UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES Pós-Graduação “Lato Sensu” Instituto a Vez do Mestre Clima Organizacional Por Rosineide Moraes de Andrade RJ, Junho 2008 1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES Pós-Graduação “Lato Sensu” Instituto a Vez do Mestre Clima Organizacional Apresentação monográfica à Universidade Candido Mendes como condição prévia para à conclusão do curso de pósgraduação “Lato Sensu” em Gestão de Recursos Humanos. Por : Rosineide Moraes de Andrade RJ, Junho 2008 2 Dedicatória “Dedico este trabalho a todos que de forma direta ou indireta, contribuíram para elaboração deste trabalho.” 3 Agradecimentos Durante o período de elaboração desse trabalho contei com a compreensão, colaboração e incentivo dos que apostaram em meu potencial, e venho aqui expressar meus sinceros agradecimentos. À Deus, pois sempre esteve comigo nos bons e nos maus momentos ocorridos em minha vida. Aos meus pais, pois se não fossem por eles, não estaria aqui. Aos meus familiares e amigos pela compreensão em alguns momentos de desatenção. À professora Adélia Araújo, por ter me orientado na elaboração deste trabalho, contribuindo de forma direta para o meu crescimento. À minha amiga e companheira de grupo Márcia Farias Dutra de Brito pela troca de experiência. Ao amigo Fabio Pinto, que me orientou nos momentos de dúvida sobre o assunto abordado. 4 Sumário INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 06 CAP I – O PAPEL DOS RECURSOS HUMANOS NA ORGANIZAÇÃO ............... 10 1.1. Conceito de Gestão de Pessoas ........................................................................ 11 1.2. O Contexto dos Recursos Humanos................................................................... 13 CAP II – CLIMA ORGANIZACIONAL ..................................................................... 16 2.1. Conceito de Clima Organizacional .................................................................... 16 2.2. A Ferramenta do Clima Organizacional ............................................................. 20 CAP III – GESTÃO DO CLIMA ORGANIZACIONAL .............................................. 24 3.1. Conceito de Cultura e Cultura Organizacional.................................................... 25 3.2. A Gestão da Cultura como fator fundamental para manutenção do Clima Organizacional: O Papel do Recursos Humanos ...................................................... 28 Considerações Finais .............................................................................................. 31 Referências Bibliográficas ..................................................................................... 33 Anexo ........................................................................................................................ 35 5 INTRODUÇÃO Esta monografia surgiu através do interesse em saber como os Recursos Humanos que funcionam como agentes de mudanças, podem ultrapassar a barreira de gerenciador de capital humano, apoiando iniciativas e planos de ação que contribuem para a execução das estratégias Organizacionais. Através da ferramenta de Clima Organizacional que irei realizar este trabalho, com a percepção coletiva dos colaboradores da Organização e com a experimentação de práticas, políticas, estruturas, processos, sistemas e conseqüentes reações às percepções. Desta forma, a pesquisa de Clima nos permite mapear o ambiente de trabalho interno, focando os problemas e verificando quando os colaboradores estão motivados, proporcionando um “feed back” positivo no desempenho para a Organização. A proposta desta monografia é perceber quanto o grau de percepção do Clima Organizacional, pode influenciar no crescimento Organizacional partindo do estudo de pesquisa sobre Clima dentro de uma Organização. 6 Conhecer os fatores do Clima Organizacional que influenciam no crescimento institucional, o grau de motivação dos colaboradores, sua produtividade, as condições de trabalho que impactam no desenvolvimento e avaliar de que forma os Recursos Humanos funcionam como agentes de mudanças. Como a instituição gerencia as informações necessárias para apoiar as operações diárias e tomadas de decisões conforme Marcos Ornelas (2008): “O clima organizacional exerce influência direta e indireta. Segundo dados de pesquisa, funcionários com baixos índices de motivação utilizam somente 8% de sua capacidade de produção, enquanto aqueles com alto índices de motivação utilizam 60% dessa capacidade. Se concebermos que auto-estima é a capacidade que uma pessoa tem de confiar em si própria, de se sentir capaz de poder enfrentar os desafios da vida, é saber expressar de forma adequada para si e para os outros as próprias necessidades e desejos, é evidente que a percepção que as pessoas tem sobre o ambiente de trabalho será impactada pelo ambiente organizacional e vice –versa. “( P. 05) Como o Clima Organizacional deve estar coerente com o planejamento estratégico da organização e como deve contemplar questões de diferentes variáveis Organizacionais. Segundo especialista o que não se mede não se gerencia, portanto é necessário trabalhar os fatos dados, avaliar se o clima permite às organizações identificar as percepções de seus colaboradores sobre diferentes aspectos que influenciam o bem-estar no trabalho, permitindo identificar melhoria da qualidade dos serviços, da produtividade, do comprometimento