Paróquia Nossa Senhora Aparecida CNPJ: 04.128.765/0016-49 Av. Fortaleza, 5126 CAIXA POSTAL 31 - FONE: (69) 3442-5245 CEP: 76940-000 - ROLIM DE MOURA – RO e-mail: [email protected] www.paroquiarolim.com.br CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2014 e EVANGELHO DE MATEUS Conteúdo da formação Nos sábados do mês de Fevereiro de 2014, aconteceu nos setores de Nova Estrela, Novo Horizonte, Jardinópolis, Rolim Urbano e Rolim Rural, o Encontro de Formação com Catequistas e lideranças de nossas Comunidades, sobre a CAMPANHA DA FRATERNIDADE, que tem como tema: A Fraternidade e o Tráfico Humano, e como lema: é para a liberdade que Cristo nos libertou (Gl5,1). Trabalhamos também o EVANGELHO SEGUNDO SÃO MATEUS, recordando que nesse Ano Litúrgico A, ouvimos mais este Evangelho nas Missas e Celebrações da Palavra. Convido a todos os Catequistas, a desenvolver esses dois temas com suas turmas de Catequese, pois serão utilizados na 1ª. Gincana da Catequese, como todos os nossos Catequizandos e Catequistas. Temos muitos encontros juntos nesse ano. Gostaria de vê-los em todos, valorizando assim a Dimensão Catequética de nossa Paróquia. A você Catequista, aos seus catequizandos e à sua Comunidade peço a Deus a benção e a perseverança na fé, juntamente com a proteção da Virgem Aparecida, modelo de todos os catequistas. Frei Alexandre Ferreira, O.Carm 1. CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2014 Jesus Cristo em Nazaré, na sinagoga assume sua missão; restituir a liberdade aos oprimidos. “O espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu...”(Lc. 4,18-19). Vida plena de cada ser humano Jo10,10. Escreve o Frei dominicano Antonio de Montesinos:Todos vós estais em pecado mortal; que consente a crueldade, tiranias, trabalhos excessivos, impunidades, injustiças, etc..., relata numa celebração eucarística. Mudaram os tipos de escravidão, os grupos vitimados, as justificativas ideológicas, os caminhos da impunidade. Cresce o desejo da distância, consumo, a responsabilidade pelo outro foi substituída por si mesmo “egolatria dominante”, ”supermodernidade”. Dificuldade de reconhecer o outro, “como se o outro não fosse”. Formas de barreiras: muros, cercas, valas, condição social, cor, opção sexual, religião... Dignidade trocada por: alienado, vendido, comprado, usado e descartado. Trabalho escravo causa: miséria, ganância, impunidade, indiferença... O outro tornou se: vendável, mercadoria, descartável, massa sobrante; a escravização de seres humanos não causa muita indignação. As sobras não conseguem competir com os poderosos da economia global. Todo cristão é um abolicionista, acredita na mensagem da libertação. Trabalho análogo à escravidão do século XXI: bolivianos, peruanos, paraguaios e equatorianos; vítimas da violência deslocados, refugiados, sequestros, pornografia, crianças prostituídas, pornografia e violência, mulheres maltratadas, vítimas do tráfico e da exploração sexual, trabalhadores rurais, exploração sexual de crianças e adolescentes na região do Marajó no Pará. Redes do tráfico só podem ser enfrentadas por “redes de proteção e de erradicação”, portanto a sociedade deve ser conscientizada e motivada. ORAÇÃO DA CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2014 Ó Deus,/ sempre ouvis o clamor do vosso povo/ e vos compadeceis dos oprimidos e escravizados./ Fazei que experimentem a libertação da cruz/e a ressurreição de Jesus./ Nós vos pedimos pelos que sofrem/ o flagelo do tráfico humano. Convertei-nos pela força do vosso Espírito,/e tornai-nos sensíveis às dores destes nossos irmãos./Comprometidos na superação deste mal,/vivamos como vossos filhos e filhas,/ na liberdade e na paz,/ Amém. OBEJETIVO GERAL DA CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2014 O objetivo geral da Campanha da Fraternidade de 2014 é “identificar as práticas de tráfico humano em suas várias formas e denunciá-las como violação da dignidade e da liberdade humanas, mobilizando cristãos e pessoas de boa vontade para erradicar este mal com vista ao resgate da vida dos filhos e filhas de Deus”. OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2014 Identificar as causas e modalidades do tráfico humano e os rostos sofridos por esta exploração; Celebrar o mistério da morte e ressurreição de Jesus Cristo, sensibilizando para a solidariedade e o cuidado às vitimas dessas práticas; Suscitar, à luz da Palavra de Deus, a conversão que conduza ao empenho transformador desta realidade aviltante da pessoa humana; Denunciar as estruturas e situações causadoras do tráfico humano; Promover ações de prevenção e de resgate da cidadania dos atingidos; Reivindicar, aos poderes públicos, políticas e meios para a reinserção das pessoas atingidas pelo tráfico humano na vida familiar, eclesial e social; Paróquia Nossa Senhora Aparecida CNPJ: 04.128.765/0016-49 Av. Fortaleza, 5126 CAIXA POSTAL 31 - FONE: (69) 3442-5245 CEP: 76940-000 - ROLIM DE MOURA – RO e-mail: [email protected] www.paroquiarolim.com.br EXPLICAÇÃO DO CARTAZ DA CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2014 Entenda o significado do cartaz: 1. O cartaz da Campanha da Fraternidade quer refletir a crueldade do tráfico humano. As mãos acorrentadas e estendidas simbolizam a situação de dominação e exploração dos irmãos e irmãs traficados e o seu sentimento de impotência perante os traficantes. A mão que sustenta as correntes representa a força coercitiva do tráfico, que explora vítimas que estão distantes de sua terra, de sua família e de sua gente. 2. Essa situação rompe com o projeto de vida na liberdade e na paz e viola a dignidade e os direitos do ser humano, criado à imagem e semelhança de Deus. A sombra na parte superior do cartaz expressa as violações do tráfico humano, que ferem a fraternidade e a solidariedade, que empobrecem e desumanizam a sociedade. 3. As correntes rompidas e envoltas em luz revigoram a vida sofrida das pessoas dominadas por esse crime e apontam para a esperança de libertação do tráfico humano. Essa esperança se nutre da entrega total de Jesus Cristo na cruz para vencer as situações de morte e conceder a liberdade a todos. “É para a liberdade que Cristo nos libertou” (Gl 5, 1), especialmente os que sofrem com injustiças, como as presentes nas modalidades do tráfico humano, representadas pelas mãos na parte inferior. 