Publicação Interna da Rede VITA • Ano XIII • 2º Trimestre 2013 Novo Centro Médico no Hospital VITA Curitiba Cuidados após a cirugia bariátrica expediente VITA www.redevita.com.br Hospital VITA Batel (41) 3883-8482; [email protected] Hospital VITA Curitiba (41) 3315-1900; [email protected] Hospital VITA Volta Redonda (24) 2102-0001; [email protected] Grupo VITA (11) 3030-5333; [email protected] Presidente: Edson Santos Vice-Presidente Executivo: Francisco Balestrin Diretor de Operações: José Mauro Rezende Diretor Financeiro: Antônio Luiz Divetta Diretor de Controladoria: Ernesto Fonseca Superintendente Hospital VITA Volta Redonda: Deumy Rabelo Superintendente Hospital VITA Curitiba: José Octávio Leme Superintendente Hospital VITA Batel: Neidamar Fugaça VITAL é uma publicação interna da Rede VITA. Editor: Francisco Balestrin Conselho Editorial: Ligia Piola, Rafael Martins e Iana Adour. Apoio Volta Redonda: Ygor Rodrigues Salgueiro Fotos Volta Redonda: Fátima Fonseca Apoio Curitiba: Luis Felipe Thomé e Central Press Fotos Curitiba: Rafael Danielewicz e Rafael Martins Produção: Headline Publicações e Assessoria (11.3951-4478). Jornalista responsável: João Carlos de Brito Mtb 21.952. Direção de arte: Alex Franco. Revisão: Ligia Piola. Tiragem: 10.000 exemplares. Impressão: Gráfica Josemar (11.3865-6308) Email: [email protected]. Correspondência: Av. Pedroso de Moraes 1788 São Paulo SP Cep 05420-002 capa • Hospital VITA Vota Redonda completa 60 anos de atividade Há 60 anos, a existência de um Hospital com Qualidade naquela região era apenas mera suposição. Então veio a vontade e a garra, como disse Fernando Pessoa em seu Livro do Desassossego: “Agir, eis a inteligência verdadeira. Serei o que quiser. Mas tenho que querer o que for. O êxito está em ter êxito, e não em ter condições de êxito. Condições de palácio tem qualquer terra larga, mas onde estará o palácio se não o fizerem ali?” E assim foi feito... índice opinião 04 • “Tempo”, por Francisco Balestrin 05 qualidade assistencial • “Qualiss”, por Vanuza Vitoreli saúde 06 • Esteatose hepática não é sinônimo de cirrose • Dicas para se proteger da cistite • A vida após a cirurgia bariátrica • Viagens longas dificilmente causam embolia pulmonar • Conheça as vacinas para adultos artigo médico-hospitalar • “Prevenindo o ataque cardíaco já na infância”, por Bernardo Rzeznik 09 10 ping pong • Foco na Sinergia Entrevista com José Mauro Rezende, Diretor Operacional do Grupo VITA 12 túnel do tempo 17 • UTIs, uma evolução recente 18 vida digital • O surgimento do computador em rede 19 • Hospital VITA Batel ganha prêmio por prevenção • Volta Redonda conta com uma CIPA Dinâmica • Novo Centro Médico no Hospital VITA Curitiba 18 perfil • Conversamos com Jackson Baduy, um exemplo de comprometimento e dedicação histórias de nossa VITA • Olejandar Justino, o Pelé do Hospital VITA Volta Redonda, e suas missões impossíveis 22 opinião Tempo “Há tempo de nascer, e tempo de morrer; tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou” Eclesiastes 3:2 Assim também são as empresas e as atividades humanas. Sempre há o momento adequado e certo para que as coisas aconteçam. Nossos Hospitais têm a hora certa para se desenvolver, atingir seu momento de maturidade e, a partir de então, alcançar seu ápice e estar prontos para cumprir sua missão institucional. Há anos buscamos o aprimoramento de nossas atividades, sempre tendo como objetivo o atender nossos pacientes de forma segura e com qualidade. Desde o início de nossas atividades empresariais trabalhamos nosso modelo de atenção com o desenvolvimento de nossa organização, de nossos processos e da checagem de nossos resultados. Sempre colocamos em primeiro lugar nosso objetivo de buscar o êxito de nossa assistência como forma de termos a resolubilidade necessária para sermos transformadores de forma positiva. Nosso credo nos impulsiona no sentido do melhor acolhimento, em condições de melhor cuidado e resultado para aqueles que, através de seus médicos buscam no VITA a minimização de seus males de saúde. A condição de melhor relação custo-benefício sem jamais incorrer numa atenção de baixa qualidade é nosso norte, e em nenhum momento será rompida; e todos nossos esforços são canalizados para a máxima de cuidar com responsabilidade, ética, compromisso com os clientes, dentro de um ambiente de promoção e recuperação eficaz e exitosa da saúde daqueles que acreditam e precisam de uma assistência moderna e não lesiva. Não sem desafios, seja de custo, de adequação de processos e, muitas vezes, de inconformismo perante a doença e o financiamento da saúde privada, continuamos e sempre continuaremos neste caminho. Hoje o tempo é de maturidade e de crescimento de nossas atividades e operações. Este número de nossa VITAL continua com o desejo de veicular atividades e ações que ocorrem em nossos Hospitais em prol da saúde de nossos clientes. Apresentamos técnicas e procedimentos de correção da obesidade, das ações de prevenção de patologias cardíacas, de esteatose hepática, da cistite e também artigos que demonstram nossa visão de inovação em tecnologias para cirurgias cardíacas e, como sempre, nosso compromisso com a qualidade da atenção. Também um assunto surpreendente, contando a história de uma unidade hospitalar, hoje de nosso dia-a-dia, mas que há poucos anos era ainda pouco conhecida: a Unidade de Terapia Intensiva. Trazemos três matérias que temos o maior orgulho em comentá-las e apresentá-las. Em primeiro lugar, a saga do Hospital VITA Volta Redonda, que há seis décadas, isto mesmo 60 anos, serve de diferentes formas à grande comunidade do Sul Fluminense e, em particular, a histórica cidade de Volta Redonda. Esta unidade de saúde, heroica e exemplar, faz hoje parte de nossa história e dela muito nos orgulhamos. Na seção Ping-Pong temos a grata satisfação de conhecer um pouco mais dos pensamentos de um dos esteios deste Hospital e também da Rede VITA de Hospitais, o médico, administrador e grande ser humano José Mauro Rezende. Também neste número da VITAL vamos conhecer mais da vida exemplar daquele que, também fazendo parte da história do Hospital VITA Curitiba, desde o início revelou-se um amigo leal da Rede: o colega Jackson Baduy. A eles nossas homenagens e reconhecimento. Espero, como sempre, que gostem. Francisco Balestrin Editor 4 em rede Qualiss Vanuza Vitoreli O Programa QUALISS, da ANS, ajuda o consumidor a decidir qual plano de saúde contratar, ao divulgar informações sobre sua rede credenciada de hospitais Muitas dúvidas surgem quando vamos contratar um plano de saúde. Sem dúvida, o consumidor quer saber qual é a qualidade dos hospitais que irão atendê-lo, caso seja necessário. Mas como este consumidor terá acesso a estas informações? Entendendo esta necessidade, a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar, entidade reguladora vinculada ao Ministério da Saúde), instituiu através de Resolução Normativa nº 275 o Programa QUALISS - Programa de Qualificação de Prestadores de Serviços de Saúde - cujo objetivo é o monitoramento e posterior divulgação de resultados pelos hospitais, tornando-os acessíveis para a população. Conforme a própria ANS, a expectativa é contribuir para o aumento do poder de avaliação e escolha de prestadores mais qualificados pelos consumidores e fomentar a cultura avaliativa nos estabelecimentos de saúde, com competição positiva e maior transparência no setor. Hoje o consumidor sofre com a escassez de informações objetivas sobre a eficiência e a qualidade assistencial dos estabelecimentos de saúde brasileiros, de forma a auxiliar na escolha, por parte dos beneficiários, de prestadores mais qualificados. Os dados serão auditados pela própria ANS. O programa é obrigatório para operadoras de plano de saúde que possuem hospitais próprios, e é voluntário para os demais. Aproximadamente 45 instituições de saúde do País fazem parte deste grupo. Neste contexto o Hospital VITA Volta Redonda tornou-se voluntário do processo, entendendo que a transparência é fundamental na relação com o consumidor. Além disso, há mais de 10 anos monitora seus processos através de indicadores e os divulga. Participar deste projeto é a forma do Hospital contribuir para a melhoria da saúde no Brasil e se aproximar da sociedade, ao garantir a esta informações que auxiliarão na escolha de planos de saúde, sabendo qual a qualificação de sua rede credenciada. Vanuza Vitoreli é Coordenadora do Escritório da Qualidade do Hospital VITA Volta Redonda saúde Pesquisa busca cura onde os stents falham Pesquisadores conseguiram criar uma revascularização cardíaca em cobaias Surge uma perspectiva para desenvolver tratamento de pacientes cardíacos que não podem ser curados nem com stents nem com ponte de safena: o cardiologista Luiz Fernando Kubrusly, Diretor Clínico dos Hospitais VITA Batel e VITA Curitiba, apresentou um trabalho científico mostrando como usar um tecido do abdômen para revascularizar o coração. A experiência feita em cobaias mostrou resultados positivos, que foram apresentados no 40º Congresso Brasileiro de Cirurgia Cardiovascular, realizado em abril, em Florianópolis (SC). Kubrusly explica que, embora as cirurgias cardíacas salvem a vida de muita gente, às vezes não há o que fazer: a extensão das artérias danificadas é tão grande que não se pode colocar um stent (tubo de platina que desobstrui a artéria) nem fazer uma ponte de safena (um desvio que utiliza a veia safena) para voltar a irrigar a região do coração que não está recebendo sangue. Nesse caso o coração do paciente vai permanecer isquêmico (sem a força toda, devido aos problemas circulatórios) ou mesmo parar de funcionar. Nas cobaias, o tecido do abdômen transplantado criou novos vasos sanguíneos que passaram a alimentar aquela área do coração que não recebia sangue adequadamente. Segundo Kubrusly, ainda há um longo caminho a percorrer até que se possa testar a técnica em seres humanos e usá-la clinicamente; mas é uma perspectiva para pacientes em quem não se pode usar as técnicas tradicionais. Ele incentiva seus colegas a também pesquisarem e publicarem artigos científicos: “A pesquisa é um excelente caminho para o desenvolvimento profissional do médico”, afirma. O trabalho de Kubrusly foi um dos 24 selecionados no Congresso para serem incluídos em uma publicação científica. 