AGÊNCIA DE AVALIAÇÃO E ACREDITAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR (A3ES) in “GUIÃO PARA A AUTOAVALIAÇÃO DE CICLO DE ESTUDOS EM FUNCIONAMENTO (ENSINO UNIVERSITÁRIO E POLITÉCNICO) (ACEF)” …/ 6.2. Organização das Unidades Curriculares 6.2.1. Fichas das unidades curriculares Mapa X – Ficha de unidade curricular 6.2.1.1. Unidade curricular HIV e sida 6.2.1.2. Docente responsável e respetiva carga letiva na unidade curricular (preencher o nome completo) João Mário Brás da Piedade, 16,5 hrs. totais de contacto (0,55 hrs. de contacto/semana) [Obs. se incluída a coordenação, 0,72 hrs./semana] 6.2.1.3.Outros docentes e respetivas cargas letivas na unidade curricular Ricardo Manuel Soares Parreira, 10,5 hrs. totais de contacto (0,35 hrs. de contacto/semana) 6.2.1.4. Objetivos de aprendizagem (conhecimentos, aptidões e competências a desenvolver pelos estudantes) 1. Conhecer as características da família Retroviridae, incluindo as particularidades dos retrovírus humanos e suas patologias. 2. Descrever os vírus da imunodeficiência humana (HIV) e as fases do seu ciclo replicativo. 3. Interpretar as relações filogenéticas entre os vírus da imunodeficiência dos Primatas e inferir sobre a origem biológica de HIV-1 e HIV-2. 4. Identificar os mecanismos biológicos geradores de variabilidade genética nos retrovírus e suas consequências. 5. Descrever a história natural da infecção pelo HIV, relacionar com a resposta imunitária do hospedeiro e compreender os mecanismos imunopatogénicos da infecção. 1 6. Interpretar os diferentes algoritmos de diagnóstico/monitorização laboratorial da infecção pelo HIV e seleccionar os testes a realizar segundo as circunstâncias e os objectivos pretendidos. 7. Aplicar, criteriosamente, testes imunoenzimáticos de rastreio (ELISA e testes rápidos) e de confirmação (Western-blot) no diagnóstico laboratorial da infecção pelo HIV-1/-2. 6.2.1.5. Conteúdos programáticos 1. Família Retroviridae. Retrovírus humanos e patologias associadas. Morfologia e organização do genoma. Ciclo replicativo. Os vírus da imunodeficiência humana (HIV). 2. Origem biológica e relações filogenéticas de HIV-1/-2 com os lentivírus dos Primatas. Transmissão de carácter zoonótico. 3. Variação genética e epidemiologia molecular. Mecanismos biológicos de diversidade. Quasispecies. Tipos, grupos, subtipos e sub-subtipos do HIV. Vírus de genoma-mosaico, formas recombinantes únicas e circulantes. 4. História natural da infecção. Resposta imunitária e imunopatogénese. Infecção aguda, infecção crónica e sida. Infecções oportunistas. 5. Diagnóstico e monitorização laboratorial: impacto da diversidade genética viral. 6. Diagnóstico laboratorial da infecção. Algoritmo da OMS. Casos particulares: detecção directa do vírus (PCR, RT-PCR, antigenémia p24, isolamento viral). 7. Terapêutica e resistência aos anti-retrovirais (ARVs). Testes de susceptibilidade aos ARVs: genotípicos e fenotípicos. 6.2.1.6. Demonstração da coerência dos conteúdos programáticos com os objetivos de aprendizagem da unidade curricular Na primeira parte da unidade curricular (componente teórica e teórico-prática) serão apresentados os conhecimentos mais recentes sobre a temática, procurando responder aos objectivos definidos, de acordo com as competências a serem adquiridas pelos mestrandos. O percurso expositivo, que se pretende muito participado, irá partir de conceitos gerais (e.g. o HIV como retrovírus) para conceitos específicos, mas de relevância prática (e.g. o impacto da diversidade genética viral na terapêutica anti-retroviral). Pretende-se que o percurso de aprendizagem seja percorrido partindo de conceitos teóricos, mas estruturantes, no sentido da selecção e aplicação criteriosa de metodologias de natureza laboratorial, procurando responder a problemas concretos (e.g. diagnóstico e monitorização da infecção). A unidade curricular culminará com uma sessão prática que procura simular situações concretas de prática laboratorial no contexto do diagnóstico da infecção pelo HIV. 2 6.2.1.7. Metodologias de ensino (avaliação incluída) As horas de contacto totais (20 hrs.) serão distribuídas por aulas teóricas, aulas teóricopráticas, uma aula de prática laboratorial (simulando situações concretas de prática laboratorial no contexto do diagnóstico da infecção pelo HIV) e uma sessão de orientação tutorial. Estima-se em cerca de 60 hrs. o número total de horas de trabalho do aluno. A avaliação será realizada através de um exame escrito (100% da classificação final), constando de perguntas de natureza diversa (e.g. escolha múltipla, verdadeiro/falso, preenchimento de espaços, correspondências, legendagem, desenvolvimento). 6.2.1.8. Demonstração da coerência das metodologias de ensino com os objetivos de aprendizagem da unidade curricular Cada sessão teórica é composta por períodos alternados de exposição e de discussão, com o objectivo de estimular uma reflexão crítica dos alunos e uma elevada participação no processo de ensino-aprendizagem. Simultaneamente, os alunos serão também direccionados para a bibliografia mais relevante na área, procurando-se estimular um processo de busca activa de fontes bibliográficas relevantes para o tema. Na sessão prática, os mestrandos trabalharão em pequenos grupos, semi-autónomos, na presença de tutores, com o objectivo de aplicar, numa situação que simula a realidade, conhecimentos adquiridos anteriormente. Ao longo de toda a unidade curricular, pretende-se utilizar uma metodologia de ensino-aprendizagem muito dinâmica, estimulando a interacção e a participação activa dos mestrandos, com o intuito de facilitar o acesso a ferramentas de aprendizagem e de investigação relevantes. Finalmente, considerando que esta é uma unidade curricular de curta duração, optou-se por um único momento de avaliação, com recurso a um exame final estruturado em questões de natureza muito distinta, com o objectivo de avaliar competências diversas. 6.2.1.9. Bibliografia de consulta/existência obrigatória Cortez KJ, Maldarelli F (2011).Clinical management of HIV drug resistance. Viruses, 3:347-78. Freed EO (2001). HIV-1 replication. Somatic Cell Mol. Genetics, 26:13-33. Hemelaar J (2012). The origin and diversity of the HIV-1 pandemic. Trends Mol. Med., 18:18292. Hemelaar J (2013). Implications of HIV diversity for the HIV-1 pandemic. J. Infect., 66:391-400. Kuritzkes DR, Walker BD (2007). HIV-1 pathogenesis, clinical manifestations and treatment. in “Fields Virology”, pp. 2187-214. Knipe DM et al. (eds.), Wolters Kluwer Health e Lippincott Williams & Wilkins, Philadelphia, EUA, 5ª Ed. Sierra S, et al. (2005). Basics of the virology of HIV-1 and its replication. J. Clin. Virol., 34:23344. 3 Skar H, et al. (2011). HIV-1 evolution in relation to molecular epidemiology and antiretroviral resistance. Ann. N.Y. Acad. Sci., 1230:108-18. Tebit DM, Arts EJ (2011). Tracking a century of global expansion and evolution of HIV to drive understanding and to combat disease. Lancet Infect. Dis., 11:45-56. 4