4. A maioria das pessoas traficadas é pobre ou está em situação de grande vulnerabilidade. As redes criminosas do tráfico valem-se dessa condição, que facilita o aliciamento com enganosas promessas de vida mais digna. Uma vez nas mãos dos traficantes, mulheres, homens e crianças, adolescentes e jovens são explorados em atividades contra a própria vontade e por meios violentos. (Fonte: CF 2014 e no site: www.cnbb.org.br). TRÁFICO DE PESSOAS E TRABALHO ESCRAVO: LUGAR TEOLÓGICO, EXIGÊNCIA ÉTICA, MISSÃO DA IGREJA Pensamento nasce de um interesse, “um para que e um para quem”. Estima-se que 700 mil mulheres e crianças são traficadas passando todos os anos pelas fronteiras internacionais, são os resultados das estruturas política e econômica alicerçada na injustiça e na violência. A Constituição Pastoral Gaudium et Spes, do Concílio Vaticano II, denunciava que o luxo pulula junto a miséria(GS,n.63,3). Para João Paulo II, o mundo contemporâneo vive sob o domínio da injustiça e de um sistema alicerçado em estruturas de pecado. O Capitalismo sustenta o dinheiro sujo procedente de bordéis, masmorras, carvoarias, mansões, fábricas tailandesas, garimpos de serra leoa, do algodão das langeries da Victoria`s Secret, das grifes da Zara, dos tablets da Apple/Foxconn made in China. Traficantes enriquecem aumentando suas contas na Suiça, Bahamas, Caribe, Londres e Wall Street. Sociedade século XXI: idolátrica na economia, na cultura e na política; criaram a “religião do capitalismo”; o capital é o deus que todos conhecem, veem, tocam, cheiram, provam; existe para todos os nossos sentidos. É o deus que ainda não encontrou ateus”. Converter o dinheiro em poder supremo significa negar radicalmente ao Deus da vida.(Cl3.5) Para Jesus, o ídolo é uma realidade histórica concreta, o dinheiro(Mt6,24;Lc16,13); isto causa perversidade, injustiça, ganância, maldade, assassinato(Rm 1,18ss). ÉTICA A proibição do rapto e comércio de pessoas está legislado na Lei de Moisés. Na Torá, o mandamento Não roubar (Ex 20,15) e em (Dt24,7) é mais incisivo: todo aquele que raptar uma pessoa para tirar proveito é réu de morte. José, filho de Jacó, aparece na Bíblia como primeira vítima do tráfico de pessoas (Gn37,13-28). O sofrimento e humilhação das vítimas é a chave de leitura para a oração, a reflexão e a ação, experiência do que é o amor. O poder da violência não pode ser maior que o Deus da vida, conhecer-me é fazer justiça ao indefeso (Jr22,15-17). Assumir o tráfico de seres humanos é assumir a “causa de Deus”. É combater o bom combate (2Tm4,7), é ser uma carta de Cristo para o mundo (2Cor3,3), é assumir o ministério da justiça de Deus (2Cor3,9), é ser movido pelo espírito da liberdade, pois onde está o Espírito do Senhor, aí está a liberdade. Fazer em memória de Jesus e recapitular Sua autodoação. O combate de seres humanos, como memória do seu ministério libertador A IGREJA NO BRASIL E O ENFRENTAMENTO AO TRÁFICO HUMANO Desde o Concílio Vaticano II a Igreja no Brasil assume a opção preferencial pelos pobres, no (CELAM), Conferências Gerais do Conselho Episcopal Latino-Americano, Medellin(1968), Puebla(1979),Santo Domingo(1992) e Aparecida(2007). A grande pobreza dos povos do Terceiro mundo: fome, exploração econômica e o colonialismo; os rostos empobrecidos são apresentadas como “feições sofredoras de Cristo, o Senhor” ( que nos questiona e interpela). Paróquia Nossa Senhora Aparecida CNPJ: 04.128.765/0016-49 Av. Fortaleza, 5126 CAIXA POSTAL 31 - FONE: (69) 3442-5245 CEP: 76940-000 - ROLIM DE MOURA – RO e-mail: [email protected] www.paroquiarolim.com.br Fé: desemboca na ética uma compaixão indignada e libertadora, testemunhar é o significado mais profundo da evangelização. Bento