5 saúde Quem tem medo de esteatose? Esteatose hepática, ou gordura no fígado, não causa problema para a maioria dos portadores Hugo Ricardo A. da Silveira “Estou com cirrose?” Essa é uma pergunta que muitos pacientes fazem ao médico Hugo Ricardo A. da Silveira, hepatologista do Hospital VITA Volta Redonda. Ele relata que as pessoas chegam ao seu consultório assustadas, porque olham seus exames e encontram uma informação preocupante: uma tal de “esteatose hepática”. Trata-se de gordura no fígado. Silveira explica que é muito fácil ouvir de amigos, ou da fa- mília, que a esteatose hepática se torna uma cirrose, um problema muito sério que pode fazer com que o fígado deixe de funcionar. Eis porque as pessoas chegam apavoradas ao consultório. O que elas em geral não sabem é que a chance de uma pessoa com esteatose evoluir para uma cirrose é bem pequena. excesso de peso e outros. Silveira explica que desse total, 85% não vão ter problema algum. Os outros 15%, por motivos diversos, devem desenvolver esteato-hepatite, quer dizer, uma hepatite induzida pela gordura no fígado. Deste grupo de 15% com esteato-hepatite, 10% a 15% devem desenvolver cirrose. Diagnósticos de gordura no fígado são muito comuns e não devem causar preocupação imediata. Uma ultrassonografia ou tomografia solicitada por outros motivos pode encontrar casualmente a esteatose hepática – é o que os médicos costumam chamar de “achado”, um resultado extra em um exame que não foi feito para investigar aquilo. Em resumo: a chance de uma pessoa desenvolver hepatite devido à esteatose hepática é pequena, porém considerável, e a chance do quadro evoluir para uma cirrose é ainda menor. A maioria das pessoas que tem esteatose convive com isso sem maiores problemas. Segundo Silveira, estima-se que metade da população brasileira tem algum grau de esteatose hepática, ou seja, gordura no fígado, por fatores como diabetes, colesterol elevado, “Os pacientes olham seus exames, pesquisam no Google e ficam apavorados com os resultados”, comenta Silveira. Ele sugere que a pessoa leiga procure não interpretar por conta própria os exames, porque pode chegar a conclusões descabidas e eventualmente assustadoras. Medidas simples previnem cistite A bactéria que causa cistite está no nosso próprio corpo A cistite, infecção na parede da bexiga, é um problema tão comum na mulher que é provável que uma adulta tenha uma cistite a cada dois anos, em média – nos homens, a incidência é muito menor. Entre os sintomas mais comuns estão dificuldade para urinar, dor ao urinar, necessidade frequente de ir ao banheiro e dores na bexiga e na parte de baixo do abdômen. Entrevistamos o urologista Rogério de Fraga, do Hospital VITA Batel, sobre esse problema. por bactérias que estão no seu próprio corpo”, garante. Fraga explica que na maioria das vezes a cistite é causada pela bactéria Eschirichia Coli, que vive no intestino humano e atua no processo de decomposição dos alimentos. Quando essa bactéria atinge a bexiga, pode causar a cistite. Isso é mais comum na mulher, porque a uretra, canal por onde urinamos, é mais curta na mulher do que no homem e mais próxima do ânus, o que facilita a contaminação. A primeira coisa que Fraga esclarece é que ninguém pega cistite no banheiro: “A cistite aparece porque as pessoas são colonizadas A melhor forma de se proteger da cistite é beber bastante líquido diariamente. Isso mantém um fluxo de urina regular, o que impede que a bactéria tenha tempo de Medidas Preventivas infectar a parede da A maioria dos casos de cistite recorrente em mulheres pode ser evitada bexiga. Outras medicom os seguintes cuidados: das simples podem 1 - Beber bastante líquido (pelo menos 1,5 litro por dia: água, chá, suco etc) ajudar a prevenir o 2 - Urinar frequentemente (no mínimo a cada 4 horas) problema (veja box). 3 - Urinar após a relação sexual 4 - Manter alimentação rica em fibras para facilitar evacuação 5 - Higiene após evacuar 6 – Usar roupas que facilitem a transpiração 6 Quando uma mulher apresenta cistite três vezes ou mais em um ano, já se pode considerar que se trata de uma cistite recorrente. Nesses casos, além do tratamento da cistite que a paciente tem naquele momento, Fraga instrui a mulher a seguir as medidas de prevenção. Isso costuma ser suficiente para resolver o problema das cistites recorrentes em 85% dos casos. Os demais casos podem ser devido a causas anatômicas ou imunológicas, e devem ser analisados. “Mais importante que tratar o evento agudo é educar a paciente para evitar que novas Rogério de Fraga cistites apareçam”, diz Fraga. A vida após a bariátrica A cirurgia bariátrica não faz milagre: as pessoas perdem peso e não o recuperam quando seguem as orientações da equipe Ao contrário do que a maioria de nós pensa, a bariátrica não é algo que acontece apenas no centro cirúrgico: o procedimento propriamente dito, que é reduzir a capacidade do estômago, é apenas uma parte de um processo que começa com a avaliação e preparação do paciente para a cirurgia, e que continua depois, para o resto da vida. “Nós consideramos a cirurgia um ‘gatilho’ desse processo, que desencadeia uma série de mudanças no organismo que precisam ser acompanhadas e controladas pelo paciente e pela família, com auxílio do cirurgião e da equipe multidisciplinar de apoio (nutricionista, psicólogo e outros profissionais)”, diz Giorgio Baretta, cirurgião bariátrico e endoscopista do Hospital VITA Batel. Segundo Baretta, quem é mais disciplinado, ou seja, mantém o acompanhamento com a equipe e segue as orientações, é quem obtém os melhores resultados da cirurgia bariátrica em termos de: maior perda de peso; menor chance de recuperação de peso; melhor controle das comorbidades (problemas causados pela obesidade, como diabetes, hipertensão e outros). Giorgio Baretta “Tenho pacientes que eram obesos e que hoje são maratonistas; tem alguns que até comemoram a data da cirurgia como um novo aniversário, um renascimento”, conta Baretta. Euforia perigosa Segundo Paulo Nassif, cirurgião do aparelho digestivo do Hospital VITA Batel, quem passa por uma cirurgia bariátrica em geral sente um grande bem estar logo após o procedimento. Nos primeiros 30 a 40 dias há uma rápida perda de peso, pessoas com diabetes tipo 2 podem em algumas situações deixar o hospital já com os níveis de glicose estabilizados e sem necessidade de tomar medicamentos, a disposição e a produtividade melhoram, a confiança e a auto-estima aumentam. Mas, conforme relata Nassif, esse bem estar pode ser uma armadilha para o paciente: ele pode sentir-se tão saudável, que acha que não precisa fazer mais nada, e acaba descuidando da continuidade do tratamento, do qual a cirurgia é apenas uma fase. Um dos riscos é sofrer carência de nutrientes importantes, porque o sistema digestivo mudou e é preciso repor determinadas vitaminas e minerais. Voltar a praticar atividade física após a bariátrica é essencial, e não apenas para perder peso: “após a bariátrica, a pessoa não perde apenas gordura, perde massa muscular também, então é preciso fazer exercícios para se fortalecer”, diz Baretta. Ele lembra que os músculos, além de serem responsáveis pelos movimentos, também têm um papel importante no sistema imunológico. “A preparação do paciente para a cirurgia é fundamental e eu valorizo muito essa fase”, diz Nassif. “A pessoa precisa ser avaliada do ponto de vista físico e psicológico para saber se está preparada para o procedimento, e também precisa compreender o que vai ser feito, e porquê, para poder seguir o tratamento após a bariátrica”. Os benefícios de uma bariátrica são muitos e importantes, e trazem um grande ganho de qualidade de vida para as pessoas, quando elas conseguem compreender a importância das orientações pós-cirurgia e segui-las. Pela sua experiência, Nassif observou que os pacientes que alcançam seu objetivo com uma cirurgia bariátrica, isto é, que perdem peso e não readquirem posteriormente, e também se livram das comorbidades são aqueles que melhor Excelência em bariátrica O Hospital VITA Batel é o único do Paraná credenciado como Centro de Excelência em Cirurgia Bariátrica e Metabólica pela Surgical Review Corporation (SRC), instituição norte-americana que tem aval da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM). Isso significa que a estrutura, equipe e os procedimentos realizados no Hospital foram avaliados e aprovados por uma instituição independente para realização de bariátricas. Também os médicos cirurgiões que realizam esse tipo de cirurgia no Hospital VITA Batel participaram do processo e receberam certificados de excelência. A certificação tem alcance internacional, o que torna o Hospital VITA Batel uma referência nesse tipo de cirurgia no mundo todo. Dirlene dos Santos Paulo Nassif compreenderam o que é o procedimento e que seguem a orientação da equipe no período pós-cirúrgico, inclusive quanto à alimentação, em termos de tipo e quantidade, e praticam atividade física regular e moderada pelo resto da vida. Comer nem sempre é nutrir São realizadas no Hospital VITA Batel cerca de 40 a 50 cirurgias bariátricas por mês. Dirlene dos Santos, chefe de Nutrição do Hospital, explica que as mudanças no sistema digestivo do paciente fazem com que ele precise repor determinados nutrientes, conforme a técnica de cirurgia empregada. Depois da alta, é preciso também seguir à risca as recomendações nutricionais: “A pessoa precisa entender a