FACULDADES INTEGRADAS DO BRASIL - UNIBRASIL SKINNER E STAATS CURITIBA 2014 FACULDADES INTEGRADAS DO BRASIL - UNIBRASIL LUANA G. CAVALHEIRO KAMILLA SILVA SUELEN CECCON THAIS DOS S. ALVES VANESSA PRISCILA VANESSA VASCONCELOS SKINNER E STAATS Trabalho apresentado para a disciplina de Psicologia e Linguagem, do 6º período do curso de Psicologia, noturno, turma A. Professora: Dulce Mara Gaio. CURITIBA 2014 2 Sumário Introdução..........................................................................................................04 A teoria do Comportamento Verbal por Skinner..........................................05 Comportamento Verbal......................................................................................07 Comportamento Verbal e linguagem.................................................................08 Falante e ouvinte...............................................................................................08 O papel do ouvinte.............................................................................................09 Falar consigo próprio.........................................................................................09 Comportamento Vernal vs Linguagem..............................................................10 Mandos e Tactos...............................................................................................11 O Desenvolvimento da linguagem para Staats.............................................11 Desenvolvimento do significado da palavra......................................................12 O papel das sequencias resposta-palavra na comunicação.............................15 Função da linguagem........................................................................................16 Conclusão..........................................................................................................18 Referências........................................................................................................20 3 Introdução O presente trabalho foi feito a partir das teorias de B. F. Skinner e W. Staats, ambos propõe teorias a cerca daquilo que denominam de “comportamento verbal” e “linguagem”. Frisamos aqui, Skinner em substituição a palavra linguagem, usa o termo “comportamento verbal”, o qual como sendo um comportamento operante exige a presença de um “falante” e de um “ouvinte” para que este comportamento seja reforçado. Skinner também denota a grande importância do papel de “ouvinte”. Já Staats se refere à dita “linguagem” como sendo tudo aquilo que é adquirido dentro de uma cultura ou seja, adquirido através da transmissão cultural. Staats também frisa a questão do desenvolvimento da linguagem. A seguir, discutiremos de forma mais ampla tais conceitos teóricos. 4 A teoria do comportamento verbal elaborada por Skinner De acordo com Robert F. Terwilliger (1968), para Skinner, a experiência planejada é considerada a base do conhecimento. Fica clara a orientação empirista dessa abordagem: o conhecimento é resultado direto da experiência. Para Robert F. Terwilliger (1968), Skinner não se preocupou com processos intermediários, com o que hipoteticamente poderia ocorrer na mente do indivíduo durante o processo de aprendizagem, mas preocupou-se como controle de comportamento observável (estímulo/resposta). O comportamento, portanto, é função das condições externas.Para o estudioso,o conhecimento é estruturado indutivamente, via experiência. De acordo com Parot (1978): "Ao nível da aquisição da linguagem é necessário para Skinner considerar dois elementos,como aliás para todos os comportamentos: a história dos reforçamentos que o sujeito experimentou e a situação na qual o comportamento é realizado. Para conhecer a primeira, é mensário ter em conta as práticas da comunidade verbal, na qual vive a criança." (Parot, 1978, p. 121) Assim, conforme Robert F. Terwilliger (1968), o Skinner entende ser a linguagem aprendida, de começo a fim, de acordo com as leis do condicionamento operativo e sustenta ainda que a produção de sons, bem como a produção de certos fonemas estão operativamente condicionadas. Admitindo-se ainda que o aprendizado acontece de acordo com esse esquema, faz-se necessário admitir que a criança seja capaz de proporcionar reforço a si mesma, uma vez que não se pode esperar que os pais possam ou tenham condições de executar de forma correta essa função. Mesmo contribuindo de forma parcial, isto não é suficiente para preencher esse papel. Robert F. Terwilliger (1968) relata que para o Skinner, as crianças demonstram imenso prazer na produção de sons. Sua teoria é elaborada de tal forma, que as verbalizações da própria criança e de terceiros se tornam reforço 5 per se, ou seja, são reforços secundários ou aprendidos, para usar a terminologia E-R típica de Skinner. Segundo Parot (1978, p. 122) "Resta ao psicólogo estudar um mecanismogeral de aquisição e de evolução dos comportamentos:o condicionamento operante". De acordo com Robert F. Terwilliger (1968), uma vez reconhecido que a criança produz sons, o próximo passo é explicar como ela adquire o domínio da linguagem. Skinner é o único estudioso de importância que buscou considerar os fatos que tenta explicar, percebendo que nem todos os enunciados linguísticos são iguais, já que diferentes enunciados desempenham funções diferentes. Segundo Skinner, antes de qualquer coisa, deve-se desenvolver uma tipologia de linguagem, com base em princípios bem fundados e relativos à ordem psicológica e ao desenvolvimento. Segundo Robert F. Terwilliger (1968),primeiro a linguagem da criança começa com enunciados breves, de natureza de ordens ou exigências e depois, passa a usar a linguagem de forma mais abstrata ou descritiva. Nesta fase a mesma passa a ser mais independente dos determinados ambientes da linguagem e responde com mais intensidade às suas próprias verbalizações e de terceiros. Skinner tem mérito em sua teoria, porque uma teoria psicológica da linguagem tem de explicar desde os primeiros enunciados da criança até as verbalizações mais abstrata, quer de um poeta, cientista ou matemático. Observando uma abordagem behaviorista do problema, conforme Robert F. Terwilliger (1968), chegam-se as mesmas conclusões de doutrinadores que defendem uma orientação muito mais linguística, uma vez que o comportamento é fato psicológico básico e uma teoria psicológica da linguagem tem de conter uma teoria do comportamento verbal. Enquanto um comportamento verbal se manifesta em unidades ou porções, um enunciado começa em determinado momento, com término também em momento determinado, assim, todo comportamento verbal se compõe desses enunciados.Como uma palavra não tem “realidade psicológica”, a menos que seja atingido um estágio tardio do desenvolvimento da linguagem, uma unidade básica não são palavras. A criança não tem noção que seus enunciados são formados de várias palavras. O comportamento da criança começa quando ela 6 usa a linguagem e as verbalizações só ocorrem após o aprendizado da linguagem. No entendimento de Parot (1978): "No que respeita ao mecanismo da aquisição da linguagem Skinner considera que, como para todo o comportamento, é o condicionamento operante que pode ter um papel importante: em presença de um certo estímulo (referência-objeto), o indivíduo emite uma certa resposta(uma palavra) que o ambiente reforça ou não(incompreensão das outras pessoas, correção pela mãe, obtenção do objeto...). O ambiente que condiciona uma tal aprendizagem inclui, evidentemente, todos os discursos entendidos pela criança, as realizações da sua língua materna e é a sua relação com o ambiente que explica a sua aquisição." (Parot, 1978, p. 122) Para Skinner, a unidade básica do comportamento é a sentença, e para muitos outros doutrinadores de orientação diversa, a sentença ou preposição também foram consideradas a unidade básica. Comportamento Verbal Segundo Banaco (1999), os analistas do comportamento usam o termo "comportamento verbal" como uma substituição à palavra "linguagem". Para Skinner, o termo "comportamento verbal" é para enfatizar que "linguagem é um comportamento modelado" e mantido por consequências e não é algo que alguém possua, ou uma entidade interna. Ou seja, o comportamento verbal é estabelecido e mantido por reforçamento mediado por outra pessoa. Para que haja um comportamento verbal, é necessário que se tenha um falante e um ouvinte. De acordo com Banaco (1999), o comportamento verbal de alguém depende de uma dada cultura para ser reforçado. Se alguém falar em japonês com alguém que não conhece esse idioma, provavelmente o seu comportamento não vai ser reforçado. Para reforçar um comportamento verbal, 7 aumentando a probabilidade de que ele ocorra novamente, é preciso que o ouvinte se comporte, reagindo ao comportamento do falante. Comportamento Verbal e linguagem Segundo Baum (1999), uma saudação manifesta através de um movimento de sobrancelhas, promovendo a comunicação, não é um exemplo de comportamento verbal, pois, todo