MORFOMETRIA DOS FRUTOS DE Leandra scabra DC. (MELASTOMATACEAE) EM UM REMANESCENTE DE FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECÍDUA MONTANA EM LAVRAS, MG Elias de Sá Farias, bolsista atividade, 5o módulo de Engenharia Florestal; Fábio de Almeida Vieira, Co-orientador – DCF; Dulcinéia de Carvalho, Orientadora – DCF A caracterização morfométrica dos frutos e sementes tem importância para a taxonomia e nas associações com os fatores ambientais e genéticos. Leandra scabra é uma espécie de hábito subarbustivo importante para animais frugívoros. A espécie floresce entre agosto e outubro, com períodos estendidos de frutificação entre novembro e julho. O objetivo deste trabalho foi caracterizar fisicamente os frutos e verificar as relações entre as características morfométricas. Os frutos foram coletados em dezembro de 2007, época úmida, na Mata da Subestação da UFLA, um remanescente de 8,7ha. As análises foram realizadas no Laboratório de Conservação Genética de Espécies Arbóreas da UFLA. Foram feitas as avaliações morfométricas (comprimento, largura e massa fresca) de 400 frutos, separados em 20 repetições para 20 indivíduos, e quantificados o número de sementes. Os dados foram analisados por meio de distribuição de freqüência e por estatísticas univariadas que compreenderam medidas de posição e de dispersão. Os frutos apresentaram comprimento, largura e massa fresca respectivamente 5,2mm, 6,9mm e 0,15g. A espécie possui número elevado de pequenas sementes por fruto (média = 52,3 ± 18,7 d.p.). As correlações da massa, comprimento e diâmetro do fruto com o número de sementes não foram significativas (rS < 0,633), sugerindo que o número de sementes provavelmente não é influenciado pelo tamanho do fruto, mas sim determinado pelo potencial biológico da espécie para a produção de sementes. Os resultados obtidos, assim como o estudo de fenologia, demografia e estrutura genética em andamento permitirão compreender a ecologia da reprodução da espécie e da sobrevivência de suas populações. Palavras-chave: Leandra scabra; frutificação; caracterização física