diferença entre comer e nutrir-se”, comenta Dirlene. Por exemplo, se após a bariátrica a pessoa só consegue ingerir certa quantidade de comida, a sua refeição precisa ser constituída por uma dieta balanceada, que supra suas necessidades nutricionais; ela não pode substituir a refeição por doces, que não vão nutri-la. 7 saúde Viajar de classe econômica mata? Dificilmente. Mas se você tem histórico de problemas circulatórios, não custa prevenir-se Em outubro do ano 2000, Emma Christofferson, de 28 anos, estava viajando da Austrália para a Inglaterra, em um voo de 20 horas de duração. Logo após desembarcar, Emma sentiu-se mal. Foi levada a um hospital, mas não resistiu e morreu devido a uma embolia pulmonar. Esse é o caso mais famoso do que veio a ser conhecido como “síndrome da classe econômica”. Acreditava-se que devido ao espaço reduzido entre as poltronas e à dificuldade de movimentar-se, viajar na classe econômica dos aviões aumentaria a chance de sofrer um problema circulatório como o que vitimou Emma. O médico angiologista (especialista em problemas dos vasos sanguíneos) Luis Fernando Queiroz de Lima, do Hospital VITA Volta Redonda, comenta a “síndrome”: “Essa ocorrência, raríssima, já foi chamada de ‘síndrome da classe econômica’, porque afetaria mais os passageiros que viajam em poltronas apertadas, mas também já foi chamada de ‘síndrome da janela’, pela dificuldade para sair da poltrona e se movimentar; mas hoje chamamos simplesmente de ‘síndrome do viajante’, porque pode acontecer em qualquer meio de transporte, desde que a pessoa tenha pré-disposição para o problema e fique longas horas sem se movimentar”. Ele diz que há relatos de casos em viagens de ônibus. Lima tranquiliza os assustados: “A quantidade de pessoas que pode sofrer essa síndrome é muito pequena e mesmo essas podem se prevenir”. No grupo com pré-disposição para a “síndrome do viajante” estão: mulheres grávidas, mulheres que amamentam, tabagistas, pessoas com casos de trombose (próprio ou na família), pacientes em tratamento de câncer, pacientes de cirurgia ortopédica ou abdominal. Para essas pessoas, é recomendável uma visita a um angiologista antes de uma viagem longa. Ele pode inclusive receitar meias de compressão especiais e até medicamentos específicos. Luis Fernando Queiroz de Lima Todos podemos diminuir o desconforto de uma viagem longa com medidas simples: ingerir bastante líquido, não tomar álcool durante a viagem, andar no corredor quando possível e movimentar os pés, como quem acelera e desacelera um carro, e também em movimentos circulares. Adulto também toma vacina Algumas imunizações perdem a validade, outras você pode nunca ter tomado Vacina não é só para crianças. Jaime Rocha, médico infectologista do Hospital VITA Curitiba, explica que várias vacinas precisam ser reforçadas ou atualizadas, e também há aquelas que nem existiam quando você era criança e, portanto, não tomou. “Das que precisam ser atualizadas, a mais importante, sem dúvida, é a de tétano, que deve ser tomada a cada dez anos”, afirma. Segundo Rocha, o tétano só não é mais comum porque a população foi imunizada, mas a bactéria que causa a doenJaime Rocha 8 ça continua presente. “Não é só um prego enferrujado que pode contaminar a pessoa”, diz Rocha; “os últimos casos que vi foram de pessoas que se feriram com latas ao cuidar do jardim ou da horta”. Outras vacinas que devem ser atualizadas: gripe, todo ano, para qualquer pessoa, inclusive crianças acima de 6 meses de idade; coqueluche e difteria, pelo menos uma vez na vida adulta; febre amarela a cada dez anos nas regiões em que a doença é endêmica. Entre as vacinas que você pode não ter feito estão: hepatite A; hepatite B; tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola); hpv (a partir dos 9 anos de idade); antipneumocócica (para adultos acima dos 60 anos ou com doenças crônicas). Além disso, novas vacinas continuam sendo desenvolvidas. Rocha prevê que ainda em 2013 deve chegar ao Brasil a imunização contra herpes zóster (cobreiro), para pessoas com mais de 60 anos. O cobreiro é uma lesão causada por vírus muito dolorosa e bastante comum no Sul do Brasil. Quem quiser conhecer o calendário completo de vacinas, para crianças e adultos pode consultar o site da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIM), em www.sbim.org.br/vacinacao. Nele, há recomendações para prematuros, crianças, adultos e idosos, e até por perfil ocupacional, por exemplo, para profissionais que trabalham com saúde, alimentos, animais, coleta de lixo, etc. artigo médico-hospitalar Prevenção do ataque cardíaco: iniciar já na infância? A doença coronariana, isto é, o “entupimento” destas artérias provoca o infarto do miocárdio, que é a causa mais frequente de morte em todo o mundo ocidental. Particularmente em Curitiba estamos em terceiro lugar onde mais se morre desta doença, atrás do Rio de Janeiro e Porto Alegre. No Paraná, em 1996, quatro mil óbitos ocorreram por infarto do miocárdio. O custo devido à perda de produtividade e hospitalizações é enorme. No Brasil não temos estimativas a respeito, mas nos EUA calcula-se que 150 bilhões de dólares são gastos anualmente no tratamento de doenças do coração. Bernardo Rzeznik, Cardiologista do Hospital do Coração Como aconteceu com as doenças infecciosas, conseguiu-se vencê-las com o descobrimento e a aplicação das vacinas específicas para toda a população. Também é essencial se fazer a prevenção da doença coronariana a fim de reverter o quadro atual. É bem verdade que nesta doença a situação é muito mais complexa, pois ela é causada por múltiplos fatores. O que queremos chamar atenção é para o fato de que a prevenção deve ser iniciada já na infância e na adolescência. Está se constatando que os chamados fatores de risco para o desenvolvimento da doença coronária - colesterol elevado, pressão alta, obesidade, aliados aos maus hábitos alimentares e vida sedentária, não são exclusivos de adultos. Eles começam a surgir cada vez mais em crianças e adolescentes e nestes agravados pelo uso da pílula anticoncepcional, fumo e drogas ilícitas como maconha, crack e cocaína. Estas crianças e adolescentes, se não detectados e orientados com medidas preventivas, têm grandes chances de chegar aos 30 anos à beira de um infarto. Assim a tendência mundial hoje é investigar e prevenir, corrigindo os fatores de risco o quanto antes. Um amplo estudo americano, envolvendo crianças, adolescentes e adultos jovens, revelou dados muito significativos: a partir do dez anos de idade, 100% delas apresentam estrias gordurosas na aorta e nas artérias coronárias. Estas estrias gordurosas são as lesões que vão culminar, anos mais tarde, no “entupimento” das artérias coronárias, causando o infarto do miocárdio. Também já foi comprovado que quanto maior o numero de fatores de risco presentes, maior é a gravidade destas lesões, em adultos jovens. Portanto, quanto mais precocemente estes fatores de risco forem modificados, maiores as chances de adiar ou prevenir o seu aparecimento. Um destes fatores de risco, que vem aumentando rápida e progressivamente, é a obesidade não só entre os adultos como também entre crianças e adolescentes, e deveria ser encarada como um problema de saúde pública. Estatísticas americanas mostram que 10 a 20% dos bebês obesos serão crianças obesas; 40% das crianças obesas irão se tomar adolescentes obesos; e 75 a 85% destes serão adultos obesos. No Brasil estima-se que um terço da população é obesa. A obesidade no adulto vem frequentemente acompanhada de hipertensão arterial, diabetes e alterações lipídicas (”gordura no sangue”), todos os fatores de risco para o aparecimento da doença coronariana. Uma maneira muito eficaz de preveni-la seria a prevenção da obesidade já na infância. Estudos revelam, também, que uma criança com níveis elevados de colesterol tem um risco maior duas a quatro vezes para desenvolver doença coronariana na idade adulta. Além dos fatores de risco ambientais há um sobre o qual não podemos interferir: é o fator genético, herdado dos nossos pais. Assim, o cardiologista que atende um paciente coronariano jovem (com menos de 55 anos de idade) deve também investigar seus filhos para detectar a presença dos fatores e procurar modificá-los para retardar ou mesmo evitar um ataque cardíaco neles. Podemos deduzir então que o caminho para a prevenção do ataque cardíaco é longo, envolvendo desde o pediatra até o cardiologista, passando pelo nutricionista, ginecologista, psicólogo e fisioterapeuta, e com certeza muito difícil, pois implica em mudanças radicais nos hábitos de vida, desde a infância até a idade adulta. Entretanto é um esforço que, sem dúvida alguma, vale a pena ser realizado. 