadas quando apresentam lesões cicatrizadas sem infiltração e eritema aos 90
dias após o fim do tratamento. A paciente foi acompanhada por 12 meses sem apresentar
reincidivas. Conforme relatam pesquisadores do ministério da saúde ( MS) Alguns indivíduos
curam precocemente a lesão, às vezes sem procurar atendimento médico. Outros permanecem
meses com a lesão em atividade e o processo de cicatrização mostra-se lento. Este fenômeno
pode ser explicado pelo estabelecimento rápido ou tardio de uma resposta imune especifica
eficiente na eliminação do parasito. O processo de cura das lesões de LTA e hoje objeto de
estudo de vários grupos de pesquisa. A resposta terapêutica da LM não e boa. Ainda que as
lesões regridam ou mesmo desapareçam com os tratamentos convencionais, as recidivas são
frequentes. Estudo da Fisiopatologia: As leishmanioses são doenças infecto-parasitárias
que acometem o homem, causadas por várias espécies de protozoários do gênero Leishmania.
A doença pode apresentar diferentes formas clínicas, dependendo da espécie de Leishmania
envolvida e da relação do parasita com seu hospedeiro (após LEVINE et al, 1980) Os
Parasitas do gênero Leishmania são digenéticos (heteróxenos) e apresentam em seu ciclo de
vida apenas duas formas evolutivas: a forma promastigota, que é flagelada e extracelular, e a
forma amastigota, que é intracelular e sem movimentos. As promastigotas apresentam corpo
alongado, medindo entre 14 e 20 mm e flagelo livre. As amastigotas têm corpo ovoide,
medindo entre 2,1 e 3,2mm e flagelo interno (Pessoa & Martins, 1982). O parasito vive
alternadamente em hospedeiros vertebrados e insetos vetores, estes últimos sendo
responsáveis pela transmissão dos parasitas de um mamífero a outro. Nos hospedeiros
mamíferos. Os parasitas assumem a forma amastigota, arredondada e imóvel, que se
multiplica obrigatoriamente dentro de células do sistema monocítico fagocitários. À medida
que as formas amastigotas vão se multiplicando, os macrófagos se rompem liberando
parasitas que são fagocitados por outros macrófagos. Todas as espécies do gênero são
transmitidas pela picada de fêmeas infectadas de dípteros da subfamília Phlebotominae,
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pertencentes aos gêneros Lutzomyia – no Novo Mundo, e Phlebotomus – no Velho Mundo.
Nos flebotomíneos as leishmânias vivem no meio extracelular, na luz do trato digestivo. Ali,
as formas amastigotas, ingeridas durante o repasto sanguíneo, se diferenciam em formas
flageladas, morfológica e bioquimicamente distintas das amastigotas, sendo posteriormente
inoculadas na pele dos mamíferos durante a picada. (Fio Cruz). Medicação: Apesar de
apresentar grande prevalência mundial, poucos avanços foram obtidos no tratamento das
leishmanioses. Gaspar Viana em 1912 descobriu a ação curativa do tártaro emético, sendo que
até hoje a base deste medicamento é utilizada no tratamento das leishmanioses. Christina &
Caronia, em 1915, na Itália e Rogers, no mesmo ano na índia, introduziram os antimoniais
trivalentes no tratamento do calazar. Os antimoniais pentavalentes, como o estibogluconato de
sódio (Pentostan) e o antimoniato de N-methyl glucantime (Glucantime), foram introduzidos
como quimioterápicos na década de 40, sendo atualmente as principais drogas utilizadas no
tratamento das leishmanioses. Na França e no Brasil emprega-se o Glucantime, apresentado
em ampolas de 5 ml. Enquanto que nos países de língua inglesa utilizam o Pentostan que
apresenta a vantagem de ser administrado pela via intravenosa. A suscetibilidade de
amastigotas ao Pentostan está correlacionada com a inibição de enzimas glicolíticas e a beta
oxidação de ácidos graxos. Berman et. al., (1985) demonstraram que os antimoniais
pentavalentes na quimioterapia das leishmanioses apresentam vários inconvenientes, como
sua alta cardiotoxicidade, regimes de tratamento muito prolongados e quem nem sempre são
efetivos (Berman, 1988). Um paciente que apresenta lesões resistentes ao tratamento não
significa que seja portador de uma cepa de Leishmania resistente, fato muitas vezes
argumentado, mas que parece difícil de ser demonstrado. O que parece mais provável é que os
pacientes refratários ao tratamento são em geral indivíduos cujo estado imunitário é
deficiente. O Glucantime não age senão à medida que os macrófagos estejam estimulados e o
doente comece a se defender contra o parasita, na realidade os imunodeprimidos não
respondem bem ao tratamento. Por esse motivo a OMS tem estimulado as pesquisas com
drogas alternativas, sendo propostos multicentros de investigações no Mediterrâneo e África
para leishmaniose visceral e na América do Sul para leishmaniose tegumentar (Report. off,
OMS Meeting, Nairóbi, Kenia, Dec. 1987), visto que a associação do vírus AIDS com a
Leishmaniose tem tido sua casuística aumentada (Clauve e col., 1986; Lortholary e col., 1990;
Machado e col., 1992). As drogas atualmente empregadas como segunda escolha neste
tratamento são a pentamidina e a Anfotericina B, que além de serem muito tóxicas, são de
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difícil administração (Berman, 1988). A toxicidade da Anfotericina B é um assunto obscuro.
