Apresentação do PowerPoint

Propaganda
Aspectos metodológicos das
modalidades de pesquisa clínica
1:12 Eu te peço, faz uma experiência de
dez dias com teus servos: Que não se nos
dê a comer senão legumes e água a
beber.
1.13 Depois disto compararás o nosso
rosto com o dos jovens que se alimentam
das iguarias da mesa real, e conforme o
que tiveres constatado, assim agirás com
os teus servos.
1.14 Concordou com esta proposta e
submeteu-os à prova dez dias.
1.15 Ao fim deste prazo, verificou-se que
tinham melhor rosto e estavam mais
nutridos que todos os jovens que comiam
da mesa real.
605 a C, Daniel 1:1-21
1.16 Como consequência o oficial retirou
as iguarias e o vinho que lhes estavam
destinados
e
mandava-lhes
servir
legumes.
James Lind, 1747
Médico da Marinha Real Britânica
Tratamento do escorbuto por James Lind
Grupo
Ac. Sulfúrico
Vinagre
Água mar
Sidra
Remédio
Suco Limão
Cura
0/2
0/2
0/2
0/2
0/2
2/2
Valor p*
>0,05
>0,05
>0,05
>0,05
>0,05
>0,05
(*) Nota - Comparado a pacientes das cinco outras modalidades do estudo, sem grupo placebo
Pesquisa Clínica
• “[...] componente da pesquisa médica e em saúde destinada a
produzir conhecimento, prevenir e tratar das moléstias humanas e
promover a saúde.
• Abrange estudos que envolvem interação com os pacientes,
populações, materiais ou dados de diagnóstico clínico em:
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
mecanismos de doenças;
pesquisa translacional;
conhecimento clínico;
detecção;
diagnóstico e história natural;
intervenções terapêuticas incluindo os ensaios clínicos;
prevenção e promoção da saúde,
pesquisa comportamental;
pesquisa em serviços de saúde;
epidemiologia;
pesquisa em comunidades e em serviços de atenção primária.”
Association of American Medical Colleges Task Force on Clinical Research, 2000
Pesquisa Clínica
• Pesquisa Orientada ao paciente
•
•
•
sujeitos humanos
material de origem humana
investigador interage
•
•
•
•
mecanismos de doença humana,
intervenções terapêuticas,
ensaios clínicos,
novas tecnologias em saúde.
Excluem-se tecidos in vitro não relacionados à um indivíduo vivo
• Estudos Epidemiológicos e comportamentais.
• Pesquisa de eficácia de resultados e em
serviços de saúde.
NIH, 2009. http://grants.nih.gov/grants/funding/phs398/phs398.pdf
CIÊNCIA
PESQUISA
CLÍNICA
SAÚDE
Avaliação de medicamentos
Ensaio clínico
• Atua?
Análise custo/benefício
• Compensa?
• Qual o mais eficaz?
• Influi da sobrevida e
qualidade de vida?
1940
1950
Análise custo/eficácia
Análise custo/utilidade
1960
1970
1980
1990
2000
Meta da pesquisa clínica
INFERÊNCIA
VERDADE NO
UNIVERSO
ACHADOS NO
ESTUDO
Fisiologia da Pesquisa
inferência
inferência
Formulando
Conclusões
VERDADE NO
UNIVERSO
VERDADE NO
ESTUDO
ACHADOS NO
ESTUDO
Delineando e
Implementando
QUESTÃO DE
PESQUISA
PLANO DE
ESTUDO
ESTUDO
REALIZADO
delineamento
VALIDADE
EXTERNA
implementação
VALIDADE
INTERNA
Definições
• Os estudos médicos podem ser divididos de
acordo com três grandes critérios:
1
2
3
Estudos observacionais
Estudos experimentais
Estudos longitudinais
Estudos transversais
Estudos prospectivos
Estudos retrospectivos
Johnson, LL. Principles and Practice of Clinical Research, 2012
1
• Estudos observacionais
• O pesquisador observa e coleta os dados das
características de interesse, ou dos desfechos, sem
influenciar ou intervir nos participantes, seu meio
ou o curso de sua doença.
