ASSUNTO: PROVAS DO CESPE / 2008 UnB/CESPE – STJ PROVA 1 Cargo 1: Analista judiciário – Área: Administrativa Se a perspectiva do político é a perspectiva de como o poder se constitui e se exerce em uma sociedade, como se distribui, se difunde, se dissemina, mas também se oculta, 4 se dissimula em seus diferentes modos de operar, então é fundamental uma análise do discurso que nos permita rastreá-lo. A necessidade de discussão da questão política e do exercício do poder está em que, em última análise, todos os grupos, classes, etnias visam, de uma forma ou de outra, o controle do poder político. Porém, costumamos ver o 10 poder como algo negativo, perverso, no sentido da dominação, da submissão. Não há, entretanto, sociedade organizada sem formas de exercício de poder. A questão, portanto, deve ser: como e em nome de quem este poder se exerce? Danilo Marcondes. Filosofia, linguagem e comunicação. São Paulo: Cortez, 2000, p. 147-8 (com adaptações). Em relação às idéias e às estruturas lingüísticas do texto acima, julgue os itens a seguir. 1 Segundo o texto, é inútil discutir o poder, pois seu aspecto negativo, de submissão, é inevitável e aparece em todas as relações de dominação, seja de classe, seja de etnia. 2 A vírgula logo depois de “operar” (l.4) indica que a relação entre as idéias expressas no período iniciado por “então é fundamental” (l.4-5) e as idéias expressas no período anterior seria mantida se a palavra “então” fosse substituída por posto que. 3 Na linha 7, para evitar as duas ocorrências da preposição “em” e tornar o estilo do texto mais elegante, mantendo-se a correção gramatical, deve-se deixar subentendida a primeira delas, reescrevendo-se o respectivo trecho da seguinte forma: está que, em última análise. 4 Mantendo-se as idéias originalmente expressas no texto, assim como a sua correção gramatical, o complemento da forma verbal “visam” (l.8) poderia ser introduzido pela preposição a: ao controle. 5 REDAÇÃO OFICIAL 6 A flexão de plural em “formas” (l.12) indica que, se em lugar do verbo impessoal, em “Não há” (l.11), for empregado o verbo existir, serão preservadas a coerência textual e a correção gramatical com a forma existem. Em um artigo publicado em 2000, e que fez muito sucesso na Internet, Cristovam Buarque desenhava um idílico mundo futuro, liberto das soberanias nacionais, em 4 que tudo seria de todos. Se tudo der certo no planeta (o que é discutível), quem sabe um dia, daqui a mil ou dois mil anos, cheguemos lá. Como nada ainda deu certo no planeta, a internacionalização só será aceitável quando se cumprirem 8 duas premissas. Primeira: que desapareçam os Estados nacionais. Segunda: que os grupos, ou comunidades, ou sociedades que restarem mantenham entre si relações impecavelmente eqüitativas. Quem sabe um dia... (Prof. Deivid Xavier) Julgue os seguintes itens, a respeito da organização das idéias do texto acima. 7 Mantém-se a correção gramatical do texto e respeitam-se suas relações argumentativas ao se substituir “em que” (l.3-4) por onde. 8 O emprego das formas verbais “cheguemos” (l.6), “desapareçam” (l.8) e “mantenham” (l.10) indica a expressão de ações hipotéticas; mas o desenvolvimento do texto permite, coerentemente, considerá-las assertivas, e sem que se prejudique a correção gramatical, em seus lugares, é possível empregar as formas chegamos, desaparecem e mantêm, respectivamente. 9 Mantêm-se a coerência de idéias e a correção gramatical do texto ao se empregar o sinal indicativo de crase no “a”, em “a internacionalização” (l.7), situação em que esse termo seria empregado como objeto direto preposicionado. 