Trabalhadores rejeitam proposta da Sanasa para o “horas em haver”

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Campinas, 17 de novembro de 2015
ANO XXVIII - Nº 591
www.sindae.org.br - Gestão 2012-2016
Trabalhadores rejeitam proposta da
Sanasa para o “horas em haver”
Empresa não aceitou pedido para mudar formato do envio de horas ao sistema
Os trabalhadores da Sanasa, presentes à assembleia realizada na
segunda-feira, dia 9, rejeitaram por
unanimidade a proposta da empresa para mudar o sistema “horas em
haver”. Entre as mudanças, estava
a possibilidade de utilização destas
horas para efeito de compensação de
feriados e os chamados dias pontes.
Por se tratar de cláusula do atual
Acordo Coletivo de Trabalho (ACT)
e como não estamos em período de
data-base, foi necessária a convocação desta assembleia. Por conta disso, a direção do Sindae aproveitou a
oportunidade para encaminhar uma
reivindicação antiga dos trabalha-
dores de mudança no formato de
envio ao sistema
das horas extras
realizados aos sábados, domingos,
feriados e dias já
compensados.
Hoje, se o trabalhador faz extras
nestes dias e opta
por recebê-las, por
força do ACT, a
empresa é obrigada a pagar com acréscimo de 50%
ou 100%. Mas, se ele decidir enviá-las ao sistema “horas em haver”, a
SINDICATO DOS TRABALHADORES NA INDÚSTRIA
DA PURIFICAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA E EM
SERVIÇOS DE ESGOTO DE CAMPINAS E REGIÃO
ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA
EDITAL DE CONVOCAÇÃO
Ficam convocados todos os associados em gozo de seus
direitos, a participarem da Assembleia Geral Ordinária, a ser
realizada na Sede desta Entidade, à Avenida da Saudade nº
306, Ponte Preta, Campinas/SP, em primeira convocação às
18h00min do dia 23 de novembro de 2015, ou em segunda
convocação às 18h30min do mesmo dia, para tratar da seguinte ordem do dia: 1) Leitura e discussão da ata da assembleia anterior; 2) Apresentação, Discussão e Votação da Previsão Orçamentária para o exercício de 2016, com o parecer
do Conselho Fiscal.
Campinas, 12 de novembro de 2015
Carlos Roberto de Souza - Presidente
utilização delas posteriormente será
na base do 1x1. Para a direção do
Sindae, este formato é injusto.
Inicialmente, a diretoria da empresa mostrou-se sensível à reivindicação, porém, na segunda-feira,
dia 9, momentos antes da realização
da assembleia, a direção do Sindae
foi surpreendida com a chegada de
um parecer com o posicionamento
da Sanasa. Além de negar a reivindicação, o documento elaborado pela
Procuradoria Jurídica classificou-a
como uma “imoralidade”.
Essa postura surpreendeu os dirigentes sindicais e revoltou os trabalhadores presentes à assembleia.
Eles ficaram sem entender esta nova
definição para o adjetivo “imoralidade”. Será que é moralmente aceitável utilizar horas extras prestadas
em sábados, domingos e feriado
para compensar dias pontes como
horas normais?
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17/11/2015
O REGISTRO
Novembro Azul: atenção para a saúde do homem
Campanha visa incentivar os homens a fazerem exames para prevenir o câncer da próstata
O mês de outubro é sempre especial.
Graças ao “Outubro Rosa”, campanha
de prevenção e conscientização contra
o câncer de mama, milhares de mulheres em todo o Brasil são estimuladas a
fazer o autoexame e darem início ao tratamento, quando necessário, para tratar
da doença o mais cedo possível. Agora
o mês de novembro já chegou e o foco
é outro: é tempo do Novembro Azul. A
campanha muda de direção e mira nos
homens para falar de um assunto que
ainda é tratado como tabu por muitos:
a prevenção do câncer de próstata. O
dia 17 de novembro é o dia mundial de
combate contra a doença.
A campanha Novembro Azul ganhou força nos últimos anos, quando o
Instituto Lado a Lado pela Vida lançou
ideias de projetos e ações para fomentar
os homens a buscarem mais informações sobre a doença e fazerem os exames de rotina, em parceria com a Socie-
dade Brasileira de Urologia. O instituto
é “uma instituição brasileira sem fins
lucrativos, qualificada como Organização da Sociedade Civil de Interesse
Público (OSCIP), idealizada em 2008.