9 ping pong Foco na Sinergia O médico intensivista José Mauro Rezende, Diretor de Operações do Grupo VITA, trabalha no Hospital VITA Volta Redonda desde 1986, antes mesmo de pertencer ao Grupo VITA. Com sua vocação para organização e liderança, recebeu responsabilidades administrativas – a primeira foi Supervisor do Serviço de Emergência, em 1993. Essa mudança de rota, em direção a cargos de Direção, o levaram a realizar um MBA em Gestão Empresarial e participar do Programa de Desenvolvimento em Gestão Hospitalar promovido pela ANAHP (Associação Nacional do Hospitais Particulares) à qual o Hospital VITA Volta Redonda é filiado. Nesta entrevista, Rezende fala sobre os rumos estratégicos que os Hospitais do Grupo VITA estão tomando para atender cada vez melhor seus clientes, sejam pacientes ou médicos, as perspectivas de crescimento, e como as unidades se integram para criar uma sinergia que fortalece esta Rede, que reúne alguns dos melhores hospitais do Brasil. VITAL: Hospital VITA VR desempenha hoje um papel importante na cidade e região. O que está sendo feito para que ele mantenha esse destaque? tínuo investimento em treinamento de nossas equipes internas e no incentivo a nosso Corpo Clínico no desenvolvimento e aplicação de novas técnicas terapêuticas no Hospital. José Mauro Rezende: É fundamental manter a excelência dos serviços prestados, prever as demandas do nosso Corpo Clínico, da população da cidade e região e ficar atento às melhores práticas desenvolvidas no mercado, para que o Hospital esteja preparado para oferecer a todos nossos clientes um serviço de qualidade comparável a centros de excelência no Brasil e no exterior. O Hospital VITA Volta Redonda é uma referência na região sul-fluminense a partir de seu compromisso com a qualidade e segurança de seu processo assistencial, e focado em atender com ética e respeito aos pacientes e familiares. VITAL: Quais as perspectivas de crescimento e em que áreas? Como estratégia para oferecer este serviço de alto desempenho o Hospital VITA congrega em um único local, serviços de alta resolubilidade, capazes de atender às diversas demandas da população, desde consultas ambulatoriais, exames complementares, serviços de emergência até cirurgias de alta complexidade, o que sem dúvida agrega conforto e segurança para quem busca atendimento. Outro aspecto de grande importância é o con- 10 JMR: O projeto de destaque nos últimos dois anos no Hospital VITA Volta Redonda foi a reestruturação de nosso Centro Médico, que nos permitiu alinhar nosso Corpo Clínico aos objetivos estratégicos da instituição. São 160 médicos de 42 especialidades que realizam cerca de 8.000 atendimentos mensais. A ampliação da oferta de consultórios nos permitiu a atração, renovação e fidelização de nosso Corpo Clínico, permitindo o incremento do volume cirúrgico em cerca de 30% ao mês, além da melhora dos fluxos de atendimento de nossos clientes. Outra área que está passando por importantes reformulações é nosso setor de emergência. Nosso Hospital, como todos os hospitais do Brasil, assiste nos últimos anos a um enorme crescimento de consultas ao setor de emergência, o que nos obriga a constantemente buscar estratégias que permitam acolher esta crescente demanda com a segurança e qualidade requeridas. A implantação do sistema de estratificação de risco utilizando a metodologia de Manchester trouxe a possibilidade de adequarmos as áreas de atendimento ao perfil de gravidade dos pacientes atendidos. Desta forma, nosso grande projeto neste segundo semestre está baseado na adequação de nossas áreas de atendimento emergencial do pronto atendimento de adultos e na criação de uma nova área de atendimento de pronto socorro infantil. Neste próximo ano o Hospital VITA Volta Redonda também estará ampliando sua capacidade de atendimento em Cuidados Críticos (UTI e Unidade Cardio Intensiva), com ampliação de 40% dos leitos disponíveis para estas especialidades. VITAL: O VITA é Hospital de referência na região. Como ele conquistou isso? JMR: Para ser referência é preciso ser diferenciado, ser o melhor em sua área de atuação. Ser referência não é fácil, é um trabalho de longo prazo, baseado no respeito à história da instituição, às características de seu Corpo Clínico e a um comprometimento Institucional com a qualidade dos serviços prestados. No VITA não nos basta prestar um serviço: precisamos acreditar que este serviço é comparável ao que é prestado nos melhores centros, que nosso cliente pode ter a segurança da escolha que realizou ao buscar o Hospital VITA para o atendimento. VITAL: Como os clientes veem o HVVR? JMR: Estamos há 60 anos cuidando da saúde da população de Volta Redonda e da região. Só este fato já permite verificar como o Hospital é parte da cidade e o carinho que a população tem por nossa instituição. Objetivamente podemos atestar a confiança que é depositada pela população no baixíssimo índice de transferência externa que o Hospital apresenta, na crescente busca de atendimento em nossos serviços e na fidelização de nossos clientes. Outro aspecto importante é como nossos clientes médicos veem a instituição, como suas necessidades são atendidas e suas sugestões acolhidas. Nosso Corpo Clínico é extremamente estável, alguns colegas atuam no Hospital há mais de 30 anos, efetivamente vivendo o Hospital, participando do dia-a-dia da instituição e cuidando para que as coisas funcionem da melhor maneira. Como os clientes nos percebem é fundamental para nos tornamos mais eficientes, não só do ponto de vista técnico, mas para que nos sintamos estimulados a buscar a melhoria contínua. Os clientes/pacientes estão mais informados, mais exigentes e passaram a participar das decisões do próprio tratamento, o que nos obriga a mudar nossa comunicação. Mas isso é muito positivo! Ao tomar conhecimento de seus direitos e deveres, o paciente compartilha a responsabilidade por seu tratamento e colabora para seu êxito. VITAL: Como está acontecendo a sinergia entre os Hospitais VITA? JMR: Primeiro vou me utilizar da própria definição de sinergia: sinergia significa cooperação. Sinergia é um trabalho ou esforço para realizar uma determinada tarefa muito complexa, e poder atingir seu êxito no final. Sinergia é o momento em que o todo é maior que a soma das partes. O Grupo VITA foi a primeiro grupo empresarial na área de hospitais a utilizar no Brasil o conceito de REDE. Desde 1997 buscamos a organização de nossas operações de forma centralizada, através da criação de plataformas de serviços e definição de processos administrativos que permitissem a implantação de serviços de forma padronizada e com ganhos de produtividade. A Diretoria de Operações está revitalizando esta metodologia de trabalho. Durante alguns anos, devido a questões específicas do mercado onde nossas unidades se encontram, perdemos um pouco desta nossa característica. Em 2013, a partir de uma diretriz da Presidência do Grupo VITA, retomamos este modelo e estamos alinhando todos os processos desenvolvidos pelos Hospitais. Este alinhamento começa no planejamento estratégico e se desdobra para os principais processos operacionais. VITAL: Que vantagens isso traz para o Grupo? JMR: Um dos maiores ganhos deste modo de operar é que erramos menos. Dizem que experiência é como nós chamamos nossos erros do passado e desta forma podemos aprender com as experiências dos demais a encontrar nossos melhores caminhos. que passa pela compreensão das razões que justificam os melhores resultados de um em detrimento dos outros. Mas não se trata de um sistema competitivo. O objetivo final é que as trocas de informação gerem aprendizado e possibilitem a aplicação desse conhecimento na melhoria dos processos de trabalho. VITAL: O Hospital acaba de completar 60 anos. Como você vê o futuro da instituição? Do ponto de vista prático podemos dizer que a JMR: O cenário que hoje identificamos mostra sinergia entre as instituições poderá reduzir o que as instituições de saúde terão dificuldades importantes trabalho dos a enfrentar diversos dePara ser referência é preciso ser diferencianos próximos partamentos, anos. A reguatravés da do, ser o melhor em sua área de atuação. Ser lamentação implantação referência não é fácil, é um trabalho de londo setor, as de processos go prazo, baseado no respeito à história da exigências rejá testados e instituição, às características de seu Corpo lacionadas à parametrizaincorporação dos para nosClínico e a um comprometimento Institucional de tecnologia, sos objetivos com a qualidade dos serviços prestados a necessidainstitucionais, de de qualifia redução de custos através de compras e contratações cação de mão de obra e os novos modelos de centralizadas e também através da centraliza- relacionamento com clientes e fornecedores, ção de serviços tanto administrativos quanto entre outros, constituem um conjunto de desafios que teremos que enfrentar para seguir operacionais. nesta trajetória de sucesso. Outro aspecto que está sendo incrementado nesta fase é a utilização de benchmarking Equilibrar valores do passado com as inovainterno onde podemos identificar diferenças ções do futuro é um grande desafio. A tradição de desempenho em processos internos do Hospital VITA Volta Redonda é um dos similares, estabelecer práticas e procedi- nossos pontos fortes, bem como nossa marca. mentos comuns e criar um compromisso Buscar este equilíbrio não é tarefa facil, mas organizacional; com isso se ganha tempo e entendo que quanto maiores as dificuldades, podemos obter melhores resultados a partir mais inovadoras são as soluções, mais comda identificação e implantação das melhores prometimento se obtém da equipe de trabalho. práticas observadas. A implantação de sólidos processos de gestão, VITAL: Existe uma troca de informações en- a manutenção da qualidade dos serviços tre os Hospitais do Grupo do ponto de vista prestados, o compromisso com todos nossos steakholders e a transparência de nossas assistencial? práticas são fundamentais para a solidez de JMR: Todos os Hospitais da Rede possuem nosso empreendimento. processos assistenciais estruturados e baseados nas melhores práticas da saúde. Estes O mais importante é sempre nos alicerçarmos na nossa missão que é cuidar de vidas. É processos são monitorados para garantir o alcance das metas estipuladas. A troca de in- nosso objetivo maior hoje e assim será nos formações serve como uma ferramenta para a próximos anos... E é nisso que aposto para manter o sucesso do Hospital. comparação de desempenho entre os Hospitais, “ ” 11 1930 Na década de 1930, o Brasil ainda só tinha pequenas usinas siderúrgicas, incapazes de suprir a demanda interna, e precisava importar a maior parte do aço que consumia. O Brasil exportava minério de ferro e importava trilhos. 12 Implantação do Estado Novo; Getúlio Vargas fecha o Congresso Nacional e cancela as eleições pre1930 sidenciais previstas para o ano seguinte. Foi o início de um dos períodos mais autoritários da história do País. Entre as medidas tomadas por Vargas para manter o apoio popular está a criação de um plano de industrialização para o País. É criada a Comissão Preparatória do Plano Siderúrgico Nacional, que estuda a viabilidade da construção de uma usina siderúrgica de grande porte. 