1 Grécia Antiga Profª. Josiane Machado 2 Expectativas de aprendizagem para o primeiro trimestre Competências Compreender os elementos que formam e constituem a sociedade e a organização política de um povo, bem como a relação de seu espaço geográfico com suas atividades culturais e econômicas. Utilizar os conhecimentos históricos para compreender alguns aspectos de nossa atual política, sociedade e cultura. Avaliar a importância do meio ambiente na constituição e desenvolvimento de um povo. Habilidades Compreender a formação do povo grego a partir de elementos míticos e históricos. Conhecer e reconhecer os artefatos culturais do povo grego e sua influência na cultura ocidental atual. Conhecer, compreender e problematizar aspectos da sociedade, economia e política grega de forma a estabelecer relações com a contemporaneidade. 3 O que você sabe sobre os gregos? Você já deve ter ouvido falar ou mesmo ter visto algo que se relaciona a história desse povo. Comumente, uma das primeiras coisas que aprendemos sobre os gregos envolvem histórias e personagens fantásticos apresentados em sua mitologia. Você conhece algum personagem ou história da mitologia grega? Além de excelentes contadores de histórias os gregos também possuíam bons escultores, artistas teatrais, filósofos, matemáticos, esportistas, entre outros. Veremos mais adiante, que a Grécia não possuía um governante para todo o seu povo, sendo cada cidade grega, ou pólis, livre para decidir como iria organizar a sua política, economia e etc. Havia, portanto, diferenças culturais entre as cidades. Atenas, por exemplo, possuía grande atividade cultural, enquanto Esparta era dedicada, principalmente, as atividades militares. Um dos maiores legados desta sociedade pode ser identificado em uma forma de organização política surgida em Atenas - a democracia, todavia, veremos que a forma como pensamos hoje a democracia é diferente da forma como os gregos a concebiam. As olimpíadas também surgiram na Grécia, entretanto, as modalidades esportivas não eram exatamente iguais as que temos hoje. O povo grego edificou diversas cidades autônomas, como já foi dito, no entanto, no início de sua história havia somente tribos ocupando a região onde, mais tarde, serão erigidas as suas grandes cidades-estado. Portanto, as cidades gregas não surgiram da noite para o dia, precisamos entender, para início de conversa, como o povo e as cidades gregas se formaram. Boa leitura! A formação do povo grego: como tudo começou A Grécia é uma região rodeada por diversas ilhas, a maior delas, a Ilha de Creta, foi o primeiro local onde se desenvolveu uma civilização com política e economia organizada. Creta desenvolveu-se entre 2000 e 1400 a.c., esta civilização possuía 4 escrita própria (linear A – tipo de escrita semelhante aos hieróglifos egípcios), uma rica produção artesanal e um desenvolvido comércio marítimo na região do mar mediterrâneo. Localização da Ilha de Creta. Os cretenses construíram palácios em algumas cidades da ilha, sendo o mais famoso, o palácio de Cnossos. Algumas partes das ruínas do palácio de Cnossos foram restauradas, conforme a imagem a seguir: No famoso mito do minotauro, o labirinto onde essa criatura vivia estaria localizado abaixo deste palácio. Alguns estudiosos acreditam ser possível ter existido um labirinto no palácio de Cnossos, de acordo com achados arqueológicos. A civilização cretense representou o primeiro modelo de civilização da região, por este motivo, podemos dizer que a história da Grécia começou na Ilha de Creta. Em torno de 2000 a.c. ondas de povos indo-europeus começaram a se estabelecer na Grécia. Um dos primeiros povos a ocupar a região peninsular (que não é ilha) da Grécia foi os Aqueus. Este povo fundou a cidade de Micenas que se tornou 5 uma rival de Creta no comércio marítimo. A civilização cretense acabou sendo dominada pelos micênicos por volta do século XIV a.c., sendo fundada a civilização creto-micênica, oriunda da união das duas culturas. Outros povos indo-europeus também se deslocaram para a região da Grécia fundando cidades, foram eles: Jônios, Eólios e por último, os Dórios. Indo-europeus: termo que designa as populações que ocuparam e conquistaram, ao longo de centenas de anos, grande parte da Europa e da Ásia Ocidental. Trata – se de um conceito linguístico, pois esses povos, ao que parece, tinham uma língua comum, que deu origem ao grego, latim, germânico, eslavo, sânscrito e persa. O enriquecimento das cidades As cidades fundadas pelos Aqueus, principalmente Micenas, enriqueceram muito com o comércio no mar mediterrâneo. Eram negociados produtos como azeite, vinho, metais preciosos, entre outros. Esses produtos circulavam da Grécia até a península ibérica (atual Portugal e Espanha), passando também pelo Egito. As trocas comerciais do mediterrâneo favoreciam as trocas culturais onde estes primeiros gregos aprenderiam muitas práticas, como o costume de fazer máscaras mortuárias, herdadas dos egípcios. Máscara mortuária em ouro moeda micênica 6 A chegada dos Dórios e a conquista de Micenas Por volta de 1100 a.c., conflitos internos, secas e catástrofes naturais contribuíram para que a civilização micênica começasse a entrar em decadência. Essa situação facilitou a invasão dos Dórios que usavam armas de ferro, muito mais resistentes que as armas de bronze usadas pela população micênica. Com a invasão, os palácios foram saqueados e muitos viraram escravos, os gregos passaram a viver da agricultura de subsistência e criação de gado. O comércio, a escrita e o artesanato foram praticamente abandonados, por este motivo, pouco se sabe deste período. Os Dórios deram origem, mais tarde, a cidade de Esparta. Falaremos de Esparta mais adiante. As colônias gregas e os genos A chegada dos Dórios à Grécia desorganizou as cidades e forçou muitos gregos a migrarem para outras regiões (diáspora grega), estas regiões ocupadas por gregos fora da Grécia se tornaram colônias. Abaixo temos um mapa das colônias gregas, que aos poucos foram se desenvolvendo, transformando-se em importantes regiões comerciais. Colonização grega. O povo grego que permaneceu na região passou a se organizar em genoi (singular de genos), ou seja, em pequenas comunidades cujos integrantes acreditavam descender de um 7 mesmo ancestral comum (podia ser um herói ou Deus grego). As terras e os bens eram divididos por toda a comunidade que possuía um líder, em geral um homem mais velho que exercia a função de sacerdote, juiz e chefe militar, quando ele morria seu filho assumia a função. Era um regime patriarcal. Com o passar do tempo alguns lideres não quiseram dividir os bens da terra e acabaram se apropriando do que antes era de todos, o que gerou disputas entre os genos. Aqueles que se apoderavam das melhores terras ficaram conhecidos como eupátridas (os bem nascidos) e passaram a controlar o poder, o restante da população ficava com as piores terras. O surgimento da pólis A cidade-estado grega conhecida como pólis surgiu quando os genos começaram a se desfazer em função de disputas. Aos poucos o comércio e o artesanato voltaram a se ampliar e as cidades foram se desenvolvendo. As principais póleis eram Atenas e Esparta. As póleis eram cidades independentes, ou seja, na Grécia não havia um governante único para todos os gregos, cada pólis tinha autonomia para se organizar política e economicamente. As póleis eram governadas por um rei, o basileu. Ele era escolhido entre os grandes proprietários de terra e governava com o apoio desse pequeno grupo que chamamos de aristocracia. Partenon (templo dedicado à deusa Atena em Atenas). 8 Grécia Antiga A história da Grécia também costuma ser dividida em períodos, são eles: Pré-Homérico 2000 - 1100 a.c.- Período caracterizado pela penetração de povos indo-europeus na Grécia: Aqueus (2000 a.C. - 1200 a.C.), Eólios (1700 a.C) e Jônios (1700 a.C.). Nesta época a civilização cretense continuava prosperando (3000 a.C. - 1400 a.C.) e os Aqueus (1600 a.C. - 1200 a.C.) formaram a civilização micênica que depois conquista os cretenses formando a civilização Creto-Micênica. Invasão dórica em Creta no fim do período acaba com civilização Creto-micênica. (1200 a.c.) Homérico (1100 - 800 a.c.) - Período marcado pela ruralização e pela comunidade gentílica. Formação dos genos e ausência de escrita. Este período é caracterizado pelas obras de Homero Ilíada e Odisseia. Arcaico (800 - 500 a.c.) — Formação da pólis; colonização grega; aparecimento do alfabeto fonético, da arte e da literatura além de progresso econômico com a expansão da divisão