dos colaboradores com o resultado da Organização e, por conseqüência aumentar a própria rentabilidade. O trabalho se inicia falando sobre o papel dos recursos humanos na organização, que se subdivide em duas partes a primeira aborda o conceito de gestão de pessoas e como os profissionais de recursos humanos devem estar atentos para serem estratégicos e operacionais ao mesmo tempo, tendo de focar o 7 longo e o curto prazo, já a segunda traz o contexto dos recursos humanos como agentes geradores de transformações e mudanças. Na segunda parte, será retratado o conceito de clima organizacional e sua ferramenta abordando seu conceito propriamente dito, conforme algumas definições desenvolvidas por estudiosos e pesquisadores que procuram explicar o conceito de clima organizacional, a utilização da pesquisa de clima, sendo uma ferramenta estratégica que permite a análise interna e externa da organização, proporciona identificar o clima, medir o ambiente e as condições de trabalho ouvindo seus colaboradores sobre o que pensam com relação à organização e as tomadas futuras de decisões Organizacionais. No ultimo capitulo é feita uma analise a respeito da questão gestão do clima organizacional, focando o tema cultura e cultura organizacional, tendo como suporte conceitual seu conceito propriamente dito, sendo desdobrado em dois subitens no primeiro far-se-á uma analise do conceito de cultura e Cultura Organizacional e no segundo a gestão da cultura como fator fundamental para manutenção do clima: O papel dos Recursos Humanos., 8 Metodologia Será abordado pesquisa de caráter exploratório e de natureza qualitativa sendo realizado através do levantamento de dados bibliográficos, de forma a identificar os fatores que possam influenciar no crescimento da Organização. Para sua realização será utilizada bibliografia de autores que tratem de Clima Organizacional e Gestão de Pessoas. Frente às necessidades de mudanças no atual contexto social e econômico, torna-se cada vez mais importante para as organizações à valorização do capital humano, intelectual, a preocupação com a satisfação e comprometimento de seus colaboradores em relação à Organização. Sendo realizado um estudo a respeito de como o Clima Organizacional influencia no bom desempenho da Organização, considerando a importância deste assunto serão considerados pontos relevantes deste tema. 9 CAPITULO I: O Papel dos Recursos Humanos na Organização Ao longo do século XX, surgiram as eras que foram se adaptando conforme os padrões de sua época, à mentalidade predominante e às necessidades das organizações. Neste percurso a área de recursos humanos passou por três etapas distintas: Relações Industriais, Recursos Humanos e Gestão de Pessoas. A era que se destaca para os recursos humanos é a da Indústria Neoclássica onde os antigos departamentos são substituídos, dando espaço para cuidarem do recrutamento, seleção, treinamento, avaliação, remuneração, higiene e segurança do trabalho, de relações trabalhistas e sindicais, com variadas doses de centralização e monopólio dessas atividades. Na era da Informação, iniciou-se a gestão com pessoas, substituindo os recursos humanos, com tarefas operacionais e burocráticas. Lidar com pessoas deixou de ser um problema a ser solução, deixou de ser um desafio a ser vantagem competitiva para as Organizações. 10 O que veremos neste capítulo é a figura do gestor que desempenha funções importantes na organização executando tarefas alcançando metas e objetivos. Como pode se perceber no conceito de Gestão de Pessoas e no atual contexto dos Recursos Humanos. 1.1 – Conceito de Gestão de Pessoas A Gestão de Pessoas é uma área muito sensível à mentalidade que predomina nas organizações, sendo contigencial e situacional , pois depende de vários aspectos, como a cultura que existe em cada organização, da estrutura organizacional adotada, das características do contexto ambiental, do negocio da organização, da tecnologia utilizada, dos processos internos e de uma infinidade de outras variáveis importantes. Segundo, Idalberto Chiavenato (2005) a Gestão de Pessoas se baseia em três aspectos fundamentais: “As pessoas como Seres Humanos: dotados de personalidade própria e profundamente diferentes entre si, com uma historia pessoal particular e diferenciada, possuidores de conhecimento, habilidades e competências indispensáveis à adequada Gestão de Recursos Humanos Organizacionais. Pessoas como pessoas e não como meros recursos da organização. As pessoas como ativadores inteligentes de recursos organizacionais: como elementos impulsionadores da organização e capazes de dotá-la de inteligência, talento e aprendizagem indispensáveis à sua constante renovação e competividade em um mundo cheio de mudanças e desafios. As pessoas como fonte de impulso próprio que dinamiza a organização e não como agentes passivos, inertes e estáticos. As pessoas como parceiros da organização: capazes de conduzi-la à excelência e ao sucesso. Como parceiros, as pessoas fazem investimentos na organização, com esforço dedicação, responsabilidade, comprometimento, risco etc.. na expectativa de colherem retornos desses investimentos, como salário, incentivos financeiros, crescimento profissional, carreira etc... Qualquer investimento somente se justifica quando traz um retorno razoável. Na medida em que o retorno é bom e sustentável, a tendência certamente será a manutenção 