UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE – UNESC CURSO DE FISIOTERAPIA FABIANO MATOS FERREIRA A AVALIAÇÃO DA SATISFAÇÃO DOS PACIENTES ORTOPÉDICOS ATENDIDOS NA CLÍNICA DE FISIOTERAPIA DA UNESC CRICIÚMA, 2009 1 FABIANO MATOS FERREIRA A AVALIAÇÃO DA SATISFAÇÃO DOS PACIENTES ORTOPÉDICOS ATENDIDOS NA CLÍNICA DE FISIOTERAPIA DA UNESC Trabalho de Conclusão de Curso apresentado para a obtenção de grau de Bacharel no curso de Fisioterapia da Universidade do Extremo Sul Catarinense. Orientador: Prof. MSc. Lee Gi Fan CRICIÚMA, 2009 2 TERMO DE APROVAÇÃO BANCA EXAMINADORA Presidente__________________________________________________ 1 (ª) examinador (a)___________________________________________ 2º (ª) examinador (a)___________________________________________ 3 DEDICATÓRIA Dedico esta conquista aos meus pais, que eu admiro e tenho grande orgulho e são a razão e o estímulo para tudo o que faço. 4 AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus e minha família, agradeço a todos que me ajudaram e também aos que não me ajudaram, a aquelas pessoas que passaram por minha vida rapidamente ou lentamente e as que também se foram, aquelas que me acariciaram e também aquelas que me machucaram, pois a dor também ensina. Agradeço a todo mundo dentro da universidade pois os acontecimentos decorrentes desses cinco anos foram responsáveis pelo meu crescimento tanto intelectual como humano. Jamais vou me esquecer dos dias que dediquei a meu futuro dentro destas paredes. Jamais... 5 RESUMO FERREIRA, Fabiano. A avaliação da satisfação dos pacientes ortopédicos atendidos na Clínica Ortopédica da UNESC. 2009. 64fls. Monografia do Curso de Fisioterapia, da Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC, Criciúma. O presente trabalho de conclusão de curso tem como base fazer uma avaliação da satisfação dos pacientes ortopédicos atendidos na Clínica de Fisioterapia da UNESC. Na fundamentação teórica, buscou-se discorrer assuntos como conceito de fisioterapia, fisioterapia aplicada à ortopedia, satisfação, qualidade no atendimento, qualidade na prestação de serviços ao cliente, comunicação organizacional como fator de melhoria ao cliente, assuntos estes que darão o suporte necessário para a viabilização da pesquisa deste estudo. A Clínica de Fisioterapia da UNESC está localizada no próprio campus da Universidade na cidade de Criciúma, onde atende pessoas de baixa renda com problemas ortopédicos. Foi realizada uma pesquisa com dez pacientes que fazem uso dos serviços da clínica. A presente pesquisa tem por objetivo avaliar a satisfação dos pacientes ortopédicos que são atendidos pela prestação de serviços fisioterapêuticos na Clínica de fisioterapia da UNESC. As entrevistas foram feitas pelo próprio pesquisador diretamente com os pacientes e por acadêmicos que faziam os atendimentos, esta contou com dois questionários contendo 17 questões, sendo que todas são fechadas. O trabalho foi relevante pela experiência e conhecimento adquiridos que serão de grande valia pessoal e profissional para o pesquisador, também foi de grande valia para a Clínica de fisioterapia da UNESC, pois através da pesquisa, conheceu-se os pontos positivos com a satisfação dos pacientes aos serviços prestados pelos fisioterapeutas da clínica. A satisfação dos pacientes com os serviços prestados na área da saúde, principalmente os serviços fisioterapêuticos está sendo cada vez mais enfocado como um parâmetro para medir a qualidade dos serviços e do atendimento dos profissionais. Palavras-Chave: Pacientes. Fisioterapeutas. Qualidade no atendimento. Qualidade nos serviços. Satisfação. 6 ABSTRACT FERREIRA, Fabiano. Evaluation of Orthopedic patients’ satisfaction treated at UNESC Orthopedic Clinic. 2009. 64fls. Monograph of Physiotherapy course, from Southern University of Santa Catarina, UNESC, Criciúma. This completion work is based on an assessment of the satisfaction of patients, treated at the Orthopedic Clinic at UNESC. The theoretical framework, aimed to discuss issues such as the concept of physical therapy, physical therapy applied to orthopedics, satisfaction, quality of the services provided to customers, organizational communication as a factor of improving customer services, these subjects will give the necessary support for the feasibility of the research study. Orthopedic Clinic of UNESC is located inside the University campus in the city of Criciúma, where it serves low-income people with orthopedic problems. The research was carried out with ten patients who use the services of the clinic. This research aims to evaluate the satisfaction of the orthopedic patients who are treated by physical therapy services in the Orthopedic Clinic of UNESC. The research was limited because few patients had to be interviewed, and the same was done by the researcher directly with patients and students who attended the patients, it had two questionnaires containing 17 questions, which are all closed. The work was relevant because of the experience and knowledge acquired that will be valuable to the researcher’s personal and professional life, it had also a great value to the physical therapy clinic of UNESC, because through this research, we knew the positive points through the patients' satisfaction about the services provided by the physical therapists of the clinic. Patients’ satisfaction with health services provided, especially physical therapy services is becoming more focused as a parameter to measure the quality of the services and professional services provided. Key-words: Satisfaction. Patients. Physiotherapists. Quality of care. Quality services. 7 LISTA DE ILUSTRAÇÕES Gráfico 1: Freqüência e período do dia das dores....................................................... 41 Gráfico 2: EVA e intensidade da dor............................................................................ 41 Gráfico 3: EVA e intensidade da dor........................................................................... 47 Gráfico 4: Benefícios em relação ao tratamento........................................................... 47 8 LISTA DE TABELAS Tabela 1: Filosofia das disfunções.............................................................................19 Tabela 2: Tempo de patologia....................................................................................38 Tabela 3: Tempo de diagnóstico clínico...................................................................... 39 Tabela 4: Realização de tratamento fisioterapêutico anteriormente..........................39 Tabela 5: Dor em que região corporal......................................................................... 42 Tabela 6: Uso de medicamentos para o alívio da dor................................................. 43 Tabela 7: Disfunção ortopédica: limitação das atividades diárias............................... 43 Tabela 8: Uso de órtese em decorrência da patologia...............................................44 Tabela 9: Disfunção ortopédica: afastamento de alguma atividade rotineira.............44 Tabela 10: Expectativas do tratamento fisioterapêutico.............................................. 45 Tabela 11: Atendimento das expectativas..................................................................46 Tabela 12: Importância do tratamento fisioterapêutico................................................ 46 Tabela 13: Recomendação do tratamento..................................................................48 Tabela 14: Sessões suficientes para tratamento........................................................49 9 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO............................................................................................................. 10 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.................................................................................. 14 2.1 CONCEITO DE FISIOTERAPIA.............................................................................. 14 2.2 FISIOTERAPIA APLICADA À ORTOPEDIA........................................................... 18 2.3 SATISFAÇÃO......................................................................................................... 20 2.3.1 Saber ouvir os clientes...................................................................................... 22 2.3.2 Valor para o cliente............................................................................................. 25 2.4 QUALIDADE NO ATENDIMENTO.......................................................................... 26 2.4.1 Melhoria no atendimento................................................................................... 27 2.4.2 A arte no atendimento........................................................................................ 28 2.4.3 Fidelidade do cliente.......................................................................................... 30 2.6 QUALIDADE NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS AO CLIENTE............................31 2.7 COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL COMO FATOR DE MELHORIA AO CLIENTE.................................................................................................................... 32 3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS...................................................................... 34 3.1 TIPOS DE PESQUISA............................................................................................34 3.1.1 Pesquisa bibliográfica......................................................................................... 35 3.1.2 Pesquisa qualiquantitativa.................................................................................... 35 3.1.3 Pesquisa descritiva..........................................................................................35 3.1.4 Pesquisa de campo............................................................................................ 36 3.2 ABORDAGEM DA PESQUISA............................................................................... 36 3.3 POPULAÇÃO E AMOSTRA..................................................................................... 36 3.4 INSTRUMENTO E COLETA DADOS...................................................................... 37 4 EXPERIÊNCIA DA PESQUISA ................................................................................37 5 CONCLUSÃO............................................................................................................... 50 REFERÊNCIAS............................................................................................................. 