XVI pediu que a comunidade internacional combatesse o turismo sexual, o tráfico de pessoas com este fim ou para transplante de órgãos e a exploração de menores. Jesus revelou: “Eu e o Pai somos um”(Jo10,30). E tudo o que a Igreja fizer a um destes pequenos, estará fazendo a Jesus. (Mt25,31-46). Existe muita vulnerabilidade social, seja na igreja , no acolhimento e no cuidado com as pessoas traficadas. São pessoas que levam no corpo e na alma, duros golpes e profundas cicatrizes; são os perdidos e desfigurados que interpelam a sociedade e a Igreja. GT: grupo de trabalho em combate ao tráfico e ao trabalho escravo dentro da CNBB, para exigir do Estado o cumprimento de suas tarefas constitucionais frente a esta realidade. EMBASAMENTO TEOLÓGICO PASTORAL A Igreja revela-se como uma Igreja Samaritana que se reconhece seguidora de Jesus a partir de serviços aos mais fragilizados da sociedade. Provocá-los a não assumirem a condição de Lázaro, que ficam esperando esmola, mas adentrarem o banquete, pois este é o seu direito. A mulher de Cananéia insiste com Jesus fazendo com que Jesus reconfigura a sua missão saindo do âmbito judeu e abrindo a todos com a Boa Nova. O templo é limpo e aconchegante, ela não é em si, mas para o reino. PERSPECTIVAS O testemunho que damos deve ser o grande atrativo de novos aliados para a missão. O debate é para a sociedade, mas é também para a Igreja. Não perder o sentido da história da caminhada, ler a conjuntura e compreender as forças sociais em jogo. Revisão das metodologias se necessário. Inquirir o Estado no enfrentamento do tráfico humano e trabalho escravo. Preocupação com empresário rurais que efetivam práticas de trabalho escravo devido a sensação de impunidade. 2. EVANGELHO DE MATEUS 1ª. Ideia: O Evangelho segundo Mateus foi escrito a partir dos Santos Padres (Igreja Primitiva – século I-III). A Didaqué (catecismo dos primeiros cristãos), está cheia de citações do Evangelho de Mateus. Esse foi o Evangelho mais lido e comentado. 2ª. Ideia: Mateus teve um grande destaque no campo litúrgico. 3ª. Ideia: No campo doutrinal, encontramos cinco grandes discursos de Jesus: Sermão da Montanha: Mt 5 – 7 Sermão Missionário: Mt 10 As Parábolas: Mt 13 Sermão Eclesiológico (sobre a Igreja e a Comunidade) Discurso Escatológico (sobre o fim dos tempos): Mt 24 – 25 INTRODUÇÃO Esses discursos é a doutrina de Jesus, o seu ensinamento. O ponto central do 1º Discurso está em: Mt 5,1: Apresenta a postura de Jesus perante a Lei de Moisés (nova hermenêutica, nova interpretação). No 2º. Discurso encontramos as orientações para uma atividade missionária. O que se deve fazer numa pregação: Em Mt 10 há uma série de orientações para atividades missionárias. Os discípulos não saem em missão. Isso acontecerá somente após a Ressurreição de Jesus (Mt 28,16-20). No 3º. Discurso encontramos as Parábolas de Jesus. Objetivo de Mateus: explicar o que é o Reino dos Céus. Todas as Parábolas foram selecionadas para explicar esse objetivo. O 4º. Discurso possui caráter eclesial, ou seja possui a temática da Igreja. Objetivo de Mateus: apresentar as normas e orientações para a vivência em Comunidade. O tema Igreja só aparece em Mateus: Ideia de Igreja – Mt 16,18 (universal, catolicidade); Sentido de Igreja – Mt 18,17 (local, particular). Aparece também os tema: Primado de Pedro – Mt16,13-20 e Missão Universal – os Apóstolos vão trabalhar. No 5º. Discurso há três parábolas escatológicas, ou seja sobre o final dos tempos. ASPECTO LITERÁRIO Mateus se destaca no aspecto literário. 