Alguns resultados sugerem que deva resultar de um aumento da resistência vascular, com
diminuição da filtração glomerular e do fluxo sanguíneo (Tolins & Leopoldo, 1988). Além do
mais, vários compostos vêm sendo estudados quanto a sua atividade leishmanicida, como a
pirimetamina e o oketoconasol (Neal, 1987), metotrexato (Scott et al., 1987) e adriamicina
(Sett et al., 1992). Entretanto, ainda não se tem uma droga que apresente um bom índice
terapêutico e uma baixa toxicidade. Diversos estudos demonstraram que diferentes
mecanismos celulares podem mediar à resistência às drogas em células eucariotas. A
resistência aos quimioterápicos nestas linhagens pode ser mediada por quatro mecanismos
principais, como: a redução da captação de droga pelas células resistentes (Sitotnak e col.,
1981), o aumento da produção da enzima alvo da droga (Schimke, 1984; Stark e Wahl, 1984),
diminuição da afinidade da enzima alvo pela droga (Haber e col., 1981) e a extrusão da droga
citotóxica pelas células resistentes (Endicott e Ling., 1989). A investigação da resistência às
drogas em Leishmania sp. Tem sido realizada, sendo seleção in vitro de linhagens resistentes
por aumento gradual de concentração de drogas um modelo interessante. Vários autores
desenvolveram estudos realizando esta metodologia, empregando como modelo, drogas
relacionadas ao tratamento desta doença como os antimoniais pentavalentes (Berman e col.,
1989; Grogl e col., 1989) ou drogas citotóxicas não relacionadas com a quimioterapia da
leishmaniose (Coderre e col., 1983; Ellenberger e Beverley, 1989; Katakura e Chang, 1989;
Ouellette e col., 1990). Diversos casos de insucesso na quimioterapia com antimoniais
pentavalentes vêm sendo relatados em leishmaniose muco cutânea e visceral (Bryllson et al.,
1985; Marsden et al., 1985; Mebrahter et al., 1989; Grogl et al., 1992). Apesar da resposta
imune do hospedeiro vertebrado ser importante para a cura desta doença (Wilson & Pearson,
1990), dados recentes sugerem que a falha terapêutica pode estar relacionada a fatores
mediados pelo parasito (Berman et al., 1982; Berman et al., 1989; Groge et al., 1989; Ullman
et al., 1989; Moreira & Pettrilo-Peixoto, 1991). Atualmente, a imunoterapia tem mostrado
resultados promissores. A droga de primeira escolha é o antimonial pentavalente de N-methyl
glucantime (Glucantime) visando padronizar o esquema terapêutico, a organização mundial
da Saúde recomenda que a dose deste antimonial seja calculada em mg/Sb+5/kg/dia (sb+5
significando antimônio pentavalente). Ha dois tipos de antimoniais pentavalentes que podem
ser utilizados, o antimoniato N-methyl glucantime e o stibogluconato de sódio (o ultimo não
comercializado no Brasil). Modo de aplicação: As aplicações devem ser feitas por via
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parenteral (intravenosa ou intramuscular). Evitar atividades físicas intensas durante o
tratamento. A via intramuscular pode apresentar o inconveniente da dor local. Sugere-se,
então, alternância dos locais de aplicação, preferindo-se a região glútea. Por via intravenosa,
não há necessidade de diluição e a aplicação, com agulha fina (calibre 25x8), deve ser lenta
(duração de 5 minutos). Esta é a melhor via, pois permite a aplicação de doses mais
adequadas e não tem o inconveniente da dor local.
ANTIMONIATO DE MEGLUMINA (antimoniato de N-metilglucamina)
Apresentação = Frascos com 5 mL, contendo 81 mg Sb+5 por mL Exemplos para
cálculo das doses:
Pacientes com 60 Kg: • 10 mg/ Sb+5/Kg/dia 10 x 60 = 600 mg Sb+5/dia ÷ 81 = 7,40
mL ou aproximadamente, 1 ampola e meia
• 15 mg/Sb+5/Kg/dia 15 x 60 = 900 mg Sb+5/dia ÷ 81 = 11,1 mL ou
aproximadamente, 2 ampolas mais 1/3 ampola
20 mg/Sb+5/Kg/dia 20 x 60 = 1.200 mg Sb+5/dia ÷ 81 = 14,8 mL ou
aproximadamente, 3 ampolas
Não há estudos dos efeitos de GLUCANTIME administrado por vias não recomendadas.
Portanto, por segurança e para garantir a eficácia deste medicamento, a administração deve
ser somente por via intravenosa ou intramuscular. Características Farmacológicas,
Farmacodinâmica: O antimoniato de meglumina apresenta atividade leishmanicida. O
mecanismo de ação preciso dos antimoniais pentavalentes permanece incerto. É pressuposto
que várias enzimas de Leishmania spp sejam inibidas seletivamente. Esses agentes também
parecem inibir a fosfofrutoquinase, com subseqüente bloqueio da produção de adenosina
trifosfato. Farmacocinética Mais que 80% da dose administrada é excretada dentro de 24
horas na urina na forma inalterada. É eliminada em duas fases. Na primeira fase, a meia-vida
é pequena e aproximadamente de 2 horas e na segunda fase, a meia-vida é mais lenta, cerca de
76 horas.
Contraindicações: Este medicamento é contraindicado em casos de
hipersensibilidade ao antimoniato de meglumina e aos demais componentes do produto. E
também, em pacientes com insuficiência renal, cardíaca ou hepática. Efeitos Colaterais:
Podem ocorrer um ou mais efeitos colaterais, na seguinte ordem de frequência: artralgia,
mialgia, inapetência, náuseas, vômitos, plenitude, epigastralgia, pirose, dor abdominal,
prurido, febre, fraqueza, cefaleia, tontura, palpitação, insônia, nervosismo, choque pirogênico,
edema e insuficiência renal aguda (IRA). Essas queixas são, geralmente, discretas ou
moderadas e raramente exigem a suspenção do tratamento. Discussões: A leishmaniose
Tegumentar Americana, LTA é uma doença endêmica no Município de Cotriguaçu-Mt.
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Principalmente nos últimos anos tem havido uma maior migração de pessoas das áreas
urbanas para as rurais. Esta migração se fixam em moradias próximas as matas, geralmente
em áreas recentemente habitadas e ocupadas à custa de desmatamentos e queimadas. Estas
condições e um potencial habitat para o Phlebotomineo, e a abundante espécie deste vetor nas
casas e nos abrigos dos animais podem alcançar níveis elevados. Sendo que as medidas
profiláticas e de fundamental importância, devido à politica de preservação ambiental e
manejo sustentável. Neste perfil sócio geográfico é que se encontram muitos dos moradores
das diversas localidades da zona rural, no Município de Cotriguaçu.
Referencias
1-BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Manual de Vigilância
da Leishmaniose Tegumentar Americana / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância.
Saúde. – 2. Ed. Atual. – Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2007.
2-Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde
Disponível em: www.saude.gov.br/bvs
Acesso em: 20/08/2015
3-www.saude.gov.br/svs
Acesso em: 20/10/2015
4-http://scielo.br/pdf/rsbmt/v36n1/15310.pdf
Acesso em 27/10/15
5-http://www.scielo.br/pdf/ea/v22n64/a07v2264.pdf
Acesso em 27/10/15
6-http://www.dbbm.fiocruz.br/tropical/leishman/leishext/html/morfologia.htm
Acesso em 28/10/2015
7- Diagnostico de enfermagem da Nanda, 2012-2014/[NANDA Internacional]; tradução:
Regina Machado Garcez; revisão técnica: Alba Lucia Bottura Leite de Barros... [et al.]. Porto Alegre: Artmed, 2013.
8-GLUCANTIME® (antimoniato de meglumina) Sanofi-Aventis Farmacêutica Ltda. Solução
injetável 300 MG/ML(acessado em 02/11/2015).
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INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO
Ações de enfermagem na urgência e emergência
Autores: Lanis J.S. Neto; Wladimir Rodrigues Faustino
Paciente M.C. L. 50 anos, sexo masculino, casado, pai de três filhos, pedreiro, sedentário,
apresenta-se acima do peso adequado, possui uma alimentação inadequada, não tem costume
de fazer exames de rotina, residente da cidade de Cuiabá-MT. Foi socorrido pela equipe do
SAMU (SBV) após ter sido acionada por um colega de trabalho do paciente. Sendo relatado
que após uma jornada intensa de trabalho o paciente começou a sentir-se mal, com dificuldade
para respirar, muita dor no peito, no pescoço e no braço esquerdo ao ponto de se deitar no
chão de tanta dor e falta de ar. A equipe do SAMU chega ao local da ocorrência em um tempo
de 20 minutos após ter sido acionada. Atendimento pré-hospitalar: O enfermeiro da equipe
realiza os seguintes procedimentos conforme o protocolo e assistência no atendimento de
urgência e emergência, após radio com médico regulador: Observa o paciente e as dores
características do IAM para assim administrar sua conduta; Colhe informações de quem
socorreu primeiramente o paciente e faz uma rápida avaliação do caso; Conversa com o
paciente, identifica-se e identifica sua equipe; Posiciona o paciente em repouso com cabeceira
elevada; Realiza ECG, o qual caracterizou supra de ST em mais de duas derivações; Verifica
os seguintes sinais vitais, sendo anotado PA 165x90 mmhg, FC 105 bpm, FR 35 rpm, TAX
35,8 ºC, SAT O2 92%; Administra oxigênio, monitora e instala oxímetro de pulso. Administra
Nitrato 5 mg sublingual e AAS mastigável 200 mg, realiza punção venosa com jelco 18 em
MSD e administra Morfina 2 ml após diluição 10 mg em 10 ml conforme solicitação médica.
