Psiquiatria Forense - Assassinos em Série

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MEDICINA FORENSE:
LESÕES CORPORAIS DECORRENTES DE ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA
Temperatura: Os corpos podem ser afetados por pelo calor ou pelo frio.
Calor: Pode causar lesões no organismo, atuando tanto de forma difusa como direta. O calor difuso causa
dois tipos de lesões: a insolação e a intermação. Já o calor direto causa as queimaduras, que se dividem em
vários graus, de acordo com a profundidade das lesões.
Calor Direto: Produz como consequência as queimaduras. São lesões resultantes da atuação de agentes
térmicos sobre o revestimento cutâneo. Podem ser simples, quando produzidas somente pela ação do
calor, e complexas, quando produzidas pela ação do atrito em relação ao calor e a outros fatores próprios
do agente agressivo (eletricidade, radiação, etc.).
Classificação das Queimaduras:
 1º grau: eritema simples (somente a epiderme é atingida – em geral pala exposição ao sol);
 2º grau: vesicação (além do eritema, surgem flictenas ou vesículas, contendo líquido em seu
interior. Quando as vesículas se rompem, deixam aparente a derme).
 3º grau: escarificação (é dada pela coagulação necrótica da derme e da tela subcutânea. Pode
incidir até os planos musculares. São mais facilmente infectadas e são menos dolorosas, devido à
destruição dos corpúsculos sensíveis da epiderme).
 4º grau: (carbonização – há o comprometimento parcial ou total das partes profundas dos vários
segmentos do corpo, atingindo os próprios ossos, e levando muitas vezes à morte).
O cadáver carbonizado: O cadáver carbonizado assume a ‘posição de lutador’, em virtude da retração de
tecidos que fazem os braços fletirem-se e as mãos se fecharem diante do tórax; a boca fica entreaberta
exibindo os dentes; ocorrem fraturas dos ossos longos (úmero e fêmur e do crânio, este com herniação de
massa encefálica; as cavidades abdominal, torácica e o períneo, podem se dividir na linha mediana;. há
intensa redução de peso e volume devido à desidratação do corpo.
Lesões pelo Frio: O frio provoca lesões corporais conhecidas como geladuras, decorrentes da exposição do
corpo, por períodos prolongados, a temperaturas muito baixas. As geladuras se assemelham às
queimaduras e vão do 1º ao 4º grau, de acordo com a gravidade. Podem levar à morte. Classificação:
• 1º grau: apresenta palidez na região;
• 2º grau: há eritema e formação de flictenas;
• 3º grau: há necrose dos tecidos moles;
• 4º grau: ocorre a gangrena (úmida ou seca) dos tecidos.
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Eletricidade:
ELETROPLESSÃO: Desencadeada pela eletricidade artificial.
Marca elétrica de Jellinek: lesão esbranquiçada e dura, mumificada, com a forma do eletroduto (fio, plug),
com centro encovado e bordas elevadas.
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Radioatividade: As lesões pela radioatividade são provocadas pelos raios X, pelo rádio (elemento químico)
e pela energia atômica.
• Radiodermites agudas: são lesões localizadas, que vão desde a simples remoção dos pelos e a
ruborização da região afetada (1ºgrau), passando pela ulceração dolorosa recoberta por crosta seropurulenta (2º grau), até a necrose dos tecidos (3º grau).
• Radiodermites crônicas: podem apresentar atrofia da região afetada, ulceração e até mesmo neoplasia.
A energia atômica associa aos efeitos da radiação, a ação da explosão, ocasionando assim: efeitos
traumáticos, térmicos e radioativos. Há sérios agravos genéticos e neoplásicos tardios.
ELETROCUSSÃO: Ação letal da energia elétrica artificial.
FULGURAÇÃO: Lesões localizadas, não letais, produzidas pela eletricidade cósmica.
FULMINAÇÃO: Lesões letais produzidas pela eletricidade cósmica
LUZ E SOM: São fatores importantes nas perícias médico-legais relacionadas com os acidentes de trabalho.
Comprometem principalmente os órgãos dos sentidos (audição e a visão).
A ação da luz intensa sobre os olhos pode levar inclusive à cegueira.
O som pode causar a perda gradativa da audição, pela poluição sonora, ou exposição continuada a ruídos
excessivos. Pode causar também um tipo particular de epilepsia (acustogênica).
