Renam A. B. da Silva

Propaganda
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
UFAL
CECA
RENAN ALMEIDA BRITO DA SILVA
AVALIAÇÃO QUALITATIVA DE CAPIM PANGOLÃO (Digitaria pentzii
Stent) SUBMETIDO A DIFERENTES DOSES DE NITROGÊNIO
RIO LARGO – ALAGOAS - BRASIL
2010
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
AVALIAÇÃO QUALITATIVA DO CAPIM PANGOLÃO (Digitaria pentzii
Stent) SUBMETIDO A DIFERENTES DOSES DE NITROGÊNIO
Renan Almeida Brito da Silva
Orientador: José Teodorico de Araujo Filho
Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado
Agronomia,
ao
da
Curso
de
Universidade
Federal de Alagoas – Centro de
Ciências Agrárias, como requisito
para obtenção do titulo de graduado
em Agronomia.
RIO LARGO – ALAGOAS - BRASIL
2010
RENAN ALMEIDA BRITO DA SILVA
AVALIAÇÃO QUALITATIVA DO CAPIM PANGOLÃO (Digitária pentzii
Stent) SUBMETIDO A DIFERENTES DOSES DE NITROGÊNIO
Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação em Agronomia apresentado em junho de 2010 e
aprovado com média ______, pela Banca Examinadora formada pelos seguintes membros:
_________________________________________________
Profº. Drº. José Teodorico Araujo Filho
_________________________________________________
Profº. Drº. Eurico Eduardo Pinto de Lemos
_________________________________________________
Profº. Drº. Sharlyton Harysson Barbosa da Silva
RIO LARGO – ALAGOAS - BRASIL
2010
DEDICO
Dedico esse TCC com todo meu AMOR e CARINHO, a meus pais Darivaldo e
Gilene, que sempre, me orientaram, me ensinaram e me ensinam a lutar sempre por
meus objetivos e fazendo dos meus os deles, a superar obstáculos, a ter
honestidade sempre em tudo que desempenhar. Alcancei esse mérito, tenho
absoluta certeza, foram eles que me colocaram aqui, principalmente meu pai, que
mesmo me vendo distante dele, quis sempre me ver à frente, conquistando o melhor
para minha vida!Minha mãe, quantas vezes, chorou de saudades, quantas vezes a
deixei chorando, mas ela nunca deixou de me incentivar, e até tirar de si para me ver
feliz!Tudo que sou e possuo hoje, devo a eles!Eles sempre fazem tudo para me ver
feliz!Pai, Mãe, Muito Obrigada por tudo! Eu os AMO infinitamente... A meus irmãos
de coração, namorada,
Muito Obrigado por tudo! Vocês são presentes preciosos, que DEUS colocou em
minha vida!
iii AGRADECIMENTOS
Agradeço á orientador José Teodorico de Araujo Filho.
Ao Centro de Ciências Agrárias - UFAL, por ter me acolhido todos esses anos.
Ao Laboratório de Análises de Solo e Tecido Vegetal do CECA-UFAL.
Aos professores e colegas do Curso.
À minha namorada Poliana Cássia.
Ao amigo e colaborador no TCC Madyson.
Aos meus familiares.
Aos meus amigos (as).
Muito Obrigado!
iv LISTA DE TABELAS
Página
Tabela 1. Atributos básicos de fertilidade do solo........................................
13
Tabela 02. Peso da matéria verde, matéria seca, cinza e proteína bruta do
.
capim Pangolão, avaliado em três idades de corte, em função de doses
.
crescentes de nitrogênio................................................................................
20
v LISTA DE FIGURAS
Página
Figura 01. Casa de vegetação utilizada para condução do experimento......
14
Figura 02. Implantação do experimento em vasos de acrílico.......................
15
Figura 03. Escolha das duas melhores plantas e corte de uniformização.....
15
Figura 04. Peso da matéria verde do capim Pangolão, idades de corte.......
17
Figura 05. Peso da matéria verde do capim Pangolão, doses de N..............
18
Figura 06. Peso da matéria verde do capim Pangolão, Médias de
Interação (idades de corte x doses de N)......................................................
19
Figura 07. Matéria seca do capim Pangolão, idades de corte.......................
21
Figura 08. Matéria seca do capim Pangolão, doses de N.............................
22
Figura 09. Matéria seca da parte aérea do capim Pangolão, Médias de
Interação (idades de corte x doses de N)......................................................
23
Figura 10. Cinza do capim Pangolão, idades de corte..................................
25
Figura 11. Cinza do capim Pangolão, doses de N.........................................
26
Figura 12. Cinza do capim Pangolão, Médias de Interação (idades de
corte x doses de N)........................................................................................
27
Figura 13. Proteína bruta do capim Pangolão, idades de corte.....................
...28....
vi Figura 14. Proteína bruta do capim Pangolão, doses de N...........................
29
Figura 15. Proteína bruta do capim Pangolão, Médias de Interação (idades
de corte 1 x doses de N)................................................................................
30
vii SUMÁRIO
RESUMO.................................................................................................................... ix
ABSTRACT................................................................................................................. x
I. INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 1
II. REVISÃO DE LITERATURA .................................................................................. 3
2.1. Espécie forrageira: Capim Pangolão (Digitaria pentzii Stent) ........................... 3
2.2. Nitrogênio .......................................................................................................... 4
2.2.1. Ciclagem de Nitrogênio em pastagens ....................................................... 7
2.2.2. Fontes de Nitrogênio ................................................................................. 7
2.3. Época de corte ............................................................................................... 10
III MATERIAL E MÉTODOS ..................................................................................... 13
3.1. Tratamentos e delineamento experimental .................................................... 13
3.2. Instalação e condução do experimento .......................................................... 13
3.3. Preparação das amostras a serem analisadas ............................................... 16
3.4. Determinação do peso da matéria verde, matéria seca, cinza e proteína bruta
............................................................................................................................... 16
3.5. Análise estatística .......................................................................................... 16
IV. RESULTADOS E DISCUSSÃO .......................................................................... 17
4.1. Rendimento do peso da matéria verde ........................................................... 17
4.2. Rendimento da matéria seca .......................................................................... 21
4.3. Rendimento da cinza ...................................................................................... 24
4.4. Rendimento da proteína bruta......................................................................... 27
V. CONCLUSÕES .................................................................................................... 31
VI. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................. 32
viii RESUMO
SILVA, Renan Almeida Brito da, Universidade Federal de Alagoas, junho de 2010.
Avaliação qualitativa de Capim Pangolão (Digitaria pentzii Stent) submetido a
diferentes doses de nitrogênio. Orientador: José Teodorico de Araujo Filho.
O objetivo deste trabalho foi avaliar o aspecto qualitativo em função de
doses de nitrogênio aplicadas no capim Pangolão em diferentes idades de corte. Em
casa de vegetação, conduziu-se um experimento fatorial 3 x 5 (três idades de corte
X cinco níveis de adubação) perfazendo 15 tratamentos, com quatro repetições. As
plantas cresceram em vasos preenchidos com amostra de um Neossolo Regolítico.
O nitrogênio foi aplicado no início do ciclo do capim Pangolão. A aplicação de N
aumentou o peso da matéria verde da parte aérea nas três idades de corte, com
diferença significativa e ocorrendo na idade de 80 dias o maior valor. Para variável
matéria seca o nitrogênio aumentou linearmente os seus valores com as idades de
corte e doses de nitrogênio. A aplicação de nitrogênio favoreceu o aumento do teor
de cinza do capim Pangolão, mas em relação às idades de corte houve um
decréscimo linear no teor. A proteína bruta diminuiu linearmente com as idades de
corte. As doses de nitrogênio aumentaram significativamente essa variável com
crescimento linear, com os valores mais significativos encontrados na idade de 40
dias. Assim a aplicação de nitrogênio aumentou o peso da matéria verde, a matéria
seca, a cinza e a proteína bruta da parte aérea do capim Pangolão. A idade de corte
influenciou o aumento do peso verde e da matéria seca, decrescendo os valores de
cinza da parte aérea da planta e proteína bruta.
Palavras chave: proteína bruta, adubação nitrogenada, peso da matéria verde,
matéria seca
ix ABSTRACT
SILVA, Renan Almeida Brito da, Universidade Federal de Alagoas, june de 2010.
Qualitative assessment of Pangolão grass (Digitaria pentzii Stent) under
different nitrogen levels. Adviser: José Teodorico de Araujo Filho.
The aim of this study was to evaluate the qualitative aspect in terms of
nitrogen levels in grass Pangolão at different cutting ages. In the greenhouse, we
conducted a 3 x 5 factorial experiment (three cut X five fertilization levels) making 15
treatments in four replications with a total of 60 plots were grown in pots filled with a
sample of Entisol . They were evaluated in three cut. The nitrogen was applied early
in the cycle of grass Pangolão. Nitrogen application increased the weight of the fresh
of shoots in the three cut, and with a significant difference occurring at the age of 80
days is the greater. For variable dry nitrogen increased linearly their values in relation
to cutting ages and levels of nitrogen. The nitrogen application favored the weight of
ash from grass Pangolão, but in relation to the age cutoff was a linear decrease in
weight. At the ages of crude protein decreased linearly cut its values for the variable
nitrogen rates responded significantly with linear growth, where the most significant
values are in the age of 40 days. Thus the nitrogen application increased the weight
of the fresh, dry matter, ash and crude protein of grass shoots Pangolão. For cutting
ages were influenced in the increase of fresh weight and dry matter, decreasing the
values of ash and crude protein.
Key words: crude protein, nitrogen fertilization, weight of the fresh, dry matter
x I INTRODUÇÃO
No Nordeste a busca para aumentar significativamente a produtividade
dos rebanhos de gado bovino, ovino e caprino é cada vez mais presente,
obrigando cada vez mais o produtor a ter pastagens de alta qualidade e bem
manejado, permitindo satisfazer as demandas alimentares dos rebanhos.
Melhorar a disponibilidade e a qualidade das forragens é um fato amplamente
reconhecido como forma de satisfazer tais exigências. A produção de matéria
seca por área de uma forrageira pode expressar o seu potencial de cultivo e
produtivo. Contudo devemos investigar mais as pastagens, levando em
consideração uma faixa de germoplasma de capins do gênero Digitária, onde
oferece muitas possibilidades no melhoramento na porção nordestina do país.