1939 1939 Começa a II Guerra Mundial na Europa. capa Em 2013 o Hospital VITA Volta Redonda completa 60 anos de atividade, uma trajetória que traz orgulho a todos que participaram de sua evolução, sempre cuidando da saúde e do bem-estar da comunidade. São seis décadas de trabalho de profissionais de saúde e administração, que se dedicaram à construção de uma instituição que tem como marca a qualidade dos serviços que oferece à população. A história do Hospital VITA Volta Redonda está ligada a fatos que marcaram o desenvolvimento industrial do País. Até os anos 1930, o Brasil era, com poucas exceções, essencialmente rural. Após a implantação do Estado Novo, em 1937, Getúlio Vargas deu andamento a um plano de industrialização que teve como um dos pontos altos a Criação da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), em 1941. O local escolhido para a construção da usina foi o distrito de Santo Antônio de Volta Redonda, na época pertencente ao município de Barra Mansa. Participaram das obras cerca de 130 técnicos brasileiros, 50 norte-americanos e sete mil operários brasileiros, vindos de todo o País. Para garantir o atendimento médico a esse enorme contingente de pessoas, a CSN montou um hospital provisório, uma edificação de madeira e alvenaria. Em sua aparente precariedade era uma unidade bastante equipada para a época, capaz de oferecer vários serviços e dar segurança assistencial aos operários e suas famílias. Esse prédio simples foi a semente do que é hoje o Hospital VITA Volta Redonda. A demanda cresce Com a inauguração da usina, em 1946, a região continuou a crescer e atrair imigrantes de todo Vargas busca financiamento e cessão de tecnologia junto aos EUA para a construção da usina siderúrgica, mas as negociações não avançam. Em setembro desse ano, Vargas faz um discurso que é interpretado como apoio aos países do Eixo: Alemanha, Japão e Itália. Essa atitude faz com que os EUA finalmente liberem o financiamento para a construção da usina. o País, em busca das oportunidades que a CSN oferecia. O hospital provisório continuava em funcionamento, mas as necessidades de atendimento da população aumentavam. Nesse ano, o médico ortopedista José Viana de Carvalho, percebendo que a CSN não tinha interesse imediato em investir em um hospital definitivo propôs a organização da Sociedade Hospitalar de Volta Redonda, constituída por três cotistas: a CSN como principal investidora, o IAPI – Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Industriários – , que à época custeava a assistência à saúde da categoria, e um grupo de médicos e dentistas, pioneiros do hospital provisório. A construção do Hospital “definitivo” começou em 1946 sob a coordenação de Carvalho, que em setembro do mesmo ano deixou a CSN e foi substituído pelo, à época, recém-formado médico ortopedista Olézio Galotti. Conta-se que o projeto do novo Hospital, se não é cópia fiel, inspirou-se muito em um hospital da Marinha dos Estados Unidos existente no Havaí durante a Segunda Guerra Mundial. O desinteresse inicial da CSN pela construção de um hospital foi revertido pelas decisões de dois diretores – Edmundo de Macedo Soares e Silva e Silvio Raulino de Oliveira – que con- 1941 1930 1941 Começam as obras de construção da usina, com consultoria de empresas americanas. Em abril é fundada a Companhia Siderúrgica Nacional; o local escolhido para a construção é a pacata Fazenda Santa Cecília, em Santo Antônio da Volta Redonda, um distrito de Barra Mansa, ponto estrategicamente escolhido entre o Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. 1941 A CSN instala um hospital provisório, de alvenaria e madeira, para atender os operários e administradores. 13 Mendes, médico obstetra clínico. A mudança das operações do hospital provisório para o novo e as necessárias interações com os órgãos públicos de saúde foram obra do médico Falcão Neto, que faleceu em um acidente automobilístico meses após a inauguração. Pronto, finalmente Edson Santos e Francisco Balestrin (dir.) venceram seus pares na empresa a investir no Hospital, mas ainda receosos de como se faria a gestão do serviço. A Sociedade Hospitalar de Volta Redonda não deu certo. Os aportes financeiros necessários à edificação do Hospital não aconteceram. Em 1951 a obra ainda não estava pronta. Por pressão da CSN, que decidiu concluir o Hospital, a Sociedade se dissolveu. Para gerir o Hospital, a Administração da CSN criou uma Diretoria para cuidar dos assuntos sociais. Para ela nomeou Paulo Monteiro A CSN concluiu a construção e o Hospital foi inaugurado no Dia do Trabalho de 1953 pelo Presidente Getúlio Vargas, que gostava muito de estar sempre em Volta Redonda nas comemorações trabalhistas do Primeiro de Maio, pois a construção da usina havia sido iniciada por ele, e o trabalhismo sempre fora sua bandeira política. A fita cortada por Getúlio em frente à porta principal foi providência da funcionária do Hospital, Bergonsil de Oliveira Magalhães, que tornou-se posteriormente Vice-Presidente da Associação dos Aposentados e Pensionistas de Volta Redonda. O Hospital da Companhia Siderúrgica Nacional desde a sua criação contou com excelentes equipes multiprofissionais e protagonizou ou participou da história da área de saúde de Volta Redonda e da Região Sul-Fluminense. Seu Corpo de Enfermagem nos anos 50 era constituído por egressas da Escola Anna Nery, primeira instituição do gênero do Brasil (1923), hoje integrada à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Curso de Medicina Foi no Centro de Estudos do Hospital, em um processo liderado pelo Patologista Nalmir dos Santos Prado, que em 1965 nasceu a ideia de criar um Curso de Medicina na cidade, aproveitando os recursos humanos e físicos disponíveis no Hospital. Em 1968 foi fundada a Escola de Ciências Médicas de Volta Redonda (ECMVR), hoje Curso de Medicina do Centro Universitário de Volta Redonda – UniFOA, uma instituição privada de ensino superior, cuja mantenedora – a Fundação Oswaldo Aranha – também nasceu das discussões do corpo clínico do Hospital da Companhia Siderúrgica Nacional e que originalmente se chamava Fundação Falcão Neto. O Hospital da Companhia Siderúrgica Nacional atendia exclusivamente os empregados da CSN e suas famílias até 1974, período em que o empregado pagava as despesas de assistência através de uma tabela proporcional ao seu nível salarial, com um complemento pago pela empresa, o que permitia a cobertura integral dos custos. Entre o final de 1974 e o início de 1975, o dermatologista Sérgio Costa Lima da Silva, Diretor do Hospital à época, empreendeu um plano de investimentos que incluía a prestação de serviços ao INAMPS (precursor do SUS), de modo que o empregado não mais arcasse com as suas despesas assistenciais e a CSN também reduzisse o seu investimento de custeio. Nesse período, o Hospital já rebatizado de 1949 1942 Após vários navios brasileiros serem torpedeados, o País abandona a neutralidade e entra na II Guerra Mundial junto aos Aliados. Os EUA constroem bases de apoio aéreo no nordeste. 14 Obras do novo hospital já próximas da conclusão Inauguração da CSN. Construção do hospital “definitivo”. 1953 1946 Ambulâncias do antigo Hospital da CSN capa HSN – Hospital Siderúrgica Nacional, passou por amplo reaparelhamento tecnológico e admissão de especialistas. profissional certamente é a raiz da cultura de qualidade assistencial que, ora formalmente ou não, sempre permeou a gestão e a atuação do Hospital, inclusive após a privatização. Ensino integrado Privatização Por influência de Pedro Carlos Teixeira da Silva, então Diretor da ECMVR e Chefe das Clínicas do Hospital, os serviços foram alinhados a várias disciplinas do Curso Médico, com vários professores exercendo as respectivas Chefias de Serviço. Entre 1977 e 1992, o Hospital editou a revista científica ANAIS do HSN, que foi importante veículo de publicação técnica do corpo clínico do Hospital e da área acadêmica liderada pela ECMVR. Com a privatização da CSN em 1993, todos os serviços sociais da empresa foram transferidos para a FUGEMSS – Fundação General Edmundo de Macedo Soares e Silva, mais tarde renomeada Fundação CSN, incluindo o Hospital, que passou a ser denominado Hospital Santa Cecília. Nesta etapa, a FUGEMSS decidiu encerrar o Programa de Residência Médica. A partir desta data a instituição absorve as diretrizes institucionais e o modelo de gestão profissionalizada, característicos do Grupo VITA, implementados por uma equipe de executivos de Volta Redonda, liderados por José Mauro Rezende, com destaque para Deumy Rabelo, Luis Rebelo, Vanuza Vitoreli entre outros. Após a privatização, o Hospital passa a contar com um corpo clínico aberto e investe na modernização dos processos de gestão e em tecnologia, transformando-se em um hospital preparado para a assistência em alta complexidade. O grande objetivo da FUGEMSS, em nome da CSN, era preparar o Hospital para ser privatizado, através da implementação de ações graduais, com a contratação da consultoria Hospitalium, dirigida por Edson Gomes dos Santos e Francisco Balestrin. A empresa de consultoria para hospitais de Santos e Balestrin deu origem ao Grupo VITA, que adquiriu o Hospital Santa Cecília em 1º de março de 2000 e rebatizou-o com o nome atual: Hospital VITA Volta Redonda. Investimento em Qualidade O Hospital, além de proporcionar condições de ensino médico no nível de Graduação integrado à ECMVR, implementou um Programa de Residência Médica, multidisciplinar, a partir de 1975, reconhecido oficialmente pelo Ministério da Educação. O Programa funcionou ininterruptamente até 1995, capacitando um número expressivo de médicos. Esta integração entre ensino e atividade Luis Rebelo Deumy Rabelo Vanuza Vitoreli Atuando hoje em uma região de influência com mais de 1,2 milhão de habitantes, o Hospital se consolidou como a principal referência privada na Região Sul-Fluminense, atendendo a maioria das Operadoras de planos e seguros de saúde do mercado. É um dos hospitais que fundaram em 2001 a ANAHP – Associação Nacional dos Hospitais Privados. Fundada a Escola de Ciências Médicas de Volta Redonda (ECMVR). 