Fluxo de Investigação de Gestantes com

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INVESTIGAÇÃO DE GESTANTES COM EXANTEMA E
CRIANÇAS COM MICROCEFALIA
REUNIÃO AMPLIADA
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA- PROGRAMA DE
ARBOVIROSES
13/05/2016
Vigilância Epidemiológica das Microcefalia e/ou
alterações do SNC
NOTIFICAÇÃO e INVESTIGAÇÃO:
1. Feto com alterações do Sistema Nervoso
Central (SNC), durante a gestação
2. Abortamentos sugestivos de infecção
congênita
3. Natimorto sugestivo de infecção congênita
4. Recém-nascido com microcefalia
Vigilância Epidemiológica das Microcefalia e/ou
alterações do SNC
1. Feto com alterações do Sistema Nervoso Central (SNC),
durante a gestação:
Definição: Feto* que apresente, pelo menos, um dos
seguintes critérios referentes às alterações do sistema
nervoso central, identificadas em exame
ultrassonográfico:
• Presença de calcificações cerebrais E/OU
• Presença de alterações ventriculares E/OU
• Pelo menos dois dos seguintes sinais de alterações de fossa
posterior: hipoplasia de cerebelo, hipoplasia do vermis
cerebelar, alargamento da fossa posterior maior que 10mm
e agenesia/hipoplasia de corpo caloso.
*Feto: considera-se feto da 8ª semana de gestação até o nascimento
Vigilância Epidemiológica das Microcefalia
2. Abortamento sugestivo de infecção
congênita:
Definição: Aborto* de gestante com suspeita
clínica e/ou resultado laboratorial compatível
com doença exantemática aguda durante a
gestação.
*Aborto: perda fetal ocorrida até 22 semanas de gestação.
Vigilância Epidemiológica das Microcefalia
3. Natimorto sugestivo de infecção congênita:
Definição: natimorto* de gestante com suspeita clínica
E/OU resultado laboratorial compatível com doença
exantemática aguda durante a gestação, que apresente:
• Medida do perímetro cefálico menor ou igual a -2 desviospadrão, para idade gestacional e sexo, de acordo com Tabela
do Intergrowth, quando possível ser mensurado OU
• Apresentando anomalias congênitas do Sistema Nervoso
Central, tais como: inencefalia, encefalocele, espinha bífida
fechada, espinha bífida aberta, anencefalia ou
cranioraquisquise, além de malformações estruturais
graves, como a artrogripose múltipla congênita (AMC).
*Natimorto ou óbito fetal
Vigilância Epidemiológica das Microcefalia e/ou
alterações do SNC
4. Recém-nascido com microcefalia:
Definição:
• RN com menos de 37 semanas de idade gestacional,
apresentando medida do perímetro cefálico menor que
-2 desvios-padrão, segundo a tabela do Intergrowth,
para a idade gestacional e sexo
• RN com 37 semanas ou mais de idade gestacional,
apresentando medida do perímetro cefálico menor ou
igual a 31,5 centímetros para meninas e 31,9 para
meninos, equivalente a menor que -2 desvios-padrão
para a idade do neonato e sexo, segundo a tabela da
OMS
Microcefalia
• Recém nascidos a termo (>37 semanas):
• Meninos:
Menor ou igual a 31,9 cm (-2DP)
• Meninas:
Menor ou igual a 31,5 cm (-2DP)
Microcefalia
• Recém nascidos pré-termo (até 36s6d):
• Parâmetros de referência do Estudo Internacional de
Crescimento Fetal e do Recém-Nascido: Padrões para o
Século 21 (The International Fetal and Newborn
Growth Consortium for the 21st Century)- Intergrowth.
Notificações de microcefalia e/ou alterações do SNC
• Preencher a ficha de
notificação do RESP
constante do Protocolo de
vigilância e resposta à
ocorrência de microcefalia
e/ou alterações do sistema
nervoso central (SNC) –
versão 2.
• Encaminhar a ficha de
notificação por e-mail para o
DEVISA:
[email protected].
br
• O DEVISA digitará as fichas no
sistema RESP do ministério da
saúde.
Preencher ficha de notificação do RESP e encaminhar ao DEVISA:
[email protected]
FLUXOS DE INVESTIGAÇÃO DE CRIANÇAS COM
MICROCEFALIA
Investigação Microcefalia
1-Investigação de feto com alterações do Sistema
Nervoso Central (SNC), durante a gestação:
• História epidemiológica da mãe:
– História familiar
– Uso de medicamentos, drogas, álcool, contato
teratógenos
• Exames de STORCH (sífilis, toxoplasmose, rubéola,
CMV, herpes, HIV) no PN.