11 ou aumento do investimento. Daí, o caráter de reciprocidade na interação entre pessoas e organizações. E também o caráter de atividade e autonomia e não mais de passividade e inércia das pessoas. Pessoas como parceiros ativos da organização e não como mero sujeito passivos dela.” (p. 4) As organizações não surgiram por acaso e nem foram criadas no vácuo, funcionam como sistema abertos e como mecanismos de cooperação e competição e em sua interação com o ambiente uma depende da outra e lutam entre si para manter seu domínio e o mercado. O planejamento estratégico esta condicionado, a missão organizacional, a visão de futuro e pelo alicerce organizacional que rege a organização, definindo seu comportamento em um mundo mutável, dinâmico e competitivo. Mas o único integrante racional e inteligente é o elemento humano que segundo CHIAVENATO (2004: 62) “ a cabeça é o sistema nervoso da organização. O cérebro do negócio. A inteligência que toma decisões.” Segundo o mesmo: “as organizações não são criadas a esmo. Elas existem para fazer alguma coisa. Todas as organizações tem uma missão a cumprir. Missão significa uma incumbência que se recebe. A missão representa a razão da existência de uma organização, significa a finalidade ou motivo pelo qual a organização foi criada e para que ela deve servir. Uma definição de missão organizacional deve responder a três perguntas básicas: Quem somos? O que fazemos ? E por que fazemos? A missão envolve os objetivos essenciais do negócio e está geralmente focalizada fora da empresa, ou seja, no atendimento a demanda da sociedade, do mercado ou do cliente ... E, se não conhecem a missão da organização, as pessoas se tornam errantes e sem saber qual o caminho para sua realização ... Serve para clarificar e comunicar os objetivos da organização, seus valores básicos e a estratégia organizacional.” ( CHIAVENATO, 2004: 63) Dentro deste contexto a filosofia da organização é traduzida pelos seus fundadores ou criadores, através de seu comportamento, ações, envolvendo crenças, 12 valores centrais que balizam a conduta ética, a responsabilidade social e as respostas às necessidades do ambiente, definindo o planejamento estratégico organizacional e indicando o caminho a ser seguido pela organização. Sendo assim todos os colaboradores devem conhecer a missão e os valores que norteiam seu trabalho, ficando tudo mais fácil para entender, e saber qual seu papel e como contribuir de maneira eficaz para o sucesso organizacional. Na moderna gestão pessoas, não pode se distanciar da missão organizacional, as pessoas são responsáveis pela realização e concretização das tarefas, sendo o valor uma crença básica do que se pode ou não fazer, sobre o que é importante ou não, do exposto cabe ressaltar que torna-se cada vez mais necessário saber cumprir a missão organizacional através do trabalho e da atividade em conjunto. Podemos dizer que Gestão de Pessoas é cada Gestor, seja ele diretor, gerente, chefe ou supervisão, que desempenha as quatro as funções administrativas que constituem o processo administrativo: planejar, organizar, dirigir e controlar. O Gestor dos Recursos Humanos procura ajudar o administrador a desempenhar todas essas funções porque, não realiza este trabalho sozinho, mas através das pessoas que formam a equipe. Através desta equipe que o Gestor executa as tarefas e alcança metas e objetivos. 1.2 - O Contexto dos Recursos Humanos As mudanças sempre existiram na historia da humanidade, mas não com o volume, rapidez e impacto com que ocorrem hoje, vários fatores contribuem para tal: as mudanças econômicas, tecnológicas, sociais, culturais, legais, políticas, democráticas e ecológicas, que atuam de maneira conjugada e sistêmica, em um campo dinâmico de forças que produz resultados inimagináveis, trazendo imprevisibilidade e incerteza para as organizações. 13 Dentro deste contexto uma das áreas que mais sofre mudanças é a de Recursos Humanos, tantas e tamanhas as alterações que as organizações estão denominando Recursos Humanos como Gestão de Talentos Humanos, Gestão de Parceiros ou de Colaboradores, Gestão de Capital Intelectual ou até Gestão de Pessoas ou Gestão com Pessoas. Diferentes nomes para apresentar um novo espaço e configuração da área. Atualmente, torna-se necessário mensurar a área Recursos Humanos ações e procedimentos técnicos que respaldem sua ação conforme diversos significados feitos por CHIAVENATO (2005): “ Recursos humanos com função ou departamento, sendo a unidade operacional que funciona como staff, isto é, como elementos prestados de serviços na área de recrutamento, seleção, treinamento, remuneração, comunicação, higiene e segurança de trabalho, benefícios etc. Recursos humanos como um conjunto de práticas de recurso humanos, se referindo ao modo como a organização opera suas atividades de recrutamento, seleção, treinamento remuneração, benefícios, comunicação, higiene e segurança do trabalho. Recursos humanos como profissional, refere-se aos profissionais que trabalham em tempo integral em papeis diretamente relacionados com recursos humanos: selecionadores, treinadores, administradores de salários e benefícios, engenheiros de segurança, médicos do trabalho e etc...” (p.2). A este respeito nos afirma (Graça 1999). “O desafio dos recursos humanos e ter olhos e ouvidos atentos para atender as necessidades dos funcionários da gerencia e do mercado, que cada vez mais esta dinâmica e exigente.” Uma questão que aparece de forma recorrente com relação a esta questão é o ambiente de trabalho que segundo Robert Henry (2000:20) “Um excelente lugar para se trabalhar é onde você confia nas pessoas, para quem trabalha, tem orgulho do que faz e tem orgulho das pessoas com quem trabalha.” 