Regulador Escala de Killip-Kimbal= 2; TIMI= 3 Atendimento hospitalar:Admissão em
Pronto Socorro Adulto (PSA) com delta de 40 minutos, realizada a seqüência da SAE:
Diagnóstico de enfermagem: Risco de perfusão tissular cardíaca diminuída relacionada com
a hipóxia; Débito cardíaco diminuído caracterizado por alterações no ECG e taquicardia
relacionados com freqüência cardíaca alterada; Padrão respiratório ineficaz caracterizado por
dispnéia relacionada com dor e fadiga; Mobilidade no leito prejudicada caracterizada por
capacidade prejudicada de mover-se relacionado com força muscular insuficiente e dor; Dor
aguda caracterizada por alterações na pressão arterial, expressão facial, mudanças na FR e FC.
Intervenções de enfermagem: Manter o paciente deitado, em decúbito dorsal, com a
cabeceira ligeiramente elevada, DDH 30º, grades elevadas; Manter vias aéreas superiores
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permeáveis, ou seja, ventiladas livres com uso de O2 sob cateter nasal até 4 litros/minuto;
Manter o monitor cardíaco e oxímetro de pulso; Verificar e anotar pulso e PA; Realizar ECG;
Seguir as orientações médicas quanto à infusão de medicamentos; Colher amostra de sangue
para dosagem de enzimas e eletrólitos; Orientar o paciente quanto a tudo que houve, e como
está no momento,isso deve ser feito com acompanhamento médico; Comunicar aos
familiares; Dar continuidade ao plano de cuidados elaborados pelas equipes de enfermagem e
médica; Resultados esperados: Estabilização do quadro clínico do paciente; Avaliação de
enfermagem Paciente apresenta melhora sintomática após intervenções de enfermagem no
quadro clínico com SSVV estáveis, porém, demonstra-se ansioso devido sua condição clínica
e procedimento que irá fazer (cateterismo cardíaco), confia na equipe, resposta eficaz dos
medicamentos em relação a dor aguda. Diagnóstico médico: Infarto Agudo do Miocárdio;
CSST; Intervenção médica: realizar prescrição medicamentosa e realizar angioplastia.
Exames realizados: ECG, Troponina T, Cateterismo Cardíaco; Fisiopatologia: O IAM
resulta de fluxo sanguíneo diminuído através de uma das artérias coronárias, essa redução
provoca isquemia, lesão e necrose miocárdicas. As doenças cardiovasculares são líderes em
morte no mundo, sendo responsáveis por quase 30% das mortes no Brasil. Dentre estas, o
infarto é uma das principais causas. IAM resulta da oclusão de uma, ou mais, das artérias
coronárias. A oclusão pode advir de aterosclerose, trombose, agregação plaquetária, ou
estenose ou espasmo de artéria coronária. Hipertensão, diabetes melito, obesidade, tabagismo,
vida sedentária, estresse, história familiar positiva da doença coronariana e envelhecimento
são fatores predisponentes para o IAM. Funcionalmente o IAM provoca: Contratilidade
reduzida com movimento anormal da parede; Complacência ventricular esquerda alterada;
Volume sistólico reduzido; Fração de ejeção reduzida; Pressão diastólica final ventricular
esquerda elevada. Todos os IAM apresentam uma área central de necrose ou infarto
circundada por uma área de lesão. A área de lesão é circundada por um anel de isquemia. Não
ocorre regeneração tissular após um IAM porque o músculo miocárdico afetado está morto. O
tecido cicatricial que se forma na área necrótica pode inibir a contratilidade. Quando isso
ocorre, os mecanismos compensatórios (constrição valvar, freqüência cardíaca aumentada e
retenção renal de sódio e água) entram em ação para tentar manter o débito cardíaco. Também
pode ocorrer dilatação ventricular. Se houver a formação de muito tecido cicatricial, a
contratilidade pode ser muito reduzida. O paciente poderá desenvolver insuficiência cardíaca
ou choque cardiogênico. Medicação: MORFINA - A morfina é um vasodilatador que reduz a
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pré-carga do VE, diminui a resistência vascular sistêmica, reduzindo também a pós-carga e
tem efeito analgésico sobre o SNC, reduzindo a ansiedade com efeitos simpatolíticos.
Indicações: - Todos os pacientes com dor torácica isquêmica, IAM sem hipotensão ou
depressão respiratória, edema agudo de pulmão (redistribui a volemia). OXIGÊNIO
Fundamento: - Limita a lesão miocárdica isquêmica; reduz a intensidade de elevação do
segmento ST. Efeito sobre morbimortalidade é desconhecido. NITROGLICERINA E
NITRATOS (agentes vasodilatadores) Fundamento: - Os nitratos dilatam (mecanismo
mediado por óxido nítrico) as artérias coronárias, o leito vascular periférico e os vasos de
capacitância venosa. Reduzem a dor isquêmica associada à isquemia coronária, embora não
substituam a analgesia com narcóticos. ASPIRINA (antiagregante plaquetário) Fundamento: Inibe irreversivelmente a COX e a produção de TXA-A2, impedindo à agregação plaquetária,
a reclusão coronária e a recorrência de eventos após
a terapia fibrinolítica.