Psiquiatria Forense - Assassinos em Série
São assassinos que se utilizam de algoritmos bem definidos para cometer crimes. Também conhecido
como Serial Killers. Assassinos em série, são aqueles que por estatísticas de pesquisadores, tem um
mínimo de três a quatro mortes. Mais do que isso, eles matam seguindo um determinado padrão, seja
através dos tipos de vítima selecionada, método ou motivo.
O ponto mais importante de um assassino em série é o modo pelo qual ele liga as vítimas de acordo com
um padrão muitas vezes bem definido. Assim, um assassino em série pode atacar grupos que dividem uma
determinada característica, como prostitutas de uma mesma área ou homossexuais, por exemplo. De
acordo com padrões criminológicos, o assassino em série é aquele que reincide em seus crimes com o
mínimo de três ocasiões e com um certo intervalo de tempo entre cada um, elegendo, como vítimas,
pessoas com características semelhantes (crianças, prostitutas, homossexuais, etc). Ele se distingue do
assassino em massa, que mata a várias pessoas de uma só vez e sem se preocupar pela identidade destas.
Perfil do Assassino
O perfil retrata a maioria dos casos de que se tem ciência. São homens jovens, brancos, que atacam
preferentemente as mulheres, cometendo o primeiro crime antes dos 30 anos. Em regra, esses assassinos
tiveram infância traumática, marcada por maus tratos físicos ou psíquicos e desenvolveram uma tendência
a isolar-se da sociedade e/ou vingar-se dela. Essas frustrações introduzem os assassinos em série num
mundo imaginário, melhor que seu real, onde eles revivem os abusos sofridos, identificando-se com o
agressor.
É por isso que a sua forma de matar sempre envolve o contato direto com a vítima. Outra característica
curiosa: o serial killer utiliza armas brancas, estrangula ou golpeia Quase nunca usa arma de fogo. Os seus
crimes são, muitas vezes, cercados de uma espécie de ritual onde se misturam fantasias pessoais com a
morte.
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Possuem trabalhos efetivos e se comportam de forma responsável. São pontuais e atenciosos, obtendo
dos chefes o reconhecimento e boas referências. Alguns trabalham por conta própria, outros têm um bom
passado familiar e se dedicam a tarefas recreativas e hobbys. Muitos são colecionadores de objetos
artísticos, possuem refinados gostos culturais ou realizam ações de beneficência na comunidade, em
atitude paradoxal com suas tendências delituosas.
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Idade, estado civil e Nível intelectual: Geralmente são adultos jovens ou de meia idade. Predominam os
solteiros, portadores de personalidade imatura e instável, entre 30 e 40 anos, emocionalmente
dependentes e habitualmente filhos únicos, convivendo em grande dependência de sua mãe, em geral
viúva e dominante. Em regra são alfabetizados, de bom quociente intelectual, alguns com nível de estudo
secundário e até universitário. É comum que não tenham completado totalmente a universidade devido a
alguma frustração ou conflito. Excepcionalmente podem ter baixo nível intelectual. A linguagem que
utilizam durante a execução do ato criminoso costuma ser de ameaças, insultos, desqualificação, agressão,
provocação, auto-valorização e vingança.
Comportamento familiar e personalidade: Os que têm filhos podem ser pais rígidos e autoritários e
impõem uma férrea disciplina familiar, com total contradição à vida secreta que levam. Ao se examinar a
personalidade dos assassinos seriais, vê-se geralmente anormalidades como atos violentos contra animais.
Albert Schweitzer, cientista humanitário, escreveu: "quem quer que tenha se acostumado a desvalorizar
qualquer forma de vida corre o risco de considerar que vidas humanas também não têm importância".
Estudos atestam que atos de crueldade contra animais podem ser o primeiro sinal de uma patologia
violenta, capaz de tomar direção, depois, contra seres humanos.
Inimputabilidade: Os psiquiatras falam em “alienação mental franca” porque a imensa maioria desses
criminosos é composta por indivíduos com transtornos da personalidade, psicopatas anti-sociais,
portadores de disfunções sexuais ou parafilias. Nenhum desses quadros caracteriza uma alienação mental
suficiente para a inimputabilidade. Apenas de 10% a 20% desses indivíduos apresentam graves problemas
mentais. Seriam quadros com características psicóticas alienantes, o que lhes daria juridicamente a
condição de inimputáveis. Mas a regra que se observa em geral é a ausência de doença mental alienante.