• Estudos experimentais
• Estudos clínicos ou ensaios clínicos
• O pesquisador influi deliberadamente sobre o curso
dos eventos e investiga os efeitos da intervenção ou
tratamento em uma população ou sujeitos
selecionados. Ocorre comparação com outros
grupos e avaliação dos desfechos
Johnson, LL. Principles and Practice of Clinical Research, 2012
2
• Estudos longitudinais (coorte)
• O pesquisador investiga as alterações nos indivíduos,
ao longo do tempo, em relação a um evento,
intervenção ou tratamento.
• Estudos transversais
• O pesquisador observa as alterações nos indivíduos
em um único ponto no tempo.
Johnson, LL. Principles and Practice of Clinical Research, 2012
3
• Estudos prospectivos
• O pesquisador coleta os dados ao longo do tempo a
partir do início do estudo
• Estudos retrospectivos
• O pesquisador coleta os dados de eventos
passados a partir de fontes existentes como
prontuários ou entrevistas
Johnson, LL. Principles and Practice of Clinical Research, 2012
Estudos retrospectivos e prospectivos
PROSPECTIVO
?
Basal
Base histórica
PROSPECTIVO
?
PROSPECTIVO
?
RETROSPECTIVO
RETROSPECTIVO
Passado
distante
Passado
PRESENTE
Futuro
Futuro
Distante
Estudos observacionais
• Descritivos
• Informações para caracterizar o indivíduo, população
ou ambiente
• Analíticos
• Responder perguntas sobre a relação entre as
características e desfecho da doença.
• Avaliam as associações para realizar inferências
sobre relações de causa-efeito
Estudos observacionais
Abordagem descritiva
• Estudos ecológicos
• Avalia características da população mais que dos indivíduos e
compara associações entre essas características dentro da
população.
• Relato de caso ou Série de casos
• Estudo mais simples a nível de indivíduo. Descrição detalhada
de um caso ou de vários, com características clínicas
particulares.
• Estudos transversais, levantamento de
prevalência e estudo de incidência
• Estimativa de uma doença ou características num grupo de
indivíduos, num determinado momento.
Estudos observacionais
Abordagem analítica
• Busca características específicas relacionadas aos
desfechos patológicos
– Estudos Caso-Controle
• Compara indivíduos com determinada doença ou condição com
controles que não tem a condição, no sentido de identificar
possíveis fatores etiológicos
• Caracterizar a doença e examinar fatores de risco naqueles
com e sem doença
– Estudos longitudinais (de coorte)
• Inicia-se com um estudo transversal que caracteriza o estado
dos fatores de risco e relaciona-os com o desfecho da doença
ao longo do tempo, com ou sem o fator de risco.
Tipos de Estudos Observacionais
Populacionais

Estudos Ecológicos (Correlacionais)
Individuais



Relato de Casos
Série de Casos
Estudos Transversais
Descritivos

Analíticos

Caso Controle
Estudos de Coorte Prospectivos
o Concorrentes
(Longitudinal)
o Não Concorrentes
(Histórico)
Estudos experimentais
Estudos clínicos ou ensaios clínicos
• O principal objetivo é determinar o quanto uma
determinada intervenção ou tratamento, talvez
uma droga, intervenção comportamental,
procedimento cirúrgico ou mesmo, múltiplas
intervenções, podem razoavelmente ser inferidas
como causa de uma modificação na saúde dos
indivíduos.
Estudos “Quase-experimentais”
• O investigador não controla todos aspectos do
estudo, p.ex. randomização.
• O tratamento de interesse não pode ser
randomizado e outros fatores podem incrementar a
validade interna.
– Exemplos:
• risco cardiovascular em populações hipertensas, submetidas a
tratamento, antes e após serem vítimas de um desastre natural.
• Profilaxia de Infecção peritoneal em doentes renais crônicos
relacionado a alterações climáticas.
Ensaio Clínico
• Pesquisa que prospectivamente recruta
participantes humanos ou grupos de seres
humanos para uma ou mais intervenções relacionadas
à saúde para avaliar os seus efeitos (ensaios de
intervenção).