Para resolver os problemas, que assim vem surgindo constantemente e que
ameaçam a produtividade das pastagens.
No ano de 1962 foi introduzido inicialmente no Sudeste brasileiro o capim D.
pentzii Stent, comumente chamada de pangolão ou pangola A-24, sendo logo
multiplicada, pois era propalada sua resistência a uma virose que estava
constituindo problema nas pastagens de capim-pangola em outros países cuja
presença começava a ser rejeitada no Brasil.
O mau manejo acompanhado da baixa reposição da fertilidade do solo, e a
grande susceptibilidade do “pangolão” à cochonilha dos capins, Antonina graminis,
fizeram com que as pastagens com ele constituídas fossem dizimadas (WILLIAMS &
SCHUSTER, 1970).
Ao longo dos anos observamos a introdução e o aumento dos estudos sobre
outras gramíneas do gênero Digitária, algumas delas com características que as
fizeram substituir o pangolão, hoje pouco utilizado; mas com índices de
produtividade e digestibilidade que recomendam seu estudo mais profundo e mesmo
sua multiplicação e difusão.
Para melhorar a disponibilidade e a qualidade das forrageiras, junto com a
intensa exploração das pastagens é de suma importância a correção da fertilidade
1 do solo, com o objetivo de alcançar uma exploração mais sustentável. O nitrogênio é
um dos nutrientes mais exigidos pelas gramíneas forrageiras e sua utilização
influencia a produção de matéria seca e valor nutritivo da forragem, perfilhamento e
crescimento vegetativo.
O Nitrogênio (N) é um elemento importante para o crescimento das
gramíneas forrageiras, pois acelera a formação e crescimento de novas folhas,
melhora o vigor de rebrota, incrementando a sua recuperação após o corte,
resultando em maior produção e capacidade de suporte das pastagens (CECATO et
al., 1996).
O aumento da produção de forragem de gramíneas tropicais tem sua
produtividade aumentada sensivelmente com o uso de adubos nitrogenados.
Entretanto essa pratica deve ser observada diante da economicidade e do impacto
ambiental, dependendo assim de uma importante análise envolvendo a eficiência do
uso do N do fertilizante pela planta.
Em pastagens de gramíneas tropicais, a recuperação média do nitrogênio do
fertilizante (medida por meio do 15N-fertilizante) na parte aérea, no sistema radicular
+ solo e no sistema solo-planta, é de 29, 39 e 72 %, respectivamente (MARTHA Jr.
et al., 2007).
A degradação das pastagens esta estreitamente correlacionada com a
redução da disponibilidade do nitrogênio, resultando em queda acentuada da
capacidade de suporte e do ganho de peso dos animais a cada ano de utilização da
pastagem.
Neste contexto, são poucas as pesquisas que correlacionam a adubação
combinada do nitrogênio sobre as avaliações quantitativas do capim Pangolão.
Assim, a presente pesquisa teve o objetivo de avaliar o aspecto qualitativo em
função de doses de nitrogênio submetido a idades de corte aplicadas no capim
Pangolão (Digitaria pentzii Stent).
2 II REVISÃO DE LITERATURA
2.1. Espécie forrageira: Capim Pangolão (Digitaria pentzii Stent).
As plantas forrageiras representam uma fonte de alimento de menor custo
para criação dos rebanhos e, devem ser produzidas com a preservação dos
recursos ambientais buscando sustentabilidade dos sistemas de produção.
O Brasil tem uma área de mais de 90 milhões de hectares de pastagens
cultivadas na sua região tropical. Assim, os sistemas de produção a pasto garantem
o abastecimento do mercado interno com carne e leite com preços acessíveis e
propiciam ao Brasil uma importante vantagem competitiva no mercado internacional
desses dois produtos (ANDRADE et al., 2004).
As gramíneas do gênero Digitária pertecem a família Poaceae, tribo
Panicoideae: Paniceae, originário da Africa, com formas nativas encontradas em
Angola, Botswana, Moçambique, Namíbia, África do Sul, Zimbabue e Suazilândia,
podendo ocorrer em argilas férteis de seu habitat natural, mas podem se adaptar a
uma ampla variedade de solos, incluindo areias, (RATTRAY, 1960). São plantas
tolerantes a secas e com boa capacidade de competição com ervas daninhas, pela a
sua rápida cobertura do solo. Sendo bastante usada para a formação de pastagem,
produção de feno ou silagem. Ideal para cortar e transportar fornece uma boa
cobertura para conservação do solo. Seu valor nutritivo é uma de suas maiores
qualidade entre as gramíneas tropicais. Tal como acontece com outras gramíneas,
especialmente as espécies bicelulares, o seu valor nutritivo varia com a idade do
material, a fertilidade do solo e genótipo (COOK, et al.2005).
O capim Pangolão é uma gramínea perene e fortemente estolonífera, produz
colmos de até 120 cm de altura, simples ou ramificados na base, em linha reta ou
dobrados nos nós. A produção de matéria seca varia com a fertilidade, genótipo e
condições ambientais e de gestão, mas normalmente variam de cerca de 10-20 t /
ha, e em condições ideais pode ser superior a 30 t / ha. É tolerante a solos pobres,
mas improdutivas em condições de baixa fertilidade. Responde bem à adubação
3 nitrogenada, dando aumentos lineares até 300-350 kg / ha de N. As aplicações de N
devem ser repartidas de acordo com as necessidades e as condições ambientais, ao
invés de em uma única aplicação no início da temporada, observar níveis de outros
nutrientes, especialmente fósforo, também deve ser monitorada (COOK, et al.2005).
Dentro das características mais importantes do capim Pangolão COOK, et
al (2005) citaram alguns de seus pontos fortes:
•
Adaptado aos solos de textura leve e solos de barro vermelho.
•
Persistente, produtiva.
•
Tolerante à seca.
•
Tolerantes a níveis moderados de alumínio trocável.
•
Tolerante no fogo.
•
Tolerante ao pastoreio de curta duração pesado por bovinos e ovinos.
•
Contém baixos níveis de oxalato solúvel.
2.2. Nitrogênio
O nitrogênio é, sem dúvida, o nutriente mais requerido pelas gramíneas
forrageiras, sendo que, em virtude das características morfofisiológicas, como
arquitetura de planta e eficiência fotossintética, as forrageiras tropicais respondem
de forma intensa a elevadas doses de nitrogênio (CANTARUTTI et al., 2002).
O N faz parte de numerosos compostos imprescindíveis à vida de todas as
plantas superiores, como aminoácidos, peptídeos, aminas, proteínas, ácidos
nucléicos etc. (MARSCHNER, 1995).
Segundo NASCIMENTO JR., (2001), apesar de muito abundante na
atmosfera e existirem diversas rotas para permanente incorporação de nitrogênio
nos ecossistemas, há uma constante insuficiência de N. WEDIN (1996) enumera
algumas hipóteses para a permanente limitação de N:
•
“A fixação de N atmosférico por bactérias de vida livre ou associadas a
plantas é um processo muito dispendioso energeticamente (960 kJ mol-1
4 de N fixado ou 25 a 30 mol de ATP mol-1 de N2 fixado (MARSCHNER,
1995)”;
•
O ciclo do N é extremamente "frouxo" (leaky) comparado com o ciclo dos
outros nutrientes. Há várias rotas onde o N pode ser perdido dos
ecossistemas. Perdas gasosas (N2, N2O, NH3) e por lixiviação de NO3-,
além da contribuição do fogo para perda de N para a atmosfera;
•
Diferente dos outros nutrientes essenciais, o nitrogênio tem sua
disponibilidade regulada por componentes bióticos. A quebra das ligações
C-N e a mineralização do N de forma a estar disponível para a absorção
pelas plantas é muito dispendiosa para os microrganismos do solo em
termos de energia e enzimas. Além da composição química dos resíduos
das plantas terem um papel fundamental no controle da decomposição da
matéria orgânica e no balanço entre mineralização e imobilização do N.
Em pastagens de países de clima temperado pelo menos 50 % da
produtividade das forrageiras é função da grande utilização de fertilizantes, além de
ser uma importante ferramenta de manejo utilizada pelos produtores para modular a
produção (JARVIS et al., 1995). Já nos sistemas extensivos dos trópicos, a
fertilização nitrogenada é, na maioria dos casos, inviável economicamente
(DÖBEREINER, 1997; TOLEDO, 1985). Deste modo, a maximização da ciclagem de
nutrientes visa maior eficiência produtiva, no sistema, a sustentabilidade da mesma
e maior proteção do ambiente relacionado à poluição da água e da atmosfera
(MONTEIRO e WERNER, 1997).
A adubação nitrogenada destaca-se em relação à adubação com qualquer
outro nutriente. Segundo MENGEL & KIRKBY (1987), o suprimento de N é o que
resulta no maior aumento na produção das culturas. MONTEIRO (1997) observa que
a aplicação do nutriente também é a responsável pela maior produtividade das
gramíneas forrageiras. Mas complementa que a ocorrência do efeito benéfico do
fornecimento de N depende de não haver fatores que restrinjam o desenvolvimento
das plantas.
De acordo com WERNER (1994), a redução da disponibilidade do nitrogênio
é uma das principais causas da degradação das pastagens, o que resulta em queda
5 acentuada da capacidade de suporte e do ganho de peso dos animais a cada ano
de utilização da pastagem.
O nitrogênio é o nutriente exigido em maior quantidade pelas plantas
forrageiras. O manejo na utilização desse fertilizante pode provocar aumento na
produção de massa seca ou do teor protéico da planta forrageira. É um nutriente
importante para plantas forrageiras por ser um elemento essencial para a
manutenção da produtividade das plantas e por ser o principal constituinte de
proteínas que participam ativamente na síntese de compostos orgânicos
necessários ao metabolismo vegetal e são constituintes da estrutura das plantas
(CORSI, 1994).