1º. argumento: a presença de grandes blocos. Temos cinco blocos narrativos (autor fala) e cinco blocos discursivos (Jesus fala). 2º. argumento: uso da Fonte Q (Quele). São textos que só aparecem em Mateus e lugar (beberam da mesma fonte). 3º. argumento: Mateus tem como fonte os escritos de Marcos (“copia de Marcos”) . 4º. argumento: Uso de fontes particulares: as narrativas da infância de Jesus. ESTRUTURA Dividimos o Evangelho de Mateus em cinco grandes blocos com uma introdução Mt 1 – 2: narrativa da Infância Mt 26 – 28: conclusão Em cada um dos cinco blocos, há uma parte narrativa (autor é quem escreve as ações de Jesus), e uma parte discursiva (é Jesus quem fala: faz milagres, ensina o povo... . Mateus segue essa estrutura em seu Evangelho: Paróquia Nossa Senhora Aparecida CNPJ: 04.128.765/0016-49 Av. Fortaleza, 5126 CAIXA POSTAL 31 - FONE: (69) 3442-5245 CEP: 76940-000 - ROLIM DE MOURA – RO e-mail: [email protected] www.paroquiarolim.com.br • INTRODUÇÃO: 1 – 2 • NARRATIVA: 3 – 4 DISCURSO: 5 – 7 • NARRATIVA: 8 – 9 DISCURSO: 10 • NARRATIVA: 11 – 12 DISCURSIVA: 13 • NARRATIVA: 14 – 17 DISCURSIVA: 18 • NARRATIVA: 19 – 23 DISCURSIVA: 24 – 25 • CONCLUSÃO: 26 – 28 1ª. Observação: encontramos nessa estrutura cinco discurso de Jesus. O que Mateus quer com isso? Qual a comparação com o Antigo Testamento? Moisés na concepção judaica escreve a Toráh (são os cinco primeiros livros da Bíblia). Jesus proclama cinco discursos. MATEUS QUER MOSTRAR QUE JESUS É O NOVO MOISÉS 2ª. Observação: Mateus quer mostrar que seu Evangelho é a nova Lei, é o novo Pentateuco. Por isso estrutura o Evangelho em cinco blocos. Em Mt 5,17: mostra a postura, a atitude de Jesus perante a Lei. Jesus vem dar novo significado, atualiza, interpreta a Lei, dando um novo sentido e significado. VISÃO GERAL DO EVANGELHO Mt 1 – 2 (Introdução): Narrativas da infância de Jesus: Por quê dos quatro evangelistas, somente Mateus e Lucas trazem as narrativas da infância? Por quê Marcos não trás a narrativa da infância, sendo o primeiro Evangelho a ser escrito? É impossível harmonizar as narrativas de Marcos e Lucas. PERGUNTAS QUE MATEUS QUER RESPONDER Mateus procura responder estas perguntas: Quem são os descendentes de Jesus? Qual a origem de Jesus? Onde Jesus nasceu? Em que época Jesus nasceu? Quem são os pais de Jesus? Qual a missão de Jesus? RESPOSTAS DE MATEUS Quem são os antepassados de Jesus? Para Mateus é o Povo de Israel (Mt 1,1). Por isso que começa sua genealogia com Abraão. Para Lucas é a humanidade, todos os povos, porque termina com Adão (origem da humanidade dos povos) Qual a origem de Jesus? Nascido do ESPÍRITO SANTO – Mt 1,18-20 Aonde Jesus nasceu? Em Belém de Judá – Mt 2,1 Em que época Jesus nasceu? Na época do Rei Herodes – Mt 2,1 Que foram seus pais? Maria e José – Mt 1,18 GENEALOGIA DE JESUS Observações 1º. Mateus começa mencionando a origem do Povo de Israel. Menciona Abraão: Mt 1,1. Situa Jesus e o povo dentro das três grandes promessas que Deus fez a Abraão: terra descendência e bênção. 