FORMULÁRIO Código: FOR DC / SM nº 137 TERMO DE CONSENTIMENTO GINECOLOGIA: VULVECTOMIA RADICAL Data Emissão: 30/01/2017 Versão: 002 1. PACIENTE NOME No. IDENTIDADE ÓRGÃO EXPEDIDOR DATA NASCIMENTO No. PRONTUÁRIO QUARTO / LEITO ANDAR 2. RESPONSÁVEL LEGAL NOME CIC/CPF No. IDENTIDADE ÓRGÃO EXPEDIDOR PROFISSÃO PARENTESCO / RELACIONAMENTO 3. MÉDICO NOME CRM O(a) paciente identificado(a) no quadro 1 ou seu responsável legal identificado(a) no quadro 2, declara, pelo presente Termo de Consentimento Informado e Esclarecido para todos os fins legais, especialmente do disposto no artigo 39, VI, da Lei 8.078/90 (Código de Defesa do Consumidor) que dá plena autorização ao(à) médico(a) assistente identificado no quadro 3 para proceder as investigações necessários ao diagnóstico do seu estado de saúde, bem como executar o tratamento cirúrgico denominado “VULVECTOMIA RADICAL” e todos os procedimentos que o incluem, inclusive anestesias ou outras condutas médicas que tal tratamento médico possa requerer, podendo o referido profissional valer-se do auxílio de outros profissionais de saúde. Declara, outrossim, que o(a) referido(a) médico(a), atendendo ao disposto no art. 59 do Código de Ética Médica e no art. 9 da Lei 8.078/90 – abaixo transcritos – e após a apresentação de métodos alternativos, sugeriu o tratamento médico cirúrgico anteriormente citado, prestando informações detalhadas sobre o diagnóstico e sobre os procedimentos a serem adotados no tratamento sugerido e ora autorizado, especialmente os que se seguem. DESCRIÇÃO TÉCNICA DO PROCEDIMENTO 1. Retirada de toda a vulva, compreendendo grandes e pequenos lábios e clitóris; 2. Limpeza e extirpação bilateral dos gânglios linfáticos da virilha, compreendendo os superficiais e profundos femurais; 3. Fechamento da ferida operatória por aproximação da pele próxima restante; 4. Como condição final, a região perineal fica com cicatrizes e a entrada da vagina com estenose . DESCRIÇÃO DOS INSUCESSOS Entendo que pode ocorrer insucesso, isto é, a cirurgia pode não resolver completamente a remoção de todo o câncer, podendo haver recidiva em cima da área do períneo que foi retirada e podendo ocorrer inclusive complicações inerentes ao procedimento cirúrgico. PÓS-OPERATÓRIO E COMPLICAÇÕES: Toda intervenção cirúrgica, pela própria técnica cirúrgica, pelas condições clínicas de cada paciente (diabetes, cardiopatia, hipertensão, idade avançada, anemia, obesidade, etc.) pode trazer uma série de complicações comuns e potencialmente sérias que poderão exigir tratamentos complementares, tanto médicos quanto cirúrgicos, assim como um percentual de mortalidade, sendo avaliado o risco cirúrgico realizado previamente. As complicações deste procedimento cirúrgico podem ser: 1. Hemorragia intra-operatória, podendo ser necessária transfusão de sangue intra ou pós-operatório; 2. Lesão da veia femural, sendo necessário transplante venoso, a cargo de um cirurgião vascular; 3. Hematoma pós-operatório, isto é, acúmulo de sangue no local onde se retirou a vulta, devendo ser feito uma drenagem cirúrgica; 4. Seromas pós-operatório, que é o acúmulo de líquido seroso no local de onde se retirou a vulva, ou na virilha que foi esvaziada e que deve ser drenado por punção aspirativa tantas vezes quantas as necessárias até o término da formação de novos seromas; 5. Infecções pós-operatórias, locais e sistêmicas que às vezes requerem drenagem de coleções purulentas e uso de antibióticos; 6. Deiscência (abertura dos poros) da ferida operatória com a perda dos pontos dados, havendo algumas vezes necessidade de nova anestesia para refazer os pontos que abriram; 7. Edema de membros inferiores, que ocorre pela interrupção da drenagem linfática devido a retirada de vasos e gânglios femurais necessária para o tratamento adequado do câncer da vulva; 8. Quelóides (cicatriz espessa e dolorida) e retração cicatricial que podem delimitar o movimento das pernas, havendo necessidade de fisioterapia para a recuperação adequada do movimento deambular; 9. Limitação da abertura das pernas, principalmente em cirurgias em que houver necessidade de retirada de grande extensão de pele, havendo necessidade de fisioterapia para a recuperação adequada do movimento de abertura das pernas; 10.Parestesias dos membros inferiores; 11.Dificuldade para ter relações sexuais. INFECÇÃO HOSPITALAR: A portaria no 2.616 de 12/05/1998 do Ministério da Saúde estabeleceu as normas do Programa de Controle de Infecção Hospitalar (PCIH), obrigando os hospitais a constituir a CCIH (Comissão de Controle de Infecção Hospitalar). Os índices de infecção hospitalar aceitos são estabelecidos, usando-se como parâmetro o NNIS Nacional Nosocomial Infectors Surveillance – Vigilância Nacional Nosocomial de Infecção, órgão internacional que estabelece os índices de infecção hospitalar aceitos e que são: 1.Cirurgia Limpas: 2% - são aquelas que não apresentam processo infeccioso e inflamatório local e durante a cirurgia, não ocorre penetração nos tratos digestivo, respiratório ou urinário. 2.Cirurgias Potencialmente Contaminadas: 10% - são aquelas que necessitam drenagem aberta e ocorre penetração nos tratos digestivo, respiratório ou urinário. 3.Cirurgias Contaminadas: 20% são aquelas realizadas em tecidos recentemente traumatizados e abertos, colonizadas por flora bacteriana abundante de difícil ou impossível descontaminação, sem supuração local. Presença de inflamação aguda na incisão cirúrgica e grande contaminação a partir do tubo digestivo. Inclui obstrução biliar e urinária. 4.Cirurgias Infectadas: 40% - são aquelas realizadas na presença de processo infeccioso (supuração local) e/ou tecido necrótico. Declara ainda o paciente e/ou seu responsável legal, ter lido as informações contidas no presente termo, as quais entendeu perfeitamente e as aceitou, compromissando-se a respeitar integralmente as instruções fornecidas pelo(a) médico(a), estando ciente de que sua não observância poderá acarretar riscos e efeitos colaterais a si (o paciente). Declara, igualmente, estar ciente de que o tratamento adotado não assegura a garantia de cura e que a evolução da doença e do tratamento podem obrigar o(a) médico(a) a modificar as condutas inicialmente propostas, sendo que, neste caso, fica o(a) mesmo(a) autorizado(a), desde já, a tomar providências necessárias para tentar a solução dos problemas surgidos, segundo seu julgamento. Finalmente, declara ter sido informado a respeito de métodos terapêuticos alternativos e estar atendido em suas dúvidas e questões, através de linguagem clara e acessível. Assim, tendo lido, entendido e aceito as explicações sobre os mais comuns riscos e complicações deste procedimento, expressa seu pleno consentimento para sua realização. Local e Data Assinatura do Paciente Ou Assinatura do Responsável Assinatura do Médico