Segundo MONTEIRO et al. (1980), a adubação nitrogenada tem, muitas
vezes, apresentado respostas produtivas abaixo das esperadas, em virtude de
inadequados níveis de potássio, o que sugere uma relação entre a absorção e o
aproveitamento desses dois macronutrientes. As gramíneas forrageiras são
relativamente exigentes em potássio, o que exige a adubação com esse nutriente,
principalmente em sistemas intensivos de exploração das pastagens, de modo a não
limitar a resposta ao nitrogênio.
O nitrogênio apresenta-se como um importante nutriente na determinação da
produtividade das forrageiras. Em explorações intensivas, têm sido observadas
respostas positivas ate 800 Kg.ha-¹ de N/ano, mas na maioria dos trabalhos os
níveis econômicos de aplicação são bem inferiores (FERNANDES & ROSSIELLO,
1986). A eficiência no uso de N (Kg de matéria seca produzida por Kg de N utilizado)
é um parâmetro muito importante, pois minimiza os custos de produção da forragem
e reduz os riscos de poluição ambiental (HARKESS & FRAME, 1986). Em um
experimento conduzido na Escócia por RANGELEY & NEWBOULD (1986), a
eficiência da adubação nitrogenada foi influenciada pelo estádio de crescimento,
época de aplicação e nível de fertilização do nitrogênio e do fósforo. De acordo com
CROWDER & CHHEDA (1982), podem-se obter 50 a 60 Kg de matéria seca de
forragem por Kg de N aplicado, com intervalo de corte de 45 dias e em ambiente
adequado, ate o nível de 400 Kg.ha-¹ de N. Segundo SCHOLL & LLAMBIAS (1965),
a aplicação isolada de N e em combinação com P e K resultou em significativo
aumento na produção de matéria seca de forragem para cada taxa de N aplicada,
enquanto P e K isolados não aumentaram a produção.
6 2.2.1. Ciclagem de Nitrogênio em pastagens
O ciclo do nitrogênio é a forma como este elemento move-se através dos
vários compartimentos ou "reservatórios" do ecossistema, sendo considerado um
sistema aberto a não ser quando analisado em escala global. Está sujeito, desta
forma, a constantes ganhos e perdas do nutriente. Nas pastagens, o solo, o pasto,
os animais, o clima, o sistema de manejo e a quantidade e as fontes de N no
ecossistema influenciam no ciclo deste nutriente e na possibilidade de perdas
indesejáveis (RUSSELLE, 1997).
O nitrogênio entra no sistema pastagens principalmente na forma de
fertilizantes, N fixado biologicamente, através da excreta de animais que recebem
alimentação suplementar e por deposição atmosférica. Por outro, lado deixam as
pastagens através de rotas desejáveis, na produção de forrageira e nos produtos
animais – leite, carne e lã –, de rotas indesejáveis, lixiviação de íons nitrato, perdas
por erosão ou perdas gasosas, associadas principalmente as excreções dos
animais. Pode ocorrer também a imobilização N do solo na biomassa microbiana
que é função da qualidade dos resíduos vegetais que retornam ao solo (RUSSELLE,
1996; GILLER et al., 1994).
2.2.2. Fontes de Nitrogênio
Segundo NASCIMENTO Jr., (2000) Existem fontes externas e internas de
nutrientes, as externas são aquelas que os nutrientes podem ser adicionados ao
sistema e as internas estão relacionadas á realimentação dos pontos importantes do
sistema. Essas fontes envolvem todo o meio ambiente e o compartimento, isto é
solo, planta e animal em si.
Uma importante via de reciclagem de nutrientes no sistema de pastagem é a
passagem dos nutrientes pelo organismo animal. A maior parte dos nutrientes
minerais, incluindo nitrogênio, ingeridos pelos animais é retornada ao sistema pelas
excreções. A proporção de nutrientes que é reciclada por essa via depende
primariamente da quantidade de forragem utilizada pelos animais, bem como da
7 composição química das partes das plantas que são consumidas (MOTT, 1974;
MAYS et al., 1980, citados por MONTEIRO e WERNER, 1998).
A maior parte dos nutrientes ingeridos pelos animais é excretada na forma de
fezes e urina, ficando retida no corpo animal ou sendo removida como produto
animal uma porção relativamente pequena em relação ao ciclado no sistema
(KAMPRATH e TILL, 1993; SPAIN e SALINAS, 1985; HAYNES e WILLIAMS, 1993).
Quanto ao N, a excreção varia de 90 a 96% do total ingerido para gado de corte e de
72 a 87% para gado de leite (HUMPHREYS, 1991).
A proporção de nutrientes que é reciclada por esta via depende
primariamente da quantidade de forragem utilizada pelos animais, bem como da
composição química das partes das plantas que são consumidas (MOTT, 1974;
MAYS et al., 1980).
Um dos pontos que determina em alto grau a importância da excreção animal
na reciclagem de nutrientes é a sua distribuição no campo. Enquanto as excreções
artificialmente coletadas podem ser uniformemente retornadas na superfície do solo,
aquelas excretadas naturalmente pelos animais são, via de regra, desigualmente
distribuídas no sistema (WILKINSON e LOWREY, 1973).
A urina animal que consegue penetrar no solo e escapar das perdas é
considerada uma fonte prontamente disponível de nutrientes (em especial N, K e B)
às forrageiras (WILKINSON e LOWREY, 1973; SPAIN e SALINAS, 1985). A urina
animal flui no solo através dos macroporos e a uréia nela presente sofre hidrólise
mais rápida que a uréia pura adicionada ao solo (HAYNES e WILLIAMS, 1993).
Dessa forma o amônio é inicialmente produzido e, pela nitrificação o N forma o
nitrato.
As fezes consistem de água, resíduos não digeridos da forragem, produtos do
metabolismo animal e uma variada população microbiana bem como produtos do
seu metabolismo. Comumente o material fibroso representa de 47 a 68% das fezes.
Para que haja liberação dos nutrientes, as fezes devem sofrer degradação que pode
ocorrer por: a) processo físico, através das gotas de chuva e da ação dos cascos
dos animais ou b) processo biológico, a qual é promovida pela ação de fungos,
bactérias, besouros e minhocas (HAYNES e WILLIAMS, 1993).
8 A forragem não consumida pelos animais apresenta-se como fonte de retorno
de nutrientes para o sistema, bem como as várias associações entre raízes de
forrageiras com microorganismos podem significar importantes contribuições ao
sistema, particularmente em termos de fixação de N (MONTEIRO e WERNER,
1997).
A taxa de mineralização da matéria orgânica é dependente de muitos fatores,
como por exemplo, a textura da superfície do solo, o teor de argila, as condições de
drenagem, a disponibilidade de nutrientes, a reação do solo e a resistência das
diferentes frações da matéria orgânica aos processos de mineralização (SANCHEZ,
1976; GREENLAND, 1986). Um ponto muito importante a ser destacado é que a
contribuição através das plantas apresenta distribuição uniforme na área da
pastagem, ao contrário das excreções animais, que se distribuem de forma
desuniforme na pastagem (MONTEIRO e WERNER, 1997).
O uso de fertilizantes e corretivos tem efeito direto e benéfico na produção de
matéria seca (MS) e na qualidade da forragem e, conseqüentemente na produção
animal, sendo que o emprego de fertilizantes e corretivos aumenta a disponibilidade
de nutrientes para reciclagem no sistema. As partes da planta não consumidas pelos
animais, como as raízes, têm seu desenvolvimento estimulado devido a adição de
nutrientes, e poderão contribuir para a reciclagem de nutrientes como resíduos
vegetais (MONTEIRO e WERNER, 1997).
A pesquisa nas regiões tropicais e subtropicais tem evidenciado a
necessidade de suprir o sistema da pastagem com macro e micronutrientes, bem
como com os corretivos de solos. A utilização de adubos nitrogenados minerais em
pastagens está associada ao incremento na produtividade animal (kg leite/carne ha1ano-1) por possuir duplo efeito (MATTOS et al., 1986).
A maior disponibilidade de nitrogênio para as plantas eleva a taxa
fotossintética das folhas, aumenta a produção de matéria seca e vigor de rebrota, e
conseqüentemente implica em maior capacidade de suporte da pastagem. O
segundo efeito está relacionado à melhoria do valor nutritivo (proteína bruta e maior
proporção de folhas) das forrageiras, aumento da taxa de passagem da forragem
pelo animal e maior consumo (GOMIDE, 1989). Além destes aspectos, MONTEIRO
e WERNER (1997) afirmam que o emprego de fertilizantes acaba por aumentar a
9 reciclagem, na medida em que as partes das plantas não consumidas pelos animais
forem depositadas e decompostas.
Uma importante contribuição para o conjunto dos nutrientes na pastagem
pode ser obtida a partir de alimentos fornecidos para os animais e provenientes de
fora do sistema. A suplementação alimentar com grãos, silagem, feno, subprodutos
da agroindústria e as misturas minerais suprem nutrientes para o sistema. Esses
nutrientes contribuem para manutenção e/ou aumento de produção animal por
unidade de área e, através das excreções animais, resultam em aumento na
quantidade e melhoria da qualidade da forrageira (MOTT, 1974).
Na atmosfera há compostos de nitrogênio (NH3, NO3-, NO2- e NO, e em
combinações orgânicas) e de enxofre (SO2, H2S, SO42-), e estes podem ser
adicionados ao sistema da pastagem através das chuvas. Essa quantidade de
nutrientes na atmosfera é influenciada pela presença de indústrias na região. A água
ingerida pelos animais diariamente é outra forma dos nutrientes entrarem no sistema
e a quantidade de água requerida por animal por dia depende de vários fatores, tais
como: atividade do animal, estádio de desenvolvimento e produção, tipo de dieta e
temperatura ambiente (MONTEIRO e WERNER, 1997).
2.3. Idade de corte
Um dos maiores problemas encontrados na produção de forragens são os
efeitos da estacionalidade, que por sua vez pode ser reduzido quando associado a
utilização de práticas de manejo adequadas. O estádio de crescimento em que a
planta é colhida afeta diretamente o rendimento, composição química, capacidade
de rebrota e persistência. Em geral, cortes ou pastejos menos freqüentes fornecem
maiores produções de forragem, porém, concomitantemente, ocorrem decréscimos
acentuados em sua composição química (COSTA E OLIVEIRA, 1994; COSTA et al.