14 Seguindo este contexto Levering no ano de 2000 realizou uma palestra na Fundação Getúlio Vargas em São Paulo relatando que um ambiente de trabalho não se refere a organizações com políticas ou práticas específicas ou ainda com um bom pacote de benefícios, mas sim na qualidade de seus relacionamentos sendo de suma importância a articulação interconectados: os funcionários e a direção; os funcionários e seu trabalho, os funcionários e os outros funcionários. Segundo esse autor “ as pessoas precisam aceitação, compreensão, apreciação e diversão, em suas interações pessoais com seus colegas.” Já Chiavenato (2005:4). “ A estratégia constituiu o plano global ou abordagem geral que a organização adota para assegurar que as pessoas possam cumprir adequadamente a missão organizacional.” Esta ferramenta possibilita que os gestores devam conhecer em qual direção a empresa pretende seguir e conciliar os interesses entre o ambiente e a orientação dada, propiciando efetivas melhoras no clima. E é através da Pesquisa de Clima Organizacional que o recursos humanos gerencia as informações coletadas, sendo de maior relevância para manutenção da motivação e do comprometimento de todos presentes no ambiente de trabalho. 15 CAPITULO II: Clima Organizacional Na década dos anos 60, que começaram a aparecer os primeiros estudos com relação ao clima organizacional, e o termo refere-se especificamente às propriedades motivacionais do ambiente de organizacional, ou seja, depende das condições econômicas da empresa, do estilo de liderança, de suas políticas e valores. O objetivo deste capítulo é fazer uma analise a respeito do conceito de clima organizacional e de sua ferramenta de pesquisa, destacando suas principais características seu papel relevante na concepção e implementação do clima organizacional em uma Organização. 2.1 - Conceito de Clima Organizacional O Clima Organizacional não é algo simples de ser analisado, porque se apresenta difuso, nebuloso, sem contornos bem definidos e dificilmente se mostrando claro aos olhos dos gestores que procuram avaliá-lo e entendê-lo. A questão do clima organizacional envolve dimensões externas e internas das quais vale ressaltar que tal dimensão reflete nas mudanças econômicas, sociais, culturais, políticas do mundo Organizacional. 16 Dentre os diversos conceitos podemos dizer que Clima Organizacional refere-se ao ambiente interno e externo, e a atmosfera psicológica da Organização, fruto do conjunto de percepções das pessoas que compartilham seu dia-a-dia com a Organização, formando convicções que influirão diretamente no desempenho e no resultado. Portanto podemos citar algumas definições desenvolvidas por estudiosos e pesquisadores, que procuram explicar o conceito de Clima Organizacional, dentre as mais conhecidas destacamos as seguintes: Como define Flavio de Toledo e Benedito Milioni, Dicionário de Administração de Recursos Humanos (2004:08): “Clima Organizacional é um conjunto de valores, atitudes e padrões de comportamento, formais e informais, existentes em uma organização.” De acordo com Stanley M Davis (1999:10): “Clima Organizacional é uma avaliação de até que ponto as pessoas estão sendo atendidas dentro da organização.” Warren G Bennis (2000:30), defende Clima como: “Clima Organizacional é um conjunto de valores ou atitudes que afetam a maneira como as pessoas se relacionam umas com as outras e com a organização.” Na opinião do Professor George H Litwin (1999:30): “Clima Organizacional é a qualidade do ambiente dentro da organização, e que é percebida pelos membros dessa organização como sendo boa ou não, e que influenciam o seu comportamento.” De acordo com Luiz César e Castro Barçante (2002:16): “Clima Organizacional é a atmosfera resultante das percepções que os funcionários tem dos diferentes aspectos que influenciam seu bem estar e sua satisfação no dia-a-dia de trabalho.” 17 Segundo Ricardo Luz (2004): “ pode-se definir clima organizacional como sendo as impressões gerais ou percepções dos empregados em relação ao seu ambiente de trabalho, embora nem todos os indivíduos tenham a mesma opinião, pois não tem a mesma percepção, o clima organizacional reflete o comportamento organizacional, isto é, atributos específicos de uma organização, seus valores ou atitudes que afetam a maneira pela qual as pessoas ou grupos se relacionam o ambiente de trabalho.” (p. 08) Como podemos ver nas palavras de Idalberto Chiavenato, (2001): “clima organizacional constitui o meio interno de uma organização, atmosfera psicológica e característica que existe em cada organização. O clima organizacional é o ambiente humano dentro do qual as pessoas de uma organização fazem o seu trabalho. Constitui a qualidade ou propriedade do ambiente organizacional que é percebida ou experimentada pelos participantes da empresa e que influencia o seu comportamento.” (p. 121) Como pôde ser constatado este assunto demanda abordagem cautelosa, e ao conceito de Clima Organizacional esta presente palavras-chaves que se destacam: Satisfação (dos funcionários): Avalia a relação