51 APÊNDICES.................................................................................................................55 ANEXOS.......................................................................................................................64 10 1 INTRODUÇÃO A qualidade na prestação dos serviços ortopédicos na fisioterapia passa a ser debatida com maior ênfase a partir das últimas décadas do século passado (a metade deste século ainda não chegou, sem contar que a fisioterapia não era regulamentada nem na metade do século passado), em busca da qualidade do atendimento e dos serviços prestados na área da fisioterapia. Segundo Vaitsman e Andrade (2005), pontuam que a melhoria na qualidade do atendimento e a prestação de serviços recebidos pelo paciente são importantes para que a instituição possa apontar o seu papel para proporcionar o bem-estar e benefícios positivos a estes pacientes. Desta forma, os estudos de satisfação, com a participação dos pacientes ortopédicos, tornam-se indispensáveis ao planejamento e à avaliação dos serviços fisioterapêuticos (ESPERIDIÃO e TRAD, 2005). O conceito de satisfação vem a ser a realização de expectativas e suprimento de necessidades dos pacientes ortopédicos, em vista que esta satisfação traga o bem-estar de quem vem buscar tais serviços (ESPERIDIÃO e TRAD, 2005). Ainda segundo os autores, Esperidião e Trad (2005) é de suma importância observar vários fatores relacionados à satisfação dos pacientes, entre eles, podemos citar, as formas de acesso ao serviço prestado; estrutura física e organizacional da instituição; relação fisioterapeuta e paciente e aspectos relacionados à melhoria e à conservação da saúde. O envolvimento do paciente e sua avaliação na satisfação está relacionado com os aspectos positivos e negativos da adequação no uso dos serviços prestados em fisioterapia, como também sua estrutura e o processo de auto-cuidado à saúde, pois o respeito e a qualidade de vida constituem a realidade do paciente como expressão de cidadania e de direitos humanitários. A Fisioterapia, como qualquer outra área onde se presta serviços ao ser humano, necessita estar provida de qualidade no atendimento, para que a profissão possa ser visualizada com respeito e com a dignidade que são merecidos em contrapartida à melhora da qualidade de vida proporcionada aos seus pacientes. Diante desta realidade, esta pesquisa apresenta como problemática: Qual a satisfação dos pacientes ortopédicos em relação aos serviços fisioterapêuticos 11 prestados pela Clínica Ortopédica da UNESC? Esta pesquisa tem como objetivo geral avaliar a satisfação dos pacientes ortopédicos que são atendidos pela prestação de serviços fisioterapêuticos na Clínica Ortopédica da UNESC. Diante deste desafio, apresentamos como objetivos específicos: levantar o perfil dos pacientes ortopédicos atendidos pelos acadêmicos fisioterapeutas na Clínica Ortopédica da UNESC; avaliar a satisfação dos usuáriospacientes em relação aos serviços prestados pelos acadêmicos fisioterapeutas; avaliar a satisfação dos usuários-pacientes com o atendimento, levando em conta o acolhimento, a confiança, a ambiência, a humanização, a gratuidade, a acessibilidade, a eficácia e a expectativa sobre os serviços recebidos pelos acadêmicos fisioterapeutas na Clínica Ortopédica da UNESC e; sugestionar melhorias a partir do levantamento dos dados feitos com os usuários-pacientes da Clínica Ortopédica da UNESC. Tendo como questões norteadoras, as seguintes: a) Qual o perfil dos pacientes ortopédicos atendidos pelos acadêmicos fisioterapeutas na Clínica Ortopédica da UNESC? b) Como é percebida a satisfação dos usuários-pacientes com o atendimento, levando em conta o acolhimento, a confiança, a ambiência, a humanização, a gratuidade, a acessibilidade, a eficácia e a expectativa sobre os serviços recebidos pelos acadêmicos fisioterapeutas na Clínica Ortopédica da UNESC? c) Quais são as melhorias que podem ser feitas para qualificar o atendimento dos fisioterapeutas na Clínica Ortopédica da UNESC? Para as questões norteadoras foram elaboradas as seguintes hipóteses: a) Qual o perfil dos pacientes ortopédicos atendidos pelos acadêmicos fisioterapeutas na Clínica Ortopédica da UNESC? Atualmente no Brasil pesquisas mostram que a maioria dos pacientes acometidos por lesões ortopédicas do total geralmente são jovens com 55% dos casos (com idade entre 15 e 30 anos), sendo do sexo masculino com 60,7% dos casos, e de cor pálida como 55% dos pacientes. E também os principais tipos de lesões encontradas nos serviços de atendimento ortopédico são contusões, luxações, e outros ficam com 5% do total (URBA, et al.,, 2009e) b) Como é percebida a satisfação dos usuários-pacientes com o atendimento, levando em conta o acolhimento, a confiança, a ambiência, a humanização, a gratuidade, a acessibilidade, a eficácia e a expectativa sobre os serviços recebidos pelos acadêmicos fisioterapeutas na Clínica Ortopédica 12 da UNESC? Conforme Gonsalves (2008) Basta ter melhorias no estado geral de saúde do paciente para que ele comece a se sentir satisfeito. A percepção da qualidade do atendimento se da por diferentes aspectos como; características demográficas, pessoais, experiências , expectativas e recursos físicos. Sâmara e Morsh (2005) defendem que a demonstração de insatisfação é o mais claro medidor de que o prestador de serviço esta no caminho errado e também defende que muitas delas devem ser encaradas como pontos a serem repensados e não vistas como negativos. c) Quais são as melhorias que podem ser feitas para qualificar o atendimento dos fisioterapeutas na Clínica Ortopédica da UNESC? Aperfeiçoamento, uma boa logística do ambiente, flexibilidade, materiais de qualidade, atendimento focado, higiene, bom contato com os paciente são pontos que sempre devem ser explorados para buscar melhoras e ou manter a qualidade nos atendimentos em instituições de saúde. A elaboração de pesquisas que medem a satisfação do paciente atendido também é uma clara forma de busca de qualidade no atendimento (GONSALVES, 2008). Justifica-se que a satisfação dos pacientes com os serviços prestados na área da saúde, principalmente os serviços fisioterapêuticos está sendo cada vez mais enfocado como um parâmetro para medir a qualidade dos serviços e do atendimento dos profissionais. Embora a qualidade nos serviços fisioterapêuticos continue sendo uma grande preocupação de todos na área da saúde e do bem-estar da população, o foco maior está em pesquisas referente a qualidade técnica dos profissionais ou ainda na qualidade e especialidades dos serviços da clínica e não nos aspectos de satisfação do usuário e de sua opinião em relação aos serviços prestados pelos profissionais de fisioterapia. A avaliação da qualidade no atendimento dos serviços prestados fundamenta-se em: estrutura, processo e resultados. A avaliação da estrutura vem a ser quantitativamente os recursos físicos, materiais e humanos existente na área de fisioterapia; a avaliação do processo vem a ser as atividades e procedimentos empregados perante a assistência recebida e a avaliação dos resultados refere-se a avaliação dos pacientes em relação a qualidade do atendimento recebido (MACHADO e NOGUEIRA, 2008). Diversas são as dimensões para os estudos em satisfação do paciente 13 em relação aos serviços prestados em fisioterapia, o presente trabalho de conclusão de curso pretende abordar assuntos referentes a expectativas, importância do tratamento, classificação da dor após as sessões de fisioterapia, principais benefícios percebidos em relação ao tratamento, recomendações sobre o tratamento recebido para amigos e parentes e a suficiência das sessões para o tratamento. Segundo Paiva (2006), estas são táticas a favor da qualidade dos serviços em de saúde, neste caso, particularmente da fisioterapia, que é um campo de saber inserido na área de saúde, esta amplia seu objeto de estudo, no que diz respeito à prevenção, ao tratamento e à reabilitação, visando promover o bem-estar individual e coletivo do ser humano. Isto porque, está apta a prevenir e a tratar os distúrbios cinéticos funcionais intercorrentes em órgãos e sistema do corpo humano, gerados por alterações genéticas, traumas e doenças adquiridas, exercendo função relevante na reabilitação do paciente e em sua reinserção no convívio social. O TCC está estruturado em cinco capítulos, sendo que o primeiro capítulo trata-se dos aspectos introdutórios do trabalho, traz o tema, objetivos, problema, hipóteses e justificativa. O segundo capítulo aborda a fundamentação teórica sobre o conceito de fisioterapia, fisioterapia aplicada à ortopedia, satisfação, qualidade no atendimento, qualidade na prestação dos serviços e comunicação organizacional, utilizando como base livros, artigos científicos e internet O terceiro capítulo traz os procedimentos metodológicos da pesquisa, sendo que a mesma é bibliográfica, quantitativa e qualitativa. O quarto capítulo traz a análise dos dados obtidos nas duas pesquisas feitas, sendo uma para levantar o perfil do paciente entrevistado e outra para analisar a satisfação do mesmo. Por fim, o quinto capítulo traz as considerações finais com sugestões de melhoria da qualidade do atendimento e dos serviços prestados pelos acadêmicos de fisioterapia na Clínica Ortopédica da UNESC. Terminando o trabalho, este tem as referências. 14 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA O presente capítulo oportunizará a fundamentação teórica de autores consagrados referente a assuntos como conceito de fisioterapia, fisioterapia aplicada à ortopedia, satisfação, qualidade no atendimento, qualidade na prestação de serviços ao cliente, comunicação organizacional como fator de melhoria ao cliente, assuntos estes que darão o suporte necessário para a viabilização da pesquisa deste estudo. 2.1 CONCEITO DE FISIOTERAPIA A Fisioterapia como profissão cresceu a partir dos anos 80 e 90, como nenhuma outra profissão durante o mesmo período. As faculdades/universidades por meio da graduação formou muitos profissionais qualificados para o preenchimento significativo da demanda de empregos apresentada pela área de saúde (LESH, 2005). Segundo Rebelato e botome (1999) desde a origem da fisioterapia se deu ênfase para as atividades de recuperação, reabilitação e de atenuação quando estamos com má situação de saúde. O surgimento do fisioterapeuta decorrente das grandes guerras ocorreu fundamentalmente para tratar pessoas lesadas fisicamente, geralmente com perda total e parcial de membros, atrofia e paralisias. Naquela época, a única preocupação com a doença propriamente dita, ou seja, as lesões físicas e suas consequências, pareciam adequadas e suficientes para o profissional fisioterapeuta. A atuação deste profissional era voltada, segundo Rebelatto e Botomé (1999) “a atenuar ou diminuir sofrimento, reabilitar organismos lesados ou, quando possível, recuperar as condições de saúde preexistentes dos organismos cujas condições haviam sido prejudicadas”. No Brasil, a Fisioterapia teve início após a implantação da mesma como solução dos altos índices de acidentes de trabalho que existiam. O profissional precisava curar/reabilitar os pacientes desses acidentes para que os mesmos pudessem retornar as suas atividades no sistema produtivo, ou pelo menos, atenuar os sofrimentos ou até mesmo recuperá-lo e reabilitá-lo para suas condições 15 anteriores (REBELATTO e BOTOMÉ, 1999). Apoliomelite e os altos índices de acidentes de trabalho movimentaram sobremaneira os serviços fisioterápicos por volta de 1950. Seriam necessários profissionais de saúde dedicados à reabilitação. Isso motivou a organização das atividades fisioterápicas reabilitadoras para além da especialidade médica, surgindo um campo profissional, de nível universitário, e com um corpo de conhecimentos em pleno o avanço. A fisioterapia brasileira, em um primeiro estágio (de 1970 a 1990, aproximadamente), enfrentou com êxito o desafio da consolidação profissional [...] e, na contemporaneidade, parece estar em segundo momento, marcado pela busca de sentido em suas ações, enquanto campo do ser humano (ANDRADE e SILVA, 2006, p. 18). A fisioterapia é uma profissão recente no Brasil. A sua origem se baseia num contexto internacional de guerras e num contexto nacional marcado por altos índices de acidentes de trabalho. A formação de profissionais da saúde dedicados à reabilitação seria essencial para suprir a demanda. As atividades fisioterápicas executadas pelos médicos seriam, portanto, insuficientes diante das necessidades do país. Surgem então, os primeiros fisioterapeutas brasileiros com formação de nível superior (ANDRADE e SILVA, 2006). Quando a fisioterapia surge no Brasil, a área da saúde enfatizava a utilização de técnicas e produtos para o tratamento de doenças e menos para o desenvolvimento da saúde. Havia pouca experiência e tradição de pesquisa