• Intervenções: medicamentos, células, produtos
biológicos, procedimentos cirúrgicos,
procedimentos radiológicos, aparelhos,
tratamentos comportamentais, mudanças no
processo de cuidados, cuidados preventivos, etc.
• Inclui estudos de fase I à fase IV.
WHO, 2013. http://www.who.int/topics/clinical_trials/en/
Fatores relevantes para a proposta
de um ensaio clínico
• Determinação de dose apropriada
• Determinação da população adequada
• Mudanças nos marcadores da doença investigada
• Literatura existente na área
• Força do desenho experimental
• Clareza do papel da pesquisa na continuidade
científica e no propósito social
Observacional x Ensaio clínico
• Observacionais e epidemiológicos
•
•
•
•
•
Acenam a possibilidade de um ensaio promissor
Críticos para a geração da hipótese
Descobrir associações
Identificar áreas de interesse
Prover evidências de que o ensaio não pode ser realizado
• Ensaio clínico
• Permitem o estabelecimento de causalidades
• Evidências
– Fatores causais naturais modificáveis
– Possibilidade de atuação
– Impacto sobre o desfecho da doença
• O encontro de evidências à partir de um grande número de
estudos observacionais, embora pareça estabelecer
causalidade, é falácia.
“During the past decade, postmenopausal
hormone therapy became one of the most
frequently prescribed therapies in the United
States, with a highly diversified portfolio of
presumed benefits for postmenopausal women.
The belief that hormone therapy might reduce a
woman's risk of coronary heart disease
contributed considerably to its widespread use.”
A boa abordagem científica
Desenho do estudo
Estratégia de análise
Desfechos
http://nccam.nih.gov/about/plans/2011/objective2.htm
Questão científica
Ajuste à continuidade científica
A boa questão científica
FINER
Factível
•
•
•
•
Número de sujeitos adequado
Domínio técnico adequado
Viável (tempo e custo)
Escopo manejável
Interessante
• Estímulo para investigador e equipe
Nova (original, inovadora)
• Confirma, refuta ou expande conhecimentos prévios
Ética
• O CEP não teria dificuldade em aprovar
Relevante
• Para o conhecimento científico
• Para diretrizes de saúde
• Para o “research continuum”
Cummings, Warren & Hulley, 2008
O desenvolvimento da questão
População
• Em qual população de pacientes específicos
você está interessado?
Intervenção (só para os estudos de intervenção)
• Qual sua intervenção de investigação?
Comparação
• Qual seu grupo de comparação?
Outcome (Desfecho)
• O que você deseja observar, medir, melhorar ou
afetar?
Tempo
• Qual o tempo de seguimento adequado para
observar os desfechos?
Brian Haynes R. Forming research questions. J Clin Epidemiol 2006; 59:881-6.
Questão científica
• Quanto mais precisa e completa, melhor o
desenho experimental, a estratégia analítica
e o desfecho.
– Torna o estudo mais claro
– Aprofundamento na literatura
•
•
•
•
Entendimento das perguntas e respostas
Como serão respondidas?
Quais as lacunas?
Onde situa-se o conhecimento?
Aprofundamento da literatura
• Bases de dados científicos e de evidências
•
•
•
•
•
•
•
ISI-WOK
Scopus
Medline
SCIELO, etc.