• Ultrassom morfológico.
Investigação Microcefalia
2-Abortos ou natimortos para realização de anátomo
patológico IAL:
•
1 – PLACENTA: Número de fragmentos: 6 (2 do lado materno, 2 do lado fetal, 1 cordão
umbilical e 1 inserção do cordão na placenta). Tamanho: 1cm3
•
2 – RESTOS OVULARES: Encaminhar produto da curetagem.
•
3 – NECROPSIAS (neonatos e abortos com microcefalia):
Número de fragmentos: 1 de cada topografia, pelo menos, no tamanho de 1,0cm3.
Topografia: encéfalo (cérebro, cerebelo e tronco encefálico), fígado, baço, coração,
pulmão, rim, timo, linfonodo e qualquer outro órgão que exiba alterações macroscópicas.
•
4 – BLOCOS DE PARAFINA: Encaminhar todos os blocos de parafina do caso a ser
analisado, advindos de outros laboratórios de anatomia patológica.
Investigação Microcefalia
3-Investigação laboratorial do RN nascido com
microcefalia:
• Diagnóstico inespecífico:
•
•
•
•
•
•
•
Hemograma, AST,ALT, bilirrubinas, U, Cr, LDH, PCR, ferritina.
Realização de sorologias para STORCH de acordo com a susceptibilidade
Ecocardiograma
Avaliação oftalmológica com exame de fundo de olho
Exame de emissão otoacústica
Ultrassom transfontanela
Tomografia de crânio se USTF com alterações.
• Diagnóstico específico:
•
•
•
•
•
1. sangue do cordão umbilical (2 a 5 mL, sem anticoagulante);
2. placenta (3 fragmentos de dimensões de 1cm3 cada);
3. líquido cefalorraquidiano do RN (1 mL)(à critério médico); e
4. urina do recém -nascido (10 mL)
5. sangue da mãe (10 mL).
Investigação Microcefalia
• Exames de imagem( alterações observadas):
•
Ultrassonografia transfontanela
•
•
•
•
•
•
•
•
Atrofia cortical difusa
Encefalomalácia
Calcificações encefálicas
Ventriculomegalia ex-vácua
Disgenesia de corpo caloso
Atrofia do corpo caloso com calcificação
Atrofia de cerebelo com espessamento do tentório
Tomografia Computadorizada (TC) e Ressonância Magnética (RM)
•
•
•
•
•
Calcificações no parênquima encefálico:
Ventriculomegalia:
Malformação do desenvolvimento cortical:
Hipoplasia do tronco cerebral e cerebelo:
Alteração da atenuação da substância branca:
RN com microcefalia e puérpera de RN com
Microcefalia
Vigilância da Gestante com Exantema
Gestantes com exantema
• Investigar e notificar toda gestante com
quadro de exantema agudo.
1. Notificar as gestantes e encaminhar a ficha
imediatamente para a VISA regional ( Ficha
gestante com exantema zika)
2. Visa regional registra no CEVESP e SINANNET como notificação individual de Zika
vírus.
Gestantes com exantema-Ficha de notificação
Gestantes com exantema-CEVESP
Gestantes com exantema- Investigação
A gestante com exantema deverá ter a coleta de
amostras oportunas:
• Soro (10 ml): até o 5º dia do início dos primeiros
sintomas (fase aguda);
• Urina (10 ml): até o 8º dia do início dos primeiros
sintomas.
Gestantes com exantema-Investigação
Gestantes com exantema-ficha solicitação de exame
Gestantes com exantema-Investigação
• Identificar na Ficha de Solicitação de Exame, no
campo 12 (suspeita clínica) como “Gestante com
exantema - ZIKV”.
• Cadastrar a amostra como PCR para zika.
• Não há mais a necessidade de cadastrar a
amostra como “sorologia de dengue” para
posterior inclusão do exame no IAL, assim como
enviar a ficha de apoio à investigação de ZIKV.
Gestantes com exantema-Investigação
• Frente a um resultado positivo de ZIKV (PCR)
deverá ser coletado uma segunda amostra de
sangue com intervalo de 2- 3 semanas após a
primeira coleta.
• Quando o resultado demorar mais que 3
semanas, coletar a 2º amostra após o
recebimento do resultado positivo, apenas.