crítica nessa área. A formação dos fisioterapeutas dependia de um sistema educacional baseado na transmissão de conhecimentos produzidos fora do país, impedindo a preparação adequada para lidar com as reais necessidades dos brasileiros. A fisioterapia se orientaria, então, para uma atuação técnica, curativa, não autônoma e supervisionada pelo poder já legitimado de profissão médica (REBELATTO e BOTOMÉ, 1987). Esse contexto de restrição à autonomia profissional limitou a compreensão clara sobre o objeto de intervenção, conhecimento e pesquisa na fisioterapia enquanto profissão da saúde (ANDRADE e SILVA, 2006). Segundo Rebelatto e Botomé (1987) a Fisioterapia nasceu limitada e sem um objeto de trabalho bem definido. A compreensão obscura do objeto prejudicaria o sentido e a autonomia profissional. Seria preciso superar dois desafios: consolidar a profissão e conferir-lhe um sentido. Consiste na fisioterapia a aplicação de técnicas sistemáticas para 16 restabelecer a integridade morfofuncional de indivíduos, passando por problemas osteo-musculares e neurológicos, todas as técnicas por mais que sigam uma sistemática diferente, tem um objetivo comum. Um deles é o afastamento do sintoma da patologia e ajustar a pessoa em suas funções (VINADÉ, 2001). É possível notar que com essa origem e direção que a Fisioterapia tinha como exercício no Brasil apenas o tratamento de distúrbios de postura e movimento por meio de terapia, complementam que no Brasil a Fisioterapia deveria lidar também com os problemas de movimento e suas relações, incluindo a postura como um grau do movimento (REBELATO e BOTOMÉ, 1987). Segundo Gabriel, Petit e Carril (2001), nos dias atuais, ou seja, século XXI, a fisioterapia explora a tipologia do físico, textura da pele presença de cicatrizes, analisa articulações e estruturas musculares, sempre levando em conta o psiquismo do atendido em frente a sua enfermidade no tratamento. O objeto de intervenção fisioterápica já está se delineando. Mesmo estando centrada na doença, a identificação do objeto já permite vislumbrar outras possibilidades de atuação do fisioterapeuta além do enfoque curativo. Também propõem ir além da identificação do objeto centrada na doença. Será necessário verificar as variáveis determinantes. O movimento e a postura, objetos privilegiados da Fisioterapia, deverão, portanto, ser analisados a partir de uma rede complexa de relações. (REBELATO e BOTOMÉ, 1987) A etimologia da palavra fisioterapia sugere: fisio, que corresponde à física, ciência que tem por objeto o estudo das propriedades dos corpos e leis da natureza; e terapia, do grego tardio therapeutica e do latim therapeuteke, derivando terapeo, que equivale a eu curo. Logo, terapêutica representa a parte da medicina que põe em prática os meios adequados para aliviar ou curar os doentes (VINADÉ, 2001). A fisioterapia é uma atividade regulamentada pelo Decreto-Lei nº. 938/1968, Lei Federal nº. 6.316/1975, Resoluções do COFFITO, Decreto Federal nº. 9.640/1984, Lei Federal nº. 8.856/1994. É uma área do conhecimento em saúde, que estuda os distúrbios cinéticos e sinérgicos funcionais, que acometem os órgãos e sistemas do corpo humano, gerados por alterações genéticas, por traumas e por doenças adquiridas. Suas ações profissionais estão fundamentadas em metodologias e mecanismos diagnósticos e terapêuticos próprios, decorrentes de conhecimentos profissionais universalmente consolidados, sistematizados pelos estudos acadêmicos da biologia, das ciências morfológicas, das ciências fisiológicas, das patologias, da anatomopatologia, da fisiopatologia, da bioquímica; da biofísica, da biomecânica, das cinesiopatologias, das cinesias e dos processos sinérgicos funcionais de órgãos e sistemas do corpo humano e também das disciplinas comportamentais e sociais (MIGUEL, 2009, p. 1). 17 Hoje, o profissional de fisioterapia tem por objetivo em sua prática a realização de uma avaliação completa em benefício do futuro começo do tratamento, que será mais ativo se os dados que forem levantados sobre o paciente e sua patologia atual forem completos (GABRIEL, PETIT e CARRIL, 2001). A formação do fisioterapeuta está inserida na área médica e requer conhecimentos científicos em bioquímica e física. São necessários também conhecimentos em psicologia, introdutórios, como garantia de conhecimento humano, tendo como objetivo a reabilitação física do ser humano. Desse modo, valorizam-se os conhecimentos de psicologia em grau mais criterioso e profundo, oferecendo ao fisioterapeuta elementos que o capacitem a ir além da aplicabilidade técnica. No seu dia-a-dia, o fisioterapeuta depara-se com situações limites, em que tem diante de si pacientes com patologias crônicas que levam a distúrbios comportamentais, patologias psicossomáticas ou psíquicas que, durante o tratamento fisioterapêutico, exigem um diagnóstico do estado do paciente como um todo, para que o terapeuta possa proceder adequadamente. É na relação intersubjetiva que ocorrem as trocas e, dependendo da relação terapeuta-paciente, teremos respostas positivas ou negativas (VINADÉ, 2001). Almeida (2000) complementa que todo o profissional proponente de um procedimento fisioterapêutico tem obrigação moral e ética de provar cientificamente, a eficácia de seu método, técnica e procedimentos de intervenção fisioterapêutica antes que o mesmo seja colocado em prática. 2.2 FISIOTERAPIA APLICADA À ORTOPEDIA A manipulação articular é um procedimento antigo que tem sua origem nos primórdios da prática da medicina. Atualmente é praticada, principalmente por fisioterapeuta s e quiropratas e em menor grau por osteopatas e médicos alopatas. Os movimentos têm sido tradicionalmente descritos como uma relação espacial dos membros ou do tronco no eixo do corpo, a osteocinemática (adução, abdução, flexão, extensão, rotação, etc.) com pouca atenção nos movimentos que se dão na própria articulação, a artrocinemática, tais como: rotação e deslizamento (SCHWEITZER, 2004). 18 A fisioterapia começou no início do século 20 e tem uma relação muito direta com a medicina e, como tal, inicialmente desenvolveu seu conhecimento baseado na prática da manipulação da coluna vertebral e extremidades. Manipulação em fisioterapia tem se tornado uma parte significante na prática da reabilitação em termos de exercícios terapêuticos, movimentos ativos e passivos e/ou terapia manual (THOMSON, SKINNER e PIERCY, 1994). A definição de manipulação/mobilização para a Academia de Terapia Manual Ortopédica Americana é o hábil movimento passivo de uma articulação, e/ou dos tecidos moles relacionados a essa articulação, a uma velocidade e amplitude variável incluindo movimentos terapêuticos de curta amplitude e alta velocidade (SCHWEITZER, 2004). A fisioterapia manual ortopédica tem no acesso clínico a utilização de habilidade manual, incluindo, mas não limitado a manipulação/mobilização para avaliar e tratar os tecidos moles, estruturas articulares com o propósito de modular a dor, aumentar a amplitude de movimento, reduzir ou eliminar os processos inflamatórios, induzir o relaxamento, melhorar a reparação dos tecidos contráteis e não contráteis, a extensibilidade, facilitando o movimento e melhorando a função (THOMSON, SKINNER e PIERCY, 1994). Os tratamentos bem direcionados a área da ortopedia baseiam-se no entendimento de anatomia, biomecânica e fisiologia dos tecidos. Essas áreas fundamentam a prática clínica da fisioterapia ortopédica. Provavelmente a hipótese básica mais importante do entendimento em ortopedia é de que a estrutura é que dita a função. O conhecimento em anatomia é necessário porque é a anatomia que dita a biomecânica de partes do corpo, e o conhecimento em biomecânica é necessário porque através dela é que vamos entender completamente as funções. O estudo da fisiologia nos faz compreender os efeitos dos traumas e doenças nos tecidos e como a cicatrização afeta a biomecânica (SCHWEITZER, 2004). Segundo Schweitzer (2004), o papel do fisioterapeuta ortopédico está baseado em alguns princípios de tratamento de disfunções, levando também em consideração a natureza da dor crônica. A filosofia da disfunção (Quadro 1) é baseada nas seguintes doutrinas: 19 Quadro 1: Filosofia das disfunções Um dano articular, incluindo tais condições como osteoartrose, instabilidade, e efeitos de um entorse, são consideradas mais disfunção que doença; As disfunções são manifestadas tanto como o aumento ou a diminuição do movimento perante o normal esperado ou pela presença de um movimento aberrante; Onde a disfunção for detectada como movimento limitado (hipomobilidade), o tratamento de escolha é a manipulação das estruturas articulares, alongamento muscular e fascial e promoção de atividades que encoragem a completa amplitude de movimento; Onde a disfunção for detectada como aumento de movimento (hipermobilidade), lassidão ou instabilidade, o tratamento de escolha não é a manipulação, mas sim a estabilização, pela instrução de uma postura correta, exercícios de estabilização e correção de qualquer limitação de movimento das articulações vizinhas que possam contribuir para a hipermobilidade; De que a causa primária de doenças degenerativas articulares é a disfunção articular. Consequentemente pode-se concluir que a presença dessas doenças é devido a falta de acesso ao fisioterapeuta; De que o papel primário do fisioterapeuta é a avaliação e tratamento das disfunções, ao passo que a do médico é o diagnóstico e tratamento da doença. Esses são dois papéis diferentes, mas complementares em tratamento de saúde; De que desde que a disfunção é a causa da dor, a meta primária do fisioterapeuta deveria ser a de corrigir a disfunção mais do que a dor. Quando no entanto, a dor interferir na correção da disfunção, ela fará parte do programa de tratamento; De que a chave para entender a disfunção, e então ser capaz de avaliar e tratar, é entender anatomia e biomecânica. Isso consequentemente nos conduz ao desenvolvimento do nosso conhecimento e de habilidades nessas áreas, assumindo seguramente a liderança no gerenciamento das desordens não operatórias do sistema neuromusculoesquelético Fonte: Schweitzer, 2004. A função e importância do fisioterapeuta na ortopedia continua a evoluir a medida que os profissionais com graduação adentram os serviços da saúde (LESH, 2000). 