CF2014 e Evangelho de Mateus

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CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2014 e EVANGELHO DE MATEUS
Conteúdo da formação
Nos sábados do mês de Fevereiro de 2014, aconteceu nos setores de Nova Estrela, Novo Horizonte,
Jardinópolis, Rolim Urbano e Rolim Rural, o Encontro de Formação com Catequistas e lideranças de nossas
Comunidades, sobre a CAMPANHA DA FRATERNIDADE, que tem como tema: A Fraternidade e o Tráfico Humano, e
como lema: é para a liberdade que Cristo nos libertou (Gl5,1). Trabalhamos também o EVANGELHO SEGUNDO SÃO
MATEUS, recordando que nesse Ano Litúrgico A, ouvimos mais este Evangelho nas Missas e Celebrações da Palavra.
Convido a todos os Catequistas, a desenvolver esses dois temas com suas turmas de Catequese, pois serão
utilizados na 1ª. Gincana da Catequese, como todos os nossos Catequizandos e Catequistas. Temos muitos encontros
juntos nesse ano. Gostaria de vê-los em todos, valorizando assim a Dimensão Catequética de nossa Paróquia.
A você Catequista, aos seus catequizandos e à sua Comunidade peço a Deus a benção e a perseverança na fé,
juntamente com a proteção da Virgem Aparecida, modelo de todos os catequistas.
Frei Alexandre Ferreira, O.Carm
1. CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2014
Jesus Cristo em Nazaré, na sinagoga assume sua missão; restituir a liberdade aos oprimidos. “O espírito do
Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu...”(Lc. 4,18-19). Vida plena de cada ser humano Jo10,10.
Escreve o Frei dominicano Antonio de Montesinos:Todos vós estais em pecado mortal; que consente a
crueldade, tiranias, trabalhos excessivos, impunidades, injustiças, etc..., relata numa celebração eucarística.
Mudaram os tipos de escravidão, os grupos vitimados, as justificativas ideológicas, os caminhos da impunidade.
Cresce o desejo da distância, consumo, a responsabilidade pelo outro foi substituída por si mesmo “egolatria
dominante”, ”supermodernidade”. Dificuldade de reconhecer o outro, “como se o outro não fosse”.
Formas de barreiras: muros, cercas, valas, condição social, cor, opção sexual, religião... Dignidade trocada por:
alienado, vendido, comprado, usado e descartado. Trabalho escravo causa: miséria, ganância, impunidade, indiferença...
O outro tornou se: vendável, mercadoria, descartável, massa sobrante; a escravização de seres humanos não causa
muita indignação. As sobras não conseguem competir com os poderosos da economia global. Todo cristão é um
abolicionista, acredita na mensagem da libertação. Trabalho análogo à escravidão do século XXI: bolivianos, peruanos,
paraguaios e equatorianos; vítimas da violência deslocados, refugiados, sequestros, pornografia, crianças prostituídas,
pornografia e violência, mulheres maltratadas, vítimas do tráfico e da exploração sexual, trabalhadores rurais, exploração
sexual de crianças e adolescentes na região do Marajó no Pará. Redes do tráfico só podem ser enfrentadas por “redes
de proteção e de erradicação”, portanto a sociedade deve ser conscientizada e motivada.
ORAÇÃO DA CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2014
Ó Deus,/ sempre ouvis o clamor do vosso povo/ e vos compadeceis dos oprimidos e escravizados./ Fazei que
experimentem a libertação da cruz/e a ressurreição de Jesus./ Nós vos pedimos pelos que sofrem/ o flagelo do tráfico
humano. Convertei-nos pela força do vosso Espírito,/e tornai-nos sensíveis às dores destes nossos
irmãos./Comprometidos na superação deste mal,/vivamos como vossos filhos e filhas,/ na liberdade e na paz,/ Amém.
