INMOTION CARACTERIZAÇÃO: O PROVERE INMotion identifica como recursos endógenos a natureza e Biodiversidade assentes nos patrimónios natural e cultural com características únicas e diferenciadoras desta região, focalizados na estruturação de produtos de touring cultural e de natureza com vista à manutenção e sustentabilidade dos territórios e das populações que nele habitam. Associado aos produtos propostos, está o conceito Slow Motion, através do qual se pretende inovar e criar um novo paradigma de descoberta e mobilidade no território, através da diferença de percepção e uso do tempo bem como, a realização de um conjunto de projectos de investigação que têm por finalidade a preservação e manutenção do património histórico e ambiental. A Estratégia de Eficiência Colectiva (EEC), abrange áreas económicas diversificadas: conservação e gestão ambiental, investigação, concepção/estruturação de produtos turísticos, dinamização empresarial, capacitação e acolhimento de turistas e visitantes, marketing e promoção, a que estão associadas actividades de internacionalização e cooperação na área da investigação, numa lógica de eixos de intervenção onde as parcerias e as sinergias entre os diferentes projectos a concretizar podem contribuir de forma significativa para diversificar a cadeia de valor existente nestes territórios. Trata-se de uma abordagem integrada, segundo uma lógica de fileira e dotada de um dispositivo de gestão e operacionalização de acções de sustentabilidade dos recursos do território, de mobilização de investimentos e iniciativas empresariais, de inovação de produtos e serviços e de dinamização dos fluxos de visitantes como veículo de transferência de rendimento ligada à valorização dos recursos, nomeadamente nos mercados de implementação do turismo e lazer. O Programa de Acção integra 7 Projectos Âncora, um projecto para gestão e acompanhamento da parceria e 184 Projectos Complementares, envolvendo um investimento global previsto de 6.095.831€ para o caso dos Projectos Âncora (dos quais 1.507.081€ corresponde a investimento público e 4.588.750€ a investimento privado) 33 PROJECTOS ÂNCORA: 1. Plano de Acção para o Turismo Ornitológico no Alto Alentejo Promotor – SPEA (Sociedade Portuguesa de Estudo das Aves) Investimento – 500.000€ 2. Valorização Ambiental da Albufeira do Caia Promotor – SPEA (Sociedade Portuguesa de Estudo das Aves) Investimento – 200.000€ 3. AMMAIA – Museu – CEIAR Promotor – Fundação Cidade AMMAIA Investimento – 3.000.000€ 4. Jogos equestres nacionais na Coudelaria de Alter Promotor – Fundação Alter Real Investimento – 224.750€ 5. Revitalização da Estação de Caminhos de Ferro de Évoramonte Promotor – Exploração agro-pecuária Rosado & Filhos, L.da Investimento – 664.000€ 6. Comboio Turístico «Estrela do Alentejo» Promotor – Município de Évora Investimento – 300.000€ 7. Quinta dos Olhos de Água Promotor – ICNB Investimento – 607.081€ 34 ENTIDADE LÍDER DO CONSÓRCIO: INSTITUTO DA CONSERVAÇÃO DA NATUREZA E DA BIODIVERSIDADE, IP (ICNB) PARCEIROS: 85 parceiros, dos quais: 24 Públicos, 51 Privados 10 Outros. 35 BREVE CARACTERIZAÇÃO DOS PROJECTOS ÂNCORA: 1. Plano de Acção para o Turismo Ornitológico no Alto Alentejo Este projecto visa proceder ao levantamento do potencial ornitológico regional e das necessidades estruturais associadas à observação de aves, proceder à identificação dos produtos turísticos associados ao tema da ornitologia, como um turismo ambiental e economicamente sustentável, desenvolver uma estratégia de promoção e divulgação do turismo ornitológico da região e promover a formação de guias especializados. 