BETABLOQUEADORES Fundamento: - Prove a redução da incidência de re-infarto em
pacientes que recebem terapia fibrinolítica; bloqueia o estímulo simpático sobre a FC e a
contratilidade miocárdica, diminuindo o VO2; reduz a incidência de complicações mecânicas
associadas em pacientes que não recebem terapia fibrinolítica; reduz a pós-carga ventricular
bem como a extensão da lesão, a isquemia pós-infarto e a incidência de taquiarritimias
ventriculares. CLOPIDOGREL - É um remédio antitrombótico que evita a agregação
plaquetária e a formação de trombos, podendo, por isso, ser utilizado no tratamento e
prevenção da trombose arterial. Clopidogrel está indicado para prevenção de tromboses e
doenças cardiovasculares em pacientes que sofreram um infarto ou AVC. Além disso, o
Clopidogrel também pode ser usado para prevenir problemas trombóticos em pacientes com
angina instável ou fibrilação atrial. HEPARINA - É um anticoagulante de uso injetável que
previne a formação de trombos e, pode ser encontrado no mercado com o nome de
Liquemine. A liquemine está indicada para a prevenção de tromboses arteriovenosas e
prevenção da embolia pulmonar. Discussão: Este estudo nos faz refletirmos sobre nossos
conhecimentos sobre o IAM, pois, assim como foi relatado neste trabalho esta patologia é
uma das causas principais de mortalidade no Brasil e no mundo, por isso a importância de tal
estudo. Sabemos que os profissionais de enfermagem têm responsabilidades fundamentais na
ação de atendimento e tratamento de pacientes com IAM, seu trabalho eficaz e sistematizado
pode salvar várias vidas. Observa-se que o conhecimento sobre dispositivos e técnicas
fundamentais como o cateterismo cardíaco em situações de emergência, para determinar a
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exata localização da obstrução que está causando o infarto agudo do miocárdio e planejar a
melhor estratégia de intervenção é muito importante. A enfermagem também possui papel
fundamental na prevenção do IAM visando minimizar ou inibir os fatores de risco, levando
informações sobre a patologia e hábitos de vida adequados e saudáveis para a população.
Mas, se a enfermagem juntamente com uma equipe multidisciplinar é responsável pelo
atendimento, tratamento e prevenção do IAM.
Referências
1-SANTOS, N.C.M, Urgência e Emergência para enfermagem: do atendimento pré-hospitalar
(APH) à sala de emergência. -- 6. ed. ver. et,al – São Paulo: látria 2010.
2-PATHOPHYSIOLOGY MADE INCREDIBLY EASY, Second Edition 2002 by Lippincott,
Williams & Wilkins, All rights reserved. Published by Arrangement Williams & Wilkins,
Inc., U.S.A. Direitos exclusivos para a lingual portuguesa Copyright 2004 by
EDITORA GUANABARA KOOGAN S.A. Travessa do ouvidor, 11, Rio de Janeiro-RJ.
3-Diagnósticos de enfermagem da NANDA: definições e classificação 2012-2014/ [NANDA
internacional]; tradução: Regina Machado Garcez; revisão técnica: Alba Lucia Bottura Leite
de Barros... [ et al.].-- Porto Alegre: Artmed 2013.
4-http://www.minhavida.com.br/saude/temas/infarto
5-http://www.einstein.br/Hospital/cardiologia/exames-e-testesdiagnosticos/Paginas/cateterismo-cardiaco.aspx
6-http://www.bancodesaude.com.br/infarto-miocardio/tratamento-infarto-agudo-miocardio
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CUIDADOS DE ENFERMAGEM EM PACIENTE IRC
Autores: Ney Daniel Batista; Victor Cauê Lopes
Identificação: J.B.F. 32 anos, sexo masculino, católico, PNE (deficiente intelectual), natural
de Juara/MT. Histórico e Exame Físico: Deu entrada nesta unidade de saúde acompanhado
por seu irmão, deambulando, com tosse, dispneico, anúrico, edema nos MMII, refere não
fazer Hemodiálise há cinco dias, por mudança de cidade. E dentre exames solicitados o de
RX de tórax apontou o início de processo inflamatório nos pulmões. Quanto ao Exame Físico:
paciente em BEG, peso 78 kg, altura 1,65 m, apresenta alopecia, pupilas isocólicas
fotorreagentes, linfonodos não palpáveis, traqueia móvel sem estase jugular, presença de
fistula em MSE, ausculta cardíaca BRNF 2T sem sopros, ausculta pulmonar com estertores
bolhosos difusos, abdome semi globoso e flácido com ruídos hidroaéreos presentes.
Diagnóstico de Enfermagem: notou-se o padrão respiratório ineficaz. Planejamento de
Enfermagem: se concentrou na melhora do diagnóstico citado. Implementação de
Enfermagem: buscou-se ofertar oxigeno terapia com cateter de oxigênio cpm, elevar
decúbito para semi-fowller para proporcionar conforto respiratório, restringir e orientar
ingesta hídrica do paciente, encaminhar o paciente à hemodiáse cpm e incentivar segmento da
dieta hipossódica. Avaliação de Enfermagem: o paciente evolui eupneico com diminuição
de estertores durante ausculta. Estudo da Fisiopatologia: Geralmente ocorre a destruição do
tecido e perda da função renal. São afetadas gradativamente as unidades funcionais
responsáveis pela filtração, reabsorção, secreção renal. Sendo assintomático esse processo na
diminuição da filtração glomerular, notável apenas quando sua capacidade normal está em
menos de 25 %. O parênquima se perde rapidamente havendo aumento dos sintomas devido a
diminuição da função renal. É uma doença fatal se não houver tratamento com diálise ou
transplante. Assim à manutenção da vida do IRC se centraliza na diálise ou no transplante.
Medicação: O Gel Fixador de Fosfato ajuda a manter níveis apropriados de cálcio e fósforo
no sangue, os fixadores de Potássio previnem elevações perigosas no sangue, Suplementos
multivitamínicos e Ferro esses medicamentos são necessários devido às perdas significativas
de nutrientes durante a diálise, Anti-hipertensivos geralmente quem faz hemodiálise tem a
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pressão arterial alta, por isso a necessidade de medicamentos para controlá-la. Discussões: O
caso retratado evidencia um paciente com IRC, que teve seu quadro de saúde agravado por
não estar em dia em seu tratamento de hemodiálise, com consequente retenção de líquidos
nos vasos e extravasamento para os tecidos, causando edema, nos pulmões e MMII. Fato
comum nos IRC devido ao aumento da permeabilidade dos vasos, e assim enfatizando a
importância da hemodiálise para a manutenção da vida do paciente.
Referências
Disponível em:<http://www.portal da dialise.com>. Acesso em 31 de outubro de 2015.
NANDA. Diagnósticos de enfermagem da NANDA: definições e classificação 2012-2014.
Porto Alegre: Artmed, 2013.
Sociedade Brasileira de Nefrologia. Disponível em:<http://www.sbn.org.br>. Acesso em 30
de outubro de 2015.
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Câncer Cervical (Colo do útero) no Pré-Operatório.
Autora: Paula Souza Santos; Diógenes Alexandre Costa Lopes
Identificação: M.S. R, 58 anos, casada, sexo feminino, Admitiu no Hospital Municipal de
Juina ás 08h00min, Terça – Feira (19 de outubro de 2015). Histórico: M.S. R, 58 anos,
comparece no hospital ás 07h00min horas encaminhada da UBS para Histerectomia
Abdominal Total; Com dieta zero desde 22h00min do dia 18 de outubro de 2015; Na
entrevista com a enfermeira a paciente se mostra ansiosa, respiração ofegante, taquicardia, 6
filhos de parto normal, teve inicio a menopausa aos 46 anos; sua ocupação é do lar; ensino
fundamental completo, não tem antecedente cirúrgico e anestésico, não tem alergia, não usa
medicamento contínuo, tem muito sangramento pós-coito, fumante, dor pélvica, lecorreia.
Exame físico: Peso 67 kg, altura 156 cm, PA: 140|60mmhg, FC 101bpm, FR 22rpm.