do trabalho, do comércio, da indústria e processo de urbanização. Clássico (500 - 338 a.c.) — O período de esplendor da civilização grega. As duas cidades consideradas mais importantes desse período foram Esparta e Atenas, no entanto, cidades como Tebas, Corinto e Siracusa tiveram seu papel. Neste momento a história da Grécia é marcada por uma série de conflitos externos (Guerras Médicas) e internos (Guerra do Peloponeso). Helenístico (338 - 146 a.c.) — Crise da pólis grega, invasão macedônica (de Alexandre, o grande), expansão militar e cultural helenística, a civilização grega se espalha pelo Mediterrâneo e se funde a outras culturas. Abaixo, mapa das cidades-estado (pólis) gregas: 9 Vamos conhecer melhor um pouco mais das duas principais cidades-estados gregas: Esparta e Atenas. Esparta A pólis de Esparta tem sua origem com a chegada dos Dórios à Península do Peloponeso no século IX a.c. Eles dominaram toda a região, se apropriaram das melhores terras e fundaram a cidade de Esparta. Seus descendentes, chamados de esparciatas, controlavam as instituições políticas da cidade e se dedicavam às atividades militares durante a maior parte da vida. Importante salientar que esta região que deu origem ao povo espartano, por ser bastante montanhosa, não favorável a navegação, fez com que a economia fosse baseada na guerra. A educação em Esparta era mais rígida em comparação as outras póleis gregas. Os cidadãos eram submetidos às mais duras provas desde a infância. Aos sete anos de idade, os meninos espartanos passaram a viver em quartéis. Lá se dedicavam ao exercício militar e se habituavam a suportar a dor, a fome e o frio, enquanto as meninas eram treinadas para se tornarem mães fortes e saudáveis. Após o período de treinos, os jovens espartanos eram submetidos a um ritual de passagem. Os que não fossem considerados aptos para a guerra eram rebaixados para uma condição inferior. Voltados para a guerra, os cidadãos espartanos sobreviviam basicamente dos produtos cultivados em suas terras. 10 Você talvez se pergunte: se os esparciatas viviam para a guerra, quem produzia alimentos e outros bens necessários à sobrevivência da população? Essa tarefa era exercida pelos hilotas, antigos habitantes da região que foram dominados pelos Dórios e transformados em servos. Eles não tinham direitos políticos, eram obrigados a cultivar a terra dos esparciatas e a entregar a eles parte do que produziam. Os habitantes dos arredores de Esparta formavam um grupo de homens livres chamados de periecos. Eles se dedicavam à agricultura, ao artesanato e ao comércio e, como os hilotas, não tinham direitos políticos. Política Como os espartanos governavam a cidade? Em Esparta, apenas os esparciatas tinham direitos políticos, e somente os membros das famílias mais importantes podiam ser eleitos para as funções de comando. Por isso, o regime político de Esparta é chamado de oligárquico (olígos, poucos; arkhé, governo). Em Esparta governavam dois reis (diarquia), seus poderes não eram absolutos, pois existiam órgãos para auxiliar nas decisões políticas, são eles: Gerúsia- Os dois reis e o conselho de anciãos, formulavam leis, julgavam crimes, e decidiam questões militares. Eforato- 5 magistrados denominados éforos que exerciam o cargo por um ano, fiscalizavam os reis, a gerúsia e a apela. Ápela- Todos os cidadãos espartanos com mais de 30 anos que escolhiam os membros da Gerúsia e do eforato, também votavam propostas de leis. Os cidadãos maiores de 30 anos podiam participar da Ápela, assembleia que se reunia periodicamente para votar as leis propostas pela Gerúsia. Mas o poder da assembleia era limitado; quem comandava a cidade, de fato, eram os dois reis e os anciãos da Gerúsia. 