10 Preservam-se a correção gramatical e a coerência da argumentação do texto ao se substituir a expressão “se cumprirem” (l.7) por forem cumpridas. Pode-se dizer que há complexidade onde quer que se produza um emaranhamento de ações, de interações, de retroações. E esse emaranhamento é tal que nem um computador poderia captar todos os processos em curso. Mas 5 há também outra complexidade que provém da existência de fenômenos aleatórios (que não podem ser determinados e que, empiricamente, agregam incerteza ao pensamento). Pode-se dizer, no que concerne à complexidade, que há um pólo empírico e um pólo lógico e que a complexidade 10 aparece quando há simultaneamente dificuldades empíricas e dificuldades lógicas. Pascal disse há já três séculos: “Todas as coisas são ajudadas e ajudantes, todas as coisas são mediatas e imediatas, e todas estão ligadas entre si por um laço que conecta umas às outras, inclusive as mais 15 distanciadas. Nessas condições — agrega Pascal — considero impossível conhecer o todo se não conheço as partes”. Esta é a primeira complexidade: nada está isolado no Universo e tudo está em relação. Edgard Morin. Epistemologia da complexidade. In: Dora Fried Schnitman (Org.). Novos paradigmas, cultura e subjetividade. Porto Alegre: Artmed, 1996, p. 274 (com adaptações). Julgue os seguintes itens, a respeito de redações alternativas para termos e estruturas lingüísticas do texto acima. 11 O desenvolvimento das idéias do texto permite, também, a utilização gramaticalmente correta e textualmente coerente da forma verbal produz no lugar de “produza” (l.2). 12 O sentido impessoal do verbo haver permite que a afirmação generalizada “Mas há também outra complexidade que provém” (l.4-5) seja substituída por uma frase nominal no plural: Mas também outras necessidades provém. Roberto Pompeu de Toledo. Amazônia: premissas para sua entrega. In: Veja, 28/5/2008 (com adaptações). Sugestões, críticas, envio de questões para resolução em sala, envie email para [email protected] Um abraço!!! 1 ASSUNTO: PROVAS DO CESPE / 2008 13 Preserva-se o respeito às regras de pontuação do padrão formal da língua portuguesa ao se retirar os parênteses das linhas 6 e 7, demarcando-se a explicação do que sejam “fenômenos aleatórios” (l.6) por um travessão ou por uma vírgula logo depois dessa expressão. 14 Reforça-se a idéia de possibilidade, coerente com a argumentação desenvolvida no texto, e mantém-se sua correção gramatical, ao se utilizar, em lugar de “Pode-se dizer” (l.8), o tempo verbal de futuro do pretérito, da seguinte forma: Poderia-se dizer. 15 A retirada do sinal indicativo de crase em “no que concerne à complexidade” (l.8) altera as relações de sentido entre os termos, mas preserva sua correção gramatical. 16 Seriam respeitadas as relações de textualidade e as regras gramaticais se as palavras de Pascal, ‘considero impossível conhecer o todo se não conheço as partes’ (l.16-17), fossem assim enunciadas: considero impossível ao todo conhecer se não conheço as partes. Em minha opinião, uma percepção ingênua dos fenômenos de mercado, como a crença nos mercados perfeitos, fornece exatamente o que seus críticos mais utilizam como munição nos momentos de crise e 5 descontinuidade. O argumento da suposta infalibilidade dos mercados em bases científicas e a pretensão de transformar economia e finanças em ciências exatas produzem uma perigosa mistificação: confundir brilhantes construções mentais para entender a realidade com a própria 10 realidade. Os mercados não são perfeitos. São, isto, sim, poderosos instrumentos de coordenação econômica em busca permanente de eficiência. Mas são também o espelho de nossos humores, refletindo nossa falibilidade nas avaliações. São contaminados por excesso de otimismo e de pessimismo. São humanos, demasiado humanos. Paulo Guedes. Os mercados são demasiado humanos. In: Época, 21/7/2008 (com adaptações). UnB/CESPE – STJ (Prof. Deivid Xavier) PROVA 2 Cargo 4: Técnico Judiciário – Área: Administrativa A noção de tempo é uma das que imediatamente atraem nossa atenção, em vista de ser o tempo uma das