comportamento verbal pode ser chamado de comunicação, mas o contrário disso, não. Vejamos, segundo Baum (1999) o comportamento verbal, por ser um comportamento operante depende das “consequências”, pois o comportamento verbal tende a vir a ocorrer somente em contextos onde se tenha a probabilidade de que este comportamento seja reforçado, por exemplo: Gerson e Silvia estão jantando, porém as batas de Gerson estão em sal, e o mesmo está próximo a Silvia. Gerson diz: “ - Me dá o sal, por favor?” A consequência deste pedido, será que Silvia lhe passe o sal, desta forma Gerson se “comporta” ou seja, movimenta seus lábios, sua língua e etc, isso gera um estímulo auditivo, o qual Silvia ouve, sendo assim a própria fala de Gerson ao dizer “Me dá o sal, por favor?” é reforçada pela entrega do sal através de Silvia. Segundo Baum (1999), podemos afirmar que a frase de Gerson é controlada por este reforçador, pois se ele estivesse sozinho ou se as batas estivessem salgadas o suficiente ou se até mesmo o sal estivesse próximo de si, a frase “Me da o sal, por favor?” não iria ocorrer. Falante e ouvinte Foi Skinner (1957) quem definiu o comportamento verbal como sendo o comportamento operante que exige a presença de uma outra pessoa para que este seja reforçado, visto que, esta outra pessoa, a qual reforça o comportamento vebal do falante é o chamado, ouvinte. Segundo Baum (1999), uma criança que está apreendendo a falar, é reforçada por seus pais, ao passo que, a cada pronuncia por exemplo como, “pa-a” ao invés de papai ou “ete” em vez de leite, é reforçado com aplausos, 8 elogios e etc, porém a situação muda a medida em que a criança cresce, pois o paa-a e o ete são aceitos até determinada idade, mas o mesmo ato verbal em uma criança que esteja com aproximadamente 4 anos de idade é corrigido e talvez punido levemente, ou seja, assim como outros operantes, o comportamento verbal é “modelado” ao longo do tempo através de aproximações que são então sucessivas. O papel do ouvinte Este papel segundo Baum (1999) é crucial, tanto para a criança que esta aprendendo a falar, quanto para o adulto que fala fluentemente, pois sem os ouvintes ou sem a própria comunidade verbal, o comportamento verbal não poderia vir a ser adquirido, pois, todos aprendem a medida em que se cresce e se participa da cultura a qual nos norteia, aprendemos a ser o ouvintes. Podemos ainda afirma, segundo Baum (1999) que aprendemos a responder as verbalizações que ouvimos dos outros, como por exemplo, a medida em que o tempo passa o reforço que é diferencial refina o ouvir da criança, sendo assim, quando um pai diz “pegue a bola vermelha” e a criança de fato pega a bola vermelha e não uma de outra cor, ela é aplaudida, ou seja, seu comportamento foi reforçado, e assim pode-se afirmar que o nosso comportamento como ouvinte é reforçado e também modelado. Falar consigo próprio Baum (1999) diz que há discordância entre os analistas de comportamento quando o assunto é considerar como comportamento verbal uma pessoa fala que fala com ela mesma. De acordo com o autor, suas respostas dependem de aceitarem ou não a ideia de que um episódio verbal falante ou ouvinte possam ser a mesma pessoa. Um exemplo é ao dirigir o carro para casa desconhecida, posso dizer para mim mesmo, ao chegar a um cruzamento, “Bem, aqui eu tenho que virar à esquerda”. Se então, como ouvinte, eu virar à esquerda, o meu ato verbal (a autoinstrução para virar à esquerda) terá sido reforçada . 9 Segundo Baum (1999), minha autoinstrução poderia ser dita em voz alta, ou poderia ser dita privada ou encobertamente, encoberta ou aberta minha fala comigo mesmo teria de resultar em mudança em meu comportamento como ouvinte, para ser chamado de comportamento verbal. Para Baum (1999), dentre os analistas de comportamento, aqueles que rejeitam a ideia de que falar consigo mesmo constitui comportamento verbal encaram esse tipo de fala como parte de uma unidade ampliada de ação, essas unidades ampliadas ou molares tem grande papel na abordagem do comportamento operante. Se dirigir o carro seguindo autoinstruções me levar a meu destino, isto é for reforçado mais frequentemente então eu o farei mais frequentemente. Comportamento Verbal Versus Linguagem Para Baum (1999), o comportamental verbal é diferente de linguagem. As palavras língua e linguagem quando usadas em frases como língua portuguesa ou linguagem de sinais da impressão de ser uma coisa, muitas vezes se fala linguagem como se fala de uma posse, algo