11 Atenas Atenas era uma poderosa pólis, com intensa atividade artística e filosófica. Sua riqueza provinha das atividades ligadas ao comércio marítimo. Do desenvolvimento de sua organização política surgiu a democracia. Mas será que a democracia que temos hoje é igual à democracia de Atenas? Teatro. Deusa Atena. Cidade berço da democracia, fundada pelos Jônios no século X a.c. Antes de ser uma democracia, Atenas passou por um período de monarquia, neste período o poder do rei (também chamado de Basileu) era limitado apenas por um conselho de aristocratas. Aos poucos, os aristocratas foram conquistando os poderes dos reis até dissolvê-los, ou seja, acabando com a monarquia e dando início a um período de Oligarquia (governo de poucos). Nesta época, os aristocratas (aristocracia - poder dos melhores), chamados de eupátridas, desapropriaram as terras dos camponeses espalhando fome e miséria. Sem condições de se sustentarem hipotecavam suas terras, quando não conseguiam pagar suas dívidas ofereciam seus filhos ou a si como escravos. A partir do séc. VIII o grande crescimento das cidades levou a necessidade de se buscar novas terras, iniciou assim um movimento de colonização de outras regiões. Nestas regiões os artesãos e comerciantes passaram a se destacar economicamente, um sentimento de revolta contra a aristocracia ateniense levou as 12 camadas médias (artesãos, comerciantes, camponeses) a uniremse contra a aristocracia. Para tentar suprimir as revoltas, os aristocratas criaram a figura do legislador. O mais importante foi Sólon, ele iniciou no século VI a.c. um conjunto de reformas, entre as medidas tomadas por ele estão: o fim da escravidão por dívidas, o aumento do número de cidadãos com direitos políticos. Criou também três instituições: Bulleutérion (conselho dos quatrocentos), Eclésia (assembleia popular, se reuniam todos os cidadãos) e Helieia (tribunal popular de justiça), Sólon estabeleceu critérios censitários para ocupação de cargos públicos, na prática só os mais ricos eram funcionários públicos. Em torno de 560 a.c., surgiram novos problemas, as reformas de Sólon não foram suficientes, os conflitos não cessaram, o que abriu caminho para um governo tirano. A falange hoplita (militares) é apontada como decisiva para a vitória contra a aristocracia. Os governantes tiranos governavam sob forte repressão militar. Este período é conhecido como Tirania, esses governantes controlaram as massas populares por meio de reformas e distribuição de terras, também incentivaram a filosofia e as artes, porém por governarem de forma autoritária acabaram sendo afastados do poder e assassinados. A consolidação da democracia ateniense Por volta de 509 a.C., Clístenes, membro de uma influente família aristocrática, assumiu o governo em Atenas e colocou em prática reformas que reduziram o poder oligárquico, instaurando a democracia. Clístenes dividiu a população ateniense em 10 demos, criou o ostracismo (exílio de 10 anos para quem fosse contra a política democrática), também eliminou o critério censitário para ocupação de cargos públicos. Apesar de Atenas possuir um governante, quem efetivamente tomava as decisões eram os cidadãos atenienses. A consolidação da democracia se deu no governo de Péricles, mas nem todos eram considerados cidadãos, 13 somente homens maiores de 18 anos, filhos de atenienses. Estavam excluídas as mulheres e os demais, ou seja, os cidadãos não ultrapassavam mais de 10% da população. A partir da democracia, a filosofia se desenvolveu amplamente em Atenas, com destaque para Sócrates, Aristóteles, Platão, entre outros. Todavia, Sócrates não era favorável à democracia, o que lhe custou a vida, pois foi condenado a beber veneno como punição política. A punição de Sócrates. Aula de filosofia. A educação em Atenas: Em Atenas, como em outras cidades gregas, meninos e meninas eram educados de maneiras diferentes. Os meninos das famílias mais ricas aprendiam a ler, a escrever, a recitar poemas e a cantar ou tocar algum instrumento musical. Quem os acompanhava nos estudos era um pedagogo, que geralmente era um escravo. A partir dos 15 anos de idade, somente os garotos de condições abastadas frequentavam o ginásio, onde praticavam exercícios físicos e discutiam questões políticas e filosóficas. Depois dos 20 anos, o jovem tinha mais dois anos de preparação militar, momento em que se tornava cidadão pleno e estava preparado para atuar na vida pública. Entre as meninas, a educação era um aprendizado para a vida doméstica. Para isso, elas aprendiam a fiar, a tecer e a cozinhar, além de se preparar para a maternidade brincando com bonecas. Por volta dos 15 anos de idade, participavam de cerimônia religiosa que as tornavam aptas para o casamento. 