skinner e staats

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FACULDADES INTEGRADAS DO BRASIL - UNIBRASIL
SKINNER E STAATS
CURITIBA
2014
FACULDADES INTEGRADAS DO BRASIL - UNIBRASIL
LUANA G. CAVALHEIRO
KAMILLA SILVA
SUELEN CECCON
THAIS DOS S. ALVES
VANESSA PRISCILA
VANESSA VASCONCELOS
SKINNER E STAATS
Trabalho apresentado para a
disciplina
de
Psicologia
e
Linguagem, do 6º período do curso
de Psicologia, noturno, turma A.
Professora: Dulce Mara Gaio.
CURITIBA
2014
2
Sumário
Introdução..........................................................................................................04
A teoria do Comportamento Verbal por Skinner..........................................05
Comportamento Verbal......................................................................................07
Comportamento Verbal e linguagem.................................................................08
Falante e ouvinte...............................................................................................08
O papel do ouvinte.............................................................................................09
Falar consigo próprio.........................................................................................09
Comportamento Vernal vs Linguagem..............................................................10
Mandos e Tactos...............................................................................................11
O Desenvolvimento da linguagem para Staats.............................................11
Desenvolvimento do significado da palavra......................................................12
O papel das sequencias resposta-palavra na comunicação.............................15
Função da linguagem........................................................................................16
Conclusão..........................................................................................................18
Referências........................................................................................................20
3
Introdução
O presente trabalho foi feito a partir das teorias de B. F. Skinner e W.
Staats,
ambos propõe
teorias a
cerca daquilo
que denominam de
“comportamento verbal” e “linguagem”.
Frisamos aqui, Skinner em substituição a palavra linguagem, usa o
termo “comportamento verbal”, o qual como sendo um comportamento
operante exige a presença de um “falante” e de um “ouvinte” para que este
comportamento seja reforçado. Skinner também denota a grande importância
do papel de “ouvinte”. Já Staats se refere à dita “linguagem” como sendo tudo
aquilo que é adquirido dentro de uma cultura ou seja, adquirido através da
transmissão cultural. Staats também frisa a questão do desenvolvimento da
linguagem. A seguir, discutiremos de forma mais ampla tais conceitos teóricos.
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A teoria do comportamento verbal elaborada por Skinner
De acordo com Robert F. Terwilliger (1968), para Skinner, a experiência
planejada é considerada a base do conhecimento. Fica clara a orientação
empirista dessa abordagem: o conhecimento é resultado direto da experiência.
Para Robert F. Terwilliger (1968), Skinner não se preocupou com
processos intermediários, com o que hipoteticamente poderia ocorrer na mente
do indivíduo durante o processo de aprendizagem, mas preocupou-se como
controle de comportamento observável (estímulo/resposta). O comportamento,
portanto, é função das condições externas.Para o estudioso,o conhecimento é
estruturado indutivamente, via experiência.
De acordo com Parot (1978):
"Ao nível da aquisição da linguagem é
necessário
para
Skinner
considerar
dois
elementos,como aliás para todos os comportamentos:
a
história
dos
reforçamentos
que
o
sujeito
experimentou e a situação na qual o comportamento
é realizado. Para conhecer a primeira, é mensário ter
em conta as práticas da comunidade verbal, na qual
vive a criança." (Parot, 1978, p. 121)
Assim, conforme Robert F. Terwilliger (1968), o Skinner entende
ser a linguagem aprendida, de começo a fim, de acordo com as leis do
condicionamento operativo e sustenta ainda que a produção de sons, bem
como a produção de certos fonemas estão operativamente condicionadas.
Admitindo-se ainda que o aprendizado acontece de acordo com esse esquema,
faz-se necessário admitir que a criança seja capaz de proporcionar reforço a si
mesma, uma vez que não se pode esperar que os pais possam ou tenham
condições de executar de forma correta essa função. Mesmo contribuindo de
forma parcial, isto não é suficiente para preencher esse papel.