categorias básicas do conhecimento construído pelo pensamento científico ocidental.Tempo, espaço e 5 movimento são atributos da matéria. Para os índios maxacalis, o tempo é circular. Sua marcação de tempo, seu calendário, está associada aos ciclos de chuva e seca, aos interesses de plantio e de colheita, a conflitos internos e externos, às doenças e à morte. A presença dos espíritos da 10 terra confere plena harmonia e grande felicidade aos humanos. Porém, ocorrendo qualquer distúrbio, interrompem-se os ciclos. Então, é possível considerar que as interpretações de tempo para os maxacalis são circunstanciadas de muitas relações, de muitos fenômenos, 15 como tudo em sua vida. Por contraste, fica-nos o nosso conceito de tempo — uma coisa medida, fragmentável em outras menores, com nomes, com dimensões cada vez mais precisas. Nossa vida, pensada e escalada, segundo os valores e atributos dessa ciência ocidental, está cada vez mais fragmentada em ações programadas e confinadas a horários, a prazos. Lilavate I. Romanelli. Encontros e desencontros entre a cultura acadêmica e a cultura indígena. In: Linguagem, cultura e cognição. Belo Horizonte: Autêntica e Ceale, 2001, p. 159-60 (com adaptações). Julgue os seguintes itens, a respeito da organização das idéias do texto acima. 1 A supressão de “das” da expressão “uma das que” (l.1) mantém a coerência das idéias do texto, sem prejudicar sua correção gramatical. 2 Para se manter o paralelismo lingüístico entre os complementos de “associada” (l.7), assim como a correção gramatical do período, poder-se-ia empregar o acento indicativo de crase no “a”, em “a conflitos” (l.8). A partir da organização das idéias e das estruturas lingüísticas do texto acima, julgue os itens subseqüentes. 3 O uso de são interrompidos em substituição a “interrompem-se” (l.12) preserva a correção gramatical do texto. 17 REDAÇÃO OFICIAL 4 REDAÇÃO OFICIAL 18 Na linha 8, a flexão de plural da forma verbal “produzem” é exigida pelo termo “economia e finanças”. 5 Na linha 16, o travessão poderia, respeitando-se as regras de pontuação e mantendo-se a coerência do texto, ser substituído pelo sinal de dois-pontos. 19 Seria mantida a correção gramatical do trecho “Os mercados não são perfeitos. São, isto, sim, poderosos” (l.1011), caso ele fosse assim reescrito: Os mercados não são perfeitos; são, isto sim, poderosos. 20 Na linha 12, o termo “o espelho” permite que o verbo ser, nessa oração, seja flexionado também no singular: Mas é também o espelho. Gabarito: 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 E E EC EECEE C E E C E C C E E C E O exercício de tentar imaginar como será o futuro a partir do que ocorre no dia-a-dia tornou-se o alimento vital para os empreendedores da informática e do entretenimento eletrônico. Resultado concreto disso? A 5 convergência entre as tecnologias da comunicação, da diversão e da microeletrônica — ou, em outras palavras, a produção de aparelhos glamorosos, exuberantes e inteligentes. Muitos dos quais, ressalte-se, restritos até há bem pouco tempo à ficção científica. Darlene Menconi. In: Welcome Congonhas, maio/2007, ano I, n.º 2, p. 49 (com adaptações). Sugestões, críticas, envio de questões para resolução em sala, envie email para [email protected] Um abraço!!! 2 ASSUNTO: PROVAS DO CESPE / 2008 Acerca das idéias e das estruturas lingüísticas do texto acima, julgue os itens a seguir. 6 A flexão de singular no verbo “tornou-se” (l.2) deve-se à concordância com o sujeito da primeira oração do texto, que está expresso pelo pronome “se”. 7 A oração desenvolvida Em que isso resulta? constitui um equivalente textualmente coerente e gramaticalmente correto da frase “Resultado concreto disso?” (l. 4). 8 Respeitam-se as regras de pontuação e as relações de coesão do texto ao se escrever a expressão “bem pouco tempo” (l.9) entre vírgulas. 