OBEJETIVO GERAL DA CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2014
O objetivo geral da Campanha da Fraternidade de 2014 é “identificar as práticas de tráfico humano em suas
várias formas e denunciá-las como violação da dignidade e da liberdade humanas, mobilizando cristãos e pessoas de
boa vontade para erradicar este mal com vista ao resgate da vida dos filhos e filhas de Deus”.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2014
 Identificar as causas e modalidades do tráfico humano e os rostos sofridos por esta exploração;
 Celebrar o mistério da morte e ressurreição de Jesus Cristo, sensibilizando para a solidariedade e o cuidado às
vitimas dessas práticas;
 Suscitar, à luz da Palavra de Deus, a conversão que conduza ao empenho transformador desta realidade
aviltante da pessoa humana;
 Denunciar as estruturas e situações causadoras do tráfico humano;
 Promover ações de prevenção e de resgate da cidadania dos atingidos;
 Reivindicar, aos poderes públicos, políticas e meios para a reinserção das pessoas atingidas pelo tráfico humano
na vida familiar, eclesial e social;
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EXPLICAÇÃO DO CARTAZ DA CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2014
Entenda o significado do cartaz:
1. O cartaz da Campanha da Fraternidade quer refletir a crueldade do tráfico humano. As mãos acorrentadas e
estendidas simbolizam a situação de dominação e exploração dos irmãos e irmãs
traficados e o seu sentimento de impotência perante os traficantes. A mão que
sustenta as correntes representa a força coercitiva do tráfico, que explora vítimas que
estão distantes de sua terra, de sua família e de sua gente.
2. Essa situação rompe com o projeto de vida na liberdade e na paz e viola a
dignidade e os direitos do ser humano, criado à imagem e semelhança de Deus. A
sombra na parte superior do cartaz expressa as violações do tráfico humano, que
ferem a fraternidade e a solidariedade, que empobrecem e desumanizam a sociedade.
3. As correntes rompidas e envoltas em luz revigoram a vida sofrida das
pessoas dominadas por esse crime e apontam para a esperança de libertação do
tráfico humano. Essa esperança se nutre da entrega total de Jesus Cristo na cruz para
vencer as situações de morte e conceder a liberdade a todos. “É para a liberdade que
Cristo nos libertou” (Gl 5, 1), especialmente os que sofrem com injustiças, como as
presentes nas modalidades do tráfico humano, representadas pelas mãos na parte
inferior.
4. A maioria das pessoas traficadas é pobre ou está em situação de grande
vulnerabilidade. As redes criminosas do tráfico valem-se dessa condição, que facilita o
aliciamento com enganosas promessas de vida mais digna. Uma vez nas mãos dos
traficantes, mulheres, homens e crianças, adolescentes e jovens são explorados em atividades contra a própria vontade
e por meios violentos. (Fonte: CF 2014 e no site: www.cnbb.org.br).
TRÁFICO DE PESSOAS E TRABALHO ESCRAVO:
LUGAR TEOLÓGICO, EXIGÊNCIA ÉTICA, MISSÃO DA IGREJA
Pensamento nasce de um interesse, “um para que e um para quem”. Estima-se que 700 mil mulheres e crianças
são traficadas passando todos os anos pelas fronteiras internacionais, são os resultados das estruturas política e
econômica alicerçada na injustiça e na violência. A Constituição Pastoral Gaudium et Spes, do Concílio Vaticano II,
denunciava que o luxo pulula junto a miséria(GS,n.63,3). Para João Paulo II, o mundo contemporâneo vive sob o
domínio da injustiça e de um sistema alicerçado em estruturas de pecado.
O Capitalismo sustenta o dinheiro sujo procedente de bordéis, masmorras, carvoarias, mansões, fábricas
tailandesas, garimpos de serra leoa, do algodão das langeries da Victoria`s Secret, das grifes da Zara, dos tablets da
Apple/Foxconn made in China. Traficantes enriquecem aumentando suas contas na Suiça, Bahamas, Caribe, Londres e
Wall Street.
Sociedade século XXI: idolátrica na economia, na cultura e na política; criaram a “religião do capitalismo”; o
capital é o deus que todos conhecem, veem, tocam, cheiram, provam; existe para todos os nossos sentidos. É o deus
que ainda não encontrou ateus”.
Converter o dinheiro em poder supremo significa negar radicalmente ao Deus da vida.(Cl3.5) Para Jesus, o ídolo
é uma realidade histórica concreta, o dinheiro(Mt6,24;Lc16,13); isto causa perversidade, injustiça, ganância, maldade,
assassinato(Rm 1,18ss).
ÉTICA
A proibição do rapto e comércio de pessoas está legislado na Lei de Moisés. Na Torá, o mandamento Não
roubar (Ex 20,15) e em (Dt24,7) é mais incisivo: todo aquele que raptar uma pessoa para tirar proveito é réu de morte.
José, filho de Jacó, aparece na Bíblia como primeira vítima do tráfico de pessoas (Gn37,13-28). O sofrimento e
humilhação das vítimas é a chave de leitura para a oração, a reflexão e a ação, experiência do que é o amor. O poder da
violência não pode ser maior que o Deus da vida, conhecer-me é fazer justiça ao indefeso (Jr22,15-17).
