Colégio Alternativo História- Ensino Médio ead Tutora Rosangela Bacher Nunes Revolução Francesa Em agosto, a Assembleia Nacional instituiu uma série de decretos que, dentre outras coisas, cortava os privilégios da nobreza, como a isenção de impostos e o monopólio sobre terras cultiváveis. A Assembleia institui a Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão, que reivindicava a condição de cidadãos aos franceses e não mais de súditos do rei. Em 1791 foi promulgada a nova constituição francesa, assegurando a cidadania para todos e pressionando o monarca Luís XVI a aceitar os seus critérios. Essa constituição previa a igualdade de todos perante a lei, o voto censitário, a confiscação das terras da Igreja, o fim do dízimo, a constituição civil do clero, etc. A partir deste momento, a França revolucionária esboçou o seu primeiro tipo de novo governo, a Monarquia Constitucional, que durou de 1791 a 1792. A ala mais radical da Revolução, os jacobinos, defendiam uma ampliação da perspectiva revolucionária, cuja proposta era não se submeter às decisões da alta burguesia, que se articulava com a nobreza e o monarca. Os jacobinos queriam radicalizar a pressão contra os nobres e o clero, e instituir uma República Revolucionária, sem nenhum resquício da Monarquia. . O período da convenção se caracterizou pela forte presença do radicalismo jacobino comandando a Revolução, momento que se tornou conhecido como "o Terror" (sobretudo por conta do uso indiscriminado da guilhotina como máquina da morte). Nomes como Robespierre, Saint-Just e Danton figuram entre os principais líderes jacobinos. Foi neste período também que a Áustria e Prússia prosseguiram sua guerra contra a França, temendo que a Revolução se espalhasse por seus territórios. No processo de confronto contra essas duas monarquias, nasceu o exército nacional francês, isto é: um exército que, pela primeira vez, não era composto de mercenários e aristocratas, mas do povo de uma nação que se via como nação. Em 1795, a burguesia conseguiu retomar o poder e, através de uma nova constituição, instituir uma nova fase à Revolução, chamada o Diretório, órgão composto por cinco membros indicados pelos deputados. Mas a partir deste mesmo ano a crise social se tornou muito ampla na França, o que exigiu um contorno político mais eficaz, sob pena da volta da radicalização jacobina. Um dos mais jovens e destacados generais da Revolução, Napoleão Bonaparte, era o nome esperado pela burguesia para dar ordem à situação política francesa. Em 1799, ao regressar do Egito à França, Napoleão encontrou um cenário conspiratório contra o governo do Diretório. Foi neste cenário que ele passou a figurar como ditador, inicialmente, dando o golpe de 18 de Brumário (segundo o calendário revolucionário), e depois como imperador da França. O Período Napoleônico durou de 1800 a 1815 e mudou o cenário político do continente europeu, ao passo que expandiu o ideal nacionalista para várias regiões do mundo. A Era Napoleônica Napoleão assumiu o poder apoiado pelos setores da burguesia que queriam o fim do Diretório, comandado pelos Jacobinos. Napoleão pôde, assim, reprimir tanto os revolucionários que estavam à esquerda quanto os monarquistas que estavam à direita política da França à época. A manobra político-militar que o colocou no poder ficou conhecida como golpe do 18 de Brumário em 1799. No ano seguinte ao golpe, uma nova Constituição foi promulgada, fortalecendo o Poder Executivo e dando a Napoleão o cargo de cônsul vitalício. Entretanto, dado o enorme poder que passou a concentrar no cargo de cônsul, Napoleão coroou-se, em 1804, na catedral de Notre-Dame, em Paris, tornando-se imperador dos franceses. A partir de então, o imperador Napoleão passou a estabelecer uma série de mudanças na França, desde a reabilitação da Igreja Católica, promovendo reformas no clero e, em certa medida, controlando-o, até a instituição de um novo Código Civil, que veio a estruturar uma complexa legislação que até hoje tem seu reflexo no Direito Constitucional e Internacional do mundo todo. Além disso, Napoleão também procurou expandir seu império para várias regiões da Europa. Suas campanhas contra a Prússia e a Rússia tornaram-se notórias. Aos povos conquistados, Napoleão dava a justificativa de que os “libertava” da estrutura do absolutismo, ou do Antigo Regime, que vigorava até então em vários países da Europa. O principal entrave aos projetos de Napoleão foi o Império Britânico. A Grã-Bretanha, por consistir em um conjunto de ilhas, não ficou exposta aos ataques da infantaria napoleônica e, não obstante, detinha a marinha mais poderosa do mundo na época. Napoleão procurou, então, estabelecer uma estratégia diferente contra os britânicos: bloqueá-los economicamente. Essa estratégia ficou conhecida como “Bloqueio Continental” e consistia em pressionar as nações europeias que estavam sob influência da França a não estabelecerem vínculo comercial com a Inglaterra. Foi nesse contexto que o rei português, D. João VI, que era apoiado pela Grã-Bretanha, fugiu com a sua corte para o Brasil por não atender às determinações de Napoleão. De 1813 a 1815, Napoleão sofreu, gradativamente, desgastes em seu império, sobretudo pela grande resistência que países como o Reino Unido, Áustria, Prússia e Rússia ofereciam ao seu domínio. A batalha mais famosa que marcou o declínio de Napoleão foi a Batalha de Waterloo, de onde saiu derrotado. A dinastia de Bourbon foi restaurada na França e ascendeu ao trono o rei Luís XVIII. . Bibliografia: http://www.historiadomundo.com.br/idade-moderna/revolucao-francesa.htm http://www.historiadomundo.com.br/idade-contemporanea/eranapoleonica.htm Questões: 1 - Diferencie jacobinos e girondinos quanto a postura política. 2 - Caracterize o período do "Terror". 3 - O que foi o Diretório? 4 - Que fatos levaram Napoleão ao poder? Como podemos descrever a Era Napoleônica?