1997). Logo, deve-se procurar o ponto de equilíbrio entre produção e qualidade da
forragem, visando assegurar os requerimentos nutricionais dos animais e
garantindo, simultaneamente, a persistência e a produtividade das pastagens.
10 O estágio de desenvolvimento da planta apresenta ampla relação com a
composição química e a qualidade das forrageiras. Com o crescimento das
forrageiras, ocorrem aumentos nos teores de carboidratos estruturais e lignina, o
que invariavelmente proporciona redução na digestibilidade; são também alteradas
as estruturas das plantas com a elevação da relação caule/folha, e as plantas mais
velhas apresentam maiores proporções de talos que de folhas, tendo, portanto,
reduzido o seu conteúdo em nutrientes potencialmente digeríveis com a maturação
(REIS & RODRIGUES, 1993).
Segundo DIAS et al. (2008), as gramíneas jovens, imaturas, normalmente
têm alta digestibilidade dos componentes nutritivos e o consumo de forragem é alto.
À medida que a planta amadurece, o valor nutritivo decresce, devido à diluição dos
nutrientes e aumento nos componentes fibrosos, que refletem negativamente no
consumo dos animais. Embora, a variação do valor nutritivo entre os cultivares de
uma mesma espécie e de idade semelhante seja pequena.
MINSON (1981), afirmou que com o avanço da idade da planta, ocorre um
incremento da fibra e um decréscimo no conteúdo de proteína e no valor da
digestibilidade da matéria seca, face ao aumento na lignificação e diminuição na
proporção folha/colmo, além do aumento na proporção de parede celular (VAN
SOEST, 1994).
A redução nos teores de proteína bruta com o avanço da maturidade das
plantas, provavelmente, se deve ao efeito de diluição dessas na matéria seca (MS)
produzida (GOMIDE, 1976). Por outro lado, os teores de fibra encontrados na
matéria seca de gramíneas forrageiras tropicais têm sido utilizados como índice
negativo de qualidade (MATOS, 1989; PALHANO & HADDAD, 1992; SOEST, 1994).
PALHANO & HADDAD (1992), avaliando o valor nutritivo do Coastcross em
diferentes idades de corte (20, 30, 40, 50 e 70 dias), observaram teores de fibra
detergente neutro (FDN) crescentes variando de 68,70% aos 20 dias até 80,55%
aos 70 dias.
GOMIDE (1976), observou que com a maturidade das plantas verifica-se,
comumente, queda nos teores dos minerais, provavelmente em decorrência do
efeito de sua diluição na matéria seca produzida e acumulada. Além disso, com o
avanço na idade das plantas, ocorrem alterações na relação colmo/folha (NORTON,
11 1982), morte de folhas senescentes (WILSON & MANNETJE, 1978), diversidade no
padrão de absorção dos elementos durante o ciclo da cultura, e sua redistribuição
entre os vários órgãos da planta, levando à diminuição da concentração dos
minerais na planta.
Por outro lado, no manejo de gramíneas forrageiras, a idade de corte afeta o
rendimento da forragem colhida, resultando em incrementos significativos na
produção de matéria seca (COSTA et al., 2004). Assim, SANTANA et al. (1989),
trabalhando com três cultivares de capim-elefante (Cameroon, Mineiro e Napier de
Goiás), submetidas a três intervalos de cortes (28; 56 e 84 dias), verificaram
incrementos na produção de matéria seca quando o intervalo de corte aumentou de
28 para 84 dias. Da mesma forma, segundo OMALIKO (1980), estudos com capimelefante, submetido a seis intervalos de corte (21; 28; 35; 42; 56 e 70 dias),
evidenciaram aumentos significativos na produção de forragem de 6,5 t.ha-1, aos 21
dias, para 13 t.ha-1, aos 70 dias.
12 III MATERIAL E MÉTODOS
3.1 Tratamentos e delineamento experimental
Os tratamentos, cada um com quatro repetições, consistiram na combinação
de cinco doses de nitrogênio (0, 80, 160, 240, 320 kg.ha-¹) e três idades de corte
(40, 60 e 80 dias). O delineamento experimental adotado foi o inteiramente ao
acaso, em esquema fatorial (três idades de corte x cinco níveis de adubação),
perfazendo 15 tratamentos, com quatro repetições, num total de 60 parcelas.
A unidade experimental foi constituída de um vaso preenchido com 10 kg de
solo seco.
3.2 Instalação e condução do experimento
O experimento foi instalado e conduzido no período de novembro de 2009 a
fevereiro de 2010 em casa de vegetação (Figura 01) no Centro de Ciências Agrárias
da Universidade Federal de Alagoas, localizado no município de Rio Largo-AL, (9°
27’ 06’’S latitude e 35° 49’ 05’’W longitude). O solo utilizado no experimento foi
oriundo do município Santana do Ipanema-AL foi classificado como Neossolo
Regolítico. Cuja análise de fertilidade se encontra na Tabela 1. Para o plantio foram
utilizados vasos de acrílico com 29 cm de diâmetro superior e 36 cm de altura, onde
foi colocado 10 kg de solo (Figura 2).
Tabela 1. Atributos básicos de fertilidade do solo.
pH
P
K
Na
........mgdm-3........
5,98
1,54
31
11
Ca + Mg
Ca
Mg
Al
H + Al
S
T
........................................cmolcdm-3.......................................
1,20
0,90
0,30
0,05
2,15
1,33
3,47
V
%
38,22
13 O solo de cada vaso em todos os tratamentos foi colocado na capacidade de
campo, em seguida, procedeu-se ao plantio de quatro mudas do capim Pangolão
por vaso, cada formada por um perfilho basal sem estolões, as mudas foram
oriundas do município de Major Izidoro - AL. As mudas foram visualmente
padronizadas, considerando uma igualdade no tamanho das suas raízes e a
quantidade de folhas e quanto ao comprimento e espessura de colmo. As plantas
foram irrigadas manualmente recebendo a mesma quantidade de água (2L) e com o
turno de rega a cada três dias.
Figura 01: Casa de vegetação utilizada para condução do experimento.
14 Figura 02: Implantação do experimento em vasos de acrílico.
Trinta dias depois do plantio, foram escolhidas apenas duas plantas, que
foram cortadas a 10 cm de altura em relação ao nível do solo no vaso com o objetivo
de uniformizá-las (Figura 03).
Figura 03: Escolha das duas melhores plantas e corte de uniformização.
15 3.3 Preparação das amostras a serem analisadas
As amostras foram convertidas em um material homogêneo, satisfatório para
este procedimento, isto é, a análise. Neste processo foi envolvida a pré-secagem e
a moagem segundo metodologia de SILVA & QUEIROZ (2002).
3.4 Determinação do peso da matéria verde, matéria seca, cinza e proteína
bruta
Para determinação do peso da matéria verde, matéria seca e cinza utilizou-se
a metodologia descrita por SILVA & QUEIROZ (2002). A determinação do nitrogênio
foi feita pelo método de KJELDAHL (AOAC, 1984) e a conversão para proteína bruta
seguiu os métodos descritos por SILVA & QUEIROZ (2002). As analises foram
conduzidas no Laboratório de Solos do Centro de Ciências Agrárias da UFAL.
3.5 Análise estatística.
Os resultados do experimento foram submetidos a analise de variância
(ANOVA), utilizando o programa estatístico Assistat (SILVA, 2002), as regressões
foram feitas pelo programa Microsoft Office Excel.
16 IV RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 Rendimento do peso da matéria verde
As doses de N tiveram efeito significativo (P< 0,01), para peso da matéria
verde do capim Pangolão na interação das idades de corte (40, 60 e 80 dias) e
doses de N (0, 80, 160, 240 e 320 kg.ha-1) observados na Tabela 02.
O desdobramento dessa interação está apresentado nas Figuras 4, 5 e 6.
A linha de tendência da idade de corte (40, 60 e 80 dias) definida pelas
equações polinomiais ajustadas aos dados mostra um crescimento significativo (p <
01) do peso verde observado na idade de 40 para 60 dias de mais de 100%, logo
após observa-se um pequeno decréscimo no valor da idade de 60 para 80 dias, ou
seja, apesar do decréscimo ele não é significativo. As diferenças de efeito do N em
função das idades de corte são positivas à medida que a planta chega à idade de 60
dias, mas à medida que a idade de corte aumenta chegando aos 80 dias ocorre um
decréscimo nesse valor, sendo ocasionado principalmente pelo aumento da
senescência das folhas (Figura 4).
y = ‐0,074x2 + 10,14x ‐ 250,1 R² = 1
Peso da matéria verde (g)
120
100
91,29 a
80
86,37 a
60
40
36,84 b
20
0
0
20
40
60
80
Idades de corte (dias)
Figura 04. Peso da matéria verde do capim Pangolão, idades de corte.
17 Em relação às médias das doses de N os tratamentos são quantitativos
então, o teste de comparação de medias não se aplica. Nesse caso como o numero
de tratamentos é maior ou igual a 4 foi feito regressão polinomial podendo ser
constatado na Tabela 02. Então podemos constatar valores significativos (p < 01).
Para as doses de N a linha de tendência definidas pelas equações
polinomiais ajustadas as médias dos dados mostra valores bem acentuados das
doses 80, 160, 240 e 320 kg.ha-1, sendo bem superiores ao valor obtido no
tratamento onde não se aplicou nitrogênio (N= 0 kg.ha-1) alcançando mais de 400%
de aumento. Pode ser visualizado também na Figura 05 que os valores das doses
80, 160, 240 e 320 kg.ha-1 se assemelham, constatando que o aumento do tamanho
da planta esta relacionado à aplicação da adubação nitrogenada, ou seja, o tamanho
da planta esta estreitamente interligada com o peso verde da planta.
Peso da matéria verde (g)
y = 1E‐05x3 ‐ 0,007x2 + 1,261x + 19,26 R² = 0,999
100
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
91,3
80,91
87,07
79,04
19,17
0
80
160
240
320
Doses de N (kg.ha‐¹)
Figura 05. Peso da matéria verde do capim Pangolão, doses de N.