do clima com o grau de satisfação das pessoas que trabalham em uma organização. Percepção (dos funcionários): Refere-se à percepção que os funcionários tem sobre os diversos aspectos da empresa que possam influenciá-los positiva ou negativamente. Cultura (organizacional): Alguns autores tratam clima e cultura sendo coisas parecidas, fazem sempre menção à cultura quando se referem ao clima. Isso porque a cultura quando se referem ao clima. Isso porque a cultura influência, sobremaneira, o clima de uma empresa. São faces de uma mesma moeda, são questões complementares. Em analise a respeito da compreensão do Clima Organizacional série gestão de pessoas Gilnei Mourão Teixeira e outros (2007:67) chama a atenção para 18 o fato de que: “o clima organizacional é um fenômeno tipicamente psicossocial e mutável” Isto porque, o uso sistemático da avaliação de clima organizacional pode causar proporções antes, durante e depois de sua realização, podendo ser um instrumento para acompanhar e avaliar o efeito das mudanças, e tais mudanças podem ocorrer como uma intervenção localizada, em evento, uma notícia e em curto tempo. Vale ressaltar que ao identificar as imperfeições, avaliadas através do clima organizacional, suas percepções, atitudes e padrões são importantes para orientar as políticas de ações corretivas com relação colaborador e organização. Fleury e Sampaio (2002:291), assinala “ a idéia do clima organizacional remete à noção de clima meteorológico e retrata um estado momentâneo da organização” De acordo com Souza (2003;11) “ o clima organizacional é o fenômeno resultante da interação dos elementos da cultura. O clima é mais perceptível do que suas fontes causais, comparando-se a um “perfume”, pois se percebe o seu efeito sem conhecer os ingredientes, embora às vezes seja possível identificar algumas delas”. O conceito de clima organizacional a partir da definição oferecida por CODA (2003): “ o clima é o indicador do grau de satisfação dos elementos de uma empresa, em relação a diferentes aspectos da cultura ou realidade aparente da organização, tais como políticas de recursos humanos, modelo de gestão, missão da empresa, processo de comunicação e valorização profissional e identificação com a empresa”.(p. 11) 19 Já Odiva Xavier (2000:30) concluiu que: “ clima organizacional não é uma vaga analogia metereológica, é um fenômeno invisível, mas perceptível em toda organização”. Todos os conceitos acima elencados sobre clima organizacional na visão de diversos autores envolve variáveis de difícil mensuração, tal conceito não aborda uma uniformidade. O conceito Clima organizacional pode ser entendido, estando ligado diretamente, à maneira como o colaborador “percebe” a organização com a cultura, suas normas, seus usos e costumes, como “interpreta” tudo e como “reage”, positivamente ou negativamente a essa interpretação. Desta maneira podemos dizer que quando o clima organizacional esta positivo percebemos: alegria, confiança, comprometimento, engajamento e dedicação e quando negativo a variáveis trazem: tensões, discórdias, desunião, rivalidades, conflitos, desinteresse pelo cumprimento das tarefas, resistência as ordens, ruídos na comunicação e etc... O clima organizacional não pode ser “criado” pela organização, é algo que já existe, vivo e atuante, dentro dela, resultante de fatores internos, no que diz respeito à percepção que o colaborador tem da organização, induzindo-o a determinado comportamento. 2.2 - A Ferramenta Clima Organizacional A ferramenta pesquisa de clima é considerada como ferramenta estratégica permitindo identificar o clima, o ambiente e as condições de relacionamento entre colaborador e empregado, servindo como base para a formulação de estratégias de mudanças e reformulações estruturais, ajudando os gestores a obterem respostas precisas sobre a opinião dos colaboradores. Sendo 20 utilizada uma metodologia objetiva e segura, isenta de comprometimento com a situação atual da organização, em busca de informações reais. Pode-se definir que a análise, o diagnóstico e as sugestões são instrumentos valiosos para avaliar: a melhoria da qualidade, do aumento da produtividade e a avaliação de políticas internas, nos permitindo ouvir os colaboradores sobre o que pensam em relação à organização. Desta maneira, é importante dizer que a pesquisa de clima deve estar coerente com o planejamento estratégico da organização e contemplar as questões de diferentes variáveis organizacionais, tais como: “O trabalho em si: com base nesta variável procura-se conhecer a percepção e atitude das pessoas em relação ao trabalho, horário, distribuição, suficiência de pessoal, etc; Integração Setorial e Interpessoal: avalia o grau de cooperação e relacionamento existente entre os funcionários e os diversos departamentos da empresa; Salário: analisa a existência de eventuais distorções entre os salários internos e eventuais descontentamentos em relação aos salários pagos por ouras empresas; Estilo Gerencial: aponta o grau de satisfação do funcionário com a sua chefia, analisando a Qualidade de supervisão em termos de competência, feedback, organização, relacionamento, etc; Comunicação: buscar o conhecimento que os funcionários têm sobre os fatos relevantes da empresa, seus canais de comunicação, etc; Desenvolvimento Profissional: avalia as oportunidades de treinamento e as possibilidades de promoções e carreira que