Robert F. Terwilliger (1968) relata que para o Skinner, as crianças
demonstram imenso prazer na produção de sons. Sua teoria é elaborada de tal
forma, que as verbalizações da própria criança e de terceiros se tornam reforço
5
per se, ou seja, são reforços secundários ou aprendidos, para usar a
terminologia E-R típica de Skinner.
Segundo Parot (1978, p. 122) "Resta ao psicólogo estudar um
mecanismogeral
de
aquisição
e
de
evolução
dos
comportamentos:o
condicionamento operante".
De acordo com Robert F. Terwilliger (1968), uma vez reconhecido que a
criança produz sons, o próximo passo é explicar como ela adquire o domínio da
linguagem. Skinner é o único estudioso de importância que buscou considerar
os fatos que tenta explicar, percebendo que nem todos os enunciados
linguísticos são iguais, já que diferentes enunciados desempenham funções
diferentes. Segundo Skinner, antes de qualquer coisa, deve-se desenvolver
uma tipologia de linguagem, com base em princípios bem fundados e relativos
à ordem psicológica e ao desenvolvimento.
Segundo Robert F. Terwilliger (1968),primeiro a linguagem da criança
começa com enunciados breves, de natureza de ordens ou exigências e
depois, passa a usar a linguagem de forma mais abstrata ou descritiva. Nesta
fase a mesma passa a ser mais independente dos determinados ambientes da
linguagem e responde com mais intensidade às suas próprias verbalizações e
de terceiros. Skinner tem mérito em sua teoria, porque uma teoria psicológica
da linguagem tem de explicar desde os primeiros enunciados da criança até as
verbalizações mais abstrata, quer de um poeta, cientista ou matemático.
Observando uma abordagem behaviorista do problema, conforme
Robert F. Terwilliger (1968), chegam-se as mesmas conclusões de
doutrinadores que defendem uma orientação muito mais linguística, uma vez
que o comportamento é fato psicológico básico e uma teoria psicológica da
linguagem tem de conter uma teoria do comportamento verbal. Enquanto um
comportamento verbal se manifesta em unidades ou porções, um enunciado
começa em determinado momento, com término também em momento
determinado,
assim,
todo
comportamento
verbal
se
compõe
desses
enunciados.Como uma palavra não tem “realidade psicológica”, a menos que
seja atingido um estágio tardio do desenvolvimento da linguagem, uma unidade
básica não são palavras. A criança não tem noção que seus enunciados são
formados de várias palavras. O comportamento da criança começa quando ela
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usa a linguagem e as verbalizações só ocorrem após o aprendizado da
linguagem.
No entendimento de Parot (1978):
"No que respeita ao mecanismo da aquisição da
linguagem Skinner considera que, como para todo o
comportamento, é o condicionamento operante que
pode ter um papel importante: em presença de um certo
estímulo (referência-objeto), o indivíduo emite uma certa
resposta(uma palavra) que o ambiente reforça ou
não(incompreensão das outras pessoas, correção pela
mãe, obtenção do objeto...). O ambiente que condiciona
uma tal aprendizagem inclui, evidentemente, todos os
discursos entendidos pela criança, as realizações da
sua língua materna e é a sua relação com o ambiente
que explica a sua aquisição." (Parot, 1978, p. 122)
Para Skinner, a unidade básica do comportamento é a sentença, e para
muitos outros doutrinadores de orientação diversa, a sentença ou preposição
também foram consideradas a unidade básica.
Comportamento Verbal
Segundo Banaco (1999), os analistas do comportamento usam o termo
"comportamento verbal" como uma substituição à palavra "linguagem".
Para Skinner, o termo "comportamento verbal" é para enfatizar que
"linguagem é um comportamento modelado" e mantido por consequências e
não é algo que alguém possua, ou uma entidade interna.
Ou seja, o
comportamento verbal é estabelecido e mantido por reforçamento mediado por
outra pessoa. Para que haja um comportamento verbal, é necessário que se
tenha um falante e um ouvinte.
