Sarampo está eliminado do Brasil, segundo comitê

Propaganda
B•4 •EDUCAÇÃO E SAÚDE
Macapá (AP), Quarta-feira, 27 de Julho de 2016
ERRADICADO
Sarampo está eliminado do Brasil,
segundo comitê internacional
Último caso de sarampo foi registrado no Ceará em julho de 2015. Viajante que vem à Olimpíada deve se vacinar
para não trazer doença
BBC
DA REPORTAGEM LOCAL
Desde julho de 2015, o Brasil
não registra nenhum caso de sarampo. Após um ano sem a doença, a circulação endêmica do
vírus do sarampo foi considerada interrompida no país, segundo a presidente do Comitê Internacional de Avaliação e Documentação da Eliminação do Sarampo, Merceline Dalh-Regis.
Segundo a Organização PanAmericana de Saúde/Organização Mundial da Saúde (Opas/
OMS), esse resultado foi obtido
por meio de uma colaboração
entre a instituição, o Ministério
da Saúde, as Secretarias de Saúde do Estado do Ceará e dos municípios de Fortaleza e Caucaia,
da Associação Brasileira de Enfermagem, além de universidades.
A Opas/OMS colaborou com
R$ 1,2 milhão para os custos de
ações para controle do sarampo
e com o recrutamento de 165
enfermeiros e auxiliares de enfermagem.
O Brasil tinha tido uma redução drástica na incidência de sa-
rampo entre 1985 até 2000 e ficou sem registrar casos autóctones até março de 2013, quando
um novo surto eclodiu em Pernambuco e no Ceará. Houve surtos também em 2014 e 2015,
principalmente nesses dois estados.
"Sem dúvida é um avanço e
uma prova inequívoca daquilo
que as imunizações são capazes
de fazer. Erradicamos a varíola,
a poliomielite, a rubéola, o sarampo e caminhamos para o
controle de várias outras doenças", diz o médico Renato Kfouri, vice-presidente da Sociedade
Brasileira de Imunizações
(SBIm).
Ele observa, porém, que não
se pode baixar a guarda. "O risco de reintrodução existe sempre, por isso é importante que,
mesmo com doenças controladas, manter a cobertura vacinal."
Segundo o Ministério da Saúde, a expectativa é que o Brasil
receba o certificado de eliminação do sarampo pela OMS até o
fim de 2016.
em até três semanas. Em em crianças desnutridas e pessoas com
imunidade deficiente, a doença
pode matar ou causar pneumonia, encefalite, cegueira e morte.
Vacinação contra sarampo: doença é considerada eliminada
do país
Sobre a doença
O sarampo é uma doença
viral que afeta sobretudo crianças. Transmitida por fluidos nasais e orais, o sarampo
se espalha facilmente pelo ar,
por gotículas expelidas em
tosses e espirros. A doença
manifesta-se cerca de dez
dias após a contaminação, e
Brasileiro cresce em altura nos últimos
cem anos, mas ainda é 'baixinho'
BBC
DA REPORTAGEM LOCAL
Quando o assunto é altura, o
homem da Holanda e a mulher da
Letônia ficam por cima de todas as
outras nacionalidades, aponta um
novo estudo. O holandês médio
tem hoje 1,83m e a mulher letã alcança 1,70 m.
A pesquisa, publicada na revista científica eLife, mapeou tendências de crescimento em 187 países
desde 1914. E descobriu que o homem do Irã e a mulher da Coreia
do Sul registraram o maior salto na
altura, crescendo uma média de 16
cm e 20 cm.
O homem brasileiro tem, em
média, 1,73m, e a mulher, 1,60m.
Ambos registraram o mesmo crescimento desde 1914: 8,6 cm. Para
homens, o Brasil é o 68º colocado
em altura entre os países pesquisados - fica acima de nações como
Portugal, México e Chile, e abaixo
de Romênia, Argentina e Jamaica.
A mulher brasileira alcançou a
71ª posição, mais alta do que a
mulher turca, argentina ou chinesa, e mais baixa do que as espanholas, israelenses e inglesas.
Nos Estados Unidos, por exemplo, a altura dos cidadãos começou a atingir um limite nos anos
1960 e 1970. Ao longo do último
século, homens e mulheres cresceram apenas 6 cm e 5 cm, respectivamente.
Em 1914, o homem americano
era o terceiro mais alto do mundo,
e a mulher, a quarta mais alta. Hoje
eles estão em 37º e 42º lugar. Países europeus dominam os rankings de altura hoje, mas os dados
sugerem que, em geral, as tendências de crescimento se estabilizaram no Ocidente.
O homem mais baixo do mundo é o do Timor Leste: 1,60 m. A
mulher mais baixa é a da Guatemala, título que também ostentava em 1914. Segundo os dados da
pesquisa, a guatemalteca média de
18 anos tinha 1,40 m há um século,
e hoje ela ainda quase não alcança
1,50 m.
O leste da Ásia registrou os
maiores crescimentos. Pessoas no
Japão, China e Coreia do Sul são
bem mais altas do que eram há 100
anos. "Já as partes do mundo onde
pessoas não ficaram particularmente mais altas ao longo de 100
anos de análise estão no sul da Ásia
(como Índia, Paquistão e Bangladesh) e na África subsaariana. O aumento de altura ficou entre 1 cm a
6 cm nessas regiões", disse o coautor do estudo James Bentham,
do Imperial College de Londres.
Na verdade, as alturas médias
chegaram a cair em certas partes
da África subsaariana desde os
anos 1970. Nações como Uganda e
Serra Leoa viram a altura média do
homem perder alguns centímetros.