2.3 SATISFAÇÃO A satisfação do cliente em relação ao produto/serviço adquirido depende da sua expectativa na hora da compra. Para que a organização consiga ser eficiente nos serviços de satisfação é necessário que os envolvidos entendam como o cliente 20 avalia sua satisfação em relação ao produto/serviço adquiridos (HAYES, 1995). Não se deve esquecer que os clientes são seres inteligentes e sensíveis, quando eles vão à empresa o mínimo que eles esperam é um atendimento adequado e com respeito e não tratado como só mais um negociante (STONE, 2002). Kotler (2000) afirma que a satisfação do cliente incide na sensação de prazer ou desapontamento da comparação/resultado percebido de determinado produto/serviço em relação às expectativas do cliente. Muitas organizações buscam atingir a alta satisfação dos clientes para que estes não mudem de fornecedor quando surgir uma melhor oferta. Além disso, as organizações precisam conhecer também o desempenho e as atividades dos principais concorrentes, para que estes não apresentem melhores ofertas para seus clientes (KOTLER, 2000). De acordo com Rodrigues (1994), hoje em dia, o cliente é: Muito mais pesquisador; Muito mais sensível a qualquer alteração de preços; Muito mais atento à qualidade dos serviços prestados; e muito mais exigente com a qualidade dos produtos. As expectativas boas ou ruins dos compradores são influenciadas pelas experiências anteriores de compra, recomendação de amigos e colegas, e informações e promessas das organizações e dos concorrentes (HAYES, 1995). Segundo Czinkota (2001), as organizações: [...] cometem três erros que conduzem aos níveis menores de satisfação do cliente. Primeiro, muitas continuam a ver os serviços ao cliente como um custo em vez de um investimento. Segundo, elas tendem a esquecer que a satisfação do cliente é uma variável em constante ascensão. O terceiro erro mais comum é a incapacidade da empresa de ligar a satisfação do cliente ao seu pessoal de base. Continua, comentando Czinkota (2001) o método mais simples e poderoso para medir a satisfação do cliente “é a abordagem de desconfirmação da expectativa que mede a satisfação do cliente comparando as expectativas com as percepções”. De acordo com Kotler (1998) “o cliente encantado cria um vínculo emocional com o produto ou serviço, não apenas uma preferência racional, o que cria nele um alto nível de lealdade”. Para Carbonera (2004), não se deve contentar em apenas satisfazer os 21 clientes, mais também em fornecer serviços que gerem satisfação máxima. Desta maneira os clientes retornaram ansiosos por mais serviços. Além de satisfazer os clientes, as organizações devem procurar satisfazer os clientes internos, ou seja, seus próprios funcionários. Analisando o seu comportamento, identificando os seus problemas e desejos, suas necessidades para que assim possa treiná-los e motiválos para obter um bom desempenho. As palavras desejos e necessidades são incansavelmente citadas neste trabalho, pois estão ligadas indiscutivelmente a qualquer indivíduo que participe de qualquer processo de compra. Segundo Gobe et al., (2004) “Necessidades são situações de desequilíbrio inerentes ao ser humano, como fome, sede, sono, etc. [...] Desejo é a maneira diferenciada de atender a uma necessidade”. A hierarquia das necessidades humanas foi criada segundo Gobe et al., (2004, p. 53) por Abraham Maslow que compôs esta hierarquia por dois grandes grupos: as necessidades primárias e as necessidades secundárias. As necessidades primárias, também denominadas fisiológicas, referem-se a carências básicas, instintivas do ser humano, como fome, sede, sexo e sono. As necessidades secundárias, por sua vez, estão associadas à segurança, integração, estima e auto-realização. Para Maslow, é necessário satisfazer primeiro as necessidades primárias, para que as secundárias se tornem motivadoras do comportamento humano (GOBE et al.,, 2004, p. 53). Observa-se que a pirâmide da hierarquia das necessidades de Maslow que o consumidor coloca em sua escala de prioridades primeiramente as suas necessidades básicas e depois as suas necessidades secundárias realizando uma escala sendo cada vez mais exigente com os novos produtos a serem adquiridos, até conseguirem satisfazer os seus desejos se auto-realizando (GOBE et al.,, 2004). A satisfação do cliente está diretamente ligada ao nível de suas expectativas com o produto/serviço comprado. Segundo Kotler (1998), os desejos são “carências por satisfações específicas para atender às necessidades”. Dependendo da cultura da sociedade essas necessidades e desejos variam constantemente. Ainda como cita Kotler (1998), “os desejos humanos são continuamente moldados e remoldados por forças e instituições sociais, incluindo igrejas, escolas, famílias e empresas”. As pesquisas de satisfação também transmitem para os clientes a mensagem de que a organização preocupa-se com o bem-estar deles e valoriza a contribuição a respeito do seu processo de prestação de serviços. Conhecer os 22 clientes é fundamental para uma ação mais eficiente; ter todos os dados destes clientes, para ter a capacidade de analisar estes dados e finalmente transformá-los em informações úteis (HAYES, 1995). 2.3.1 Saber ouvir os clientes Um dos aspectos que costumam impedir as organizações de atender melhor os clientes é a falta da consciência em relação à importância de ouvi-los com regularidade (KOTLER, 2000). Diante do crescente aumento de reclamações, principalmente nos departamentos de atendimento a clientes das organizações, Shiozawa (1993) “considera que menos de 5% de clientes efetivamente insatisfeitos reclamam”. Para ele, os demais preferem transmitir sua insatisfação para outras pessoas. Expõe que: “O dado mais significativo, no entanto, é que 90% dos clientes insatisfeitos nunca mais voltarão”. Alerta que “o custo para se conseguir um novo cliente é cinco vezes maior do que para manter um cliente atual”. Com certeza isso significa grande ameaça para o negócio da organização que se viu mal-sucedida, haja vista que a concorrência vem se tornando cada vez mais acirrada no mercado. Se a organização não acompanha as ocorrências, buscando corrigi-las sabiamente, e no menor prazo possível, com certeza os reflexos não serão bons (KOTLER, 2000). Acerca dessa questão, Kotler (2000) orienta que a organização “deve avaliar a satisfação de seus clientes regularmente”. Afinal, é uma questão de sobrevivência. O autor também faz questão de ressaltar em sua obra que pesquisas realizadas mostram que os clientes, embora fiquem insatisfeitos em 25 por cento de suas compras, apenas 05 por cento efetivamente reclamam. Sem conhecer o cliente, o serviço de atendimento dificilmente o deixará feliz (KOTLER, 2000). Segundo Porter (1986) para se tentar vender um determinado produto/serviços aos clientes, torna-se fundamental conhecer a vontade e necessidades deles. A partir do momento que são conhecidas às expectativas e aspirações dos clientes, resta se perguntar quanto tempo, esforço e recurso serão necessários para investir no sentido de oferecer a eles o que eles realmente querem e podem esperar da organização. Assim, torna-se fundamental investir no 23 atendimento, e, isso, segundo o autor, significa o seguinte: a) investir em treinamento para incentivar seu pessoal; b) investir na formação (e seleção) de gerentes e equipes confiáveis, voltados para o cliente e para o pessoal da empresa; c) investir em sistemas (de informação, faturamento, controle, distribuição, telefone, etc.) que assegure que a promessa ao cliente seja sempre cumprida; d) investir em pequenos extras (ou adornos que façam os clientes vibrarem); e) investir em um produto ou serviço diferenciado de seus concorrentes. A visão da organização deve contemplar o investimento no cliente. Kotler (2000) sugere de uma forma bastante sutil, aspectos que a organização deve explorar em sua estratégia de investimento no atendimento a clientes e que, na opinião dele, torna-se fundamental para o sucesso do negócio a longo prazo. Os aspectos abordados são os seguintes: a) acessibilidade ao produto/serviço, através de números de telefones gratuitos, linhas quentes, pedidos por telefone, etc.; b) rapidez nas respostas às necessidades dos clientes, utilizando sistemas de visita, entregas dia e noite, respostas telefônicas, respostas às cartas, etc.; c) fatores de conforto e conveniência para o cliente, como por exemplo, recepção, lugares para sentar, hospitalidade, decoração, transporte para e dos locais da organização, horário de abertura, facilidade de compra/serviço, etc.; d) pessoal da empresa, tendo em mente a importância do desenvolvimento de atitudes, comunicação, treinamento, gratificações, etc.; e) aperfeiçoamento do produto/serviço, gerando qualidade e confiabilidade, mais características, design, facilidade de uso, manuais, etc.; f) adornos do atendimento ao cliente, como brindes, descontos, pacotes, embalagens, etc.; g) sistemas da organização como faturamento, banco de dados de clientes, reservas, telefones, distribuição; h) comunicação com os clientes, envolvendo horários, folhetos, impressos, questionários, pesquisas etc.; i) aumento de recursos no atendimento; As organizações, de uma maneira geral, pensam que sabem o que seus clientes querem, mas na verdade seu concorrente lhe oferece um diferencial e o 24 conquista, ou seja, acaba tirando mais um cliente da sua carteira (KOTLER, 2000). Saber ouvir os clientes é uma estratégia para poder expandir a organização. O cliente determina o rumo da organização, pois ela vive em função dela. É preciso estar atento para poder captar as suas intenções. Ouvir não é apenas escutar e dizer está tudo bem e não tomar as devidas providências é saber ponderar e concluir corretamente. O cliente muitas vezes não fala claramente, apenas deixa transparecer. É aí que entra a sensibilidade dos membros da organização que tratam diretamente com ele (KOTLER, 2000). Muitas organizações criam meios mais explícitos para ouvir o cliente como linha direta por telefone, formulários escritos ou até caixas de sugestões colocadas em lugar estratégico. O problema é que nem sempre os clientes estão dispostos a cooperar neste momento por algum motivo pessoal. Se a organização acha realmente importantes estes meios ela deve procurar alguma forma de fazer com que o cliente considere importante a sua colaboração, caso contrário acaba falhando no seu intuito. Conforme Kotler (2000), a pesquisa de satisfação do cliente demonstra que 25% dos clientes tende a ficarem descontentes com as compras, e o pior é que 95% não reclamam, seja porque não sabem como ou quem reclamar seja por não achar que o esforço não vale a pena. Portanto, saber ouvir não é apenas saber escutar as reclamações é também saber entender o que cliente quer, não só o que a organização tem, mas também perceber as tendências decorrentes da evolução natural. Isto é um fator importante, pois nenhuma organização cresce se não evoluir nos seus negócios (CZINKOTA, 2001). Mesmo quando se sabe que o cliente está errado em um certo argumento, o atendente não deve discutir antes dele falar tudo o que sente, deixando para argumentar depois. Assim que ele expor seus sentimentos então o atendente pode apresentar suas razões. Porque nesse momento o cliente já descarregou o negativismo estando propício a escutar e possivelmente entender se as razões forem verdadeiras. Segundo refere Vavra (1993), “é importante permitir que o cliente descreva completamente seu problema. Não interrompa a reclamação mesmo que compreendeu totalmente a natureza do problema”. As pessoas da organização precisam saber mais do que ouvir. Elas têm de perceber quando algo não está indo bem. É preciso cortar o mal pela raiz. Se desconfiar que gerou um sentimento de insatisfação, e isto é possível de detectar 25 pela expressão dependendo da capacidade do atendente (KOTLER, 2000). 2.3.2 Valor para o cliente O motivo pela qual as organizações se mantêm no mercado são os clientes, pois estes vão a busca de produtos/serviços que venham suprir suas necessidades e desejos. A organização, por sua vez, busca superar as expectativas do cliente para manter um bom relacionamento afetivo (HAYES, 1995). Para Gordon (2001) “a palavra cliente é reservada para os compradores como um todo e representa a audiência total a partir da qual a empresa e seus concorrentes obtêm seus negócios”. Existem muito tipos de clientes, com características singulares que torna cada cliente único. O tratamento dado a cada cliente deve levar em conta estas características, por isto a importância de conhecê-lo. Mas para identificar o cliente é preciso tempo. Pelo seu comportamento é que podemos conhecê-lo. Absorvendo conhecimento a seu respeito, podemos aplicar tratamento de acordo. À medida que o relacionamento vai aumentando, temos mais informações e melhor poderá ser este tratamento (KOTLER, 2000). Cada organização tem um tipo de negócio. Algumas lidam com clientes onde a diversificação é grande, ou seja, com bastantes clientes novos frequentemente, principalmente aquelas organizações que possuem muita concorrência no mercado e ainda aquelas com pouca variação. Normalmente, este tipo de organização vende para outras que atuam como intermediários. As organizações que vendem para o consumidor final, normalmente têm uma grande variação de novos clientes. Portanto, os meios de informação são importantes para identificar os clientes e saber lidar com estas informações é fundamental (GORDON,2001). 