Resumo 7º ano – 04 – O Sol

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O SOL
O Sol é uma estrela de tipo bastante
comuml, uma das mais de 100 bilhões de
estrelas na nossa galáxia. Está
personificado em muitas mitologias: os
Gregos chamavam-lhe Helios e os
Romanos de Sol.
O Sol é de longe o maior objeto no
Sistema Solar. Contém mais de 99.8% da
materia total do Sistema Solar (Júpiter
contém praticamente o resto). Diz-se
regularmente que o Sol é uma estrela
"vulgar". Isso é verdade no sentido em
que existem muitas outras semelhantes.
Mas existem muito mais estrelas
pequenas que grandes; o Sol está no top
10% por massa. A maioria das estrelas da nossa galáxia tem provavelmente menos de metade
da massa do Sol.
As camadas exteriores do Sol exibem rotações diferentes: no equador a superfície completa
uma volta em cada 25.4 dias; perto dos polos chega até aos 36 dias. Este comportamento
estranho deve-se ao fato do Sol não ser um corpo sólido como a Terra. Efeitos similares são
vistos também nos planetas gasosos. Estas diferenças na sua rotação estendem-se até ao
interior do Sol, embora o núcleo gire como um corpo sólido. As condições no núcleo do Sol
(aproximadamente os 25% interiores do seu raio) são extremas. A temperatura é de cerca de
15.6 milhões °C e a pressão é altíssima.
A superfície do Sol, chamada fotosfera, está
a uma temperatura de cerca de 5500 °C. As
manchas solares são regiões mais "frias",
apenas a 3500 °C (aparecem escuras apenas
por comparação com as regiões em volta).
As manchas solares podem ser muito
grandes, quase chegando aos 50,000 km em
diâmetro. São causadas por interações
complicadas e não muito compreendidas no
campo magnético do Sol.
Uma pequena região conhecida como a
cromosfera situa-se acima da fotosfera. Outra região altamente rarefeita acima da cromosfera,
chamada a coroa, estende-se milhões de quilômetros no espaço, mas é apenas visível durante
os eclipses. As temperaturas na coroa podem exceder 1,000,000 °C.
Ora acontece que a Lua e o Sol parecem do mesmo tamanho no céu quando vistos da Terra. E
dado que a Lua orbita a Terra aproximadamente no mesmo plano que a órbita da Terra em
torno do Sol, por vezes a Lua encontra-se diretamente entre a Terra e o Sol. Isto é chamado de
eclipse solar; se o alinhamento é algo imperfeito então a Lua cobre apenas parte do disco solar
e o evento chama-se eclipse parcial. Quando se alinha perfeitamente a totalidade do disco
solar é bloqueada e então chama-se de eclipse total do Sol. Os eclipses parciais são visíveis
numa grande área da Terra, porem a
região onde um eclipse total é possível
de observar é muito estreita, com apenas
alguns quilômetros de largura (embora
tenha vários milhares de quilômetros em
comprimento). Os eclipses do Sol
acontecem uma ou duas vezes por ano.
Se ficar em casa, é provável que observe
eclipses parciais algumas vezes por
década. Mas dado que o percurso da
totalidade é muito pequeno, é muito
improvável que atravesse o local onde
vive. Por isso as pessoas regularmente
viajam até ao outro lado do mundo
apenas para ver um eclipse solar total.
Ficar à sombra da Lua é uma experiência
arrebatadora. Durante uns preciosos
minutos o céu fica escuro a meio do dia.
Conseguem-se ver estrelas e planetas. E pode-se observar a coroa solar. Vale bem a pena a
viagem.
O campo magnético do Sol é muito forte (pelos padrões terrestres) e muito complicado. A sua
magnetosfera (também conhecida por heliosfera) estende-se para além de Plutão.
Em adição ao calor e luz, o Sol emite
também uma corrente de baixa densidade
de partículas carregadas conhecida como
vento solar que se propaga pelo Sistema
Solar a 450 km/s. O vento solar liberado
por explosões solares podem ter efeitos
dramáticos na Terra, variando entre
quebras de eletricidade a interferências de
rádio ou até às espetaculares auroras.
Estudos mais aprofundados do vento solar
foram feitos pela sonda Wind, lançada em
1994, pela ACE e pela SOHO, no ponto de
vantagem situado entre a Terra e o Sol a
cerca de 1.6 milhões de km da Terra. O
vento solar tem grandes efeitos nas caudas
dos cometas e também nas trajetórias das
sondas. Uma missão de recolha de
amostras, Genesis, foi desenhada para
permitir
aos
astrônomos
medir
diretamente a composição do material
solar. Regressou à Terra em 2004 mas
sofreu danos quando o seu paraquedas
não abriu ao entrar na atmosfera da Terra.
Espetaculares "loops" e proeminências são regularmente visíveis no limbo solar. A libertação
de material do Sol não é sempre constante. Nem a quantidade da atividade solar. Houve um
período de baixa atividade de manchas solares na segunda metade do século XVII chamada
"Maunder Minimum". Coincide com um período anormalmente frio no norte da Europa às
vezes conhecido como Pequena Idade do Gelo. Desde a formação do Sistema Solar que o
material libertado pelo Sol aumentou em 40%.
O Sol tem cerca de 4.5 bilhões de anos. Desde o seu nascimento usou cerca de metade do seu
combustível nuclear. Irá assim continuar "pacificamente" por outros 5 bilhões de anos. Mas
eventualmente irá ficar sem combustível para gastar. Irá ser forçado a fazer mudanças radicais,
embora comuns pelos padrões estelares, o que resultará na total destruição da Terra (e
provavelmente na criação de uma nebulosa planetária).
Existem oito planetas principais e um grande número de objetos menores orbitando o Sol
(exatamente quais os corpos que deveriam ser classificados como planetas e quais como
"objetos menores" tem sido fonte de alguma controvérsia, mas no fundo é tudo uma questão
de definição).
DATAS IMPORTANTES
585 AC
Primeiro eclipse solar previsto com êxito.
1610
Galileu observa manchas com o seu telescópio.
1650-1715
Descoberto o mínimo solar.
1854
Feita a primeira ligação entre a atividade solar e a atividade
geomagnética.
1868
Observadas pela primeira vez linhas de hélio no espectro solar.
1942
Pela primeira vez, observadas as emissões de rádio do Sol.
1946
Descoberta a temperatura da coroa (1,000,000 K).
1959
Primeiras observações diretas do vento solar pela Mariner 2.
1973-74
A Skylab observa o Sol, descobrindo os buracos coronais.
1982
Primeiras observações de nêutrons de uma protuberância solar
pela Solar Maximum Mission(SMM).
1991
O satélite japonês Yokhoh estuda os raios-X e raios-gama do Sol.
1994-2000
A missão Ulisses da NASA/ESA estuda as regiões polares do Sol.
1995-2012
A Solar and Heliospheric Observatory (SOHO) da ESA/NASA estuda o
interior, atmosfera e vento do Sol.
1998
O satélite da NASA Transition Region and Coronal Explorer observa a
fotosfera, a região de transição e a coroa.
2006
Lançamento da missão gémea STEREO, com o objetivo de estudar os
fenómenos solares.
2010
A missão SDO (Solar Dynamics Observatory) começa a estudar o Sol.
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