a empresa oferece; Imagem da empresa: procura conhecer o sentimento das pessoas em relação a empresa; Processo decisório: esta variável revela uma faceta da supervisão, relativa à centralização ou descentralização de suas decisões; Benefícios: apura o grau de satisfação com relação aos diferentes benefícios oferecidos pela empresa; Condições físicas do trabalho: verifica a Qualidade das condições físicas de trabalho, as condições de conforto, instalações em geral, riscos de acidentes de trabalho e doenças profissionais; Trabalho em equipe: mede algumas formas de participação na Gestão da empresa; Orientação para resultados: verifica até que ponto a empresa estimula ou exige que seus funcionários se responsabilizem efetivamente pela consecução de resultados.” (SORIO, 2008, p.02) 21 Segundo Washington Sorio (2008): “Pesquisas indicam que colaboradores com baixos índices de motivação, utilizam somente 8% de sua capacidade de produção. Por outro lado, em setores/áreas/empresas onde encontramos colaboradores motivados este mesmo índice pode chegar a 60%”.(p. 01) A análise dos aspectos relativos à pesquisa de clima, a organização deve manter o índice de motivação de seus colaboradores elevado de forma que o mesmo seja um dos indicadores de resultado. As principais contribuições que podemos obter da Pesquisa de Clima, conforme afirma Washington Sorio (2008), são: “O alinhamento da cultura com as ações efetivas da empresa; Promover o crescimento e desenvolvimento dos colaboradores; Integrar os diversos processos e áreas funcionais; Otimizar a comunicação; Minimizar a burocracia; Identificar necessidades de treinamento e desenvolvimento; Enfocar o cliente interno e externo; Otimizar as ações gerenciais, tornando-as mais consistentes; Aumentar a produtividade; Diminuir o índice de rotatividade; Criar um ambiente de trabalho seguro; Aumentar a satisfação dos clientes internos e externos”. (p. 03) Seguindo este contexto podemos perceber a importância da pesquisa de clima organizacional, em seu papel é um instrumento de suporte para Organização. A pesquisa de clima organizacional deve ser compreendida como instrumento para medir o grau de satisfação de uma determinada organização e de seus colaboradores, e seus dados podem ser coletados através de: questionários, entrevistas e analise de documentos. Isto chama a atenção como define Welch, (1993:20) “ os três principais fatores a medir num negócio são a satisfação dos clientes externos, a satisfação dos funcionários e o fluxo de caixa”. 22 Vale ressaltar que não existe pesquisa de clima padrão, cada organização adapta o questionário a sua realidade, linguagem e cultura de seus colaboradores. Para que a mesma tenha credibilidade na mensuração do clima organizacional e necessário: credibilidade no processo, sigilo e confiança. 23 CAPITULO III: Gestão do Clima Organizacional Antes de falar de Gestão do Clima Organizacional, é de suma importância entender trajetória histórica do termo Administração. Durante anos a administração era vista como um órgão isolado, com serviços rotineiros e burocráticos esta área cuidava exclusivamente da folha de pagamento, das admissões, dos pagamentos e do desligamento de colaboradores. Foi nos anos 60, que começaram a aparecer os primeiros estudos relacionados ao clima organizacional, e atualmente é necessário que a área de gestão de pessoas mensure suas ações com procedimentos que respaldem a atuação nas organizações através da pesquisa do clima organizacional, onde os dados devem ser coletados de forma objetiva e criteriosa e consequentemente a informação subsidiará os planos estratégicos, através do conhecimento que serão geradas as ações de melhoria, acompanhamento de processos que influenciarão na saúde financeira e humana da Organização. Segundo Carvalho e Mello Consultores (2008:01): “A análise do clima foi desenvolvida inicialmente por Litwin e Stinger (1968) e tem por objetivo, determinar o clima organizacional através da medição do grau de motivação dos membros da mesma organização, ou seja, analisa-se o "estado de saúde" da organização com o diagnóstico através de análises estatísticas da pesquisa”. 24 Nos dias atuais o mercado globalizado deve haver um envolvimento com os recursos humanos com o modelo de gestão utilizado e a cultura da organização. Portanto o objetivo deste capítulo é fazer uma analise a respeito da gestão do clima organizacional, focando a cultura nas organizações, tendo como suporte conceitual seu conceito propriamente dito, sendo, desdobrado em dois subitens no primeiro o conceito de cultura e a cultura organizacional e no segundo a gestão da cultura como fator fundamental para manutenção do clima: O papel dos Recursos Humanos. 