De acordo com Banaco (1999), o comportamento verbal de alguém
depende de uma dada cultura para ser reforçado. Se alguém falar em japonês
com
alguém
que
não
conhece
esse
idioma,
provavelmente
o
seu
comportamento não vai ser reforçado. Para reforçar um comportamento verbal,
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aumentando a probabilidade de que ele ocorra novamente, é preciso que o
ouvinte se comporte, reagindo ao comportamento do falante.
Comportamento Verbal e linguagem
Segundo Baum (1999), uma saudação manifesta através de um
movimento de sobrancelhas, promovendo a comunicação, não é um exemplo
de comportamento verbal, pois, todo comportamento verbal pode ser chamado
de comunicação, mas o contrário disso, não.
Vejamos, segundo Baum (1999) o comportamento verbal, por ser um
comportamento operante depende das “consequências”, pois o comportamento
verbal tende a vir a ocorrer somente em contextos onde se tenha a
probabilidade de que este comportamento seja reforçado, por exemplo:
Gerson e Silvia estão jantando, porém as batas de Gerson estão em sal,
e o mesmo está próximo a Silvia. Gerson diz: “ - Me dá o sal, por favor?” A
consequência deste pedido, será que Silvia lhe passe o sal, desta forma
Gerson se “comporta” ou seja, movimenta seus lábios, sua língua e etc, isso
gera um estímulo auditivo, o qual Silvia ouve, sendo assim a própria fala de
Gerson ao dizer “Me dá o sal, por favor?” é reforçada pela entrega do sal
através de Silvia.
Segundo Baum (1999), podemos afirmar que a frase de Gerson é
controlada por este reforçador, pois se ele estivesse sozinho ou se as batas
estivessem salgadas o suficiente ou se até mesmo o sal estivesse próximo de
si, a frase “Me da o sal, por favor?” não iria ocorrer.
Falante e ouvinte
Foi Skinner (1957) quem definiu o comportamento verbal como sendo o
comportamento operante que exige a presença de uma outra pessoa para que
este seja reforçado, visto que, esta outra pessoa, a qual reforça o
comportamento vebal do falante é o chamado, ouvinte.
Segundo Baum (1999), uma criança que está apreendendo a falar, é
reforçada por seus pais, ao passo que, a cada pronuncia por exemplo como,
“pa-a” ao invés de papai ou “ete” em vez de leite, é reforçado com aplausos,
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elogios e etc, porém a situação muda a medida em que a criança cresce, pois o
paa-a e o ete são aceitos até determinada idade, mas o mesmo ato verbal em
uma criança que esteja com aproximadamente 4 anos de idade é corrigido e
talvez punido levemente, ou seja, assim como outros operantes, o
comportamento verbal é “modelado” ao longo do tempo através de
aproximações que são então sucessivas.
O papel do ouvinte
Este papel segundo Baum (1999) é crucial, tanto para a criança que esta
aprendendo a falar, quanto para o adulto que fala fluentemente, pois sem os
ouvintes ou sem a própria comunidade verbal, o comportamento verbal não
poderia vir a ser adquirido, pois, todos aprendem a medida em que se cresce e
se participa da cultura a qual nos norteia, aprendemos a ser o ouvintes.
Podemos ainda afirma, segundo Baum (1999) que aprendemos a
responder as verbalizações que ouvimos dos outros, como por exemplo, a
medida em que o tempo passa o reforço que é diferencial refina o ouvir da
criança, sendo assim, quando um pai diz “pegue a bola vermelha” e a criança
de fato pega a bola vermelha e não uma de outra cor, ela é aplaudida, ou seja,
seu comportamento foi reforçado, e assim pode-se afirmar que o nosso
comportamento como ouvinte é reforçado e também modelado.