2º. Em Mt 1,17 encontramos: de Abrãao (18a.C) a Davi (10a.C) quatorze gerações; de Davi (10a.C) ao Exílio da Babilônia (6a.C) quatorze gerações; do Exílio da Babilônia a Jesus Cristo 14 gerações. Este versículo não tem uma finalidade histórica, mas uma finalidade teológica. Quer explicar o significado do nome Davi (hebraico). Não se conta as vogais, mas somente as consoantes: D: 4 + V: 6 + D:4 14 gerações. Mateus quer explicar que Jesus é o novo Davi. 3º. Presença de quatro mulheres Mt1,3: Tamar Mt1,5: Raab e Rute Mt1,6: Bersabéia São mulheres de comportamento ético duvidoso. Jesus se insere na história de pecados, erros: é a nossa história de cada dia. 4º. Alguns dados desse texto: Mt1,19: José, homem justo Mt1,20: José era da descendência de Davi Mt1,21.25: o nome da criança – Jesus Mt1,20.24: anjo aparece. Há dois pedidos: receber Maria e dar o nome de Jesus Mt1,23: título Emanuel (é o título mais importante para Mateus) Para Mateus Jesus é superior às personagens do Antigo Testamento Paróquia Nossa Senhora Aparecida CNPJ: 04.128.765/0016-49 Av. Fortaleza, 5126 CAIXA POSTAL 31 - FONE: (69) 3442-5245 CEP: 76940-000 - ROLIM DE MOURA – RO e-mail: [email protected] www.paroquiarolim.com.br NARRATIVAS E DISCURSOS Grupo1: Mt 3 – 7 Mt 3 – 4: PARTE NARRATIVA Mt 5 – 7: PARTE DISCURSIVA (Sermão da Montanha) Grupo2: Mt 8 – 10 Mt 8 – 9: PARTE NARRATIVA (dez milagres de Jesus) Mt 10: PARTE DISCURSIVA (Discurso Missionário: orientações e conselhos para a missão) Grupo3: Mt 11 – 13 Mt 11 – 12: PARTE NARRATIVA (Incredulidade dos judeus) Mt 13: PARTE DISCURSIVA (Sete parábolas) Grupo4: Mt 14 – 18 Mt 14 – 17: PARTE NARRATIVA (Temática sobre a Igreja) Mt 13: PARTE DISCURSIVA (Sobre a Igreja/Comunidade. Há seis orientações/conselhos para se viver numa Comunidade) Grupo5: Mt 19 – 25 Mt 19 – 23: PARTE NARRATIVA (Jesus está em Jerusalém (caminha). Confronto com as autoridades judaicas) Mt 24-25: PARTE DISCURSIVA (Discurso escatológico – sobre o fim dos tempos. Uso de parábolas) MILAGRES DE JESUS (Mt 8 – 9) Existe um coleção de milagres já escrita, e que Mateus escreve em seu Evangelho. Os três primeiros milagres são para pessoas excluídas de Israel Leproso (excluído) Mulher (não tinha função social) Pagão (maldito) MATEUS QUER MOSTRAR QUE JESUS INTEGRA AQUELES QUE A SOCIEDADE EXCLUÍA. Com exceção da tempestade e da ressurreição, predominam os milagres de cura. Em todos eles há presença de outras pessoas. Jesus nunca está sozinho. Tema central dos milagres: CRISTOLOGIA. Quer mostrar uma imagem de Jesus. São realizados em Cafarnaum: um lugar determinado, geográfico. VOCAÇÃO DE MATEUS (Mt 9,9-13) Único que há um chamado específico. Há a presença de grupos excluídos. O chamamento dos 12 está dentro do contexto de Mt9,36. Em Mt 10: há o chamado, o contexto do chamado. VIAGENS DE JESUS Sobre as Viagens de Jesus: Jerusalém à Galiléia. Para tratar desse tema: Mateus utiliza 2 capítulos Marcos utiliza 1 capítulo Lucas utiliza 10 capítulos ENSINAMENTOS DE JESUS (Mt 19 – 20) Estes capítulos se destacam pela abundância de ensinamentos. Jesus ensina Mt 21: PARÁBOLAS Mt 21: há suas parábolas Mt21,28-31: Parábola dos dois filhos Mt21,33-46: Parábola dos vinhateiros homicidas Mt 22 Mt 22: encontramos três questionamentos/interrogatório feitos a Jesus, para provar se ele sabe ou não sabe: Imposto a César (armadilha) Ressurreição dos mortos (os Saduceus que não acreditam na ressurreição interrogam Jesus) O mandamento mais importante Mt 23 Mt 23: encontramos