Assumir o tráfico de seres humanos é assumir a “causa de Deus”. É combater o bom combate (2Tm4,7), é ser
uma carta de Cristo para o mundo (2Cor3,3), é assumir o ministério da justiça de Deus (2Cor3,9), é ser movido pelo
espírito da liberdade, pois onde está o Espírito do Senhor, aí está a liberdade.
Fazer em memória de Jesus e recapitular Sua autodoação. O combate de seres humanos, como memória do
seu ministério libertador
A IGREJA NO BRASIL E O ENFRENTAMENTO AO TRÁFICO HUMANO
Desde o Concílio Vaticano II a Igreja no Brasil assume a opção preferencial pelos pobres, no (CELAM),
Conferências Gerais do Conselho Episcopal Latino-Americano, Medellin(1968), Puebla(1979),Santo Domingo(1992) e
Aparecida(2007).
A grande pobreza dos povos do Terceiro mundo: fome, exploração econômica e o colonialismo; os rostos
empobrecidos são apresentadas como “feições sofredoras de Cristo, o Senhor” ( que nos questiona e interpela).
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Fé: desemboca na ética uma compaixão indignada e libertadora, testemunhar é o significado mais profundo da
evangelização. Bento XVI pediu que a comunidade internacional combatesse o turismo sexual, o tráfico de pessoas com
este fim ou para transplante de órgãos e a exploração de menores. Jesus revelou: “Eu e o Pai somos um”(Jo10,30). E
tudo o que a Igreja fizer a um destes pequenos, estará fazendo a Jesus. (Mt25,31-46).
Existe muita vulnerabilidade social, seja na igreja , no acolhimento e no cuidado com as pessoas traficadas. São
pessoas que levam no corpo e na alma, duros golpes e profundas cicatrizes; são os perdidos e desfigurados que
interpelam a sociedade e a Igreja.
GT: grupo de trabalho em combate ao tráfico e ao trabalho escravo dentro da CNBB, para exigir do Estado o
cumprimento de suas tarefas constitucionais frente a esta realidade.
EMBASAMENTO TEOLÓGICO PASTORAL
A Igreja revela-se como uma Igreja Samaritana que se reconhece seguidora de Jesus a partir de serviços aos
mais fragilizados da sociedade. Provocá-los a não assumirem a condição de Lázaro, que ficam esperando esmola, mas
adentrarem o banquete, pois este é o seu direito. A mulher de Cananéia insiste com Jesus fazendo com que Jesus
reconfigura a sua missão saindo do âmbito judeu e abrindo a todos com a Boa Nova. O templo é limpo e aconchegante,
ela não é em si, mas para o reino.
PERSPECTIVAS
O testemunho que damos deve ser o grande atrativo de novos aliados para a missão. O debate é para a
sociedade, mas é também para a Igreja. Não perder o sentido da história da caminhada, ler a conjuntura e compreender
as forças sociais em jogo. Revisão das metodologias se necessário. Inquirir o Estado no enfrentamento do tráfico
humano e trabalho escravo. Preocupação com empresário rurais que efetivam práticas de trabalho escravo devido a
sensação de impunidade.
2. EVANGELHO DE MATEUS
1ª. Ideia: O Evangelho segundo Mateus foi escrito a partir dos Santos Padres (Igreja Primitiva – século I-III). A
Didaqué (catecismo dos primeiros cristãos), está cheia de citações do Evangelho de Mateus. Esse foi o Evangelho mais
lido e comentado. 2ª. Ideia: Mateus teve um grande destaque no campo litúrgico. 3ª. Ideia: No campo doutrinal,
encontramos cinco grandes discursos de Jesus:
 Sermão da Montanha: Mt 5 – 7
 Sermão Missionário: Mt 10
 As Parábolas: Mt 13
 Sermão Eclesiológico (sobre a Igreja e a Comunidade)
 Discurso Escatológico (sobre o fim dos tempos): Mt 24 – 25
INTRODUÇÃO
Esses discursos é a doutrina de Jesus, o seu ensinamento. O ponto central do 1º Discurso está em: Mt 5,1:
Apresenta a postura de Jesus perante a Lei de Moisés (nova hermenêutica, nova interpretação). No 2º. Discurso
encontramos as orientações para uma atividade missionária. O que se deve fazer numa pregação: Em Mt 10 há uma
série de orientações para atividades missionárias. Os discípulos não saem em missão. Isso acontecerá somente após a
Ressurreição de Jesus (Mt 28,16-20). No 3º. Discurso encontramos as Parábolas de Jesus. Objetivo de Mateus:
explicar o que é o Reino dos Céus. Todas as Parábolas foram selecionadas para explicar esse objetivo. O 4º. Discurso
possui caráter eclesial, ou seja possui a temática da Igreja. Objetivo de Mateus: apresentar as normas e orientações
para a vivência em Comunidade. O tema Igreja só aparece em Mateus: Ideia de Igreja – Mt 16,18 (universal,
catolicidade); Sentido de Igreja – Mt 18,17 (local, particular). Aparece também os tema: Primado de Pedro – Mt16,13-20
e Missão Universal – os Apóstolos vão trabalhar. No 5º. Discurso há três parábolas escatológicas, ou seja sobre o final
dos tempos.