que é adquirido, e depois utilizado. A ideia comum de que a linguagem é utilizada como instrumento, desperta todos os problemas do mentalismo. Segundo Baum (1999), o comportamento verbal compreende eventos concretos, e enquanto que linguagem é abstração. A língua portuguesa como conjunto de palavras e regras gramaticais para combina-las, é uma descrição rudimentar do comportamento verbal. Baum (1999) fala da teoria de Skinner do comportamento verbal, que quando dizemos que uma pessoa esta usando uma linguagem, o que em geral ela esta fazendo é comportamento verbal. Eventos como escrever um livro ou recitar um poema para si mesmo são exemplos de “uso de linguagem” que podem não ser considerados comportamento verbal, alguns casos de comportamento verbal, como acenar e apontar, podem não ser consideradas uso de linguagem. 10 Mandos e Tactos De acordo com Baum (1999), os operantes verbais servem para diversas situações de nossa vida diária. Os mais importantes são: pedir e informar. Skinner (1957) denominou de mando um tipo de operante que contém pedidos, ordens e conselhos. Por exemplo, alguém perguntar: Que horas são? é um mando, cujo reforçador é ouvir ou ver a hora correta. Quando um pai diz ao filho: Você deve estudar mais este ano, também é um mando, cujo o reforçador é o filho estudar mais. Conforme Baum (1999), os tactos são opiniões e observações. As respostas a perguntas, geralmente, são tactos. Quando alguém olha o relógio e me diz a hora certa, é um exemplo de tacto. Relatos verbais também se encaixam como tactos, por exemplo: Meu filho está usando uma camisa azul. O Desenvolvimento da linguagem para Staats Arthur W. Staats nasceu em 1924 foi professor da Universidade do Havaí sua carreira de trabalho fazia parte da psicologia comportamental, Staats se aposentou em 1999,era líder do movimento do behaviorismo social, paradigmático e psicológicas. Suas abordagens contribuíram nos estudos da psicologia da aprendizagem do desenvolvimento, comportamentos cognitivos e da linguagem. Quando estudamos Staats percebemos que sua abordagem lembra muito as teorias de Skinner. Neste trabalho iremos trabalhar com o desenvolvimento da aquisição da linguagem. Staats (1973) traz em sua abordagem comportamental a associação da linguagem, que é referente a tudo aquilo que é adquirido pelas experiências vividas,e pode se obter pelo comportamento humano. De acordo com o autor, a linguagem é uma transmissão cultural e pode ser adquirida pela aprendizagem do outro. Staats (1973) aborda no seu estudo exemplo de crianças recém-nascidas, trazendo nos primeiros meses a linguagem transferida pelo pai e pela mãe. Quando o bebé está na fase do condicionamento de sons vocais como: chorar, gritos e estágios de balbucios 11 que é vista pelos pais, os quais vão interpretar pelos seus reforçamentos e lhe trazendo uma resposta oral. Segundo Staats (1973), o desenvolvimento da linguagem infantil é dada através das condições do reforçamento que são apresentados pelas respostas faladas através dos pais: “Uma consequência é a aplicação sistemática e disciplinada reforçamento, nas primeiras podendo apressar e de idades, tornar o desenvolvimento da linguagemna criança mais eficiente...” (Staats, 1973, p. 128) De acordo com Staats (1973), para que o desenvolvimento seja mais amplo, é necessário que os pais tenham reforçamentos positivos para que possam modelar a linguagem dos seus filhos. Os reforçamentos condicionados são dados através dos sons, sorrisos, brincadeiras e balbucios como forma de estímulos sonoros para o bebé. Como retorno, há os barulhos, gemidos e sons que o próprio recém-nascido já apresenta. Com o desenvolvimento desta linguagem na criança, ela passará a adquirir a fala de acordo com o comportamento vocal dos adultos do seu ambiente de diferentes sons de comunidades. No momento em que a criança já está no nível de desenvolvimento mais elevado, quando solicitar as coisas como água, pode ser interpretada para o outro com vários modos de ou combinações.Muitas vezes a fala da criança pode não ser entendida. No momento em que a criança é estimulada a um questionamento como o que você disse? este reforçamento da criança pode ser retardado e outra resposta irá se tornar necessária novamente. Desenvolvimento do significado da Palavra Segundo Staats (1973),existem outros processos considerados importantes para o desenvolvimento da linguagem oral da pessoa, onde se é observado através de comportamento e de frases que ocorrem principalmente com