2.4 QUALIDADE NO ATENDIMENTO Segundo Kotler (2001) “a qualidade no atendimento e em serviços prestados é algo muito importante para a satisfação do cliente, pois são estes dois itens que levam o cliente a obter fidelidade com a empresa”. 26 A qualidade no atendimento é essencial, pois não adianta a organização vender um produto/serviço e logo após, abandoná-lo, é necessário que após a venda, o atendimento continue sendo feito com visitas aos clientes que utilizaram o produto/serviço, e assim, verificar o grau de satisfação do mesmo em relação ao produto/serviço, caso haja algum problema deve-se solucioná-lo imediatamente, pois assim o cliente ficará satisfeito e obterá segurança em obter novos produtos/serviços da organização (KOTLER, 2001). Freemantle (1994) apresenta 14 testes-chave para o incrível atendimento ao cliente, os quais são aplicáveis a todas as empresas e organizações, sejam elas do setor público ou privado. Os testes são imutáveis e refletem os fundamentos básicos do atendimento ao cliente. O autor acredita que a organização que passa nesses testes demonstra ter atingido um extraordinário atendimento a clientes, a tal ponto que não pode ser superado por qualquer um de seus concorrentes. São eles: a) cumprindo a promessa de atendimento; b) o atendimento telefônico em cinco segundos; c) respostas documentadas em dois dias; d) tempo máximo de espera de cinco minutos; e) atitudes positivas dos empregados; f) comunicações pró-ativas; g) sinceridade e franqueza; h) confiabilidade dos sistemas; i) reparação rápida; j) estar por dentro; k) domínio da frente de atendimento; l) pequenos extras; m) atenção aos detalhes; n) aparência imaculada. Uma organização pode apresentar todos os recursos necessários ao seu pleno funcionamento, mas se o atendimento a clientes não for suficiente, ela provavelmente não terá progresso. Consoante com essa idéia, Freemantle (1994) observa que: O atendimento ao cliente é o teste final. Você pode fazer tudo o mais certo, em termos de produto, preço e marketing, mas, a não ser que você complete o processo com um atendimento ao cliente incrivelmente bom, corre o risco de perder negócios ou até mesmo sair do negócio. O bom atendimento deve-se iniciar desde quando o cliente faz a primeira ligação para a organização, com uma recepção carinhosa e atenciosa e também antes de tudo, educada. Logo após a ligação alguma pessoa da organização deve ligar para o cliente que o procurou e atendê-lo para verificar quais a necessidades e objetivos (KOTLER, 2001). Deste modo poderá ser realizada uma venda com um grau de satisfação muito grande em relação ao cliente, pois o mesmo foi atendido conforme suas necessidades. Após esta tarefa de “venda” devemos voltar ao cliente 27 para ver seu grau de satisfação e também assim obter a fidelidade do mesmo em relação à organização. Para Freemantle (1994), a qualidade no atendimento em serviços é bastante importante dentro da organização para a satisfação dos clientes. Segundo Kotler (2000, p. 67), atendimento ao cliente significa “[...] todas as atividades que facilitam aos clientes o acesso às pessoas certas dentro da empresa para receberem serviços, respostas e soluções de problemas de maneira rápida e satisfatória”. Para Dias (2003), atendimento ao cliente é: “comunicação interativa, iniciada, em geral, pelo cliente, com o propósito de responder dúvidas e perguntas, esclarecer sobre a maneira de consumir e resolver problemas decorrentes do uso do produto”. A estratégia de atendimento pós-venda é interessante porque, por mais eficiente que seja o atendimento de uma organização pode ter havido motivo de descontentamento gerado ao cliente. Isto é um fato que se deve estar preparado. Quando o cliente reclama é o mesmo que ele estivesse dizendo que quer continuar cliente, basta corrigir o problema ocorrido. Ao contrário, se não reclama ele pode simplesmente está cortando a relação com a organização. Se a operação pós-venda acontece no tempo hábil, ou seja, não muito além da operação de venda, pode-se contornar um possível problema existente (KOTLER, 2001). 2.4.1 Melhoria no atendimento Manter clientes é uma estratégia natural para as organizações, entretanto, estas se preocupam em atrair novos clientes. Os recursos disponibilizados para a conquista de novos clientes podem não ser suficiente para dar suporte às vendas futuras, ou seja, as prestações de serviços. As pressões do mercado atual estão forçando as organizações a renovar seus compromissos com os clientes. A manutenção de clientes requer ações gerenciais interligadas para que se desenvolvam e aprimorem os relacionamentos com clientes, concomitantemente com a eficiência organizacional implementada (PIAZZA, 2001). Alterar os processos de empresas criadas em um ambiente menos competitivo, menos globalizado e tecnologicamente menos complexo representa desafios. As organizações precisam adequar-se ao mercado, reorientar suas 28 atividades buscando satisfazer as necessidades dos clientes. De acordo com Piazza (2001), no cenário atual as organizações apresentam preços e espaço no mercado com concorrentes globais, neste ambiente volátil, o compromisso com a qualidade em cada fase do processo de fornecimento de serviço permite que as organizações possam prever e satisfazer as exigências em evolução dos seus clientes. Os atuais clientes não reconhecem as antigas regras ou antigas negociações e, nem mesmo importam-se com isto. O importante para esses clientes é que a organização esteja preparada e disposta a adaptar seus serviços, de modo que estes possam enquadrar-se nas estratégias. Este fato representa a evolução do marketing para a empresa orientada para o mercado (PIAZZA, 2001). Em relação à rapidez das mudanças no mercado observa-se que há cada vez menos razões para a abordagem tradicional satisfazer as reais solicitações e exigências do cliente e ao mesmo tempo ser competitiva. 2.4.2 A arte no atendimento As técnicas de vendas/prestação de serviços se apresentam de maneira diferentes, para que a negociação tenha êxito não importa o nome da técnica e sim suas orientações quanto às objeções que o consumidor irá efetuar. Não existem técnicas infalíveis às variações de cada atendimento, de cada cliente, de cada objeção, determinarão o melhor aproveitamento da técnica pelo prestador. De acordo com Souza (1994) os momentos de venda acontecem: “[...] na recepção; demonstração; venda complementar; primeiro fechamento; segundo fechamento; burocracia; despedida e pós-venda”. Algumas pessoas insistem em querer padronizar a recepção, nem os clientes, nem os prestadores/vendedores podem ser encaixados em padrões. A tendência de querer impor um modelo que sirva para todos os clientes, normalmente tem histórias de insucesso. A recepção deve ser efetuada com interesse, respeito, aguardando a percepção do cliente para abordá-lo, estar próximo, porém não pressioná-lo, ser criativo na abordagem respeitando as diferenças como idade, sexo, cultura. De acordo com Piazza (2001) existem pontos que podem ajudar muito na qualidade do atendimento, sendo: na demonstração do serviço é necessário que o profissional conheça a gama disponíveis para argumentar sobre os mesmos e 29 identificar o que o cliente deseja; a venda complementar é a oportunidade de ofertar produtos/serviços adicionais aliados à necessidade do consumidor; e o fechamento é o resultado do processo eficiente, que envolve a recepção e a demonstração. A parte burocrática do atendimento também é venda, após o fechamento é normal o profissional encaminhar o cliente ao fechamento do negócio, contrato e parcelamento ou pagamento e outros setores burocráticos, para assegurar a qualidade no atendimento é importante que existam sistemas que possibilitem o acompanhamento do profissional (SOUZA, 1994). A operação pós-venda de um serviço objetiva verificar a satisfação do cliente e corresponder suas expectativas colocar-se à disposição para eventuais necessidades, são objetos do pós-venda a entrega, a qualidade do serviço e a satisfação do cliente. Segundo Pilares (1989): Dominando os processos de comunicação, inclusive com aplicação dos recursos da análise transacional aos objetivos da empresa, o funcionário se qualifica ao atendimento diferenciado ao cliente. Ressaltando a importância de o cliente sentir-se único e destaca os mecanismos que fazem essa atividade alcançar êxito com as pessoas envolvidas e, por conseqüência no nível da empresa. Os consumidores sentem necessidades de serem tratados como únicos. O cliente espera que a organização reconheça a importância de sua pessoa e sua solicitação, que o profissional não somente reconheça este fato, bem como, favoreça por meio de seus conhecimentos técnicos a realização dos negócios. Cada situação de atendimento é única, variando de pessoa para pessoa e de momento para momento, portanto, o atendimento deve ser diferenciado. Atendimento diferenciado significa aquele respaldado pela organização ao tratamento adequado que os profissionais dispensam aos clientes (PILARES, 1989). 2.4.3 Fidelidade do cliente Os clientes precisam ser identificados, pois para estabelecer-se relações tal conhecimento é imprescindível, a partir daí, aprender sobre eles, suas necessidades e seus desejos, utilizando essas informações para estreitar o relacionamento e conhecê-lo cada vez mais. Isso dá à organização um diferencial e cria barreiras de confiança tornando inconveniente a imigração para um concorrente, porque o novo relacionamento começaria do zero, sem nenhum conhecimento de 30 ambas as partes (KOTLER, 1999). A retenção de clientes, em um mercado altamente competitivo, é vista como a melhor forma que a organização tem para ampliar suas negociações, mesmo porque, qualquer empresa em qualquer ramo de negócio deve procurar constantemente fazer o melhor para seus clientes. Para Kotler (1999) “O principal é manter os clientes atuais e desenvolver cada vez mais o relacionamento existente”. A vantagem competitiva que a empresa possui é o conhecimento de seus clientes, todo o resto a concorrência pode oferecer. Como as expectativas dos clientes aumentam com o tempo, eles tendem a não mais se satisfazer se a organização não conseguir acompanhar as mudanças de suas necessidades e desejos, o que demanda tempo e investimento (KOTLER, 1999). A satisfação pode ser obtida em uma única transação, porém a fidelização dos clientes está somente a longo prazo. Não há garantias de que os clientes poderão aceitar as ofertas da concorrência. Entretanto, um cliente fiel pensará duas vezes antes de trair. O que influência a satisfação dos clientes são diversos motivos, entre eles, produtos e serviços de qualidade, preço percebido como justo, condições de pagamento satisfatórias, cumprimento de prazos e compromissos assumidos pela empresa, disponibilidade dos produtos/serviços, entrega adequada, escuta atenciosa, diálogo de compromisso, descontos e ofertas especiais e facilidade de compra (CHURCHIL e PETER, 2000). Após qualquer negociação, as organizações devem manter um acompanhamento junto aos seus clientes. Isso porque o trabalho de pós-venda é muito importante para ambos, sendo considerado o momento da verdade, onde a organização pode ou não conquistar a lealdade dos clientes. O importante para o cliente é a diferença entre as percepções quanto aos benefícios e custos e uso dos serviços (CHURCHIL e PETER, 2000). Os clientes ao adquirirem um serviço avaliam os resultados da compra concentrando-se na relação custo/benefício do serviço, ou seja, se o mesmo gerou valor maior que os custos. As organizações devem buscar a conquista contínua de seus clientes, devem conhecê-los e desenvolver parcerias em longo prazo, assim é a conquista de uma pós-venda leal que resulte em uma produtividade constante. Revela-se de tal forma como o pós-venda pode contribuir com ações que visam concretizar a negociação. Após o fechamento de uma negociação as organizações devem se 31 comunicar com os clientes para acompanhar a entrega e satisfação dos serviços, verificando assim, se o mesmo acarretou em algum problema, bem como a aceitação no mercado em que atua. Churchil e Peter (2000), conclui que neste novo milênio, o homem rediscute esse completo e contraditório mundo que ajudou a criar e cujo produto principal é uma soma de incertezas, expectativas e esperança. A tarefa não é só transformar o mundo, mas também torná-lo sustentável, agora e no futuro. 