National Guideline Clearinghouse
NHS Evidence
MS Saude Baseada em Evidências
• NIH RePORTER
• http://report.nih.gov/index.aspx
• WHO ICTRP
• http://apps.who.int/trialsearch/
Paradigmas da descoberta e
desenvolvimento dos fármacos
• Descoberta baseada na Fisiologia
– Rastreamento de compostos e adequação aos
aspectos fisiológicos
• Descoberta baseada no Alvo Terapêutico
– Identificação da função de um possível alvo
terapêutico e seu papel na doença
Fases da Pesquisa de Fármacos
Estudos pré-clínicos
• in vitro ou in vivo
– (animais, células, tecidos)
•
•
•
•
•
Doses variadas
Eficácia
Toxicidade
Farmacocinética (FC)
Exploração
Ensaios clínicos Fase 0
• “Speed up”
• Exploratório
– Pré-clínica em humanos
– “go/no go”
•
•
•
•
“Microdosing”
10 – 15 sujeitos sadios
FC/FD
Dados de ligação à receptores
FDA Guidance on Exploratory Investigational New Drugs (IND), 2006
Ensaios Clínicos Fase I
• 20 a 100 sujeitos, ressarcidos
• Não randomizados
• Detecção de toxicidade
– Escalonamento de doses
– Limites de Dose Tóxica (LDT)
– Proporção a partir de estudos animais
• (1/100 e aumento em proporções de 1-2x)
– Eventos físicos
• Estudos não farmacológicos
–
–
–
–
–
Exequibilidade
Custo
Prática típica
Dano ao paciente
sadios ou doenças sem tratamentos vigentes
• FC/FD
Ensaios Clínicos Fase I
EDU – Escalonamento Dose Única
análises
Ensaios Clínicos Fase I
EDM – Escalonamento Dose Múltipla
Ensaios Clínicos Fase I
Efeito alimentar
Ensaios Clínicos Fase II
• Fase IIA
– Braço único ou não randomizado
– Controle histórico
• Oncologia (Considerar defasagem tecnológica, p.ex.)
– Pequeno número de pacientes
– Testar se há atividade suficiente sobre o marcador
da doença
• Eficácia
• “Proof of Concept”
– Os resultados não subsidiam modificações clínicas
ou terapêuticas
Ensaios Clínicos Fase II
• Fase IIB
– Dois estágios
• Pode ser interrompido por atividade biológica ou clínica
insuficiente
• Continua após análise interina com inclusão de mais
sujeitos, até o final da programação, sem parar com a
demonstração da eficácia
• Menor número de participantes
– Randomizado
• Dois ou mais braços comparando atividade biológica ou
clínica
• Suspenso o mais breve possível se análise interina
mostrar atividade biológica ou clínica
– Estabelecer doses ótimas para uso
– Regime de doses para testar na Fase III
Ensaios Clínicos Fase III
•
•
•
•
•
•
•
•
300 a >3000 sujeitos
Eficácia e segurança
Randomizados
Controlados (gold standard)
Multicêntricos
Longos, caros e difíceis
Novas aplicações para a droga (IIIB)
Pré-comercialização (nem sempre...)
Estudos de disseminação e
implementação
• Após os ensaios de segurança e eficácia
• Entre Fase II e III e após Fase III
• Essenciais para a transferência das
novidades para a saúde pública
• Testa maneiras de transferir os resultados
dos estudos controlados para o mundo real
• Programas de treinamento, programas de extensão,
análise custo-efetividade, adesão dos profissionais,
aderência dos pacientes e comunidades
Ensaios Clínicos Fase IV
• Estudos de Pós comercialização
• Farmacovigilância
• Requerido
– Agência regulatória
– Patrocinador (novas aplicações)
– Interações medicamentosas, grupos especiais
• Longo prazo
• Indústria x Regulação x Mercado
Pesquisa Comparativa de Eficácia
• Compara:
• tratamentos, estratégias ou procedimentos
• Preconizados ou orientados por consensos,
– quanto a um desfecho específico,
– risco ou benefício.
• Identificar a terapia mais efetiva para uma
condição ou paciente.
• Realizada por:
•
•
•
•
•
Ensaios randomizados
Revisões sistemáticas
Estudos de registros médicos
Metanálises
Estudos de custo/efetividade
Desenhos de
Ensaios Clínicos
Configuração do ensaio clínico
Características
do Tratamento
População a
ser estudada
Doença a ser
tratada
Desfecho de
interesse
Resposta à
Questão
Científica
Inserção no
Processo
Científico
Abordagem explanatória do
ensaio clínico
•
•
•
•
•
•
Circunstâncias ideais
Controle rigoroso dos fatores experimentais
Elucidar mecanismo biológico
Estabelecer eficácia idealizada
Não generalizado para outras situações
População pequena e homogênea
– Modelo de aprendizado
• Farmacológico
• Fisiológico
• Comportamento de aspectos clínicos
• Base de informação para estudos maiores
Abordagem pragmática do
ensaio clínico
• O quanto uma intervenção demonstra o benefício
esperado no mundo real, em populações de
pacientes não selecionados
• Populações grandes e heterogêneas
• Menos controle sobre as intervenções
– Quando e como são disponibilizadas
– Mais aplicável para as políticas de saúde pública
Configuração Cruzada
• O sujeito de pesquisa recebe todos
tratamentos sob investigação, em diferentes
momentos.