ASPECTO LITERÁRIO
Mateus se destaca no aspecto literário. 1º. argumento: a presença de grandes blocos. Temos cinco blocos
narrativos (autor fala) e cinco blocos discursivos (Jesus fala). 2º. argumento: uso da Fonte Q (Quele). São textos que
só aparecem em Mateus e lugar (beberam da mesma fonte). 3º. argumento: Mateus tem como fonte os escritos de
Marcos (“copia de Marcos”) . 4º. argumento: Uso de fontes particulares: as narrativas da infância de Jesus.
ESTRUTURA
Dividimos o Evangelho de Mateus em cinco grandes blocos com uma introdução
 Mt 1 – 2: narrativa da Infância
 Mt 26 – 28: conclusão
Em cada um dos cinco blocos, há uma parte narrativa (autor é quem escreve as ações de Jesus), e uma parte
discursiva (é Jesus quem fala: faz milagres, ensina o povo... . Mateus segue essa estrutura em seu Evangelho:
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•
INTRODUÇÃO: 1 – 2
• NARRATIVA: 3 – 4
DISCURSO: 5 – 7
• NARRATIVA: 8 – 9
DISCURSO: 10
• NARRATIVA: 11 – 12
DISCURSIVA: 13
• NARRATIVA: 14 – 17
DISCURSIVA: 18
• NARRATIVA: 19 – 23
DISCURSIVA: 24 – 25
• CONCLUSÃO: 26 – 28
1ª. Observação: encontramos nessa estrutura cinco discurso de Jesus. O que Mateus quer com isso? Qual a
comparação com o Antigo Testamento? Moisés na concepção judaica escreve a Toráh (são os cinco primeiros livros da
Bíblia). Jesus proclama cinco discursos. MATEUS QUER MOSTRAR QUE JESUS É O NOVO MOISÉS
2ª. Observação: Mateus quer mostrar que seu Evangelho é a nova Lei, é o novo Pentateuco. Por isso estrutura
o Evangelho em cinco blocos. Em Mt 5,17: mostra a postura, a atitude de Jesus perante a Lei. Jesus vem dar novo
significado, atualiza, interpreta a Lei, dando um novo sentido e significado.
VISÃO GERAL DO EVANGELHO
Mt 1 – 2 (Introdução): Narrativas da infância de Jesus: Por quê dos quatro evangelistas, somente Mateus e
Lucas trazem as narrativas da infância? Por quê Marcos não trás a narrativa da infância, sendo o primeiro Evangelho a
ser escrito? É impossível harmonizar as narrativas de Marcos e Lucas.
PERGUNTAS QUE MATEUS QUER RESPONDER
Mateus procura responder estas perguntas: Quem são os descendentes de Jesus? Qual a origem de Jesus?
Onde Jesus nasceu? Em que época Jesus nasceu? Quem são os pais de Jesus? Qual a missão de Jesus?
RESPOSTAS DE MATEUS
Quem são os antepassados de Jesus? Para Mateus é o Povo de Israel (Mt 1,1). Por isso que começa sua
genealogia com Abraão. Para Lucas é a humanidade, todos os povos, porque termina com Adão (origem da
humanidade dos povos)
Qual a origem de Jesus? Nascido do ESPÍRITO SANTO – Mt 1,18-20
Aonde Jesus nasceu? Em Belém de Judá – Mt 2,1
Em que época Jesus nasceu? Na época do Rei Herodes – Mt 2,1
Que foram seus pais? Maria e José – Mt 1,18
GENEALOGIA DE JESUS
Observações
1º. Mateus começa mencionando a origem do Povo de Israel. Menciona Abraão: Mt 1,1. Situa Jesus e o povo
dentro das três grandes promessas que Deus fez a Abraão: terra descendência e bênção.
