botánica - Sociedade Botânica do Brasil

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CONGRESO
LXV CONGRESSO NACIONAL DE BOTÂNICA
BOTÁNICA
XXXIV ERBOT - Encontro Regional de Botânicos MG, BA, ES 18 A 24 DE OUTUBRO DE 2014 - SALVADOR - BAHIA - BRASIL
Latinoamericano de
Botânica na América Latina: conhecimento, interação e difusão
A IDENTIDADE DE GRIFFINIA LIBONIANA MORREN
(AMARYLLIDACEAE)
AUTOR(ES):Antonio Campos-Rocha;Julie Henriette Antoinette utilh;João
Semir;
INSTITUIÇÃO:
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)
Em 1845 foi descrita a espécie Griffinia liboniana Morren, a partir de planta
coletada em Lagoa Santa, MG. Ainda que não mencione materiais
herborizados, a descrição apresenta uma prancha na qual é possível
observar flores com cinco estames. Em 1853 Lemaire publica nova
descrição da espécie, descrevendo os cinco estames e três óvulos por
lóculo, além das folhas sésseis, com mais comentários e prancha mais
elucidativos, pois considera a descrição de Morren com prancha e descrição
mal feitas. Em 1949 Traub cria o subgênero Libonanthe baseado na
presença de cinco estames e folhas sésseis. Em 1960 foi descrita G. rochae
por Morel, com cinco estames, dois óvulos por lóculo e folhas pecioladas, o
que torna a divisão subgenérica anteriormente sugerida artificial. Em 1974
Ravenna publica a redescoberta de G. liboniana, em Pedro Leopoldo, MG,
com cinco estames declinados e folhas marmorizadas, além de descrever G.
aracensis, diferente de G. liboniana e G. rochae pois estas têm cinco
estames. Na descrição não menciona o número de estames ainda que
revele a presença de um estame ereto distinguindo a espécie de G.
liboniana e G. rochae que teriam têm cinco estames. Preuss (1999) ao
revisar o gênero, considera um complexo G. liboniana, onde as folhas são
pecioladas a subpecioladas, verdes ou com manchas esbranquiçadas, o
sexto estame, geralmente suprimido ou, quando presente, não adpresso à
sépala superior. Este complexo seria formado por cinco espécies: 1-G.
liboniana com 5-6 estames, cinco declinados e um assurgente ou suprimido.
Comparando as descrições de Morren e Lemaire questiona o que realmente
representa o epíteto liboniana, pois considera as duas descrições diferentes;
2-G. aracensis com folhas de margens onduladas, verdes ou com máculas
esbranquiçadas, perianto epígino, estames 5-6, o sexto assurgente ou
suprimido; 3-G. rochae com folhas verdes, sem manchas, perianto epígino,
5-6 estames, o sexto assurgente ou suprimido; 4- G. espiritensis Ravenna e
5-G. itambensis Ravenna. Fica claro que Morren e Lemaire se referem à
mesma espécie ao rever suas descrições; foram feitas a partir de plantas da
mesma população, que realmente é variável, como já constatamos diversas
vezes. Examinando plantas herborizadas e vivas coletadas em várias partes
do Brasil a variação é ainda maior, com variações não descritas no
tamanho, forma e coloração das folhas e flores. Porém toda a variação não
inclui G. espiritensis nem G. itambensis, duas entidades bastante distintas.
(CNPq).
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