Falar consigo próprio
Baum (1999) diz que há discordância entre os analistas de
comportamento quando o assunto é considerar como comportamento verbal
uma pessoa fala que fala com ela mesma. De acordo com o autor, suas
respostas dependem de aceitarem ou não a ideia de que um episódio verbal
falante ou ouvinte possam ser a mesma pessoa. Um exemplo é ao dirigir o
carro para casa desconhecida, posso dizer para mim mesmo, ao chegar a um
cruzamento, “Bem, aqui eu tenho que virar à esquerda”. Se então, como
ouvinte, eu virar à esquerda, o meu ato verbal (a autoinstrução para virar à
esquerda) terá sido reforçada .
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Segundo Baum (1999), minha autoinstrução poderia ser dita em voz alta,
ou poderia ser dita privada ou encobertamente, encoberta ou aberta minha fala
comigo mesmo teria de resultar em mudança em meu comportamento como
ouvinte, para ser chamado de comportamento verbal.
Para Baum (1999), dentre os analistas de comportamento, aqueles que
rejeitam a ideia de que falar consigo mesmo constitui comportamento verbal
encaram esse tipo de fala como parte de uma unidade ampliada de ação,
essas unidades ampliadas ou molares tem grande papel na abordagem do
comportamento operante. Se dirigir o carro seguindo autoinstruções me levar a
meu destino, isto é for reforçado mais frequentemente então eu o farei mais
frequentemente.
Comportamento Verbal Versus Linguagem
Para Baum (1999), o comportamental verbal é diferente de linguagem.
As palavras língua e linguagem quando usadas em frases como língua
portuguesa ou linguagem de sinais da impressão de ser uma coisa, muitas
vezes se fala linguagem como se fala de uma posse, algo que é adquirido, e
depois utilizado. A ideia comum de que a linguagem é utilizada como
instrumento, desperta todos os problemas do mentalismo.
Segundo Baum (1999), o comportamento verbal compreende eventos
concretos, e enquanto que linguagem é abstração. A língua portuguesa como
conjunto de palavras e regras gramaticais para combina-las, é uma descrição
rudimentar do comportamento verbal.
Baum (1999) fala da teoria de Skinner do comportamento verbal, que
quando dizemos que uma pessoa esta usando uma linguagem, o que em geral
ela esta fazendo é comportamento verbal. Eventos como escrever um livro ou
recitar um poema para si mesmo são exemplos de “uso de linguagem” que
podem não ser considerados comportamento verbal, alguns casos de
comportamento verbal, como acenar e apontar, podem não ser consideradas
uso de linguagem.
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Mandos e Tactos
De acordo com Baum (1999), os operantes verbais servem para
diversas situações de nossa vida diária. Os mais importantes são: pedir e
informar.
Skinner (1957) denominou de mando um tipo de operante que contém
pedidos, ordens e conselhos. Por exemplo, alguém perguntar: Que horas são?
é um mando, cujo reforçador é ouvir ou ver a hora correta. Quando um pai diz
ao filho: Você deve estudar mais este ano, também é um mando, cujo o
reforçador é o filho estudar mais.
Conforme Baum (1999), os tactos são opiniões e observações. As
respostas a perguntas, geralmente, são tactos. Quando alguém olha o relógio
e me diz a hora certa, é um exemplo de tacto. Relatos verbais também se
encaixam como tactos, por exemplo: Meu filho está usando uma camisa azul.
O Desenvolvimento da linguagem para Staats
Arthur W. Staats nasceu em 1924 foi professor da Universidade do
Havaí sua carreira de trabalho fazia parte da psicologia comportamental, Staats
se aposentou em 1999,era líder do movimento do behaviorismo social,
paradigmático e psicológicas. Suas abordagens contribuíram nos estudos da
psicologia da aprendizagem do desenvolvimento, comportamentos cognitivos e
da linguagem. Quando estudamos Staats percebemos que sua abordagem
lembra muito as teorias de Skinner. Neste trabalho iremos trabalhar com o
desenvolvimento da aquisição da linguagem.