9 A inserção do termo atrás logo depois de “tempo” (l.9) respeita as regras gramaticais e torna as idéias do texto mais claras e organizadas. O que há de paradoxal a respeito da economia de hoje é a sua força. É certo que há paralelos com a Grande Depressão norte-americana. As pessoas temem aquilo que não compreendem ou não esperam. No início da década de 30, 5 ninguém sabia por que, afinal, a economia havia se deteriorado com tanta rapidez. Da mesma maneira, boa parte das más notícias eram, em geral, inesperadas. As pessoas temem o que virá a seguir. Elas se preocupam com a estabilidade dos mercados financeiros e da economia 10 globalizada. Essas ansiedades são legítimas. Os prazeres da prosperidade geram complacência e inspiram equívocos que, algum tempo depois, incidem sobre os mercados financeiros, sobre a geração de empregos e a produção. Assim como as expansões levam, afinal, à autodestruição, da mesma maneira, os declínios tendem a criar forças de autocorreção. O Estado de S.Paulo, 25/7/ 2008 (com adaptações). Com referência ao texto acima, julgue os itens subseqüentes. 11 O desenvolvimento das idéias do texto leva a concluir que a “economia de hoje” (l.1) tem força, e não entra em colapso, porque cria forças de autocorreção no seu declínio. 12 A substituição de “há” (l.2) por existe preserva a correção gramatical do texto e reforça a idéia de existência. 13 A expressão “Essas ansiedades” (l.10) retoma, no desenvolvimento do texto, as idéias do temor do que virá no futuro e a preocupação com a estabilidade dos mercados e da economia. 14 A organização das idéias do texto permite subentender um conectivo como No entanto ligando o período iniciado por “Os prazeres” (l.10) ao seu anterior. 15 O sinal indicativo de crase em “à autodestruição” (l.14) é exigido pelo significado em que está empregado o verbo levar; pois, se não se usar crase, as regras gramaticais poderão ser respeitadas, mas as relações semânticas serão alteradas. Gabarito: 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 E ECC CE CE E E C E C E C (Prof. Deivid Xavier) EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO-ASSUNTOS DIVERSOS POLÍCIA ROROVIÁRIA FEDERAL Não podemos ignorar as mudanças que se processam no mundo, sobretudo a emergência de países em desenvolvimento como atores importantes no cenário internacional, muitas vezes exercendo papel crucial na busca de soluções pacíficas e equilibradas para os conflitos. 6 O Brasil está pronto a dar a sua contribuição. Não para defender uma concepção exclusivista da segurança internacional. Mas para refletir as percepções e os anseios de um continente que hoje se distingue pela convivência harmoniosa e constitui um fator de estabilidade mundial. O apoio que temos recebido, na América do Sul e fora dela, nos estimula a persistir na defesa de um Conselho de Segurança adequado à realidade contemporânea. Idem, ibidem (com adaptações). 01. Em relação ao texto acima, julgue os itens a seguir: 01. A partícula “se” (l.1) indica um sujeito indeterminado para o verbo processar. 02. Preservam-se a coerência e a correção gramatical do texto ao se transformar a frase nominal “como atores importantes” em oração subordinada adjetiva: que são atores importantes. 03. São preservadas as relações lógicas e a correção gramatical do texto ao se substituir o ponto final imediatamente antes de “Mas” (l. 8) por uma vírgula e fazer o necessário ajuste na letra inicial maiúscula desse vocábulo. TRE Na cidade de Atenas, considerava-se cidadão (thetes) qualquer ateniense maior de 18 anos que tivesse prestado serviço militar e que fosse homem livre. Da reforma de Clistenes em diante, os homens da cidade não usariam mais o nome da família, mas, sim, o do demos a que pertenciam. 