críticas de Jesus aos escribas e fariseus – “Ai de vós...”: Esta frase é dita por Jesus sete vezes. Paróquia Nossa Senhora Aparecida CNPJ: 04.128.765/0016-49 Av. Fortaleza, 5126 CAIXA POSTAL 31 - FONE: (69) 3442-5245 CEP: 76940-000 - ROLIM DE MOURA – RO e-mail: [email protected] www.paroquiarolim.com.br Mt 24 – 25 Discursos escatológicos ou apocalíptico. Contexto: perseguições aos cristãos. Característica: números, cores, fenômenos da natureza. Livros apocalípticos: Daniel; Zc 9 – 14; Joel; Is24 – 27. 34 – 35. Discursos apocalípticos de Jesus: Mc13; Mt24 – 25; 1Ts 4 – 5; 2Ts2. Mt 24 – 25: há 5 parábolas escatológicas CARACTERÍSTICAS LITERÁRIAS 1ª. Uso do AT (principalmente o verbo CUMPRIR): Aparece aproximadamente 70 vezes o uso ou alusões ao AT. 12 vezes: “Para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta...”. Destas 4 vezes nas narrativas da Infância. Este recurso literário é utilizado por Mateus para provar que Jesus é o Messias, que Jesus é o Filho de Deus. Portanto, o que os profetas tinhas falado a respeito do Messias, acontece com Jesus: logo JESUS É O MESSIAS! 2ª. Uso de costumes judaicos Mt5,23-24: oferta ao altar Mt5,19: lei – distinguir entre mandamentos grandes e pequenos Mt6,2-3: esmola, trombeta para aparecer Mt15,2: lavar as mãos antes das refeições Mt23,5: ações para serem vistos pelos homens (franja, faixas...) Mt23,15: conversão de prosélitos Mt23,23: dízimo da hortelã, cominho (coisas insignificantes) 3ª. Uso de palavras judaicas Mt4,5: Cidade Santa = Jerusalém Mt5,17: Lei e os profetas = AT Mt5,18: Virgula na Lei = menor letra no alfabeto hebraico Mt10,6: ovelhas perdidas da casa de Israel = Povo de Israel Mt16,17: nem carne e sangue = dimensão humana Mt16,19: chaves do Reino do Céu = poder Ligar e desligar = estar em sintonia, comunhão Mt19,28: Filho do homem = Jesus atribui a si (aparece nos anúncios da Paixão 12 Tribos = Povo de Israel Mt24,3: Monte das Oliveiras = fim do mundo/tempos 4ª. Uso da cronologia Mt3,1: Naqueles dias... Mt3,13: Neste tempo venho Jesus da Galiléia ao Jordão Mt8,1: Ao descer da montanha Mt11,25: Por este tempo, pôs-se Jesus a dizer Mt13,1: Naquele dia Mt8,5: Ao entrar em Cafarnaum O uso da cronologia em Mateus é muito vaga. Não há uma precisão cronológica A expressão “Naquele tempo...”: (esta fórmula introdutória foi colocada na liturgia. Não aparece no texto bíblico). 5ª. Uso da inclusão Significa repetir a mesma palavra ou expressão, ou ideia, no início e no fim de uma narrativa. Exemplos: Mt1,23 com Mt28,20: Deus conosco Emanuel. Ideia de um Deus presente (“estou convosco”). Aparece no início e no fim de Mateus. Mt4,23 com Mt9,35: é quase cópia de um versículo para outro QUAL O OBJETIVO DE MATEUS ESCREVER O EVANGELHO? Mateus procura dar resposta a duas perguntas Quem é Jesus? Como deve ser um bom cristão? Algumas respostas: 1ª. Mt1,23: Emanuel Mt 18,20: presente na vida da Comunidade Mt28,20 Mateus escreve tanto no início, meio e final. Além disso, Mateus relembra as grandes personagens do AT: Jesus é o novo Davi; o Filho de Deus... 2ª. Mateus responde em cinco tópicos: Escolha dos 4 primeiros discípulos (Mt4,18-22): contexto de trabalho Vocação de Mateus: descreve longamente sua vocação (Mt9,9-13), no contexto de trabalho A escolha dos 12 (Mt10, 1-5) Recomendações sobre o envio dos 12 (Mt10,6-42) Missão universal (Mt28,16-20)