Staats (1973) traz em sua abordagem comportamental a associação da
linguagem, que é referente a tudo aquilo que é adquirido pelas experiências
vividas,e pode se obter pelo comportamento humano. De acordo com o autor,
a linguagem é uma transmissão cultural e pode ser adquirida pela
aprendizagem do outro.
Staats (1973) aborda no seu estudo exemplo de
crianças recém-nascidas, trazendo nos primeiros meses a linguagem
transferida pelo pai e pela mãe. Quando o bebé está na fase do
condicionamento de sons vocais como: chorar, gritos e estágios de balbucios
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que é vista pelos pais, os quais vão interpretar pelos seus reforçamentos e lhe
trazendo uma resposta oral.
Segundo Staats (1973), o desenvolvimento da linguagem infantil é dada
através das condições do reforçamento que são apresentados pelas respostas
faladas através dos pais:
“Uma consequência é a aplicação
sistemática
e
disciplinada
reforçamento,
nas
primeiras
podendo
apressar
e
de
idades,
tornar
o
desenvolvimento da linguagemna criança
mais eficiente...” (Staats, 1973, p. 128)
De acordo com Staats (1973), para que o desenvolvimento seja mais
amplo, é necessário que os pais tenham reforçamentos positivos para que
possam modelar a linguagem dos seus filhos. Os reforçamentos condicionados
são dados através dos sons, sorrisos, brincadeiras e balbucios como forma de
estímulos sonoros para o bebé. Como retorno, há os barulhos, gemidos e sons
que o próprio recém-nascido já apresenta. Com o desenvolvimento desta
linguagem na criança, ela passará a adquirir a fala de acordo com o
comportamento vocal dos adultos do seu ambiente de diferentes sons de
comunidades. No momento em que a criança já está no nível de
desenvolvimento mais elevado, quando solicitar as coisas como água, pode ser
interpretada para o outro com vários modos de ou combinações.Muitas vezes a
fala da criança pode não ser entendida. No momento em que a criança é
estimulada a um questionamento como o que você disse? este reforçamento
da criança pode ser retardado e outra resposta irá se tornar necessária
novamente.
Desenvolvimento do significado da Palavra
Segundo
Staats
(1973),existem
outros
processos
considerados
importantes para o desenvolvimento da linguagem oral da pessoa, onde se é
observado através de comportamento e de frases que ocorrem principalmente
com crianças, no qual é colocado sílabas ou palavras
que não sabem o
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significado, e podem formar novas palavras através de estímulos verbais.Ou
seja, pode-se ler, mas não compreender a palavra quando é realmente nova ou
sem sentido.
Staats (1963) afirma que o Significado é algo muito discutido mas de
uma forma não objetiva, sendo muito importante para o dia a dia, essas
discussões ocorrem com um olhar filosófico, o qual não contribuem
cientificamente para o processo do real significado das palavras , e também
não é avaliada como um processo do comportamento verbal, o significado ficou
um pouco mais objetivo depois que ocorreu um aumento na compreensão do
comportamento humano de uma forma científica, sendo possível através de
experimentos que foram desenvolvidos.
A aprendizagem da linguagem, de acordo com Staats (1973), é um
processo muito semelhante ao condicionamento, referência Osgood dizendo
que o significado de uma palavra surge de um pareamento com um objeto
estimulo, os estímulos verbais, ou seja, sons das palavras são pareados com
outros estímulos.É possível observar como exemplo crianças que estão em
desenvolvimento aprendendo as palavras e associando há algum objeto ou
estímulo. Quando uma mãe vai corrigir a criança dizendo não e a retira ou
chama sua atenção por fazer algo, vai ocorrendo um pareamento sistemático
dos estímulos verbal.
De acordo com Staats (1973), a criança irá receber um estimulo auditivo,
ele será pareado com um comportamento de não realizar determinada atitude
quando ouvir a palavra não, sendo então para o senso comum que a criança
aprendeu o significado da palavra, ocorrendo um pareamento ao estímulo
verbal.