A genética explica algumas variações de altura pelo planeta, mas
os autores do estudo afirmam que
nosso DNA não pode ser o fator
principal.
O cientista chefe Majid Ezzati,
também do Imperial College, disse à BBC: "Cerca de um terço da
explicação está nos genes. Mas isso
não explica a mudança ao longo
do tempo. Os genes não se alteram tão rápido e não variam muito no planeta. Então mudanças no
tempo e variações pelo mundo são,
em grande parte, ambientais."
Bons padrões de saúde, saneamento e nutrição são os principais
determinantes ambientais da altura, diz Ezzati. Outro fator importante é a saúde da mãe e a alimentação durante a gravidez.
Outra pesquisa mostrou que a
altura tem correlação com consequências positivas e algumas negativas.
Pessoas altas tendem a ter expectativa de vida maior, com menor risco de doenças do coração.
Por outro lado, há evidências de
que estão sob maior risco de certos cânceres, como colorretal,
mama pós-menopausa e tumores
de ovário.
"Uma hipótese é que fatores de
crescimento possam promover
mutações em células", afirmou
Elio Riboli, outro coautor do estudo.
A pesquisa, chamada "Um Século de Tendências na Altura Humana", é resultado do trabalho de
um grupo de mais de 800 cientistas, em associação com a Organização Mundial da Saúde.
causa febre, coriza, olhos
avermelhados e manchas
brancas dentro da boca. Pintas vermelhas aparecem alguns dias depois na pele, iniciando na face e no pescoço,
espalhando-se para o corpo.
Não há tratamento específico para o sarampo, e a maior
parte dos pacientes se recupera
Sarampo no mundo
Em 2015, a OMS anunciou
que a cobertura mundial de vacinação de crianças contra sarampo avançou nos últimos 15
anos, mas está aquém da meta
de chegar aos 90% de cobertura. Entre as áreas onde a cobertura de vacinação é mais deficiente estão a África subsaariana, o Sudeste asiático e Ásia
Central, segundo dados de
abril a setembro.
Recentemente, ao divulgar
recomendações para viajantes
que pretendem vir ao Brasil
para os Jogos Olímpicos do Rio
de Janeiro, a Opas/OMS lembrou da importância de os turistas e atletas se vacinarem
contra sarampo e rubéola pelo
menos duas semanas antes de
viajar para não trazer esses vírus de volta ao Brasil.
Com preço definido, vacina contra a
dengue poderá ser vendida no Brasil
G1
DA REPORTAGEM LOCAL
ADengvaxia,primeiravacinacontra a dengue disponível no Brasil, vai
custardeR$132,76aR$138,53,deacordocomalíquotadecadaestado,segundoanunciouaAgênciaNacionaldeVigilânciaSanitária(Anvisa),nestasegunda-feira (25).
A partir de agora, ela poderá ser
compradaporhospitaiseclínicasparticulares.Oconsumidor,noentanto,deverádesembolsarumvaloradicional,
que varia em cada estabelecimento,
pelaaplicaçãodoproduto,comoexplicaaagência.
DeacordocomoMinistériodaSaúde,aindanãoháumaprevisãodecompraparaoSistemaÚnicodeSaúde.Serãofeitosestudosdecustoparaadistribuiçãonacionale,casosejaviável,avacinapoderáserdistribuídadegraçaaos
pacientes. O estado do Paraná, no entanto,jáanunciouquedeverácomprar
500mildosesdavacina.
A Dengvaxia é produzida pelo laboratóriofrancêsSanofiPasteureéuma
imunizaçãorecombinantetetravalente,paraosquatrosorotiposexistentes
dadoença.Elapoderáseraplicadaem
pacientes de 9 anos a 45 anos, que deverão tomar três doses subcutâneas
comintervalodeseismesesentreelas.
Naprópriabuladavacina,olaboratórioinformaqueaDengvaxianãoprotege 100% dos pacientes. Por isso, ela
nãosubstituiasrecomendaçõesanterioresdoMinistériodaSaúde.
Aaprovaçãodavacinapelogovernobrasileiroocorreuemdezembrode
2015. Os testes apontaram uma redu-
ção de 81% das internações e 93% dos
casosgraves.Emmédia,66%dospacientescomosquatrosorotiposficaram
imunizados - 2 em cada 3 pessoas, segundoaSanofi.
Avacinafoiproduzidacomumvírus vivo atenuado e possui em sua estruturaovírusvacinaldafebreamarela,
quelhegaranteestabilidade.Ostestes
envolveram40milpessoasem15países,emumapesquisaclínicaqueresultou em 25 estudos. No Brasil, cerca de
3.500pessoasdecincocidadesparticiparamdasetapasdetestes.
DeacordocomomédicoepidemiologistaJoãoBosco,professordaUniversidadeFederaldeGoiás(UFG)que
participoudosestudossobreavacina,
“aformacomoagentevinhafazendo
prevençãodedengueeraamesmahá
anos.Éaprimeiravezquetemosalgo
diferente”.
A pequena variação de preço se
deve a diferenças de alíquotas de imposto em cada estado. A determinação do preço foi feita pelo Comitê Técnico Executivo da Câmara de
Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), composto por representantes dos ministérios da Fazenda, Saúde, Justiça, Desenvolvimento e Casa Civil, sendo que a
Anvisa exerce a função de Secretaria Executiva da Câmara.
Os governos estaduais e o federal
combatemovíruscomcampanhasde
prevenção nas residências, pedindo
queosmoradoresevitemdeixarágua
parada. A dengue é transmitida pelo
mosquitoAedesaegypti,assimcomo
azikaeachikungunya.
Download