Trat A
Sem “Washout”
Trat A
s/Trat
s/Trat
Trat B
Trat B
Trat A
Com “Washout”
s/Trat
Trat A
s/Trat
Trat B
s/Trat
Trat B
Configuração Cruzada
Vantagens e desvantagens
• O sujeito de pesquisa é seu próprio controle
– Redução de variabilidade
– Detecção de pequenas variações em pequenas amostras
– Para a população e tratamento corretos, melhor dos desenhos
• Pouca variação de fatores não-específicos
• Ideal para estudo de condições com sintomas do tipo recidiva/remissão
• Ruim quando o efeito do tratamento pode prolongar-se e
repercutir no desfecho
• Inadequado para condições instáveis e progressivas
Configuração por descarte
Enriched Enrollment Design
• Variante do ensaio cruzado
• Aplicado somente aos respondedores
• Embora criticado, pode mostrar evidências limitadas às
respostas, que levam a outros estudos
Tratamento
Respondedor
Tratamento
s/Trat
s/Trat
Controle
Não Respondedor
Controle
Configuração Fatorial
População
Amostra
Randomização
Medicamentos
Ae B
Com
Doença
Sem
Doença
Medicamento A e
Placebo B
Com
Doença
Sem
Doença
Placebo A e
Medicamento B
Com
Doença
Sem
Doença
Placebos A e B
Com
Doença
Sem
Doença
Configuração Fatorial
Vantagens e desvantagens
• Responder uma ou mais questões em uma
única coorte de participantes
– Vários estudos pelo preço de um.
• Fatores limitantes
– Interação entre os efeitos dos tratamentos sobre os
desfechos
– A população deve ser adequada para cada uma
das intervenções
– Múltiplos tratamentos interferem no recrutamento e
adesão
Configuração em Paralelo
População
Amostra
Tratamento
A
Randomização
Com
Doença
Sem
Doença
Com
Doença
Sem
Doença
Cegamento
Tratamento
B
Placebo
Mascarado
Configuração em Paralelo
Vantagens e desvantagens
• Randomização
• Avalia efeitos do tratamentos
• resposta ou desfecho
• Controle
• Placebo mascarado
• Tratamento padrão
• Tratamento alternativo
• A resposta pode ser ajustada as condições basais do
paciente
• Configuração em paralelo, randomizada, duplo cego
• “Gold Standard”
• Configuração ideal para os grandes e definitivos estudos clínicos
• Estudos grandes e caros
Configuração Sequencial com
análise interina
Análise Interina
População
Amostra
Tratamento A
Benefício
Sem
diferença
R
Malefício
Tratamento B
•
•
Interrupção
Análise Interina
• avaliação dos dados por profissional de estatística, “não-cego”.
Sequencial em grupos
• periodicidade definida - ¼, ½, ¾ e final do estudo.
Configuração Sequencial
Vantagens e desvantagens
• Ensaios tendem a ser mais curtos
• Pode ocorrer vazamento das tendências
levando a equipe a selecionar casos ou
interpretar resultados erroneamente.
• Pode ocorrer futilidade que significa o
desânimo frente a possibilidade de não haver
tendência ao resultado positivo no final
Aspectos críticos na configuração
dos estudos clínicos
Mascaramento e Cegamento
• Reduzir viés de expectativa no desfecho de um ensaio.
• intencional ou não
• Tipos:
•
•
•
•
•
Aberto – Não mascarado
Simples – Sujeitos ou pesquisador
Duplo – Sujeitos e pesquisador
Triplo – Sujeitos, pesquisador e estatístico
Dupla simulação – Alterna características físicas do tratamento e
placebo, e vice-versa.