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1.
Agorafilia: Atração sexual por realizar sexo em publico.
2.
Anafrodisia: diminuição ou ausência do desejo sexual nos homens
3.
Asfixiofilia: Obtenção de estímulo sexual pela privação de oxigênio, seja através da utilização de
um saco plástico amarrado sobre a cabeça ou de alguma técnica de estrangulamento.
4.
Clismafilia: Refere-se à excitação erótica provocada pela injeção de alguma substancia no reto,
geralmente água ou solução medicamentosa.
5.
Coprofagia: Variante da Coprofilia que envolve a ingestão de fezes. Esta pratica está por vezes
presente em jogos de dominação sexual, onde a pessoa dominante defeca sobre o seu escravo.
6.
Coprofemia: Excitação decorrente do uso de palavras obscenas.
7.
Coprofilia: Parafilia caracterizada pela obtenção de prazer sexual através da visão ou contato com
excrementos ou pela inalação do seu cheiro. Abrange um largo espectro de práticas, que podem mesmo
envolver a ingestão.
8.
Exibicionismo: Obtenção de prazer erótico pela exibição dos genitais ou de outras partes do corpo
normalmente consideradas tabu.
9.
Fetichismo: Obtenção de excitação sexual através de objetos inanimados, peças de vestuário, etc.
10.
Formicofilia: Excitação obtida pelo contato com pequenos animais, como insetos que deslizam, se
arrastam ou mordem os genitais ou a região do períneo.
11.
Frigidez: ausência total de prazer e de excitação sexual
12.
Frotteurismo: Consiste na obtenção de prazer ao roçar-se em outra pessoa sem seu
consentimento. Ocorre geralmente em elevadores e transportes públicos lotados.
13.
Gerontofilia: Atração sexual por parceiros significativamente mais velhos.
14.
Infantilismo: Parafilia na qual um adulto obtém prazer sexual ao se comportar e ser tratado como
um bebe, e pela utilização de fraldas e de roupas e acessórios infantis.
15.
Lolismo: Parafilia que resulta em desejo sexual de homens adultos por adolescentes do sexo
feminino recém entradas na puberdade.
16.
Masoquismo: Excitação sexual envolvendo o ato, real ou simulado, de ser humilhado, espancado,
atado ou de outra forma submetido a sofrimento.
17.
Nanofilia: Atração sexual por anões.
18.
Narcisismo: Atração sexual pelo próprio corpo ou intelecto.
19.
Necrofilia: Parafilia caracterizada pela atração sexual e o sexo com cadáveres.
20.
Obesofilia: Atração sexual por parceiros obesos.
21.
Partenofilia: Atração sexual por virgens.
22.
Pedofilia: Desvio sexual no qual a atração sexual de um adulto está dirigida para crianças e préadolescentes.
23.
Pictofilia: Excitação obtida pela visualização, na presença do parceiro, de fotos, imagens ou vídeos
de atividades consideradas como pornográficas ou obscenas.
24.
Pigmalionismo: Excitação pelo uso sexual de uma estátua.
3
PARAFILIAS - SÍNTESE
25.
Pornolagnia: Atração sexual por prostitutas.
26.
Riparofilia: Parafilia onde um indivíduo se sente excitado ao cheirar, ou mastigar, roupas suadas,
artigos de higiene menstrual, outros objetos sujos ou excrementos e ter contato com indigentes ou
pessoas desasseadas.
27.
Sadismo: Excitação sexual envolvendo o ato, real ou simulado, nos quais o indivíduo obtém
excitação sexual do sofrimento psicológico ou físico da vítima.
28.
Sadomasoquismo: Refere-se aos indivíduos que sentem satisfação sexual através da própria dor ou
da dor infligida a outrem.
29.
Salirofilia: Excitação sexual pelo contato, odor ou ingestão de fluidos corporais salgados.
30.
Socratismo: Prazer pela estimulação anal.
31.
Sodomismo: Prazer na prática de coito anal independentemente do sexo dos envolvidos.
32.
Sonofilia: Parafilia onde um indivíduo se excita ao acordar outra pessoa por meio de carícias
eróticas ou de sexo oral.
33.
Tafofilia: Excitação resultante de ser enterrado vivo.
34.
Titiolagnia: Atração sexual por mulheres em período de aleitamento.