1968 1953 Hospital da CSN já em funcionamento 1956 Inauguração do Hospital da CSN; ao centro, Getúlio Vargas. Equipe de enfermeiras do novo hospital da CSN 1955 1993 Privatização da CSN. 2000 Aquisição pelo Grupo VITA; passa a chamar-se Hospital VITA Volta Redonda. 15 Em 2006 o Hospital VITA Volta Redonda foi acreditado em nível de Excelência pela ONA – Organização Nacional de Acreditação, Certificado renovado em abril de 2013. Em 2010, o Hospital VITA Volta Redonda fez uma importante reformulação em sua estratégia de atendimento, para adaptar-se às mudanças nas demandas de Saúde do município e região. Em dois anos, o Hospital já apresentava novamente os seus indicadores assistenciais originais em franca ascensão, tendência que continua. Um dos elementos mais importantes para o sucesso da estratégia foi a inauguração do Centro Médico, que oferece uma estrutura de atendimento ambulatorial (consultas médicas) integrado aos serviços de diagnóstico e internação do Hospital. Na sua agenda de responsabilidade social, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de Volta Redonda, o Hospital oferece Muito Obrigado Ao comemorar os 60 anos ininterruptos de atividade, o Hospital tem muito a agradecer aos seus clientes pela fidelidade e confiança, ao Corpo Clínico, gestores e demais colaboradores que, pelo seu compromisso ético e profissional de excelência, proporcionam cada vez maior aprimoramento técnico e assistencial. À Companhia Siderúrgica Nacional, pelas diversas parcerias que garantem este modelo de gestão, e a todas as Operadoras de planos e seguros de saúde, que apontam esta Instituição como referência. Rônel Mascarenhas e Silva Ex-Diretor do Hospital Siderúrgica Nacional (1985-1988) Ex-Superintendente do Hospital Santa Cecília (1995-1998) Diretor de Corpo Clínico do Hospital VITA Volta Redonda (2000-) e realiza diversos procedimentos em porta única para os clientes do Sistema Único de Saúde, destacando-se Cirurgia Cardíaca, He- modinâmica e outros métodos em Cardiologia, Tratamento Intensivo Pediátrico e Neonatal, Imagenologia e Endoscopia Digestiva. Médico e repórter Esta reportagem tem como base quase exclusivamente o texto escrito por Rônel Mascarenhas e Silva, adaptado e editado de acordo com a linha editorial da revista Homenagem aos médicos veteranos, que participaram da fundação do Hospital. 2000 2003 Homenagem aos médicos que completavam 25 anos de serviços ininterruptos ao Hospital. 2006 – O Hospital VITA Volta Redonda torna-se o primeiro hospital do Estado do Rio de Janeiro a conquistar o Certificado de Acreditação em nível de Excelência pela ONA – Organização Nacional de Acreditação. 2013 16 2006 aniversário de 60 anos de funcionamento. túnel do tempo Uma História Intensa Reunir em um mesmo local os pacientes que precisam de mais cuidados foi a ideia que deu origem às UTIs A Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) é um desenvolvimento recente da Medicina: só na segunda metade do século XX é que foram desenvolvidas as técnicas de ventilação mecânica e de monitoramento que caracterizam essas unidades. Hoje a maioria dos grandes hospitais dispõe de pelo menos uma UTI, e existe até uma especialidade para ela, a Medicina Intensiva. Foi ainda no século XIX que surgiu a primeira ideia do que viria a ser uma UTI: Florence Nightingale, a fundadora da Enfermagem moderna, sugeriu que os pacientes que se recuperavam de cirurgias deveriam ficar em alas isoladas, separados dos demais doentes. Seguindo esse princípio, o neurocirurgião americano Walter Dandy criou, em 1928, no Hospital John Hopkins, uma unidade com três leitos, destinada a receber pacientes pósoperatórios e mantê-los sob monitoramento constante, dia e noite, com um corpo de Enfermagem especializado. Durante a II Guerra Mundial, os hospitais militares criaram “alas de choque” (shock wards) para tratar, em um mesmo local, soldados feridos e assim facilitar a assistência e a observação. Salvando Vivi Em 1952 ocorreu um grave surto de poliomielite na Dinamarca: 2.722 casos em uma população de cerca de 2 milhões de pessoas. Entre os cerca de 300 pacientes que sofriam de parada respiratória no Kommmunehospital de Copenhagen, uma das pacientes, Vivi, tinha apenas 12 anos, e os médicos previam que ela não sobreviveria. Mas o anestesista Bjorn Ibsen achava que podia salvá-la. Ele propôs que se procedesse da mesma forma que com pacientes durante uma cirurgia: entubar e ventilar. Todos estavam céticos, mas Ibsen teve a chance de experimentar. Foi feita uma traqueostomia em Vivi, mas quando Ibsen come- çou a tentar insuflar, o ar não ia para seus pulmões. Então Ibsen administrou o anestésico tiopental, e conseguiu ventilar Vivi. Ele então organizou turnos com cerca de 1.500 pessoas, entre estudantes de Medicina, enfermeiros Bjorn Ibsen e aposentados para ventilar os pacientes de poliomielite. Em 1953 Ibsen transformou a ala de recuperação cirúrgica em uma unidade onde todo tipo de paciente receberia cuidados críticos, e estava criada a primeira UTI do mundo. Também em 1953 o engenheiro sueco Carl-Gunnar Engstrom desenvolveu o primeiro equipamento de ventilação mecânica, um ventilador capaz de liberar volumes predeterminados de ar. Em 1958 Ibsen publicou o primeiro livro sobre princípios de gerenciamento de UTIs. Ficou evidente que era vantajoso reunir pacientes sob ventilação mecânica em um antigo ventilador Ergstrom Walter Dandy mesmo local, para lhes prestar cuidados e mantê-los sob monitoramento constante. Por volta de 1958, 25% dos hospitais americanos com mais de 300 leitos já tinham UTI. No final dos anos 1960, a maioria dos hospitais americanos tinha pelo menos uma UTI. O primeiro intensivista dos EUA foi o médico anestesista Peter Safar. Ele estimulou o atendimento de emergência e foi criador de técnicas de reanimação cardiopulmonar, inclusive a respiração “boca a boca”. Para tanto, Safar contou com o auxílio de voluntários, que se deixavam anestesiar para serem cobaias das técnicas de reanimação. Safar recusava o título de inventor, e dizia apenas que havia testado e organizado técnicas tradicionalmente conhecidas. Safar também estabeleceu a primeira UTI cirúrgica nos EUA. A primeira UTI do Brasil foi inaugurada em 1971, no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Fontes: Sociedade Brasileira de Terapia Intensiva; The Lancet; Pennsylvania Society of Anesthesiologists; Historical Perspective of Intensive Care, Rubina Aman; medicinaintensiva.com.br 17 vida digital O despertar dos computadores “Acredito que talvez haja mercado no mundo para cinco computadores” Thomas Watson - presidente do conselho da IBM, 1953 No princípio havia o bit. É a menor quantidade de informação que existe: simboliza sim ou não, ligado ou desligado. Na programação de computadores, é representado como 0 ou 1. Talvez você não perceba, mas usa o bit o tempo todo. Por exemplo: “Amor, tem cerveja na geladeira?” “Tem!” (um computador responderia 1). “Vai ter aula hoje?” “Não” (0). Os modernos computadores são máquinas extremamente velozes, capazes de processar milhões de bits por segundo, e assim representar textos, sons, imagens, tudo digitalizado, ou seja, transformado em 0s e 1s. Tudo começou na França, em 1752, quando Basile Bouchon usou o mecanismo de um órgão para controlar um tear com uma fita de papel perfurada. Os buracos representavam os “sim” e “não”, os “1” e “0”. O equipamento foi aperfeiçoado por Joseph Marie Jacquard, que apresentou em 1801 um tear automático, controlado por cartões perfurados. A ideia dos cartões perfurados foi aproveitada pelo matemático inglês Charles Babbage, que apresentou em 1837 o projeto do Engenho Analítico, um computador mecânico que poderia resolver qualquer problema matemático. Embora a máquina nunca tenha chegado a ficar pronta, devido às limitações tecnológicas da época, ela deu origem à primeira programadora da história: Ada Lovelace, filha de Lord Byron. Ela conheceu Babbage em 1833 e produziu os fundamentos da programação de computadores. “O Engenho Analítico tece padrões algébricos como um tear tece flores e folhas”, escreveu Lady Lovelace. O próximo grande passo na evolução dos computadores ocorreu nos EUA. O censo de 1880 levou sete anos e meio para ser calculado, então em 1890 o departamento O Mark 1 ainda tinha partes mecânicas 18 responsável pelo censo ofereceu um prêmio O tear de Jacquard para quem apresentasse uma solução que agilizasse o processo. O prêmio foi ganho por Herman Hollerith (é a origem do termo “olerite”), que criou um mecanismo baseado em cartões perfurados para computar os dados. Hollerith criou a empresa TabuLady Lovelace, a primeira lating Machine Company, A máquina tabuladora programadora que mais tarde tornou-se de Hermann Hollerith a International Business função de uma válvula, mas é muito menor Machines, conhecida hoje como IBM. e consome menos energia. Durante a II Guerra Mundial, eram necessárias enormes quantidades de tabelas balísticas, Os computadores desenvolvidos entre 1959 para calcular a trajetória dos projéteis lan- e 1964 são conhecidos como de “segunda çados por canhões. Não havia especialistas geração”, porque utilizam transístores, em vez de válvulas. O IBM 608 foi o primeiro suficientes para a tarefa. Para isso, uma parceria entre Harvard e a IBM desenvolveu computador totalmente “solid state”, ou seja, o computador Mark 1, mas ele ainda tinha que só utilizava transístores. peças mecânicas. Esse