2º. Em Mt 1,17 encontramos: de Abrãao (18a.C) a Davi (10a.C) quatorze gerações; de Davi (10a.C) ao Exílio
da Babilônia (6a.C)  quatorze gerações; do Exílio da Babilônia a Jesus Cristo 14 gerações.
Este versículo não tem uma finalidade histórica, mas uma finalidade teológica. Quer explicar o significado do
nome Davi (hebraico). Não se conta as vogais, mas somente as consoantes: D: 4 + V: 6 + D:4  14 gerações. Mateus
quer explicar que Jesus é o novo Davi.
3º. Presença de quatro mulheres
 Mt1,3: Tamar
 Mt1,5: Raab e Rute
 Mt1,6: Bersabéia
São mulheres de comportamento ético duvidoso. Jesus se insere na história de pecados, erros: é a nossa
história de cada dia.
4º. Alguns dados desse texto:
 Mt1,19: José, homem justo
 Mt1,20: José era da descendência de Davi
 Mt1,21.25: o nome da criança – Jesus
 Mt1,20.24: anjo aparece. Há dois pedidos: receber Maria e dar o nome de Jesus
 Mt1,23: título Emanuel (é o título mais importante para Mateus)
Para Mateus Jesus é superior às personagens do Antigo Testamento
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NARRATIVAS E DISCURSOS
Grupo1: Mt 3 – 7
 Mt 3 – 4: PARTE NARRATIVA
 Mt 5 – 7: PARTE DISCURSIVA (Sermão da Montanha)
Grupo2: Mt 8 – 10
 Mt 8 – 9: PARTE NARRATIVA (dez milagres de Jesus)
 Mt 10: PARTE DISCURSIVA (Discurso Missionário: orientações e conselhos para a missão)
Grupo3: Mt 11 – 13
 Mt 11 – 12: PARTE NARRATIVA (Incredulidade dos judeus)
 Mt 13: PARTE DISCURSIVA (Sete parábolas)
Grupo4: Mt 14 – 18
 Mt 14 – 17: PARTE NARRATIVA (Temática sobre a Igreja)
 Mt 13: PARTE DISCURSIVA (Sobre a Igreja/Comunidade. Há seis orientações/conselhos para se
viver numa Comunidade)
Grupo5: Mt 19 – 25
 Mt 19 – 23: PARTE NARRATIVA (Jesus está em Jerusalém (caminha). Confronto com as
autoridades judaicas)
 Mt 24-25: PARTE DISCURSIVA (Discurso escatológico – sobre o fim dos tempos. Uso de
parábolas)
MILAGRES DE JESUS (Mt 8 – 9)
Existe um coleção de milagres já escrita, e que Mateus escreve em seu Evangelho. Os três primeiros milagres
são para pessoas excluídas de Israel
 Leproso (excluído)
 Mulher (não tinha função social)
 Pagão (maldito)
MATEUS QUER MOSTRAR QUE JESUS INTEGRA AQUELES QUE A SOCIEDADE EXCLUÍA. Com exceção
da tempestade e da ressurreição, predominam os milagres de cura. Em todos eles há presença de outras pessoas.
Jesus nunca está sozinho. Tema central dos milagres: CRISTOLOGIA. Quer mostrar uma imagem de Jesus. São
realizados em Cafarnaum: um lugar determinado, geográfico.
VOCAÇÃO DE MATEUS (Mt 9,9-13)
Único que há um chamado específico. Há a presença de grupos excluídos. O chamamento dos 12 está dentro
do contexto de Mt9,36. Em Mt 10: há o chamado, o contexto do chamado.
VIAGENS DE JESUS
Sobre as Viagens de Jesus: Jerusalém à Galiléia. Para tratar desse tema:
 Mateus utiliza 2 capítulos
 Marcos utiliza 1 capítulo
 Lucas utiliza 10 capítulos
ENSINAMENTOS DE JESUS (Mt 19 – 20)
Estes capítulos se destacam pela abundância de ensinamentos. Jesus ensina
Mt 21: PARÁBOLAS
Mt 21: há suas parábolas
 Mt21,28-31: Parábola dos dois filhos
 Mt21,33-46: Parábola dos vinhateiros homicidas
Mt 22
Mt 22: encontramos três questionamentos/interrogatório feitos a Jesus, para provar se ele sabe ou não sabe:
 Imposto a César (armadilha)
 Ressurreição dos mortos (os Saduceus que não acreditam na ressurreição interrogam Jesus)
 O mandamento mais importante
Mt 23
Mt 23: encontramos críticas de Jesus aos escribas e fariseus – “Ai de vós...”: Esta frase é dita por Jesus sete
vezes.