3.1 - Conceito de Cultura e Cultura Organizacional Toda organização tem sua própria característica, muitos fenômenos são decorrentes de sua cultura, como seu estilo de vida, de comportamento, sua mentalidade, sua personalidade, alguma delas nem sempre são físicas, tangíveis ou concretas, visíveis ou mensuráveis. Podemos dizer que a cultura organizacional é o DNA da organização. Pode-se definir como cultura um conjunto de idéias, formas de agir, pensar e sentir expressas em termos materiais ou não, que são partilhados por um grupo ou uma organização, com uma certa regularidade no tempo e no espaço. Segundo, Idalberto Chiavenato (2005) no livro Comportamento Organizacional, o conceito de cultura é: “Sob um ponto de vista mais amplo, cada sociedade ou nação tem uma cultura própria que influência comportamentos das pessoas e das organizações. A cultura de uma sociedade compreende os valores compartilhados, hábitos, usos e costumes, códigos de conduta, tradições e objetivos que são aprendidos das gerações mais velhas, impostas pelos membros atuais da sociedade e passadas sucessivamente para as novas gerações. As gerações mais velhas tentam adaptar as gerações mais novas aos seus padrões culturais, enquanto estas resistem e reagem provocando mudanças e transformações gradativas. Esse 25 compartilhamento de atitudes comuns, códigos de conduta e expectativas passam a guiar e controlar subconscientemente certas normas de comportamento. Desde o nascimento, cada pessoa vai gradualmente internalizando e acumulando os efeitos da cultura por meio do processo de educação e socialização. A cultura se fundamenta em uma base fundamentada em comunicação compartilhada, padrões, códigos de conduta e expectativa. Essas influências resultam de variáveis que impactam a cultura, como fatores econômicos, políticos e legais ”. (p.122). Segundo esse autor cultura organizacional é: “da mesma forma como cada país tem a sua própria cultura, as organizações se caracterizam por culturas organizacionais próprias e especificas. Cada organização tem sua cultura organizacional ou cultura corporativa. Para se conhecer um organização, o primeiro passo é conhecer a cultura. Fazer parte da organização é assimilar a sua cultura. Viver em uma organização, trabalhar nela, atuar em suas atividades, desenvolver carreira nela é participar intimamente de sua cultura organizacional. O modo como as pessoas interagem em uma organização, as atitudes predominantes, as pressuposições subjacentes, as aspirações e os assuntos relevantes nas interações entre os membros fazem parte da cultura da organização. “( CHIAVENATO, 2005:125) Neste sentido a cultura da organização, se manifesta através de valores que se socialização ao longo do tempo, no comportamento de seus colaboradores determinando o certo do errado, alem de seu simbolismo exerce sentido político e de controle. Segundo Luz (2003:14): “a cultura organizacional é constituído de aspectos, que dão ás organizações um modo particular de ser. Ela está para a organização, assim como a personalidade esta para o individuo. Ela apresenta o conjunto de crenças, valores, estilos de trabalho e relacionamentos, que distingue uma organização das outras. A cultura molda a identidade de uma organização, assim como a identidade e o reconhecimento dos próprios funcionários.” 26 Portanto podemos citar algumas definições desenvolvidas por autores reconhecidos, que procuram explicar o conceito de Cultura e Cultura Organizacional, dentre as mais conhecidas destacamos as seguintes: De acordo com Chiavenato (2005:126) “ representa normas informais e não escritas que orientam o comportamento dos membros de uma organização no dia-a-dia e que direcionam suas ações para a realização dos objetivos organizacionais.” E o mesmo diz que: “ é um padrão de aspectos básicos compartilhados – inventados, descobertos ou desenvolvido por um determinado grupo que aprende a enfrentar seus próprios problemas de adaptação externa e integração interna – e que funciona bem a ponto de ser considerado válido e desejável para ser transmitido aos novos membros como a maneira correta de perceber, pensar e sentir em relação àqueles problemas” Já no dicionário de Sociologia editado pelo o Globo cultura significa: “sistema de idéias, conhecimentos, técnicas e artefatos, de padrões de comportamento e atitudes que caracteriza uma sociedade”. (DICIONÁRIO de Sociologia, 1961:88). Cultura também pode ser definida como a perpetuação ou aquisição de um processo social e não biológico processo pelo qual se socializa ao logo do tempo, sendo chamado de herança social. Segundo Gilnei Mourão Teixeira e outros, no livro Série Gestão de Pessoas (2005:57) “ a cultura caracteriza-se como fenômeno organizacional de caráter mais profundo e de maior permanência que, em geral, requer mais tempo para mudar.” 27 Segundo este autor (2005:61), Trompenaars (1994:06) ao refletir sobre cultura, diz que: “ a cultura é a forma por meio da qual um grupo de pessoas resolve problemas” e que “ a essência da cultura não é o que se apresenta aparentemente visível, mas como determinados grupos de pessoas e entendem e interpretam o mundo”. Por fim, apresenta o seguinte conceito: “cultura é um sistema comum de significados, que nos mostra a que devemos prestar atenção, como devemos agir e o que devemos valorizar.” (TROMPENAARS, 1994:3,13) A cultura Organizacional lembra um iceberg, pois nela existem partes visíveis que são os aspectos formais e abertos, ou seja, a cultura da organização sua formação desde sua criação como o tipo de edificação, cores utilizadas, os métodos e procedimentos de trabalho, as tecnologias utilizadas, os títulos e descrições dos cargos, as políticas de gestão de pessoas. Na parte invisível estão os aspectos informais e ocultos, ou seja, afetivos e emocionais, orientados para aspectos sociais psicológicos, podemos dizer que a cultura organizacional não é algo palpável e sua percepção depende de seus efeitos e conseqüências. Neste sentido conclui-se que “cultura organizacional “ é um conjunto de pressupostos psicossociais com normas, valores, recompensas e poder, sendo atribuídos a organização. Desta maneira, a noção de “cultura” esta no estudo do comportamento humano, ou seja, numa determinada coletividade que permite observar crenças, costumes, normas, valores e formas de organização para lidar com seus objetivos. Suas diferenças e contrates nos permite identificar que cada organização possui identidade própria. 