Com relação às medias de interação (idades de corte x doses de N) podem
ser observadas na Figura 06, que para o tratamento com 0 kg.ha-1 de nitrogênio não
houve efeito significativo. Para os tratamentos: 80, 160, 240 e 320 kg.ha-1 houve
efeito significativo (p < 01), observa-se ainda que para todas as idades de corte o
tratamento onde não se aplicou adubação nitrogenada teve valores muito baixos,
podendo ser relacionada com a ausência de nitrogênio no solo.
18 Os baixos valores de peso verde do capim Pangolão na idade de 40 dias
podem ser observados independentemente do tratamento utilizado, assim podemos
levar em consideração que para os 40 dias a planta ainda está em fase de
desenvolvimento mantendo um padrão para com todos os tratamentos. Com o
aumento da idade da planta ate os 60 dias constatou-se um crescimento linear ate o
tratamento com 80 Kg.ha-1 de N para ambas as idades de corte. No tratamento com
40 dias observa-se que não houve diferença significativa para os demais
tratamentos com doses de N. Com 60 dias de idade o capim pangolão manteve
crescente o seu peso verde, mas não havendo diferença significativa. Para a idade
de 80 dias observa-se uma oscilação nos valores de peso verde para os demais
tratamentos com doses de N não havendo diferença significativa.
40 y = ‐0,000x2 + 0,164x + 25,43 R² = 0,537
60 y = ‐0,001x2 + 0,879x + 24,73 R² = 0,871
Peso da matéria verde (g)
80 y = ‐0,001x2 + 0,702x + 30,40 R² = 0,805
140
120
100
80
60
40
20
0
114,95 a
105,58 a
109,71 a
89,17 a
108,73 a
118,02 a
114,71 a
91,04 a
46,1 b
0
21,98 a
21,15 a
14,39 a
80
37,54 b
160
41,18 b
38,23 b
240
320
Doses de N (kg.ha‐¹)
Figura 06. Peso da matéria verde do capim Pangolão, Médias de Interação (idades
de corte x doses de N).
Apesar de os resultados deste trabalho indicar que para esta variável o
capim Pangolão aumentou o peso da matéria verde em resposta a aplicação do N,
isso não significa que ele ira aumentar o peso verde da parte aérea gradualmente e
significativamente à medida que aumente as doses de aplicação de fertilizante
nitrogenado. Isso poderia ocorrer em situações relacionadas com sua idade. Por
isso, a adubação nitrogenada ainda não pode ser amplamente recomendada
indiscriminadamente para esse capim se o objetivo da prática é aumentar a
produção de forragem.
19 Tabela 02. Peso da matéria verde, matéria seca, cinza, fósforo, potássio, e proteína bruta do capim Pangolão, avaliado em três
idades de corte, em função de doses crescentes de nitrogênio INTERAÇÃO IDADES DE CORTE X DOSES DE N
Doses de N
Variáveis
ID
0
80
PV
40
60
80
21,15 a
46,10 b
37,54 b 38,23 b
14,39 a 105,58 a 108,73 a 109,71 a
21,98 a
91,04 a 114,95 a
89,17 a
MS
40
60
80
17,14 a
21,89 a
00,00 b
17,22 b
22,05 b
32,66 a
17,86 c
22,99 b
33,58 a
14,42 c
27,36 b
40,71 a
Cinza
40
60
80
10.13 a
9.28 a
0,00 b
10.20 a
6.39 b
6.80 b
11.46 a
6.43 b
6.22 b
11.45 a 10.38 a
6.29 b 4.47 b
6.08 b 5.64 b
PB
40
60
80
12,12 a
7,59 b
5,29 b
13,96 a
6,64 b
5,85 b
160
20,5 a
8,41 b
5,93 b
240
21,16 a
8,17 b
6,34 b
320
Eq. Regressão
41,18 b
118,02 a
114,71 a
y = -0,000x2 + 0,164x + 25,43
y = -0,001x2 + 0,702x + 30,40
y = -0,001x2 + 0,879x + 24,73
14,87 c
24,15 b
34,84 a
y = -4E-05x2 + 0,002x + 17,29
y= -4E-05x2 + 0,024x + 21,24
y = 3E-06x3 - 0,002x2 + 0,516x + 0,813
y = -4E-05x2 + 0,014x + 9,866
y = -8E-07x3 + 0,000x2 - 0,060x + 9,257
y = -0,000x2 + 0,063x + 0,832
22,66 a
9,28 b
6,32 b
y = -7E-05x2 + 0,058x + 11,48
y = 2E-05x2 - 0,001x + 7,337
y = -9E-06x2 + 0,006x + 5,317
R²
0,537
0,805
0,871
F
CV%
05,86**
22.63
0,646
0,519
0,955
23,63**
17,06
0,664
0,996
0,805
12,88**
16.55
0,935
0,708
0,951
5,17**
16.55
Médias seguidas pela mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade; Valor da razão de F e significância. - -,
NS, * e **: -- Os tratamentos são quantitativos. O Teste F não se aplica, não-significativo, significativo a 5% de probabilidade e significativo a 1% de
probabilidade, respectivamente. CV= Coeficiente de variação. Fator 1 = Idades de corte: 1= 40 dias, 2= 60 dias e 3= 80 dias; Fator 2 = Doses de nitrogênio:
1= 0, 2= 80, 3= 160, 4= 240 e 5= 320 kg.ha-¹.
20 4.2 Rendimento da matéria seca
Os níveis de significância para os efeitos principais e interação detectada por
meio da analise de variância dos dados relativos à matéria seca são apresentados
na Tabela 02.
A matéria seca variou com as idades de corte, doses de nitrogênio e
interação doses de nitrogênio x idades de corte. O desdobramento dessa interação
está apresentado nas Figuras 7, 8 e 9.
A linha de tendência para as idades de corte (40, 60 e 80 dias) definida
pelas equações polinomiais ajustadas aos dados mostra um efeito significativo (P<
0,01) da matéria seca (Tabela 02), mostra que para todas as idades de corte obtevese um aumento linear no valor da variável (Figura 7). O maior aumento foi de quase
100 %, obtido na idade de 80 dias. As diferenças do efeito do N em função das
idades de corte têm crescimento linear, havendo diferença significativa em todos os
tratamentos de idade de corte.
y = 0,316x + 3,593 R² = 0,977
Teor da matéria seca (%)
35
30
28,36
25
23,69
20
15,7
15
10
5
0
0
20
40
60
80
Idades de corte (dias)
Figura 07. Matéria seca do capim Pangolão, idades de corte.
Para o Fator 2 (doses de N) os tratamentos quantitativos, o
teste
de
comparação de medias não se aplica. Nesse caso como o numero de tratamentos é
maior ou igual a 4, foi feito regressão polinomial podendo ser constatado na Tabela
02. Com a regressão constatamos valores significativos (p < 01).
21 A linha de tendência do Fator 2 definidas pelas equações polinomiais
ajustadas as médias dos dados mostra valores consideráveis nas doses 80, 160,
240 e 320 kg.ha-1, sendo bem inferior o valor obtido no tratamento onde não se
aplicou nitrogênio (N= 0 kg.ha-1). Pode ser visualizado na Figura 08 que os valores
das doses 80, 160, 240 e 320 kg.ha-1 se assemelham, ocorrendo na dose de 240
kg.ha-1 o maior valor da variável, alcançando mais de 100% de aumento em relação
com a dose N= 0. Para essa variável o efeito da aplicação de nitrogênio foi
significativo quando relacionado à dose N= 0. Para as diferentes doses de nitrogênio
não foi obtida diferenças significativas, e que a aplicação de N influencia no aumento
da matéria seca (%) da planta, ainda assim, a aplicação somente do nitrogênio é
fator limitante dentro das doses crescentes.
y = 7E‐07x3 ‐ 0,0006x2 + 0,1595x + 13,373 R² = 0,9252
30
Teor da matéria seca (%)
27,5
25
20
15
24,62
23,81
23,98
13,01
10
5
0
0
80
160
240
320
Doses de N (kg.ha‐¹)
Figura 08. Matéria seca do capim Pangolão, doses de N.
Com relação às medias de interação (idades de corte x doses de N) podem
ser observadas na Figura 09, que para todos os tratamentos houve efeito
significativo. Para o tratamento N= 0 kg.ha-1 com idade de corte de 80 dias o valor
obtido para matéria seca foi igual a zero, valor esse obtido pela falta de material para
analise de tecido vegetal, ou seja, no tratamento onde não se aplicou nitrogênio no
capim Pangolão na idade de 80 dias apresentou uma maior senescência de folhas e
conseqüentemente uma menor quantidade de material vegetal. Os maiores valores
foram obtidos na idade de corte de 80 dias onde se aplicou adubação nitrogenada
independentemente das doses, sendo a dose de N= 240 Kg.ha-1 a que apresentou o
22 maior rendimento. Na idade de 40 dias os seus valores se mantiveram constantes
não havendo diferenças significativas, foi nesta idade que se verificou os menores
valores de matéria seca em todo experimento. Para idade de 60 dias os valores
aumentaram gradualmente atingindo números mais significativos que os da idade de
40 dias, mas os valores apresentados ainda são inferiores quando comparados aos
da idade de 80 dias.
A tendência de aumento na produção de matéria seca com o aumento da
idade de corte, verificada neste experimento, concorda com os resultados
observados por ACUNHA & COELHO (1994) e COSTA et al. (1997) com capim
elefante cv. Mott e por RODRIGUES et al. (2004) com capim Tanzânia. Segundo
COSTA & SAIBRO (1984), os cortes das plantas em estádios mais avançados de
crescimento proporcionam maiores rendimentos de forragem, como conseqüência
do maior período de tempo para o acúmulo de matéria seca. Cortes freqüentes
implicam, geralmente, em menores produções fotossintéticas devido à constante
remoção da folhagem, menor acúmulo de reservas orgânicas e rebrotas menos
vigorosas com o decorrer do tempo (ANDRADE, 1983).