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Mt 24 – 25
Discursos escatológicos ou apocalíptico. Contexto: perseguições aos cristãos. Característica: números,
cores, fenômenos da natureza. Livros apocalípticos: Daniel; Zc 9 – 14; Joel; Is24 – 27. 34 – 35. Discursos
apocalípticos de Jesus: Mc13; Mt24 – 25; 1Ts 4 – 5; 2Ts2. Mt 24 – 25: há 5 parábolas escatológicas
CARACTERÍSTICAS LITERÁRIAS
1ª. Uso do AT (principalmente o verbo CUMPRIR): Aparece aproximadamente 70 vezes o uso ou alusões ao
AT. 12 vezes: “Para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta...”. Destas 4 vezes nas narrativas da Infância. Este
recurso literário é utilizado por Mateus para provar que Jesus é o Messias, que Jesus é o Filho de Deus.
Portanto, o que os profetas tinhas falado a respeito do Messias, acontece com Jesus: logo JESUS É O MESSIAS!
2ª. Uso de costumes judaicos
 Mt5,23-24: oferta ao altar
 Mt5,19: lei – distinguir entre mandamentos grandes e pequenos
 Mt6,2-3: esmola, trombeta para aparecer
 Mt15,2: lavar as mãos antes das refeições
 Mt23,5: ações para serem vistos pelos homens (franja, faixas...)
 Mt23,15: conversão de prosélitos
 Mt23,23: dízimo da hortelã, cominho (coisas insignificantes)
3ª. Uso de palavras judaicas
 Mt4,5: Cidade Santa = Jerusalém
 Mt5,17: Lei e os profetas = AT
 Mt5,18: Virgula na Lei = menor letra no alfabeto hebraico
 Mt10,6: ovelhas perdidas da casa de Israel = Povo de Israel
 Mt16,17: nem carne e sangue = dimensão humana
 Mt16,19: chaves do Reino do Céu = poder
Ligar e desligar = estar em sintonia, comunhão
 Mt19,28: Filho do homem = Jesus atribui a si (aparece nos anúncios da Paixão
12 Tribos = Povo de Israel
 Mt24,3: Monte das Oliveiras = fim do mundo/tempos
4ª. Uso da cronologia
 Mt3,1: Naqueles dias...
 Mt3,13: Neste tempo venho Jesus da Galiléia ao Jordão
 Mt8,1: Ao descer da montanha
 Mt11,25: Por este tempo, pôs-se Jesus a dizer
 Mt13,1: Naquele dia
 Mt8,5: Ao entrar em Cafarnaum
O uso da cronologia em Mateus é muito vaga. Não há uma precisão cronológica
A expressão “Naquele tempo...”: (esta fórmula introdutória foi colocada na liturgia. Não aparece no texto
bíblico).
5ª. Uso da inclusão
Significa repetir a mesma palavra ou expressão, ou ideia, no início e no fim de uma narrativa. Exemplos:
 Mt1,23 com Mt28,20: Deus conosco Emanuel. Ideia de um Deus presente (“estou convosco”). Aparece no
início e no fim de Mateus.
 Mt4,23 com Mt9,35: é quase cópia de um versículo para outro
QUAL O OBJETIVO DE MATEUS ESCREVER O EVANGELHO?
Mateus procura dar resposta a duas perguntas
 Quem é Jesus?
 Como deve ser um bom cristão?
Algumas respostas:
 1ª. Mt1,23: Emanuel
Mt 18,20: presente na vida da Comunidade
Mt28,20
Mateus escreve tanto no início, meio e final. Além disso, Mateus relembra as grandes personagens do AT:
Jesus é o novo Davi; o Filho de Deus...
 2ª. Mateus responde em cinco tópicos:
 Escolha dos 4 primeiros discípulos (Mt4,18-22): contexto de trabalho
 Vocação de Mateus: descreve longamente sua vocação (Mt9,9-13), no contexto de
trabalho
 A escolha dos 12 (Mt10, 1-5)
 Recomendações sobre o envio dos 12 (Mt10,6-42)
 Missão universal (Mt28,16-20)
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