3.2 - A Gestão da Cultura como fator fundamental para manutenção do Clima Organizacional: O papel do Recursos Humanos 28 Uma das questões que se destaca nos dias atuais é a gestão do Clima Organizacional, pois os Recursos Humanos procura interagir com o mercado globalizado utilizando com modelo de gestão com pessoas e com a cultura organizacional na qual a organização trabalha. É importante salientar que a área de recursos humanos deve estar alinhada com a cultura organizacional, que a cultura predominante e a estrutura adotada pela Organização dependem das características do ambiente, do tipo de negócio, das políticas internas e externas, das suas funções e processos e de outras variáveis importantes. Neste sentido a gestão da cultura é fator fundamental para o clima organizacional, na moderna administração dos recursos humanos, é importante papel estratégico para as tomadas de decisões e das grandes mudanças e inovações onde a crescente globalização dos negócios. Do exposto, a gestão de recursos humanos que era exercida por uma área especifica, passou a atribuir função ao líder de equipe, com a descentralização dos recursos humanos passaram a ser absolvidos por outras áreas da organização, sendo o líder responsável pela gestão de seus colaboradores. Cabe ressaltar, que a moderna área de recursos humanos atua com agente facilitador do processo de gestão de pessoas, propiciando recursos e os instrumentos necessários a este novo desafio. Conforme alerta Adilson Silva Soledade (2008): “ o desenvolvimento de lideranças capazes de alinhar as expectativas do grupo com os objetivos da empresa, criando as condições de reciprocidade essenciais para atingir um desempenho que atenda às pressões internas e externas da organização. As lideranças devem ser legitimadas tanto pelo enfoque do empregado quanto pelo da empresa, para que possam efetivamente atuar como elos entre estes dois pólos, buscando atuar de maneira conciliatória na resolução dos conflitos surgidos. “ 29 E o mesmo afirma que: “nesta escala, a gestão de RH está plenamente disseminada pela empresa, sendo cada líder um gestor das pessoas sob a sua responsabilidade. A área de recursos humanos atua então como órgão consultivo, constantemente sintonizado com as tendências do mercado e introduzindo novas idéias à estrutura vigente. Assim, os profissionais de Recursos Humanos devem evitar os vícios internos, buscando sempre novos patamares de desempenho através da aplicação de “benchmarkings”.” (p.01) Vale ressaltar que a pesquisa de clima é um instrumento para verificar o grau de motivação de seus colaboradores, ela aponta algumas direções e sinaliza para o gestor de recursos humanos, quais os aspectos de maior relevância para a manutenção do comprometimento e da motivação daqueles no ambiente de trabalho. A pesquisa é uma excelente “feedback” para os lideres e uma ótima oportunidade para os gestores melhorarem os negócios e a liderança através de um modelo de gestão coerente. A gestão da cultura são seus valores, seus hábitos e seus costumes que baseam uma estratégia a longo prazo, hoje com a moderna administração o gerenciamento do clima pauta-se em táticas a curto prazo, passando a perceber a realidade de forma direta, com ações deliberadas e planejadas. 30 Considerações Finais A partir do estudo e da elaboração do presente trabalho monográfico, foi possível perceber que clima organizacional, bem como a gestão do mesmo é de fundamental importância para o bom funcionamento da Gestão com Pessoas. A cultura pode ser fundamental para a manutenção do clima. Portanto houve a necessidade de se entender cada um desses conceitos, bem como a interação dos mesmos na vigência do clima como um todo. A presente pesquisa nos proporcionou entender melhor a importância do clima e da cultura organizacional no que concerne aos aspectos que influenciam no crescimento institucional, no grau de motivação e na qualidade do trabalho desenvolvido no âmbito da organização. Permitindo-nos compreender melhor o papel dos Recursos Humanos, bem como sua atuação junto à organização de forma estratégica e atuante. Hoje há grande preocupação das empresas com a produtividade e o crescimento acelerado, bem como a competitividade do mercado. Nesta perspectiva entendemos que este trabalho elucidou aspectos referentes a ferramentas do clima organizacional que nos proporcionou entender melhor às contribuições e relevâncias do mesmo, na vida das organizações e também de seus colaboradores. 31 Acredito que o mesmo contribuiu de forma significa tória para a compreensão e análise da gestão e do bom funcionamento dos Recursos Humanos. 32 Referências Bibliografias ALBUQUERQUE, Lindolfo Galvão. A gestão estratégica de pessoas. In: FLEURY, Maria Tereza Leme (Coord.). As pessoas na organização. São Paulo: Gente, 2002. BOHLANDER, George W.; SCOTT, Smell; ARTHUR, Sherman. Administração de Recursos Humanos. São Paulo: Pioneira Thompson Learning, 2003. DRUCKER, Peter. 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