Gestantes com exantema-Investigação
• A gestante cujo exantema ocorreu nos últimos 20 dias
antes do parto, e que até o momento do nascimento,
não tenha resultado do ZIKV, deverá ser coletado
sangue umbilical do RN e guardado até a liberação do
resultado do ZIKV.
• Se o RN apresentar microcefalia, e/ou alteração SNC,
deverá ser realizada a investigação de microcefalia.
• Para as gestantes com ZIKA confirmado durante a
gestação, deverão ser realizadas as mesmas coletas de
amostras da investigação de microcefalia.
Orientações para Investigação de gestantes com exantema em
UBS*
1.
2.
3.
4.
5.
Toda gestante em qualquer idade gestacional com exantema até 8º dia de sintoma
deve ser investigada.
Colher amostras em frascos adequadamente identificados:
I.
Sangue** (preferencialmente cheio) em tubo sem anticoagulantes (tubo seco,
tampa amarela). Até o 5° dia de sintoma.
II.
Urina (mínimo 10 ml, urina pode ser colhida a qualquer momento do dia, com
assepsia simples) em Tubo tipo Falcon, ou coletor universal. Até o 8° dia de
sintoma.
As amostras deverão ser encaminhadas ao Laboratório Municipal, que cadastrará
no GAL, acompanhadas de:
I.
Ficha de solicitação de exames do SinanNet sem numeração (modelo anexo),
para cada amostra enviada. O exame será cadastrado como PCR para ZIKA.
II.
Pedido Padrão do Laboratório Municipal
Colocar em Caixa Térmica com GELOX® (estas amostras deverão chegar ao destino no
mesmo dia)
Se fora do horário de coleta, discutir com VISA a possibilidade de envio para o
Laboratório Municipal e/ou Hospital Mário Gatti (nos casos em que a coleta no
próximo dia comprometa a oportunidade)
Orientações para Investigação de gestantes com exantema em
Unidades Privadas de Saúde
1.
2.
3.
4.
5.
6.
Toda gestante em qualquer idade gestacional com exantema até 8º dia de sintoma deve
ser investigada.
As amostras deverão ser encaminhadas ao Laboratório do Instituto Adolfo Lutz (IAL),
previamente registradas no GAL PCR PARA ZIKA.
As amostras deverão dar entrada no IAL acompanhadas de:
I.
Ficha de solicitação de exames do SinanNet com numeração para de SINAN para febre
pelo zika vírus. Uma solicitação para cada espécime.
Colher amostras em frascos adequadamente identificados:
I.
Sangue em tubo sem anticoagulantes (tubo seco, tampa amarela, preferencialmente
cheio). Até o 5° dia de sintoma.
II.
Urina (mínimo 10 ml, urina pode ser colhida a qualquer momento do dia, com
assepsia simples) em Tubo tipo Falcon ou coletor universal. Até o 8° dia de sintoma.
Colocar em Caixa Térmica com GELOX® (estas amostras deverão chegar ao destino no
mesmo dia)
Se fora do horário de funcionamento do Instituto Adolfo Lutz, as mostras poderão ser
armazenadas à -20°C, e encaminhadas no próximo dia útil.
CASOS DE MICROCEFALIA E GESTANTES COM EXANTEMA
NO MUNICÍPIO DE CAMPINAS
Casos de microcefalia e /ou alteração de SNC
Número de recém-nascidos com microcefalia entre moradores
de Campinas (2015-2016)
Casos de microcefalia e /ou alteração de SNC
Relação temporal zika- microcefalia- Campinas/2015
Casos de Microcefalia por Semana Epidemiológica -2015
3
ZIKA DETECTÁVEL
2
1
PRIMEIRO TRIMESTRE
0
Casos de gestantes com exantema
• 88 gestantes notificadas (03/12/2016-11/05/2016)
•74 residentes em Campinas.
• 32 descartadas
• 35 em investigação (aguardando exame)
• 07 confirmadas
•1 aborto ( pré-infecção)
Zika
10%
Descartadas
43%
Em
investigação
47%
Casos de gestantes com exantema
• Casos confirmados zika vírus em gestantes:
• 2 CS IPAUSSURAMA
• 1 CS PARANAPANEMA
• 1 CS AEROPORTO
• 1 CS SAO QUIRINO
•1 CS CASSIO RAPOSO DO AMARAL
•1 CS SAN MARTIN
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