2.5 QUALIDADE NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS AO CLIENTE Somente a qualidade do atendimento não é capaz de desempenhar uma venda, mas trará uma superioridade competitiva a longo prazo. Desenvolver a confiança e fidelidade colocar-se no lugar do cliente, dominar a motivação, prestar atenção, estar sempre alerta, trabalhar em equipe, ponto este fundamental em uma organização, demonstrar confiança e lealdade, motivação pessoal, resolver sempre o problema, manter o profissionalismo, entender a organização e o setor, organizar as atividades de trabalho são as competências fundamentais para a linha de frente o atendimento e prestação de serviço (WALKER, 1991). A empresa deve estar voltada totalmente para o atendimento com qualidade, não se deve vender os produtos/serviços por que o mercado está presente, mas criar novos mercados, tentando equacionar as necessidades dos clientes e também da sociedade. Para Reis (1993) “[...] na vida cotidiana, a muitos exemplos de ganhos a curto prazo e perdas a longo prazo. Boas coisas acontecem a quem se sacrifica”. Para saber como ter a pessoa certa, na hora certa, para fazer certo, e satisfazer as necessidades do cliente têm-se que ter em mente tudo o que os autores colocam. No enfoque de Walker (1991) “se os serviços não correspondem às expectativas, os clientes ficarão insatisfeitos, principalmente se uma campanha publicitária lhes houver prometido algo melhor”. Satisfazer um cliente é de suma importância para a empresa. Cabe a empresa buscar a plena satisfação dos clientes, caso o contrário, estará fora do mercado. Para Kotler, (1998) “satisfação consiste na sensação de prazer ou 32 descontentamento resultante da comparação do desempenho ou resultado percebido de um produto ou serviço em relação às expectativas do comprador”. Vavra (1993) conceitua: [...] oferecer produtos e serviços que satisfaçam exige conhecimento das expectativas dos clientes. Isso ocorre porque a maioria dos programas de mensuração de satisfação não apenas simboliza os níveis de satisfação, mas também fornece conhecimento das expectativas dos clientes. Segundo Whiteley (1999) “as necessidades dos clientes precisam ser ensinadas, enfatizadas e reveladas constantemente. [...] Elimine as barreiras que impedem o seu pessoal de servir os clientes eficientes e previsivelmente”. Com isso deve-se observar os clientes e discutir sobre eles, para que a empresa possa melhorar constantemente tanto no atendimento como no relacionamento com o consumidor final. Para transformar uma empresa para ser voltada a satisfação de seu cliente, procurando entendê-lo, terá que haver mudanças, tanto em atitudes, como também em comportamento e as suas estruturas. A empresa terá que mudar sua própria cultura para o sistema funcionar de maneira competente (VAVRA, 1993). 2.6 COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL COMO FATOR DE MELHORIA AO CLIENTE Quando as organizações efetuam negociações, está se falando em uma comunicação de mão dupla, visto que o objetivo é chegar a um acordo entre as partes. Negociar significa estar satisfeito com o resultado, e que inclui a comunicação, venda, marketing, psicologia, sociologia, firmeza e administração de conflitos. Algumas negociações envolvem interlocutores em negócio fora de sua organização, enquanto outras os envolvem dentro de sua organização, como o seu chefe, executivos graduados, advogados, contadores e outros tecnocratas. Tanto em situações internas quanto externas, o objetivo principal de uma negociação é ajudá-lo a conseguir o que você quer (ACUFF, 1997). Deve-se ter uma boa noção dos levantamentos feitos, de como irá se sentir o outro negociador ao tentar persuadi-lo a fazer o que se deseja que façam. 33 Um negociador pode ser um comprador ou um vendedor, um cliente ou um fornecedor, um chefe ou um funcionário (KOTLER, 1999). Em todos esses casos, a sua capacidade de negociação tem uma forte influência sobre a sua capacidade de avançar, tanto na vida profissional e organizacional como nas suas outras relações interpessoais. Hoje em dia a informática não é somente um armazenador de dados, usando esta ferramenta com muita sabedoria, podemos transformá-las em informação, que nos dará sustentação na tomada de decisão. Na concepção de Polloni (2000,), “os dados de um sistema de informação, tornou-se forte, poderosa e sua evolução tem sido cada vez maior [...], sistema de informação: qualquer sistema que processa informações e produza resultados para um fim específico”. Um Sistema de Informações Gerenciais utiliza uma filosofia administrativa baseada nos objetivos da empresa a longo prazo. O Sistema de Informações Gerenciais está mais voltado para as informações dirigidas à decisão do que para a motivação dos indivíduos do sistema de informação gerencial, é o Sistema de Informação que engloba todos os componentes da organização e todos os seus níveis de decisão (POLLONI, 2000, p. 56). O sistema de informação está ligado diretamente a agilidade das informações, onde estas proporcionam uma resposta rápida aos clientes e também aos próprios funcionários, estabelecendo um comprometimento tanto com a organização, quanto com o cliente. A rapidez das informações faz com que os clientes tenham credibilidade na empresa, tendo assim uma razão a mais para fecharem seus negócios (KOTLER, 1999). A engenharia de um serviço está relacionada à qualidade, pois este processo é a principal ferramenta da informação que será dada ao consumidor final. O sistema de informação é uma ferramenta que mudou muito o hábito de fazer as informações chegarem aos seus respectivos fins. É um fenômeno das atividades sociais e econômicas (POLLONI, 2000). 34 3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS O presente capítulo busca elucidar de forma concisa os procedimentos utilizados na realização da pesquisa, descrevendo os passos de desenvolvimento e aplicação da mesma, assim como um breve histórico da área de estudo. A pesquisa é compreendida como um processo investigativo que busca a compreensão de fenômenos ou problemas naturais, econômicos, políticos e sociais, visando sua superação e a produção de novos conhecimentos para o bem estar do homem (OLIVEIRA, 2002). A descoberta de qualquer fenômeno passa por uma pesquisa. Daí a importância da pesquisa científica (GIL, 2002). Para pesquisar precisa-se de um conjunto de métodos e de técnicas. Pesquisar é investigar de forma profunda um determinado fenômeno, utilizando métodos e técnicas (SEVERINO, 2002). Gil (2002) complementa dizendo que para qualquer pesquisa usualmente utiliza-se uma classificação com base nos objetivos gerais do estudo, assim é possível classificar esta pesquisa em: documental, bibliográfica, descritiva e qualiquantitativa, seguida de pesquisa de campo por meio de entrevista indireta. Foi feita uma pesquisa bibliográfica, onde buscou-se maiores informações para dar embasamento a partir de referências teóricas publicadas em documentos sobre o tema em estudo, foi utilizado livros, artigos de revistas, anais e internet Segundo Gil (2002, p. 444), “A pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos”. Severino (2002) complementa que a pesquisa bibliográfica abrange além de livros e artigos cientificamente comprovados, fontes como jornais, revistas, monografias, dissertações, teses, DVD, incluindo também outras fontes como eventos e seminários. A pesquisa deste estudo também foi qualiquantitativa, ou seja, qualifica os dados colhidos, onde estes são analisados e interpretados e também quantifica por meio de medidas e cálculos os dados do questionário, sempre estabelecendo uma ponte entre o pretendido e o possível de ser realizado (OLIVEIRA, 2002). Resumindo, a abordagem qualitativa busca a compreensão e a quantitativa a explicação (SEVERINO, 2002). 35 A pesquisa descritiva tem como objetivo prioritário propor possíveis intervenções e procurar ampliar o nível de conhecimento sobre o assunto em questão. Segundo Gil (2002, p. 42): As pesquisas descritivas têm como objetivo primordial a descrição das características de determinada população ou fenômeno ou, então, o estabelecimento de relações entre variáveis. São inúmeros os estudos que podem ser classificados sob este título e uma de suas características mais significativas está na utilização de técnicas padronizadas de coleta de dados, tais como o questionário e a observação sistemática. Buscou-se, na presente pesquisa, a inserção da pesquisadora neste contexto, uma vez que também fazem parte integrante do grupo pessoas àquelas que apresentam como foco o levantamento de opiniões, atitudes e crenças de uma população sobre determinada situação (OLIVEIRA, 2002). 3.1.4 Pesquisa de campo Foi utilizada também uma pesquisa de campo em forma de entrevista realizada pessoalmente com os pacientes que utilizam os serviços dos acadêmicos fisioterapeutas da Clínica Ortopédica da UNESC. Segundo Oliveira (2002), a pesquisa de campo consiste na observação espontânea dos fatos e fenômenos, geralmente no próprio local onde ocorrem tais fenômenos. 3.2 ABORDAGEM DA PESQUISA A pesquisa foi realizada na Clínica Ortopédica da Universidade do Extremo Sul Catarinense - UNESC, localizado no próprio campus na cidade de Criciúma – SC. A Clínica de Fisioterapia da Unesc é um serviço que tem como objetivo atender a pacientes em risco social - os que não possuem condições financeiras de manter um tratamento. A clínica beneficia a população carente de Criciúma e região. A assistência é gratuita nas áreas de: Ginecologia e Obstetrícia: atendimento e Programa de Atenção Materno-infantil e Familiar (Pamif); Cardiologia; Neurologia; Ortopedia; e Respiratória: atendimentos e Programa de Reabilitação Pulmonar e 36 Bem Viver com Alzhemier. A equipe que atua na Clínica é formada por professores e acadêmicos do curso de Fisioterapia da Unesc e presta serviços para pessoas de Criciúma e região. Para ser paciente da Clínica de Fisioterapia da Unesc é necessário, primeiramente, observar os critérios de atendimento de pacientes; depois, entrar em contato com a secretaria da Clínica para agendar e realizar avaliação scioeconômica com assistente social. Poderão ser atendidas na Clínica de Fisioterapia da Unesc pessoas de todas as faixas etárias, desde crianças até idosos. Cada indivíduo recebe atenção de acordo com suas necessidades. 3.3 POPULAÇÃO E AMOSTRA Fazem parte desta pesquisa, 10 pacientes da clínica que utilizam os serviços fisioterapêuticos que necessitando de atenção às disfunções ortopédicas, tendo iniciado o tratamento no período de 18 de outubro á 1 de novembro. 