6 Manifestariam sua fidelidade não mais à família (gens) em que haviam nascido, mas à comunidade (demói) em que viviam, transferindo sua afeição de uma instância menor para uma maior. O objetivo do sistema era a participação de todos nos assuntos públicos, determinando que a representação popular se fizesse não por eleição, mas por sorteio. 02. Considerando o texto acima, julgue os itens a seguir. 01. A estrutura em voz passiva “considerava-se” (l.1) poderia ser substituída por outra forma de passiva, era considerado, sem comprometer a coerência do texto. 02. A correção gramatical e a coerência textual seriam mantidas ao se retirar o pronome “que” (l. 3). 03. O emprego de futuro do pretérito em “usariam” (l. 4) e “Manifestariam” (l. 6) indica que as ações expressas por essas formas verbais devem ser consideradas a partir da “reforma de Clistenes” (l. 3-4). Sugestões, críticas, envio de questões para resolução em sala, envie email para [email protected] Um abraço!!! 3 ASSUNTO: PROVAS DO CESPE / 2008 TRE Em relação ao tema da democracia e da cidadania, no mundo grego não havia ambigüidades: cidadãos eram aqueles liberados do reino da necessidade, portadores de direitos e cumpridores de deveres, agindo no mundo por meio do discurso e da ação e gozando da liberdade. No entanto, a 6 sociedade grega não conhecia a noção de indivíduo, que emerge com a modernidade, pois havia uma certa homogeneidade entre os cidadãos, na medida em que estavam excluídos da esfera pública e do exercício da cidadania as mulheres, os estrangeiros e os escravos. João B. A. da Costa. Democracia, cidadania e atores políticos de esquerda. Internet: <http://www.cerescaico.ufrn.br/publicacoes/revista/bosco.htm >. Acesso em 16/7/2006 (com adaptações). 03. Julgue os itens seguintes, a respeito das idéias e da organização do texto acima. 01.Nas linhas 2 e 7, mantêm-se a correção gramatical e a coerência do texto ao se substituir as duas ocorrências de “havia” por existia. 02.A substituição do sinal de dois-pontos depois de “ambigüidades” (l. 2) pela conjunção “,porque” preserva a correção gramatical e as relações semânticas do texto. 03.O emprego dos conectivos “No entanto” (l. 5) e “pois” (l. 7) torna o texto inadequado para compor um texto oficial, por não atender às exigências de clareza e objetividade, caracterizadoras da redação oficial. 04. A forma verbal “estavam” (l. 8) está empregada no plural para concordar com seu sujeito, “cidadãos” (l. 8). Prof. Boris Fausto — Existe um consenso básico a respeito do que seja democracia: é o regime em que aqueles que dirigem a nação recebem, por meio de eleição, um mandato popular. A idéia de que a soberania reside no povo e é ele que elege seus representantes distingue a democracia de qualquer 6 regime autoritário, totalitário. Ela também significa a garantia da livre expressão das idéias — não existe democracia onde existe, por exemplo, censura à imprensa. A discussão maior consiste em saber se os aspectos sociais se incluem na definição de democracia. 11 Há quem entenda o conceito e diga: não, democracia sem igualdade, sem maior acesso da população a todos os direitos de educação, saúde etc. não chega a ser democracia. Internet: <http://www.mec.gov.br/seed/tvescola/historia/ 04.A partir do trecho de entrevista transcrito acima, julgue os itens subseqüentes. 01.Preservam-se a correção gramatical e a coerência textual ao se substituir “a respeito” (l. 1) por em relação. (Prof. Deivid Xavier) 02.Na linha 5, a forma verbal “distingue” está empregada no singular para concordar com o sujeito da oração, “ele”. 03.De acordo com os sentidos construídos no texto, “Ela” (l. 6) refere-se a “democracia” (l. 5). 04.De acordo com a argumentação do texto, “democracia sem igualdade” (l.11-12) deve ser entendida como sinônimo de “acesso da população a todos os direitos de educação, saúde etc.” (l. 12). 