Aula 3 – IRC – Diálise Peritonial

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Insuficiência Renal Crônica
Claudia Witzel
A insuficiência renal crônica (IRC) é o
resultado das lesões renais irreversíveis e
progressivas provocadas por doenças que
tornam o rim incapaz de realizar as suas
funções.
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Em indivíduos normais a filtração glomerular é de 110 a 120 ml/min
correspondente à função de filtração de cerca de 2.000.000 de
néfrons (glomérulos e túbulos renais).
Em pacientes IRC a filtração se reduz podendo chegar, em casos
avançados, até 10-5 ml/min quando o tratamento dialítico ou o
transplante renal se fazem necessários.
Através das dosagens da uréia e creatinina plasmáticas, que se
elevam progressivamente.
Os valores de referência ou normais para a creatinina:
Adulto: 0,60 a 1,30 mg/dL,
Os valores de referência ou normais para uréia: 10 a 40 mg/dl.
IRC – causas
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Diabetes Mellitus e a hipertensão arterial
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Também a glomerulonefrite crônica;
a pielonefrite;
obstrução do trato urinário;
as lesões hereditárias,
Assim como a doença do rim policístico;
distúrbios vasculares;
infecções;
medicamentos ou agentes tóxicos.
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Sinais e sintomas - IRC
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Hipertensão arterial, de moderada a severa
Anemia severa que não responde ao tratamento com sulfato ferroso
Edema por todo o corpo,
Aumento o peso,
Pele pálida (cor de palha)
Fraqueza, cansaço,
Emagrecimento ,
Coceira no corpo,
Anorexia ,
Náuseas e vômitos
Cheiro desagradável na boca,
Aumento do volume de urina sempre muito clara (nunca mudando de
cor),
Necessidade freqüente de urinar, com tendência de maior volume à
noite
Tratamento
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Maneira conservadora - através de terapêutica
medicamentosa e dietética
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Quando a IRC progride, resulta em uma complexa
alteração da bioquímica do meio interno que, por si
só, representa condição determinante do mau
aproveitamento dos nutrientes
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Adicionado ao tratamento farmacêutico a
eritropoetina e a vitamina D, que tem sua produção
prejudicada na insuficiência renal
Diálise
Na insuficiência renal ela busca remover substâncias
tóxicas e produtos do metabolismo normalmente
excretados por rins saudáveis
 A diálise aguda é indicada quando há um elevado e
crescente nível de potássio sérico, sobrecarga hídrica ou
edema pulmonar iminente. Também pode ser utilizada
para remover determinadas drogas ou toxinas
 A diálise crônica ou de manutenção é indicada na IRC
nas circunstâncias: sinais e sintomas urêmicos, elevação
do nível sérico de potássio, sobrecarga hídrica que não
responde a medicamentos
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Diálise
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Processo empregado para remoção de líquidos e dos
produtos de degradação urêmicos do corpo quando os rins
são incapazes de fazê-lo.
Filtra o sangue e remove fluidos excedentes usando um dos
filtros naturais de próprio corpo, a membrana peritoneal.
A membrana peritoneal é o revestimento que circunda o
peritôneo, ou cavidade abdominal ( estômago,baço, fígado e
intestinos).
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Usado por aproximadamente 100.000 pacientes em todo o mundo.
Transporte de solutos e água através de uma “membrana” :
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o sangue no capilar peritoneal contém excesso de uréia, creatinina,
potássio e outros.
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a solução de diálise na cavidade peritoneal contém sódio, cloreto e
lactato é torna-se hiperosmolar devido a inclusão de uma
concentração alta de glicose.
Tipos de Diálise Peritoneal
- Intermitentes
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Diálise Peritoneal Ambulatórial Diária (DPAD)
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Trocas freqüentes durante o dia a cada 3 ou 4 horas.
Antes de dormir, o dialisato é drenado para evitar o longo
tempo de permanência da noite.
É indicada para pacientes com dificuldade de ultrafiltração
por alta permeabilidade.
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Diálise Peritoneal Intermitente (DPI)
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O tratamento é dado durante cerca de 24 horas, em ambiente
hospitalar, com trocas a cada 1-2 horas, duas vezes por
semana (40 a 60 litros).
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No período entre as diálises, fica o abdômen seco.
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Indicada para paciente com alta permeabilidade de
membrana e função renal residual significativa
Diálise Peritoneal Noturna (DPN)
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Esta diálise é realizada através de uma cicladora
enquanto`o paciente dorme, em um período entre
08 e 12 horas.
Durante o dia o abdômen fica vazio.
Para pacientes com área de superfície corporal
alta e sem função renal residual, pode ser
necessária uma ou duas trocas durante o dia
Modalidades Contínuas da Diálise
Peritoneal
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Diálise Peritoneal Ambulatorial Contínua (DPAC ou
CAPD)
Nesta modalidade são feitas três trocas durante o dia e
uma antes de deitar, feitas manualmente.
O volume e a concentração de glicose são definidos pelas
necessidades especificas de cada paciente.
Adequada para a maior parte dos pacientes em diálise
Essa modalidade tem sido altamente eficiente para o controle
de casos de insuficiência cardíaca congestiva (ICC)
intolerantes a digitálicos e diuréticos.
Assistência de enfermagem
Cuidados com os cateteres peritoneais
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Devem ser cuidados como se faz com outras feridas
cirúrgicas recentes, oclusivos e impermeáveis ao ar.
Os curativos devem imobilizar o cateter contra a pele.
Após algumas semanas, o local de saída do cateter pode ser
deixado aberto ao ar não protegido, mas é preferível,
geralmente, cobrí-lo com uma gaze para minimizar irritação.
Preparo no hospital
Cuidados pré-diálise
 Colocação do cateter, procedimento médico
Cuidados durante a diálise
 Ficha de controle de balanço de DP, em cada banho,
 o inicio e término da infusão,
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tempo de permanência na cavidade peritoneal,
 o volume infundido e drenado,
 cor e aspecto do líquido drenado (a coloração
característica é amarelo-palha);
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Sinais vitais, diurese,
Posicionamento correto do cateter de diálise;
Observar e comunicar sinais de dor, hemorragia,
hipotensão arterial, edema, dificuldade de
drenagem e infusão e dificuldade respiratória;
assegurar um
Ambiente tranqüilo, informal e descontraído;
Prestar cuidados de higiene e conforto ao paciente;
estimular a aceitação alimentar
Cuidados pós-diálise
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Trocar curativo, remover ou fixar o cateter
Heparinização para prevenir obstrução ou colocar
prótese;
Verificar o peso do paciente;
Controlar os sinais vitais;
Controle a diurese;
Realizar o fechamento da ficha de controle de DP
Cuidado domiciliar
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Avaliar o ambiente da casa e sugere as modificações
necessárias para acomodar o equipamento e as instalações
exigidas para
realizar efetivamente a CAPD.
Avaliar a compreensão da CAPD pelo paciente e pela família,
bem como o uso da técnica segura na realização da CAPD
As condições de educação, higiene e moradia devem ser
avaliadas por equipe multidisciplinar e serão determinantes
no sucesso do tratamento.
Estilo de vida do paciente e familiar, bem como condições de
alcançar adequação dialítica, fazem parte da decisão de se
tratar um paciente com DP
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