Staats (1973) diz que as famílias de hábitos verbais ocorrem quando, as
palavras são relacionadas entre si, ocorrendo na aprendizagem das crianças
no decorrer de seu desenvolvimento, a criança pode ver um objeto e ensinar
em que é um objeto redondo, mas também pode ser reforçada a dizer que é
circular, e dependendo do objeto ela pode reforçar outros objetos da mesma
forma. E com situações deste tipo ocorrem dois tipos de associação, primeiro
sendo que essas respostas deveriam ser condicionadas a todos os objetos
redondos como bola, melão, maçã, etc. As respostas orais deveriam ser
condicionadas também pela resposta sensorial pela associação de objetos.
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Segundo Staats (1973), a Família de hábito verbal se relaciona através
de objetos semelhantes que acabam estimulando uma mesma resposta oral,
tendo vários objetos com significados diferentes, ela gera então respostasignificado e resposta-palavra, esta associação vai ser realizada dependendo
da força de associação que o indivíduo terá.
Conforme Staats (1973), o desenvolvimento de Associação de palavras
foi iniciado no fim do século XIX com experimentações, a associação mental e
o significado já era trabalhado há muito tempo antes, porém depois de alguns
anos que foi dado início ao trabalho mais aprofundado com a ajuda de filósofos
e psicólogos , com o principal objetivo de analisar a mente do ser humano, seu
interesse não era avaliar os comportamentos que surgiam como consequência
do que se era produzido. No decorrer deste trabalho enumeras investigações e
analises foram realizadas com o objetivo de estabelecer o conhecimento de
como se formam as sequencias de respostas verbais.
Neste trabalho não foi focado apenas com as variáveis que acabam
determinando a formação da associação de palavras, mas o resultado que ela
traz ao comportamento do individuo, um trabalho realizado até mesmo com as
cadeias de resposta-palavra.Foi grande o número de resultados obtidos neste
trabalho , avaliado através de complexos e comportamentos humanos, porém é
necessário um constante trabalho para alcançar esta necessidade e
compreensão total.
Para Staats (1933),a hierarquia de resposta-palavra ocorre através da
associação de palavras, a qual pode ser estimulada mais de uma resposta,
formando uma hierarquia.Ela pode ocorrer em nossas vidas diárias pois as
palavras acabam formando um encadeamento verbal.
No decorrer do processo de desenvolvimento da criança, várias
sequências verbais serão trabalhadas, ate mesmo antes de apresentar um
determinado reforço, e a cada palavra ou frase formada será eliciada a um
reforço realizando múltiplas associação. De acordo com Staats (1973), a cada
resposta trabalhada produz um estímulo e repetição e a associação entre as
respostas são formadas, isso pode ocorrer através de uma leitura, por
exemplo, á partir do momento que o individuo aprende a ler e compreende os
significados, a cada leitura ele terá uma associação isto deveria ocorrer
também com os estímulos verbais, através de filmes, palestra, conversas, etc.
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Staats (1973) diz que a função das associações de palavras é que uma
resposta-palavra acaba gerando uma outra resposta- palavra, então através de
experimentos e estudos pode-se observar que a cada objeto acaba eliciando
uma palavra, tendo estímulos, respostas e associação, formando então uma
cadeia de associação de palavras. Tinham como expectativa de que a
associação seria um mediador de outras respostas a qual também foi realizada
testes,mas como resultado perceberam que esta cadeia pode funcionar para
determinados comportamentos, observável da pessoa variando de pessoa a
pessoa dependendo das suas experiências passadas, pois formaria um certo
número de associações e concluíram que neste caso por questão até mesmo
de experiências, o indivíduo poderia estar habilitado a resolver um problema, a
ajustar-se em uma nova situação. A facilidade de associação irá depender das
experiências anteriores e de outras associações. Função da Linguagem
Segundo Staats (1973), as atividades de comunicação, raciocínio,
aprendizagem de matemática, originalidade, composição e comportamento
cientifico envolvem comportamento verbal previamente adquirido mesmo
quando possa estar também ocorrendo nova aprendizagem verbal.A
comunicação pode ser considerada como uma linguagem escrita ou falada,
emitida por um individuo.Palavras com significado sem referentes empíricos
estabelecidas através de comunicação. Existem palavras na nossa linguagem
que devido ao fato e eliciarem significados intensos, parecem se referir a
objetos “reais” enquanto que na verdade, visto que tais objetos não existem,
adquirem seus significados somente através do pareamento com outras
palavras. Muitas palavras parecem ter algum significado que foi condicionado
com base em condicionamento de ordem superior, em outros termos, através
de comunicação.