35.
Toonofilia: Atração sexual por personagens de desenhos animados.
36.
Toucherismo: Parafilia onde a excitação advém da possibilidade de tocar o corpo de um
desconhecido, principalmente os seios, nádegas e genitais.
37.
Travestismo: Excitação resultante do uso de vestes típicas do sexo oposto, tendo o desejo de
transformar o corpo num corpo do sexo oposto.
38.
Triolismo: Condição onde a excitação resulta da observação do parceiro tendo relações sexuais
com uma terceira pessoa.
39.
Urofagia: Atração sexual pela ingestão de urina.
40.
Urolagnia: Excitação sexual associada à urina e ao ato de urinar ou de ser urinado pelo parceiro,
podendo passar pela ingestão da mesma.
41.
Vampirismo: Excitação sexual pela extração ou consumo de sangue.
42.
Voyeurismo: Condição de quem se sente sexualmente excitado por observar outros enquanto
despidos ou envolvidos em atividades sexuais. Frequentemente a excitação advém também da
possibilidade de ser descoberto.
43.
Zoofilia: Atração sexual por animais.
44.
Zoosadismo: Obtenção de prazer sexual ao infligir dor ou sofrimento a animais.
ASFIXIOLOGIA FORENSE
CONCEITOS: Asfixia literalmente significa ‘sem pulso’. Em Medicina Legal, se considera ‘Asfixia’a
síndrome caracterizada pelos efeitos da ausência do oxigênio no ar respirável, por impedimento de causa
fortuita, violenta, externa (mecânica) e que pode ser determinada por várias circunstâncias. É a supressão
da respiração.
•
•
Dispnéia: é a respiração difícil e forçada, que não se realiza adequadamente.
Apnéia: é a suspensão temporária da respiração.
FASES DO PROCESSO ASFÍXICO
O processo de asfixia se compõe de 2 fases: de irritação e de esgotamento, cada qual com dois períodos.
A fase de irritação compõe-se:
•
A) da dispnéia inspiratória, em que a consciência está mantida e o asfíxico absorve
desordenadamente o ar (dura cerca de 1 min) e,
•
•
A) do período inicial (ou de apnéia ou morte aparente) em que sobrevém a parada temporária da
respiração e,
Página
A fase de esgotamento compõe-se:
4
B) da dispnéia expiratória, em que há inconsciência e algumas vezes convulsões devido à ação do
CO² (dura em torno de 3 min).
O acúmulo de Co² na circulação sanguínea denomina-se ‘hipercapnéia.’
•
B) do período terminal, onde o asfíxico realiza os últimos movimentos respiratórios que antecedem
a morte. A fase de esgotamento dura, em média 3 min.
O total do processo asfíxico leva aproximadamente 7 minutos.
Exceções: o enforcamento pode levar até 10 min, enquanto que o afogamento demora em geral 4 a 5 min.
SINAIS EXTERNOS: ASFIXIAS MECÂNICAS
•
Sinais gerais: Cianose da face; Equimoses conjuntivais e externas; Espuma traqueobrônquica ou
cogumelo de espuma ( é observado nas narinas e na boca. É um fluido oriundo dos pulmões e
consiste numa mistura de proteínas, surfactante e água do meio líquido. Geralmente é de cor
branca, mas pode ser róseo devido à mistura com sangue pulmonar. Este fluido espumoso também
é encontrado na traquéia e nos brônquios); Procidência da língua; Resfriamento cadavérico lento
;Livor cadavérico
ENFORCAMENTO
•
•
•
•
É a modalidade de asfixia mecânica determinada pela constrição do pescoço por um laço cuja
extremidade se acha fixa a um ponto, agindo o próprio peso do indivíduo como força viva.
Chama-se enforcamento com suspensão típica quando o corpo fica totalmente suspenso no ar, e
atípica, quando o corpo encontra-se apoiado ao solo pelos pés, joelhos, tronco, etc.
Os laços podem ser: duros (correntes, fios elétricos, arames, cordas); moles (lençóis, gravatas,
cortinas) e semi-rígidos (cintos de couro).
O laço é constituído pelo nó e pela alça. Em geral o nó encontra-se na nuca ou região cervical. Os
nós na lateral e na região anterior cervical são atípicos. O nó pode ser fixo, corrediço, ou estar
ausente, havendo só a alça.