14 As guerras médicas ou Greco-pérsicas Foram os conflitos entre Gregos e Persas por causa da ocupação persa nas regiões de colonização grega na Ásia Menor (atual Turquia). Os Persas foram um império muito poderoso da antiguidade, sua maior intenção nesta época era dominar toda a Grécia. Dário, rei persa morreu tentando dominá-la, então, coube a seu filho Xerxes empreender a conquista. Xerxes (imperador persa) avançou sob o território grego sendo interceptado pelo exercito espartano na região conhecida por Termópilas (o que deu origem ao filme 300). Os gregos (no caso, espartanos) perderam esta batalha, os persas avançaram, invadiram e saquearam diversas regiões, entre elas, Atenas. A frota ateniense formou uma ofensiva naval chamada liga de Delos (unia diversas cidadesestado), vencendo os persas na batalha de maratona, e depois na batalha de plateia, pondo fim ao conflito, com vitória para os gregos. Cabe destacar que os persas não tiveram seu território tomado pelos gregos, somente foram expulsos da Grécia. No seu caderno faça um esquema explicativo para cada uma das batalhas das guerras médicas. Guerra do Peloponeso Após as guerras médicas iniciou um período de disputas entre Atenas e Esparta. Atenas havia se tornado muito poderosa por liderar a liga de Delos que venceu os persas nas guerras médicas. Atenas controlava a liga de Delos e cobrava pesados tributos para sua manutenção, o que desagradava Esparta. Atenas, por ser a maior potencia naval da região controlava o comércio marítimo e essa proeminência de Atenas irritava os Persas. Descontentes com a hegemonia ateniense, os espartanos reuniram outras póleis gregas criando a Liga do Peloponeso. Em 431 a.c., esses dois blocos entraram em conflito numa disputa que envolveu praticamente todas as cidades gregas e ficou conhecida como Guerra do Peloponeso. 15 Os espartanos derrotaram Atenas somente em 404 a.c., retomando sua hegemonia militar sobre a Grécia. A liderança espartana, porém, não durou muito. Enfraquecidos pela guerra, foram dominados pela cidade de Tebas. A partir de então, iniciaram-se intensas lutas entre as diversas cidades gregas, o que permitiu que elas fossem facilmente dominadas por outros povos. Primeiramente pelos persas, que retomaram o domínio sobre as póleis gregas da Ásia Menor. Em 338 a.c., foi a vez dos macedônios, comandados pelo rei Felipe II. Eles conquistaram toda a Grécia continental e entraram em guerra contra os persas para expulsá-los da Ásia Menor. Os persas foram derrotados, mas Felipe II morreu em combate, deixando o trono para seu filho que ficou conhecido como Alexandre, o grande. Período helenístico Os macedônicos formavam um reino situado ao norte da Grécia. Eles possuíam relações comerciais com as cidades-estado gregas. No século IV a.c. Filipe II assumiu o poder macedônico, com planos de expandir o reino dominou algumas regiões da Grécia sem muitas dificuldades, pois elas estavam enfraquecidas pela guerra do Peloponeso. A principal vitória se deu na batalha de Queronéia que consolidou o poder macedônico na Grécia. Em 336 a.c. Filipe II foi assassinado e assumiu no seu lugar, seu filho, Alexandre Magno ou Alexandre, o grande iniciando o período helenístico. Alexandre, que já havia herdado a Grécia, realizou muitas outras conquistas, como o Império Persa, o Egito, entre outros... Seu império era vastíssimo como mostra o mapa abaixo. 16 Império de Alexandre. As conquistas de Alexandre favoreceram o intercambio entre as culturas ocidentais e orientais, este é um período marcado por intensa atividade artística e intelectual, onde a cultura grega foi levada para todas as regiões do império. Alexandre morreu em 323 a.c., aos 32 anos de idade, vítima provavelmente de malária. Sua grande obra cultural, porém, já tinha sido realizada. Por onde passou, Alexandre submeteu os povos locais, fundando novas cidades, mais de trinta delas batizadas de Alexandria. O objetivo do imperador macedônico era transformar as cidades em grandes centros de difusão da cultura grega. Muitos soldados gregos e macedônicos se fixaram nas regiões conquistadas. Ali difundiram o grego, que se tornou a língua oficial do império, embora as populações locais continuassem a falar seus idiomas. Também construíram templos, ágoras e ginásios bem parecidos com os das cidades gregas. Referência Motooka, Débora Yumi. História: Guia didático. São Paulo: SM, 2011.