computador pesava cinco toneladas e funcionou durante 15 anos. Em 1958 é inventado o circuito integrado, que reúne vários transístores em um mesO problema até então era justamente a mecâ- mo circuito, e permite um grau inédito de nica: equipamentos baseados em relês, inter- miniaturização. Esse avanço deu origem aos ruptores e mecanismos tinham limitações de computadores de terceira geração, construídos velocidade e durabilidade, e requeriam muita entre 1964 e 1972. O modelo mais popular manutenção. Em 1906 havia sido inventada na época era o IBM 360, um grande sucesso a válvula, um dispositivo eletrônico capaz de da companhia. funcionar da mesma forma que um relé, mas sem partes móveis. Em 1945 foi construído na Finalmente, em 1977 a Apple lança o primeiro computador pessoal, em meio a grande descréUniversidade da Pensilvânia o ENIAC, um equipamento que utilizava 18.000 válvulas e que é dito: para quê alguém teria um computador em casa? O sucesso da Apple levou a IBM a lançar considerado o primeiro computador totalmente eletrônico. A programação do ENIAC era feita seu computador pessoal em 1981, o IBM PC; mas a empresa decidiu deixar a comercializaconectando cabos e acionando interruptores. ção do sistema operacional com uma pequena Em 1947 é inventado o transistor, um circuito companhia de software: Microsoft. O resto da baseado em silício que exerce a mesma história você provavelmente já conhece. O ENIAC usava 18.000 válvulas IBM 360, o mais usado nos anos 1960 em rede Cuidados Premiados Pelo terceiro ano consecutivo, o Hospital VITA Batel destaca-se em prevenção de lesões de pele Só quem tem um parente acamado tem ideia de como é preciso dedicação para mantê-lo saudável. Conforme o tempo passa, as chances de que essa pessoa desenvolva ferimentos na pele, difíceis de curar, é muito alta, e esse risco é ainda maior entre os idosos, que têm uma pele mais frágil que os jovens. gem dos Hospitais VITA Batel e VITA Curitiba, “por isso esses cuidados são essenciais”. É o terceiro ano seguido que o Hospital VITA Batel recebe o prêmio máximo, concedido após avaliação criteriosa dos serviços, segundo padrões internacionais de atendimento - foi o único hospital de Curitiba a conquistar essa distinção em 2013. Foi por conta dos cuidados para prevenir as lesões de pele que o Hospital VITA Batel recebeu da 3M do Brasil a Certificação de Prevenção de Lesões de Pele Categoria Diamante, o prêmio mais elevado oferecido pela empresa para os hospitais. Isso significa que a equipe de Enfermagem do Hospital segue com o máximo rigor as medidas que podem prevenir esse tipo de feridas nos pacientes. “A pele do idoso é muito frágil e quando surge uma lesão pode demorar muito para que ela cicatrize; então nos esforçamos ao máximo para preveni-la”, diz Leila Abrahão, Chefe de Cuidados Não-Críticos do Hospital VITA Batel. Ela explica que as lesões de pele, além de dolorosas e desconfortáveis, representam um risco importante para a saúde do paciente. “Alguns pacientes passam meses internados”, explica Claudimeri Dadas, gerente de enferma- Segundo Leila, a maioria dos pacientes internados no Hospital VITA Batel precisa ser acompanhada cuidadosamente, porque tem Claudimeri Dadas e Leila Abrahão, com o troféu Diamante risco elevado de desenvolvimento de lesões, devido a diversos fatores: idade, uso de fralda, obesidade, imobilização, tipo de pele, lesão preexistente e diabetes. A prevenção envolve diversos pontos, como movimentar regularmente a pessoa, aplicar pomadas, usar técnicas adequadas para transpe, entre muitas outras. O prêmio, representado por um lindo urso brilhante, foi recebido por Claudimeri e Leila em nome do Hospital, durante o Simpósio Internacional de Prevenção de Lesões de Pele, realizado em Florianópolis (SC) em abril deste ano. Uma CIPA Dinâmica vale por duas Equipe da CIPA do Hospital VITA Volta Redonda tem conseguido elevar a conscientização e participação dos colaboradores quanto à segurança A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) do Hospital VITA Volta Redonda está vivendo uma grande renovação: os colaboradores começam a perceber que não se trata apenas de uma formalidade, mas que pode trazer benefícios importantes e que é muito fácil colaborar. Quem explica isso é o comprador Eduardo Motta de Oliveira: “As pessoas perceberam a importância da CIPA, estão colaborando e nos avisam quando notam alguma coisa que oferece risco”, diz Oliveira. Tanto entusiasmo já ganhou até nome: CIPA Dinâmica, formada por 16 colaboradores, dos quais oito titulares e oito suplentes, mas todos participam. A CIPA está ligada ao SESMT - Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho. Segurança, destaca Oliveira, é um assunto de extrema importância no trabalho com Saúde, por isso é muito importante que os colaboradores sejam atuantes. Só quem está no setor diariamente consegue perceber problemas que não serão vistos apenas numa visita da CIPA ao local. Segundo Oliveira, a participação aumentou graças ao esforço que os integrantes da CIPA estão fazendo para divulgar entre os colaboradores o que é a Comissão, para que serve, e como colaborar. Eles organizam palestras e também fazem um jornal informativo mensal, com informações sobre a CIPA, normas, doenças de atividade profissional e divulgação dos programas de qualidade de vida e combate ao fumo. “Nós ampliamos as atividades para que não fiquem restritas apenas à Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho (SIPAT), mas continuem o ano todo”, afirma. Segundo Adriana Goulart de Souza, Chefe de Serviço de RH do Hospital, a CIPA também está atuando como apoio ao projeto Qualidade de VITA, que busca promover a qualidade de vida dos colaboradores, com campanhas pela alimentação saudável, contra o tabagismo e Adriana Goulart de Souza Eduardo Motta de Oliveira pela melhoria da postura no local de trabalho. “Já estamos vendo resultados positivos das campanhas de reeducação alimentar e para parar de fumar, e a CIPA tem nos ajudado nisso”, diz Adriana. Segundo ela, a próxima campanha para melhorar a qualidade de vida do colaborador será orientá-lo quanto à postura. Ela lembra que segurança é um item do qual nunca se deve descuidar em um hospital: “As pessoas acham que nunca vai acontecer com elas”, diz Adriana; “mas é preciso prevenir ao máximo, porque acidentes com objetos perfuro-cortantes são graves e criam transtornos na vida pessoal”. 19 em rede Hospital VITA Curitiba inaugura Centro Médico Consultórios integrados ao Hospital dão acesso à central de agendamento, laboratório de análises clínicas e novos equipamentos de diagnóstico por imagem Osni Silvestri O atendimento global ao paciente no Hospital VITA Curitiba ficou ainda melhor: acaba de ser inaugurado um novo Centro Médico, com 26 consultórios (19 já em operação, e mais 7 nos próximos dois meses), dentro do prédio principal do Hospital, e com uma estrutura de atendimento que traz comodidade e praticidade para pacientes e médicos. O Centro Médico reúne, além dos consultórios, também uma central de agendamento de consultas, uma enfermagem própria, laboratório de análises clínicas, tudo isso ao lado de um moderno centro de diagnóstico por imagem e dentro de um Hospital com Acreditações Nacionais e Internacionais em nível máximo, certificações que garantem a máxima qualidade em assistência médica (veja box). Osni Silvestri, gerente médico do Hospital VITA Curitiba, prevê que o novo Centro Médico deve atrair principalmente cirurgiões, de várias especialidades: cirurgia geral, de aparelho digestivo, neurocirurgia, cirurgia vascular, ortopedia, urologia e cirurgia cardíaca. Segundo Silvestri, a estrutura oferecida pelas novas instalações permite que os médicos possam otimizar suas atividades, porque eles podem, no mesmo local, realizar consultas, fazer visitas aos pacientes internados, e ainda almoçar e trocar informações com os colegas do Corpo Clínico do Hospital, para aprimorar a assistência. “A economia de tempo em deslocamentos que uma estrutura como essa oferece é incomparável”, garante Silvestri. O novo Centro Médico trará grandes facilidades para o paciente, que terá acesso a um atendimento integral para receber um diagnóstico no prazo mais curto possível. Ele poderá fazer a consulta e imediatamente realizar um diagnóstico por imagem nas novas instalações do Hospital, e também ter acesso a um laboratório de análises clínicas, que tem um posto exclusivo para atender o Centro Médico. “Está tudo aqui, integrado, agendamento, consulta, exames por imagem e laboratório”, explica Silvestri. Para tornar o Centro Médico ainda mais atraente, o Hospital VITA Curitiba planeja oferecer parcerias para utilização da estrutura, de acordo com os serviços que cada profissional realiza no Hospital. “É um acordo vantajoso para ambas as partes”, diz Silvestri; “o médico pode utilizar nossa estrutura e nós elevamos nosso volume de atendimentos”. Silvestri prevê um aumento substancial no número de consultas em todas as especialidades até o fim do ano. “Uma estrutura como essa, em um Hospital com Acreditação plena em nível internacional (certificação de qualidade em serviços de Saúde), torna o Centro Médico do Hospital VITA Curitiba o local onde pacientes e médicos terão todas as facilidades e a tecnologia necessárias para um atendimento em Saúde confortável, seguro e com a máxima qualidade”, afirma. Novos equipamentos O Centro de Diagnósticos do Hospital VITA Curitiba acaba de passar por um grande processo de modernização. A nova ressonância magnética, da Hitachi, é o primeiro equipamento do tipo no Brasil, com mais espaço, o que é vantajoso para pessoas acima do peso e claustrofóbicas, e também permite certo nível de movimentação durante o exame, o que facilita o diagnóstico em crianças. Também foram instalados novos aparelhos de tomografia computadorizada e Raio-X digital. Todos esses exames