O papel das sequencias resposta-palavra na comunicação
Conforme Staats (1973), as cadeias de respostas podem não mediar
qualquer tipo de comportamento motor, a única função da sequência pode ser
uma resposta apropriada a determinadas situações, tais como os testes
escolares ou conversa de sala de visitas. Muitas comunicações podem ser
somente efetivas para estabelecer cadeias de resposta/palavra.O contato
15
humano não ocorre de uma maneira automática. A comunicação pode ou não
ser eficaz. O efeito da comunicação pode ocorrer em ambas as direções e
ainda assim continuar a ser uma função da historia de aprendizagem do
indivíduo. Embora os estímulos verbais sejam recebidos e as sequências de
resposta verbal sejam estabelecidas, muitas comunicações, porém podem
fracassar porque não existem os comportamentos instrumentais para serem
mediados.Uma interpretação de resolução complexa de problema, envolvendo
linguagem em termos de aprendizagem.
Função da Linguagem
Biaggio (1988) se baseia em duas correntes antagônicas: behaviorista, a
qual esta ligada a aprendizagem; e a psicolingüística. Segundo Biaggio (1988),
a
linha
Behaviorista
é empirista
e
baseia-se
na teoria
do
condicionamento aplicada à linguagem, proposta por Skinner,Staats e Mowrer,
além disso considera a Psicologia como ciência natural, envolvendo a inclusão
dos processos de mediação, os quais expliquem a aquisição de significados e
de sintaxe. Já a Psicolinguística possui o paradigma racionalista, que defende
o inatismo e baseia-se nas ideias de Chomsky, propondo esclarecimentos
sobre o desenvolvimento da linguagem.
Para Staats (1973), o desenvolvimento da linguagem não é função da
maturação, mas sim do treinamento introduzido espontaneamente pelos
adultos o resulta na expansão das frases. As sequências de duas ou mais
palavras se tornam unidades sendo assim associadas a outras unidades, até à
estrutura gramatical complexa que é a linguagem dos adultos. A criança nasce
sem conhecer os vocabulários, porém, através da interação com o meio ela
adquire a linguagem.
A linguagem está ligada ao pensamento, ela serve como uma solução
de problemas à qual a criança pode aplicar os conhecimentos que já foi
desenvolvido. Portanto, a linguagem das crianças reflete suas capacidades
cognitivas do momento. Segundo Furth, o desenvolvimento intelectual das
crianças surdas, apesar de se processar de forma mais lenta, passa pelos
mesmos estágios, chegando ao mesmo nível das crianças com audição
normal. Assim a Psicolinguística, ou teoria da aprendizagem, abrange
16
o condicionamento, o reforço, os estímulos ambientais e a imitação para que
assim haja a aquisição da linguagem.
As atividades de comunicação, raciocínio, aprendizagem de matemática,
originalidade,
composição
e
comportamento
cientifico
envolvem
comportamento verbal previamente adquirido mesmo quando possa estar
também ocorrendo nova aprendizagem verbal. A comunicação pode ser
considerada como uma linguagem escrita ou falada, emitida por um individuo.
Existem palavras na nossa linguagem que devido ao fato e eliciarem
significados intensos, parecem se referir a objetos “reais” enquanto que na
verdade, visto que tais objetos não existem, adquirem seus significados
somente através do pareamento com outras palavras. Muitas palavras parecem
ter algum significado que foi condicionado com base em condicionamento de
ordem superior, em outros termos, através de comunicação.