2. Valorização Ambiental da Albufeira do Caia A Albufeira do Caia é uma das áreas mais importantes para a conservação das aves aquáticas no Alto Alentejo e um local de usufruto público com grande potencial para o turismo de natureza e observação de aves. Com este projecto pretende-se: • Proceder ao ordenamento da utilização da albufeira; • Desenvolver o usufruto do património natural e do turismo ornitológico; • Sensibilizar as populações locais, em particular a população escolar e os utilizadores da albufeira; • Manter ou incrementar as populações das espécies de aves ameaçadas na área. 3. AMMAIA – Museu – CEIAR Pretende-se implementar com este projecto, uma rede ligada ao património arqueológico. A dimensão e o número de vestígios arqueológicos existentes na região e que lhe estão relacionados, dos quais se destacam a área mineira do Conhal (Mina de ouro de época romana existente no Arneiro-Nisa), a villa romana de Torre de Palma em Monforte (possuidora de um notável conjunto de mosaicos), os vestígios romanos de Ferragial d’el Rei em Alter do Chão (trabalhos que se encontram em curso), a Barragem romana do Muro em Campo Maior (imponente estrutura hidráulica de época romana), legitimam um papel de relevo para cidade da Ammaia. A internacionalização do projecto, passa pelo envolvimento de parceiros, além da Universidade de Évora, de diversas universidades europeias das quais 36 podemos destacar a Universidade de Gent (Bélgica), a Universidade de Ljubljana (Eslovénia), British School at Rome (Itália,Roma), a Universidade de Cassino (Itália), e outras entidades públicas e privadas, que em conjunto pretendem desenvolver aplicações de I&D que serão testadas na Ammaia e posteriormente aplicadas noutros sítios arqueológicos a nível europeu, bem como, no território arqueológico envolvente. 4. Jogos Equestres Nacionais na Coudelaria de Alter Este projecto visa criar uma rede de articulação entre os diversos agentes equestres e de outras áreas de actividade, gerar um processo de arrastamento que revitalize a actividade equestre na sua vertente turística. A dinamização intrínseca à realização de eventos equestres é geradora de uma economia muito própria que de momento não tem expressão na região. Por via da criação de infra-estruturas para a actividade, será possível relançar as provas hípicas na Coudelaria de Alter, o turismo equestre na região e naturalmente todos os projectos que integram o Alto Alentejo como destino sustentável de Cultura e Natureza. 5. Revitalização da Estação de Caminhos de Ferro de Évoramonte O objectivo deste investimento passa pela recuperação e ampliação da estação para que se transforme num estabelecimento de transformação de carne, nomeadamente presuntos, enchidos tradicionais e venda de subprodutos derivados do porco preto alentejano, podendo também dar conhecimento das práticas tradicionais e de degustação dos produtos relacionados com o porco preto. Este, é criado na Exploração adjacente denominada pela Herdade da Marmeleira que é atravessada pela linha férrea em questão. 6. Comboio Turístico «Estrela do Alentejo» Está centrado na ferrovia e nos territórios por ela servidos. Concentração do comboio no troço Évora –Estremoz com paragens temáticas em diferentes estações recuperadas para o efeito. Possibilidade de desfrute desta experiência com pacotes diferenciados quer na natureza dos mesmos ( associando-se percursos pedestres ou percursos equestres), quer nos territórios abrangidos. Espera-se aumentar o número de turistas no Alentejo, aumentar o seu tempo de estadia, aumentar o gasto per 37 capita e o tipo de gasto efectuado (disponibilizando produtos gourmet – vinho e produtos regionais), merchandising cultural. 7. Quinta dos Olhos de Água Com este projecto pretende-se constituir um centro de informação e interpretação, com capacidade de organizar a oferta e potenciar as restantes valências patrimoniais do território, mais acentuadamente na vertente natural, o que permite a eleição da Quinta dos Olhos d’água como a infra-estrutura que cumpre os requisitos para desempenhar este papel. - a possibilidade de construir um modelo organizacional que transforme a diversidade dos recursos em produtos transaccionáveis e com valor de mercado, o que implica a existência de um pólo com capacidade para centralizar a procura e a partir do qual os visitantes sejam orientados para a “descoberta” do território. Estabelecer-se-á uma forte articulação com agentes privados, no sentido de maximizar os investimentos, designadamente os que foram já efectuados nas casas abrigo e no Centro de Acolhimento. Esta articulação, permitirá melhorar e qualificar os serviços a prestar. 38