EVOLUÇÃO DO ENFORCAMENTO
Fenômenos apresentados durante o enforcamento:
•
•
•
A) Período inicial: o corpo, abandonado e sob a ação do seu próprio peso, leva, pela constrição do
pescoço, à sensação de calor, zumbidos, sensações luminosas na vista e perda da consciência
devido à interrupção da circulação cerebral.
B) Segundo período: ocorrem as convulsões devido à obstrução das vias aéreas (hipoxemia e
hipercapnéia).
C) Terceiro período: onde sobrevêm apnéia, parada cardíaca e morte.
LESÕES EXTERNAS NO PESCOÇO:
Sulco dado por decalque do laço, oblíquo (em regra de baixo para cima e de diante para trás). Em geral
único e apergaminhado. Sulco interrompido no nível do nó, ou contínuo nos laços apertados. De
profundidade desigual. Bordo superior saliente.
SINAIS INTERNOS E NATUREZA JURÍDICA
•
•
•
•
•
Sinais gerais das asfixias.
Fraturas do corpo da tireóide
Ruptura da camada interna da carótida (sinal de Amussat)
Eventualmente fratura de vértebras
Podem faltar sinais internos
NATUREZA JURÍDICA DO ENFORCAMENTO:
•
é mais comum nos suicídios, podendo no entanto ter como etiologia, o homicídio, o acidente e a
execução judiciária
É a modalidade de asfixia mecânica por constrição do pescoço pela tração de um laço acionado
por uma força estranha ou diversa ao peso da própria vítima, obstruindo a passagem de ar dos
pulmões, interrompendo a circulação sanguínea no encéfalo e comprimindo os músculos do
pescoço.
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•
5
ESTRANGULAMENTO
•
Natureza jurídica: o acidente e o suicídio nesta modalidade são raros. O mais freqüente é o
homicídio. Em geral é necessário superioridade de força do agressor sobre a vítima, ou esta é
tomada de surpresa.
EVOLUÇÃO DO ESTRANGULAMENTO
•
•
•
Asfixia: pelo colabamento direto da traquéia, impedindo a passagem de ar para os pulmões;
Obliteração dos vasos do pescoço: comprometendo a circulação cerebral;
Compressão nervosa: causando inibição do sistema nervoso central
SINAIS DO ESTRANGULAMENTO
•
•
Sinais gerais das asfixias
Sinais externos: Sulco em geral horizontal, uniforme, contínuo; Bordos iguais, por uniformidade do
decalque, com leito apergaminhado e deprimido.
•
Sinais internos: Sinais gerais das asfixias; Hemorragias intramusculares; Infiltração hemorrágica
abaixo do sulco; Eventualmente lesões de laringe e na cartilagem tireóide; Lesão nas artérias
carótidas.
ESGANADURA
•
•
•
•
É a constrição do pescoço em geral pelas mãos, (força muscular do agente) obstruindo a
passagem do ar pela vias respiratórias até os pulmões.
Natureza jurídica: É sempre homicida. É impossível a forma suicida. Há superioridade de força.
Sinais externos: equimose bilaterais na região antero - lateral do pescoço; marcas ungueais do
agressor; escoriações, devido à resistência da vítima. Podem estar ausentes se o agressor usar
luvas.
Sinais internos: fratura de laringe, ossos e cartilagens da região cervical; hemorragias musculares;
raramente lesões na carótida.
ASFIXIA POR GASES IRRESPIRÁVEIS
• Classificação:
• 1) gases de combate: lacrimogêneos, sufocantes.
• 2) gases tóxicos: monóxido de carbono.
• 3) gases industriais: vapores nitrosos – amônia.
• 4) gases anestésicos: halotano (e).
Natureza Jurídica: a asfixia por monóxido de carbono é mais freqüente como suicídio e mais rara como
homicídio ou acidental. As demais, ao contrário, podem ser encontradas com menor frequência nos
suicídios. Presença de sinais gerais das asfixias.
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O monóxido de carbono/CO é absorvido pela via respiratória, e carboxihemoglobina resultante da
combinação do CO com a hemoglobina é 200% mais estável que a oxihemoglobina , mas é incapaz de
fornecer oxigênio aos tecidos. Esta captação do CO pelas hemácias impede de transportar o oxigênio para
os tecidos é que explica a morte.