As cadeias de respostas podem não mediar qualquer tipo de
comportamento motor, a única função da sequencia pode ser uma resposta
apropriada a determinadas situações, tais como os testes escolares ou
conversa de sala de visitas. Muitas comunicações podem ser somente efetivas
para estabelecer cadeias de resposta/palavra.
O contato humano não ocorre de uma maneira automática. A
comunicação pode ou não ser eficaz. O efeito da comunicação pode ocorrer
em ambas as direções e ainda assim continuar a ser uma função da historia de
aprendizagem do individuo. Embora os estímulos verbais sejam recebidos e as
sequencias de resposta verbal sejam estabelecidas, muitas comunicações,
porem podem fracassar porque não existem os comportamentos instrumentais
para serem mediados.
17
Conclusão
A partir deste trabalho foi possível observar mais afundo a questão a
cerda da “linguagem” e do “comportamento verbal”. Foi possível denotar o
desenvolver destes na infância, segundo a área comportamental, analisando
então as teorias de B. F. Skinner e o complemento de W. Staats, como esta
linguagem/comportamento verbal, surge através das culturas e a convivência
em uma sociedade que ira formar toda uma estrutura da linguagem.
O comportamento verbal de Skinner e a linguagem de Staats frisam que
tais serão desenvolvidos desde a infância, pois, o primeiro momento que uma
criança tem um condicionamento entre a palavra e objeto, a cadeia de palavras
interligadas que para elas podem representar o mesmo significado, assim
aprendem a palavra e desenvolvem o comportamento verbal/linguagem, mas
nem sempre sabem o significado apresentando apenas um comportamento
que é reforçador em determinadas situações.
Deve-se destacar que Skinner faz uma substituição da palavra
“linguagem” para aquilo que ele denomina de “comportamento verbal”, pois
este comportamento é modelado e mantido através de consequências, ou seja,
para ele é algo que vai ocorrendo ao longo do tempo e não se diz de uma
entidade que já possuímos ou algo interno. Sendo assim, este comportamento
como sendo operante, o qual é modelado, ocorrerá através de um
comportamento que é reforçado através de outras pessoas, e todo este
comportamento verbal requer então um falante e um ouvinte, sendo que, por
vezes falante e ouvinte podem ser a mesma pessoa.
Staats fala que a linguagem não ocorre através de uma maturação, mas
sim reflexo de comportamentos dos adultos, a criança nasce sem saber nada
sobre a linguagem, mas com o meio em que convive ira se estruturar com o
passar de seu desenvolvimento.
Ainda que denominem em termos diferentes, Skinner e Staats frisam a
importância de que não nascemos com algo predestinado a cerca da
linguagem e do comportamento verbal, mas sim que iremos desenvolver este
comportamento na infância e ao longo do tempo tais comportamentos serão
mantidos ou não, através do reforço.
18
Referencias Bibliográficas
BAUM, William M., Compreender o behaviorismo: Ciência, Comportamento e
Cultura – Porto Alegre: Editora Artes Médicas Sul Ltda., 1999
Banaco, R. A. Sobre Comportamento e Cognição: aspectos teóricos,
metodológicos e de formação em análise do comportamento e terapia
cognitivista.
Vol.
1
–
2ª ed.
Santo
André,
SP: ARBytes,
1999.
TERWILLIGER, Robert F. Psicologia da Linguagem. São Paulo, Ed. Cultrix,
1968.
PAROT, Françoise. Algumas notas sobre as teorias da aquisição da
linguagem:
Piaget, Chomsky, Skinner. Análise Psicológica, v. II, n. 1, p. 115-124, 1978.
STAATS, Arthur W. , STAATS, Carolyn K., Comportamento Humano
Complexo. Editora Pedagógica de São Paulo, 1973.
19
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