40 y = ‐4E‐05x2 + 0,0103x + 14,893 R² = 0,163
60 y = ‐4E‐05x2 + 0,0241x + 21,249 R² = 0,5197
Teor da matéria seca (%)
80 y = 3E‐06x3 ‐ 0,0023x2 + 0,5181x + 0,8166 R² = 0,9553
45
40
35
30
25
20
15
10
5
0
40,71 a
21,89 a
27,36 b
24,15 b
22,99 a
22,05 b
14,14 a
34,84 a
33,58 a
32,66 a
17,22 b
14,87 c
14,42 c
14,86 c
0 b
0
80
160
240
320
Doses de N (kg.ha‐¹)
Figura 09. Matéria seca do capim Pangolão, médias de Interação (idades de corte x
doses de N).
23 Na análise de variância, foi detectada significância para a interação idade de
corte x nitrogênio (p < 01). A eficiência do nitrogênio aplicado, independentemente
das idades de corte, não foi proporcional às doses de nitrogênio aplicadas. Os
resultados desta interação constatam o fato de que a eficiência de utilização de
nitrogênio diminui com o aumento da dose aplicada e com o aumento da idade de
corte tendência o aumento na produção de matéria seca.
Considerações sobre a importância da matéria seca devem ser feitas, desde
que a mesma é o ponto de partida da analise de alimentos. A preservação do
alimento pode depender do teor de umidade presente no material, quando se
compara o valor nutritivo de dois ou mais alimentos, é de suma importância os
teores de matéria seca. O aumento do teor de matéria seca com o desenvolvimento
das plantas forrageiras decorre das modificações estruturais dos tecidos, do
metabolismo e das transformações de fotoassimilação das folhas para os frutos e
outros órgãos da planta (MENDONÇA & ROCHA, 1985). Para EUCLIDES (1995), a
ampliação da idade das plantas promove redução do seu conteúdo celular e
aumenta a parede celular, contribuindo para o aumento do seu teor de matéria seca.
De outro lado, sob pastejo, a ingestão de matéria seca é maior em pastagens com
menores teores de matéria seca (SILVA et al., 2004).
4.3 Rendimento da cinza.
Os níveis de significância para efeitos principais e interação detectada por
meio da analise de variância dos dados relativos à cinza são apresentados na
Tabela 02.
A cinza variou com as idades de corte, doses de nitrogênio e interação
doses de nitrogênio x idades de corte. O desdobramento dessa interação está
apresentado nas Figuras 10,11 e 12.
Para o Fator 1: idades de corte (40, 60 e 80 dias) a linha de tendência
definida pelas equações polinomiais ajustadas aos dados mostra significância a 1%
(P< 0,01) (Tabela 02), observa-se que ocorreu um decréscimo linear no valor da
variável (Figura 10). O maior valor encontrado foi na idade de 80 dias, valor esse
24 que atinge mais de 50% quando comprado a idade de 60 dias e para a idade de 80
dias o valor é maior ainda chegando a mais de 100%. As diferenças de efeito do N
em função das idades de corte são significativas com um decréscimo linear,
havendo diferença significativa (P< 0,01) em todos os tratamentos de idade de corte,
podemos observar na Figura 10 que à medida que se aumenta a idade da planta os
Teor de cinza (%)
valores de cinza caem consideravelmente.
y = ‐0,144x + 16,06 R² = 0,939
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
18,08 a
8,02 b
0
20
40
60
5,95 c
80
Idades de corte (dias)
Figura 10. Cinza do capim Pangolão, idades de corte.
O teste de comparação de médias são se aplica para as doses de N por que
os tratamentos são quantitativos. Nesse caso como o numero de tratamentos é
maior ou igual a 4 foi feito regressão polinomial podendo ser constatado na Tabela
02. Constatando valores significativos (p < 01) com a regressão.
A linha de tendência das doses de N definidas pelas equações polinomiais
ajustadas as médias dos dados mostra valores consideráveis nas doses 80, 160 e
240 kg.ha-1, sendo inferior o valor obtido nos tratamento onde não se aplicou
nitrogênio (N= 0 kg.ha-1) e no tratamento com N= 320 kg.ha-1. Pode ser visualizado
na Figura 11 que os valores das doses 80, 160 e 240 kg.ha-1 se assemelham,
ocorrendo na dose de 160 kg.ha-1 o maior valor da variável alcançando 8,04 %. Para
essa variável à dose N= 0 se assemelhou a dose de N= 320 kg.ha-1, onde para
essas doses não foi obtida diferenças significativas, constatando que somente a
aplicação de N não influencia no aumento da cinza (%), assim a aplicação somente
25 do nitrogênio é fator limitante para um crescimento linear, observa-se ainda na
analise do solo (Tabela 1) que o solo utilizado para conduzir esse experimento era
muito pobre de nutrientes, ou seja, para melhores resultados da porção de cinza no
capim Pangolão é preciso maior equilíbrio com os nutrientes do solo dentro das suas
necessidades.
y = ‐0,001x2 + 0,582x + 26,85 R² = 0,836
14
12,75
Teor de cinza (%)
12
11,89
11,61
10
8,81
8
8,33
6
4
2
0
0
80
160
240
320
Doses de N (kg.ha‐¹)
Figura 11. Cinza do capim Pangolão, doses de N.
Para as medias de interação (Fator 1 x Fator 2) podem ser observadas na
Figura 12, que para todos tratamentos houve efeito significativo (p < 01). Para o
tratamento N= 0 kg.ha-1 com idade de corte de 80 dias o valor obtido foi igual a zero,
valor esse obtido pela falta de material para analise de tecido vegetal, ou seja, no
tratamento onde não se aplicou nitrogênio no capim Pangolão na idade de 80 dias
apresentou uma maior senescência de folhas e conseqüentemente uma menor
quantidade de material vegetal. Os maiores valores foram obtidos na idade de corte
de 40 dias independentemente das doses de nitrogênio aplicadas, sendo as doses
de N= 160 e 240 Kg.ha-1 as que apresentaram os maiores valores, alcançando 11,46
e 11,45 % respectivamente. Nas idades de 40 e 60 dias os seus valores se
mantiveram constantes não havendo diferenças significativas, com exceção da dose
de N= 0 Kg.ha-1 da idade de 80 dias e a dose N= 320 Kg.ha-1 que atingiu as
menores doses das duas idades com 0% e 4,47 % respectivamente.
26 40 dias y = ‐7E‐05x2 + 0,058x + 11,48 R² = 0,935
60 dias y = 2E‐05x2 ‐ 0,001x + 7,337 R² = 0,708
80 dias y = ‐9E‐06x2 + 0,006x + 5,317 R² = 0,951
Teor de cinza (%)
25
20
15
10,13 a
10,2 a
10
9,28 a
6,39 b
5
0 b
0
80
11,45 a
6,43 b
6,29 b
160
10,38 a
4,47 b
5,64 b
6,08 b
6,2 b
6,8 b
0
11,46 a
240
320
Doses de N (kg.ha‐¹)
Figura 12. Cinza do capim Pangolão, Médias de Interação idades de corte x doses
de N).
Na análise de variância, foi detectada significância para a interação idade de
corte x nitrogênio (p < 01). Os valores obtidos para cinza neste experimento chamam
a atenção para a eficiência do nitrogênio aplicado, não sendo o único fator
determinante. A análise do solo mostra aspectos de um Neossolo Regolítico, no qual
é muito pobre e não fornece todos os nutrientes em quantidades satisfatórias. Os
resultados desta interação constatam o fato de que a utilização de doses de
nitrogênio não obteve resultados tão significativos, mas a idade de corte determinou
uma diferença significativa mostrando um aumento significativo para a menor idade.
4.4 Rendimento da proteína bruta.
Os níveis de significância para efeitos principais e interação detectada por
meio da analise de variância dos dados relativos à proteína bruta são apresentados
na Tabela 02. A proteína bruta variou com as idades de corte, doses de nitrogênio e
interação doses de nitrogênio x idades de corte. O desdobramento dessa interação
está apresentado nas Figuras 15, 16 e 17.
27 Para o teor de proteína bruta, verificou-se efeito para o Fator 1: idades de
corte (40, 60 e 80 dias) a linha de tendência definida pelas equações polinomiais
ajustadas aos dados mostra significância a 1% (P< 0,01) (Tabela 02), podemos
observar a ocorrência de um notável decréscimo no valor da variável (Figura 15). À
medida que se aumentou a idade de corte o valor de proteína bruta caiu
significativamente, com queda de 18,08 % na idade de 40 dias para 8,02 % na idade
de 60 dias, na idade de 80 dias esse valor caiu ainda mais alcançando 5,95 %. A
maior média encontrada foi na idade de 40 dias, atingindo mais de 50% quando
comparado a idade de 60 dias e para a idade de 80 dias o valor é maior ainda
chegando a mais de 100%. As diferenças encontradas para as médias do Fator 1
(idades de corte) são significativas (P< 0,01), caracterizando que a medida que
Teor de proteina bruta (%)
aumenta a idade o valor de proteína bruta cai consideravelmente (Figura 15).
y = ‐0,303x + 28,87 R² = 0,873
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
18,08 a
8,02 b
0
20
40
60
5,95 c
80
Idades de corte (dias)
Figura 13. Proteína bruta do capim Pangolão, idades de corte.
Observa-se que para a linha de tendência do Fator 2 definidas pelas
equações polinomiais ajustadas as médias dos dados mostra valores consideráveis,
com crescimento linear e significância a 1% (p < 01). A dose 320 kg.ha-1, foi a que
obteve o maior valor para o Fator 2, caracterizando que esse tratamento foi o que
teve a maior concentração de nitrogênio, os tratamentos N= 0 e 80 kg.ha-1 foram os
que obtiveram as menores médias 8,33 e 8,81% respectivamente (Figura 16). Pode
ser visualizado na Figura 16 que os valores das doses 160 e 240 kg.ha-1 se
assemelham, assim não ocorrendo diferença significativa. Podemos observar na
28 Figura 16 que à medida que se aumenta as doses de nitrogênio os valores de
proteína bruta aumentam consecutivamente. Interessante que para todos os
tratamentos (0, 80, 160, 240 e 320 kg.ha-1) se apresentaram acima do ponto critico
(7%) sugerido por MILFORD e MINSON (1965), como aquele valor, abaixo do que,
causaria problemas de nutrição nos animais.
y = 0,014x + 8,294 R² = 0,908
Teor de proteina bruta (%)
14
12,75
11,61
12
11,89
10
8
8,81
8,33
6
4
2
0
0
80
160
240
320
Doses de N (kg.ha‐¹)
Figura 14. Proteína bruta da parte aérea do capim Pangolão, doses de N.