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Monóxido de carbono:
• Origem: gás de iluminação, gás de cozinha, explosões e incêndios, descargas de veículos a motor, a
combustão incompleta do carvão. Pode haver 3 fases.
• Fase aguda: reação com a hemoglobina formando a carboxihemoglobina (asfixia tissular).
• Fase superaguda: inalação brusca e violenta, ocorrendo, tremores, vertigens, inconsciência
convulsões e morte.
• Fase crônica: distúrbios circulatórios e neurológicos.
•
Diagnóstico: dosagem de CO no sangue e pelas lesões cadavéricas. sinais gerais de asfixia, a coloração do
sangue, das vísceras, com uma tonalidade rósea carmim pela carboxihemoglobina. A certeza de que a
morte se deu em consequência do monóxido de carbono, entretanto é dada pela dosagem de CO no
sangue, que em caso positivo estará elevada.
SUFOCAÇÃO
• É a asfixia produzida pelo impedimento da passagem do ar por meio direto ou indireto.
• Direto: oclusão da boca e as fossas nasais ou oclusão das vias respiratórias.
• Indireto: compressão do tórax impedindo movimentos respiratórios.
• Natureza jurídica da oclusão dos orifícios respiratórios é sempre criminosa. Superioridade de força
do agressor.
• Por oclusão das vias respiratórias pode ser acidental (corpos estranhos) ou homicida ou suicida.
• Pela compressão do tórax pode ser homicida ou acidental.
• Sinais cadavéricos: Cogumelo de espuma, Marcas ao redor da boca e nariz, Presença de corpos
estranhos, Sinais gerais
SOTERRAMENTO E CONFINAMENTO
• Soterramento é a asfixia por obstrução das vias respiratórias por terra ou outro meio sólido.
• Sinais: fraturas, feridas, contusões, presença de meio sólido na árvore respiratória, esôfago e
estômago, além dos sinais gerais.
• Confinamento é a asfixia em ambiente sem renovação de ar, por esgotamento do oxigênio e
aumento do gás carbônico e vapores de água.
• Apresenta sinais gerais das asfixias.
• Natureza jurídica: em geral acidente, podendo ser homicídio.
DATILOSCOPIA
Estuda as impressões digitais, que são vestígios e marcas deixadas pelas polpas dos dedos
graças à substancia gordurosa secretada pelas glândulas sebáceas em quase todos os locais de crime e em
7
•
AFOGAMENTO
Asfixia por penetração de líquido nas vias respiratórias. A asfixia por obstrução líquida das vias aéreas a
entrada da água é a causa principal da morte, segundo a maioria dos autores. A estes mecanismos se
juntam outros, como edema agudo do pulmão por hipertensão venosa brusca, grande diluição sanguínea
com hemólise, alterações bioquímicas do sangue.
• Natureza jurídica: acidental, homicida e suicida.
• Inspiração inicial: antes da introdução no meio líquido
• Apnéia inicial: após a submersão, para impedir a maior entrada de água nas vias aéreas.
• Dispnéia de submersão: causada pela hipercapnéia.
• Convulsões: causadas pela hipercapnéia.
• Paralisia: apnéia mortal. Parada respiratória. Respiração paroxística agônica.
Sinais gerais, maceração da pele, infiltração de água na pele, plâncton nas mãos e unhas, escoriações,
Cogumelo de espuma, enfisema aquoso, plâncton nas vias respiratórias, água no aparelho digestivo,
hemorragias pleurais
Afogamento azul ou Afogamento branco: O indivíduo que cai na água, ou nela é jogado, pode morrer de
duas maneiras: por asfixia, ou seja, o afogamento propriamente dito, ou por síncope. No segundo caso,
não há introdução de líquido nas vias aéreas, pois a síncope e a morte costumam ser imediatas.
Sinais externos: cogumelo de espuma nas narinas e boca, equimoses na face e conjuntivas, livores de
hipóstases de colorido avermelhado.
Página

objetos os mais variados, armas, facas, frutas, folhas de plantas, luvas. Interessa, portanto, diretamente a
justiça, para apontar autor de delito pela impressão digital deixada em local de crime, reincidências, etc.
Princípios fundamentais da datiloscopia: O método datiloscópico baseia-se na existência, na polpa dos
dedos, de desenhos característicos, individuais, formados pelas cristas papilares na derme.