3.4 INSTRUMENTO E COLETA DADOS A entrevista foi feita pessoalmente pelo próprio pesquisador e por colegas acadêmicos estagiários da décima fase com os pacientes que utilizam os serviços fisioterapêuticos; tinha como instrumento de coleta de dados um questionário contendo 17 questões, sendo que todas são fechadas abordando questões expectativas, importância do tratamento, classificação da dor após as sessões de fisioterapia, principais benefícios percebidos em relação ao tratamento, recomendações sobre o tratamento recebido para amigos e parentes e a suficiência das sessões para o tratamento. Segundo Severino (2002), as perguntas fechadas destinam-se a obter respostas mais precisas, sendo mais utilizadas na pesquisa quantitativa. As questões são padronizadas e estruturadas de forma a impor limite nas respostas. Responderam ao questionário inicial, dez pacientes que iniciaram o tratamento fisioterapêutico no período entre 18 de outubro e 1 de novembro. Do total 37 da amostra, um paciente não respondeu ao questionário final, pois não deu continuidade ao tratamento. Desta forma, a amostra inicial foi composta por dez indivíduos e a amostra final se deu com apenas nove participantes. Após a pesquisa aplicada e com as informações obtidas na pesquisa, os dados foram codificados e tabulados, apresentados em gráficos e suas respectivas análises. 38 4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS Foi realizada uma pesquisa com os pacientes ortopédicos da Clínica Ortopédica da UNESC, avaliando sua satisfação em relação aos serviços prestados pelos acadêmicos fisioterapeutas (Apêndice 1). Em relação ao tempo de patologia, 30% dos entrevistados alegaram que o tempo de sua patologia foi de até 3 meses, 20% alegaram mais de um ano, 20% até 6 meses, 20% até um mês e 10% até um ano. Nota-se que a maioria dos entrevistados tem até 3 meses de patologia. Tabela 1: Tempo de patologia Tempo Até 1 mês Até 3 meses Até 6 meses Até 1 ano Mais de 1 ano Total de Entrevistas Quantidade 02 03 02 01 02 10 Porcentagem 20% 30% 20% 10% 20% 100% Fonte: Dados do pesquisador, 2009. Quanto mais tempo o paciente ficar com sinais e sintomas sem procurar a ajuda especializada maior é o risco para a própria saúde. A auto medicação é um recurso que agrava mais ainda a situação, pois mascarando os sintomas as enfermidades se instalam e desenvolvem-se (GARBIEN et al., 2005). Sobre o tempo de diagnóstico clínico da patologia, 10% relatou ter seu diagnóstico descrito a 1 mês, 20% dos pacientes relataram ter seu diagnóstico há 3 meses, 50% dos pacientes há 6 meses, e 20% dos pacientes há mais de 1 ano. Nota-se que ninguém possuía tempo de diagnostico de 6 meses a 1 ano. Tabela 2: Tempo de diagnóstico clínico Tempo Até 1 mês Até 3 meses Até 6 meses Mais de 1 ano Total de Entrevistas Quantidade 01 02 05 02 10 Porcentagem 10% 20% 50% 20% 100% Fonte: Dados da pesquisa, 2009 Segundo Garbin et al., (2005) o atendimento médico apropriado nos 39 primeiros sintomas da doença é de suma importância para prevenir agravamentos, sequelas e outras complicações provenientes da doença. A demora no diagnóstico médico pode influenciar diretamente no quadro patológico das enfermidades ortopédicas, onde o processo inflamatório da lesão pode agravar-se levando a um quadro de acometimento maior dos tecidos envolvidos na lesão (AEGERTER; KIRKPATRICK, 1978). Hoje em dia nos países desenvolvidos existe uma diminuição da procura médica por uma parte da sociedade, com os avanços tecnológicos como a Internet a informação esta de fácil acesso, e com essa informação um numero maior de pessoas tendem a se auto tratar com base na rede mundial de computadores (GARBIEN et al., 2005). Os 70% dos pacientes que relataram já ter realizado Fisioterapia em algum momento são os mesmos que já tem seu diagnóstico descrito há 3 meses ou mais, onde já vinham tratando sua patologia com a Fisioterapia. Tabela 3: Realização de tratamento fisioterapêutico anteriormente Realização de tratamento Quantidade Porcentagem fisioterapêutico Sim 07 70% Não 03 30% Total de Entrevistas 10 100% Fonte: Dados da pesquisa, 2009 Conforme Nascimento et al., (2006) o fisioterapeuta conquista seu espaço mostrando seu trabalho, mostrando o valor da fisioterapia. Em relação ao item que região do corpo eles apresentam os quadros álgicos, 40% dos pacientes relataram dores na região torácica, 40% dos pacientes na região lombar e 20% dos pacientes na região cervical. Tabela 4: Dor em que região corporal Dor em que região corporal Região cervical Região lombar Membros inferiores Total de Entrevistas Quantidade 02 04 04 10 Porcentagem 20% 40% 40% 100% Fonte: Dados da pesquisa, 2009 Segundo Valério et al., (2008) as regiões da coluna vertebral mais afetadas por quadros álgicos em sua pesquisa foi seguidamente e a coluna lombar 40 47%, torácica 43% e 10% cervical. Sendo os dados parecidos com o encontrado na pesquisa em questão. As lombalgias incidem 80% da população em alguma fase da vida, causando assim um grande custo para previdência social, e também afastando o trabalhador de sua função (CARAVIELLO et al., 2005). Em relação aos períodos onde as dores são mais frequentes, 30% dos pacientes dizem que é pela manhã, 20% dizem que é à tarde, 30% dizem que é a noite, 10% dizem que é durante o dia todo e 10% dizem que é sem horário definido. Gráfico 1: Frequência e período do dia das dores 3,0 2,5 2,0 1,5 1,0 0,5 0,0 Sem horário definido Durante o dia todo A noite A tarde Pela manhã Fonte: Dados da pesquisa, 2009 Segundo Valério et al., (2008), os horários da noite 42% são os que têm indicações, seguido do vespertino 32%, vespertino e noturno juntos 16% e matutino 5%. Sendo que os dados obtidos nesta pesquisa são bem parecidos com os da pesquisa em questão. Foi perguntado aos pacientes a intensidade do quadro álgico, utilizando como método de medição a escala de graduação da dor EVA, sendo que os 2% dos pacientes referiram grau 1 segundo a escala, 4% referiram 2, 5% grau 3, 7% grau 4, 9% grau 5, 11% grau 6, 13% grau 7, 15% grau 8, 16%grau 9 e 18% dos pacientes relataram grau 10 de dor segunda a escala de dor EVA. 41 Gráfico 2: EVA e intensidade da dor 8 7 6 5 4 3 2 1 0 Fonte: Dados da pesquisa, 2009 Uma grande ferramenta na avaliação sistemática da dor esta representada pelas bem estudadas escalas visuais analógicas (AGNE, 2005) Em relação ao uso de medicamento, 90% dos pacientes da pesquisa relataram utilizar para o alívio da dor e 10% relataram que não utilizaram em nenhum momento. Tabela 5: Uso de medicamentos para o alívio da dor Uso de medicamentos para o alívio da Quantidade dor Sim 09 Não 01 Total de Entrevistas 10 Porcentagem 90% 10% 100% Fonte: Dados da pesquisa, 2009 Conforme Aegerter Kirkpatrick (1978) o uso excessivo de medicações para dor pode ter repercussões negativas na saúde do paciente, e que as técnicas alternativas, não farmacológica, para alívio de dor devem ser utilizadas sempre que possível. Foi indagado aos pacientes em pesquisa em relação a sua disfunção ortopédica, o quanto limitava em suas atividades diárias, onde 20% deles que suas disfunções atrapalhavam muito em suas atividades diárias – AVD’S, 20% relataram que suas disfunções atrapalhavam pouco em suas AVD’S e 50% dos pacientes relataram que suas disfunções atrapalhavam pela média em suas AVD’S. 42 Tabela 6: Disfunção ortopédica: limitação das atividades diárias Disfunção ortopédica: limitação das Quantidade Porcentagem atividades diárias Nada 01 10% Pouco 02 20% Média 05 50% Muito 02 20% Total de Entrevistas 10 100% Fonte: Dados da pesquisa, 2009 Segundo Lesh (2005), limitação é referente as conseqüências na funcionalidade de condições agudas e crônicas como lesões, doenças e anormalidades congênitas. Limitando certas habilidades do indivíduo para desempenhar atividades de vida diária habituais. Sendo assim os fisioterapeutas exercem um papel muito importante nesses casos tratando suas incapacidades e ou adaptando o paciente a sociedade. Foi perguntado aos pacientes em pesquisa se os mesmos utilizavam órteses em decorrência de sua patologia, onde 60% dos pacientes relataram que não utilizam órtese e 40% dos pacientes relataram que utilizam ortese em sua vida diária. Tabela 7: Uso de órtese em decorrência da patologia Uso de órtese em decorrência da Quantidade patologia Sim 04 Não 06 Total de Entrevistas 10 Porcentagem 40% 60% 100% Fonte: Dados da pesquisa, 2009 O uso de órtese confere ao lesado ortopédico, segurança e prevenção e é amplamente utilizado (AEGERTER KIRKPATRICK, 1987) Os pacientes também responderam que as disfunções ortopédicas os afastaram de alguma atividade de vida diária, segundo o resultado da pesquisa, 3 pacientes relataram que sua patologia afetou no trabalho, 3 relataram que atrapalhou na atividade doméstica, 1 relatou que atrapalhou nos estudos, 1 na convivência na comunidade e 1 paciente relatou que não atrapalhou em nada. 43 Tabela 8: Disfunção ortopédica: afastamento de alguma atividade rotineira Disfunção ortopédica: afastamento de alguma atividade Quantidade rotineira Atividades domésticas 03 Trabalho 03 Estudo 01 Lazer 01 Cuidados pessoais 01 Convivência com a comunidade/sociedade 01 Não 01 Outro 01 Total de Entrevistas 10 Fonte: Dados da pesquisa, 2009 A habilidade para realizar certas atividades de forma independente em casa: como lazer, recreação dentre outras, dependem de aspectos co-relacionadas caracterizados como: equilíbrio, condicionamento cardiopulmonar, coordenação, flexibilidade, mobilidade e desempenho muscular (LEHMKUHL, 1989). Em relação às expectativas dos pacientes ao tratamento fisioterapêutico, 38% deles relataram que esperavam o alivio da dor, 6% a melhora na postura, 28% melhora na qualidade de vida, 11% do retorno as atividades de vida diária, 6% melhora na estética e 11% relataram que esperavam uma melhora na locomoção. Tabela 9: Expectativas do tratamento fisioterapêutico Expectativas Quantidade Alivio da dor 3 Melhora da postura 6 Melhora da qualidade de vida 2 Retorno às atividade diárias normais 1 Estética 2 Melhora na locomoção 1 Total de Entrevistas 10 Porcentagem 30% 60% 20% 10% 20% 10% 100% Fonte: Dados da pesquisa, 2009 Segundo Kisner et al., (1998), os resultados esperados em um plano de atendimento fisioterapêutico precisam ser mensurados, a redução dos comprometimentos pode refletir o impacto das intervenções na condição da patologia, mas pode ou não traduzir-se em melhoras na qualidade de vida e saúde do paciente. A expectativa do paciente deve ser controlada conforme a possibilidade de reabilitação de cada patologia, isso ocorre para prevenir futuras decepções. Neste próximo relato descrito e relacionado aos dados da segunda coleta onde os pacientes responderam as perguntas após as 10 sessões realizadas. 44 Observa-se que uma paciente da pesquisa, parou o tratamento após a quarta sessão, devido ao nascimento de seu filho. A mesma foi excluída da pesquisa. De acordo com o resultado desta tabela, os pacientes responderam quanto ao tratamento realizado se o mesmo havia suprido suas expectativas, 89% dos pacientes da pesquisa relataram positivamente e 11% parcialmente não tendo nenhuma resposta negativa. Tabela 10: Atendimento das expectativas Atendimento das expectativas Sim Parcialmente Total de Entrevistas Quantidade 08 01 09 Porcentagem 88,88% 11,11% 100% Fonte: Dados da pesquisa, 2009 Schiffman e Kanuk (2000) têm uma visão da satisfação do cliente como um resultado de decisões de gastos, tempo e dinheiro em itens que suprem as as necessidades. Conforme Karsaklian (2000) atender as expectativas faz parte da prestação de serviços pois o consumidor pretende pagar por resultados ou por um determinado produto visando suprir sua necessidade. Se a mesma não for suprida na maioria das vezes o erro deriva do fornecedor. Sobre a importância do tratamento fisioterapêutico em sua melhora no quadro patológico, segundo o resultado da pesquisa, 100% dos pacientes descreveram que foi de grande importância e repercutindo com bons resultados. Tabela 11: Importância do tratamento fisioterapêutico Importância do tratamento Quantidade fisioterapêutico Regular 01 Bom 07 Ótimo 01 Total de Entrevistas 09 Porcentagem 11,11% 77,77% 11,11% 100% Fonte: Dados da pesquisa, 2009 Segundo Marques (1996) nem todos os pacientes sabem da rea importância de um tratamento continuo de fisioterapia e acabam por abandona-lo, sendo assim é papel do terapeuta alertar e demonstrar a importância do tratamento correto e dedicado. Desta forma ocorre uma valorização do profissional e da própria 45 profissão. Após as dez sessões de Fisioterapia, foi perguntado aos pacientes qual o grau de dor segundo a escala de EVA eles referiam, 56% relataram que seus quadros álgicos se encontravam em grau 5, 11% em grau 6, 11% em grau 3 e 22% em grau 8 Gráfico 3: EVA e intensidade da dor 8 7 6 5 4 3 2 1 0 Fonte: Dados da pesquisa, 2009 A investigação da dor e sua intensidade e aspecto é de suma importância na avaliação e para isso se faz uso da escalas de intensidade da dor, sendo a mais conhecida a Escala Visual Analógica (AGNE, 2005). Foi perguntado aos pacientes quais os benefícios observados em relação ao tratamento fisioterapêutico, 56% dos pacientes em pesquisa referiram alivio da dor, 22% melhora na postura e 22% relataram que as orientações dadas pelos estagiários trouxerem bons benefícios. 