Para as medias de interação (idades de corte x doses de N) podem ser
observadas na Figura 17, que para todos os tratamentos houve efeito significativo (p
< 01). Para interação das doses de nitrogênio x idades de corte houve diferença
estatística significativa a 1% (p < 01), observa-se na Figura 17 que a idade de 40
dias independentemente da dose de nitrogênio aplicada obteve os melhores
resultados, obtendo o maior valor de proteína bruta de todo experimento (22,66%).
Deve-se chamar a atenção ao fato de que para a idade de 40 dias mesmo o menor
valor encontrado (13,96% na dose de N= 80) é mais de 100% maior do que o valor
mais significativo dos 80 dias de idade (6,32%) e para a idade de 60 dias essa
diferença é de quase 50%. As idades de 60 e 80 dias não tiveram diferenças
significativas, mas deve-se chamar a atenção ao fato de que mesmo não
diferenciando estatisticamente observam-se na Figura 17 que na idade de 80 dias os
seus valores foram todos menores do que os da idade de 60 dias.
29 Para o capim Pangolão os resultados encontrados nos tratamentos com
nitrogênio concordam ao fato de todo o tratamento ter incremento no teor de
proteína bruta causado pela adubação nitrogenada, mas a idade da planta é um
fator importantíssimo, no qual influencia diretamente nos níveis de proteína bruta
encontrada na planta.
40 dias y = ‐7E‐05x2 + 0,058x + 11,48 R² = 0,935
60 dias y = 2E‐05x2 ‐ 0,001x + 7,337 R² = 0,708
Teor de proteina bruta (%)
80 dias y = ‐9E‐06x2 + 0,006x + 5,317 R² = 0,951
25
22,66 a
20,5 a
20
21,16 a
12,12 a
15
10
5
13,96 a
7,59 b
6,64 b
8,41 b
8,17 b
5,29 b
5,85 b
5,93 b
6,34 b
9,28 b
6,32 b
0
0
80
160
240
320
Doses de N (kg.ha‐¹)
Figura 15. Proteína bruta do capim Pangolão, médias de Interação (idades de corte
x doses de N).
Na análise de variância, foi detectada significância para a interação idade de
corte x nitrogênio (p < 01). Os valores obtidos para proteína bruta neste experimento
chamam a atenção para o resultado encontrado em relação com as idades de corte,
onde para os esse valores o nitrogênio não é o único fator determinante. A análise
do solo (Tabela 1) mostra um solo pobre em quase todos os nutrientes, o que nos
leva a considerar os valores de proteína bruta encontrados bastante significativos,
para as idades de 40 e 60 dias os seus valores se apresentam acima do ponto
critico (7%) sugerido, como aquele valor, abaixo do que, causaria problemas de
nutrição nos animais.
30 V CONCLUSÔES
A aplicação de nitrogênio aumentou o peso da matéria verde, a matéria
seca, a cinza e a proteína bruta da parte aérea do capim Pangolão.
As idades de corte influenciaram no aumento do peso da matéria verde e da
matéria seca, decrescendo os valores de cinza e proteína bruta.
31 VI REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ACUNHA, J. B. V.; COELHO, R. W. Influência da altura e freqüência de corte no
capim-elefante anão. I. Produção de matéria seca e proteína bruta. In: REUNIÃO
ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ZOOTECNIA, 31., 1994, Maringá.
Anais... Maringá: SBZ, 1994. p.330.
ANDRADE, I. F. Manejo de pastagens para gado de leite. Belo Horizonte: EPAMIG,
1983. 34p. (EPAMIG. Boletim Técnico, 7).
AOAC. 1984. Official methods of analysis (Tecn. 47.021). Association of Official
Analytical Chemists, Washington.
CANTARUTTI, R.B. et al. Aspectos quantitativos do processo de reciclagem de
nutrientes pelas fezes de bovinos sob pastejo em pastagem de Brachiaria
decumbens na Zona da Mata de Minas Gerais. Revista Brasileira de Zootecnia, v.31,
n.2, p.858-865, 2002.
CECATO, V., GOMES, L.H., ASSIS, M.A., SANTOS, G.T. e BETT, V. Avaliação de
cultivares do gênero Cynodon. In: REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA
DE ZOOTECNIA, 33. Fortaleza. Anais...Fortaleza:SBZ, 1996, p.114-116.
COOK, B.G. PENGLLY, B.C.; BROWN, S.D.; DONNELLY, J.L.; EAGLES, D.A;
FRANCO, M.A.; HANSON, J.; MULLEN, B.F.; PARTRIDGE, .J.; PETERS, M.;
SHULTZE-KRAFT, R. Tropical forages: na interactive selection tool. [1-CD], CSIRO,
DPI&F (Qld), CIAT AND ILRI, Brisbane, Austrália. 2005. Disponível em:
http://www.tropicalforages.info/key/Forages/Media/Html/Clitoria_ternatea.htm.
Acessado em: 31 mar. 2009.
CORSI, M. Adubação nitrogenada das pastagens. In: SIMPÓSIO: PASTAGENS –
FUNDAMENTOS DA EXPLORAÇÃO RACIONAL, 2., Piracicaba, 1994. Anais...
Piracicaba: FEALQ, 1994. p. 121-153.
COSTA, K. A. de P. – Composição bromatológica e química do capim Tanzânia em
função de doses de nitrogênio, potássio e enxofre. CIÊNCIA ANIMAL BRASILEIRA
v. 5, n. 2, p. 83-91, abr./jun. 2004.
COSTA, K. A. P. Produção de massa seca, eficiência e recuperação do nitrogênio e
enxofre pelo capim-tanzania adubado com nitrogênio, potássio e enxofre. CIÊNC.
AGROTEC, Lavras, v. 29, n. 3, p. 598-603, maio/jun., 2005.
COSTA, N. de L.; MAGALHÃES, J. A.; PEREIRA, R. G. de A.; TOWNSEND, C. R.
Efeito de regimes de cortes sobre a produção de forragem e composição química de
capim-elefante. (Pennisetum purpureum cv. Anão). Porto Velho: EMBRAPA-CPAF
Rondônia, 1997. 19p. (EMBRAPA-CPAF Rondônia. Boletim de Pesquisa, 19).
32 COSTA, N. de L.; OLIVEIRA, J.R. da C. Evaluación agronómica de accesiones de
Panicum maximum em Rondônia. PASTURAS TROPICALES, v.16, n.2, p.44-46,
1994.
COSTA, N. de L.; PAULINO, V.T.; TOWNSEND, C.R. Produção de forragem e
composição química de Panicum maximum cv. Tanzânia em diferentes idades de
corte. In: ENCONTRO DE PESQUISADORES DE RONDÔNIA, 3., 1997, Porto
Velho. Anais... Porto Velho: UNIR, 1997, p.51.
COSTA, N. de L.; SAIBRO, J. C. Adubação nitrogenada, épocas e alturas de corte
em Paspalum guenoarum Arech. AGRONOMIA SULRIOGRANDENSE, Porto
Alegre, v.20, n.1, p.33-49, 1984.
CROWDER, L.V.; CHHEDA, H.R. Tropical grassland husbandry. New York:
LONGMAN, 1982. 561p. (Tropical Agriculture Series).
DIAS, F.J.; JOBIM, C.C.; BRANCO, A.F.; OLIVEIRA, C.A.L. Efeito de fontes de
fósforo sobre a digestibilidade in vitro da matéria seca, da matéria orgânica e
nutrientes digestíveis totais do capim-Mombaça (Panicum maximum Jacq. Cv.
Mombaça). SEMINA CIÊNCIAS AGRÁRIAS, Londrina, v. 29, p. 211-220, 2008.
DÖBEREINER, J. A importância da fi xação biológica de nitrogênio para a
agricultura sustentável. CNPAB/EMBRAPA, SEROPÉDICA, RJ, v.1, n. 1, 1997.
EUCLIDES, V. P. B. Valor alimentício de espécies do gênero Panicum. In:
SIMPÓSIO SOBRE PASTAGEM, 9., 1988, Piracicaba. Anais... Piracicaba: FEALQ,
1995. p. 245-273.
FERNANDES, M.S.; ROSSIELLO, R.O.P. Aspectos do metabolismo e utilização do
nitrogênio em gramíneas tropicais. In: MATTOS, H. B., WERNER, J. C., YAMADA.
GILLER, K.E., McDONAGH, J.F. and CADISCH, G. Can biological nitrogen fixation
sustain agriculture in the tropics ? In: Syers, J.K. and Rimmer, D.L. SOIL SCIENCE
AND SUSTAINABLE LAND MANAGEMENT IN THE TROPICS. WALLINGFORD:
CAB INTERNATIONAL, 1994. p. 173-191.
GOMIDE, J.A. Aspectos biológicos e econômicos da adubação de pastagens. In:
Favoretto, V e Rodrigues, L.R.A. SIMPÓSIO SOBRE ECOSSISTEMA DE
PASTAGENS, 1, 1989, Jaboticabal, Anais... Jaboticabal: FUNEP, 1989. p. 237-270.
GOMIDE, J.A. Composição mineral de gramíneas e leguminosas forrageiras
tropicais. In: SIMPÓSIO LATINOAMERICANO SOBRE PESQUISA EM NUTRIÇÃO
MINERAL DE RUMINANTES E PASTAGENS, 1., Belo Horizonte, 1976. Anais. Belo
Horizonte: EPAMIG, 1976. p.20-33.
GREELAND, D.J. Soil organic matter in relation to crop nutrition and management.
In: INTERNATIONAL CONFERENCE ON THE MANAGEMENT AND
FERTILIZATION OF UPLANDS SOILS IN THE TROPCS ANS SUBTROPICS.