• Fundamental
• para os que avaliam e medem as variáveis de desfecho
• Também
• Os que se relacionam com recrutamento, avaliam critérios de
inclusão ou participam da intervenção
• Abertura de cegamento
• Critérios
• Quem
Grupo de comparação
• Deve permitir o discernimento de:
• Qual desfecho resultará da ausência da condição
experimental ou intervenção?
• Quais fatores diferenciam aqueles que têm ou que
não têm a doença em questão?
“Controles” de ensaios clínicos
•
•
•
•
•
Grupo placebo
Tratamento paliativo
Tratamento padrão
Medicamento em estudo em dose diferente
Medicamento ativo
– Pesquisa comparativa de eficácia
• Grupo não tratado
• Comparação histórica
– Mesmos sujeitos de pesquisa
– Outros doentes
Placebo
•
•
•
•
latim placebo, de placēre, 'agradar‘
Tratamento inerte
Efeitos psico e fisiológicos comprovados
Interferência sobre os desfechos
– Pré tratamento – redução efeitos do tratamento
– Pós tratamento – aumento efeitos do placebo
• Discutido e combatido
Placebo
• Placebo ou melhor tratamento vigente?
• Problemas de ordem ética
– VI Declaração de Helsinki 2008 (WMA)
• Permite
– Resolução CNS 404/2008 (Brasil)
• Os benefícios, riscos, dificuldades e efetividade de
um novo método devem ser testados comparandoos com os melhores métodos profiláticos,
diagnósticos e terapêuticos atuais. Isto não exclui o
uso de placebo ou nenhum tratamento em estudos
onde não existam métodos provados de profilaxia,
diagnóstico ou tratamento.
Tamanho amostral
• [...] “If the trial cannot detect the effects it seeks,
then it is an unethical trial because we may be
putting people at risk without a chance of learning
from their experience.”
Rutstein et al. NEJM 1978
• [...] 70% of randomized trials that reported no
effect have insufficient power to detect changes
in effect amounting to 25% of the risk.”
Feiman, Lancet 1988
Erros e Equívocos
Não observar CONSORT
Consolidated Standards of Reporting Trials
• Checklist de 25 itens para auxílio de redação
de artigos científicos
• Deve ser observado na fase de desenho
experimental, durante e após o estudo.
http://www.consort-statement.org
Não se preocupar com detalhes
num estudo pequeno
• Essenciais
• Estimar efeitos do tratamento
• Exequibilidade
– Identifica características críticas
» Pacientes
» Intervenções
» Desfechos
• Cuidadosamente considerados
• Menor tamanho amostral,
• Estratégias para maximizar os efeitos
– Dose, aderência, placebo
• Minimizar os erros de variância
– Medições, ritmo circadiano, treinamento
– Número de variáveis concorrentes
Não cuidar da escolha do grupo
controle
• Foco primário
– Ter entendimento do que se deseja do controle
• Articulação
– Questão científica
– Desfechos críticos mensuráveis
• Respostas
–
–
–
–
Eficácia
Mecanismos
Aplicação no mundo real
Aplicação em comunidade
Outros...
• Sempre achar que placebo é antiético
• O uso do placebo num braço, com o tratamento novo e o padrão
pode ajudar distinguir a real efetividade.
• Estudos curtos
• Usar placebo em estudos longos é impossível
• Possível usar tratamento novo e placebo, concomitante ao
tratamento padrão
• Confundir resposta ao placebo com regressão à média
• Observação após intervenção (placebo e tto)
• Usar configuração fatorial ao invés de paralelo
• Observar a importância da interação dos ttos
• Estudos pequenos, abertos, não-controlados, nãorandomizados, não oferecem evidências
• Não existe o certo ou errado
• Configuração adequada para a situação demandada
ESCOLHER UMA CONFIGURAÇÃO
DE ESTUDO CLÍNICO
• Questão científica
• Objetivos específicos
• Entender os componentes ativos
do novo tratamento
• Identificar desfechos de interesse
• Como o estudo se encaixa no
contexto de conhecimento
Download