Avaliação da tireóide, tórax, coração, pulmões, mamas, abdome, pelve e reto não teve nem
uma alteração; no exame especular constatou tumoração e ulceração; Exames: HG,
Coagulograma, glicemia, ECG, ANTI-HIV e Biopsia Nic 2 (IIA). Foi explicado de forma
clara com uma linguagem acessível às normas e rotinas hospitalares e sobre a cirurgia e pós operatório e esclarecido as duvidas e preocupações; apresentou a equipe e clientes do quarto;
orientado quanto á localização, funcionamento e equipamentos que compõem a unidade. A
paciente confirmou a assinatura do Termo de responsabilidade de internação e o Termo de
consentimento informado da cirurgia. A enfermeira comunicou o Serviço de Nutrição e
Dietética (SND) e demais serviços que compõe a equipe multiprofissional hospitalar.
Diagnóstico
de
cirúrgica.2.Risco
enfermagem:
de
Infecção
1.Ansiedade
no
local
relacionada
cirúrgico
com
uma
relacionado
com
intervenção
o
processo
operatório.3.Risco de lesão pelo posicionamento Pré-operatório.4. Risco de retenção Urinária
relacionada com anestesia. O planejamento de enfermagem: 1. A paciente verbalizará
ansiedade reduzida ou controlada. 2. A paciente permanecerá livre de infecção no sítio
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cirúrgico. 3. A paciente estará livre de lesão relacionada com posicionamento cirúrgico. 4. A
paciente manterá ou retomará padrões normais de eliminação urinária. 5. Verbalizará o
entendimento exato e a sensação de segurança relacionada com a situação atual.
Implementação de Enfermagem: “O plano de cuidados capacita a enfermeira perioperatório
a prestar cuidados á paciente de forma organizada e individualizada” (ALEXANDER, 2007).
Promover um conjunto básico de instrumentos cirúrgico para Histerectomia Abdominal Total
á preferência do cirurgião. A enfermeira perioperatória deve prever o exame sob anestesia
(ESA) e assegurar que luvas
estéreis e um lubrificante apropriado estejam disponíveis.
Promover curativos (estéreis) e o absorvente perineal. Encorajar a expressão de preocupações
ou esclarecimento de necessidades. Usar presença de contato para comunicar conforto e
interesse. Discutir com a paciente a importância a deambulação precoce. Orientar a paciente
com a incapacidade de urinar no pós- operatório e a presença de cateter de demora. Seguir as
medidas seguras para toda medicação administradas. Realizar medicação conforme prescrição
médica. Preparar local cirúrgico com uma solução anticéptica; registrar condição da pele no
local cirúrgico e solução usada. Obedecer a precauções – padrão e prática de prevenção e
controle de infecção. Discutir a importância de técnicas adequadas de lavagem das mãos
quando a troca de curativos. Determinar a influência de crenças culturais, normas e valores
sobre a imagem corporal da paciente. Manter a privacidade da paciente. Usar números
adequado de pessoal para transferir e posicionar a paciente. Fixar a paciente no mês de (SO)
na posição de Trendelenburg, monitorar a respiração, flexionar ligeiramente os joelhos. Usar
dispositivos de posicionamento redutores de pressão. Reavaliar o acolchoamento de pressão e
proteção. Avaliação de Enfermagem: A M.R. S atingiu os resultados estabelecidos no préoperatório, e portando terá a continuidade á terapia proposta durante a fase pós-operatória, ela
verbalizou preocupações e usaram estratégicas de enfrentamento pessoalmente eficazes, ela
relatou compreensão dos sinais e sintomas de infecção para relatar ao seu médico e
reconheceu as medidas para prevenção de infecção (ex. lavagem das mãos), sem sinais
flogísticos. Tudo foi anotado no prontuário da paciente e relatório foi transmitido para equipe
de enfermagem, para assegurar a continuidade do plano de cuidado. Estudo da
Fisiopatologia: O câncer do colo do útero é caracterizado pela replicação desordenada do
epitélio de revestimento do órgão, comprometendo o tecido subjacente (estroma) e podendo
invadir estruturas e órgãos contíguos ou à distância. Há duas principais categorias de
carcinomas invasores do colo do o útero, dependendo da origem do epitélio comprometido: o
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carcinoma epidermoide, tipo mais incidente e que acomete o epitélio escamoso, e o
adenocarcinoma, tipo mais raro e que acomete o epitélio glandular. (Brasil, 2013). O
papiloma vírus humano (HPV; especialmente os tipos 16 e 18) tem sido associado com câncer
cervical e é considerado um dos principais fatores de risco para seu desenvolvimento.
(SUSAN, 2010). Os termos que foram usados para descrever é NIC; NIC 1 refere-se á
proliferação celular anormal no terço inferior do epitélio; essa alteração tende a ser
autolimitada e geralmente regride para normalidade. NIC 2 envolve os dois terços inferiores
do epitélio e pode progredir para o carcinoma in situ. NIC 3 envolve toda a espessura do
epitélio e, com frequência, progride para carcinoma in situ. (LOWDERMILK,2012). As
lesões precursoras do câncer do colo do útero são assintomáticas, podendo ser detectadas por
meio da realização periódica do exame cito patológico e confirmado pela colposcopia e
exame histopatológico. No estágio invasor da doença os principais sintomas são sangramento
vaginal (espontâneo, após coito ou esforço), leucorreia e dor pélvica, que podem estar
associadas com queixas urinárias ou intestinais nos casos mais avançados. Ao exame
especular podem ser evidenciados sangramento, tumoração, ulceração e necrose no colo do
útero e estruturas subjacentes. (Brasil,2013).
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Medicação: Anestesia Epidural é um tipo de anestesia aplicada no espaço peridural da coluna
vertebral, sem perfurar a dura-máter (membrana que envolve o cérebro e a coluna) e, portanto,
sem atingir o líquor (líquido que banha o cérebro e a medula espinhal). Ela mantém a pessoa
acordada, mas torna insensível a parte inferior do corpo, normalmente até o umbigo.
A anestesia peridural pode também ser aplicada a nível torácico, produzindo efeitos
anestésicos em outras regiões do corpo trata-se de anestesiar apenas as fibras nervosas que
conduzem a dor, embora possa acontecer de o anestésico impedir a movimentação das pernas.