crianças, no qual é colocado sílabas ou palavras que não sabem o 12 significado, e podem formar novas palavras através de estímulos verbais.Ou seja, pode-se ler, mas não compreender a palavra quando é realmente nova ou sem sentido. Staats (1963) afirma que o Significado é algo muito discutido mas de uma forma não objetiva, sendo muito importante para o dia a dia, essas discussões ocorrem com um olhar filosófico, o qual não contribuem cientificamente para o processo do real significado das palavras , e também não é avaliada como um processo do comportamento verbal, o significado ficou um pouco mais objetivo depois que ocorreu um aumento na compreensão do comportamento humano de uma forma científica, sendo possível através de experimentos que foram desenvolvidos. A aprendizagem da linguagem, de acordo com Staats (1973), é um processo muito semelhante ao condicionamento, referência Osgood dizendo que o significado de uma palavra surge de um pareamento com um objeto estimulo, os estímulos verbais, ou seja, sons das palavras são pareados com outros estímulos.É possível observar como exemplo crianças que estão em desenvolvimento aprendendo as palavras e associando há algum objeto ou estímulo. Quando uma mãe vai corrigir a criança dizendo não e a retira ou chama sua atenção por fazer algo, vai ocorrendo um pareamento sistemático dos estímulos verbal. De acordo com Staats (1973), a criança irá receber um estimulo auditivo, ele será pareado com um comportamento de não realizar determinada atitude quando ouvir a palavra não, sendo então para o senso comum que a criança aprendeu o significado da palavra, ocorrendo um pareamento ao estímulo verbal. Staats (1973) diz que as famílias de hábitos verbais ocorrem quando, as palavras são relacionadas entre si, ocorrendo na aprendizagem das crianças no decorrer de seu desenvolvimento, a criança pode ver um objeto e ensinar em que é um objeto redondo, mas também pode ser reforçada a dizer que é circular, e dependendo do objeto ela pode reforçar outros objetos da mesma forma. E com situações deste tipo ocorrem dois tipos de associação, primeiro sendo que essas respostas deveriam ser condicionadas a todos os objetos redondos como bola, melão, maçã, etc. As respostas orais deveriam ser condicionadas também pela resposta sensorial pela associação de objetos. 13 Segundo Staats (1973), a Família de hábito verbal se relaciona através de objetos semelhantes que acabam estimulando uma mesma resposta oral, tendo vários objetos com significados diferentes, ela gera então respostasignificado e resposta-palavra, esta associação vai ser realizada dependendo da força de associação que o indivíduo terá. Conforme Staats (1973), o desenvolvimento de Associação de palavras foi iniciado no fim do século XIX com experimentações, a associação mental e o significado já era trabalhado há muito tempo antes, porém depois de alguns anos que foi dado início ao trabalho mais aprofundado com a ajuda de filósofos e psicólogos , com o principal objetivo de analisar a mente do ser humano, seu interesse não era avaliar os comportamentos que surgiam como consequência do que se era produzido. No decorrer deste trabalho enumeras investigações e analises foram realizadas com o objetivo de estabelecer o conhecimento de como se formam as sequencias de respostas verbais. Neste trabalho não foi focado apenas com as variáveis que acabam determinando a formação da associação de palavras, mas o resultado que ela traz ao comportamento do individuo, um trabalho realizado até mesmo com as cadeias de resposta-palavra.Foi grande o número de resultados obtidos neste trabalho , avaliado através de complexos e comportamentos humanos, porém é necessário um constante trabalho para alcançar esta necessidade e compreensão total. Para Staats (1933),a hierarquia de resposta-palavra ocorre através da associação de palavras, a qual pode ser estimulada mais de uma resposta, formando uma hierarquia.Ela pode ocorrer em nossas vidas diárias pois as palavras acabam formando um encadeamento verbal. No decorrer do processo de desenvolvimento da criança, várias sequências verbais serão trabalhadas, ate mesmo antes de apresentar um determinado reforço, e a cada palavra ou frase formada será eliciada a um reforço realizando múltiplas associação. De acordo com Staats (1973), a cada resposta trabalhada produz um estímulo e repetição e a associação entre as respostas são formadas, isso pode ocorrer através de uma leitura, por exemplo, á partir do momento que o