por imagem serão disponibilizados para os médicos pelo sistema PACS, que possibilita a visualização imediata dos resultados, seja no computador do consultório, no tablet do médico e até mesmo na sala de cirurgia. Uma nova e confortável recepção com serviço de agendamento Os consultórios são amplos, modernos e têm banheiro privativo Qualidade Certificada Inaugurado em março de 1996, o VITA Curitiba foi o primeiro hospital brasileiro a conquistar, no início de 2008, a Acreditação Internacional Canadense CCHSA (Canadian Council on Health Services Accreditation). A certificação de serviços de saúde avalia a excelência em gestão e, principalmente, a assistência segura ao paciente. O Hospital possui também o nível de excelência na certificação nacional da Organização Nacional de Acreditação (ONA). Contato: Para marcar consultas no Centro Médico Hospital VITA Curitiba, ligue para (41) 3315-1897 ou 3315-1790 20 perfil Acima de tudo, as pessoas O médico Jackson Baduy tem uma personalidade envolvente que acaba conquistando a todos; conheça um pouco sobre este profissional que tanto contribui para o desenvolvimento do Grupo VITA em Curitiba Prato predileto: churrasco Time: Atlético Paranaense (“sou atleticano de quatro costados”) Frase: “Não existe caminho para a felicidade, a felicidade é o caminho” Mania: pontualidade, costuma chegar adiantado aos compromissos O nome completo é Jackson Baduy. Mas não adianta chamar de Baduy, porque muita gente não vai saber de quem estamos falando. Ele é o Jackson, doutor Jackson, e é assim que vamos tratá-lo neste perfil que busca mostrar um pouquinho de quem é essa figura tão importante e querida do Hospital VITA Curitiba. Jackson nasceu em Colombo, região metropolitana de Curitiba, de uma família de origem libanesa, de onde vem o sobrenome Baduy. Foi o primeiro e, por enquanto, o único da família a seguir uma carreira na Medicina. Estava destinado a ser escrivão, porque seu pai tinha um cartório, “na época em que isso não dava dinheiro”, comenta. Mas sua vocação era clara: Medicina. “Desde moleque eu queria ser médico”, conta Jackson. E brincava de atender, receitar, operar. Mas até entrar na faculdade, o máximo que se aproximou da profissão foi como atendente em uma farmácia, aos 13 anos, ainda em Colombo. Buscava os remédios, ajudava o farmacêutico, lia as bulas, e só. Para continuar no caminho que tinha escolhido, Jackson fez o chamado “científico” (hoje, 2º grau) em ciências biológicas. O pai chamava-se Alfredo, e a mãe, Irene. “Meu pai era semianalfabeto, estudou só até o 3º ano do ensino fundamental, quando o pai dele morreu. Era o mais velho de dez irmãos e teve de trabalhar para ajudar a família. Em compensação, tornou-se um autodidata, lia, lia, lia muito, era capaz de discutir arqueologia, história natural, geografia, o que fosse”, lembra Jackson. Ele tem ótima memória, e lembra em detalhes coisas que aconteceram há anos. “Aprendi muito com meu pai, que ensinava a mim e à minha irmã, Eliane, como memorizar as coisas fazendo analogias e brincadeiras com palavras”, conta. Chegando à Medicina Estudar Medicina foi um empreendimento que envolveu toda a família: Jackson estudou na Universidade Católica de Curitiba, um curso particular, difícil de pagar. Ele lembra que a mãe, dona Irene, fazia roupinhas de bebê de tricô para vender e ajudar nas mensalidades. Morar em Colombo era outra dificuldade: nessa época ele precisava viajar diariamente a Curitiba. Isso só foi mudar a partir do 4º ano do curso, quando Jackson passou a trabalhar no Hospital de Piraquara, que lhe oferecia moradia como parte do pagamento. Ali, fez de tudo: foi auxiliar de enfermagem, de radiologia, e tudo que fosse preciso. “Na época, era um hospital de grande porte, com 300 leitos, na região metropolitana de Curitiba”, conta Jackson. “Aprendi muito trabalhando e morando no Hospital de Piraquara, e também com o dono, doutor Rached”. Para Jackson, foi um privilégio ter permanecido por longos períodos na maioria dos lugares em que atuou. Só no Grupo VITA, já são 16 anos. “Conheço todo mundo do corpo clínico, fui Supervisor Médico, depois passei a Gerente Médico e finalmente Diretor Clínico”, conta. Jackson também atua muito no setor público: foi Diretor da Regional de Saúde Metropolitana, braço da Secretaria Municipal de Saúde, é médico da Assembleia Legislativa do Paraná há 30 anos e já foi até Secretário de Estado da Saúde do Paraná. Família, acima de tudo Mas não é a carreira profissional o que Jackson mais valoriza: é a família. “Minha família é meu tesouro, minha mulher Ana Maria, meus filhos, meus netos”. Ele é casado com Ana Maria há 37 anos, e eles têm quatro filhos: Alfredo Neto (36 anos), os gêmeos Guilherme e Gustavo (33), e Nicolle (31), que acabou de se casar. “Eu sou muito coruja, nada é tão importante e me dá tanta alegria quanto a minha família”. Jackson é uma pessoa de família em tempo integral, ou seja, ele está o tempo todo em contato com a esposa, os filhos, os netos. É um telefonema aqui, uma mensagem de texto, email, facebook, tudo vale para estar próximo dos seus. “Eu e a Ana conseguimos criar esses laços bem fortes entre todos e isso me traz muita alegria”, afirma. O almoço das quintas-feiras, que reúne todos, é sagrado. “Foi engraçado quando o Guilherme e o Gustavo nasceram”, lembra Jackson; “no dia 1 de julho de 1979 eu tinha 29 anos e um filho, e no dia 3 eu tinha 30 anos e três filhos”. Jackson foi um dos fundadores da Fundação Francisco Bertoncello, que cuida de um lar para crianças órfãs e organiza todos os anos uma grande feijoada em Guaratuba, o Feijão da Fundação, para angariar fundos. Este ano o evento reuniu 1.700 pessoas. Ele também gosta de cozinhar, caranguejo é a sua especialidade, toca violão e cavaquinho, gosta de viajar e sempre que pode passa o final de semana em Guaratuba. E além da Medicina, dos cargos, do trabalho social, Jackson talvez seja mais conhecido mesmo é por ser um torcedor fanático do Atlético Paranaense. Tem cadeira no estádio, assiste aos jogos, acompanha, torce, sofre. Em tudo, Jackson busca se envolver profundamente, de uma forma emocional e ao mesmo tempo racional. “Tudo que eu faço, faço porque gosto; se não gosto, não faço”, garante. Para ele, a emoção ajuda muito no trabalho de médico: “Só assim a gente consegue se colocar no lugar do paciente e entender o que ele está pensando, e o que se pode fazer por aquela pessoa naquele momento”. Ele acaba de deixar a Diretoria Clínica do Hospital e agora assumiu outra responsabilidade igualmente importante no Grupo VITA: a Direção do Instituto VITA de Ensino e Pesquisa. Ele explica que o Hospital pretende se tornar um centro de pesquisa clínica, instituição que tem um papel central na aprovação de novos medicamentos e procedimentos terapêuticos. Melhor não duvidar. Em geral, o que o doutor Jackson decide realizar, realiza. “Você tem que buscar o que quer, batalhar, persistir, e não esquecer que sua atividade profissional também depende dos relacionamentos que você constrói”, ensina. 21 histórias de nossa VITA “É um Homem? É um Avião? Um Herói Justiceiro?” Ligia Piola Não. É o Pelé, nosso Bombeiro. “Um dia, vivi a ilusão de que ser homem bastaria. Que o mundo masculino tudo me daria do que eu quisesse ter” Para sermos mais exatos, é Olejandar Justino, Bombeiro Hidráulico que trabalha no Hospital VITA Volta Redonda há somente 52 anos. Pelé não só vestiu a camisa da empresa, como se diz, mas calçou a bota e carrega todos os acessórios para ser prata da casa com 1001 utilidades. Superman foi enviado à Terra por seus pais, pouco antes de seu planeta natal, Kripton, explodir. Foi criado como Clark Kent por um casal de pequenos fazendeiros. Após seus pais adotivos morrerem, o Homem de Aço vai para Metrópolis sob o disfarce dos óculos de Kent, e se junta ao pessoal do Planeta Diário, a fim de estar perto das notícias. Quando a emergência o exige, ele assume sua verdadeira identidade de Superman. Pelé nasceu em Itumirim, Minas Gerais, mas como “fugiu” aos 11 anos para Volta Redonda, podemos dizer que é um ilustre cidadão volta-redondense e com muitas histórias para contar. E na maioria das histórias encontramos as moças e senhoras indefesas, tal qual nos filmes do super-herói. Era um belo dia, todos trabalhando e de repente... ploft! Uma funcionária da limpeza literalmente “capotou” no pátio interno do Hospital. Super-Pelé foi acionado, resgatou-a do chão, carregou-a e a conduziu à Emergência. Outro belo dia. A caminho do Hospital ele percebeu uma movimentação estranha em um ponto de ônibus. Uma criança passava mal, engasgada. Pelé não teve dúvidas: usou um 22 procedimento de emergência. Enfiou o dedão na garganta do pimpolho e... surpresa! Tirou um grão de milho de pipoca. Imaginem a senhora mamãe não cabendo em si de alegria. Porém, uma delas, distraída ou não muito empenhada, não segurou. E quando o ar entrou... sentiram? Voou tampa, ar, funcionária para todo lado. Mais um belo dia? Sim, e Pelé quase tropeçou em uma senhora desmaiada na calçada. E mais uma vez adentrou ao Hospital VITA com ela nos braços rumo ao Atendimento. Mas desentupiu. E por aí afora. Querem mais um belo dia? Lá vai. Há alguns anos ocorreu um “super-mega-plus” entupimento na UTI. Nada dava jeito. Foi quando Super-Pelé teve a ideia de injetar um poderoso ar no encanamento. Chamou as funcionárias da limpeza, pois não conseguiria a façanha sozinho. Elas só deveriam segurar as tampas dos ralos, que sofreriam uma pressão. “Quem sabe o Super-Homem venha nos restituir a glória mudando como um deus o curso da história por causa da mulher” (*) Super-Homem – A Canção – Gilberto Gil Tomara tenhamos ainda muitas histórias para contar e muitos “Super-Heróis” para que nos próximos aniversários do Hospital VITA Volta Redonda, além de nossa missão principal em favor da vida, possamos nos descontrair com mais destes belos dias...