Geralmente é associada a uma sedação para evitar o desconforto da cirurgia e foi a medicação
(Bupivacaína0, 5% inibe a geração e a condução de impulsos nervosos através da inibição de
canais de sódio e da membrana de células nervosas); Vasopressina é injetada diretamente no
útero para diminuir sangramento durante a Histerectomia, ações causam vasoconstrição
através da estimulação direta do músculo liso, administração 20 unidades|ml a serem diluídas
em soro injetável conforme determinado pelo cirurgião; Monitorar sinais vitais e verificar
diluição com cirurgião. SPOG 500 ml, Dipirona 1,5 ml é um derivado pirazolônico nãoAJES – Faculdade do Vale do Juruena - Departamento de Enfermagem - Av. Gabriel Müller, 1065 – Módulo 01 – Juína/Mato Grosso –
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narcótico com efeitos analgésico e antipirético. O seu mecanismo de ação não se encontra
completamente investigado. Alguns dados indicam que seu principal metabólito (4-Nmetilaminoantipirina) possui mecanismo de ação central e periférico combinada. Será
administrada intravenosa em 6|6hrs. Discussões: A admissão da paciente M.R. S é entendida
como sendo a entrada e permanência no hospital Municipal por determinado período, sua
cirurgia foi programada. Foi feita o sistema de assistência de enfermagem perioperatório
(SAEP), teve como objetivo diminuir máximo os riscos decorrentes ao processo cirúrgico. No
começo a cliente sentiu-se ansiosa, insegura á frente da hospitalização, pois, depois das
intervenções de enfermagem a paciente confiou na eficiência e a eficácia da equipe
multiprofissional, esse de confiança se estabeleceu em todo seu processo de internação e
proporcionou o conforto e segurança. E tudo foi relatado no prontuário M.S. R, para assegura
o fluxo de informação entre as equipes e continuidade da assistência para ter ótima evolução e
resultados esperados.
Referências
1. Saberes e práticas:guia para ensino e aprendizado e de enfermagem.Vol05.Genilda
Ferreira Murta.7.ed.São Caetano do Sul, SP,2012.pág153 á 185.
2. Saberes e práticas: guia para ensino e aprendizado e de enfermagem. Vol01.Genilda
Ferreira Murta.7.ed.São Caetano do Sul, SP,2012.pág295 á 318.
3. Orshan, Susan A. Enfermagem na saúde das mulheres, das mães e dos recémnascidos: o cuidado ao longo da vida. Porto Alegre: Artmed, Ed 01,2010.pág190 á
191.
4. Enfermagem em clínica médica e cirúrgica: teoria e prática: Aspásia Basile Gesteira
Souza, Lucimara Duarte Chaves e Maria Claudia Moreira da Silva, organizadores. São
Paulo:Martinari,2014.pág199 á 203.
5. Alexander Cuidados de enfermagem ao paciente cirúrgico. RJ: Elservier,2007.pág415
á 426.
6. Timby, Enfermagem médico-cirúrgico. SP: Manole, 2005. pág.:928.
7. Brunner & Suddarth, tratado de enfermagem médico-cirúrgico.RJ:Guanabara
Koogan.2005.pág 1520 há 1521.
8. Obstetrícia e saúde da mulher. Deitra Leonard Lowdermilk.RJ:Elservier,2012.pág248
á 250.
9. Oncologia ginecologia: aspectos atuais do diagnóstico e do tratamento. Marcos
Desidério Ricci. Barueri,SP:Manole,2008.pág133 á 145.
10. Brasil, Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção á Saúde. Departamento de Atenção
Básica. Controle dos Cânceres do colo do útero e da mama.2ed.Brasília:Editora do
Ministério da Saúde,2013.pág42 á 47.
11. Diagnóstico de enfermagem: intervenção, prioridade, fundamentos. Marilynn E.
Doenges. RJ:Guanabara Koogan,2013.pág87 e 406.
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ESCLEROSE MÚLTIPLA
Autores: Paulo A. de Jesus; Diógenes Alexandre da Costa Lopes
Trata-se de um estudo de caso clínico, utilizando o processo de enfermagem nas suas fases de
histórico, diagnóstico de enfermagem, planejamento, intervenção e avaliação dos resultados.
Utilizando a teoria das necessidades humanas básicas (NHB). Caso Clínico: Paciente F.P.S
35 anos casada, mãe de três filhos, do lar nos últimos dez dias tem se queixado de fadiga,sente
se apática,com dificuldades para realizar suas atividades diárias, a mesma relata que está com
fraqueza nos membros superiores direito e esquerdo e com leve espasmos nos músculos dos
membros inferiores direito e esquerdo,e está com dificuldade em manter-se o equilíbrio
corporal, sente dor e distúrbio visuais e devido a esses sintomas seu marido a levou a até o
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hospital para uma consulta médica e ela relatou suas queixas ao profissional e diante de todos
esses sintomas o médico solicitou uma ressonância magnética cerebral,após ter realizado o
exame foi diagnosticada com Esclerose Múltipla. Introdução: A esclerose múltipla (EM) é
uma doença que compromete a bainha de mielina do sistema nervoso central (SNC). A bainha
de mielina é uma estrutura particular do sistema nervoso, pois envolve os axônios conferindolhes uma separação e isolando-os entre si, sendo sua integridade fundamental para a
propagação adequada do impulso nervoso. A presença de grandes números de axônios
mielinizados confere à substância branca sua coloração característica. A esclerose múltipla é
uma doença que tem como substrato anatomopatológico básico um processo inflamatório que
acomete a substância branca do SNC. Pertence ao grupo das denominadas doenças
desmieliniantes do SNC, juntamente com a encefalomielite disseminada aguda e a
encefalomielite necrozantes hemorrágica aguda. A esclerose múltipla tem sua tipificação em
pessoas de qualquer idade, mas se manifesta tipicamente em adultos jovens entre 20 a 40 anos
de idade ela afeta mais freqüentemente mulheres que homens (Holland & Madona, 2005),
porém o antígeno causador ainda não foi identificado, múltiplos fatores contribuem para o
desencadeamento do processo imune, a prevalência geográfica é mais alta em toda a Europa,
na Nova Zelândia, no Sudeste da Austrália, no norte dos Estados Unidos e no Sul do Canadá
(Olek 2005) Os pesquisadores acham que alguma exposição ambiental na juventude pode
contribuir para o desenvolvimento da EM mais tardiamente na vida. A predisposição genética
é indicada pela presença de um grupo específico (haplotipo) de antígenos leucocitários
humanos (HLA) na parede celular. A presença desses haplótipo pode promover a
suscetibilidade a fatores, tais como vírus capazes de desencadear a resposta autoimune ativada
na EM. Não foi identificado um vírus especifico capaz de desencadear a resposta autoimune.
Acredita-se que o DNA do vírus emiti a seqüência de aminoácidos de mielina, ocasionando
uma reação cruzada no sistema imune na presença de um sistema imune deficiente (Holland
& Madona, 2005) a EM não é a única doença com esta característica. A destruição da mielina
é causada por uma inflamação localizada de algumas fibras. Quando a inflamação acaba,
ocorrem cicatrização e endurecimento do local da inflamação (esclerose). Esta área ou região
que foi atingida é chamada placa de desmielinização. Tipos de esclerose múltipla Pode ser
classificada de acordo com a freqüência e gravidade dos sintomas neurológicos nos tipos:
EM PROGRESSIVA PRIMÁRIA: o paciente não apresenta surtos. Desde o início da
doença os sintomas progridem lenta e continuamente. As queixas mais comuns EM
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PROGRESSIVA PRIMÁRIA são a dificuldade de andar e problemas de controle urinário.
EM FORMA SURTO-REMISSÃO: ocorrem períodos de surgimento súbito ou piora dos
sintomas neurológicos acompanhados de períodos de melhora ou mesmo desaparecimento dos
sintomas.
