DENGUE ASPECTOS CLÍNICOS E TERAPÊUTICOS Manoella Alves Instituto de Medicina Tropical do Rio Grande do Norte DENGUE EPIDEMIOLOGIA Vetor: Aedes Aegypti Manoella Alves DENGUE FISIOPATOGENIA Manoella Alves Manoella Alves DENGUE FASE FEBRIL febre alta e súbita vômito dor de cabeça diarréia dor muscular e nas articulações manchas avermelhadas pelo corpo DENGUE Cameron P. Simmons et al. Dengue. N Engl J Med 2012; 366:1423-1432. Manoella Alves Manoella Alves DENGUE FISIOPATOGENIA • Sintomas gerais ✴ NS1 • Plaquetopenia ✴ ADE • Extravasamento de plasma • Fenômenos hemorrágicos DENGUE Manoella Alves FASE CRÍTICA SINAIS DE ALARME • • • • • • • • Dor abdominal intensa e contínua. Vômitos persistentes. Acúmulo de líquidos (ascite, derrame pleural, derrame pericárdico). Hipotensão postural e/ou lipotimia. Hepatomegalia maior do que 2 cm abaixo do rebordo costal. Sangramento de mucosa. Letargia e/ou irritabilidade. Aumento progressivo do hematócrito. Manoella Alves DENGUE FASE CRÍTICA SINAIS DE CHOQUE • • • • • • • Taquicardia. Extremidades distais frias. Pulso fraco e filiforme. Enchimento capilar lento (>2 segundos). Pressão arterial convergente (<20 mm Hg). Taquipneia. Oligúria (<1,5 ml/kg/h). • Hipotensão arterial • Cianose FASE TARDIA DO CHOQUE DENGUE DENGUE GRAVE • • • • Choque Insuficiência respiratória Sangramento grave Comprometimento grave de órgãos DENGUE COM COMPLICAÇÕES Manoella Alves DENGUE Manoella Alves DENGUE LABORATÓRIO • • • • Hemograma completo. Dosagem de albumina sérica e transaminases. Radiografia de tórax (PA, perfil e incidência de Laurell) Ultrassonografia de abdome Manoella Alves DENGUE Dengue: diagnóstico e manejo clínico adultos e crianças, 2016, MS Manoella Alves DENGUE Manoella Alves TRATAMENTO GRUPO A e B – dipirona ou paracetamol GRUPO C 10ml/kg SF na primeira hora. Se houver melhora clínica e laboratorial após a(s) fase(s) de expansão, iniciar a fase de manutenção: • 1ª FASE: 25ml/kg em 6 horas. Se houver melhora, iniciar segunda fase. • 2ª FASE: 25ml/kg em 8 horas. 1/3 com soro fisiológico e 2/3 com soro. Os pacientes do Grupo C devem permanecer em leito de internação até estabilização e critérios de alta, por um período mínimo de 48 horas. DENGUE Manoella Alves TRATAMENTO GRUPO D • Iniciar imediatamente fase de expansão rápida parenteral, com solução salina isotônica: 20ml/kg em até 20 minutos, em qualquer nível de complexidade. • Albumina DENGUE Manoella Alves MANEJO CLÍNICO • • • • • • • É dengue? Em que fase (febril/crítica/recuperação) o paciente se encontra? Tem sinais de alarme? Qual o estado hemodinâmico e de hidratação? Está em choque? Tem condições preexistentes? O paciente requer hospitalização? Em qual grupo de estadiamento (grupos A, B, C ou D) o paciente se encontra? DENGUE Manoella Alves DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL • SÍNDROME FEBRIL: enteroviroses, influenza e outras viroses respiratórias, hepatites virais, malaria, febre tifoide, chikungunya e outras arboviroses (oropouche, zika). • SÍNDROME EXANTEMÁTICA FEBRIL: rubeola, sarampo, escarlatina, eritema infeccioso, exantema subito, enteroviroses, mononucleose infecciosa, parvovirose, citomegalovirose, outras arboviroses (mayaro), farmacodermias, doenca de Kawasaki, doenca de Henoch-Schonlein, chikungunya, zica etc. • SÍNDROME HEMORRÁGICA FEBRIL: hantavirose, febre amarela, leptospirose, malaria grave, riquetsioses e purpuras. • SÍNDROME DOLOROSA ABDOMINAL: apendicite, obstrucao intestinal, abscesso hepatico, abdome agudo, pneumonia, infeccao urinaria, colecistite aguda etc. • SÍNDROME DO CHOQUE: meningococcemia, septicemia, meningite por influenza tipo B, febre purpurica brasileira, sindrome do choque toxico e choque cardiogenico (miocardites). • SÍNDROME MENÍNGEA: meningites virais, meningite bacteriana e encefalite. DENGUE Manoella Alves IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO As recentes investigações de óbitos realizadas pelo Ministério da Saúde, em parceria com as secretarias estaduais e municipais de saúde evidenciaram que a ocorrência dos óbitos está relacionada ao não reconhecimento ou valorização dos sinais de alarme, procura por mais de um serviço de saúde sem a conduta adequada e volume de hidratação inferior ao recomendado. Estes resultados também foram encontrados por outros autores. DENGUE MANEJO CLÍNICO Critérios de alta hospitalar (todos devem ser cumpridos) • • • • • Estabilização hemodinâmica durante 48 horas. Ausência de febre por 48 horas. Melhora visível do quadro clínico. Hematócrito normal e estável por 24 horas. Plaquetas em elevação e acima de 50.000/mm3. Obs.: Pacientes em uso de AAS e clopidogrel Pacientes em uso de varfarina Manoella Alves DENGUE OBRIGADA Manoella Alves [email protected]