46 Gráfico 4: Benefícios em relação ao tratamento 5 4,5 4 3,5 3 2,5 2 1,5 1 0,5 0 Alívio da dor Melhora da postura Orientações do estagiário Fonte: Dados da pesquisa, 2009 Segundo Sâmara e Morsch, (2005) quando o cliente se beneficia do serviço prestado ele ficará satisfeito e novamente estará querendo serviços do prestador beneficiário. Foi perguntado aos pacientes se eles recomendariam o tratamento fisioterapêutico para outra pessoa que apresentasse a mesma patologia que ele, onde 100% dos pacientes descreveram que indicariam o tratamento fisioterapêutico, devido aos resultados que os mesmos alcançaram. Hayes (2001) define que o melhor marketing e mais difícil de se alcançar é o próprio cliente e cita que para um cliente recomendar os serviços da prestadora depende de cinco dimensões; confiabilidade, tangibilidade, presteza empatia e garantia. Já Karsaklian (2000) relata que a recomendação é uma conseqüência da satisfação do cliente por receber um bom serviço prestado e que esse processo se configura como um ciclo. Aumentando sempre a procura pela prestação de serviços até que a mesma tenha um déficit na qualidade. De acordo com este último gráfico, ao perguntarmos sobre as 10 sessões de Fisioterapia se estas eram suficientes para se ter um bom resultado no tratamento, 89% dos pacientes relataram que as 10 sessões eram suficientes para se ter um bom resultado e 11% dos pacientes relataram que 10 sessões eram poucas para se obter um resultado apropriado. 47 Tabela 13: Sessões suficientes para tratamento Sessões suficientes Quantidade Sim 08 Não 01 Total de Entrevistas 09 Fonte: Dados da pesquisa, 2009 Porcentagem 88,8% 11,1% 100% 48 5 CONCLUSÃO O presente estudo avaliou o índice de satisfação de pacientes freqüentantes da clinica de fisioterapia na Universidade do Extremo Sul Catarinense. Os resultados encontrados contribuirão para a melhoria da clinica, para apontar possíveis pontos fracos no atendimento, e também os efeitos de dez sessões de fisioterapia ortopédica na opinião do paciente, servindo assim como contribuição para os profissionais fisioterapeutas da referida clinica e também em geral. Observou-se no presente estudo, que mesmo com um tempo grande de diagnostico até o inicio da terapêutica da grande maioria dos pacientes, os mesmos tinham uma grande expectativa nos resultados. Refletindo assim confiança na clinica e sua equipe. E também como achado de grande importância foi a maior parte dos entrevistados alegarem estar ciente da importância da fisioterapia no tratamento de suas patologias, achado este que nos leva a crer que a visão da fisioterapia pela população tem melhorado significativamente. Em relação às dores notou-se uma melhora importante, mas lembrando que a maioria dos pacientes faziam uso de medicação analgésica. Outro ponto a ser ressaltado na pesquisa foi de que após dez sessões a grande maioria sentiu-se satisfeito com os resultados e recomendaria a fisioterapia em relação a sua patologia. Ressaltando que neste presente estudo também evidenciou-se que a maioria dos entrevistados já passaram por outras clinicas e outros profissionais. Sendo assim, os objetivos deste estudo puderam ser alcançados. Através dele temos um grande indicativo a cerca do índice “satisfação / insatisfação” por parte do publico,com patologias ortopédicas, atendidos. Neste estudo fica claro então a grande aceitação do trabalho realizado na clinica de fisioterapia da UNESC pelo publico, alvo desta pesquisa, que a freqüenta. Mesmo os atendentes sendo estagiários, os pacientes demonstram confiança e satisfação. Conclui-se neste estudo que a clinica de fisioterapia da UNESC, vem tendo uma grande aceitação, recomendação e vem promovendo satisfação em seus serviços prestados. E demonstra ser de grande importância para sociedade no qual está inserida. 49 REFERÊNCIAS ACUFF, F. L. Negociando no mundo todo. São Paulo: Senac, 1997. AEGERTER, E.; KIRKPATRICK, J. A. Enfermedades ortopédicas: fisiología, patología, radiología. Buenos Aires: Panamericana, 1978. ALMEIDA, G. L. Uma agenda para a fisioterapia do terceiro milênio no Brasil. Fisioterapia Brasil, Rio de Janeiro: v.1, n.2 , p. 55-64,, nov./dez., 2000. ANDRADE, W. R.; SILVA, E. S. da. A fisioterapia brasileira e o cenário contemporâneo. Fisiobrasil, Rio de Janeiro, v. 10, n. 77, p. 13-23, mar./abr. 2006. BIENFATIT, M. Bases elementares técnicas de terapia manual e osteopatia. São Paulo: Summus ed., 1997. CARAVIELLO, W.; CHANLIAN.; M. A.D. Avaliação de dor e função de pacientes com lombalgios tratados comum programa de escola de coluna. 2005. CARBONERA, E. Excelência no atendimento: 101 dicas para conquistar clientes e mantê-los fieis a você e a sua empresa. Caxias do Sul: Euclides Carbonera, 2004. 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São Paulo: Campus, 1999. 52 APÊNDICES 53 APÊNDICE 1 - Termo de consentimento livre e esclarecido 54 TERMO DE CONSENTIMENTO TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO DO PARTICIPANTE Estamos realizando um projeto para o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) intitulado “A AVALIAÇÃO DA SATISFAÇÃO DOS PACIENTES ORTOPÉDICOS ATENDIDOS NA CLÍNICA ORTOPÉDICA DA UNESC ”. O (a) sr(a). foi plenamente esclarecido de que participando deste projeto, estará participando de um estudo de cunho acadêmico, que tem como um dos objetivos INDICE DE SATISFAÇÃO DOS PACIENTES ORTOPÉDICOS ATENDIDOS NA CLINICA DA UNESC. Embora o (a) sr(a) venha a aceitar a participar neste projeto, estará garantido que o (a) sr (a) poderá desistir a qualquer momento bastando para isso informar sua decisão. Foi esclarecido ainda que, por ser uma participação voluntária e sem interesse financeiro o (a) sr (a) não terá direito a nenhuma remuneração. Desconhecemos qualquer risco ou prejuízos por participar dela. Os dados referentes ao sr (a) serão sigilosos e privados, preceitos estes assegurados pela Resolução nº 196/96 do Conselho Nacional de Saúde, sendo que o (a) sr (a) poderá solicitar informações durante todas as fases do projeto, inclusive após a publicação dos dados obtidos a partir desta. Autoriza ainda a fotos na oportunidade da aplicação do questionário. A coleta de dados será realizada pelo acadêmico Fabiano Matos Ferreira (fone: 99897784) da 10ª fase da Graduação de Fisioterapia da UNESC e orientado pelo professor Lee Gi Fan (fone: 84060138). O telefone do Comitê de Ética é 3431.2723. Criciúma (SC)____de______________de 2009. ______________________________________________________ Assinatura do Participante 55 APÊNDICE 2 - Primeiro Instrumento de pesquisa 56 INSTRUMENTO DE PESQUISA N°. 1 a) Identificação: Nome: Idade: Sexo: Cor: Estado Civil: b) Diagnóstico Clínico: 1) Tempo da patologia: ( ) até 1 mês ( ) até 3 meses ( ) até 6 meses ( ) até 1 ano ( ) mais de um ano 2) Tempo de Diagnóstico Clínico: ( ) até 1 mês ( ) até 3 meses ( ) até 6 meses ( ) até 1 ano ( ) mais de um ano 3) Já realizou tratamento Fisioterapêutico anteriormente? ( ) Sim ( ) Não c) Considerações sobre a DOR: 4) Em que região corporal você apresenta dor: ( ) Região Cervical ( ) Região Torácica ( ) Região Lombar ( ) Membros Superiores ( ) Membros Inferiores 5) Em que período do dia as dores são mais freqüentes? ( ) Pela manhã ( ) À tarde 57 ( ) À noite ( ) Sem horário definido ( ) Durante o dia todo 6) Segundo a escala abaixo (EVA), qual a intensidade da sua dor? Fonte: www.eletroterapia.com.br 7) Você faz uso de medicamentos para alívio da dor? ( ) Sim ( ) Não 7.1) Caso sim: ( ) anti-inflamatório; dose: _____________________ ( ) analgésico; dose: ______________________ ( )outros______________________________________; dose:___________________ 8) Em relação à sua disfunção ortopédica, o quanto esta limita suas atividades diárias? ( ) Nada ( ) Pouco ( ) Média ( ) Muito ( ) Limitada totalmente 9) Faz uso de órtese em decorrência da sua patologia? ( ) Sim ( ) Não 10) Sua disfunção ortopédica lhe afastou de alguma atividade rotineira? ( ) Atividades domésticas ( ) Trabalho ( ) Estudos ( ) Lazer 58 ( ) Cuidados pessoais ( ) Convivência com a comunidade/sociedade ( ) Não ( ) Outro Citar: ___________________________ 11) O que você espera do tratamento fisioterapêutico? (múltipla escolha) ( ) alívio da dor ( ) melhora da postura ( ) melhora da qualidade de vida ( ) retorno às atividades diárias normais ( ) estética ( ) melhora na locomoção 59 APÊNDICE 3 - Segundo instrumento de pesquisa 60 INSTRUMENTO DE PESQUISA N°. 2 1) O tratamento fisioterapêutico atendeu às suas expectativas? ( ) Sim ( ) Não ( ) Parcialmente 2) Na sua opinião, qual a importância do tratamento fisioterapêutico para sua melhora? ( ) Muito importante ( ) Importante ( ) Pouco importante ( ) Nada importante 3) Após ter realizado 10 sessões de Fisioterapia como você classifica sua dor segundo a escala abaixo? Fonte: www.eletroterapia.com.br 4) Quais os principais benefícios que você observou com relação ao tratamento Fisioterapêutico? ( ) Alívio da dor ( ) Melhora da Postura ( ) Conheci meu corpo ( ) As orientações realizadas pelo estagiário ( ) Nenhum benefício 5) Você recomendaria o tratamento Fisioterapêutico para uma pessoa que soubesse apresentar a mesma patologia que a sua? ( ) Sim ( ) Não sei ( ) Não 61 6) Na sua opinião, 10 sessões de fisioterapia foram suficientes para o seu tratamento? ( ) Sim ( ) Não 62 ANEXO - Validação dos Instrumentos de Pesquisa 63 FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE CRICIÚMA – FUCRI UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE DEPARTAMENTO DE FISIOTERAPIA DISCIPLINA DE TCC II VALIDAÇÃO DO INSTRUMENTO DE PESQUISA Eu Fabiano Matos Ferreira, acadêmico da 10 fase do curso de fisioterapia UNESC aluno da disciplina de Trabalho de conclusão de curso III, venho atraves deste instrumento com vista a validação do mesmo. Este instrumento faz parte do meu trabalho de conclusão de curso (TCC) SATISFAÇÃO E QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES ORTOPÉDICOS ATENDIDOS NA CLINICA DE FISIOTERAPIA DA UNESC. Este instrumento será aplicado em pacientes ortopédicos da clinica de fisioterapia da UNESC. O Trabalho será realizado na mesma clinica, onde será aplicado o questionário. Objetivo da pesquisa - Quantificar os benefícios da fisioterapia ortopédica Acadêmico: Fabiano Matos Ferreira Orientador: Lee Gi Fan Telefone: 99897784 (48) 34374757 Professor Avaliador: _________________________ Parecer: ( ) válido ( ) não válido ( ) válido com correções Ass: ______________________________________ Data: ______ / ______ / _______. 64