ESCLEROSE MÚLTIPLA PROGRESSIVA SECUNDÁRIA: no início o
paciente apresenta surtos e remissão dos sintomas, mas após alguns anos passa a ter uma piora
lenta e progressiva dos sintomas, com ou sem surtos associados. INCIDÊNCIA E
PREVALÊNCIA: A EM é uma das causas mais comuns de incapacidade na população
adulta jovem. A sua incidência (número de casos novos por ano) no mundo inteiro é de cerca
de 0,1% A sua prevalência (número de casos diagnosticados em uma determinada população)
é bastante variável de um lugar para o outro. Por exemplo, nos Estados Unidos e em alguns
países da Europa existem 30 casos para cada 100.000 habitantes. No Brasil, em especial na
região sul e sudeste, existem cerca de 16 casos para cada 100.000 habitantes. A EM é mais
comum em mulheres e em indivíduos da raça branca. A idade de início da doença varia de 18
a 35 anos, mas ela pode surgir em qualquer idade, embora seja muito rara em crianças e em
indivíduos de maior de 60 anos de idade. O paciente portador de esclerose múltipla pode ter
varias complicações em virtude da doença, como epasticidade muscular: podem ocorrer
déficits residuais que se acumulam com o tempo, contribuindo para o declínio funcional,
cerca de 50% daqueles portadores de EM com evolução RR passam a apresentar uma
evolução grave, em que a evolução da doença se dá com ou sem recidivas. EM progressiva
primária pode ocasionar tetraparesia, disfunção cognitiva, perda visuais e síndromes do tronco
cerebral. O quadro clínico inicial é mais raro (cerca de 5%dos casos). Sinais sintomas Os
sinais e sintomas são variados e múltiplos, refletindo a localização da lesão ou da combinação
de lesões, os sintomas mais comumente relatados são fadiga, depressão, fraqueza, dormência,
dificuldade de coordenação, perda do equilíbrio e dor Alterações da bexiga ou do intestino
(dificuldade de reter a urina, dificuldade para urinar, constipação, dificuldade de controlar as
fezes);. Amortecimento ou dores em choque no rosto; Alterações de comportamento
(mudanças bruscas de humor, depressão); Alterações da função sexual (impotência);
Alterações visuais (dor ocular, perda de visão em um olho, visão dupla – diplopia,
movimentos oculares anormais e involuntários – nistagmo). Alterações mentais (dificuldade
de memória, raciocínio, concentração, atenção). Diagnóstico: O diagnóstico é baseado na
história médica, no exame físico e neurológico, exames de sangue, ressonância magnética,
exame de líqüor, e outros testes neurológicos. Exames de sangue: são realizados para excluir
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outras doenças que possam produzir sintomas semelhantes neurológicos. Ressonância
magnética: permite visualizar com detalhes o cérebro e a medula espinhal. Na EM podem-se
observar lesões da substância branca, onde estão as fibras com mielina. Estas lesões podem ou
não ficar realçadas pelo contraste (gadolíneo). Deve-se ter muito cuidado na interpretação dos
achados de alterações em substância branca, pois muitas condições podem produzir alterações
semelhantes e não se trata da mesma. Dependendo da distribuição, forma e tamanho das
lesões da substância branca, elas podem ser muito sugestivas de EM. Contudo, não existem
achados 100% específicos para a mesma. A correlação destes achados com os demais dados é
crucial para um diagnóstico final preciso Exame de líqüor a punção lombar com coleta de
líqüor é realizada para determinar a presença ou ausência de bandas oligoclonais. A sua
presença indica que existe uma produção aumentada de anticorpos dentro do sistema nervoso
central. Estão presentes em mais de 85% dos pacientes com EM. A presença de bandas
oligoclonais não ocorre exclusivamente nesta patologia. Com o exame de líqüor também são
realizados testes para afastar outras doenças que possam produzir sintomas neurológicos
semelhantes (p.ex. vírus HTLV-1, produzindo uma doença chamada paraparesia espasticidade
tropical). Fisiopatologia: Células T são sensibilizadas atravessam tipicamente a barreira
hematoencefálica; sua função é verificar o SNC quanto a antígenos e depois sair. Na EM, as
células T sensibilizadas permanecem no SNC promovem a infiltração de outros agentes que
lesam o sistema imune (Rosa & Geha, 2004). O ataque ao sistema imune ocasiona uma
inflamação que destrói a mielina (que normalmente isola o axônio e acelera a condução dos
impulsos ao longo do axônio) e as células oligodendrogliais que produzem mielina no SNC.
A desmielinização interrompe o fluxo de impulsos nervosos e acarreta manifestações
diversas, dependendo dos nervos afetados. Aparecem placas nos axônios desmielinizados,
interrompendo ainda mais a transmissão dos impulsos. Os axônios desmielinizados se
encontram espalhados de forma irregular por todo SNC. As áreas mais afetadas são os nervos
ópticos, o quiasma óptico e os tratos ópticos; o encéfalo; o tronco cerebral e o cerebelo; e a
medula espinhal. Finalmente, os próprios axônios começam a degenerar, ocasionando danos
permanentes e irreversíveis (Holland & Madona). Medicações: São prescritas medicações
para o controle de sintomas específicos Bacoflen (lioresal), um agonista do ácido gamaaminobutirico (Gama), é a medicação de escolha para o tratamento da espasticidade. Pode ser
administrado oralmente ou por injeção intratecal Benzodiazepínicos (valium), tizanidina
(Zanaflex) e dantrolene (Dantrium), também pode ser usado para o tratamento da
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espasticidade. Pacientes com espasmos e contraturas incapacitantes podem precisar de
bloqueios nervosos ou de intervenções cirúrgicas. Uma fadiga que interfira nas atividades da
vida diária pode ser tratada com amantadina, premolina ou fluoxetina (Prozac). É notório que
o portador de esclerose múltipla seja tratado com uma equipe multidisciplinar como: Um
neurologista, Psicólogo, Fisioterapeuta e também é de muita importância nesses momentos a
presença do enfermeiro que irá orientá-lo sobre a sua nova fase de vida, e traçando um
processo de enfermagem que ajudará o paciente, pois o profissional de enfermagem terá uma
relação enfermeiro-paciente, e desta forma traçara um plano de enfermagem fazendo uso de
seus conhecimentos científicos, como por exemplo, a SAE. Sistematização do paciente com
esclerose múltipla. Diagnóstico de enfermagem: Com base nos dados do histórico, o
principal diagnóstico de enfermagem do paciente pode incluir os seguintes: Mobilidade física
no leito prejudicada relacionada à fraqueza, paresia muscular, espasticidade Risco de lesão
relacionada ás alterações sensoriais e visuais. Eliminação da urina e intestinal alteradas
(urgência, freqüência, incontinência, constipação intestinal) relacionada à disfunção do
sistema nervoso Comunicação verbal prejudicada e risco de aspiração relacionada ao
envolvimento de nervos cranianos (Processo de pensamento alterado perda de memória,
demência, euforia) relacionados à disfunção cerebral Enfrentamento individual ineficaz
relacionado à incerteza quanto à evolução da EM Gerenciamento prejudicado na manutenção
domiciliar relacionado aos limites físicos psicológicos e sociais imposto pela EM Risco de
disfunção sexual relacionado às lesões ou a uma reação psicológica. Intervenção de