individuo aprende a ler e compreende os significados, a cada leitura ele terá uma associação isto deveria ocorrer também com os estímulos verbais, através de filmes, palestra, conversas, etc. 14 Staats (1973) diz que a função das associações de palavras é que uma resposta-palavra acaba gerando uma outra resposta- palavra, então através de experimentos e estudos pode-se observar que a cada objeto acaba eliciando uma palavra, tendo estímulos, respostas e associação, formando então uma cadeia de associação de palavras. Tinham como expectativa de que a associação seria um mediador de outras respostas a qual também foi realizada testes,mas como resultado perceberam que esta cadeia pode funcionar para determinados comportamentos, observável da pessoa variando de pessoa a pessoa dependendo das suas experiências passadas, pois formaria um certo número de associações e concluíram que neste caso por questão até mesmo de experiências, o indivíduo poderia estar habilitado a resolver um problema, a ajustar-se em uma nova situação. A facilidade de associação irá depender das experiências anteriores e de outras associações. Função da Linguagem Segundo Staats (1973), as atividades de comunicação, raciocínio, aprendizagem de matemática, originalidade, composição e comportamento cientifico envolvem comportamento verbal previamente adquirido mesmo quando possa estar também ocorrendo nova aprendizagem verbal.A comunicação pode ser considerada como uma linguagem escrita ou falada, emitida por um individuo.Palavras com significado sem referentes empíricos estabelecidas através de comunicação. Existem palavras na nossa linguagem que devido ao fato e eliciarem significados intensos, parecem se referir a objetos “reais” enquanto que na verdade, visto que tais objetos não existem, adquirem seus significados somente através do pareamento com outras palavras. Muitas palavras parecem ter algum significado que foi condicionado com base em condicionamento de ordem superior, em outros termos, através de comunicação. O papel das sequencias resposta-palavra na comunicação Conforme Staats (1973), as cadeias de respostas podem não mediar qualquer tipo de comportamento motor, a única função da sequência pode ser uma resposta apropriada a determinadas situações, tais como os testes escolares ou conversa de sala de visitas. Muitas comunicações podem ser somente efetivas para estabelecer cadeias de resposta/palavra.O contato 15 humano não ocorre de uma maneira automática. A comunicação pode ou não ser eficaz. O efeito da comunicação pode ocorrer em ambas as direções e ainda assim continuar a ser uma função da historia de aprendizagem do indivíduo. Embora os estímulos verbais sejam recebidos e as sequências de resposta verbal sejam estabelecidas, muitas comunicações, porém podem fracassar porque não existem os comportamentos instrumentais para serem mediados.Uma interpretação de resolução complexa de problema, envolvendo linguagem em termos de aprendizagem. Função da Linguagem Biaggio (1988) se baseia em duas correntes antagônicas: behaviorista, a qual esta ligada a aprendizagem; e a psicolingüística. Segundo Biaggio (1988), a linha Behaviorista é empirista e baseia-se na teoria do condicionamento aplicada à linguagem, proposta por Skinner,Staats e Mowrer, além disso considera a Psicologia como ciência natural, envolvendo a inclusão dos processos de mediação, os quais expliquem a aquisição de significados e de sintaxe. Já a Psicolinguística possui o paradigma racionalista, que defende o inatismo e baseia-se nas ideias de Chomsky, propondo esclarecimentos sobre o desenvolvimento da linguagem. Para Staats (1973), o desenvolvimento da linguagem não é função da maturação, mas sim do treinamento introduzido espontaneamente pelos adultos o resulta na expansão das frases. As sequências de duas ou mais palavras se tornam unidades sendo assim associadas a outras unidades, até à estrutura gramatical complexa que é a linguagem dos adultos. A criança nasce sem conhecer os vocabulários, porém, através da interação com o meio ela adquire a linguagem. A linguagem está ligada ao pensamento, ela serve como uma solução de problemas à qual a criança pode aplicar os conhecimentos que já foi desenvolvido. Portanto, a linguagem das crianças reflete suas capacidades cognitivas do momento. Segundo Furth, o desenvolvimento intelectual das crianças surdas, apesar de se processar de forma mais lenta, passa pelos mesmos estágios, chegando ao mesmo nível das crianças com audição normal. Assim