05. Depreende-se do texto que existe algo de consensual no conceito de democracia, mas que existem também algumas divergências quanto ao que se deve entender por democracia. ESCRIVÃO – POLÍCIA FEDERAL Definimos guerra a partir da definição de nação e de Estado e conceituamos guerra civil por meio de critérios políticos, entre os quais devem ser incluídos os étnicos, raciais, lingüísticos e religiosos. Mas, se redefinirmos guerra com 5 base no número de mortes violentas, poderemos considerar que o país enfrenta, há muito tempo, um dos conflitos mais sangrentos da história. O Brasil, em geral, e o estado do Rio de Janeiro e sua capital, em particular, vivem uma catástrofe humana equivalente à soma das perdas militares em muitas guerras. Gláucio Ary Dillon Soares. Somos mesmo violentos? In: Correio Braziliense, 05.Em relação ao texto acima, julgue os itens que se seguem: 01. Em “se redefinirmos” (l. 4), como não se pode identificar o agente, o pronome “se” indica indeterminação do sujeito, o que reforça a objetividade e a impessoalidade do texto. 02.O emprego do sinal indicativo de crase em “à soma” (l. 9) justifica-se pela regência da palavra “equivalente” (l. 9). 03.A expressão “soma das perdas militares” (l. 9) faz alusão aos prejuízos materiais advindos dos conflitos bélicos. Até que ponto a banalização de atos violentos exibidos nas salas de visita pelo país afora, na programação diária, dos desenhos animados aos programas de mundo-cão, contribui para a escalada da violência urbana? Essa questão é mais antiga do que se imagina. Surgiu no final da década de 40 do século XX, assim que a televisão entrou nas casas das famílias. Nos Estados Unidos, país com maior número de aparelhos por habitante, a autoridade máxima de saúde pública do país (Surgeon General) já afirmava em comunicado à nação, no ano de 1972: “A violência na 10 televisão realmente tem efeitos adversos em certos membros de nossa sociedade”. Desde então, a literatura médica já publicou sobre o tema 160 estudos de campo, que envolveram 44.292 participantes, e 124 estudos laboratoriais com 7.305 participantes. Absolutamente todos demonstraram a 15 existência de relações claras entre a exposição de crianças à violência exibida pela mídia e por videojogos e o desenvolvimento de comportamento agressivo. Sugestões, críticas, envio de questões para resolução em sala, envie email para [email protected] Um abraço!!! 4 ASSUNTO: PROVAS DO CESPE / 2008 (Prof. Deivid Xavier) 06.Acerca do texto acima, julgue os itens subseqüentes. O Brasil do século 20. (com adaptações). 01.Em “dos desenhos”, o termo sublinhado pode ser substituído por desde os sem prejuízo para a informação e a correção gramatical do período. 08.Acerca do texto acima e de aspectos diversos associados ao tema nele enfocado, julgue os itens subseqüentes. 02.O termo “assim que” estabelece uma relação conclusiva entre as informações dos períodos por ele intercalados. 03.As informações numéricas relativas às pesquisas que evidenciam a influencia da mídia e dos videojogos no comportamento agressivo constituem um argumento que reforça a tese do texto. ESCRIVÃO DA POLÍCIA FEDERAL A violência urbana é uma enfermidade contagiosa. Embora acometa indivíduos vulneráveis em todas as classes sociais, é nos bairros pobres que ela se torna epidêmica. Os índices de predominância variam de cidade para cidade e de 5 um país para outro. Como regra, a epidemia começa nos grandes centros e se dissemina pelo interior. A incidência nem sempre é crescente; a mudança de fatores ambientais pode interferir em sua escalada. Sabe-se também que os genes herdados exercem influencia fundamental na estrutura e 10 função dos circuitos de neurônios envolvidos nos mecanismos bioquímicos da agressividade. É bom ressaltar, porém, que os fatores genéticos não condicionam o comportamento futuro: o impacto do meio ambiente é decisivo. Os mediadores químicos liberados e a própria arquitetura da conexões nervosas que constituem esses circuitos são dramaticamente modelados pelos acontecimentos sociais da infância. 