Proceedings...China, p.85-89.1986.
33 HARKESS, R.D.; FRAME, J. Efficient use of fertilizer nitrogen on grass swards;
effects os timing, cutting management and secondary grasses. In: MEER, H. G. van
der; RYDEN, J. C.; ENNIK, G. C. NITROGEN FLUXES IN INTENSIVE GRASSLAND
SYSTEMS. Dordrecht: Martinus Nijhoff, 1986. P.29-37.
HAYNES, R. J.; WILLIANS, P. H. Effect of sheep, deer and cattle dung on herbage
production and soil nutrient content. Grass and Forage Sci.,50:263-271.1993a,
1993b, 1993c.
HUMPHREYS, L.R. Tropical Pasture Utilization. CAMBRIDGE UNIVERSITY PRESS,
1991.206p.
JARVIS, S.C., SCHOLEFIELD, D. and PAIN, B. Nitrogen cycling in grazing systems.
In: Bacon, P.E. (ed.) NITROGEN FERTILIZATION IN THE ENVIRONMENT. NEW
YORK: MARCEL DEKKER, Inc., 1995. p. 381-419.
KAMPRATH, E.J., TILL, A.R. Sulphur cycling in the tropics. In: BLAIR, G.J., TILL,
A.R., ed. Sulfur in South-East Asian, South Pacific agriculture. ARMIDALE, THE
SULPHUR INSTITUTE, 1983. P.1-14.
MALAVOLTA, T. E. Calagem e adubação de pastagens. Piracicaba: Associação
Brasileira para a Pesquisa da Potassa e do Fosfato, 1986; p. 93-123.
MANNETJE, L. AND JONES, R.M. (1992) Plant Resources of South-East Asia No. 4.
Forages. (Pudoc Scientific Publishers, Wageningen, the Netherlands). © PROSEA
FOUNDATION
<http://www.tropicalforages.info/key/Forages/Media/Html/Digitaria_eriantha.htm> em
março 2010.
MARSCHNER, H. Mineral nutrition of higher plants. 2a ed., NEW YORK: ACADEMIC
PRESS, 1995. 874p.
MATOS, L. L. Utilização de fibra pelos ruminantes. In: MINI SIMPÓSIO DO
COLÉGIO BRASILEIRO DE NUTRIÇÃO ANIMAL, 2., 1989, Jaboticabal. Anais...
Jaboticabal: Colégio Brasileiro de Nutrição Animal, 1989. p. 67-92.
MATTOS, H.B., WERNER, J.C., YAMADA, T., MALAVOLTA, E. Calagem e
adubação de pastagens. Piracicaba, Patafós, 1986. 476p.
MAYS, D.A., WILKINSON, S.R., COLE, C.V. Phosphorus nutrition of forages. In:
KHASAWNEH, F.E., SAMPLE, E.C., KAMPRATH, E.J., ed. THE ROLE EF
PHOSPHORUS IN AGRICULTURE. AMERICAN SOCIETY OF AGRONOMY,
Madison, Wisconsin, 1980, p.805-846.
MENDONÇA, J.F.B.; ROCHA, G.P. Rendimento do capimelefante (Pennisetum
purpureum cv. Cameroom) em diferentes idades de corte. CIÊNCIA PRÁTICA,
Lavras, v.9, n.1, 23-29, 1985.
MENGEL, K.; KIRKBY, E.A. Principles of plant nutrition. Bern : INTERNATIONAL
POTASH INSTITUTE, 1987. 687p.
34 MILFORD, R.; MINSON, S. J. The relation between the crude protein content of
tropical pasture plants. Journal of Brestish Grassland Society, Hurley. v 20, n.3, p.
1977-1979, sept. 1965.
MINSON, D.J. Nutricional differences between tropical and temperature pastures. In:
MORLEY, F.H.W. (Ed.) Grazing animals. Amsterdam: ELSEVIER SCIENTIFIC,
1981. cap.8, p.143-157.
MONTEIRO, F.A. e WERNER, J.C. Reciclagem de nutrientes nas pastagens. In:
Peixoto, A.M., Moura, J.C e FARIA, V.P. SIMPÓSIO SOBRE O MANEJO DA
PASTAGEM, 14, 1997. Anais...Piracicaba: FEALQ, 1997. p. 55- 84.
MOTT, G.O.Nutrient recycling in pastures. In: MAYS, D.A., ed. FORAGE
FERTILIZATION. Madisson, Wisconsin, American Society of Agronomy, 1974.
NASCIMENTO Jr., D. Reciclagem de nitrogênio no ecossistema de pastagens.
Disponível em:
<http://www.forragicultura.com.br/arquivos/reciclagemnitrogenioecossistemapastage
ns.pdf>. Acesso em: 20 agosto 2009.
NORTON, B.W. Differences in plant species in forage quality. In: INTERNATIONAL
SYMPOSIUM ON NUTRITIONAL LIMITS TO ANIMAL PRODUCTION FROM
PASTURE, St. Lucia, 1982. Proceedings. Farnham Royal: Commonweath
Agricultural Bureaux, 1982. p.89-110.
OMALIKO, C. P. E. Influence of initial cutting date and cutting frequency on yield and
quality of star, elephant and guinea grasses. GRASS AND FORAGE SCIENCE,
Hurley,v.35, n.2, p.139-145, 1980.
PALHANO, A. L.; HADDAD, C. M. Exigências nutricionais e valor nutritivo de
Cynodon dactylon (L.) Pers. cv. Coastcross Nº 1. PESQUISA AGROPECUÁRIA
BRASILEIRA, Brasília, v. 27, n. 10, p. 1429-1438, out. 1992.
RANGELEY A, BOLTON R. 1986. Lime and major nutrient fertilisers required to
establish a perennial ryegrass white clover pasture on a non calcareous gley in the
Scottish uplands. GRASS AND FORAGE.
REIS, R. A.; RODRIGUES, L. R. A. Valor nutritivo de plantas forrageiras.
Jaboticabal: [s.n.], 1993. 26 p.
35 RODRIGUES, B. H. N., MAGALHÃES, J. A., MATTEI, D. A. Efeito da idade de corte
sobre o rendimento forrageiro do Panicum maximum cv. Tanzânia, em Parnaíba –
Piauí. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE MEDICINA VETERINÁRIA, 31., 2004,
São Luís. Anais... São Luís: SBMV/SMMV, 2004. 1 CD ROM.
RUSSELLE, M.P. Nitrogen cycling in pasture systems. In: Joost, R.E. and Roberts,
C.A. (eds.). Nutrient Cycling in Forage Systems. 1996, Columbia, Proceedings...
Columbia: University of Missouri, 1996. p. 125.
RUSSELLE, M.P. Nutrient cycling in pasture. In: Gomide, J.A. (ed.), 1997.
SANCHES, P. A. Management and properties of soils in tropics. New York: John
Wiley and Sons. 1976.618.
SANTANA, J.P.; PEREIRA, J.M.; ARRUDA, N.G. Avaliação de cultivares de capimelefante (Pennisetum purpureum Schum.) no Sul da Bahia. I. Agrossistema
Cacaueiro. Revista Brasileira de Zootecnia, Viçosa, v.18, n.3, p.273-282, 1989.
SCHOLL, J.M.;LLAMBIAS, C. Response of a permanent Grass pasture sward to
rates of nitrogen and to nitrogen combined with phosphorus and potassium fertilizers.
In: INTERNATIONAL GRASSLAND CONGRESS, 9., 1965, São Paulo.
Proceedings...São Paulo: Secretaria da Agricultura-DPA, 1965. V.2, p.1335-1337.
SILVA, D.J.; QUEIROZ, A.C. Análises de alimentos (métodos químicos e biológicos).
3.ed. Viçosa, MG: Editora UFV, 2002. 235p.
SILVA, F. de. S.; AZEVEDO, C. A. V. de. Versão do programa computacional
ASSISTAT para o sistema operacional Windows. Revista Brasileira de Produtos
Agroindustriais, Campina Grande, v.4, n.1, p.71-78, 2002.
SILVA, M. da C.; SANTOS, M. V. F. dos; LIRA, M. de A.; MELLO, A. C. L. de;
FREITAS, E. V. de; CARVALHO, L. F. P. B.; SANTOS, R. J. M. Potencial de
melhoramento para teor de matéria seca de Pennisetum sp. na Zona da mata de
Pernambuco. In: REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE
ZOOTECNIA, 41., 2004, Campo Grande. Anais... Campo Grande: SBZ, 2004. 1 CD
ROM
SOEST, P. J. V. Nutritional ecology of the ruminant. 2. ed. Corvalis: O e B Books,
1994. 476 p.
36 TOLEDO, J.M. Pasture development for cattle production in the major ecosystem of
the tropical American lowlands. In: International Grassland Congress, 15, 1985.
Proceedings... Kyoto, Japan, 1985. p. 74- 78.
VAN SOEST, P.J. Nutritional ecology of the ruminant. 2.ed. New York: Cornell
University Press, 1994. 476p.
WEDIN, D.A. Nitrogen cycling in grasslands: an ecologist’s perspective. In: Joost,
R.E. and Roberts, C.A. (eds.). Nutrient Cycling in Forage Systems. 1996, Columbia,
Proceedings... Columbia: University of Missouri, 1996. p. 29-44.
WILKINSON, S.R., LOWREY, R.W. 1973. In "Chemistry and Biochemistry of
Herbage" (G.W. Butler and R.W. Bailey, eds.) pp. 247-315. Academic Press, New
York.
WILLIAMS, E.N.: SCHUSTER, M.F. Cochonilha dos capins (Antonina graminis) no
Brasil. 1. Distribuição e plantas hospedeiras. Pesquisa Agropecuaria Brasileira, Rio
de Janeiro, v.5, p.215-218, 1970.
WILSON, J.R.; MANNETJE, L. Senescence, digestibility and carbohidrate content of
Buffel grass and Green Panic leaves in swards. Australian Journal of Agricultural
Research, v.29, p.503-516, 1978. ZOOTEC, 2004, Brasília. Anais... Brasília:
ABZ/AZOO, 2004. p 1-4. 1 CD ROM.
37 
Download