a Psicolinguística, ou teoria da aprendizagem, abrange 16 o condicionamento, o reforço, os estímulos ambientais e a imitação para que assim haja a aquisição da linguagem. As atividades de comunicação, raciocínio, aprendizagem de matemática, originalidade, composição e comportamento cientifico envolvem comportamento verbal previamente adquirido mesmo quando possa estar também ocorrendo nova aprendizagem verbal. A comunicação pode ser considerada como uma linguagem escrita ou falada, emitida por um individuo. Existem palavras na nossa linguagem que devido ao fato e eliciarem significados intensos, parecem se referir a objetos “reais” enquanto que na verdade, visto que tais objetos não existem, adquirem seus significados somente através do pareamento com outras palavras. Muitas palavras parecem ter algum significado que foi condicionado com base em condicionamento de ordem superior, em outros termos, através de comunicação. As cadeias de respostas podem não mediar qualquer tipo de comportamento motor, a única função da sequencia pode ser uma resposta apropriada a determinadas situações, tais como os testes escolares ou conversa de sala de visitas. Muitas comunicações podem ser somente efetivas para estabelecer cadeias de resposta/palavra. O contato humano não ocorre de uma maneira automática. A comunicação pode ou não ser eficaz. O efeito da comunicação pode ocorrer em ambas as direções e ainda assim continuar a ser uma função da historia de aprendizagem do individuo. Embora os estímulos verbais sejam recebidos e as sequencias de resposta verbal sejam estabelecidas, muitas comunicações, porem podem fracassar porque não existem os comportamentos instrumentais para serem mediados. 17 Conclusão A partir deste trabalho foi possível observar mais afundo a questão a cerda da “linguagem” e do “comportamento verbal”. Foi possível denotar o desenvolver destes na infância, segundo a área comportamental, analisando então as teorias de B. F. Skinner e o complemento de W. Staats, como esta linguagem/comportamento verbal, surge através das culturas e a convivência em uma sociedade que ira formar toda uma estrutura da linguagem. O comportamento verbal de Skinner e a linguagem de Staats frisam que tais serão desenvolvidos desde a infância, pois, o primeiro momento que uma criança tem um condicionamento entre a palavra e objeto, a cadeia de palavras interligadas que para elas podem representar o mesmo significado, assim aprendem a palavra e desenvolvem o comportamento verbal/linguagem, mas nem sempre sabem o significado apresentando apenas um comportamento que é reforçador em determinadas situações. Deve-se destacar que Skinner faz uma substituição da palavra “linguagem” para aquilo que ele denomina de “comportamento verbal”, pois este comportamento é modelado e mantido através de consequências, ou seja, para ele é algo que vai ocorrendo ao longo do tempo e não se diz de uma entidade que já possuímos ou algo interno. Sendo assim, este comportamento como sendo operante, o qual é modelado, ocorrerá através de um comportamento que é reforçado através de outras pessoas, e todo este comportamento verbal requer então um falante e um ouvinte, sendo que, por vezes falante e ouvinte podem ser a mesma pessoa. Staats fala que a linguagem não ocorre através de uma maturação, mas sim reflexo de comportamentos dos adultos, a criança nasce sem saber nada sobre a linguagem, mas com o meio em que convive ira se estruturar com o passar de seu desenvolvimento. Ainda que denominem em termos diferentes, Skinner e Staats frisam a importância de que não nascemos com algo predestinado a cerca da linguagem e do comportamento verbal, mas sim que iremos desenvolver este comportamento na infância e ao longo do tempo tais comportamentos serão mantidos ou não, através do reforço. 18 Referencias Bibliográficas BAUM, William M., Compreender o behaviorismo: Ciência, Comportamento e Cultura – Porto Alegre: Editora Artes Médicas Sul Ltda., 1999 Banaco, R. A. Sobre Comportamento e Cognição: aspectos teóricos, metodológicos e de formação em análise do comportamento e terapia cognitivista. Vol. 1 – 2ª ed. Santo André, SP: ARBytes, 1999. TERWILLIGER, Robert F. Psicologia da Linguagem. São Paulo, Ed. Cultrix, 1968. PAROT, Françoise. Algumas notas sobre as teorias da aquisição da linguagem: Piaget, Chomsky, Skinner. Análise Psicológica, v. II, n. 1, p. 115-124, 1978. STAATS, Arthur W. , STAATS, Carolyn K., Comportamento Humano Complexo. Editora Pedagógica de São Paulo, 1973. 19