07.Considerando o texto acima, julgue os seguintes itens: 01.Pelos sentidos do texto, ao se substituir “Embora” (l.2) por Conquanto, mantém-se a mesma relação sintático-semântica e a correção gramatical do período.. 02.Como o “interior” (l.6) é uma região mais ampla e tem população rarefeita, a expressão “se dissemina”(l. 6) está sendo empregada com o sentido de se dissolve. 03.As palavras “indivíduos”,“incidência” e “neurônios”, contida no texto, apresentam acento gráfico com base na mesma regra. O século 20 foi aquele em que o Brasil aumentou sua riqueza, mas não a dividiu. Em cem anos, a riqueza total cresceu quase 12 vezes em relação à população; no entanto, a distribuição de renda piorou na segunda metade do século. A concentração de renda é tão grande que, na virada do século 20 para o 21, o 1% mais rico dos brasileiros ganha praticamente o mesmo que os 50% mais pobres. O Brasil que encerrou o século 20 era um país mais velho, mais urbano, mais feminino, mais alfabetizado, mais industrializado. A desigualdade é a marca nacional, seja de renda, racial, de gênero ou regional. É o que mostram as Estatísticas do Século XX, publicação lançada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) com um resumo do Brasil no século que passou. 01. A substituição de “no entanto” (segundo período) pela conjunção contudo mantém a correção gramatical, mas altera a relação de contraste entres as orações que liga para a idéia de explicação. 02. Obtém-se maior clareza, respeitam-se os sentidos do texto e mantém-se a correção gramatical ao se inserir ganha imediatamente após o segundo “que” do terceiro período. 03. Seria preservada a correção gramatical ao se empregar a forma verbal “mostram” (último período) no seu correspondente singular, para concordar com “publicação”. 04.No Brasil de hoje, ainda persistem situações típicas de exclusão social que atingem sobremaneira os afrodescendentes e refletem o peso de séculos de escravidão e de uma incompleta abolição do trabalho compulsório. Texto para a questão 9 O tempo passa, mas os estereótipos persistem. Segundo pesquisa realizada nos Estados Unidos, o Super-homem, 62 anos depois de ter sido criado pelos americanos Jerry Siegel e Joe Shuster, continua a representar o homem ideal. A pesquisa foi feita pelo médico Harrison Pope, que, para isso, entrevistou 200 rapazes das cidades de Boston, nos Estados Unidos, Paris, na França, e Innsbruck, na Áustria. Durante o teste, os participantes viram um esboço masculino padrão, que podiam alterar à vontade na tela de um microcomputador. Eles primeiro representaram seu próprio corpo; depois, como gostariam que ele fosse. Entre os desenhos finais dos três países, emergiu uma forma atlética, bem semelhante à do homem de aço. Já as mulheres submetidas à entrevista desenharam corpos masculinos de aparência comum – não muito distante do figurino de Clark Kent, o tímido repórter que esconde a identidade secreta do homem de aço. (Superinteressante, setembro de 2000). 09.Com base nas informações do texto, julgue os itens abaixo. I) Segundo o texto, o desenho que os rapazes fazem do corpo que gostariam de ter pode ser interpretado como seu modelo de homem ideal. II)Caso a expressão “as mulheres” fosse substituída por “o grupo feminino”, no último período, outras duas palavras deveriam ser alteradas também no período para que a concordância permanecesse correta. III) A substituição de “uma forma”, no penúltimo período, por “um corpo” alteraria as condições para o emprego da crase no contexto da frase. IV)A presença de uma vírgula após o vocábulo “repórter”, no último período, alteraria o sentido. Sugestões, críticas, envio de questões para resolução em sala, envie email para [email protected] Um abraço!!! 5