enfermagem: A intervenção de enfermagem para Marck (2008) é um conjunto de ações que
são programadas com base no que foi observado no diagnostico de enfermagem, onde suas
prioridades é minimização dos sinais e sintomas que a EM pode causar buscando uma rápida
recuperação do paciente intervindo, auxiliando-o onde mais necessita de acordo com
observações de enfermagem específicas ao cuidado da EM, que são: Promovendo a função
motora:
Geralmente esta etapa do cuidado compete ao profissional de fisioterapia, que
vão estimular a movimentação do paciente, alongando e fortalecendo a musculatura
ensinando o paciente e seus familiares como ajudar-lo a se estimular, no caso de falte desse
profissional da saúde o enfermeiro norteara suas ações a estimular a deambulação e orientar
exercícios que ajudam a melhorar o tônus muscular, dando todas as orientações necessárias
para o bom entendimento dos exercícios tanto pela família como pelo paciente frisando a
importância da movimentação ao paciente com EM. Minimização da fadiga: Na
AJES – Faculdade do Vale do Juruena - Departamento de Enfermagem - Av. Gabriel Müller, 1065 – Módulo 01 – Juína/Mato Grosso –
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minimização da fadiga é devido ao fato do cansaço comum devido à patologia, deve-se
explicar ao paciente que a fadiga é uma parte integrante da EM, sendo importante enfatizar a
necessidade de evitá-la e também aos seus agravantes como falta de repouso, calor ou
exercícios em excesso, deixando claro que é muito importante que pratique exercícios físicos,
mas com moderação nunca forçando alem dos seus limites, que desenvolva uma vida
saudável com dieta, repouso, exercícios, relaxamento e sono equilibrados. Otimização da
função sensorial: Estimular o paciente a procurar ou encaminhá-lo ao oftalmologista,
fornecer um ambiente seguro, mantendo a disposição do mobiliário e artigos pessoais
inalterada permitindo a melhor familiarização com sua localização, o chão livre de obstáculos,
se possível, com material antiderrapante, ajudar-lo a se adaptar e incentivá-lo a se locomover
sozinho apesar de qualquer alteração sensorial que porventura possa ter. Mantendo a
eliminação urinaria: Garantir e incentivar a ingestão hídrica adequada, avaliar e ensinar o
paciente a identificar e relatar os sinais e sintomas de uma possível infecção do trato urinário.
Para paciente com recidiva de infecções pode ser feito o programa com treinamento vesical
para diminuir a incontinência ou o cateterismo para evitar infecções por urina residual,
anotando as micções ou volumes retirados através da sonda vesical, não se esquecendo de
sempre perguntar se tem alguma queixa ao urinar. Restringir a ingestão de alimentos salgados
ou ingestão excessiva de líquido por no mínimo ate duas horas antes e dormir. Normalizando
os processos familiares: Estimular o diálogo familiar sobre o problema, exteriorizando os
sentimentos, sugerir a divisão nos afazeres e responsabilidades, para que o paciente seja mais
independente não se sinta um peso, além de incentivar que todos participem direta ou
indiretamente do tratamento. Promovendo a função sexual: Estimular a comunicação aberta
entre
o
casal
e
se
julgar
necessário
sugerir
aconselhamento
com
terapeuta
ocupacional. Educação do Paciente e Manutenção da Saúde e Cuidados Comunitários ou
Domiciliares. Estimular o paciente a pratica de atividades, principalmente que lhe dêem
prazer, pois a pratica forçada logo se desanima, embora com menos intensidade, respeitando
os limites próprios do corpo, evitando exposição a ambientes com muito calor ou frio
excessivo, esclarecer sobre os medicamentos usados e os possíveis efeitos colaterais, mas
deixando claro que os mesmos devem ser relatados, em caso de auto-injeção, ensinar a técnica
correta e os cuidados que devem ser tomada tanto na conservação, administração e descarte de
recipientes e agulhas da medição. Evolução. Resultados Esperados do Paciente: Melhora
da mobilidade física; Participa de um programa de treinamento da marcha e reabilitação ;
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Estabelece um programa equilibrado de repouso e exercício;
Usa corretamente e com
segurança os dispositivos auxiliares; Mostra-se livre das lesões Usa indicações visuais para
compensar a diminuição do sentido do tato ou do sentido posicional Pede ajuda quando
necessário Obtém e mantém o controle dos padrões vesicais e intestinais
Monitora a si própria quanto à retenção de urina e emprega a técnica do autocateterismo
intermitente, quando indicada Identifica sinais e sintomas de infecções do trato urinário
Mantém uma ingestão adequada de líquidos e de fibras Participa de estratégias para
melhorar a fala e deglutição Pratica exercícios recomendado pelo fonoaudiólogo Mantém
uma ingestão nutricional adequada sem aspiração Compensa as alterações nos processos de
pensamento Usa listas e outros auxiliares para compensar as perdas da memória Discute
problemas com um conselheiro ou amigo de confiança Pratica novas atividades em
substituição àquelas que não são mais possíveis Demonstra estratégias adaptativas eficazes
Mantém o sentimento de controle .Modifica o estilo de vida para se adaptar as metas e
limitações Verbaliza o desejo de buscar atingir metas e tarefas ao desenvolvimento da idade
adulta Adere ao plano para controle da manutenção domiciliar Usa técnicas apropriadas
para manter a independência Pratica atividades de promoção da saúde e avaliação da saúde
quando apropriado Adapta-se às alterações na função sexual É capaz de discutir os
problemas com o parceiro e um profissional de saúde apropriado Identifica meios alternativos
da expressão sexual Discussões: A pesquisa de enfermagem sobre a esclerose múltipla foi de
grande importância para ter conhecimentos necessários quanto a sistematização de
enfermagem conferindo-lhes três fases na recuperação do portador com EM, desde sua
internação até a alta do paciente, durante o período de internação o enfermeiro faz o
diagnóstico de enfermagem, identificando as possíveis intervenções para o quadro clínico do
paciente, mostrando assim que é de grande importância a participação do enfermeiro para
recuperação do paciente, e não só o atendimento médico, o profissional de enfermagem tem a
oportunidade de estar mais em contato tanto com o enfermo, quanto aos seus familiares,
informando-os sobre a sua nova vida diante desse prognóstico, irá orientá-los como cuidá-lo.
Por meio deste trabalho interdisciplinar, conclui-se que o enfermeiro possui uma importância
significativa dentro do âmbito hospitalar por meio da execução da SAE, promovendo a
recuperação satisfatória do paciente, estimulando também a reabilitação do mesmo e o seu
retorno á sociedade com o menor numero de seqüelas possíveis.
Referencias:
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1- Dr. Walter Oleschko Arruda CRM 7829 – Neurologia Instituto de Neurologia de Curitiba
2- Holland & Madona, 2005 pag.1931 livro Tratado de enfermagem Médico-Cirúrgico Décima primeira
edição Volume 4
3- Livro A neurologia que Todo Médico precisa saber pagina 335 capitulo 16, Dagoberto Callegare
4- NANDA, Diagnóstico de Enfermagem
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