Perenidade: Os desenhos digitais começam a existir no 6º mês de vida fetal e perduram até a putrefação
cadavérica. As impressões digitais são perenes, isto é, não mudam com o passar dos anos, como ocorre
com o organismo em geral, apresentando o adulto e o velho os mesmos desenhos que tinham ao nascer.
Imutabilidade: Os desenhos digitais têm a propriedade de não mudar sua forma original, desde que surge
até a decomposição do corpo. Mesmo queimados de 1º e 2º graus, aplicações de acetona, formol e
corrosivos, atritos da pele, não destroem as cristas papilares, bastando 48 horas de repouso para que as
impressões reapareçam, sem que tenham sofrido qualquer alteração.
Certas doenças, como a lepra, são capazes de destruir progressivamente as cristas papilares. Mas foi
comprovado que tais doenças não são capazes de destruir, mas de alterar os desenhos papilares, a sua
forma primitiva sendo, todavia, restaurada com a cura. Dessa maneira, as impressões digitais são
indestrutíveis no vivo, não se modificando pela vontade, nem patologicamente, reaparecendo sempre
como eram, são, portanto, imutáveis.
Variabilidade: Os desenhos digitais têm a propriedade de variar de dedo para dedo e de pessoa para
pessoa. Os desenhos das cristas papilares são individuais, não tendo sido encontradas até hoje, em
milhares de fichas dactiloscópicas, duas impressões digitais idênticas. Os gêmeos univitelinos podem
apresentar desenhos semelhantes, mas nunca absolutamente iguais. Dois indivíduos podem ter a mesma
ficha dactiloscópica, isto é, de classificação semelhante; nunca, entretanto, serão idênticas.
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Biometria - Tipos de identificação biométrica
Impressão digital: o uso de impressão digital é uma das formas de identificação mais usadas. Consiste na
captura da formação de sulcos na pele dos dedos e das palmas das mãos de uma pessoa. Esses sulcos
possuem determinadas terminações e divisões que diferem de pessoa para pessoa.
Retina: a identificação por retina é um dos métodos mais seguros, pois analisa a formação de vasos
sanguíneos no fundo do olho. Para isso, o indivíduo deve olhar para um dispositivo que, através de um
feixe de luz de baixa intensidade, é capaz de "escanear" sua retina. A confiabilidade desse método se deve
ao fato da estrutura dos vasos sanguíneos estarem relacionadas com os sinais vitais da pessoa
Íris: a identificação por meio da íris se baseia na leitura dos anéis coloridos existentes em torno da pupila
(o oríficio preto do olho). Por essa combinação formar uma "imagem" complexa, a leitura da íris é um
formato equivalente ou mais preciso que a impressão digital.
Geometria da mão: este também é um método bastante usado. Consiste na medição do formato da mão
do indivíduo. Para utilizá-lo, a pessoa deve posicionar sua mão no dispositivo leitor sempre da mesma
maneira, do contrário as informações de medidas poderão ter diferenças.
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Sistema datiloscópico de Vucetich : Criado em 1891 por Juan Vucetich (1858 a 1925), o sistema
datiloscópico estuda as impressões digitais ou vestígios deixados pelas polpas dos dedos nos mais variados
suportes. Adotado no Brasil desde 1903, representou uma verdadeira revolução nos métodos de
identificação pela praticidade, simplicidade, eficiência e pela segurança fornecida em termos de
identificação pessoal.
Elementos das impressões digitais: cristas papilares; sulcos papilares; linhas albodatiloscópicas; pontos
característicos; poros; e delta.
Deltas são pequenos ângulos ou triângulos formados pelas cristas papilares e constituem um dos
elementos mais significativos da impressão digital, pois através de sua presença (ou não) e de sua
localização, podemos classificar os vários desenhos digitais.
Pontos característicos: São acidentes encontrados no desenho digital, e que, encontrados na mesma
posição e sentido e em número significativo, servem para estabelecer a identidade de forma definitiva e
segura.12 pontos característicos, localizados em ambas as impressões comparadas, nas mesmas posições e
sem discrepâncias são suficientes para estabelecer a identidade.
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Face: neste método a definição dos traços do rosto de uma pessoa é usada como identificação.
Voz: a identificação por voz funciona através da dicção de uma frase que atua como senha.
Assinatura: esse tipo de identificação consiste na comparação da assinatura com uma versão gravada em
um banco de dados.
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