Desenvolve conceitos e projetos, além
de apoiar e implantar ações voltadas ao
campo da humanização em saúde e da
atenção integral ao cidadão em diferentes fases da vida”.
Além de incentivar os homens a
fazerem os exames de sangue e de toque para combate ao câncer de prósta-
ta, Novembro Azul tem por finalidade
incentivá-los a fazer um acompanhamento periódico com um médico. As
mulheres costumam se consultar com
mais frequência do que os homens. A
afirmação é feita com base na Pesquisa
Nacional de Saúde (PNS), que diz que,
78% das mulheres se consultaram ao
menos uma vez no último ano, enquanto com homens, essa porcentagem cai
para 63,9%.
Não somente atentar-se para o câncer de próstata, mas muito além, a campanha Novembro Azul é uma tentativa
de derrubar tabus e fazer os homens
entenderem que cuidar da saúde não é
questão de frescura ou perda de tempo.
Além disso, o incentivo da família e
de quem está próximo é fundamental.
Dar injeções de ânimo para que ele faça
visitas regulares aos médicos é importante, dá confiança e tranquilidade para
que o homem tome decisões.
NOVEMBRO - MÊS DA CONSCIÊNCIA NEGRA
Mulheres negras: as maiores
vítimas de feminicídios no Brasil
EXPEDIENTE
O Brasil ocupa a incomoda quinta posição no ranking global de homicídios de mulheres entre 83 países pesquisados pela Organização
das Nações Unidas (ONU). É o que
mostra o “Mapa da violência 2015:
homicídio de mulheres no Brasil”,
divulgado na segunda-feira, 09 de
novembro. Em 2013, a taxa de mortes por assassinato de mulheres para
cada 100 mil habitantes foi de 4,8
casos. A média mundial foi de dois
casos. 4.762 mulheres foram mortas
violentamente em 2013: 13 vítimas
fatais por dia.
O Mapa, realizado pela Faculdade Latino-Americana de Ciências
Sociais (Flacso Brasil), aponta um
aumento de 21% no número de feminicídios no país, entre 2003 e 2013,
quando 13 mulheres foram mortas
por dia no Brasil. A maioria dessas
mortes, 50,3%, são cometidas por
familiares e 33,2% por parceiros ou
ex-parceiros, dados de 2013.
Este cenário é ainda mais alarmante quando se trata das mulheres
negras. A década 2003-2013 teve
um aumento de 54,2% no total de
assassinatos desse grupo, saltando
de 1.864, em 2003, para 2.875, em
2013. Aproximadamente 1 mil mortes a mais em 10 anos. Em contrapartida, houve recuo de 9,8% nos
crimes envolvendo mulheres brancas, que caiu de 1.747 para 1.576
entre os anos.
A vitimização de mulheres negras – a violência contra elas, que
pode não ter se concretizado como
homicídio –, cresceu 190,9% na dé-
cada analisada. A vitimização desse grupo era de 22,9%, em 2003,
e saltou 66,7%, em 2013. “Alguns
estados chegam a limites absurdos
de vitimização de mulheres negras,
como Amapá, Paraíba, Pernambuco
e Distrito Federal, em que os índices
passam de 300%”, observa a pesquisa.
A secretária de Políticas para as
Mulheres do Ministério, Eleonora
Menicucci, classifica os índices de
feminicídios como “lamentáveis,
de entristecer qualquer homem ou
mulher de bem neste país”. Sobre
o recorte racial, ela avalia que existe uma reação ao protagonismo das
mulheres negras, que “assumiram,
na última década, um lugar de sujeitos políticos muito determinado”.
O Registro é o boletim informativo do Sindae de responsabilidade da Diretoria Executiva. Sede Campinas: Av. da Saudade, 306,
Ponte Preta, Campinas-SP, CEP 13041-670 Fone: (19) 3733-3299. Subsede Atibaia: Rua Coronel Joaquim Teixeira da Silva Braga,
86, Centro, CEP 12940-520. Fone: (11) 4412-5605. Diretor de Imprensa: José Luiz Rezende. Jornalista Responsável: Marcos Álves
(MTb 21.835/SP). Ilustração: Ubiratan Dantas. Tiragem: 2.200 exemplares. Distribuição gratuita. Site: www.sindae.org.br. Facebook:
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